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Textos: Sofifiaa Abreu Silva

Ivo Sá Machado, presidente da Junta de Joane

“Há concelhos no país com menos habitantes do que Joane” Joane é vila há 26 anos. Ivo Sá Machad o é autarca da vila de sde 1992 e não tem dúvidas de que a f r e g u es i a cr es ce u n os ú l t i m os anos, porém ainda há muito para fazer, como um centro de saúde de raiz. Sá Machado afirma que Joane é uma freguesia com mais população do que muitos concelhos no país e que merecia mais autonomia e investimento e, sobretudo mais atenção da Câmara de Famalicão. Em entrevista ao OP, o autarca recorda que há muitos anos está por resolver, definitivamente, o centro da vila, que continua à espera uma decisão judicial.

OPINIÃO PÚBLICA: A freguesia de Joane assinala mais um aniversário de e le vaç ão a vila. Quais os principais passos que foram dados ao longo dos últimos anos? IVO SÁ MACHADO: Para se perceber a evolução, seria bom observar fotografias anteriores ao ano de 1986. Constataríamos que vários arruamentos se encontravam em terra batida. Se perguntar aos jovens com 18 ou mesmo 20 anos, revelarão desconhecimento sobre obras bem recentes, mas que na sua ideia são obras com 40 ou mais anos. Quando chegaram à escola primária, Joane já não ti-

ragem para a minha geração. Mas podemos sempre lembrar que as piscinas foram inauguradas em 2000, a VIM foi inaugurada em 1995, a nova Escola Bernardino Machado em 1994, o arranjo em torno da igreja em 1996, a água e saneamento em 1997 e 98 e em 2005. A estrada Joane-Airão-Braga foi em 2005, o Centro Cultural em 1997,o Parque da Ribeira em 2003, a nova ligação ao centro de Joane, na Rua da Ribeira, em 2001, o alargamento do cemitério em 2007, o Posto da GNR em 2008, os novos acessos e espaço para a feira semanal em 2009, a renovação parcial do centro e o Centro Escolar em 2011. Se a estas grandes obras adicionarmos as diversas pavimentações, alargamentos e construção de passeios, só por má-fé é que se dirá que Joane parou. E se mais não se faz é porque os impostos que os joanenses pagam são em grande medida geridos pela Câmara, que nem sempre redistribui com justiça. No dia em que Joane puder gerir parte substancial dos impostos pagos pelos joanenses, tudo será diferente. Fala-se na reorganização das freguesias, mas não se fala da autonomia para freguesias com a dimensão de Joane. Há concelhos nha o “2ºciclo” a funcionar em habituaram-se a usufruir de equi- neste país com menos habitantes pré-fabricados, várias ruas esta- pamentos de uso coletivo que du- do que Joane. Contudo, têm vervam asfaltadas. Os nossos jovens rante muitos anos foram uma mi- bas muito superiores e autonomia

para as gerir. Há algumas inte rve nç ões em curso ou projetadas para os próximos tempos? Está prevista para este ano a renovação da Avenida Pedro Hispano. No mais, esperamos que, por decisão judicial, possamos concluir a renovação do centro e temos uma proposta feita à Câmara Municipal há cerca de um ano, por altura do aniversário, para aquisição dos terrenos da antiga estamparia, que permitiriam a abertura de novas vias e o alargamento do Parque da Ribeira para Nascente. A concluir-se esta ideia e a conclusão da renovação do centro Joane, continuaríamos a oferecer mais qualidade aos joanenses e aumentar a nossa atratividade. O centro da freguesia está, finalmente, a ficar mudado…. O centro ainda não é aquilo que sonhamos. Quando o poder judicial sentenciar o desfecho final na contenda existente entre a Câmara e o proprietário, o centro de Joane terá a dignidade merecida. Contudo, ainda tenho a esperança de fazer algo mais, como seja a concretização de um dos arruamentos previstos e que em muito iria facilitar o trânsito no centro. »»»»»» continua pub


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