Armindo Costa, presidente da Câmara Municipal de Famalicão, em entrevista
Metade dos alunos do concelho opta pelo ensino profissional No arranque de mais um ano letivo, Armindo Costa, presidente da Câmara de Famalicão, fala sobre as mudanças mais expressivas que ocorrerão este ano, desde os mega agrupamentos, aos centros escolares, sem esquecer as diferentes ofertas formativas. Aliás, Famalicão foi o primeiro município a constituir uma Rede Local de Educação, onde são concertadas todas as ofertas formativas, nomeadamente as vias profissionais. Uma opção que, nos dois últimos anos, foi efetuada por mais de metade dos alunos do concelho. Sofia Abreu Silva
No arranque de mais um ano letivo, quais as principais novidades no ensino pré-escolar e no 1º ciclo? Sobretudo o aparecimento de duas novas escolas, o Centro Escolar de Antas e o Centro Escolar de Louro/Mouquim, que representam um investimento global de cerca de 3 milhões de euros e que trazem excelentes condições de aprendizagem aos alunos destas freguesias. Como é que a autarquia famalicense vê a mudanças dos agrupamentos? O processo de agregação de esco-
las em Famalicão foi pacífico, já que foi discutido, antes da decisão do Ministério da Educação, pelos diretores dos agrupamentos de escolas e das escolas secundárias. O mapa final foi de encontro às propostas apresentadas por estes responsáveis, sendo essa a posição defendida pelo município. A Câmara Municipal, o que fez, foi juntar as pessoas, apelar ao diálogo e ao consenso possível. Surgiram, então, quatro novos territórios educativos: o Agrupamento de Escolas Camilo Castelo Branco, resultante da junção da ES3 Camilo Castelo Branco e do Agrupamento de Escolas Júlio Brandão; o Agrupamento de Escolas D. Sancho I, resultante da união da ES3 D. Sancho I e do Agrupamento de Escolas de Calendário; o Agrupamento de Escolas Padre Benjamim Salgado, resultante da junção da ES3 Padre Benjamim Salgado e do Agrupamento de Escolas Bernardino Machado; e, finalmente, o Agrupamento de Escolas D. Maria II, resultante da junção do próprio Agrupamento de Escolas D. Maria II e do Agrupamento de Escolas de Vale do Este. Estes quatro novos agrupamentos juntam-se aos territórios educativos existentes: Ribeirão, Pedome e Gondifelos. Sabemos que todas as mudanças trazem apreensões, mas as coisas estão a funcionar normalmente, já
de Vale S. Cosme. No total, estas intervenções significaram um investimento superior a 600 mil euros.
tas algumas obras de beneficiação? Para além dos novos centros escolares, foram realizadas obras de beneficiação na EB1 da Carreira, na Escola de Casas, em Oliveira No 1º ciclo foram realizadas algu- de S. Mateus, na Escola de Boca mas intervenções ou estão previs- do Monte, em Mogege e na Escola
que este processo representa o continuar de um trabalho em rede, de partilha, que há muito vem sendo prática nas escolas de Famalicão.
No que respeita aos centros escolares, muitos estão prontos e a funcionar. Quais os que estão ainda por projetar e cumprir? Ainda temos algumas situações que queremos ver resolvidas, apesar do duplo problema existente: a diminuição do número de alunos e os financiamentos do QREN. Contudo, esperamos muito proximamente iniciar obras de requalificação e ampliação de algumas escolas, nomeadamente Requião, Oliveira Santa Maria, Bairro, Lousado, Conde S. Cosme, Gondifelos, Riba de Ave, entre outras. Ainda temos a situação de algumas escolas de Calendário, sendo que, neste último caso, a solução poderá passar por uma parceria com o Ministério da Educação, na transformação da EB 2,3 Dr. Nuno Simões, numa Escola Básica Integrada, como acontece em Arnoso Santa Maria, Gondifelos e Pedome. É uma situação que está a ser estudada, tendo em conta a evolução da população escolar e os fluxos de deslocação entre escolas, para se proceder à apresentação de uma proposta para ser debatida com a Junta de Freguesia e a comunidade educativa. »»»»»»»»»» pub