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Foi descoberto pela primeira vez na Etiópia

bebida adorada por milhões

Café no século XXI Hoje, o café é uma indústria gigante global que emprega mais de 20 milhões de pessoas. Este bem de consumo só perde para o petróleo em termos de dólares comercializados em todo o mundo. Com mais de 400 bilhões de chávenas consumidas todos os anos, o café é a bebida mais popular do mundo. Só no Brasil, mais de 5 milhões de pessoas trabalham no cultivo e colheita de mais de 3 bilhões de pés de café. Também nos Estados Unidos esta bebida é muito apreciada. Quase 52% dos americanos com mais de 18 anos bebe café diariamente. Em Portugal, os números são diferentes, mas cada português consome em média pouco mais de quatro quilos de café por ano, segundo dados da Organização Internacional de Café (OIC), enquanto a média europeia é de cerca de seis quilogramas por ano. Ou seja, os portugueses bebem em média entre uma a duas chávenas de café por dia e a maior parte fá-lo fora de casa, no entanto, o consumo em casa começa a ganhar mais adeptos.

O café chegou, pela primeira vez, ao continente europeu através de comerciantes venezianos, de Itália. Uma vez na Europa, esta nova bebida foi muito criticada pela igreja católica. Muitos acreditavam que o Papa deveria banir o café, a que alguns chamavam de bebida do diabo. Porém, para surpresa de muitos, o Papa já era um apreciador de café. Assim, com a bênção da igreja, a bebida rapidamente conquistou a população. Daí até surgirem casas de café foi um pequeno passo. Na verdade, os espaços dedicados a esta bebida foram também um local de troca de ideias entre artistas da literatura, artes e outras áreas intelectuais. Foram muitas as mentes da Europa que usaram os cafés como espaço de debate e como um trampolim para o pensamento criativo. Foi em 1700 que o café encontrou o seu caminho para as Américas através de um capitão de infantaria francês que alimentou uma pequena fábrica numa longa jornada através do Atlântico. O café foi descoberto pela primeira vez na África Oriental numa área que hoje conhecemos como a Etiópia. A lenda popular refere-se a um pastor de cabras com o nome de Kaldi, que observou as suas cabras agindo estranhamente após comer bagas de um arbusto. Curioso sobre este fenómeno, também Kaldi acabou por comer as bagas. E de repente, o pastor ficou com uma energia renovada e rapidamente o estranho efeito das bagas tornou-se conhecido, nomeadamente junto dos monges. Assim, os monges acabariam por secar as bagas para que pudessem ser transportadas para mosteiros distantes. Depois, os monges começaram a ferver os grãos e a utilizar o líquido para permanecerem acordados durante as cerimónias que duravam toda a noite. Entretanto, os grãos de café acabariam por ser transportados da Etiópia para a Península Arábica e foram cultivados primeiramente no que hoje é o Iémen. Depois, o café viajou para Turquia, onde os grãos foram torrados pela primeira vez sobre fogueiras. Os grãos torrados foram esmagados, e, em seguida, cozidos em água, criando uma versão crua da bebida que hoje desfrutamos.

Nove em cada dez portugueses não dispensam o seu cafezinho Chamamos-lhe “bica”, “cimbalino” ou simplesmente “café”. Gostamos curto, cheio, em chávena a escaldar ou a frio. Também pedimos com pingo. Independentemente da modalidade, os portugueses adoram o seu café. Dizem os números: nove em cada dez saboreiam, em média, e por dia, um café. Uma paixão comum no “Velho Continente”. 90% dos europeus adultos consomem café. Rendem-se à cafeína, um revigorante natural presente no cafezinho. Qualquer coisa como 100 mg por chávena. O limite máximo aconselhado é de três chávenas curtas por dia, 300mg.

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