Textos: Sofia fia Abreu Silva
Joane e Ribeirão: vilas há 28 anos Este Especial é dedicado ao 28º aniversário de elevação de Joane e Ribeirão a vilas. Trata-se de duas freguesias que têm captado população e investimento, tornando-se, atualmente, vilas de referência no concelho. Para começar, são antigas as referências à vila de Joane, remontando as primeiras ao período antes da formação da nacionalidade, nomeadamente ao ano de 1065. De proveniência latina, o topónimo Joannem está associado, e historicamente relacionado, a um primitivo possuidor da "vila" (grande unidade agrária) do mesmo nome, existindo ainda a casasede e o local (aldeia de Joane), o qual se considera ter sido um dos mais respeitáveis proprietários do período românico. Joane indicará, por isso, uma antiga unidade agrária dimensionada pelos romanos, atribuindo-se a estes a organização da primitiva agricultura da Península Ibérica. Distando 11 quilómetros da sede do concelho, Joane é, hoje, um importante ponto de passagem de tráfego rodoviário. Das atividades económicas desenvolvidas, a indústria é, sem dúvida, a dominante, seguindo-se o setor dos serviços que se tem implantado e desenvolvido. Na vila há uma feira semanal que se realiza, há muitos anos, aos sábados de manhã no Parque de Laborins. Assim, Joane assume-se como um polo de desenvolvimento em plena expansão. A confirmar e consolidar esse desenvolvimento saliente-se o facto de, em 3 de julho de 1986, ter sido elevada à categoria de vila, afirmando-se como um dos centros mais desenvolvidos do concelho.
manteve Ribeirão no passado importantes laços de ruralidade, mas foi na sua ligação às indústrias de Lousado e Trofa que Ribeirão se desenvolveu de forma acentuada a partir da década de 60, com uma população que aliava à pequena agricultura de minifúndio o trabalho nas empresas. A vila de Ribeirão é cortada a meio pelo Rio Veirão também conhecido por Ribeiro de Beleco, que nasce nas Pedras Negras em Vilarinho das Cambas e desagua no Ave. Esta divisão territorial perdura na memória dos tempos através das expressões “Aquém Rio” e “Além Rio”. Perdem-se no tempo as referências a esta terra de Ribeirão. O primeiro documento em que aparece registada uma referência data de 1097. É citada como Sancti Mammetis de Ribolo Arian, conforme testemunha Avelino de Jesus Costa, sendo, na opinião deste sacerdote historiador, o ribeiro de Beleco “ribeiro Arian”, que deu o nome a Ribeirão. Ribeirão foi uma das freguesias iniciais da Terra ou Julgado de Vermoim. Segundo as Inquirições de 1220 havia nesta freguesia quinze casais reguengos que pagavam à Coroa a terça do pão, a quarta do vinho e direituras (imposto anual por uso de bens pertencentes ao rei). Falar da história recente de Ribeirão é relembrar o progresso que a partir das décadas de 60 e 70 se deu nesta freguesia que, de uma terra de agricultores e pequenos industriais de têxteis, confeções e metalurgia, se foi transformando num importante polo industrial atualmente em visível expansão. Foi este dinamismo das suas gentes que impulsionou o crescimento demográfico e económico e permitiu a criação de condições para a sua elevação à categoria Rib eir ão de vila por lei aprovada na Assembleia da Com Fradelos e Vilarinho das Cambas República em 3 de julho de 1986.
Parque da Ribeira em Joane
Centro da vila ribeirense pub