Considera Paulo Cunha, presidente da Câmara
“A territorialização da educação é uma oportunidade para Famalicão” Em Famalicão avança, este ano letivo, a municipalização do ensino. Um processo que deu muito que falar, mas que o presidente da Câmara, Paulo Cunha, acredita que seja benéfico para o concelho, dado que permitirá melhorar o sistema educativo, adaptando-o à realidade local. Neste regresso às aulas, há escolas do 1º ciclo que serão inauguradas e espera-se, em breve, que o próximo quadro comunitário traga verbas para a requalificação de edifícios escolares, sobretudo os do ensino secundário. Sofia Abreu da Silva Comecemos pela mudança mais significativa este ano letivo. Avança, finalmente, a descentralização de competências na área da educação, ao nível do ensino básico e secundário. Em termos práticos, quais as competências que cabem à Câmara e ao Ministério da Educação? Na prática, as escolas envolvidas no processo de territorialização da educação passam a ser geridas pelo município ao nível da manutenção das infraestruturas físicas e da gestão do pessoal não docente. O município ganha igualmente competências na definição curricular e pedagógica, sendo dada a possibilidade de introdução de conteúdos ajustados à realidade local. São responsabilidades que fazem todo o sentido passarem para a autarquia tendo em conta o contexto de proximidade. Mas, recordo, que este é um processo que não cabe só ao município, é um trabalho coletivo realizado em parceria no âmbito do Conselho Municipal da Educação e da Rede Local da Educação e Formação. O Sindicato de Professores do Norte colocou uma providência cautelar para impedir este processo, a que a Câmara respondeu com uma declaração de interesse público. O arranque do ano letivo
poderá estar em causa? Ao invocar o interesse público da abertura do ano letivo para 25 mil alunos do concelho, o município suspendeu a providência cautelar do Sindicato de Professores, permitindo que o ano letivo arranque com normalidade. A nossa maior preocupação é o bem-estar e a serenidade da comunidade educativa neste início de aulas. Caso a providência cautelar seguisse os seus trâmites normais, todo o processo do início de aulas ficava comprometido e já não podia começar na data prevista. Quais são as maiores vantagens da territorialização da educação? A maior vantagem de todas é, sem dúvida, a proximidade. Ao assumir a gestão da manutenção dos edifícios, a gestão curricular e a gestão do pessoal auxiliar, o município está mais próximo dos problemas estruturais, conseguindo responder às necessidades de uma forma mais rápida e eficaz, e mais capaz de tornar o processo pedagógico mais atrativo e interessante. Muito sinceramente, considero este projeto uma oportunidade para Famalicão melhorar o seu sistema educativo, adaptando-o às necessidades e à realidade local. É uma excelente notícia para Famalicão e para a comunidade educativa que terá a partir de agora uma relação mais próxima com a entidade gestora, que será a autarquia. Relativamente ao pré-escolar quais são as principais novidades para este ano letivo em Famalicão? Famalicão orgulha-se de possuir uma rede de pré-escolar de referência, fruto de um trabalho intenso e atento que a autarquia tem realizado nos últimos anos. Um trabalho que incluiu a criação de escolas com edifícios adequados e com boas condições físicas, mas também com conteúdos didáticos e programas educativos capazes de conquistar e atrair a atenção dos professores e das crianças. Por isso, este ano as principais novidades no pré-escolar centram-se, es-
Neste momento cerca de 55% dos alunos que concluem o 9º ano de escolaridade, em de Famalicão, opta pelo ensino profissional. Uma percentagem que coloca o município famalicense na linha da frente em relação ao resto do país e que queremos manter. Este sucesso deve-se aos programas implementados na área da educação, mas deve-se principalmente à aposta na orientação vocacional. Neste momento, toda a formação e qualificação profissional é concertada em rede, sendo depois conjugada com as necessidades do mercado de trabalho.
sencialmente, na oferta de projetos educativos, no âmbito do Plano Municipal de Melhoria e Eficácia da Escola, adequados às diversas faixas etárias. Destaco, por exemplo, os programas de expressão e educação físico-motora, a promoção da leitura, mas também as atividades ambientais e de promoção do património.
escolares a todos os alunos do 1º ciclo do ensino básico, assim como, material escolar aos alunos com os escalões A e B. Estas são medidas que pretendem acima de tudo democratizar o ensino em Famalicão, oferecendo a todos os alunos as mesmas condições de acesso a uma educação de excelência.
Quais as principais mudanças no 1º ciclo? No arranque deste ano letivo vamos inaugurar três novas escolas do 1º ciclo, nas freguesias de Lousado, Bairro e Oliveira Santa Maria, o que trará algumas mudanças benéficas para os alunos, professores e encarregados de educação. Para além disso, investimos em obras de melhoramento e renovação de diversos edifícios, nas freguesias de Cruz, Antas, Ribeirão, Pousada de Saramagos, Mogege e Fradelos. A nossa grande aposta vai agora no sentido de solidificar algumas das medidas da ação social escolar, que entraram em vigor no ano passado, como por exemplo a inclusão de mais um escalão social que prevê uma redução de 25% e que abrange aquelas famílias cujos pais recebem o salário mínimo e que não tinham, até agora, direito a qualquer apoio. Para além disso, vamos voltar a oferecer os manuais
Relativamente ao nível de secundário, no ano passado falávamos sobre a necessidade de beneficiar alguns edifícios? As necessidades mantêm-se. No entanto, nos últimos dias tivemos boas notícias, sendo certo que o próximo quadro comunitário deverá contemplar 350 milhões de euros para a requalificação de edifícios escolares. E, neste âmbito, a Câmara Municipal já está a trabalhar com as direções dos agrupamentos de escolas para a apresentação das respetivas candidaturas. No que diz respeito às escolas cuja gestão dos edifícios ficará a cargo da autarquia, no âmbito da territorialização da educação, iremos neste primeiro ano fazer uma avaliação das necessidades, para podermos intervir o mais rapidamente possível. O ensino profissional continua a ser uma aposta em Famalicão?
Além da oferta de livros escolares ao 1º ciclo, a autarquia tem desenvolvido o Banco de Livros. Qual é a dimensão social desta iniciativa? O alcance social do Banco de Livros é enorme, porque tem conseguido ajudar as famílias famalicenses a diminuir os encargos financeiros com a educação, o que é muito bom. E quando ouvimos dizer que existem famílias que conseguiram poupar 200 euros com esta iniciativa, é óbvio que ficamos satisfeitos e orgulhosos do nosso trabalho. Mas, é também de salientar que com este projeto estamos a desenvolver na comunidade uma cultura de partilha, de solidariedade e de sensibilização ambiental que não tem preço e que trará resultados muito positivos a longo prazo. Há algum projeto que gostaria de ver implementado no futuro? O sucesso e a excelência da Educação é um caminho sem fim, que todos os anos exige novas respostas e novas soluções. É claro que a reabilitação total do parque escolar famalicense é sempre um objetivo a perseguir, mas temos a plena consciência de que quando terminamos uma obra, há outras em espera. Por isso, o importante é conseguirmos enfrentar os desafios com sucesso e, se possível, conseguir prevê-los. E acho que neste âmbito, temos conseguido desenvolver um bom trabalho.
II
especial: 10 de setembro de 2015
publicidade
Foi inaugurado no primeiro dia de setembro, terça-feira, o Centro Pedagógico Multidisciplinar CRESCER. Este espaço, localizado em Riba d’Ave, nasce da vontade de um conjunto de pessoas das áreas da Educação e Saúde, no sentido de dar resposta a um conjunto de necessidades identificadas a nível da problemática do desenvolvimento, nomeadamente dificuldades de aprendizagem e de comportamento. Segundo a diretora Manuela Marques, o Centro Pedagógico Multidisciplinar Crescer não é apenas mais um, pois é, claramente, mais abrangente e especializado. “Temos técnicos altamente especializados, nas áreas da dislexia, autismo, hiperatividade, integração sensorial, perturbações da ansiedade”, refere. Na prática, este novo projeto significa oferecer às famílias um acompanhamento inter e multidisciplinar: “queremos ajudar as famílias a perceber os sinais que nos dão, ao nível das dificuldades, nas opiniões, nas atitudes, no comportamento e desenvolvimento, ou seja do mundo que os rodeia”. No espaço CRESCER, as famílias têm acesso a um variado leque de serviços distribuídos por três áreas: salas de estudo e explicações; serviços terapêuticos; férias e atividades acompanhadas. “Somos um Centro que nasceu para ajudar as famílias, sobretudo os seus filhos, na complexa tarefa de crescer, e sentimo-nos realizados por isso”, sublinha Manuela Marques, que defende um “desenvolvimento holístico e integrado das crianças e jovens, que lhes permita alcançar o sucesso”. Assim, as famílias podem usufruir do estudo acompanhado, das explicações individuais ou em grupo, de momentos de preparação para os exames e também de apoio pedagógico. Já na área terapêutica, existem várias opções para diferentes casos, como a psicologia do desenvolvimento, terapia da fala, terapia ocupacional, equitação terapêutica, pediatria de desenvolvimento, pedopsiquiatria, serviço social, terapias expressivas e apoio pedagógico. Por fim, ao longo do ano letivo e nas pausas escolares, os alunos podem usufruir de um conjunto de atividades, como passeios e visitas, workshops, ateliês criativos, entre outros. Refira-se que o Centro CRESCER apresenta um espaço amplo e novo, e uma equipa com muita experiência, devidamente preparada para prestar um serviço de excelência. “Estamos de portas abertas para quem quiser conhecer o nosso projeto”.
especial: 10 de setembro de 2015 III
especial
Cooperativa apresenta múltiplos projetos
Didáxis privilegia cultura de proximidade A Didáxis – Cooperativa de Ensino nasceu há 40 anos e tem hoje dois estabelecimentos de ensino, um em Riba d’Ave e outro em S. Cosme. Na totalidade, as duas escolas acolherão 3299 alunos, distribuídos por 126 turmas. No total lecionarão 193 docentes. Em Riba de Ave abre, este ano, um novo curso profissional de Técnico de Coordenação e Produção de Moda. A Didáxis apresenta como novidades o projeto Cidadania Ativa, que visa o desenvolvimento de conhecimentos e capacidades em diversas áreas do saber fazer, do pensamento crítico e do empreendedorismo, que almejam o desenvolvimento de competências. Com o objetivo de melhoria do sucesso educativo e para o desenvolvimento integral dos jovens, a Didáxis terá disponível um Gabinete de Apoio ao Aluno e à Família, constituído por uma equipa multidisciplinar (duas psicólogas a tempo inteiro), que procurará apoiar alunos e famílias. A Cooperativa de Ensino pretende continuar a implementar os projetos iniciados nestes últimos anos, como a Escola de Línguas, o Projeto Cambridge; o Português + e Matemática+, com coordenação científica da Universidade do Minho; bem como a Escola de Música, que contará com aulas de novos instrumentos. É intenção ainda apostar no apoio aos alunos em to-
das as disciplinas com o reforço curricular e atividades desportivas variadas. A Didáxis oferece um leque de atividades de enriquecimento curricular nas áreas de andebol e atletismo federados, ginástica desportiva, ténis de mesa, andebol e atletismo não federados e uma escola de futebol; disponibiliza, ainda, núcleos escolares de dança, teatro, música, multijogos e xadrez. Sublinhe-se que a Didáxis criou a Associação Académica DidáxisA2D, que tem por missão o desenvolvimento de atividades não só desportivas, mas também culturais
e académicas. As duas escolas disponibilizam também outros projetos de enriquecimento curricular inseridos na educação para a cidadania, como “Economia para crianças”, “PRESS e PELT. Com o objetivo de envolver ativamente os pais na vida da escola, a Didáxis tem em curso formação na área da parentalidade e continua com o Projeto Fénix que se propõe a promover o sucesso dos alunos, juntamente com toda a comunidade, procurando responder às suas necessidades, expetativas e potencialidades.
Em funcionamento está ainda o Projeto Cambridge English School, numa clara aposta, desde do préescolar até à idade adulta, na valorização de línguas estrangeiras, nomeadamente o inglês; além do Projeto Europeu Comenius. De realçar ainda a Academia Didáxis, um projeto que desafia os alunos a serem “excelentes” alargando as potencialidades das crianças em duas áreas de saber: Português e Matemática. Este projeto destina-se a crianças do 1º e 2º ciclo do ensino básico. Na Didáxis tudo está garantido para o arranque do ano letivo. Em
Vale S. Cosme estão a ser finalizadas algumas obras de melhoramento, mas já foram realizadas algumas intervenções de requalificação e conservação. Tanto a escola de S. Cosme, como a de Riba d’Ave contam com espaços desportivos recentes, onde estão incluídos campos sintéticos. Nos dois estabelecimentos de ensino da Didáxis, o trabalho diário da Direção Pedagógica pauta-se pela preocupação em garantir um ambiente de trabalho harmonioso, um espírito colaborativo e de entreajuda. Estes são, para os responsáveis da escola, o garante do sucesso escolar e da formação de cidadãos conscientes e interventivos. “Privilegiamos uma cultura de proximidade, que permite dar um bom acompanhamento ao aluno. O trabalho colaborativo com a família é sem dúvida o nosso triunfo”. A pensar, justamente, nessa proximidade, a cooperativa tem, há vários anos, o Núcleo “Didáxis Solidária”, bem como uma “Loja Social”. Possui ainda um Banco de Manuais Escolares, para reduzir os gastos das famílias no arranque do ano letivo e fornece apoio alimentar às famílias carenciadas. Todos os anos, proporciona no mês de agosto as “Super Férias” a alunos com carências económicas, um projeto inovador e que já vai para a 3ª edição. Já em épocas especiais pub
IV
especial: 10 de setembro de 2015
O Centro de Inglês de Famalicão nasceu em Setembro de 1985, estando a celebrar os seus 30 anos de existência. Reconhecido pelo Ministério da Educação desde 1990, foram preenchidos uma série de requisitos, todos conducentes à qualidade do ensino ministrado e que corresponde atualmente àquele que é lecionado pelo Centro de Inglês de Famalicão. A escola, sedeada na Rua S. João de Deus, nº 116, 4º andar do edifício dos Correios, organiza Cursos de Inglês para Crianças, Jovens e Adultos desde a iniciação (Beginners) até ao Certificate in Advanced English (CAE), da Universidade de Cambridge. Na qualidade de Centro Oficial dos Exames da Universidade de Cambridge, há trinta anos que a escola prepara os seus alunos para os exames desta prestigiada instituição tendo os candidatos obtido sempre ótimos resultados. Es-
publicidade
tes exames são reconhecidos a nível mundial por instituições académicas, órgãos governamentais e empresariais. A oferta educativa da escola passa, também, pela organização de Cursos vocacionados para o setor empresarial ministrados nas próprias empresas ou na escola e aulas particulares individuais/pequenos grupos. Professores ingleses qualificados O corpo docente é constituído por professores de nacionalidade inglesa, licenciados e com uma pós graduação específica para o Ensino do Inglês como Língua Estrangeira (Diplomas Cambridge CELTA ou Trinity). Esta é uma condição essencial até porque “sem habilitações próprias e de prestígio” não há uma preparação completa para a docência. O objetivo único da escola é “proporcionar o melhor ensino de Inglês em Famalicão”.
O Centro de Inglês é considerado uma escola de referência em Famalicão. O seu sucesso está na qualidade dos seus professores que nas suas aulas implementam métodos diversificados para que o ensino da Língua Inglesa seja mais comunicativo, mais vivo, mais ativo. Os seus professores utilizam todo o tipo de materiais e estratégias facilitadoras e potenciadoras de uma aprendizagem equilibrada de modo a que todos os alunos sejam capazes de comunicar eficazmente e com sucesso em diferentes contextos. Na era da globalização, na qual cada um de nós é cada vez mais um cidadão do mundo e a Língua Inglesa se tornou a “Língua Universal”, o objetivo primordial do Centro de Inglês de Famalicão é continuar a investir no ensino desta língua com a qualidade, rigor e exigência que sempre o caracterizaram e definiram. Se quer investir no seu futuro, conheça o Centro de Inglês de Famalicão.
especial: 10 de setembro de 2015 V
especial
Escola aposta em apoios para melhorar desempenhos
D. Sancho I: um agrupamento com tradição que projeta o futuro
Atualmente com cerca de 2600 alunos distribuídos pelas diversas escolas dos diferentes ciclos, o Agrupamento de Escolas D. Sancho I é hoje, como sempre foi, uma referência no ensino no concelho de Vila Nova de Famalicão e está preparado para o início do ano letivo. O diretor António Pinto começa por afirmar que o corpo docente e não docente trabalha para que a escola “assegure a qualidade do serviço prestado” e de se centre na formação do aluno nas suas múltiplas dimensões e não apenas no saber, mas no saber fazer, no saber estar e no saber ser. O Agrupamento D. Sancho I continua a valorizar o ensino regular com uma oferta educativa que vai do pré-escolar ao ensino secundário e mantém o ensino profissional que sempre constituiu uma das vocações da atual escola secundária. “Continuamos a formar técnicos e quadros para o mercado de trabalho que muito têm contribuído para o desenvolvimento
social e económico do nosso concelho”, afirma. “Porque nos preocupamos com os resultados escolares e o sucesso já estamos a planear apoios que permitam ou a recuperação das aprendizagens dos alunos ou o desenvolvimento de competências para atingir patamares de excelência”, acrescenta o diretor. O agrupamento aposta também no ensino noturno dirigido a adultos que queiram completar a sua formação e aos jovens que queiram terminar o ensino secundário e estão ‘presos’ por disciplinas não concluídas no diurno, permitindo-lhes também o acesso ao ensino superior. Assim, neste ano letivo darse-á continuidade aos cursos noturnos EFA Escolar do ensino básico e secundário e os EFA de dupla certificação de nível secundário. O polo do Centro para a Qualificação e o Ensino Profissional (CQEP) está, igualmente, apto a dar resposta às necessidades de formação e de certificação de competências
de adultos. Refira-se que o Agrupamento de Escolas D. Sancho I tem uma vasta rede de parcerias a nível local, nacional e internacional. Neste ano, alunos dos cursos profissionais terão oportuni-
dade de fazer um estágio profissional em Espanha (Barcelona) ou em Itália (Rimini). António Pinto vinca que este agrupamento famalicense está aberto à comunidade e tem uma estratégia de intervenção, no
sentido de “contextualizar as dinâmicas internas da escola e de gerar sustentabilidade para as iniciativas de inovação e de otimização dos recursos que preparam os nossos jovens para a vida”.
pub
VI
especial: 10 de setembro de 2015
especial
Escola realizou melhorias nas suas instalações
Alfacoop centrada no sucesso escolar A Cooperativa de Ensino Alfacoop - Externato Infante D. Henrique acolhe no ano letivo de 2015/16 1213 alunos distribuídos por 52 turmas, sendo 6 do ensino profissional. O corpo docente é constituído por 80 professores totalmente empenhados na construção de um projeto educativo inovador e de qualidade que corresponda às aspirações dos alunos e das famílias. O novo ano letivo abre com o desafio da concretização do projeto de intervenção pedagógica com o qual a escola se comprometeu junto do Ministério da Educação e Ciência no contexto do recente concurso para o financiamento do contrato de associação. Este projeto de intervenção consagra, de acordo com o diretor José Ferreira, três objetivos essenciais, concretamente “melhorar os resultados dos alunos, com ênfase para os resultados obtidos nas provas e exames nacionais, promover o sucesso escolar e educativo dos alunos e prevenir e combater o insucesso e o abandono escolar precoce”. Assim, são três as ideias-força que vão nortear a ação educativa da escola no próximo triénio: organizar a escola para a melhoria dos resultados e o sucesso escolar educativo; formar os alunos
para a cidadania ativa; envolver, comprometer e coresponsabilizar os professores e os funcionários, os alunos e os pais, a escola, a família e a comunidade. Neste sentido, nas matrizes curriculares do ensino básico, foi introduzido um tempo letivo semanal a cargo do Diretor de Turma, no qual serão desenvolvidas, ao longo do ano letivo, temáticas diversas de educação para a cidadania adequadas aos
níveis etários dos alunos. Nas disciplinas com provas e exames nacionais, vai ser assegurado um reforço curricular durante todo o ano. A escola compromete-se ainda a reforçar a relação com os pais dos alunos com o objetivo de os comprometer no sucesso escolar dos seus filhos. Aproveitando a interrupção de verão, as instalações escolares foram melhoradas em vários aspe-
tos essenciais à qualidade do ensino e ao conforto de alunos, professores e funcionários. O 2º ciclo tem uma nova sala específica de ciências naturais, enquanto o curso profissional de multimédia conta com um novo espaço de formação. Foram melhoradas, significativamente, as acessibilidades aos diversos espaços escolares para utilizadores com mobilidade reduzida e os alunos de educação especial têm também um novo es-
paço de trabalho mais amplo, melhor equipado e mais acolhedor. A comunidade educativa da Alfacoop encara com esperança o futuro próximo. “As escolas não são ilhas isoladas no contexto político, social e económico do nosso país. Todavia, temos a consciência de que não se podem acomodar e, pelo contrário, têm de se constituir como agentes ativos no desenvolvimento sustentado da comunidade em que se inserem”. pub
especial: 10 de setembro de 2015 VII
especial
Escola coloca nas empresas técnicos qualificados
Forave: 25 anos de parcerias com a indústria Situada na freguesia de Lousado, a Forave - Escola Profissional e Tecnológica do Vale do Ave - encontra-se envolvida e é parceira de um vasto número de empresas e indústrias de sectores distintos, como por exemplo da área metalomecânica, da indústria têxtil, da borracha, da transformação de polímeros, do ramo alimentar e serviços. Ao longo dos seus 25 anos de existência, a Forave especializou-se numa oferta formativa direcionada para esses setores, ajustando a formação às reais necessidades do mercado e colocou nas empresas técnicos qualificados capazes de corresponder às diversas exigências atuais. A seleção desta oferta formativa resulta sempre, explica o diretor executivo João Pedro Vilaça, de uma criteriosa avaliação do diagnóstico concelhio de necessidades de formação e da grande proximidade, parceria e estreito relacionamento com as empresas de distintas áreas produtivas. Por isso, não é de estranhar que os formandos dos cursos profissionais da Forave beneficiem da colaboração e disponibilidade das chefias e áreas técnicas, de várias empresas, para o aperfeiçoamento e atualização dos conteúdos formativos, através da participação
em palestras, workshops, jornadas temáticas na escola e/ou visitas de estudo às áreas produtivas. “Estas e outras iniciativas permitem adequar a formação destes jovens técnicos às reais necessidades do mundo empresarial, aperfeiçoar as suas competências profissionais e perceber a realidade e sofisticação dos modernos ambientes laborais”, afirma João Pedro Vilaça. Para o sucesso destes processos formativos, a Forave contribui com um quadro de docentes especializados nas
diferentes áreas, apoiados por excelentes meios e condições de formação técnica, que desenvolvem uma formação de elevada qualidade. “A totalidade dos cursos aqui ministrados garantem uma elevada taxa de empregabilidade aos respetivos técnicos diplomados”, sublinha o responsável máximo. Além de todas estas condições especiais promotoras do sucesso, a Forave considera fundamental o envolvimento dos encarregados de educação no acompanhamento do processo
formativo dos seus educandos. Nos últimos anos, a escola profissional não tem conseguido, na realidade, satisfazer todas as ofertas de emprego, porque a procura das empresas, relativa a estes técnicos diplomados, é superior à oferta de candidatos disponíveis. Assim, constata-se a pertinência e atualidade destes cursos profissionais, bem como o reconhecimento e a valorização efectiva que estas empresas lhes atribuem. João Pedro Vilaça diz, por
isso, que não se compreende a falta de inscrições nalguns destes cursos de elevada empregabilidade, quando tudo justifica a prioridade de escolha entre os novos alunos e respectivos encarregados de educação. As consequências desta situação são prejuízos para as empresas, para as famílias e os seus educandos, “porque a opção destes últimos não foi a mais acertada ou vantajosa tendo em vista a sua integração no mundo do trabalho ou prosseguimento de estudos superiores”. pub
VIII
especial: 10 de setembro de 2015
especial
500 alunos frequentarão cursos profissionais e vocacionais
Escola Profissional Cior: oportunidades, desafios e sucesso Neste ano letivo, a Escola Cior irá ser frequentada por cerca de 500 alunos distribuídos por 15 turmas dos cursos profissionais e por 5 turmas dos cursos vocacionais, sendo esta última modalidade formativa um dos grandes desafios que a CIOR quer vencer. “40 professores e 33 funcionários assegurarão o normal funcionamento da escola”, assegura o seu diretor, Amadeu Dinis. Em relação à oferta formativa nos cursos profissionais, a CIOR, “como sempre”, vai ao encontro das necessidades do tecido económico, social e empresarial da região e dos interesses vocacionais dos alunos que nos procuram, a par da nossa capacidade humana e técnica instalada”, ministrando vários cursos: Animador Sociocultural; Energias Renováveis; Instalações Elétricas; Eletrónica Automação e Comando; Mecatrónica Automóvel e Produção Metalomecânica. Já os cursos vocacionais têm como objetivo a criação de condições para o cumprimento da escolaridade obrigatória, a redução do abandono escolar precoce e o desenvolvimento de conhecimentos e capacidades científicas, culturais e de natu-
reza técnica, prática e profissional que permitam aos alunos uma melhor integração no mercado de trabalho e o prosseguimento de estudos. Assim, e aproveitando os recursos e toda a capacidade instalada na escola, entrarão em funcionamento os cursos de Novas Tecnologias, Empregado de Mesa e Animação; Novas Tecnologias, Mecatrónica Automóvel e Metalomecânica; Animação, Teatro e Serviço de Mesa; Novas Tecnologias, Turismo e Ação Social/Geriatria e
Novas Tecnologias, Metalomecânica e Eletricidade/Eletrónica. “Estes cursos, com estruturas curriculares e metodologias específicas, contribuirão, em muito, para despertarem interesses profissionais nos alunos”, explica Amadeu Dinis. De forma permanente e sistemática, a Cior tem-se apetrechado com meios, equipamentos e recursos técnicos, a nível de salas de aula, laboratórios e oficinas que asseguram um processo de ensino-aprendizagem,
consolidado nas boas práticas pedagógicas, sempre dirigidas para o saber ser e saber fazer, com qualidade, inovação e elevado profissionalismo, que quer para todos os seus formandos. Segundo o diretor, a par da capacitação técnica e profissional que a escola pretende para os seus formandos, desenvolve ainda neles o espírito e o desafio para o empreendedorismo e inovação. “Paralelamente temos um corpo docente estável, altamente especializado e dinâmico
que tem o sucesso educativo e formativo dos nossos alunos como o grande desígnio da escola”. Por fim, numa lógica de contratualização de resultados e metas a atingir com o Ministério da Educação e Ciência, a escola profissional compromete-se “a manter elevadas taxas de empregabilidade dos formandos nos seus diferentes cursos, a aumentar as taxas de conclusão de curso e combater o insucesso e o abandono escolar”. pub
especial: 10 de setembro de 2015 IX
especial
Participa no projeto “Escolas Amigas das Famílias”
Agrupamento D. Maria II aposta na parentalidade No presente ano letivo, o Agrupamento de Escolas D. Maria II acolherá 2100 alunos, distribuídos por 20 turmas do pré-escolar, 49 do 1º ciclo, 11 do 2º ciclo e 16 do 3º ciclo. Face ao sucesso registado em anos anteriores, esta unidade organizacional dará continuidade a diversos projetos concelhios e de âmbito nacional, nomeadamente: Projeto Fénix; Projeto Aprendizagem ao Longo da Vida/ Perspetivas de Transição para a Vida Ativa; Projeto Jardins Com(S)Ciência; Plano Nacional de Leitura; Desporto escolar - (com protocolos com outras escolas nas modalidades de Atletismo e Badminton); Desporto adaptado - Boccia; Programa de Educação para a Saúde; Parentalidade; Crescer a brincar; Press; Literattus; Empresa na Escola e PAR. Para além desta oferta, entre outros, continuarão em funcionamento os clubes de Proteção Civil; Matemática; Embelezamento de Espaços; e PROSEPE. No que concerne a infraestruturas, a escola D. Maria II, embora esteja no 25º ano de funcionamento, apresenta, segundo a diretora Cândida Pinto, um edifício “em bom es-
tado de conservação, com salas de aula devidamente apetrechadas para as diferentes áreas disciplinares e um conjunto de espaços para o desenvolvimento de atividades extracurriculares”.
De destacar a existência de um pavilhão gimnodesportivo e de um campo de relva sintética, onde decorrem aulas de Educação Física e os treinos das Escolinhas do Benfica (após o pe-
ríodo letivo). Este ano, comemorar-se-ão as bodas de prata (25 anos) da Escola D. Maria II. Esta escola sede abriu as suas portas em outubro de 1990. O Agrupa-
mento agregou, em 2012, com o extinto Agrupamento de Escolas de Vale do Este, em Arnoso Santa Maria. Por sua vez, em Arnoso, dadas as excelentes condições físicas do pavilhãoo gimnodesportivo ali existente, dar-se-á continuidade à prática do desporto escolar, envolvendo também os alunos do 1º ciclo, o que permitirá desenvolver hábitos de vida saudável e despertar vocações nesta área. Sempre atento às necessidades dos alunos e das famílias, o Agrupamento empenhou-se “em melhorar o serviço de transportes, garantir as refeições aos discentes que delas necessitam, zelar pela correta atribuição dos subsídios, assegurar o prolongamento de horário e apoiar os pais/encarregados de educação mediante a implementação do Projeto da “Parentalidade”, revela a diretora Cândida Pinto. Com uma equipa constituída por 230 elementos (docentes e não docentes), esta unidade organizacional “está empenhada em preparar o futuro dos alunos com carinho, dedicação e inovação, tornando-os cidadãos responsáveis, solidários e felizes”, sublinha a responsável. pub
X
especial: 10 de setembro de 2015
especial
Portugueses contam gastar 528 euros neste regresso às aulas
Com a preparação do novo ano letivo, cada família, em média, terá despesas na ordem dos 528 euros, o valor mais elevado dos últimos cinco anos. Apesar das promoções, a fatura vai voltar a subir este ano e quanto mais vepub
lhos são os alunos mais caros ficam os livros: no 1.º ciclo os manuais obrigatórios, sem cadernos de atividades, rondam os 25 euros, mas no secundário ultrapassam facilmente aos 200 euros. As famílias estimam gastar 528 eu-
ros, mais 19 euros que no ano passado, segundo o "Estudo sobre as Intenções de Compra dos Portugueses no Regresso às Aulas 2015", que realizou 600 entrevistas telefónicas em todo o país. Além dos manuais, as compras vão recair essencialmente em vestuário e calçado (85%), despesas de educação (78%) e artigos de desporto (73%), segundo o estudo em que foram consideradas as respostas de 238 pessoas, porque eram quem tinha filhos em idade escolar ou em que o próprio estava a estudar. A forma que muitas famílias (51%) encontram para conseguir fazer face às despesas é repartindo as compras, comprando os manuais escolares num momento diferente do restante material. Apesar da elevada fatura, a maioria dos inquiridos (94%) quer que os filhos tenham manuais novos mas já se começa a notar um aumento de pessoas que veem com bons olhos os livros em segunda mão: em relação ao ano passado, regista-se um aumento de 33% de pessoas que optam por manuais usados, alguns pedem emprestado a familiares ou amigos enquanto outros recorrem a "lojas" de segunda mão.
Na internet, existem sites de vendas e de trocas gratuita, mas também existem espaços físicos onde as famílias podem ir, tal como os apoiados pelo "Movimento pela Reutilização dos Livros Escolares". Este movimento divulga na sua página online - www.reutilizar.org - os cerca de 200 bancos de recolha e partilha gratuita de livros escolares em todo o país que já permitiu a milhares de famílias poupar na compra de material e que continuam a funcionar. À Lusa, o fundador do movimento, Henrique Cunha, lamentou as contantes mudanças de metas curriculares e de manuais por parte das escolas que dificultam a sua reutilização, contrariando a legislação em vigor que estabelece um prazo de seis anos de vida para os livros. Outra das questões feitas aos inquiridos foi se pretendiam dar semanada aos filhos e quais os valores: em média, as famílias dão 20 euros para os filhos gastarem no período de aulas (mais três do que no ano passado), mas 31% dos inquiridos disse que o valor máximo da semanada seria de 10 euros, segundo o estudo realizado pelo Observador Cetelem.
publicidade
especial: 10 de setembro de 2015 XI
XII
especial: 10 de setembro de 2015
especial
Projeto visa combater a iliteracia digital e promover a apetência por carreiras tecnológicas
Aulas de programação arrancam com 37 mil alunos O ano letivo arranca no ensino público entre 15 e 21 de setembro com uma novidade: o Ministério da Educação vai começar a testar aulas de rudimentos de programação como complemento ao currículo escolar do terceiro e quarto anos do ensino básico. Segundo o Ministério da Educação, 269 escolas terão pedido a inscrição no projetopiloto, que prevê o ensino dos rudimentos de programação, bem como das ferramentas disponibilizadas pelas plataformas Kodu e Scratch. De acordo com a revista Exame Informática, as estimativas iniciais dos diretores de escolas apontam para um total de 37 mil alunos do terceiro e quarto anos de escolaridade que serão abrangidos pelas atividades dedicadas à programação. A Iniciação à Programação no primeiro ciclo calcula sessões de aprendizagem e uso das ferramentas de programação em regime de tempos livres ou mesmo como um complemento integrado nos horários de aulas. Por enquanto, estas aulas são ministradas a título experimental. Assim, só depois de estudado o impacto deste projeto-piloto, o Ministério da
Educação deverá analisar a viabilidade de integrar aulas de programação, a título obrigatório, no currículo escolar, tal como acontece em alguns países da União Europeia. A par da iniciação à programação, que tem como objetivo combater a iliteracia digital e promover a apetência por car-
reiras tecnológicas entre as gerações vindouras, o Ministério abriu um concurso para a atribuição de apoios pecuniários a clubes de robótica das escolas nacionais. Foram já recenseados 104 clubes de robótica, mas apenas 64 se candidataram aos apoios pecuniários.
Segundo a revista Exame Informática, no ano letivo passado, cerca de 40 escolas, e respetivos clubes de robótica, foram contempladas com apoios financeiros que variam entre os 200 e os 500 euros. Os clubes de robótica que se candidataram a apoios do Ministério da Educação deve-
rão dar a conhecer os trabalhos levados a cabo em 2014/15, a fim de apurar qual o grau de execução dos planos de atividade definidos inicialmente. O Ministério comunica que deverá premiar as escolas que apresentarem as melhores execuções dos planos de atividades. pub