pessoas sós/isoladas; Certifique-se que eles se encontram de boa saúde e em condições de conforto.
Cuide de si no tempo frio O tempo frio já se faz sentir. As mudanças bruscas de clima, o aumento da humidade e o arrefecimento das temperaturas criam condições favoráveis ao desenvolvimento de determinadas patologias. Há pequenos gestos que podem acrescentar mais conforto ao seu dia a dia. Aqui ficam algumas recomendações da Direção Geral de Saúde Em casa
Antes do inverno, verifique os equipamentos de aquecimento da sua casa; Se tiver lareira mande limpar a chaminé, se necessário; Mantenha a casa arejada, abrindo um pouco a janela/porta para evitar acumulação de gases; Calafete janelas e portas para evitar a entrada de ar frio e a saída do calor acumulado; Não use fogareiro a carvão; Mantenha a temperatura da sua casa entre os 19 ºC e os 22ºC: instale um termómetro em local visível; No caso de prever-se a aproximação de um período de grande frio ou neve forte, faça as suas compras alimentares e outras que cheguem para um período de 2 a 3 dias para evitar ter de sair de casa; Verifique ainda a necessidade de botijas de gás suplementares; Verifique se tem medicamentos suficien-
tes; Evite dormir/descansar muito perto do aquecimento; Não fique descalço no chão frio ou molhado por muito tempo; Promova boa circulação de ar, principalmente durante a noite, não fechando completamente os aposentos, mas evitando correntes de ar frio; Poupe energia: desligue os aparelhos elétricos quando não estiver em casa; utilize-os de forma criteriosa devido ao risco de sobrecarga do quadro; A utilização de botijas de água quente deve ser feita sempre sob vigilância para evitar o risco de queimadura.
Não use roupas justas: dificultam a circulação sanguínea; Use várias camadas de roupa em vez de uma única muito grossa; Use roupas de algodão e fibras naturais.
Exercício físico
Precauções ao ar livre
Quando a temperatura baixa muito e se há muito vento, procure um local baixo e abrigado; Se tiver que sair, faça-o de forma breve, protegendo-se com roupa adequada não apertada; Procure manter-se seco dado que o corpo arrefece rapidamente com a humidade; Se tiver de realizar trabalho com muito esforço, proteja-se com roupa adequada e vá doseando o esforço; Evite caminhar sobre o gelo devido ao risco de lesões por queda.
Se vai viajar de automóvel
No caso de andar de carro tenha em conta que pode ficar bloqueado; leve roupas quentes, mantas e roupa, bem como comida e bebidas quentes num termo; Tenha um mapa à mão; Evite viajar sozinho de automóvel; Ligue o aquecimento do veículo 10 minutos em cada hora e baixe os vidros uns milímetros para arejar; Observe o tubo de escape para ver se não está tapado, evitando o risco de envenenamento por monóxido de carbono; Se o carro bloquear, coloque uma manta brilhante na antena do veículo para chamar a atenção, cubra o corpo com mantas e mantenha-se desperto.
Deve manter a prática de exercício físico: aumenta a produção de calor e a circulação de sangue; Não fazer exercício físico intenso ou ao ar livre e evite arrefecer com a roupa transpirada no corpo; Faça pequenos movimentos com os dedos, os braços e as pernas: evitam o arrefeTome nota: cimento do corpo; • Evite entrar e permanecer em locais fecha Continue a beber água durante a atividade dos e com grande concentração de pessoas, Vestuário física para evitar a desidratação. onde se transmitem os vírus, em particular, a Cubra as extremidades (mãos, pés, cagripe. Procure evitar o contacto com outras Pessoas sós/isoladas beça); pessoas doentes. Use roupas folgadas e calçado adequa- Os familiares, amigos e vizinhos têm um dos à temperatura ambiente, protegendo as papel importante: faça um telefonema ou Fonte: Direção Geral de Saúde extremidades; contacte pelo menos uma vez por dia com pub
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pública: 3 de dezembro de 2015
especial
Febre: um pesadelo que urge desmistificar A febre é um sintoma muito frequente na criança, sendo um dos principais motivos de consulta médica e fonte de grande ansiedade e confusão por parte dos pais. Ao contrário do que muitos possam pensar a febre não é uma doença, mas sim um mecanismo fisiológico de defesa do organismo na luta contra uma infecção, que na maioria dos casos é vírica e sem gravidade. Não existe consenso sobre o valor normal de temperatura corporal, muito menos um valor fixo que se possa considerar normal, uma vez que a temperatura do corpo depende de vários factores. Um deles é a hora do dia – a temperatura corporal normalmente é mais baixa de manhã e atinge valores mais altos durante a madrugada. Esta variação pode ir até 0.5ºC e, como é de esperar, também ocorre na criança com febre, o que não significa por si só uma doença mais grave ou um agravamento do estado geral da criança. Além disso, a temperatura do corpo também varia com a idade (sendo normalmente mais alta nas crianças mais pequenas), a atividade física, a temperatura ambiente e ainda com o local onde é pesquisada, sendo necessário ter estes aspectos em conta na criança com febre. O valor para o qual se considera febre refere-se à temperatura corporal igual ou superior a 38ºC. A temperatura deve ser sempre confirmada com aparelho próprio e não a técnicas subjectivas como a “mão na testa” ou só pelo facto de a criança “estar quente”. Idealmente deve utilizar-se um termómetro digital e aplicar durante 2-3 minutos na região retal nas crianças até aos 1-2 anos e debaixo
do braço (axila) nas crianças maiores. Os termómetros de mercúrio devem ser evitados pelo risco de acidentes e intoxicação e alguns locais como a testa, a boca e o ouvido não devem ser utilizados na medição da temperatura porque não são tão fidedignos. Perante uma criança com febre, é importante avaliar o seu estado geral, se está apática, com “ar doente” ou se por outro lado continua bem disposta e a brincar. Não é o valor máximo de temperatura que define se a doença é grave, até porque é comum valores altos de temperatura (acima de 39ºC) em infecções víricas e benignas. Assim, importa assegurar em primeiro lugar o estado da criança, mais frequentemente correlacionado com a severidade da doença, e tratar o desconforto da criança causado pela febre e avaliar a sua resposta. Assim, o tratamento da febre deve ser realizado na criança com temperatura acima dos 38ºC e que está desconfortável. Os medicamentos para baixar a temperatura, chamam-se antipiréticos e os mais utilizados na criança são o paracetamol e o ibuprofeno, em xarope ou supositório. Apesar de serem seguros e eficazes, as doses devem ser calculadas em função do peso e não da idade da criança, evitando-se doses exageradas e eventualmente tóxicas. Após administração do antipirético, importa entender que a resposta não será imediata e pode variar consoante o medicamento administrado. Isto explica-se pelo facto de o tempo de ação máximo para o paracetamol atuar ser de 2 horas e no caso do ibuprofeno ser de 3 horas. Portanto, a paciência deve ser a palavra de orpub
dem, enquanto se aguarda o seu efeito máximo. Além destas medidas, as técnicas de arrefecimento físico (como o banho tépido ou as toalhas) também são eficazes a baixar a temperatura e podem ser associadas. Não esquecer também de oferecer líquidos à criança com febre para evitar a desidratação e evitarse agasalhar a criança apesar dos tremores e extremidades frias que possam ocorrer devido à subida térmica e que é normal. Apesar de a febre ser uma condição benigna e sem complicações na maioria dos casos, existem sinais de alarme para os quais
os pais devem estar informados e no caso de existirem devem ser avaliados: febre em bebé com menos de 3 meses de idade, bebé ou criança que não melhora o seu estado geral após a temperatura baixar ou que não está bem (sonolenta, prostrada, gemido, irritabilidade), “pintas” no corpo que aparecem no primeiro dia de febre, dificuldade em respirar, vómitos repetidos e febre que não se resolve ao fim de 5 dias. IFE de Pediatra Filipa Almeida Clinica S. José pub
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especial
Cuidar da pele em tempo frio
No inverno são frequentes as queixas de pele seca, muitas vezes com prurido. Em casos mais severos pode surgir inflamação (eczema) associado à secura da pele. O vento, o frio e o ar seco no interior das habituações aquecidas, o banho com água mais quente e a redução da transpiração contribuem para a secura da pele durante o inverno. Aqui ficam alguns conselhos para evitar os efeitos negativos do tempo frio na pele. • Evitar o banho demorado com água muito quente, preferir duche rápido com água morna; • Evitar o uso excessivo de sabões e se tiver a pele muito seca, dar preferência a agentes de limpeza menos secativos, habitualmente designados "pain" ou "syndet"; • Aplicar creme hidratante imediatamente após o banho, que no inverno deve ser mais gordo e aplicado uma ou mais vezes ao dia, particularmente nas zonas mais secas, tais como braços, pernas e mãos. Na face é importante usar creme hidratante, mas os cremes gordos podem não ser adequados quando a pele é oleosa com tendência para acne; • Evitar roupa de lã em contacto direto com a pele, o algodão é melhor tolerado; • Nos lábios, pode ser necessário a utilização de creme labial ou batom gordo várias vezes ao dia para evitar o cieiro; • Nas habitações com aquecimento pode ser útil a instalação de humidificadores. • Beber água, manter uma boa hidratação é sempre importante, mas não é suficiente para evitar a secura da pele, pelo que os cuidados referidos são essenciais para evitar a remoção excessiva da gordura natural. José Carlos Fernandes, dermatologista da Clínica Dermonova
Termas é sinónimo de saúde Quem já experimentou, sabe como se sentem os benefícios dos tratamentos termais. Quer se trate de problemas respiratórios ou reumáticos, é notória a melhoria da qualidade de vida de quem frequenta termas com águas sulfúreas. Seja pelo efeito mecânico da mobilização articular em meio aquático, seja pelos seus efeitos analgésicos que resultam da temperatura e do quimismo da água, seja pelo conforto que os momentos de descanso e relaxamento proporcionam, ou seja pela ação conjunta de todos estes e outros fatores, a verdade é que fazer tratamentos termais é sinónimo de mais saúde. Por isso, e a poucas semanas da chegada do inverno, deve começar a pensar em si. Desengane-se quem pensa que os dias de inverno pouco dão para fazer. Será porque estes dias têm menos sol que vai ficar em casa? E vai refugiar-se no aconchego do lar, só porque há geada ou ameaça chover? Claro que tem de ter mais cuidados…mas, não deve ser por isso que vai deixar de ir às termas e aproveitar todos os seus benefícios. Por isso, e pela sua saúde, mexa-se! Torne mais quente e saudável o seu inverno. Adosindo Ferreira, diretor das Termas das Caldas da Saúde
Centros de saúde com horário alargado O alargamento do horário dos centros de saúde faz parte do pacote de medidas aprovadas pelo anterior governo para este inverno com o objetivo de evitar o caos que os hospitais viveram no ano passado durante a época da gripe. O plano, que começou na terça-feira e termina no final de fevereiro, privilegia o acesso aos centros de saúde. Os hospitais também vão ter de tomar algumas medidas: as autorizações de férias dadas aos médicos vão ter de ser revistas e as escalas devem ser reforçadas nos fins de semana em que se prevê maiores picos de afluência, nomeadamente no Natal e fim do ano. O plano prevê, também, a abertura de mais camas de internamento nos hospitais. Entretanto, mais de 1,2 milhões de portugueses com mais de 65 anos já se vacinaram contra a gripe nesta época, segundo o relatório do Vacinómetro, que monitoriza a cobertura vacinal. pub
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pública: 3 de dezembro de 2015
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Alimentação saudável
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Chega o tempo frio, o nosso apetite aumenta e começamos a preferir os alimentos mais quentes e consequentemente mais calóricos, de modo a compensar as temperaturas mais baixas. Segundo os nutricionistas, a preferência por uma alimentação mais calórica devese às necessidades energéticas do organismo que aumentam em função da necessidade de produzir mais calor para, consequentemente, manter a temperatura corporal normal. Deste modo, os excessos cometidos em relação à alimentação são praticados mais recorrentemente nesta época do ano. Nesta ocasião, os excessos alimentares mais comuns fazem-se através da ingestão de alimentos gordurosos e açucarados, como, por exemplo, pratos com molhos, chocolate quente, leite e derivados gordos. Contudo, o aumento do consumo de alimentos no inverno pode ser desastroso, pois pode conduzir a uma ingestão calórica acima do necessário. Como consequências, pode darse a adição de peso indesejável ou mesmo o acréscimo de risco de doenças cardiovasculares. Para que consiga manter-se bem durante o inverno, é importante seguir alguns conselhos: Se tiver dificuldade em comer sa-
ladas frias, pode substitui-las por legumes cozidos e aumentar a ingestão de leguminosas, como feijão, grão, favas, ervilhas e lentilhas – e sementes, como linhaça, sésamo, girassol; Inicie as principais refeições com caldos ou sopas quentes, que são muito reconfortantes; Substitua os molhos gordurosos por molho de iogurte ou leite magro; Opte por modos de confeção como grelhados, cozidos e assados com pouco molho; Use ervas aromáticas/especiarias, como coentros, cominhos, gengibre, paprica, para temperar os alimentos, porque têm propriedades termogénicas (capazes de aquecer o organismo); Aumente a ingestão de bebidas quentes como os chás e tisanas; Se a sua saúde o permitir, inclua na sua alimentação alimentos calóricos como chocolates, azeite, frutos secos; Evite bebidas alcoólicas,causam aquecimento, mas provocam vasodilatação com perda de calor e arrefecimento do corpo; Coma alimentos ricos que o protegem contra infeções: citrinos, fruta, produtos hortícolas, aveia, cereais integrais, peixes, carne, sementes e leite.