É só para dizer… Feliz Natal! Sofia Abreu Silva Estamos a poucas horas de nos sentarmos na mesa de Natal. O momento de espera é, na realidade, talvez o melhor, pela mística que paira nestes dias. Nesta quinta-feira à noite, haverá o cheiro do bacalhau cozido, da aletria, das rabanadas. As casas estarão quentes e a mesa bem posta e decorada para que a família, grande ou pequena, se possa reunir. Esta é uma ocasião de amor, talvez até de saudade. Quem não tem saudades de um Natal especial ou de uma pessoa que nos faz falta ou de alguém que está lá fora? Nesta ocasião, há um espírito diferente entre as pessoas. Acabamos por ser mais carinhosos, mais disponíveis, mais solidários e há uma vontade para sermos melhores uns para os outros. O Natal tem muita coisa boa, mas é também nesta altura que nos lembramos mais facilmente de quem já não está connosco, porque esta é a festividade da família. Por isso, neste Natal além de fazer uma homenagem a quem já partiu, canalize as suas forças e alegrias nos restantes membros da família, amigos e, quem sabe, em alguém que precise da sua ajuda. Às vezes um sorriso, um pequeno presente, uma refeição mudam tudo! A esta hora espera-se que as coisas já estejam quase prontas…ou talvez não. Afinal, são muitos os portugueses que acabam por deixar várias tarefas, nomeadamente a com-
pra de presentes. Em Portugal o Natal é a festa familiar mais celebrada, ou não fosse esta a grande festa da família. As casas estão decoradas com pinheiros cheios de luzes, velas, enfeites natalícios e presépios que lembram a alegria desta quadra. Estes dias de festa são dias de gastronomia rica. Os hábitos variam de Norte a Sul: do bacalhau, ao polvo, do peru ao leitão, da aletria aos sonhos. Por mais indiferentes que sejamos ou estejamos, o Natal está aí. Acontece nas igrejas, ruas, lojas, nas escolas e junto das crianças. Sabemos que os portugueses ainda não têm muito dinheiro para gastar e por isso vale a pena o investimento nos afetos. Os últimos anos de crise podem ter trazido, na verdade, muitas coisas más, mas podem nos ter ajudado a focarmo-nos naquilo que é importante e não nos excessos consumistas de outros tempos. Afinal, muitos de nós até já soubemos viver com menos. Nesta época, dizem os especialistas, há muito stress e até angústia, por isso o melhor é escolher exatamente o que quer fazer nesta ocasião para tornar o seu Natal mais especial. Porque, mais do que pelas prendas, o Natal vale a pena pelo jantar em família, pelo almoço com os amigos, pelo encanto das crianças, pela conversa com os avós, pelo abraço dos irmãos, pelos miminhos dos pais… e pelas mantinhas quentes. Sorria…. É Natal! pub