Vamos tomar um café?
Líderes no consumo de café Finlândia: 11.7 quilos Noruega: 9.4 quilos Dinamarca: 8.5 quilos Suécia: 8.1 quilos Suíça: 7.5 quilos
“Vamos tomar um café?” Quantas vezes ouvimos esta frase? O café é, muitas vezes, pretexto para um encontro ou mesmo para sairmos de casa para espairecer. O café faz parte das nossas vidas. 80% dos portugueses consomem café diariamente. Na realidade, em média, cada português bebe 2,5 chávenas de café por dia, o que corresponde a uma média de consumo nacional de café de 4,73 quilos por pessoa e por ano. Habitualmente, os portugueses preferem consumir café em pequenas doses, o chamado café expresso, que, na maioria das vezes, não encontramos noutras partes do mundo. Muitos são aqueles que não começam a trabalhar sem antes tomarem um café, porque está comprovado que o café tem propriedades que ajudam a aumentar a nossa memória, melhorar o funcionamento do metabolismo e até pode ajudar na perda de peso, dado que quando se faz exercício, a cafeína ajuda a usar mais precocemente a gordura acumulada, pois durante a torra o café adquire substâncias antioxidantes. O consumo diário moderado de café pode ser considerado saudável, mas para os investigadores de Harvard as propriedades benéficas do café poderão não se dever somente à cafeína, mas sim a outros compostos que apresentam propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. O café é igualmente como muito eficaz, por exemplo, numa situação de quebra de tensão arterial. Além disso, não é por acaso que é uma bebida que finaliza as refeições, afinal, ajuda a facilitar a digestão. Os lisboetas chamam-lhe “bica”, os do Porto “cimbalino”, outros simplesmente “café”. Uns gostam dele curto, cheio, em chávena a escaldar ou um pouco mais para o frio. Há também quem goste dele com um pingo de leite. Independentemente do gosto, a maioria dos portugueses aprecia e, muito, o café, sobretudo tomado fora de casa. Além da bebida, o café é também um espaço social, onde nos podemos encontrar com amigos e família, até mesmo fazer conversa com alguém que nem sequer conhecemos, mas que está no mesmo espaço. Mesmo numa aldeia mais distante, o mais provável é encontrar um café que é um local onde todos se conhecem. Já nas cidades, há sempre cafés de referência, que são conhecidos pela sua história e tradição. Atualmente, os cafés não são espaços onde apenas se bebe o café. São locais que apresentam uma grande variedade de produtos e até serviços, como almoços e lanches. De uma forma ou de outra, o que conquista a clientela são os sabores e o ambiente proporcionados pelos diferentes espaços. Aos bons produtos, deve estar associado um atendimento distinto. Este é, na verdade, um fator que faz com que os clientes voltem a visitar um espaço ou a nunca mais lá voltar. pub
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ESPECIAL
opiniãopública: 12 de janeiro de 2017 pub
PROCESSO
do grão à sua chávena
Os grãos de café precisam de passar por um extenso processo de conversão para poderem chegar, em forma de bebida energética e revitalizante, às nossas chávenas. Os diferentes processos na obtenção do café têm um grande efeito sobre a sua qualidade e, portanto, fazem variar o preço final aplicado aos vendedores. Dependendo dos recursos, os produtores podem ser capazes de realizar com maior ou menor facilidade todo o processo até à venda do grão. E quanto maior for a quantidade de grão processado, maior será o preço exigido aos vendedores.
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Colheita
os diferentes processos na obtenção do café têm um grande efeito sobre a sua qualidade e, portanto, fazem variar o preço final aplicado aos vendedores. No método manual, os frutos maduros são selecionados e apanhados manualmente, um a um. Este é um processo mais utilizado para o café de alta qualidade. Já no método mecânico, acontece quando os frutos são selecionados por uma máquina. É mais utilizado para café de baixa qualidade.
Secagem
no método a seco, os frutos são deixados ao ar livre para que sequem durante 100 dias, sendo necessário mexê-los continuamente. Durante a noite, os mesmos são tapados para proteção do frio e da humidade. Depois da secagem, os frutos são esmagados e os grãos de café, são esmagados, permitindo a dissociação das sementes e da película que as envolve. Já no método com água, os frutos são colocados em recipientes cheios de água, onde permanecem para fermentação durante um breve período de tempo. Depois deste tratamento, secam-se e separam-se os grãos de café, de modo a libertá-los da película.
Torrefação
antigamente os grãos eram torrados artesanalmente e o resultado era bastante irregular e desagradável, uma mistura de grãos crus e queimados. Hoje em dia, após a industrialização, os grãos são torrados dentro de uma cilindro de metal que gira sem parar, de modo a garantir uma torrefação uniforme. Aos 100º C, os grãos tornam-se amarelos; aos 150º C ficam castanhos claros e duplicam o volume, começando a emanar o típico “aroma a café”; aos 200/250ºC, o processo esta concluído. O processo de torrefação e a temperatura utilizadas variam consoante a variedade de café utilizada, o país de origem e o país torrefator, pois os perfis de consumo dos consumidores variam ao longo do planeta.
Mistura
é a parte mais importante de todo o processo de produção pois tem que garantir o conjunto harmonioso do corpo, de aroma e sabor do café. Para ser equilibrada, tem que conter cafés mais doces e outros mais fortes; com aroma de chocolate e frutados; e mais ácidos, sendo que uma destas características tem de prevalecer em superioridade, de modo a dar personalidade à mistura.
Moagem
uma vez torrado e moído, o café começa imediatamente a oxidação. Os novos sistemas de embalagem em vácuo permitem o atraso desse processo, mas, infelizmente, não conseguem impedi-lo. Por isso, aconselha-se a que a moagem do café seja feita logo na altura do consumo. De salientar que cada maneira de preparar o café exige o seu próprio tipo de moagem. Fonte: http://aicc.pt/
opiniãopública: 12 de janeiro de 2017
Com o objetivo de valorizar a qualidade, originalidade e tradição
Associação do Café lança marca “Portuguese coffee: blends of stories” Com o objetivo de promover o café português, a Associação Industrial e Comercial do Café (AICC) criou a marca institucional “Portuguese Coffee – blends of stories”. O objetivo é divulgar o “Café Português”, difundir a sua elevada qualidade, tradição e originalidade, já que este é um café diferente e com características próprias e únicas, reconhecidas pelos diferentes mercados, quer nacionais, quer internacionais. Esta marca visa valorizar este produto especifico e diferenciado, de modo a aumentar a sua consideração e procura, permitindo às empresas nacionais aumentarem as suas exportações nos diversos mercados externos. Na verdade, não existia até agora uma marca ou elemento aglutinador da indústria que permitisse a diferenciação do café expresso português face a bebidas expresso de outras origens ou países. Este selo surgiu, assim, de uma aliança entre diversos associados que sentiram a necessidade de criar um elemento visual que permitisse facilmente identificar este produto e as suas características únicas.
O selo de denominação da marca distintiva do café expresso português foi nomeado “Portuguese Coffee – a blend of stories”, porque representa várias histórias das diversas marcas à volta do café português, mas também a associação entre a História de Portugal e a História do café no mundo, pois Portugal teve um papel preponderante na disseminação desta que é a segunda mercadoria mais transa-
O que é o café expresso português? É uma bebida obtida numa máquina expresso, a partir de uma mistura de café torrado, com um volume médio entre 30ml±5ml e com creme cor de avelã, denso e persistente. É uma bebida aveludada, com corpo acentuado e bem equilibrada. Caracteriza-se por uma enorme complexidade aromática, por uma suave acidez, por um notável balanço de sabores e por um final de boca agradável e persistente.
cionada no mundo. A inclusão deste selo permite ao comprador, seja ele um cliente individual ou coletivo, reconhecer facilmente as características específicas do café português. Este selo permitirá a marcas de café nacionais e ao consumidor identificar o verdadeiro Café Expresso Português. O selo garante que são mantidas as características deste tipo de café e ao mesmo tempo divulga a sua especificidade e a sua identidade histórica. Para as empresas exportadoras, o selo permite evidenciar uma garantia das especificidades deste café, asseguradas por uma entidade independente. Contribui ainda para a aceleração da competitividade das empresas nacionais no exterior e facilita o acesso a mercados internacionais. A grande vantagem para o consumidor é a facilidade de reconhecimento deste tipo de café. Também em relação aos estrangeiros, e segundo a Associação, esta será uma forma de todos poderem pedir o café português nos seus países de origem, podendo procurar na distribuição embalagens com este símbolo.
ESPECIAL
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Mousse de café Ingredientes:
1 lata de leite condensado 1 copo de café forte 3 folhas de gelatina incolor ½ chávena de chá de água quente 3 claras de ovo Confetes de café para a decoração q.b.
Preparação: ponha a gelatina de molho em água fria durante 10 minutos. Bata muito bem o leite condensado com o café. Escorra a gelatina e dissolva-a na água quente (1/2 chávena). Adicione a gelatina dissolvida ao preparado de café, misturando até ficar bem incorporada. Bata as claras em castelo firme, misture-as delicadamente ao doce para não perderem volume. Distribua a mousse por taças individuais e ponha no frigorífico por 4 horas. Dicas: Antes de servir decore cada taça com enfeites de café. Pode juntar à taça chantilly e depois os enfeites de café. pub
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opiniãopública: 12 de janeiro de 2017