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Textos: Sofia Abreu Silva

Empresas familiares que fazem a diferença

Em Portugal, mais de 50% das empresas são de cariz familiar, representam 60% dos postos de trabalho e entre 50 a 70% da contribuição para o PIB gerado pelo setor privado. Em Famalicão, o cenário não é muito diferente. No concelho, são pequenas, médias ou grandes e estão em força em todos os setores de atividade, do pequeno restaurante a uma carpintaria. É delas que se fala neste Especial “Empresas com História”. São empresas que estão na mesma família há vários anos e que têm vencido as adversidades que foram surgindo, conservando a tradição, sem nunca negligenciar a inovação. Estas empresas famalicenses têm sido resistentes à crise, encontrando estratégias para ocuparem uma posição firme no mercado. Percebemos que estas empresas tendem a colocar a sua atividade a longo prazo à frente do lucro imediato. Com estes empresários famalicenses ficamos a saber que há uma preocupação com a forma como se fazem as coisas, como se lida com os clientes. Os valores de qualidade, confiança e comprometimento são muito valorizados por estes empresários, que procuram agir em conformidade com um código de ética, que vai sendo adotado ao longo do percurso da empresa. Nestas empresas há, assim, a valorização dos colaboradores e do seu contributo. Podemos dizer que a estrutura é familiar, mas com uma gestão profissional. Nada é feito sem que seja planeado, executado e avaliado. Estas são empresas que não ficaram imunes à crise, mas deram-lhe a volta. Todas aguardam por dias serenos, que possam trazer mais tranquilidade ao país e à economia e que isso, por sua vez, se traduza num crescimento sustentado. Todos os empresários conhecem bem o seu mercado, as suas potencialidades e fragilidades. Quem gere uma empresa, sabe que todos os dias é necessário arregaçar as mangas, porque o setor, seja ele qual for, é competitivo e exige uma leitura rápida e astuta, para encontrar novas respostas à medida. Afinal, tudo o que interessa é ter um cliente satisfeito. pub


II

opiniãopública: 18 de maio de 2017

ESPECIAL

Empresa apresenta um serviço completo para ajudar as famílias

Funerária Rodrigo Silva: profissionalismo no momento de dor » “O que fazemos tem de ser bem feito e, por isso, dispomos de técnicos especializados para corresponder às expetativas de quem nos procura”. A Funerária Rodrigo Silva Lda. está no ramo funerário desde os anos 30, sendo uma das primeiras empresas famalicenses a enveredar por esta área de negócio. Foi na década de 30 que surgiu a Funerária Famalicense, impulsionada por Estela Pereira e o seu primeiro marido, Joaquim Ferreira, que juntos a geriram até à morte deste. Já em 1949 esta famalicense volta a casar-se com Rodrigo Fernandes da Silva, mudando, nessa ocasião, o nome da agência para Funerária Rodrigo Silva. Hoje, é Carlos Silva, filho de Estela Pereira e Rodrigo Silva, que está à frente deste negócio familiar, desde a morte dos seus pais, mantendo essa vertente familiar. “O nosso corpo de colaboradores é da família, o que facilita a transmissão de conhecimentos… é algo quase natural, praticamente desde o berço”, afirma Carlos Silva, sendo esta a terceira geração responsável pela empresa. A Funerária Rodrigo Silva é responsável por apoiar as famílias num dos momentos mais débeis das suas vidas. Está assim, devidamente habilitada a realizar todos os serviços inerentes à área profissional: funerais, cremações, exumações e transladações. “Somos responsáveis por todos os trâmites na preparação de um funeral, com o intuito de minimi-

zar o impacto do momento difícil, ajudando o cliente a tomar as decisões necessárias”, explica Carlos Silva. “O nosso papel é também tratarmos de todas as formalidades legais e, por isso, temos um serviço de acompanhamento pós-funeral”, explica o gerente, apontando que, neste caso, o objetivo é ajudar a família a tratar da documentação para even-

tuais apoios sociais que possam existir, bem como outras questões pertinentes. Até hoje, a Funerária Rodrigo mantémse com uma base familiar, mas soube adaptar-se às evoluções mais significativas que a sociedade tem apresentado. “Na área das comunicações, registámos uma evolução enorme. É, sem dúvida a evolução mais significativa. Hoje, dispomos de

uma página na internet, onde colocámos várias informações e procedemos à divulgação de todos os funerais e respetivas missas a realizar”, refere o empresário, sublinhando ainda as potencialidades da rede social facebook, que também ajuda a fazer chegar a informação a mais pessoas. A Funerária Rodrigo Silva conquistou uma posição firme no setor, fruto de um trabalho constante e sério que procura, diariamente, fazer. “O que fazemos tem de ser bem feito e, por isso, dispomos de técnicos especializados para corresponder às expetativas de quem nos procura”, afirma o empresário. “É fundamental apresentar um serviço profissional e de qualidade, mas procurando, ao mesmo tempo, ser um ombro amigo”. Pelo seu contributo ao tecido empresarial, a Funerária Rodrigo Silva já recebeu da Câmara Municipal de Famalicão a Medalha Municipal de Mérito Económico. O empresário Carlos Silva revela que nos próximos anos, a preocupação vai ser manter o nível de qualidade e profissionalismo que caracteriza a sua empresa: “os nossos clientes, além de o serem, são nossos amigos e é na base desta relação que desempenhamos as nossas funções”. pub


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ESPECIAL

III

Irmãs ficaram com o negócio dos pais e hoje apostam no atendimento direto e online

Electro Camões: duas mulheres no mundo de acessórios e reparações de eletrodomésticos » Apesar do cenário económico não ser favorável a grandes crescimentos, até porque, ao longo da crise, viram “vários clientes a fechar portas”, as duas empresárias têm conseguido ampliar a faturação. A Electro Camões surgiu há 26 anos, no seguimento de uma outra empresa, A. Sousa Lopes, que pertencia à mesma família. “Os nossos pais precisavam de um espaço, onde os clientes pudessem recorrer, em caso de avaria, dentro ou fora de garantia, e como só havia postos de assistência técnica no Porto e em Braga, lembraram-se de abrir esta empresa mais orientada para as reparações”, recordam Angélica e Jacorina Amorim, que hoje estão à frente deste negócio de família. “Estivemos sempre na empresa. Andávamos sempre por aqui. Enquanto ainda estudávamos, ajudávamos no que fosse preciso diariamente e durante as nossas férias da escola. Após a conclusão do ensino superior, e, sem ser inicialmente esse o objetivo, fomo-nos inteirando do funcionamento da empresa, de tal forma que já não havia volta a dar”, refere Angélica Amorim, considerando que a aprendizagem e passagem dos conhecimentos foi feita espontaneamente. A Electro Camões tem como áreas principais de negócio reparações e a venda de

acessórios técnicos para profissionais e clientes em geral, assim como a venda de consumíveis para eletrodomésticos. A empresa aposta, assim, numa diversidade de produtos destinados ao consumidor final e a técnicos da área. Aqui, os clientes podem encontrar desde pés para varinhas, lâminas para máquina de barbear ou depiladoras, filtros para aspirador e até uma resistência ou um módulo para uma máquina. Justamente na senda da sua especialização, a Electro Camões possui um serviço ao domicílio, realizado por técnicos especializados para a reparação de todo o tipo de aparelhos. “Estamos, devidamente, licenciados pela Direção Geral de Energia para a reparação de todos os tipos de equipamentos de gás e estamos em fase de credenciação em gases fluorados”, sublinha Jacorina Amorim. Atuando numa área técnica, é fundamental que a empresa esteja sempre na linha da frente da inovação. Para isso os técnicos da Electro Camões participam em diversas formações para ficarem a conhecer

como trabalham os novos aparelhos, como para saberem repará-los eficazmente. Além disso, a própria legislação do consumo, produtos e ambiente está em constante alteração, sendo a atualização dessa informação “fulcral” para não cair em incumprimentos. “Quando estamos no atendimento ao público, temos de saber como funcionam os aparelhos, que são cada vez mais tenológicos”, realça Angélica Amorim, referindo que “supostas avarias precisam, muitas vezes, apenas de uma explicação e não de intervenção técnica”. A empresa famalicense tem clientes de toda a região do Minho, tendo “orgulhosamente” como parceiros as principais lojas da região. Além disso, trabalha com as marcas mais procuradas nacional e internacionalmente. Entretanto, com a disponibilização de uma loja online, os clientes são de todos os pontos do país. “Estamos a apostar neste segmento online, porque julgamos que este será o futuro. Cada vez mais as pessoas gostam de estar no conforto de casa e adquirir

produtos com um simples clique. A nossa plataforma está muito bem concebida para que o produto pretendido seja fácil de encontrar, num total de 4500 que já possuímos”, descreve Jacorina. Apesar do cenário económico não ser favorável a grandes crescimentos, até porque, ao longo da crise, viram “vários clientes a fechar portas”, as duas empresárias têm conseguido ampliar a faturação. Além disso, alargaram parcerias, conseguindo trabalhar, atualmente, com as grandes superfícies de todo o norte. Com uma equipa de 8 colaboradores, estando no mercado a recrutar, nomeadamente para a área técnica, a Electro Camões conta já no seu currículo com alguns prémios, nomeadamente o reconhecimento pela contratação de pessoas com mobilidade reduzida. Soma-se a isso, títulos de apoio a instituições de âmbito social. “Somos uma empresa que se preocupa com os problemas da nossa sociedade e estamos disponíveis para ajudar quando somos solicitados”, concluem as irmãs. pub


IV

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ESPECIAL

Espaço conta com 23 anos de atividade em Famalicão

Padaria e Pastelaria S. Jorge: todos os dias qualidade e sabor » “Seguimos as especialidades segundo as receitas tradicionais, mas estamos sempre atentos às técnicas atuais, para garantir a confiança nos produtos colocados à disposição dos consumidores, mantendo os mais elevados padrões de qualidade e higiene”... A Padaria e Pastelaria S. Jorge é um espaço incontornável em Famalicão. Nas vitrinas está o pão fresco, os bolos, os salgados, entre muito mais. Quem conhece a Pastelaria S. Jorge sabe bem do que se está a falar. Afinal, são 23 anos de atividade, num negócio que vai já na terceira geração e que tem clientes que se mantêm até hoje fiéis deste espaço. “Desde o primeiro dia que em tudo o que fazemos colocamos o nosso rigor e qualidade e por isso temos clientes que nos procuram diariamente”, afirma Jorge Pinto Costa, gerente da S. Jorge. Na Padaria e Pastelaria S. Jorge encontra todo o tipo de pão, do integral ao de cereais, bem como verdadeiras delícias,

desde éclairs, natas, croissants e bolos de aniversário, entre outras opções. Há também panados, rissóis, croquetes e bolinhos de bacalhau. “Queremos que os nossos clientes possam entrar aqui, a qualquer hora do dia, e tenham várias opções de escolha”, refere o empresário, garantindo que a vontade é sempre apostar na “inovação” para surpreender, mantendo, contudo, os produtos de referência. Além dos clássicos snacks, a Padaria e Pastelaria S. Jorge apresenta, diariamente, uma carta com várias sugestões, desde sopa, sandes, saladas, pratos de carne e de peixe, tudo fresco. “Temos uma panóplia de opções, em que procuramos que os nossos clientes possam comer uma diária,

a um preço justo, mas que seja uma refeição de qualidade”, refere Jorge Pinto Costa. Na verdade, na Padaria e Pastelaria S. Jorge, a intenção tem sido manter a tradição e cumprir as receitas dos produtos com a mesma autenticidade de sempre. “Seguimos as especialidades segundo as receitas tradicionais, mas estamos sempre atentos às técnicas atuais, para garantir a confiança nos produtos colocados à disposição dos consumidores, mantendo os mais elevados padrões de qualidade e higiene”, assegura o empresário. Jorge Pinto Costa revela que, apesar dos tempos de crise económico-financeira, em que as famílias ficaram com menos dinheiro, a S. Jorge manteve sempre a

mesma postura de rigor. “Nunca retirámos o valor da qualidade ao que temos. Conseguimos sempre preservar a nossa identidade como empresa e mantivemos os dez postos de trabalho”, vinca o empresário, considerando que essa foi a estratégia certa, dado que a faturação não foi afetada. Para este ano de 2017, numa conjuntura em que a recuperação económica parece estar a acontecer, também a S. Jorge espera um aumento de 10% na sua faturação e no número de clientes. Assegurada está a aposta num de serviço e produtos de “qualidade”, afinal, como afirma Jorge Pinto Costa “um negócio constrói-se todos os dias”. pub


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ESPECIAL

V

Empresa de comércio de produtos para hotelaria e restauração com sede em Joane

Novumdux: há 4 anos a vestir as suas refeições! » “Muitos empresários não compram algo diferente e inovador, porque ninguém as apresenta. É essa diferença que tentamos mostrar aos nossos clientes...” Neste mês de maio, a Novumdux, com sede em Joane, assinala o seu quarto ano de atividade. A empresa, dos amigos de infância Cândido Ribeiro e Miguel Campos, dedica-se à comercialização de produtos para hotelaria e restauração, como por exemplo, à venda de pratos, copos, talheres, toalhas em tecido, guardanapos, palamenta de cozinha, máquinas para a cozinha, óleo para fritar, consumíveis e muito mais. Na prática, estes empreendedores procuram ajudar os seus clientes a apresentarem um serviço distinto e de qualidade. “A maioria dos nossos fornecedores são nacionais, porque se temos no nosso país as melhores porcelanas, a melhor cutelaria, as melhores fábricas têxteis, fazemos questão de trabalhar com os melhores”, começa por referir Cândido Ribeiro. A Novumdux gosta, na verdade, de conhecer bem o cliente, no sentido de lhe apresentar as melhores soluções. “A nossa preocupação é, desde logo, ouvir o nosso cliente e perceber que tipo de espaço se trata e o serviço que vai prestar”, afirma Miguel Campos, explicando que a partir daí “faz-se uma seleção de produtos que julgamos mais adequados e apresentamos diferentes propostas com preços diversos”.

Para uma proximidade autêntica, a Novumdux apresenta uma rede comercial de sete colaboradores que visitam os clientes. A intenção é convidá-los a visitar o showroom da empresa, que contempla um conjunto de diferentes soluções, que os clientes podem conhecer em pormenor, conseguindo projetar o que poderá ser o seu futuro serviço. “Muitos empresários não compram algo diferente e inovador, porque ninguém as apresenta. É essa diferença que tentamos mostrar aos nossos clientes. Temos restaurantes tradicionais que conseguem, através da total renovação do seu serviço, modernizar-se, sem desvirtuarem o seu conceito”, aponta Miguel Campos. Segundo o mesmo, a Novumdux é, cada vez mais, solicitada para fazer remodelações de espaços, ao nível dos têxteis, louças, vidros, talheres, entre outros. “Os empresários já perceberam que é fundamental mudar, inovar e valorizar o serviço e o ambiente que têm para oferecer ao seu cliente”. As quintas de eventos, bem como empresas de catering e hotelaria são, igualmente, grandes clientes desta empresa. “Hoje, temos um catálogo vasto de produtos e estamos habilitados para servir qualquer empresa do canal HORECA”, afirma o

empresário, revelando que a empresa famalicense é atualmente fornecedora de quase todas as escolas de hotelaria do país. Hoje, com 14 funcionários, os dois empresários olham o futuro com uma boa dose de otimismo, mas também de realismo. “Somos ambiciosos, mas temos os pés bem assentes na terra. Nunca queremos dar passos maiores do que as pernas… somos pragmáticos. Queremos estar sempre conscientes das decisões que tomamos e do que estas implicam no futuro”, vinca Cândido Ribeiro. Com esse entendimento, a Novumdux avançou, recentemente, para a compra de um terreno onde será construído um pavilhão para acolher as novas instalações. “Será o nosso primeiro grande investimento”, apontam. Nestes quatro anos, a empresa tem apostado na criação de parcerias, no aproveitamento de oportunidades de valorização dos seus quadros, bem como na promoção da sua marca, produtos e serviços. Além disso, tem procurado apoiar a formação de profissionais da restauração e hotelaria, tendo sido a Novumdux impulsionadora do concurso “Chefe Made in / in.Ave”, que tem como objetivos principais estimular o gosto dos alunos pelos cursos de Hotelaria, Restauração,

Pastelaria e Bar, bem como dar-lhes uma primeira oportunidade de se mostrarem em competição/stress. Inicialmente, no concelho de Famalicão, este concurso abrange já mais três municípios: Guimarães, Vizela e Vieira do Minho, o que indica bem o sucesso da iniciativa. Nas linhas do futuro, está também previsto o crescimento da empresa. “Queremos ser uma empresa de abrangência nacional e não apenas regional”, afirma Miguel Campos, considerando que só depois de conquistar uma cota significativa do mercado é que será equacionada uma estratégia para o mercado internacional. “Sabemos que não temos a empresa perfeita, mas já estivemos bem mais longe!”, afirma Miguel Campos. “Temos consciência de que nem sempre conseguimos tudo o que queremos, nem como queremos, mas isso não nos desvia da linha traçada há quatro anos. Temos ainda algumas limitações, que não conseguimos nem queremos esconder. Mas, com a confiança dos clientes e com a nossa capacidade de resiliência, havemos de ser todos os dias mais fortes. Esta é a nossa doutrina. Fazemos o que dizemos e dizemos o que fazemos! ”, conclui Miguel Campos. pub


VI

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ESPECIAL

Empresa já vai na quarta geração com várias áreas de negócio

A Eléctrica: 90 anos de dedicação, empenho e inovação » “Temos bem presente uma cultura de dedicação, empenho, inovação e responsabilidade que os colaboradores mais experientes vão passando aos mais novos...” A empresa A Eléctrica Lda. foi fundada por António Dias Costa em fevereiro de 1924, contando, atualmente, com 93 anos de atividade e 41 colaboradores. A atividade principal da A Eléctrica é a da conceção, fabricação e montagem de instalações de equipamentos industriais, de acordo com as necessidades específicas dos seus clientes. O foco da sua atividade está relacionado com soluções para a pintura e secagem. A empresa tem ainda a capacidade de projetar e fabricar vários tipos de máquinas especiais para as mais diversas utilizações. A empresa é também responsável pela distribuição de botijas de gás da Repsol e fabricação de estruturas metálicas. Na verdade, o nome A Eléctrica resulta da atividade original da empresa, ou seja distribuição de energia elétrica. Apesar de há vários anos não ser esta uma das suas atividades, “foi decidido manter o nome pelo seu valor histórico e fácil reconhecimento”, explica o diretor geral, Carlos Correia. A atividade de fabricação de instalações de pintura teve a sua origem nos anos 60 com o início da montagem em Portugal de automóveis. A partir dessa data, revela o responsável, “muitos outros tipos de indústrias tiveram necessidade de adquirir instalações de pintura, face ao aumento das exigências dos seus

clientes”. Desde a sua génese que A Eléctrica é uma empresa, assumidamente, familiar, contando hoje com sócios de segunda, terceira e quarta gerações. “O know-how da empresa tem sido transmitido ao longo dos anos não só às novas gerações na família, mas também entre os restantes colaboradores. Temos bem presente uma cultura de dedicação, empenho, inovação e responsabilidade que os colaboradores mais experientes vão passando aos mais

novos”, vinca Carlos Correia. Ao longo de mais de nove décadas da empresa existiram naturalmente muitas fases distintas, mas os bons momentos conseguiram sempre sobrepor-se aos maus. No trajeto empresarial, destaque para o início da fabricação de cabines de pintura em 1957; a venda da rede elétrica à EDP em 1984; o início da internacionalização nos anos 90; a certificação da empresa pela ISO9001 em 2003; e a obtenção do alvará de empresa construtora de estrutu-

ras metálicas em 2011. A A Eléctrica conta, entre os seus clientes, com conceituados grupos industriais portugueses e multinacionais das mais diversas áreas de atividade. São também muitas as pequenas e médias empresas que recorrem à A Eléctrica para aquisição de equipamentos, além dos clientes de botijas de gás, essencialmente particulares e distribuidores / revendedores. Face ao trabalho realizado, foram muitos os galardões de reconhecimento atribuídos à A Eléctrica, como foi, recentemente, o prémio Cedrac de Carreira Empresarial; o prémio de empresa fundadora da AIminho; e de empresa parceira da Secundária D. Sancho I. “Receber prémios é um motivo de orgulho, mas sobretudo uma responsabilidade para continuar a evolução da empresa”, afirma o diretor geral. A estratégia para o futuro passa por encontrar “soluções para melhor servir os clientes, promovendo uma melhoria contínua, alicerçada na formação e qualificação dos seus colaboradores”, indica Carlos Correia, acrescentando ainda a aposta na “fidelização dos clientes, consolidação das atuais atividades e desenvolvimento de competências em novas áreas, nomeadamente em equipamentos para a proteção do meio ambiente e valorização de resíduos”. pub


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ESPECIAL

VII

Joaquim Carvalho passou de funcionário a empresário

Socarfam: produtos e serviços de carpintaria à medida de cada cliente » “Conseguimos diferenciar-nos devido à qualidade de produção e aplicação dos nossos produtos. Cumprimos os prazos que estabelecemos tanto para com os nossos clientes, como fornecedores.” A história da Socarfam - Sociedade de Carpintaria Famalicense, Lda. cruza-se com a vida de Joaquim Carvalho. Foi aos 25 anos que o jovem Joaquim Carvalho foi convidado a formar uma equipa de trabalhadores para constituir a equipa produtiva desta empresa, onde ficou como encarregado ao longo de 32 anos. Todavia, há 5 anos surgiu a possibilidade de ficar com a empresa e a equipa, dando continuidade a um projeto empresarial de sucesso na indústria de carpintaria. “Não hesitei em aceitar este desafio, para mim esta empresa já fazia parte da minha vida… não era da minha família, mas o espírito que tínhamos era quase esse”, começa por contar o, hoje, empresário Joaquim Carvalho. Atualmente, a equipa Socarfam é formada por 13 colaboradores, distribuídos pelas áreas da produção, orçamentação, gestão de obra e acompanhamento de novos projetos. O core business assenta, justamente, na execução de produtos e serviços com madeira ou derivados por medida para empresas e particulares. Com uma crise sem precedentes a atingir a construção civil, a empresa, apesar da conjuntura, manteve “o volume de faturação e, contrariamente, ao que era expetável aumentou a equipa para responder rápida e eficazmente às múltiplas solicitações”, afirma

Instalações da empresa

Joaquim Carvalho, referindo que os clientes, atualmente, não são apenas nacionais, mas também internacionais. “Iniciamos a exportação dos nossos produtos e serviços para Marrocos, França, Gana, entre outros, através de empresas parceiras, no sentido de explorarmos novos mercados”, refere. Sempre atento às inovações que o setor apresenta, o empresário famalicense aponta que existe hoje um conjunto de materiais na área das carpintarias que permite executar e desenvolver os mais diversos produtos, indo ao encontro do gosto pessoal de cada cliente. “Executamos portas, roupeiros, pavimentos

Helder Carvalho (arquitecto), Joaquim Carvalho (Gerente), Cândido Carvalho (director de produção), Sara Ribeiro e Joel Oliveira (administrativos)

interiores e exteriores, cozinhas, mobiliário, entre outros todos, mas todos são feitos à medida, devidamente personalizados e com a máxima qualidade”, aponta Joaquim Carvalho, sublinhando que o mercado vai-se transformando e é necessário estar atento a essas mudanças. “Por exemplo, verificamos que a tendência de utilizar madeira maciça na construção tem sido alterada por derivados de madeira e novos materiais como fenólicos e corian entre outros”. A estratégia adotada pela Socarfam para continuar a vingar passa por manter os mesmos valores, que têm garantido, de resto, a

imagem de prestígio perante o mercado, sendo, muitas vezes, a primeira opção por parte de muitos clientes. “Conseguimos diferenciarmo-nos devido à qualidade de produção e aplicação dos nossos produtos. Cumprimos os prazos que estabelecemos tanto para com os nossos clientes, como fornecedores”, revela. Na agenda para os próximos anos, está a vontade em alargar o leque da exportação, desenvolvendo novas parcerias com clientes e fornecedores, não esquecendo um trabalho de equipa sério, que valorize a qualidade e inovação. pub


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VIII ESPECIAL

Empresa aposta na sustentabilidade ambiental e social

Grupo ACA: internacionalização e novas áreas de negócio são chave para o sucesso » “Com uma raiz familiar, e mantendo esse cunho matricial, o Grupo ACA vem adotando modelos de gestão e de governance profissionais, seguindo as melhores práticas recomendadas.” É neste ano que o Grupo ACA, com sede em Vila Nova de Famalicão, comemora 35 anos. Com origem na construção, o grupo tem sabido diversificar-se sectorial e geograficamente, operando em vários mercados, nacional e internacionalmente, distinguindo-se pela sua grande valia técnica, pelo seu dinamismo, pela sua versatilidade e pela sua grande capacidade de mobilização. Com 1757 colaboradores, o Grupo ACA atua em inúmeras áreas de negócio, designamente: construção civil e obras públicas; exploração de pedreiras e produção de agregados; comercialização de betão, massas betuminosas, pré-fabricados e inertes; gestão de equipamentos; gestão e tratamento de águas; gestão e valorização de resíduos; laboratório, investigação e desenvolvimento; instalações elétricas e climatização; paisagismo; infraestruturas desportivas; distribuição e trading; promoção imobiliária e turismo; e energias renováveis. Com uma raiz familiar, e man-

tendo esse cunho matricial, o Grupo ACA vem adotando modelos de gestão e de governance profissionais, seguindo as melhores práticas recomendadas. Por outro lado, “tem vindo a incorporar profissionais de elevada competência e experiência, nos diferentes níveis da sua organização, desde a administração até às categorias técnicas”, afirma Alberto Couto Alves, Presidente do Conselho de Administração do Grupo, que entende que a adoção destes modelos e práticas, pela sistematização dos procedimentos e clareza de atribuições, permite “a passagem dos saberes e da cultura do Grupo às sucessivas gerações, sem grandes sobressaltos ou disrupções”. Refira-se que a evolução do Grupo ACA tem determinado uma maior descentralização, cobrindo atualmente quatro macro regiões: Portugal, Europa & Norte de África (França, Polónia e Argélia), África Subsariana (Angola, República do Congo, República do Gana e S. Tomé e Príncipe) e Brasil. Segundo Alberto Couto Alves, os dois grandes pilares que sustentam

a estratégia do Grupo ACA são a internacionalização e a diversificação das áreas de negócio. “Temos vindo a desenvolver distintos projetos de investimento, que procuram promover o nosso crescimento sustentado, bem como responder a lacunas de mercado identificadas, revelando uma atitude sistemática de reinvenção e empenho na resposta às solicitações dos mercados onde operamos”, revela. A par da vertente comercial já muito ramificada, o Grupo ACA tem estado envolvido em várias iniciativas de cariz humanitário, fruto da sua preocupação pela sustentabili-

dade ambiental e social. Esses princípios de atuação já valeram à empresa vários prémios de referência, como “Excelência no Trabalho (20112015) e “Melhores Empresas para Trabalhar” (de 2010 à atualidade). No sentido de reduzir a sua “pegada ambiental”, o Grupo ACA foi também das primeiras empresas portuguesas a certificar-se no Sistema Integrado de Gestão (qualidade, segurança e ambiente). “O Grupo ACA tem seguido uma política de ambição e desenvolvimento sustentáveis, procurando sempre prosseguir negócios proveitosos e rentáveis”, afirma Alberto

Couto Alves. Uma estratégia, que faz parte da matriz genética do Grupo e se faz sentir nas diferentes vertentes do negócio, nomeadamente na relação com clientes e parcerias com fornecedores; na gestão do risco; no relacionamento com os diversos stakeholders, no código de conduta e de ética dos colaboradores; e na diversificação geográfica do Grupo ACA”. O presidente do Conselho de Administração do Grupo, Alberto Couto Alves, considera que a evolução do Grupo tem revelado uma ambição sustentável, “registando uma coerência de atividade e de resultados que, não obnubilando a flutuação dos contextos onde se insere, permite, com uma gestão cuidada, atenta e estratégica, manter um nível de desenvolvimento nos termos definidos”. Prestigiando a transparência, integridade e colaboração constantes, o futuro que se quer sustentado é pensado de forma estratégica e sempre com dois grandes objetivos em mente: “novos mercados férteis em oportunidades e novas áreas de negócio rentáveis”. pub


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