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Hélder Silva, treinador da ADC de Telhado

Luís Faria, presidente da ADC Telhado

“Queremos ficar nos seis primeiros lugares” As emoções do futebol distrital estão de volta à freguesia de Telhado. Depois de se ter despedido das provas realizadas sob a égide da Associação de Futebol (AF) de Braga em 2008/2009, a Associação Desportiva e Cultural (ADC) de Telhado decidiu regressar à competição oficial na presente época. Nos últimos anos, a participação nas provas da fundação Inatel serviu para saciar a paixão pelo futebol na freguesia. No entanto, o desejo de catapultar o clube para outros patamares acabou por falar mais alto. “Neste ano de regresso às competições oficiais, queremos ficar nos seis primeiros lugares da 1ª Divisão”, dispara Luís Faria. O presidente prefere não traçar metas muito ambiciosas. No entanto, opinião bem diferente tem o plantel. “Os jogadores querem subir, mas é muito difícil. Acho que temos equipa para subir, mas sabemos que é difícil conseguir a promoção neste ano de regresso”, alerta. Luís Faria acredita que o clube irá oferecer “boas condições ao plantel e à equipa técnica”, estimando, para isso, um orçamento a rondar os sete mil euros. No livro de desejos do presidente consta ainda a vontade de recuperar a paixão dos adeptos pelo clube, algo que

“Vamos fazer algo bonito pela terra”

se desvaneceu com a saída da ADC Telhado do lote de competições organizadas pela AF Braga. “Queremos recuperar o apoio dos adeptos, pois foi muito abaixo com a situação que o clube viveu”, adverte Luís Faria, que admite ainda que o plano de recuperação poderá contemplar a colocação de um relvado sintético. “A Câmara Municipal está disposta a isso. No entanto, preferimos ir devagar e dar um passo de cada vez”, confidencia, novamente num tom prudente. pub

Hélder Silva é o treinador da Associação Desportiva e Cultura (ADC) de Telhado, que está de regresso aos campeonatos distritais da Associação de Futebol de Braga (AFB), na 1ª Divisão. No arranque do projeto, o técnico admite que não se pode sonhar muito alto, mas entende necessário assumir algumas metas. “Queremos acabar nos primeiros cinco ou seis lugares da tabela e é por isso que vamos lutar”, aponta, consciente das dificuldades deste campeonato. Hélder Silva dispõe de um plantel “com qualidade”, constituído por jogadores que estão no primeiro ano de sénior e outros que nunca jogaram nesta associação. “O objetivo é colocar em prática o que tem vindo a ser trabalhado. Não vamos conseguir de repente, mas acredito que com trabalho iremos fazer algo bonito por esta terra”, projeta. Numa análise ao campeonato, o técnico telhadense aponta como equipas possantes o S. Cosme, Fradelos, Polvoreira e o Operário, que somam muita “experiência”. A trabalhar num campo pelado, quando muitas coletividades já possuem um sintético, o treinador vê esse fator como uma dificuldade acrescida. “É complicado irmos fora, porque trabalhamos toda a semana em pelado, mas poderá ser também um obstáculo para os nossos adversários”, entende. Sobre as condições de trabalho, Hélder Silva sublinha o investimento, executado pela direção nas infraestruturas,

nomeadamente nos balneários e estruturas para acolher os atletas. Sem setor de formação em Telhado, para o técnico não será tarefa fácil. “Sem termos esse viveiro para escolhermos jogadores formados no clube é complicado, mas o meu trabalho passa, sobretudo, por arranjar vontade e motivação para os jogadores e para mim para que Telhado possa reviver os palcos da AFB”, indica. “O que mais espero é trazer de volta os sócios a Telhado e aos jogos, porque mais do um projeto desportivo, este é um projeto cultural e social para dar dinamismo à terra… e sem sócios não vamos a lado nenhum”. pub


ASSOCIAÇÃO DESPORTIVA E CULTURAL TELHADO

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opiniãopública: 19 de outubro de 2017

ESPECIAL

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Mário Melo, treinador da ADJ Mouquim

Mário Rui, presidente da ADJ Mouquim

“Com força e vontade podemos alcançar os primeiros lugares”

“Temos um plantel jovem mas com experiência” “Fazer o melhor campeonato possível e criar um projeto para o futuro”. É com esta premissa que a Associação Desportiva e Juventude (ADJ) Mouquim disputará a 1.ª Divisão da Associação de Futebol de Braga, competição em que não há equipas a descer de escalão. Mário Rui, presidente da coletividade, recorda que as últimas temporadas não correram da melhor forma, preferindo, por isso, assumir um discurso de ponderação. “Durante muito tempo tivemos obras, o que não nos permitiu criar as melhores condições. Mas, agora que estamos em nossa casa será mais fácil criarmos um bom grupo”, avalia. Em relação ao ano passado, a equipa sofreu várias mudanças para ganhar mais maturidade. “É um plantel jovem, mas com qualidade, porque fomos buscar outros atletas que estavam na distrital”, explica o responsável. Com o novo relvado sintético e infraestruturas renovadas, a ADJ Mouquim acredita que o futuro será risonho. “Todos gostam de estar num clube organizado e com boas condições para a prática de desporto”, afirma. Para o seu orçamento, a ADJ Mouquim conta com o contributo dos sócios, patrocinadores e empresas, porque as verbas entregues pela Junta de Freguesia e Câmara Municipal são “para investir nas infraestru-

turas”. “Temos muitas despesas e felizmente temos conseguido que as pessoas se juntem a nós, o que é muito motivante”, revela o presidente. Refira-se que a aposta no futebol feminino tem vindo a crescer: “Iniciámos este projeto há três anos e temos cada vez mais meninas a praticar a modalidade”, diz Mário Rui, garantindo que o futuro passa por alargar a vertente da formação, fazendo com que jovens regressem ao Mouquim. pub

Apesar da manutenção garantida neste campeonato da Associação de Futebol de Braga (AFB), a Associação Desportiva e Juventude (ADJ) de Mouquim não deixa de ser ambiciosa. O treinador da equipa, Mário Melo, considera cedo para apontar a subida de divisão como objetivo, mas acha plausível ficar nos cinco primeiros lugares da tabela. “Este plantel foi, justamente, criado para dar essas garantias, à medida das possibilidades do clube que não consegue pagar aos jogadores”, afirma o técnico, que acredita, porém, que o grupo tem “uma qualidade que o Mouquim há muito não tinha”. “Com força de vontade e trabalho, poderemos alcançar esses primeiros lugares e até mais um pouco”, comprometese. Da época passada, transitou a espinha dorsal da equipa. Uma escolha fácil para Mário Melo: “nestas divisões a falta de compromisso faz com que os clubes não consigam levar as coisas até ao fim, mas os nossos jogadores mostraram a sua seriedade e por isso temo-los connosco”. Com infraestruturas desportivas renovadas e, recentemente, inauguradas, a coletividade apresenta atualmente boas condições para a prá-

tica desportiva. “Dificilmente nesta regional, encontraremos o que o Mouquim oferece, tanto a nível de campo, como de balneários”, assegura. Considerando que a formação é o futuro de qualquer clube, o técnico do Mouquim espera que essa vertente surja no futuro. “O nosso presidente é uma pessoa atenta e de trabalho e irá, com certeza, apostar na formação, como acontece com as meninas”. pub


ASSOCIAÇÃO DESPORTIVA JUVENTUDE MOUQUIM

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opiniãopública: 19 de outubro de 2017

ESPECIAL

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Tonanha, treinador do GD Louro

José Carlos Paula, presidente do GD Louro

“Queremos colocar o clube na divisão que merece”

“Regressar à Divisão de Honra é o único objetivo” Foi com um misto de desilusão e ambição que o Grupo Desportivo (GD) do Louro preparou a presente temporada. De regresso ao indesejado último degrau do futebol distrital ao fim de vários anos de prestações regulares no escalão acima, o clube famalicense pretende que esta situação seja, porém, passageira. Os responsáveis estão cientes do passado recente do emblema e, dessa forma, no seio do grupo de trabalho e da direção está estabelecida apenas uma meta: a subida de divisão. “Regressar à Divisão de Honra é o único objetivo que temos no clube”, confidencia José Carlos Paula, garantindo que as feridas resultantes da descida de divisão no final da época transata já estão completamente saradas. “Já analisámos o que correu mal na temporada transata. A descida deveu-se a um conjunto de situações naturais no futebol, mas isso foi detetado e agora só queremos retificar essa situação”, aponta, sem rodeios. O presidente garante que todas as pessoas envolvidas no projeto estão imbuídas do espírito de reerguer o GD Louro. Apesar de militar numa divisão inferior, o orçamento será praticamente idêntico ao da última época. José Carlos Paula manifesta “plena confiança no

plantel”, face aos propósitos definidos para 2017/2018, revelando ainda existir uma ideia firme no emblema famalicense: “vamos tentar sempre melhorar porque nunca estamos satisfeitos com aquilo que temos”. Satisfação não terá sido, por certo, o sentimento que reinou entre a massa associativa no término da temporada transata. Ainda assim, José Carlos Paula tem a convicção de que os adeptos vão manter-se “fiéis e ao lado da equipa”. pub

No Grupo Desportivo (GD) do Louro não há espaço para discursos subliminares. A missão para esta temporada está bem definida e passa apenas por acabar a temporada com o carimbo da subida. Nesse sentido, o clube recorreu aos serviços de Tonanha, técnico que tem feito carreira na Divisão de Honra nas últimas temporadas. O convite endereçado pela direção do GD Louro fê-lo, todavia, baixar um degrau, algo que tem explicação: “queremos colocar o clube na Divisão de Honra, pois é a divisão em que merece estar”. O clube famalicense é, declaradamente, um candidato à subida de divisão. Lutar pelos três pontos para acabar a época em grande estilo será, certamente, um dos pontos transversais a todas as palestras de Tonanha antes dos jogos. Um desafio novo, mas encarado com enorme entusiasmo. “É uma divisão nova para mim. Estou ainda a recolher informações das equipas que vamos defrontar, mas sei que há muitas que se apetrecharam bem, pese não se assumirem como candidatas à subida de divisão”, avisa, em tom desconfiado, acerca de um campeonato que prevê “competitivo”. De resto, Tonanha está contente com “as boas condições” encontradas no novo clube. Infraestruturas de qualidade

devidamente complementadas pela “seriedade, honestidade e competência” que caracterizam os responsáveis do clube. Até por isso, o desejo de subir ganha ainda maior dimensão. Garantindo estar atento ao trabalho realizado nos escalões de formação, o treinador sabe ainda da exigência intrínseca à massa adepta do clube. “Temos de dar tempo ao tempo. Resta-nos trabalhar de forma séria e com compromisso”, promete o técnico. pub


GRUPO DESPORTIVO LOURO

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ESPECIAL

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Rogério Monteiro, treinador do Operário FC

José Augusto, presidente do Operário Futebol Clube

“Vamos fazer tudo para alcançar a subida”

“Somos profissionais na prestação em campo” O Operário Futebol Clube desceu de divisão, na última temporada, competindo agora na 1ª Divisão, da Associação de Futebol de Braga (AFB). “Temos o objetivo de fazer o nosso melhor para regressar à Divisão de Honra”, começa por avançar o presidente José Augusto, que considera que a coletividade tem condições para conseguir esse desiderato. No plantel escolhido pela equipa técnica, José Augusto vê “qualidade” para enfrentar os adversários. “É um grupo jovem, porque alguns atletas são das nossas camadas de formação, mas temos também alguma experiência”, indica. Relativamente ao campeonato e à série em disputa, o dirigente antevê “enormes dificuldades”. “Há equipas que se apetrecharam para subir, mas nós vamos contrariar isso, porque, apesar de amadores, somos profissionais na prestação no campo e na organização dos jogos”, ressalva. No Operário FC as contas já estão feitas. Serão gastos 8 mil euros que se destinam unicamente à inscrição dos atletas, ao policiamento e aos lanches: “os jogadores não recebem qualquer verba, estão aqui porque gostam do nosso clube”. Uma das prioridades do Operário é dar “as melhores condições” às equi-

pas técnicas e aos atletas das 10 equipas em competição nos diferentes escalões. Refira-se que o trabalho feito nas camadas de formação do clube, tem sido reconhecido interna e externamente, sendo os atletas cobiçados por outras coletividades. “Este ano uma coletividade levou-nos 24 jogadores e temos de conseguir sobreviver, porque a nossa formação é de excelência”. pub

A disputar um campeonato em que a manutenção está garantida, o treinador do Operário FC, Rogério Monteiro, assume que para a equipa andar motivada a meta definida é a luta pelos lugares cimeiros, numa tentativa de voltar à Divisão de Honra, da Associação de Futebol de Braga (AFB). “Ainda não conhecemos bem as equipas, mas sabemos que não será fácil, porque o campeonato é competitivo”, refere. “Vamos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para andar nos lugares cimeiros da tabela e atacar a subida de divisão”, assegura a propósito. Ainda numa fase de análise do plantel, o técnico acredita plenamente nos atletas que tem à sua disposição. “Tenho muita gente nova que ainda vai crescer e durante a época iremos melhorando”, aponta. A trabalhar no Operário, Rogério Monteiro fala de um clube “singular”, em que são dadas condições únicas a quem veste este emblema. “Não há compensações monetárias, mas o apoio da direção, em termos de instalações e equipamentos, é incondicional”, evidencia. É com atenção que Rogério Monteiro observa o trabalho dos mais novos: “tentamos aproveitar os miú-

dos e este ano temos alguns elementos dos juniores no plantel principal”. Sobre o apoio ao clube, o técnico entende que, como o Operário FC se situa num lugar da freguesia de Famalicão, “há um défice de massa associativa”. Por isso, afirma: “era muito importante que as pessoas de Mões, sempre que pudessem, nos apoiassem para conseguirmos chegar ao nosso objetivo”. pub


OPERÁRIO FUTEBOL CLUBE

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