Ne s t a ed i ç ã o, d e d i ca m o s e s te E s p ec i a l a o 1 8º a ni versá rio da Rá dio Digit a l FM. Co nh eç a a s c a ra s q ue l e vam a t é s i , t o d o s o s d i as , a m ús i c a , a i nfo rm a ç ã o e o e nt r e t e ni m e nt o d es t a e s ta ç ã o.
Aposta na música nacional e informação de proximidade
Digital FM comemora 18 anos de existência A Rádio Digital FM festeja esta semana o seu 18º aniversário. Foi a 9 de Novembro de 1989 que as suas emissões regulares se iniciaram, após concluído o processo de legalização das rádios locais. "No princípio foi só a vontade, talvez só a vontade de realizar um sonho. Alguns, raros homens, têm a enorme capacidade de terem sonhos que se transformam em realidade", escrevia Feliz Pereira, director da estação, após o nascimento da Rádio Vila Nova (anterior designação da Digital FM). Dezoito anos volvidos, contrariando a previsão dos mais cépticos, que não davam muitos anos de vida às rádios locais, a Digital FM mantém-se no "ar" com uma programação que privilegia a informação de proximidade, essa mesma que mantém fiel o seu au-
Convívio na Satélite Clube Discoteca Digital FM faz a festa dos "18" Poucos são os jovens que não aproveitam a data para comemorar o seu 18 º aniversário numa discoteca! A Digital FM não foge à regra e vai realizar uma sessão especial no próximo sábado, dia 17 de Novembro, na Satélite Clube Discoteca, em Vale S. Cosme – Famalicão. A noite começa às 22h30 e será marcada pela música dos últimos 18 anos, por um espaço de discos pedidos ao vivo, karaoke e desfile de moda. À meia-noite haverá bolo e champanhe para todos. Os ouvintes estão todos convidados.
ditório. Aliás, no passado mês de Outubro, a estação reforçou o número de noticiários de produção própria e agora o lema é mesmo "não há hora sem notícias", inclusive de madrugada. Com uma programação adulta contemporânea, a Digital assume cada vez mais o seu forte papel na divulgação da boa música portuguesa. Numa altura em que entraram em vigor as quotas de música portuguesa, no âmbito da Lei da Rádio, em que operadoras são obrigadas a difundir um mínimo de 25 por cento de música nacional, a Digital FM aumentou a fasquia para os 40 por cento. Neste capítulo, foi ainda introduzido na nova grelha de programas um novo espaço intitulado "Selecção
Nacional", que vai para o "ar", diariamente, das 13 às 14 horas e das 20 às 21 horas. Arcindo Guimarães e Marta Marques dão voz à programação da manhã, de segunda a sextafeira; e Abílio Moreira aos sábados. Durante a semana, o programa da tarde começa com Pedro Silva e prossegue com Jorge Humberto que realiza um verdadeiro "Serviço Público", pelo qual desfilam as rubricas dedicadas aos mais diversos temas. As noites são agora apresentadas por Paulo Couto, uma voz que consegue ser ainda mais tranquila que a própria música. De madrugada, a rádio não pára com a selecção de Jorge Alexandre e a informação de Pedro Reis Sá.
22 opiniĂŁo pĂşblica: 14 de Novembro de 2007
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especial
Reforço do serviço noticioso marca grelha de Inverno
Informação hora a hora
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Digital FM no Windows Media Player Atenta às diversas plataformas de entretenimento, a Digital FM já pode ser ouvida, bastando para tal abrir o Windows Media Player (WMP) a partir de qualquer computador com ligação à Internet. A proposta de cedência de conteúdos foi apresentada à WM Team da Microsoft, que passou então incluir a Digital FM no player mais utilizado do mundo. Assim, ao abrir o WMP, basta clicar em "media guide" e depois em "sintonizador de rádio" para aceder directamente à lista das principais estações de rádios portuguesas, na qual se inclui também a Digital, que passa assim a ter uma ligação privilegiada com o seu ciber-auditório. Apenas com um mês de funcionamento, o número de ligações tem vindo a aumentar de dia para dia. Entretanto, o próximo passo será a criação de um website fortemente virado para a interactividade com o ouvinte, aguardando-se novidades para breve em www.digitalfm.pt .
Ao completar 18 anos de emissão contínua, a Digital FM reforçou a vertente informativa, apresentando noticiários a todas as horas. São blocos informativos produzidos na sua redacção, pelos jornalistas cá da casa, e que continuam a privilegiar a informação local. Nesta grelha de Inverno mantêm-se os cinco principais noticiários de âmbito generalista (9h, 12h, 15h, 18h e 21h) e duas edições de desporto (11h e 19h). São edições onde a notícia é mais desenvolvida e onde a atenção maior está voltada para os assuntos locais, de Vila Nova de Famalicão. Lançamos ainda um olhar à região e à actualidade nacional. Nesta última, "socorremo-nos" do serviço da Agência Lusa para as rádios locais, mas procurando sempre seleccionar
notícias que, apesar de serem de cariz nacional, interessam aos famalicenses, enquanto cidadãos portugueses. Além destes "alargados", os principais assuntos do dia são resumidos em sínteses que passam nas restantes horas e, nas quais se pretende que o ouvinte, em dois minutos, fique a par do que de essencial marca a actualidade nesse dia. A esta forma mais versátil de apresentar os conteúdos – ora mais detalhada, ora mais resumida, procurando chegar aos vários públicos – juntam-se a diversidade e a objectividade da informação, que sempre caracterizaram a Rádio Digital. O profissionalismo é outro "ponto de honra" da rádio Digital, quer no segmento da programa-
ção, quer da informação. Por isso, o corpo redactorial é composto por jornalistas com carteira profissional ou por colaboradores regionais, devidamente "encartados" pela Comissão da Carteira Profissional de Jornalista, títulos que podem parecer uma formalidade, mas que, em boa verdade, são mais um garante da tal pluralidade, objectividade e profissionalismo, atrás referidos. A tudo isso, junta-se o trabalho em equipa e a vontade de fazer sempre mais e melhor. Não somos perfeitos, temos falhas, cometemos erros. A melhor forma de os ultrapassar é aprendendo com eles. É isso que tentamos fazer ao longo deste 18 anos de existência. Cristina Azevedo
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especial
Os rostos da rádio
Cristina Azevedo (Jornalista) Quem é que vai à reunião de Câmara?
Abílio Moreira (Locutor) “Vamos a elas”
Francisco Araújo (Técnico Administrativo) Quem manda aqui afinal?
Jorge Alexandre (Técnico de som) Isso depois vê-se.
Marta Marques (Locutora) Não dá, temos pena.
Arcindo Guimarães (Locutor) Quatro e meia: hora Coca-Cola.
Carla Soares (Locutora) Eu não me chateio, pra mim é paz e amor.
Agostinha Bairrinho (Técnica de Vendas) Oh, mon Dieu de la France!
Magda Ferreira (Jornalista) Oh pra mim tão gira nas notícias.
Paulo Couto (Locutor) Um desfile de lingerie era espectacular.
Bruno Marques (Jornalista desportivo) Eu corrijo o desporto!
José Clemente (Jornalista desp.) Felizes aqueles que têm tempo para pensar nestas coisas.
Sónia Alexandra (Técnica Vendas) Já lá tens os dizeres. Oh kapa, três dê!
João Fernandes (Director Adjunto) Já está a gravar?
Pedro Silva (Locutor) É só pra dizer que vou chegar atrasado.
Celso Campos (Jornalista) Agora não posso, estou muito ocupado.
Fernanda Costa (Técnica de Vendas) Tudo eu, tudo eu!
Sofia Abreu Silva (Jornalista) Sou uma mulher especial.
Jorge Humberto (Locutor) Passa-me daí esses mambos!
Elisete Santos (Técnica Multimédia) Está tudo encarquilhado!
especial
Paulo Couto, locutor das "Noites da Digital"
"Aqui a modernidade chega primeiro" É das mais antigas e conhecidas vozes da rádio em Famalicão. Com 22 anos de rádio, incluindo o tempo em que fazia rádio às escondidas antes da legalização das estações locais, Paulo Couto juntou-se muito recentemente à equipa Digital FM e encara estar a viver uma espécie de "recomeço" na sua carreira de radialista. OPINIÃO PÚBLICA: O Paulo ingressou na rádio em meados dos anos 80, em plena euforia das rádios piratas. Tinha consciência da "ilegalidade" que estava a cometer? Paulo Couto: Não, de todo. Primeiro era só um ouvinte atento das rádios nacionais, depois foi o desafio de um compincha que me levou até à primeira experiência radiofónica na Rádio S. Silvestre de Requião que transmitia aos fins-desemana, imagine-se. A responsabilidade de abrir a emissão às sextas, ao fim da tarde, era o único compromisso sério que tinha por aqueles dias… se existe o "bichinho" de que se fala, nasceu ali, atrás da igreja, sobre um soalho furado, com as leituras de trechos da Bíblia que, presumo, o Sr. Padre Magalhães assinalava e entre dois pratos gira-discos, um com Zeca Afonso, outro com Pink Floyd. Esse episódio levou-o depois para a Rádio Famalicão? Sim, essa emissora andava à procura de jovens "talentos", espalhou no liceu um cartaz de desafio com a careta do Astérix e para mim bastou. A organização da altura, já esperava uma regulamentação que fizesse um ponto de ordem. Neste caso, foi uma pena capital. Mas foi ali, com os programas vespertinos abastecidos de música pop e treta e os noticiários, e sobretudo por estes, que aprofundei o meu radialismo e a consciência de "serviço/responsabilidade públicos" naquilo que fazemos. Qual era a reacção das pessoas na altura. Houve certamente um impacto muito grande com a criação dessas rádios no concelho... Em Famalicão, como em todo o país, as rádios piratas foram efectivamente um fenómeno romântico mas com repercussões que devem um dia constar da nossa história da comunicação e além dela. Arriscaria concluir que foram, uma década depois, a primeira sofisticação da liberdade de expressão pres-
suposta na revolução de 74. A rádio, à data o verdadeiro órgão de comunicação social de massas, com todo o seu peso e protagonismo na história recente do país, estava de repente próxima dos seus ouvintes. Estas piratas alargaram a praça pública onde nasceram e fizeram novos protagonistas em praticamente todas as áreas. Por exemplo na acção política e no poder autárquico com efeitos que ainda se sentem. E depois com a legalização, a rádio manteve o mesmo espírito das piratas ou fez-se notar uma clara mudança? Para melhor? Para pior? A regulamentação de 1989 foi fundamental para pôr ordem no terreiro. Mas o seu maior mérito foi fazer uma primeira clivagem entre os projectos menos capazes e os que duas décadas depois ainda mostram viabilidade. Sob pena de ter sido cometida alguma arbitrariedade, foi este processo que fez nascer e organizou as mais de três centenas de rádios que hoje temos. Para o futuro, talvez seja o mercado a determinar as sobrevivências. Dezoito anos depois, as rádios locais preservam o melhor da "herança genética" mas vão agora, qualitativamente, mais além numa compulsiva e sistemática reinvenção de fórmulas. O ímpeto, que nem nós profissionais percebemos bem de onde chega, mantém-se, seja a matriz generalista, temática ou outra qualquer que se invente a seguir. Nos dias de hoje, em que temos um vasto leque de plataformas de entretenimento, a rádio sente-se ameaçada? A "insegurança" parece intrínseca a cada um dos órgãos de comunicação social. A rádio ameaçou os jornais no início do século XX, em meados do século passado a TV prenunciava a morte dos primeiros, agora a Internet assombra todos os outros. Os criativos do futuro vão trazer novos medos mas as singu-
laridades de cada uma das formas de comunicação tem garantido a sua sobrevivência, a valorização dessas diferenças parece assegurar que todos evoluam e cooperem. Para a rádio, o sentimento persiste e talvez seja um dos motores de regeneração mas uma opção de assimilação dos novos meios disponíveis pode muito bem conduzir a uma expansão. J u n tou - s e mu ito r e c e n te mente à equipa da Digital FM. Como é que tem sido a experiência? Os métodos de trabalho são muito diferentes? Ao cabo de todos estes anos foi uma mudança importante e está a ser uma experiência enriquecedora. O empenho organizativo, a busca de objectivos concretos, a versatilidade de toda a equipa ou mesmo o virtuosismo de alguns dos elementos são excelentes tónicos para o recomeço que entendo estar a acontecer. Como avalia a Digital FM n o â m b i t o d o p an o r a m a das rádios locais portuguesas? Como profissional sempre segui o trabalho desta rádio. É uma referência constante na inovação dos métodos e na aplicação das novas disponibilidades tecnológicas que naturalmente se reflectem no produto final apresentado a um auditório cada vez mais consciente. É também uma das mais audazes no ajuste das grelhas às novas realidades económicas e sociais e até exigências do mercado. A modernidade aqui chega primeiro: vejam-se as recentes alterações à programação, leve e sustentável, e o aumento da carga noticiosa que agora se difunde por todo o dia num formato que confere com a juventude e dinâmica do concelho e da região. Parabéns à Digital pela forma como está a entrar na maioridade.
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