OE821

Page 1

Co m e ç a , n e s t a s e x t a -f e i ra , m a i s u m a Quinzena Gastro nó mica de Fa ma lic ão. F a l a m o s , p or i s s o , n e s t e E s p e c i a l d e b o a c om i d a . A q u i n ão fa l ta n a da : carne, peixe, pão, sobremesa e vinho…

Vai decorrer de 1 a 15 de Fevereiro

Quinzena Gastronómica com 16 restaurantes Os restaurantes participantes na Quinzena Gastronómica de Famalicão têm a possibilidade de ser incluídos em roteiros turísticos produzidos no âmbito do Eixo Atlântico. Isso mesmo avançou o vereador do Turismo, sexta-feira, durante a conferência de imprensa onde foi apresentado o certame. A sexta edição da Quinzena Gastronómica arranca na próxima sexta-feira, dia 1 de Fevereiro, e vai prolongar-se por 15 dias, até a 15 de Fevereiro, contando com a participação de 16 restaurantes. Ricardo Mendes anunciou que os participantes, nesta e nas anteriores edições, ganham agora a possibilidade de serem divulgados em roteiros turísticos elaborados no âmbito do Eixo Atlântico, uma associação transfronteiriça que integra cidades da Galiza e do Norte de Portugal, e à qual Famalicão aderiu o ano passado. “Será realizado um trabalho de pesquisa e selecção dos restaurantes participantes, no sentido de se apurar os melhores e de os inserir nos roteiros turísticos elaborados por esta Euro-Região”, explicou o responsável pelo pelouro do Turismo. Por isso, Leite Gomes, que faz parte do júri da Quinzena em representação da Confra-

António Freitas

Magda Ferrreira

Leite Gomes, Ricardo Mendes e Henrique Moura (da esquerda para a direita)

ria de Gastrónomos do Minho, presente na conferência de imprensa, elogiou a adesão de Famalicão ao Eixo Atlântico e sublinhou a importância da inclusão dos restaurantes naqueles roteiros, “que têm uma clientela enorme”. Esta sexta edição da Quinzena Gastronómica conta com a participação de 16 restaurantes do concelho, que concorrem nas especialidades propostas: bacalhau à lagareiro, cabrito assado, cozido à portuguesa e rojões com papas de sarrabulho. “São pratos marcadamente minhotos e que têm algumas raízes no concelho”, afirmou o vereador Ricardo Mendes. Metade dos restaurantes participa pela primeira vez, um número que foi frisado por Leite Gomes e para quem isso significa que esta é uma iniciativa “que está viva, que tem aderentes e que tem pés para

andar”. Cada um dos espaços participantes candidata-se com um dos pratos sugeridos e será depois sujeito à avaliação do júri, composto por um representante da Câmara Municipal, um da Confraria de Gastrónomos do Minho, um da Região de Turismo Verde Minho e outro da Associação Comercial e Industrial de Famalicão. O júri atribuirá três prémios que, obedecendo aos critérios já estabelecidos e atendendo também às condições de higiene e qualidade dos serviços e géneros, distinguirão os pratos melhor confeccionados. Este sistema de classificação poderá sofrer alterações nas próximas edições do certame, adiantou o responsável autárquico. Ricardo Mendes defende que a Quinzena “ficaria a ganhar” com uma mudança no figurino da avalia-

ção, mas disse que ainda nada está definido e que a Câmara vai auscultar os restaurantes antes de decidir o que quer que seja. Neste âmbito, o gastrónomo Leite Gomes recomendou cautela, apontando que “outro tipo de classificações tem vantagens e desvantagens”, nomeadamente o perder-se a “competição sadia” que existe neste certame. A propósito, recordou um concurso que existia em Fafe e que foi depois transformado em mostra gastronómica, acabando por extinguir-se. Por seu lado, Henrique Moura, presidente da Região de Turismo Verde Minho, defende que o melhor prémio dos restaurantes é a participação, sobretudo porque beneficiam de uma divulgação que lhes sairia muito cara se a fizessem individualmente. “Têm que saber aproveitar esta promoção que a autarquia lhes está a proporcionar e esmerarem-se na confecção dos pratos”, aconselha, considerando que serão cada vez mais os espaços de restauração a participar neste tipo de iniciativas. À semelhança de edições anteriores, a Quinzena Gastronómica também surge ligada à figura de Camilo, subordinando-se este ano ao tema “Novelas do Minho”, uma colectânea de oito novelas da autoria do escritor de Seide.

A última quinzena da Verde Minho A Região de Turismo Verde Minho (RTVM) é uma das entidades parceiras da Câmara na organização da Quinzena Gastronómica. Aquele organismo será extinto, no âmbito da reorganização das estratégicas turísticas que o Governo está a levar a cabo, e será integrado na futura Região do Turismo do Norte de Portugal. Por isso, o presidente, Henrique Moura, aproveitou para felicitar a autarquia famalicense pela aposta que mantém na gastronomia enquanto produto turístico. “Vou ter a preocupação de que estes eventos em que nós participávamos continuem a ser apoiados pelo novo organismo e este é um deles”, declarou. Henrique Moura defendia a fusão das duas regiões de turismo do Minho – Verde Minho e Alto Minho – numa só, mas o projecto do Governo não seguiu esse caminho, optando por criar uma região que integra todo o Norte do país. A sede da nova estrutura deverá ficar em Viana do Castelo, no edifício que era da Alto Minho, mas ainda não está nada decidido em definitivo. “É o secretário de Estado que diz onde é a sede, ele como é madeirense conhece bem o país e deve saber escolher bem o local da futura sede da Região de Turismo do norte do país”, afirmou.

Restaurantes participantes Bacalhau à Lagareiro Residencial Sobreiro (Bairro) Miranda (cidade) Rio Este (Gondifelos) Benfica (Calendário) Quinta de Barradas (Louro) Hotel Moutados (Gavião) Prato das Oliveiras (Avidos) Cabrito Assado Tapas & Companhia (cidade) Cozido à Portuguesa Ferrugem (Portela) Cozinha do Gonçalves (Vale S. Martinho) Sara (cidade) Rojões com Papas de Sarrabulho Churrascão Sousa (Avidos) Do António (Calendário) A Malcriada (Calendário) 7 Velhos (cidade) Moutados de Baixo (Gavião)


22

pública: 30 de Janeiro de 2008

especial

Bacalhau é o preferido

Muita variedade à mesa

Carne: alimento nutritivo

A carne é uma fonte de proteína, mas também contribui com minerais, principalmente o ferro e o zinco. A qualidade deste alimento depende do processo de produção, portanto é indispensável que haja um controle eficaz de forma a termos à nossa mesa um alimento com maior valor nutritivo e isento de qualquer substância que possa gerar pro-

blemas de saúde. Hoje, o consumidor tem à sua disposição vários tipos de carne: de porco, vaca, cabrito, cavalo, boi, aves, javali, entre muitos outros. No entanto, seja qual for a carne, para se obter o melhor proveito e a sua contribuição nutricional, devemos ingerir quantidades moderadas e sem excesso de gordura. Portanto, a carne pode e deve fazer parte de

uma dieta saudável quando a sua qualidade é comprovada e o seu consumo moderado. Na hora de escolher a carne, há parâmetros que deve ter em conta, usando os cinco sentidos: cor, odor, textura, sabor e suculência. Verifique também a origem da carne e a sua produção. São muitos os produtores que apostam em alimentação à base de vegetais para, assim, obter melhor carne e, com certeza, melhor sabor. Para ter a certeza da qualidade da carne que compra, escolha peças sem gorduras e que tenham um ar fresco e cor viva. Se comprar carne embalada, verifique sempre a data de validade e certifique-se da composição. Escolha um talho de confiança e compre sempre aí, porque as suas preferências passarão a ser conhecidas e também pode aconselhar-se sobre as peças mais adequadas para determinados pratos. De resto, em casa ou nos restaurantes da Quinzena Gastronómica aprecie a boa carne, bem preparada, é claro. As sugestões vão para os rojões com papas de sarrabulho, o cabrito assado e o cozido à portuguesa.

Peixe: escolha saudável É muito nutritivo. E além de saboroso, deveria estar sempre presente na nossa alimentação. Para começar, o peixe é rico em proteínas, como qualquer outra carne. Possui ainda grande quantidade de minerais, entre eles cálcio, fósforo, iodo e cobalto, e é também fonte das vitaminas A, D e B. O melhor de tudo é que o peixe tem pouca gordura e isso faz com que sua digestão seja mais rápida. É um alimento óptimo para quem quer perder peso e controlar o nível de colesterol no sangue. Algumas espécies de peixe, principalmente aqueles de água fria, são ricos em omega3 – um tipo de gordura bastante benéfica à nossa saúde e que diminui o risco de doenças cardíacas e ajuda nas inflamações, bem como no tratamento da depressão, ansiedade e problemas de sono. Dentro da grande categoria dos peixes, um dos mais apreciados à mesa por-

tuguesa é, sem dúvida, o bacalhau. Tratase de um peixe do Atlântico Norte que consegue sobreviver às temperaturas gélidas do oceano. A frota do bacalhau está reduzida em Portugal e isso faz com que o bacalhau seja quase um produto de luxo, uma vez que a maior parte é importada de países como Noruega, Islândia, Rússia e Canadá. Os portugueses continuam a ser os maiores consumidores mundiais de bacalhau seco e salgado e em Portugal há imensos pratos que são feitos com bacalhau, sendo, por exemplo, o bacalhau à lagareiro a escolha da Quinzena Gastronómica de Famalicão. Além da preparação do bacalhau e dos segredos dos chefes, diz-se que o segredo está na demolha. Esta deve durar 36 horas, com a parte da pele virada para baixo. A água deve permanecer bem fria, sem mudanças, para melhor conservar o sabor do peixe.


pública: 30 de Janeiro de 2008 23

especial

Alimento saudável para todos os dias

O pão à sua refeição “Fraca é a mesa que não deixa migalhas” – diz assim o ditado popular que sublinha, assim, a importância do pão na nossa sociedade e claro na nossa alimentação. Na realidade, o pão nunca deixou de estar na moda nas mesas dos lares portugueses e pode mesmo acompanhar todos os pratos. Há mesmo aquelas pessoas que acham que a comida não tem o mesmo sabor se não for acompanhada pelo pão. Congelado ou pronto a comer, de forma ou tradicional, o produto pão renova-se todos os dias, uma vez que a indústria da panificação está em crescimento e apresenta cada vez mais produtos novos e também mais saudáveis. Aliás, a importância do pão na alimentação diária dos portugueses faz com que o consumidor nacional seja muito exigente e tenha um padrão de consumo diferente de outros países. Aliás, o pão que temos em Portugal é, por norma, de muito boa qualidade. Segundo a pirâmide alimentar devemos consumir diariamente de 6 a 11 porções de alimentos fornecedores de hidratos de carbono, sejam eles pão, arroz, massas, etc. Por isso, se comermos duas ou mesmo quatro fatias de pão por dia, de preferência integral ou de mistura, ainda ficamos com muitas porções disponíveis para variar de alimentos dentro desse grupo. A maioria dos tipos de pão que encontramos no mercado é pobre em gordura e, de facto, a ingestão de pão é uma ajuda fundamental nas dietas de emagrecimento. Os hidratos de carbono complexos (amido) são metabolizados pelo organismo e libertados lentamente no sangue, na forma de açúcares simples, à medida das nossas necessidades, dando uma sensação de saciedade. O pão é por todas as razões um óptimo alimento para todos os dias tanto agora, como há seis mil anos, quando foi inventado pelos egípcios.

Comer bem, viver mais Uma alimentação saudável não implica uma vida sem sabor. Aliás, há imensos ingredientes saborosos e que bem confeccionados podem ser opções saudáveis e muito interessantes para a nossa mesa. Uma boa alimentação contribui, a longo prazo, para prevenir doenças e viver mais. Assim, para começar, a sua ementa deve ser diversificada para fornecer ao organismo todos os ingredientes. Os alimentos a consumir em maior quantidade devem ser os vegetais, a fruta e os cereais que fornecem açúcares complexos, vitaminas, sais minerais, fibra e são, em geral, pobres em gordura. Portanto, sempre que puder acompanhe o prato principal com uma boa salada ou inicie a refeição com uma boa sopa.

No que respeita às gorduras, para cozinhar e temperar, escolha sempre o azeite. É muito saboroso e oferece uma boa quantidade de vitamina E, além disso tem um elevado poder antioxidante, evitando vários tipos de patologias. Já o sal e o açúcar devem ser consumidos com moderação, mas é, tudo necessário para o nosso bem-estar. Porque afinal, uma boa alimentação contribui para o nosso bem-estar psicológico e físico. Sabia que: A travessa de vidro é a preferida pelos nutricionistas porque não há transferência de substâncias químicas. No dia-a-dia só existe um senão é que pode partir-se com facilidade. Ao escolher, prefira a qualidade.


24

pĂşblica: 30 de Janeiro de 2008

publicidade


especial

Depois de um belo repasto, um sabor diferente

Sobremesa: o doce pecado

Numa definição simples de sobremesa, obtemos no dicionário de Língua Portuguesa: “fruta, doce ou outra iguaria que se serve no final de uma refeição; pospasto”. Há quem defenda que a sobremesa deve ser tratada com tanta importância como um prato principal, até porque quando acabamos uma refeição fica a sensação de que falta qualquer coisinha e há que dar ao estômago esse gostinho e de preferência com um sabor diferente. Assim, uma boa refeição deve ser acabada com uma bela sobremesa, porque afinal, uma vez não são vezes. Por norma, os restaurantes têm sobremesas bastante agradáveis e até feitas com receitas tradicionais, como é o caso do arroz-doce, das tartes, da aletria, dos belos e variados bolos, entre muitos outros. Por norma, as sobremesas doces podem ser confeccionadas pelos próprios cozinheiros dos restaurantes ou por pastelarias que servem os restaurantes e que bem sabem confeccionar estas iguarias de uma forma especial e com todo o cuidado. Mas,

para os especialistas, a sobremesa não é, de perto, nem de longe gulodice. Claro que no plano nutricional, não devemos comer sobremesa todos os dias, e podemos alternar com a escolha de frutas ou mesmo preferir os minidoces, aqui, acompanhados, talvez, com um cafezinho. Como surgiu a palavra sobremesa: Num restaurante ou mesmo em casa, há uma espécie de cerimónia ao servir a sobremesa. Isto porque normalmente antes de servir a sobremesa, retiravam-se da mesa os pratos e copos sujos, o galheteiro com os temperos e as travessas. E depois com uma escovinha eliminava-se qualquer vestígio da toalha. Toda essa preparação acabou por originar a palavra francesa dessert, que se traduz por desservir, retirar tudo da mesa. De tão apropriada, os ingleses adoptaram o mesmo vocábulo: sobremesa em inglês é dessert. A preparação para a sobremesa é sempre sinónimo de expectativa, porque ficamos à espera para ver o sabor que o nosso paladar vai receber.

Comida e bom vinho

O vinho e a comida devem estar em sintonia. Um bom vinho pode ajudar a desfrutar melhor da refeição. Aqui, ficam algumas dicas para fazer uma boa escolha: Entradas: Deve ser servido vinho branco seco, vinho verde branco, vinhos generosos secos ou ainda vinhos espumosos secos. Sopa: É clássico começar por generosos secos. No entanto, os vinhos rosados e os espumosos podem servir de vinho único ao longo de uma refeição. Mariscos: Servem-se, normalmente, com o mesmo vinho servido para os aperitivos (vinho branco seco ou verde) ou, se forem acompanhados por molhos pi-

cantes, com vinho branco suave, adamado.

nam com vinhos espumosos secos.

Saladas e escabeches: Aos pratos avinagrados, como saladas muito temperadas ou escabeches, não convém nenhum tipo de vinho.

Carnes grelhadas: Com carnes grelhadas ou assadas (desde que sem molho) serve-se vinho tinto leve.

Peixes: Serve-se normalmente o mesmo vinho que serviu para os aperitivos (vinho branco seco ou verde). Se forem servidos com molhos picantes, aconselhase um vinho branco suave, adamado. Carnes vermelhas e caça: As carnes vermelhas e a caça, assadas ou guisadas ou em pasta (tortas recheadas, empadas), servem-se acompanhadas por vinho tinto encorpado. As carnes assadas também combi-

Doces: Com doces não alcoolizados servem-se vinhos doces brancos, espumosos doces ou ainda generosos doces e meio-doces. Com doces confeccionados com licores ou aguardentes, só devem servir-se as bebidas utilizadas na sua preparação. Fruta: Com fruta nunca se servem vinhos. Café: Com café devem servir-se aguardentes. Fonte: www.netmenu.pt

pública: 30 de Janeiro de 2008 25


26

pĂşblica: 30 de Janeiro de 2008

publicidade


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.