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Este Especial é ded icado às cooperativas agrícolas e vinícolas de Famalicão. São elas a Fagricoop e Frutivinhos. Fique a conhecer, por dentro, o trabalho essencial que estas entidades fazem em prol dos produtos da terra.

Cooperativas ajudam na qualidade dos produtos

Vale a pena lançar sementes à terra em Famalicão Sofifiaa Abreu Silva O concelho de Famalicão apresenta uma terra muito fértil para qualquer produto, desde que seja uma produção de forma rigorosa e de forma profissional, é assim que António Sá Abreu, directorgeral da Cooperativa Agrícola Frutivinhos, vê o concelho na vertente agrícola. Já Emília Correia, directora da Fagricoop – Cooperativa Agrícola e dos Produtores de Leite, aponta os solos, o clima e disponibilidade de água como qualidades naturais de uma região em que a estrutura fundiária é o minifúndio, e onde se justificam “que se lancem as sementes à terra”. No que toca à produção agrícola, Emília Correia explica ao OPINIÃO ESPECIAL que, de uma forma geral, podemos dizer que no nosso concelho “há de tudo, destacando-se a excepcional importância da pecuária/leite e todas as culturas que lhe estão associadas”. “Segue-se logo depois o vinho, alguma produção de carne, a horticultura, fruticultura e silvicultura”, completa.

Face a uma terra tão rica, cabe, entretanto, às cooperativas agrícolas existentes em Famalicão ajudar os produtores, em todos os sentidos. Quer a Frutivinhos, quer a Fagricoop contribuem para o fomento técnico e económico das explorações dos seus membros e para a defesa dos interesses das suas actividades. “Promovemos a colocação dos diferentes produtos nos mercados de consumo, de modo a obter a sua justa valorização e maior rendimento económico”, descreve, por seu turno, o director da Frutivinhos. Ambas organizações procuram, assim, o progresso e aperfeiçoamento da agricultura em geral e das explorações dos seus membros em particular, a cooperação e a entreajuda destes e a participação no desenvolvimento do sector cooperativo. Na realidade, cada uma das cooperativas tem a sua área de trabalho mais específica (ver páginas seguintes), mas as duas trabalham para um bem comum: o crescimento e valorização da agricultura famalicense.


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especial

Contabiliza a cooperativa Frutivinhos

Vinho, kiwi e maçã são líderes Sofifiaa Abreu Silva De entre os produtos agrícolas que mais se produzem na região de Famalicão estão o vinho, o kiwi e a maçã. Embora nos últimos tempos, a Frutivinhos – Cooperativa Agrícola de Vila Nova de Famalicão, em Ribeirão, tenha assistido a um incremento na produção de pêssego, ameixa e também de hortícolas. Para quem não sabe, a Frutivinhos possui, além da secção de vinhos – a mais conhecida –, uma secção de hortofrutícolas. Nesta última, os produtos não sofrem transformação, passando apenas por um processo de calibragem, escolha, embalamento e etiquetagem para serem comercializados. “No fundo passa pelos processos de normalização necessário para a sua venda”, explica António Sá Abreu, director-geral da Frutivinhos, que nos diz também que as maiores dificuldades dos agricultores prendem-se, precisamente, com a comercialização do produto. Daí a existência da Cooperativa, que “serve como ponto de preparação para a venda”. “As cooperativas recebem os produtos agrícolas, passando por um processo de transformação, normalização e comercialização, tentando valorizá-los ao máximo, para que seja, economicamente, viável a sustentabilidade dos produtores da região”, concretiza aquele responsável. É evidente que a faixa etária no concelho de Famalicão que se dedica à agricultura é um pouco elevada. Mas, António Sá Abreu revela que se tem vindo a verificar um aumento de interesse dos mais jovens, “principalmente os formados nesta área, bem como o aumento dos apoios vindos do Estado para alterar os antigos sistemas de produção”. Na realidade, as maiores dificuldades apontadas por aquela Cooperativa face à agricultura situam-se, sobretudo, ao nível da formação, aprendizagem e gestão, dado que este é um sector que necessita de “ser cada vez mais profissional”.

O que é a Frutivinhos? BARCAMEDIS MEDICINA DO TRABALHO, LDA.

A Frutivinhos – Cooperativa Agrícola de Vila Nova de Famalicão constitui-se em 11 de Março de 1960, tendo como objectivo a transformação, conservação e venda de produtos agrícolas provenientes dos seus cooperadores.

Nos anos 80, a Frutivinhos modernizou as suas instalações e investiu numa secção frutícola, optimizando, mais tarde, a Adega, fazendo um forte investimento em equipamentos, juntando as duas secções, frutas e vinhos no mesmo local.

Sabia que: √ Se for um ano de produção regular, a Frutivinhos pode chegar em média a receber cerca de 400 a 500 toneladas de uvas?

HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO EXAMES CLINICOS COM: Audiometria (Capacidade Auditiva) Optometria (Capacidade Visual) Espirometria (Função Respiratória) Electrocardiograma Análises Clinicas

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√ A produção de maçã no nosso concelho situa-se entre as 30 e as 50 toneladas, à semelhança do kiwi? √ O pêssego, a ameixa e as hortícolas têm registado um aumento de produção na média dos 20% de ano para ano?

Vinho verde branco é o mais produzido A cooperativa Frutivinhos faz a recepção total das produções de cada associado, bem como o seu escoamento. Assim, produz vinho verde branco, tinto e rosé. O mais produzido é o vinho verde branco – em garrafa e garrafão –, uma vez que a maioria das vinhas dos associados da Cooperativa são de uvas brancas. Assim, os produtos da Frutivinhos são o Vinho Verde Branco D. Sancho I, o Vinho Verde Branco Adega Cooperativa V. N. Famalicão (garrafa) e Vinho Regional Minho Branco (garrafão). Restaurantes, grandes superfícies comerciais e também o pequeno mercado, através de entregas directas e apoio de distribuidores, são os espaços onde poderá comprar e/ou apreciar os vinhos que a Cooperativa produz.


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especial

Produção cresce no concelho, ao contrário do resto do país

Concelho produz 45 milhões de litros de leite O que é a FAGRICOOP? A FAGRICOOP – Cooperativa Agrícola e dos Produtores de Leite de Vila Nova de Famalicão é uma empresa Cooperativa do Ramo Agrícola que actua no âmbito deste sector de actividade económica (incluindo a Pecuária e a Silvicultura) tendo como objecto e fins a satisfação das necessidades económicas, sociais e culturais dos seus cooperadores, no que diz respeito às suas empresas agrícolas. A Cooperativa tem ainda em funcionamento um conjunto de 5 secções: Leiteira, Defesa Sanitária, Compra e Venda, Contabilidade e Gestão Agrícolas e de Protecção e de Produção Integrada das Culturas. Disponibiliza uma oferta de bens e serviços alargada, através da sua meia centena de colaboradores/trabalhadores, para servir mais de 3 mil cooperadores, que também são os titulares dos cargos dos órgãos sociais (Mesa da Assembleia Geral, Direcção e Conselho Fiscal) e a quem também compete a definição/decisão quanto ao seu funcionamento e áreas de actuação.

Sofifiaa Abreu Silva Enquanto que no resto do país o número de produtores tem vindo a diminuir, no concelho de Famalicão a produção de leite tem evoluído favoravelmente, garante Emília Correia, da FAGRICOOP – Cooperativa Agrícola e dos Produtores de Leite de Vila Nova de Famalicão. A média/ano de produção de leite ronda os 45 milhões de litros para um número de 134 produtores, sendo que só no passado mês de Janeiro, registou-se um volume de produção de mais de 3 milhões e trezentos litros de leite a que correspondeu mais de 1 milhão e 700 euros pagos aos produtores. A produção de leite famalicense vai, através da bem conhecida Agros, para a Lactogal que efectua a transformação ou industrialização da matéria-prima leite e respectiva comercialização/distribuição. O consumidor final nem sempre é nacional, pois a Lactogal exporta parte da sua produção, mas o destino imediato da produção de leite dos produtores famalicenses é mesmo o mercado interno, o que faz com que seja muito natural que os famalicenses bebam leite produzido em Famalicão. O p t i m i z a r o r es u l t a d o d a ex p l o r a ç ã o a g r í co l a Toda a actividade da FAGRICOOP está focada no bem-estar económico dos seus cooperadores. A Cooperativa faz o acompanhamento técnico integral da exploração/empresa agrícola, que vai desde o aconselhamento técnico das diferentes culturas, da instalação à colheita; ao ma-

neio e apoio técnico da exploração leiteira; à sanidade animal; à contabilidade e gestão; à formação profissional agrícola; às acções de divulgação e experimentação, com dias de campo. No conjunto da sua actuação, a FAGRICOOP “estende os seus benefícios à sociedade e tenta ajudar a optimizar o resultado obtido pela exploração agrícola, procurando a melhor solução para cada caso”, resume Emília Correia. As dificuldades dos agricultores famalicenses são fruto das contrariedades vividas pelo sector de actividade agrária num país onde a economia está em dificuldades. “É um sector que, sendo dito de primário, tem sido relegado para último, senão mesmo esquecido na agenda e nas preocupações dos nossos governantes”, afirma a directora da FAGRICOOP, que aponta falta de instrumentos de apoio financeiro ao investimento e para o saneamento financeiro da empresa agrícola que a ajudem a afirmar-se e a tornar-se competitiva de uma forma sustentada. De entre os grandes problemas estruturais, realce para a dimensão da propriedade e o ordenamento do território, o nível de escolaridade, a formação profissional e uma população activa envelhecida, “porque o sector de actividade não se tem demonstrado suficientemente atractivo para os mais jovens”. Para Emília Correia urge uma atitude de mudança de mentalidades: “É preciso que se reúnam as vontades que favoreçam e confiram a importância e dignidade que o sector almeja de direito”.


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família

Para que o sucesso escolar seja atingido

Ajude o seu filho a estudar

Sofifiaa Abreu Silva Não é fácil estudar. Hoje, os alunos têm horários que lhe ocupam todos os dias da semana e o pouco tempo que lhes resta deve ser aproveitado para o estudo e também para o divertimento. Aqui, os pais podem e devem ter um papel fundamental para que os seus filhos atinjam o sucesso escolar. Para que os resultados escolares sejam bem sucedidos, desde cedo os mais pequenos devem ser estimulados através do desenho, da leitura, do cinema, de jogos, entre outros, para que o pensamento/raciocínio e a criatividade sejam desenvolvidos. Enquanto os filhos forem alunos, aos pais cabe o papel de ‘solucionadores’ quando surgem questões e problemas. Os pais devem orientar os seus filhos para que eles compreendam o que lhes é pedido. Na verdade, quanto mais novo é o aluno, mais ele precisará dos pais. Porém a responsabilidade é do aluno e os pais devem confirmar se ele precisa ou não da sua ajuda ou até de uma ajuda mais específica. Hoje, existem espaços de estudo com profissionais especializados que usam novas estratégias de estudo e concretizam um apoio individualizado junto de crianças e

jovens, quando estes apresentam alguns problemas de aprendizagem. Não há mal nenhum em pedir apoio. Aliás, uma ajuda especializada e individualizada pode fazer com os alunos com dificuldades na aprendizagem as ultrapassem e fiquem com uma auto-estima melhorada. E l o g ia r t a m b é m é p re c is o Os pais devem mostrar respeito pelos professores e sempre que chamados a reuniões devem comparecer. Aos filhos deve ser perguntado como correu o dia na escola para que eles saibam que podem contar com os seus encarregados de educação em qualquer si-

tuação. Recompensar as crianças e jovens pelo comportamento apropriado é uma prática corrente para alguns pais e professores. Qualquer mãe ou pai já ofereceu presentes aos filhos num ou noutro momento da sua vida. Na realidade, elogiá-los e recompensá-los por esforços, atitudes e comportamentos adequados é fundamental para ensinar crianças e jovens a crescerem felizes e a sentirem-se motivados para certas tarefas, em especial quando algumas delas não são fáceis de realizar. Não vale só ralhar, é preciso gabar - tudo na medida certa, é claro.

Tome nota: ° Não deixe que os seus filhos faltem às aulas ° Os filhos devem ser responsáveis pelo seu êxito e pelos fracassos na escola. ° Sempre que precisar procure uma ajuda especializada: professores, centros de estudos, entre outros. ° Não controle, na totalidade, os trabalhos de casa dos seus filhos. Eles devem aprender também a errar. ° Não devem ser os pais a marcar a hora de estudo. Quem estuda é que deve determinar o tempo que precisa e cumpri-lo.


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