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Especial Turismo e Verão

Autarquia desafia ainda à aposta no turismo de negócios

Turismo cultural e gastronómico sobressai em Famalicão Sofifiaa Abreu Silva O Turismo é uma actividade por todos considerada como fundamental para o equilíbrio da economia a todos os níveis, e o actual executivo “está consciente disso”, diz Ricardo Mendes, vereador do Turismo. O responsável não hesita em afirmar que Famalicão tem potencialidades para a prática de um turismo diferenciado das ofertas comuns, mas, mesmo assim, “um turismo de qualidade e sustentável”. Ricardo Mendes afiança que tem sido feito um enorme “esforço para dinamizar a actividade turística no concelho, quer pela organização de eventos, quer pela promoção e dinamização dos espaços culturais”. Em Famalicão, falase de turismo de qualidade “mais voltado para as questões culturais, com especial destaque para os excelentes museus que o concelho possui e para a gastronomia”, concretiza, lembrando ainda as enormes potencialidades ao nível do turismo de negócios, que “ainda não estão devidamente aproveitadas”. “Falamos de um perfil de turista normalmente com formação superior, com idades entre os 40 e os 60 anos e que

tem mais apetência para o turismo cultural e gastronómico, sendo que a gastronomia, por si só, tem capacidade para atrair turistas de vários perfis”, explica. Os objectivos em relação ao Turismo são claros e passam por procurar novos desafios e melhorar a qualidade dos que já existem. “Encontramo-nos a trabalhar em alguns mecanismos de promoção do concelho e das suas potencialidades turísticas, uma lacuna que se verifica há largos anos e que pretendemos agora suprimir”, anuncia Ricardo Mendes. E, precisamente, no que

respeita ao turismo de negócios, o vereador reconhece que Famalicão fica a perder, devido à deficitária oferta de alojamento, em detrimento de cidades como Braga, Guimarães e mesmo Santo Tirso. Aqui, a luta tem sido nesse sentido: “Até é difícil de compreender, porque é inegável que Famalicão necessita de pelo menos mais uma unidade de alojamento, de qualidade superior, e que aproveite o mercado que, como é notório, Famalicão gera diariamente”, observa. Os mais visitados A Quinzena Gastronómica,

o Festival de Doçaria, as Antoninas e a Feira de Artesanato assim como o Carnaval, são os eventos que registam maior afluência de visitantes provenientes de fora do concelho. Depois há outras actividades que geram igualmente grande afluência de pessoas, mas essencialmente “residentes no concelho”. Já a Casa-Museu de Camilo é o espaço cultural que maior afluência de turistas regista, depois “temos outros espaços igualmente muito visitados, como a Casa das Artes, o Museu Ferroviário e o Museu da Industria Têxtil”, enumera o vereador do Turismo. Na realidade, o concelho ganhou recentemente o Posto de Turismo, “um serviço essencial da autarquia de condições dignas e aprazíveis a quem as visita”. A prioridade foi torná-lo mais central e acessível e consequentemente “incentivar a renovação e dinamização de uma zona da cidade que estava notoriamente debilitada”. Com este novo serviço, o vereador refere que se notou “uma maior afluência de turistas, sendo que anteriormente este serviço era utilizado na sua maioria por cidadãos locais”.

Concelho de rica gastronomia

A gastronomia foi desde sempre um produto turístico motivador de grandes movimentos de pessoas. Há, na verdade, diversos estudos que apresentam a gastronomia como a principal motivação para a deslocação de pessoas a determinado local. “Famalicão é efectivamente um destino gastronómico de excelência e este executivo tem desenvolvido um importante trabalho no sentido de promover, dinamizar e melhorar este produto turístico importantíssimo para a economia local de Famalicão”, diz, a propósito, Ricardo Mendes. E os exemplos são muitos: as quinzenas gastronómicas, o Festival de Doçaria, e a Feira de Artesanato e Gastronomia, bem como diversas actividades que a autarquia “tem desenvolvido no sentido de melhor formar e informar os profissionais da área, permitindo-lhes prestar um serviço cada vez melhor”.


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