Vila Nova de Famalicão é cidade há 23 anos. Já R i b e i rã o e J o a n e s ã o v i l a s h á 2 2 . S ã o r a z õ e s m a i s d o q u e s u f i c i e n t e s p a r a as s i n a l a r m o s n e s t e E s p e ci a l o s r e s p e c t i v o s a n i v e r s á r i o s .
Medalhas entregues no dia 9 de Julho
41 homenageados no Dia da Cidade As comemorações do Dia da Cidade, no próximo dia 9 de Julho, vão ficar marcadas como, habitualmente, pela entrega das medalhas do município àqueles que promoveram o bem comum e contribuíram para a projecção do concelho de Famalicão no panorama regional, nacional e, inclusive, internacional. Neste ano em que Famalicão vai celebrar o 23º aniversário da elevação a cidade, vão ser homenageadas 41 personalidades, empresas e instituições famalicenses. A lista foi aprovada pelo executivo camarário, na reunião do passado dia 25 de Junho. Na ocasião, o presidente da Câmara, Armindo Costa, sublinhou que, este ano, essa cerimónia – que vai decorrer pelas 15 horas do dia 9 de Julho, na Casa das Artes – vai ser “um pouco mais longa que o habitual” porque a lista de homenageados é também mais extensa. Este ano, a Câmara decidiu alargar o âmbito das homenagens, nomeadamente o mérito por benemerência e por mérito económico. No primeiro caso, vão receber a medalha do município, pela primeira vez, 14 padres que celebram 50 anos de sacerdócio. Uma forma de corrigir “uma distracção” ocorrida nos anos anteriores, confessou Armindo Costa. “Quando uma empresa ou uma associação faz 25 anos nós temos o cuidado de ver se tem importância para ser relevada. Assim, este ano temos um grupo de senhores padres que deram um grande contributo a Famalicão e de-
Galardões Municipais Personalidades e Instituições Cidadão Honorário Prof. Doutor Aníbal Pinto de Castro, docente universitário e director da Casa-Museu de Camilo Castelo Branco. Medalha de Honra do Município Rodrigo Fernandes da Silva, empresário, dirigente associativo e Presidente do Conselho Municipal (a título póstumo). Medalha de Mérito Municipal Autárquico José Gomes de Faria, Presidente da Junta de Freguesia de Vale S. Cosme (a título póstumo). Edmar Amílcar Correia Fernandes, Secretário da Junta de Freguesia de Seide São Miguel (a título póstumo).
cidimos homenageá-los”, explica. No mérito económico, a Câmara optou por distinguir todas as pequenas empresas comerciais sediadas na cidade em Famalicão e que foram constituídas antes de 1940”. “Algumas delas são do século XIX”, sublinha o edil, acrescentando que esta é também uma forma de “fazer sobressair parte da história famalicense”.
Bolo para todos Depois da sessão solene evocativa do 23º aniversário da elevação de Vila Nova de Famalicão a cidade, que decorrerá na Casa das Artes, pelas 15 horas, haverá distribuição do bolo da cidade aos famalicenses. Trata-se de um dos momentos altos da programação comemorativa da passagem dos 23 anos e para o qual todos os famalicenses estão convidados e que terá lugar, pelas 17 horas, no Parque de Sinçães. O presidente da Câmara, Armindo Costa já disse que “todos os famalicenses estão, desde já, convidados a participar nesta grande festa da cidade, saboreando uma fatia do bolo de aniversário, e celebrando em conjunto mais uma página da história da nossa cidade”. De resto, o dia da cidade ficará ainda marcado pelo concerto de “Fado em Si Bemol”, que irá decorrer pelas 21h30, nos Paços do Concelho. O espectáculo apresenta uma nova sonoridade de fusão, entre o jazz, o fado e a bossa nova, num cantar alegre e inovador. O grupo é constituído por Miguel Silva (guitarra portuguesa), Paulo Gonçalves (viola), Pedro Silva (contrabaixo), Paulo Coelho (percussão) e Pedro Matos (voz).
De resto, além destas novidades, da lista de galardoados destaca-se o título de Cidadão Honorário que vai ser atribuído a Aníbal Pinto de Castro, director da Casa-Museu de Camilo Castelo Branco; e ainda para a Medalha de Honra do Município que será entregue a Rodrigo Fernandes da Silva, a título póstumo. M.F.
Cortejo Histórico no dia 12 de Julho O Cortejo Histórico das festas Antoninas de Vila Nova de Famalicão subordinado ao tema “Escritores e Poetas da Nossa História”, que foi interrompido no passado dia 10 de Junho, pelo inesperado mau tempo que se fez sentir, vai realizar-se, inserido nas Comemorações do Dia da Cidade. Assim, a partir das 21h30, sábado, o Cortejo Histórico será reatado, exactamente no momento em que foi interrompido, à entrada do Estádio Municipal. No recinto, os 15 quadros que compõem o cortejo irão dispor de 10 minutos cada para apresentar o seu tema. Ao todo, serão cerca de meio milhar de figurantes que irão apresentar diversos escritores e poetas da história. O escritor Camilo Castelo Branco é a grande figura do Cortejo Histórico. A vida e obra do romancista que viveu e morreu na casa de S. Miguel de Seide, em Famalicão, serão retratadas num quadro que promete surpreender o público, da autoria da Grutaca - Grupo de Teatro Amador Camiliano. Para além de Camilo, o cortejo irá evocar ainda outros nomes da literatura, como Luís Vaz de Camões, Gil Vicente, Bocage, Sophia de Mello Breyner, Florbela Espanca, Fernando Pessoa, entre muitos outros.
Medalha de Mérito Municipal de Benemerência Padre Abílio Alves Martins Machado Padre Alexandre Dias da Cruz. Padre António da Costa Pereira. Padre António Lourenço Oliveira Castro Fernandes. Padre David Ferreira Silva Júnior. Padre Domingos Simões de Abreu. Padre Horácio Campos Moreira. Padre Joaquim Alcino de Azevedo. Padre Joaquim Azevedo Mendes de Carvalho. Padre Joaquim da Silva Lopes Padre Joaquim Silva Freitas. Padre José de Sousa Marques. Padre Manuel de Sousa e Silva. Padre Manuel José Ribeiro Júnior. Deolinda Morais da Silva. José Mesquita de Oliveira. Maria Fernanda Guimarães Ferreira Costa. Centro Social, Cultural e Recreativo D. Maria Gomes Oliveira. Medalha de Mérito Municipal Cultural Dr. Artur Sá da Costa. José Carlos Bomtempo. Medalha de Mérito Municipal Desportivo Tiago Machado DECA – Desportivo e Cultural de Arnoso Santa Maria. Associação Desportiva e Cultural de São Mateus. Sporting Clube Cabeçudense. Medalha de Mérito Municipal Económico Associação Comercial e Industrial de Vila Nova de Famalicão Casa Alcino Freitas Casa Marinheiro Chapelaria Oliveira. Confeitaria Moderna. Cruz, Martins & Wahl, Lda. Farmácia Barbosa. Farmácia Cameira. Farmácia Central. Farmácia Valongo. Fergotex, Lda. Fiofibra, S.A. Talho Adriano.
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Será galardoado como cidadão honorário
Pinto de Castro fala de “Famalicão com admiração e esperança” Sofi fia a Abreu Silva O catedrático Aníbal Pinto de Castro será agraciado pela Câmara Municipal de Famalicão com o galardão de cidadão honorário. Pinto de Castro vive em Coimbra, é docente universitário, na Universidade de Coimbra e especialista em Literatura Portuguesa, sendo também o actual director da Casa-Museu de Camilo, em S. Miguel de Seide, desde 1996. Contactado pelo OPINIÃO ESPECIAL, as primeiras palavras de Aníbal Pinto de Castro foram de agradecimento à autarquia famalicense e ao presidente da Câmara. Pinto de Castro vê neste acto “o desejo de reconhecer aquele contributo que, na modéstia das minhas capacidades, tenho procurado dar à vida cultural da cidade, através da acção desenvolvida no âmbito da Casa-Mu- sobre Camilo que viera fa- com afinco e devoção. Esseu de Seide e do Centro de zer à Universidade do Mi- tou certo de que, quando Estudos Camilianos”. nho. chegar minha hora de parRecorde-se também O professor conta que tir, tudo estará capaz de que o professor foi ainda era então director da Casa, continuar pela dinâmica director e, depois, membro o Padre Benjamim Salgado própria dos projectos vido Conselho de Adminis- e que, durante a visita que vos”, conta. tração da Fundação Cuper- ali fizeram, Benjamim se Na visão de Aníbal tino de Miranda, e tem co- queixou amargamente do Pinto de Castro o concelho laborado com o Centro de estado a que chegara o edi- de Famalicão apresenta Estudos do Surrealismo, fício. Entretanto, como o reais potencialidades de nomeadamente nos espó- padre manifestou desejo ser, no panorama cultural lios de Cruzeiro Seixas e de de publicar o texto dessas português do século XXI, Mário Cesariny. lições, Pinto de Castro ofe- um pólo dinamizador de Sobre Seide em parti- receu-lhe os direitos de au- uma cultura, como ficou cular, a grande preocupa- tor como contributo para provado na escolha da ção de Pinto de Casa-Museu de Castro tem sido Seide para inte“E cá temos trabalhado com abrir as portas e o concurso afinco e devoção. Estou certo grar janelas da casa de Museus da onde Camilo vi- de que, quando chegar minha Europa, em Duveu tanto da sua blin. hora de partir, tudo estará vida e onde esPor estas e creveu tanto da por todas as racapaz de continuar pela sua obra. “A zões, este hodinâmica própria dos prioridade foi mem da cultura ainda enriquecêgosta de falar projectos vivos” la com um Cende Famalicão tro de Estudos com admiração onde se trabalhasse com alguma despesa de con- e esperança. “Como unigrande seriedade cientí- servação mais urgente. E versitário que fui toda a fica para o conhecimento logo no prefácio desse “vo- minha vida e continuarei da obra de Camilo”. luminho” defendia a cria- a ser até morrer, estou firção de um centro de estu- memente convencido de Forte ligação dos. que a Universidade só se ao concelho “E assim nasceu uma realiza quando sai das saAníbal Pinto de Castro relação ao mesmo tempo las de aula para se pôr ao confessa que, desde afectiva e intelectual com serviço das comunidades criança, é um leitor apai- a Casa de Seide, depois que lhe são institucionalxonado de Camilo. E continuada e aprofundada mente alheias para com quando jovem estudante através do Padre Manuel elas colaborar da construpassou por Seide uma ou Simões que se seguiu nas ção e na difusão de uma duas vezes. Mas, tudo nas- funções de director. Por cultura viva. Foi isso que ceu verdadeiramente em morte deste, aceitei o con- me trouxe até Famalicão, 1976, quando veio encer- vite do então presidente pela mão de Camilo, e a rar no auditório da Funda- da câmara, dr. Agostinho esta cidade me manterá ção Cupertino de Miranda Fernandes para lhe suce- sempre ligado”. uma curta série de lições der. E cá temos trabalhado
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Sá da Costa, director da Casa da Cultura
“Assistir aos espectáculos sem a angústia da sala vazia” Sá da Costa é director da Casa da Cultura e reforma-se este ano. A Câmara de Famalicão atribui-lhe no dia 9, a medalha de Mérito Municipal Cultural. Fica o balanço de mais de vinte anos a trabalhar para ‘cultivar’ Famalicão. O futuro será dedicado à cultura, mas, agora, na perspectiva de espectador.
e Cultura, criado um ano antes pela Câmara Municipal. Demorei um ano a decidir. Tive de deixar para trás o escritório de advogado e a direcção do sindicato da função pública. Em qualquer caso, era um desafio irrecusável, até pelas condições de trabalho que me foram dadas, de autonomia e de liberdade de acção. Começámos do zero.
E a sua ligação à Casa da Cultura da qual é director? Corria o ano de 1987, quando o vereador da cultura, Acácio Silva, me fez o convite para assumir a direcção do departamento de Educação
Como era a cultura famalicense há 20 anos? Há vinte anos, Famalicão cingia-se à Casa de Camilo e à Fundação Cupertino de Miranda. No quadro de pessoal do município só constava o zelador da casa assombrada de Seide. Havia ainda a biblioteca municipal a funcionar, em termos arcaicos, na cave dos Paços do Concelho. Por essa altura, o Cine-teatro Augusto Correia ameaçava esvaziar a cidade de cinema e privar os famalicenses da única sala de espectáculos. Fora da Câmara, o movimento associativo dava sinais de vitalidade e autonomia, com destaque para o Teatro Construção. E Castro Alves alimentava o sonho do Centro de Arte e Cultura de Bairro. Na Câmara de Antero Martins tinham aparecido os primeiros sinais de inconformismo. Nasce o Boletim Cultural e organizam-se os primeiros encontros municipais. Agostinho Fernandes era então o vereador da Cultura, que dinamizava estes projectos. Quais os momentos que o tenham marcado, pela positiva e pela negativa? Vivi todos os estados de alma. Esqueci quase todos. Mas, ainda hoje sinto a recepção vibrante e calorosa do povo de Famalicão a José Saramago, logo após ter recebido o Nobel. Nenhum chefe de Estado ou do governo, e todos
nham originado um festival de “Músicas do Mundo”. Mas, a maior mágoa vai para o fracasso da candidatura da ARTAVE ao concurso, aberto pela secretaria de Estado da Cultura, para a criação duma orquestra regional. A divisão que se instalou dentro da AMAVE inviabilizou este projecto de amplitude regional. Divirto-me sempre quando me recordo do encontro com Mesquita Machado, que tive no seu gabinete com Alexandre Reis, para o convidar a subscrever esta candidatura. A resposta foi breve: ”Não troco o futebol por nada.” Vai reformar-se. Qual é o sentimento que leva consigo? Vou apenas mudar de campo. Assistir aos espectáculos sem a angústia da sala vazia, ou sem cuidar de saber se o cheque foi emitido. Por aí adiante, com a convicção de que vou ter a oportunidade de apreciar, entre nós, grandes artistas, escutar escritores de topo, ver cinema de qualidade, e participar em debates e a visitar exposições, aos quais não podemos faltar. O município de Famalicão investiu muito, de forma sustentável, ao longo de muitos anos na área da Cultura, e fê-lo muito antes de outros o fazerem. Eis porque antecipo o prazer de, em breve visitar os museus de Arqueologia e do Surrealismo, e ser utilizador das novas instalações do Arquivo Histórico.
Sofifiaa Abreu Silva OPINIÃO ESPECIAL: Como nasce a sua ligação à cultura? SÁ DA COSTA: Se hoje a universidade não prepara os jovens para a vida profissional, a do meu tempo tinha as portas fechadas à própria vida. Não era só o marxismo que estava banido. Todo o conhecimento e pensamento modernos, desde a história, literatura ou filosofia eram excluídos das cátedras. O que aprendi foi fora da academia, nas repúblicas de Coimbra, nas tertúlias dos cafés, nos cineclubes, nos movimentos estudantis e nas lutas oposicionistas políticas e culturais. É o convívio com este ambiente cultural e politico que me dá a conhecer a literatura portuguesa contemporânea, nomeadamente, os neo-realistas, o cinema e o teatro europeus. Famalicão nas décadas de 60 e 70, também me formou no plano político e cultural. As primeiras feiras do livro são dessa altura, organizadas pela mão dos jovens do Centro Académico de Famalicão, bem como o primeiro cineclube do concelho.
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passaram por cá, teve tanto calor humano. A publicação da “História de Famalicão” é outro momento marcante para o município. Levou dez anos a fazer e representa o coroar dum percurso, que se inicia com as jornadas de história local, se estende ao ciclo de homenagem às personalidades locais, alonga-se pelos Encontros de Outono e desagua nos “800 anos de Foral” e nos “170 anos da fundação do concelho”. As recordações menos boas também existem. Por exemplo, guardo alguma mágoa por ter visto desaparecer o Cine-teatro Augusto Correia. Pertenço ao grupo dos vencidos dessa batalha. Tenho pena que os Encontros de Tradição Europeia, que organizámos no início dos anos 90, e onde fomos pioneiros, não te-
Há alguma coisa que gostava de ter concretizado e não conseguiu? Só sinto saudades do futuro. É obvio que muito ficou por fazer. Cada geração tem a sua oportunidade. Também não tenho remorsos antecipados, porque fiz do poema divisa: Sê todo em cada coisa/põe quanto és no mínimo que fazes. Não nego que me habita o desconforto de ver instalados bairrismos arcaicos. Os líderes regionais têm a visão do tamanho do seu município. A AMAVE faz de cartório destes arcaísmos. A meu ver este é o maior entrave ao desenvolvimento de um projecto cultural de amplitude regional, que seja um motor de desenvolvimento económico, social e turístico da região e a projecte no plano europeu. Este não é um estrangulamento de hoje. Persiste há anos e não tem solução à vista.
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Autoria é de Firmino Santos
História de Ribeirão em livro A história da vila de Ribeirão está agora em livro. A publicação será lançada na próxima sextafeira, pelas 19 horas, no salão nobre da Junta de Freguesia de Ribeirão, no âmbito das comemorações do 22º aniversário da vila. Sob o título “Vila de Ribeirão, uma terra, um povo e a sua história”, o livro tem como autor Firmino Santos, ribeirense de nascimento. Esta é já a terceira publicação que lança, edição de autor, num trabalho que demorou “sete anos a concluir”, nas palavras do próprio, ao OP. O autor diz-se alguém “humilde”. Trata-se de um operário actualmente a trabalhar na Continental Mabor, mas que já passou pela indústria têxtil, residindo na Trofa. Firmino Santos dedica o seu livro a todos os ribeirenses, “aos que nos precederam, aos de hoje e aos vindouros”, vincando também em jeito de homenagem o centenário da igreja paroquial, assinalado neste ano de 2008 e que merece destaque no interior da publicação. Ao longo de 286 pági-
nas, Firmino Santos fala da história da vila, mas também dos seus monumentos e locais de interesse, nomeadamente azenhas, moinhos, capelas, alminhas, cruzeiros e a igreja. Os homens que governaram a terra, bem como os sacerdotes também estão em destaque. Firmino Santos não es-
quece o tecido empresarial e apresenta as empresas de ontem e de hoje. Apresenta ainda as principais acções culturais da vila, bem como o seu movimento associativo. Após a apresentação, o livro encontrar-se-á à venda na Livraria e papelaria Fontenova, em Famalicão.
Sónia Araújo apresenta Moda Famalicão
Sorteio de uma viagem à Madeira para os noivos que vão casar.
A apresentadora de televisão, Sónia Araújo, é já uma das presenças confirmadas no espectáculo “Arte Moda Famalicão 08”, que decorre no próximo sábado, a partir das 21h30, nos jardins
dos Paços do Concelho, uma actividade inserida no programa do 23º aniversário de elevação de Famalicão a cidade. Além de Sónia Araújo, o evento contará ainda com
as presenças dos manequins Fiona, Cláudio Ramos e Pedro Crespim, e com a participação de Cinha Jardim, como convidada especial. Organizado pela Câmara Municipal de Famalicão em parceria com a Associação Comercial e Industrial de Famalicão, através da Unidade de Gestão do Centro Urbano, e com a produção da Associação Distrital de Dança Desportiva de Braga e da Associação EDUCAteCLUBE, o evento contará ainda com muita música, dança e apresentações teatrais. Recorde-se que este espectáculo tem como principal objectivo promover a indústria têxtil da região, mostrando o que de melhor se faz no sector da moda. Por isso, os ingredientes beleza, elegância e muito glamour estarão lá. Para o presidente da Câmara Municipal, Armindo Costa, “existem em Vila Nova de Famalicão marcas têxteis de grande qualidade, que têm neste espectáculo uma oportunidade de ouro, para promover os seus produtos e mostrar o seu valor”.
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Mas há mais previsto para a freguesia
Piscinas: sonho concretizado em Ribeirão Sofifiaa Abreu Silva
Entidades da freguesia de Ribeirão:
• Centro Social e Paroquial de Ribeirão • Centro Social de Educação Sol Nascente • Grupo Desportivo de Ribeirão • EB 2,3 Ribeirão • Centro Popular de Música • Rancho Etnográfico de Ribeirão • Associação “Casa do Povo” • Cruz Vermelha Portuguesa, núcleo de Ribeirão • Motococlube de Ribeirão • Clube de Cultura e Desporto de Ribeirão • Centro Popular de Música .CNE de Ribeirão
A vila de Ribeirão António Freitas
Foram anos à espera que as piscinas de Ribeirão começassem a ser construídas e depois de começarem, a freguesia ainda está à espera de poder usufruir delas, mas por pouco tempo. É que o novo equipamento será inaugurado já em Setembro. O presidente da Junta, Reis Moreira, tinha pensado em inaugurá-las precisamente a 3 de Julho, na sessão solene de aniversário da freguesia da vila, pelas 18h30, mas a vontade será adiada. O edifício das piscinas já está pronto, estando neste momento a ser finalizado o arruamento de acesso ao equipamento. Ficam a faltar, depois, os arranjos exteriores. Na verdade, esta é a maior obra que a autarquia tem em curso no concelho e o custo final deverá rondar os três milhões de euros, mais precisamente 2,7 milhões de euros. Trata-se do quarto complexo de piscinas do município e está dotado de três tanques e com uma piscina exclusivamente para os mais idosos. O edifício possui
Piscinas de Ribeirão são a maior obra, em curso, da autarquia famalicense
também acessos para pessoas com mobilidade reduzida, nomeadamente um elevador que permite o acesso ao ginásio que fica no piso inferior. Na visão de Armindo Costa, estas são as piscinas da família que podem juntar avós, filhos e netos. “Todos, em simultâneo, têm lugar para estar e se vier alguém que queira fazer ginástica também tem o ginásio em baixo”, descreveu o pre-
sidente da Câmara. Há ainda rampas para quem tem dificuldades na locomoção. Au d itó r io ta m b é m é o bj e c t i v o Um dos equipamentos que o autarca de Ribeirão gostava de ver no terreno era um auditório com capacidade para 250 pessoas junto ao edifício da Junta. Entretanto, fazem parte das metas da Junta avan-
çar com a requalificação da zona envolvente à Igreja e a construção do centro escolar. Outra obra é a criação de uma zona de lazer nas margens do rio Veirão, que fará uma ligação pedonal entre a Avenida Rio Veirão e a zona do Outeiro. Para Reis Moreira este é um projecto do qual fala com muito carinho e que quer mesmo concretizar no seu “tempo”.
Ribeirão ocupa um lugar importante entre as 49 freguesias de Famalicão. Em primeiro lugar conta com 12 mil habitantes nos seus 1.091 hectares de área. A freguesia dista oito quilómetros da sede do município e tem como vizinhas as freguesias de Lousado, Calendário, Vilarinho das Cambas e Fradelos, estando ainda bem perto do concelho da Trofa. Ribeirão é atravessada pela importante Estrada Nacional 14 e tem acesso fácil ao nó das auto-estradas A3 e A7 que ligam Porto, Braga, Guimarães e Póvoa do Varzim.
Ribeirão, com a sua forte ligação a Lousado e Trofa, desenvolveu, significativamente, a indústria, criando o seu parque industrial. Assim, às tradicionais oficinas de metalurgia, têxteis, confecções e carnes verdes, juntaramse empresas como a Ricon, Sasia, Cabelauto, a Cofemel-Tiffosi, a Facontrofa e a Irmãos Vila Nova, a Salsa. A juntar a tudo isto, é Ribeirão quem acolhe o espaço Lago Discount – um empreendimento onde se encontram várias lojas diferentes que vão desde a roupa à alimentação.
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Sede da junta passa a funcionar no velho edifício
Quartel da GNR inaugurado em Setembro
Joane terá mais efectivos com o novo quartel
Sofifiaa Abreu Silva O novo quartel da Guarda Nacional Republicana (GNR) de Joane está quase pronto e, ao contrário do que se previa, não será inaugurado no próximo sábado, de acordo com o Ministério da Administração Interna que disse isso mesmo ao OPINIÃO ESPECIAL. O edifício está pronto, em estrutura, mas ainda estão a ser concluídos os arranjos exteriores, além da colocação de equipamentos e o mobiliário. Ivo Sá Machado, presidente da Junta de Joane, diz assim que o quartel será inaugurado em Setembro, uma vez que da parte do
Governo, quem vier à inauguração, virá também para inaugurar outros equipamentos noutros locais. O autarca de Joane tem um grande orgulho no novo edifício, considerando que é uma maisvalia para a vila e para ele “uma grande vitória”, até porque o novo quartel vai permitir um aumento dos efectivos da GNR. E se a Guarda vai ter um novo espaço, o actual será readaptado para acolher, provisoriamente, a sede da Junta. Aliás, neste sábado, 5 de Julho, dia da cerimónia do 22º aniversário de elevação a vila, será assinado o contrato de cedência de superfície do edifício da GNR para instalação dos ser-
viços administrativos da Junta. E será neste edifício que a Junta funcionará nos próximos três anos – um período durante o qual Sá Machado espera que se resolva o imbróglio jurídico que impede a construção de um edifício de raiz nos terrenos do Largo 3 de Julho. Recorde-se que a Câmara tem prometido, segundo o autarca, a construção de uma nova sede. Entretanto, já foi aprovado, recentemente, em reunião de Câmara o projecto e a abertura do concurso público da requalificação da plataforma superior do Largo 3 de Julho. Trata-se de uma empreitada orçada em 252 mil euros e com um prazo de execução de 240 dias. Feira muda-se até ao fi fin nal do ano Quanto à feira de Joane, o presidente da Junta espera poder transferi-la para o novo espaço até final deste ano. O arruamento de acesso já está pronto e foram feitas algumas intervenções naquele que será o recinto da feira, faltando apenas a pavimentação e vedação do espaço. Aqui, Sá Machado gostava que a feira só começasse a funcionar quando estivesse executada a nova ligação à Estrada Nacional 206 que será criada com a instalação do supermercado Bolama em Joane e que, na sua visão, será “um acesso privilegiadíssimo à feira”.
Cemitério está em alargamento Depois de alguns anos à espera, estão no terreno as obras de alargamento do cemitério. Foi já aberta a ligação entre o espaço do cemitério, actualmente existente, e a zona do alargamento. Entretanto, foi já construído o muro de vedação do cemitério. Em breve será reformulada a entrada pela rua da Devesa, de modo a conferir maior dignidade ao espaço do novo cemitério. Entretanto a Junta de freguesia tem contactado os joanenses que se encontravam em lista de espera para aquisição de terreno no cemitério, dando-lhes conta da nova filosofia na construção do mesmo. Na nova filosofia, a ocupação do espaço do cemitério será destinado a três tipos de usos: terreno para sepulturas (maior parte); terreno para capelas e ainda terreno destinado à construção de gavetões. Na construção de sepulturas será adoptado um sistema inovador de decomposição aeróbia dos cadáveres. Os jazigos serão construídos pela Junta de Freguesia, podendo, quem o desejar adquirir não só o terreno, como o jazigo já construído. Este sistema permitirá disciplinar o uso do terreno, o tipo de construção, bem como uniformizar o estilo dos jazigos, para evitar alguns abusos, verificados no passado.
Entidades da freguesia de Joane ATC – Associação Teatro Construção Sociedade Columbófila de Joane Grupo Etnográfico Rusga de Joane Coral Divino Salvador CNE – Corpo Nacional de Escutas de Joane Amitorre Grupo Desportivo de Joane Escola Básica 2,3 Bernardino Machado Escola Secundária Benjamim Salgado Centro Social da Paróquia de Joane CAL – Centro de Apoio Local ACIP – Cooperativa Intervenção Psico-Social NAJ – Núcleo de Atletismo de Joane Grupo Infantil e Juvenil de Danças e Cantares de Joane Associação de Reformados de Joane
Sessão solene marcada para sábado Apesar de Joane fazer o 22º aniversário de elevação a vila nesta quinta-feira, a cerimónia está marcada para o próximo sábado, 5 de Julho. A recepção será feita aos convidados, pelas 10 horas, no Centro Social da Paróquia. Segue-se a actuação da fanfarra dos escuteiros e uma largada de pombos. Está prevista ainda a assinatura de contrato de cedência de superfície do edifício da GNR para instalação dos Serviços Administrativos da Junta; assinatura de protocolo com vista à beneficiação da Rua de Leognan. Pelas 11h30, terá lugar um concerto comemorativo de mais um aniversário.