Há ciclos que chegam ao fi fim m em alguns clubes, mas as ambições de cada equipa renovam-se a cada época que passa. Para 2008/2009 esse facto não é excepção e GD Ribeirão, GD Joane, AD Oliveirense e FC Famalicão partem novamente à conquista da melhor classifi ficcação possível. Fique a conhecer todas as expectativas dos responsáveis de cada uma das quatro formações famalicenses destacadas neste Especial, numa altura em que o início da competição a sério está cada vez mais próximo.
Ambições renovadas para mais uma temporada Textos: Bruno Marques José Clemente Sofia Abreu Silva Fotos: Alexis Silva
Futebol no concelho está de regresso!
GD Ribeirão, GD Joane, AD Oliveirense e FC Famalicão são os principais representantes do concelho em termos de futebol e é com muitas mudanças que se apresentam para a época 2008/2009. Seja nas equipas técnicas, seja em termos de plantéis, as alterações são visíveis, mas os objectivos definidos mantém-se intactos. Depois de uma temporada de grande visibilidade, em que esteve perto de subir à Liga de Honra, o Ribeirão continua a ser o único representante do concelho na 2ª divisão nacional, embora esteja muito dife-
rente da anterior versão. António Caldas é o novo treinador, sucedendo a Lito Vidigal que viajou até à Reboleira para orientar o Estrela da Amadora. Em termos de plantel, as muitas saídas de jogadores foram colmatadas com muitos jovens, quase todos provenientes da equipa júnior do Sporting de Braga. O protocolo desportivo com os bracarenses é outras das novidades e com isso a qualidade do grupo de trabalho saiu intacta relativamente à última época. O objectivo prioritário é a manutenção, mas o Ribeirão pode bem voltar
a surpreender. Na 3ª divisão, o número de representantes do concelho diminuiu. Na série A continua o Joane que apostou na continuidade da equipa técnica comandada por Paulo Rafael. A estratégia pensada passava também pela manutenção de grande parte do grupo de trabalho, mas a cobiça por parte de outros clubes não o permitiu. Por isso, os joanenses foram ao mercado e contrataram praticamente uma nova equipa. Igual situação viveu a Oliveirense que tem, nada mais
nada menos, do que treze novos jogadores. Foram promovidos quatros ex-juniores do clube à equipa sénior, destacando-se ainda as entradas de João Duarte, Nuno Cavaleiro e César Marques, todos ex-Moreirense. Mário Jorge continua como treinador e na equipa técnica apenas mudou o preparador físico, agora é Pedro Vilaça. Situação invulgar vive o FC Famalicão. Depois de muitos anos a disputar os campeonatos nacionais, a histórica equipa famalicense viu-se relegada para as divisões distritais.
A complicada situação financeira, aliada a uma época atípica, acabaram por determinar esta situação, mas o clube está apostado em renascer. A contratação de Vítor Paneira para assumir os destinos do futebol são a melhor prova disso mesmo, tendo à sua disposição um grupo de trabalho totalmente novo. O FC Famalicão é o único representante do concelho na Divisão de Honra da Associação de Futebol de Braga, onde espera não ficar muito tempo, apostando por isso no regresso à 3ª divisão nacional.
II
pública: 13 de Agosto de 2008
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ANÚNCIO Processo: 3093/06.3TJVNF Divórcio Litigioso Autor: Maria Fátima Azevedo RodrIgues Réu: Manuel Augusto Araújo Campos Nos autos acima identificados, correm éditos de 30 dias, contados da data da segunda e última publicação do anúncio, citando o réu Manuel Augusto Araújo Campos, com última residência conhecida em domicílio: Rua Constantino Ferreira Ribeiro, 872, Cavalões, V. N. de Famalicão para no prazo de 30 dias, decorrido que seja o dos éditos, contestar, querendo a presente acção, com a indicação de que a falta de contestação não importa a confissão dos factos articulados pela autora e que em substância o pedido consiste em ser decretado o divórcio entre a Autora e o Réu, tudo como melhor consta do duplicado da petição inicial que se encontra nesta Secretaria, à disposição do citando. Fica advertido de que é obrigatória a constituição de mandatário judicial. Gavião, 10-07-2008 N/Referência: 2110455
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pública: 13 Agosto de 2008 III
especial
Adriano Pereira, presidente do GD Ribeirão, promete a mesma atitude
“O nosso projecto é o mesmo”
Qualquer semelhança entre o plantel da época 2007/2008 e o actual é pura coincidência. O Ribeirão sofreu bastantes alterações na sua estrutura, leia-se plantel e equipa técnica, mas uma coisa o presidente Adriano Pereira garante: “o nosso projecto é o mesmo e passa por dignificar a camisola do GD Ribeirão”. “O Ribeirão já atingiu um estatuto bonito, ao nível do futebol da 2ª divisão nacional, e perante os sócios e simpatizantes do clube prometemos manter a mesma atitude de anos anteriores”, clarifica o presidente ribeirense. A aposta nos jogadores jovens mantém-se, sendo que esta época o protocolo com o Sporting de Braga aumentou ainda mais essa tendência. O orçamento disponibilizado para a nova temporada ronda os mesmos valores da época 2007/2008, no entanto a verba disponibilizada para o futebol não é a mesma. O projecto de construção de uma nova sede social para o GD Ribeirão, definido como um dos objecti-
vos prioritários no mandato da actual direcção, obriga à canalização de verbas e por isso o orçamento não sofreu reduções. “Esse projecto custará cerca de 120 mil euros e até por isso haverá uma redução em termos salariais, não muito acentuada, já que apostamos em alguns jogadores de muita qualidade”, disse. Essa aposta tem a ver com a juventude do grupo de trabalho porque é preciso “contrabalançar alguma falta de experiência competitiva” que possa existir nos jogadores que cumprem o seu primeiro ano de seniores. Neste momento ainda existem algumas indefinições relativamente às equipas que vão integrar a série dos ribeirenses, embora os moldes competitivos sejam muito semelhantes aos do ano passado. Independentemente de todas essas situações, “o objectivo principal é a manutenção e é o que nós prometemos todos os anos a sócios e adeptos deste clube”. Isto sem esquecer que “se for possí-
vel fazer coisas bonitas quer no campeonato, quer na Taça de Portugal, certamente que vamos dar o nosso melhor nesse sentido”. Depois de na última temporada o GD Ribeirão se ter destacado e ter ficado muito perto da subida à Liga de Honra, agora pode falar-se num ano zero na vila de Ribeirão. António Caldas tem por missão fazer esquecer Lito Vidigal, que saiu para o Estrela da Amadora, e reconstruir uma equipa praticamente de novo. Para isso, conta com um plantel ambicioso, fruto da juventude e irreverência de grande parte dos jogadores. À partida os objectivos podem ser modestos, tendo em conta a campanha realizada no último ano desportivo, mas não será de descartar mais uma meia surpresa por parte do Grupo Desportivo de Ribeirão. Nas palavras do presidente, a equipa entra sempre para ganhar e lutar até aos derradeiros segundos de cada partida é quase um lema desta equipa.
António Caldas, treinador do GD Ribeirão
“É com estes que vamos vencer” Rigor, ambição e disciplina em todos os jogos. É assim que António Caldas quer que seja a próxima época do Grupo Desportivo de Ribeirão. O técnico ribeirense diz estar muito satisfeito com o grupo de trabalho tanto ao nível técnico como humano: “tenho um grupo fantástico a todos os níveis”. Caldas diz que a pré-época está a ser trabalhada de forma a que cada um “se consiga perceber e se dê a conhecer aos seus colegas”. “É um grupo novo e jovem que vai ter com tempo e trabalho de se entrosar e tomar uma ideia de equipa para nos tornarmos fortes”, concretiza o treinador. O maior desafio poderá mesmo ser entrosar todos os novos elementos e minimizar possíveis problemas inerentes à juventude do plantel. Confiante é o estado de espírito de António Caldas que fala de um grupo de atletas com uma “vontade enorme de vencer e com muita habilidade”. “São atletas que também gostam de se divertir e além disso manterem-se na senda das vitórias”, acrescenta o treinador ribeirense. Face a um plantel jovem, o técnico não se diz incomodado e acha mesmo que maturidade não é sinónimo de qualidade. Prefere antes contar com “muita irreverência e ambição”. António Caldas que conhece bem as capacidades dos jovens provenientes do Sporting de Braga, uma vez que na última tempo-
rada orientou os juniores arsenalistas. “É evidente que temos de construir este espírito dia-a-dia, temos de nos habituar a ganhar, temos de ser fortes cientes da meta de ganhar. Para isso trabalhamos arduamente e por aquilo que eu vejo eles gostam muito desta filosofia de vencer e estão a dar-se muito bem”, descreve. Caldas comanda, assim, uma equipa praticamente toda nova e garante estar agradado com o trabalho feito e com os três sectores do plantel: não conto com mais ninguém e conto com toda a gente. São estes os que eu tenho e são com estes que vamos vencer”. O onze inicial, segundo o treinador, não está definido, porque haverá um onze para jogar cada jogo. “Aqueles que melhor interpretarem e aceitarem o momento da equipa são aqueles que poderão jogar, porque vamos ter um campeonato muito competitivo”, defende. Sobre o figurino do campeonato, António Caldas afirma que se o pudesse mudar, alteraria a estrutura e organização, argumentando que faltam alguns dias para começar o campeonato e ainda não há sorteio. “Não tenho a minha orientação de adversários e é extremamente difícil trabalhar assim. Preocupa-me porque não gostamos de fazer as coisas empiricamente, gostamos de planear e de ter as coisas preparadas face ao que vamos contar e neste momento isso não acontece”.
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José Campos renovou mandato como presidente do GD Joane
Objectivo: igualar última época
José Campos, presidente do Grupo Desportivo de Joane, espera que a equipa faça uma boa época desportiva. “Juntase o útil ao agradável e é bom para todos, para o clube e para os jogadores”, diz. O principal objectivo é realizar uma temporada tranquila, conseguir a manutenção e igualar, se possível, o campeonato realizado em 2007/2008. No entender da direcção, que se mantém comandada por José Campos, é necessário fazer uma boa época, pelo menos “semelhante à do ano passado”. “Se ficássemos nos seis primeiros lugares ficava muito feliz”, afirma mesmo José Campos, em jeito de conclusão quanto aos principais objectivos. Depois de ter demonstrado vontade em dar lugar a outra pessoa, como presidente do Joane, José Campos acabou por permanecer
como principal responsável da direcção, após a falta de outras alternativas. O Joane viu sair vários nomes do seu plantel, ao contrário do que era pretendido pela equipa técnica e pela direcção, e por isso precisou de procurar muitos reforços. Neste capítulo, o dirigente máximo dos joanenses garante que não houve qualquer pressa em contratar reforços. Os avançados Jader, ex-AD Fafe, e Bertinho, ex-FC Maia, são alguns dos nomes mais sonantes em termos de contratações para a temporada 2008/2009. “Quando contratamos esperamos que sejam verdadeiras mais-valias porque não contratamos só por contratar. Temos os pés bem assentes na terra”, declara Campos, garantindo que todos os atletas lhe dão garantias para fazer um bom traba-
lho. A juventude, mesclada com alguns elementos mais experientes, continua a ser a base dos jogadores que integram o grupo de trabalho que estará às ordens de Paulo Rafael. Mesmo com a saída de jogadores importantes no onze inicial da última época, o Joane tem “todas as condições reunidas” para uma temporada sem sobressaltos. Quanto ao orçamento, sem querer adiantar valores, o presidente disse que as verbas serão semelhantes às da época anterior, com a contenção a ser por isso, novamente, a palavra de ordem. Aliás, grande parte dos clubes nacionais é cada vez mais racional nos investimentos financeiros que faz e como tal o Joane não foge à regra geral, quer em termos de equipas da 3ª divisão nacional, quer mesmo em formações de escalões superiores.
Treinador do GD Joane com ideias bem definidas
“Chegar às vitórias, mas com qualidade” Para Paulo Rafael, técnico do Grupo Desportivo de Joane, os objectivos são tentar chegar ao final da primeira fase no lote dos seis primeiros classificados, lugar que garante desde logo a “tão almejada segurança e permanência”. Entretanto, há um longo caminho a percorrer e a principal meta é entrosar os atletas que vieram reforçar o plantel. “Temos de constituir uma equipa. Queremos um conjunto forte e determinado, ambicioso e com qualidade naquilo que vai apresentar em cada domingo”, perspectiva. Para além de querer vencer todos os jogos em que a sua equipa vai entrar, o técnico quer também apresentar um futebol vistoso e conquistar pontos com exibições de qualidade. “Queremos chegar às vitórias, mas com alguma qualidade e sabemos que nem sempre isso será possível. Haverá, com certeza, domingos em que a bola vai entrar de uma forma mais esquisita, mas esperemos que, na
maior parte das vezes, consigamos traduzir a nossa actuação num futebol de talento”. Dentro destas metas, o objectivo é mesmo dar muitas alegrias aos sócios e à direcção. “É por isso que cá estamos, valorizando, igualmente, cada um dos jogadores que fazem parte deste plantel”. Valorizar é um verbo que faz parte da forma de trabalhar de Paulo Rafael, ele que diz que valorizou tanto os jogadores que alguns acabaram por assinar por outros clubes. Não se diz, porém, amargurado por ver os atletas saírem, mas antes feliz por isso. “A partir do momento em que os meus atletas foram jogadores pretendidos por outros clubes fico todo contente. Ao valorizar os atletas, valorizamo-nos a nós próprios… só me chateio porque irão valorizar os clubes rivais”, afirma, sorrindo. Na verdade, sobre o capítulo das saídas, Paulo Rafael diz que o Joane é um clube com característi-
cas especiais, porque “trabalha de dia e por ter na sua constituição muita juventude, que querem sempre projectos melhores e ganhar mais coisas” e isso acaba por ter reflexos. Os níveis de ambição são por isso normalmente altos, embora em momentos decisivos do campeonato a falta de experiência possa ser uma lacuna importante. A pré-época do Joane vai mostrando uma equipa ainda à procura do melhor entendimento dentro do campo, bem como a tentar aumentar os níveis de eficácia na hora de atirar à baliza contrário. Até ao início do campeonato, os joanenses procuram ainda dar ritmo a todos os jogadores do grupo de trabalho e entrar na competição a sério com índices físicos elevados. Os restantes jogos de preparação têm por isso uma importância acrescida e servirão para Paulo Rafael dissipar as últimas dúvidas e realizar os derradeiros testes no seu esquema táctico.
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Ângelo Guimarães, presidente da AD Oliveirense
“A ambição nunca é de mais”
A ordem este ano na Associação Desportiva Oliveirense era para baixar o orçamento e isso aconteceu. Ângelo Guimarães explica que todos os clubes padecem de falta de verbas para o futebol e a Oliveirense não é uma excepção, embora isso não signifique que a equipa tenha menos qualidade. “Tivemos de reduzir ao máximo o orçamento para esta época, mas sem tirar qualidade ao plantel”, diz o dirigente máximo daquela Associação. Na opinião do presidente esse objectivo foi conseguido e esta por isso confiante numa temporada semelhante à de 2007/2008. A equipa da Oliveirense conta esta época com quatro reforços saídos das camadas de formação do clube (Vítor, Nuno, Daniel e Xavier), facto que para Ângelo Guimarães é muito positivo porque o caminho é precisamente esse, uma vez que a diminuição nos orçamentos deve fazer com que os clubes funcionem desta forma. “A integração destes atletas no nosso plantel é um trabalho já muito positivo. Esta é a aposta da direcção e da equipa técnica”, sublinha, reforçando que o apoio a todos os escalões de formação da Oliveirense não é para esmorecer. Sobre o plantel, e sabendo que o treinador Mário Jorge gosta de possuir dois atletas para cada posição, Ângelo Guimarães diz que isso não é possível
na sua plenitude, contudo há jogadores que se irão desdobrar, o que faz com que isso se concretize. Aliás, a confiança nas capacidades do grupo de trabalho é ilimitada, isto apesar da muita juventude patente no plantel para 2008/2009. Os objectivos para a próxima época passam por fazer uma figura semelhante à do ano passado, mas “claro que a ambição é sempre positiva e pensamos sempre em conseguir algo mais”, afirma Ângelo Guimarães, acrescentado que ele e todos os oliveirenses ficavam muito contentes que a situação fosse igual à da época anterior. No entanto, o pensamento prioritário é conseguir a manutenção o mais rapidamente possível, ou seja, logo na primeira fase do campeonato nacional da 3ª divisão. A Oliveirense está ainda a construir um campo de treinos, junto ao Campo de Ribes, e a expectativa é que o rendimento seja “melhor” no futuro. ”As obras estão a decorrer e falta-nos resolver alguma parte da burocracia, mas julgo que até ao final do ano a estrutura ficará concluída”, adianta. Este é um projecto considerado essencial para o clube, no sentido de melhorar as condições de treino proporcionados e que consequentemente têm influência no rendimento desportivo de todas as equipas de futebol da AD Oliveirense.
Mário Jorge, treinador da AD Oliveirense
“Manutenção o mais rápido possível” O treinador da Oliveirense, Mário Jorge, diz que parte para a nova temporada com as mesmas expectativas do ano passado e de há dois anos: “ficar nos seis primeiros classificados e conseguir a manutenção o mais rápido possível”. Para isso conta com um plantel renovado e que segundo o técnico demonstra ter grande vontade de conseguir uma boa classificação. Para o técnico oliveirense as expectativas são muitas, mas as caras novas também e logo o trabalho de construção “torna-se mais complicado”. “Queremos que as nossas ideias sejam rapidamente absorvidas pelos jogadores e ter o mesmo rendimento que tivemos nos últimos anos, o mais rápido possível e só penso única e exclusivamente nisso”, afirma. Mário Jorge quer fazer uma primeira fase muito forte e parecida com a do ano passado, mas depois tentar fazer melhor na segunda fase, porque essa, na época passada, não correu de acordo com o que a equipa tinha feito antes. “Os jogos tornamse mais difíceis e acabámos por ter algumas dificuldades que não tivemos na primeira fase”, sendo que agora o objectivo será tentar eliminar essa possível quebra. A equipa tem um total de 23 elementos, dos quais 13 são caras novas. Aqui, Mário Jorge diz que todos os reforços foram uma decisão conjunta da direcção e da
equipa técnica. “Não há qualquer jogador que esteja aqui e não tenha vindo com o acordo das duas partes. Posso querer muitos jogadores que a direcção não terá meios para me poder dar, mas nenhum atleta está aqui sem que esteja dentro daquilo que eu concebo. Há uma sintonia muito grande entre todas as partes”, garante. Concretamente sobre o plantel, Mário Jorge diz que os plantéis “nunca devem estar fechados, seja em que escalão for, mas se tudo correr de feição, vamos começar com estes jogadores e acabar com estes”. Já relativamente ao campeonato, o treinador espera que os adversários não passem o favoritismo e responsabilidades para a Oliveirense, em virtude das duas últimas boas prestações da equipa no campeonato. “Espero bem que não porque havia muitos adversários que nunca assumiam o jogo. Isso é bom para o nosso ego e orgulho, mas espero que as equipas joguem mais aberto e que assumam, igualmente, o jogo. Embora saiba que isso não vai acontecer”, vaticina. Consciente dos mais de 40 jogos que a Oliveirense tem de realizar, o técnico fala numa equipa onde todos estão cheios de vontade. “As expectativas são grandes para os que continuam e para os que estão a chegar, mas numa equipa de futebol há alguns que têm mais brilho do que outros. É natural, é futebol”.
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Carlos Carreira, presidente da Comissão Administrativa do FC Famalicão
Chamar os sócios ao clube é objectivo
Dobrar o número actual de associados do FC Famalicão é uma das metas que a Comissão Administrativa do clube tem definida para este ano desportivo. Carlos Carreira diz que os novos responsáveis pela colectividade vão tentar falar com todos os sócios que se desligaram do clube, no sentido de sensibilizá-los e chamá-los novamente, isto numa altura em que as dificuldades financeiras são algumas. “O Famalicão, embora não seja o clube mais representativo, é o maior clube do concelho, com um historial muito significativo”, afirma, anunciando que o objectivo é trabalhar “numa campanha para novos associados e duplicar o número de associados que tem”. Paralelamente, Carreira pretende disponibilizar todas as condições para que o grupo de trabalho e a equipa técnica sejam bem sucedidos na nova época desportiva. No passado sábado, o clube fez a apresentação para a época 2008/2009 à comunicação social. O as-
sunto da crise no FC Famalicão é inevitável e neste capítulo Carlos Carreira diz que neste momento “estamos numa fase de arranque”. “Nós herdamos o Famalicão numa situação praticamente dramática, mas estamos a trabalhar e, dentro do possível, vamos dar a melhor resposta possível”, garante aquele responsável. “Reuniu-se o melhor leque de jogadores e penso que as coisas vão correr bem. Estamos empenhados em proporcionar as melhores condições possíveis num clube de futebol”, acrescenta. A Comissão Administrativa parece determinada a colocar novamente o Famalicão nos nacionais e por isso o objectivo é subir de divisão. Com a consciência de que não se pode adivinhar o futuro, Carlos Carreira afirma que mesmo assim julga estarem reunidas todas as condições para que, no próximo ano, estejamos nos nacionais”. Sem querer adiantar valores, Carlos Carreira assegura que o orçamento é “muito reduzido”. “É dos
mais baixos ao nível da Divisão de Honra da Associação de Futebol de Braga”, descreve. Questionado sobre se este Famalicão irá renascer das cinzas, Carlos Carreira afirma que tudo indica que sim. “Penso que o FC Famalicão bateu no fundo e mais do que isso não pode acontecer. Tudo o que fizermos será para renascer e melhorar. Estamos com muitas dificuldades, mas estamos a dar sinais positivos”, entende aquele dirigente. Sobre a situação no clube face à Associação Futebol de Braga, em termos da inscrição da equipa, Carreira diz que ainda não está regularizado, mas tudo aponta para que nesta semana “tudo esteja resolvido”. Ainda sobre as apostas desta Comissão Administrativa, a formação de novos jogadores é uma delas. Este ano haverá 350 jovens a praticar futebol e isso dá mais ânimo aos responsáveis pelo Famalicão: “o clube tem de mostrar a força das camadas jovens e esse é o futuro”, perspectiva.
Vítor Paneira, treinador do FC Famalicão
“A subida de divisão claramente” “Com responsabilidade” - é desta forma que Vítor Paneira encara o comando técnico do FC Famalicão. Sem esperar facilidades, o técnico famalicense vê este campeonato como difícil, sendo necessário correr mais do que os outros adversário e ganhar também mais vezes do que os outros. Só assim os famalicenses poderão cumprir os objectivos determinados para a temporada 2008/2009. Paneira assume que este é um futebol diferente àquele que estava habituado, mas afirma que há equipas que jogam bem neste escalão. “Não vale a pena pensar que é só pontapé para a frente, tudo ao molho e fé em Deus. Não é tanto assim… há equipas que jogam bem, apresentamse bem estruturadas e trabalham muito, além de possuírem excelentes jogadores”, enumera. Por
isso conclui que a caminhada do FC Famalicão estará longe de ser facilitada na Divisão de Honra da Associação de Futebol de Braga. No dia de apresentação da equipa, no passado sábado, o ex-jogador de futebol disse mesmo que a temporada “não será um passeio para ninguém, nem para nós, nem para os nossos adversários”. Com a noção de que há muita expectativa em relação ao seu trabalho, no sentido de relançar o Famalicão nos nacionais, Paneira diz que as expectativas são de todos, porque em conjunto se propuseram desportivamente a isso. Assim, o importante será dar resposta dentro do campo, para que fora, “a direcção consiga levantar o Famalicão de uma forma séria, tranquila e positiva”, deseja o técnico famalicense. Com um orçamento
reduzido, como caracterizou a Comissão Administrativa, Paneira fala do plantel como o “possível, dentro do orçamento”. Ainda assim, o FC Famalicão contratou jogadores de divisões superiores e bastante experientes. Casos de Jorginho, Maniche, Jorginho e Hélder, ex-Vila Meã, ou ainda o regresso a casa do guarda-redes André Ferreira que na época passada actuou pelo Vianense. “Não temos ilusões… temos um bom plantel e esperamos ainda mais um ou dois reforços e ficarmos com uma equipa capaz de dar resposta àquilo que são os nossos objectivos, que é a subida de divisão, claramente”, projecta. Certo é que também existem algumas equipas com as mesmas ambições e a tarefa dos famalicenses será árdua, até porque os lugares que dão acesso à promoção são limitados.
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