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Chegou agora a vez de fi ficcar a conhecer as ambições dos responsáveis do Grupo Desportivo de Ribeirão e do Futebol Clube de Famalicão para a temporada 2009/2010, nesta edição do Opinião Especial. Se do lado dos ribeirenses o objectivo passa por garantir a manutenção na 2ª divisão nacional, já do lado do Famalicão a ambição faz parte do discurso e os primeiros lugares são o principal pensamento na ép oca de regresso aos nacionais de futebol.

Na apresentação aos associados no passado sábado

Ri be i rão empata com o Arouca Com a presença de algum público no Estádio do Passal, o Grupo Desportivo de Ribeirão apresentou-se aos seus associados com um empate a uma bola diante do Arouca. A festa iniciou-se com a apresentação individual de cada atleta, sob a indicação de um speaker improvisado, dando-se depois início a mais uma partida de preparação entre duas equipas que actuam no mesmo escalão, mas em séries diferentes. Pela equipa do Arouca, treinada por Carlos Secretário, actuam alguns nomes sonantes, casos de Rui Dolores, Pedro Santos, Mário Loja, entre outros. Sob a arbitragem de Serafim Pinheiro, o jogo iniciou-se com uma toada rápida, notando-se desde o início que a equipa visitante não vinha a Ribeirão em jeito de passeio e muito menos de férias. O jogo teve períodos interessantes, sendo mais jogado a meio campo, com os ribeirenses a mostrarem algumas dificuldades em chegarem à baliza adversária, tal a forma como o Arouca se organizou defensivamente. Os homens mais avançados da equipa da casa, Tiago Silva, Forbes e Bruno Filipe, sentiram sempre muitas dificuldades em criar perigo junto da baliza adversária. Marcou primeiro o Arouca por intermédio de Pedrinho, aos 17 minutos, que recebeu a bola à entrada da área, arriscou um remate com o pé esquerdo e a bola saiu ao canto mais longe de Colaço que não conseguiu defender apesar da tentativa. Ia respondendo o Ribeirão que aos 29 minutos restabeleceu a igualdade. João Faria foi lá à frente cabecear para o 1-1 depois de um cruzamento de

Equipa técnica do GD Ribeirão está satisfeita com a prestação dos jogadores

Tiago Silva. O Ribeirão começou a aparecer mais na linha adiantada, pressionando o Arouca, equipa que jogava sempre nos limites, usando mesmo alguma agressividade. Tiago Silva foi quem mais sentiu na pele, com algumas entradas mais ríspidas por parte de Guedes e Paulinho, este último que acabou substi-

tuído, evitando males maiores. A partir do meio da segunda parte, o técnico Rui Gregório resolveu substituir toda a equipa, o que é prática habitual nestes jogos de preparação, situação que acabou por tirar alguma capacidade ao jogo colectivo. Aos 88 minutos, Hugo Pina evitou que o Arouca chegasse ao segundo golo.

No final do jogo, Rui Gregório mostrava “alguma satisfação mas com contenção”, pois “a exibição não foi a melhor, a equipa ainda está em construção, embora na retaguarda já se note alguma consistência”, reconhecendo no entanto que “os actuais atletas mostram vontade em fazer melhor”. Do plantel do GD Ribeirão

foram apresentados os seguintes jogadores: César, Hélder Colaço, João Cruz, Luís Faria, Wesley, Gel, Paulo Rola, Hugo Pina, João Faria, Hamilton, Forbes, Adriano, Gilmar, Bruno Pereira, Flávio, Renato, Pedro Caravana, Tiago Vidigal, João Rodrigues, Nivaldo, Abílio, Réne, Ruizinho, Tiago Silva e Bruno Filipe. José Te ix e ira

Joane venceu Ribeirão em amigável Em mais um jogo de preparação para a nova época, realizado na passada quarta-feira, o GD Ribeirão recebeu no Passal o GD Joane e perdeu por 2-1. Depois de na parte da manhã os ribeirenses se terem deslocado ao terreno do Trofense, tendo empatado a duas bolas, o técnico Rui Gregório aproveitou a parte da tarde para colocar em campo alguns jogadores com menos minutos de jogo.

Nestas alturas o resultado é o que menos importa, mas a verdade é que o Joane venceu com golos de Gil e Magno, ainda no decorrer da primeira parte, e na segunda parte o Ribeirão conseguiu reduzir na marcação de uma grande penalidade, estabelecendo o resultado final. Nesta partida, o Ribeirão alinhou com: João Cruz,

Renato, Gel, Ruizinho, Tiago Vidigal, João Rodrigues, Réné, Adriano, Bruno Filipe, Gilmar e Forbes. Jogaram ainda: João Faria, Hamilton e Tiago Silva. Já os joanenses actuaram com: Campos, André, Laureta, Daniel, Gil, Gijo, Pedro Pinto, Magno, Marquinho e Bruno Mota. Jogaram ainda: Sérgio, Hugo, Hélder, Coelho, Batista, Luís, Roberto e Carneiro.


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sport: 19 de Agosto de 2009

especial

Adriano Pereira, presidente do GD Ribeirão

“Queremos evitar sobressaltos da última época”

Bruno Marques Na linha de outras temporadas. É assim que o Grupo Desportivo de Ribeirão espera que se escreva a época que agora se inicia, com o presidente do clube, Adriano Pereira, a esperar que a manutenção seja uma realidade, se possível sem os sobressaltos sentidos em 2008/2009. Ou seja, a permanência é o grande objectivo e de preferência que seja alcançada logo na primeira fase do campeonato, com um lugar entre os seis primeiros classificados. Com um orçamento reduzido em cerca de 20 por cento, uma vez que “as receitas são cada vez mais difíceis de conseguir”, nem por isso o grupo de trabalho deixa de ter valor idêntico ao do último ano, segundo opinião do presidente ribeirense. A explicação quanto à redução orçamental tem a ver com “o mesmo rigor financeiro que precisamos de manter”. O arranque de época do Ribeirão ficou mais uma vez marcado pela mudança de técnico, desta feita a poucos dias do arranque oficial da temporada. Se no último ano António Caldas abandonou o clube já com o início do campeonato muito perto, agora foi a vez de Flávio Neves ter tudo acertado para permanecer no Passal e depois abandonar o barco com o regresso aos trabalhos já no horizonte. Para o seu lugar foi contratado Rui Gregório, um técnico há muito nos planos de Adriano Pereira. “Não considero que tenha acontecido

qualquer instabilidade no começo da préépoca porque iniciámos quando estava previsto, com os jogadores que quisemos contratar e o treinador desejado”, explica o presidente do Ribeirão. “Houve uma situação com o técnico anterior, mas era uma mudança que inevitavelmente teria de suceder derivado ao feitio da pessoa em causa”. A garantia do responsável máximo dos ribeirenses é também que “Rui Gregório já estava referenciado pelo Ribeirão há dois anos”, sendo que esta época “as coisas proporcionaram-se e chegámos a acordo para que ele fosse o treinador da equipa”. O técnico é por isso a pessoa em quem o presidente deposita toda a confiança para levar o grupo de trabalho pelo caminho certo rumo a uma época bem sucedida. “As perspectivas são as melhores, o clube tem habituado os sócios, e os adeptos de futebol em geral, a boas épocas, sendo que a última não ficou dentro daquilo que pretendíamos, embora a manutenção na 2ª divisão nacional tenha sido alcançada, mas certamente que este ano teremos uma prova mais tranquila”, espera. Adriano Pereira prevê ainda um campeonato muito disputado, uma vez que “estão presentes equipas de grande valia, se calhar até melhores do que na época transacta”. Por isso mesmo, pelos lados do Passal não são esperadas facilidades e a promessa é de muito trabalho em prol dos resultados positivos que se aguardam na altura da equipa fazer o balanço final à época 2009/2010.

Rui Gregório, treinador do GD Ribeirão

“Pediram-me a manutenção” Bruno Marques Rui Gregório tem em mãos um novo desafio, cumprindo também o desejo de regressar ao Norte do país para orientar um clube de futebol. Depois do Mafra, o treinador tem agora o objectivo de realizar uma temporada tranquila ao serviço do Ribeirão e atingir a manutenção, principal intuito dos ribeirenses para a época 2009/2010. Com muitas mexidas no plantel, a equipa do Passal quer ser uma das agradáveis surpresas da 2ª divisão nacional. “O que me foi pedido foi que garantisse a manutenção esta época”, esclarece Rui Gregório, acrescentando que saiu do Mafra “para aceitar um novo desafio e cumprir o desejo de voltar ao Norte porque trabalhei cá cinco anos e já não regressava desde 2003, sendo que queria muito, em termos profissionais, voltar a trabalhar nesta região”. Segundo o técnico ribeirense, no Norte “as oportunidades são diferentes e trabalha-se de forma diferente”, pelo que o desafio será um passo em frente na carreira enquanto treinador de futebol. Rui Gregório que revela ainda ter bons conhecimentos sobre as equipas que constituem a série da 2ª divisão onde está inserido o Ribeirão. Por isso, as surpresas não serão muitas e a esperança é que a época corre dentro do previsto. O Ribeirão é o terceiro clube que Rui Gregório vai representar enquanto treina-

dor. A carreira como técnico começou em 2004/2005, ao serviço do Odivelas, equipa que treinou durante quatro temporadas. Seguiu-se depois o Mafra, durante uma temporada, classificando a formação da Associação de Futebol de Lisboa no sétimo lugar. Como jogador, Rui Gregório teve uma longa carreira, actuando na posição de defesa central, e representou sete clubes diferentes, ficando mais conhecido por ter actuado no Belenenses, um total de oito temporadas, passando ainda por V. Setúbal, Tirsense, Felgueiras, Santa Clara, Chaves e Atlético, último clube que representou. Agora como técnico, Rui Gregório procura ter o sucesso que alcançou enquanto jogador. As lesões têm obrigado a que o Ribeirão apresente algumas limitações em termos de onze inicial na pré-temporada, mas o técnico acredita que a equipa se vai apresentar a bom nível no primeiro confronto a sério da temporada, a 30 de Agosto frente ao Lusitano de Évora, na primeira eliminatória da Taça de Portugal. “As pessoas não têm de se preocupar porque sabemos o que estamos a fazer, agora temos é algumas lesões que nos têm condicionado na preparação da equipa”, aponta. O técnico que se mostra também agradado com o lote de jogadores que os ribeirenses conseguiram reunir, assumindo que lhe dão garantias de atingir os objectivos propostos para 2009/2010.

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especial

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sport: 19 de Agosto de 2009

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Presidente da Comissão Administrativa do FC Famalicão

João Araújo espera o melhor possível

Berto Silva, treinador do FC Famalicão

“Objectivo é sempre ganhar” Bruno Marques

Bruno Marques A desistência do Rio Maior permitiu que o FC Famalicão fosse convidado pela Federação Portuguesa de Futebol para ocupar a vaga existente na 3ª divisão nacional. A boa época protagonizada pelos famalicenses na Divisão de Honra, que viram o primeiro lugar fugir já muito perto do final do campeonato, acabou por ser reconhecida pela repescagem realizada. Na opinião dos responsáveis do clube “acabou por ser feita justiça” e agora é tempo de pensar sempre cada vez mais alto. Para João Araújo, presidente da Comissão Administrativa que gere os destinos do clube, o regresso aos nacionais é para ser feito com os pés bem assentes na terra, mas com a ambição “de ir o mais longe possível”. “As perspectivas são as melhores e dizemos que os nossos objectivos são chegar ao topo. Nesse sentido, tudo iremos fazer para conseguir atingir essas pretensões”, diz. A indecisão quanto ao campeonato a disputar pelo FC Famalicão não teve grande influência na preparação da temporada, uma vez que tudo foi pensado, desde o início, a pensar na 3ª divisão nacional. “Não houve grande alteração em termos de planeamento para a nova época, apenas tomámos algumas decisões que já estavam pensadas”, garante o dirigente que acredita terem sido realizadas

as melhores opções para 2009/2010. Sobre a competitividade que se espera para a disputa do campeonato, João Araújo considera que será “uma série muito competitiva”, mas o “Famalicão tem nome implantado, tem história e certamente que os outros clubes olharão para nós com respeito”. “Acima de tudo estaremos lá para competir”, garante. O líder da Comissão está optimista quanto ao futuro e o mesmo se pode dizer do vice-presidente, Dinis Marques. “Temos boa equipa, ainda vamos precisar de mais um ou dois reforços, e depois ficaremos fortes para disputar a 3ª divisão. O Famalicão joga sempre para ganhar e penso que temos todas as condições para atacar os seis primeiros lugares e depois a subida de divisão”, disse. O orçamento é ligeiramente superior ao do ano passado, mas a garantia é de “máximo rigor e toda a contenção possível”. O valor a ser gasto esta época vai depender das contratações a serem feitas até ao início da competição, uma vez que o plantel ainda sofrerá alguns retoques. O FC Famalicão regressa esta temporada aos campeonatos nacionais e promete ser um adversário difícil de ultrapassar. Os objectivos dos famalicenses passam pelos lugares cimeiros da tabela classificativa e nova subida de divisão não está posta de parte pelos dirigentes do clube.

O técnico do FC Famalicão vai fazer a sua estreia na série B da 3ª divisão nacional e revela estar preparado para tudo o que possa acontecer esta temporada. Sempre com os olhos centrados nos três pontos, Berto Silva quer devolver o Famalicão ao lugar onde deve estar e acredita que os adversários vão respeitar bastante a equipa famalicense. “Estamos numa série forte, mas forte é também o nome do FC Famalicão”, começa por referir, não duvidando que “a equipa vai lutar pelos seis primeiros lugares e esse facto não será uma responsabilidade acrescida”. Os moldes da competição na 3ª divisão têm ligeiras diferenças relativamente ao último ano desportivo, com a classificação a ser dividida em duas séries de seis na segunda fase da competição. A indefinição que marcou o defeso, sem que os responsáveis do clube soubessem em que divisão a equipa iria actuar, fez com que o início dos trabalhos tenha acontecido com algum atraso face às restantes equipas. Mas nem esse facto retira optimismo ao treinador que acredita que o tempo perdido “pode ser recuperado com naturalidade”. Para isso o plano de treinos foi mais intensivo e todos acreditam que o Famalicão estará na máxima força quando no dia 30 de Agosto defrontar o Real SC para a primeira eliminatória da Taça de Portugal.

“Temos um plantel com homens, e atletas, capazes de fazer face às dificuldades da 3ª divisão, numa série com 12 nomes fortes”. E se em teoria os nomes dos clubes presentes podem impor algum respeito, Berto Silva pretende ficar a saber se “esses nomes depois correspondem ao real valor das equipas”. “Vamos é fazer com que este grupo de jogadores seja a imagem fiel daquilo que é o nome do FC Famalicão e vou procurar no final de cada dia ter o sentimento de dever cumprido e dar o meu melhor”, aponta. Com um plantel muito renovado e alguns reforços sonantes, o Famalicão encara com optimismo o regresso aos nacionais de futebol, depois do interregno de um ano em que actuou na Divisão de Honra da Associação de Futebol de Braga. A integração dos novos jogadores poderá ser outra dificuldade para o técnico Berto Silva que quer recorrer “à experiência adquirida ao longo dos anos” para que esse processo seja o mais rápido possível. Berto Silva que não acredita que existam “treinadores de primeira nem de distritais”, mas antes e só competência, sendo sob essa base que promete levar a cabo o seu trabalho ao serviço dos famalicenses. De resto, o técnico acredita que estão reunidas todas as condições necessárias para que o clube realize uma temporada de bom nível e possa em 2009/2010 lutar pelos primeiros lugares da classificação na série B da 3ª divisão nacional.

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