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Aquecimento, Conforto e Energias Renováveis

Novidades tecnológicas ajudam a tornar a estação mais agradável

Inverno quente

Sofifiaa Abreu Silva Há quem goste, há quem não goste. Falamos das estações frias que se aproximam e que vão mesmo chegar, embora os dias ainda estejam mais ou menos agradáveis. No entanto, há muito motivos para gostarmos da estação Outono/Inverno. Podemos ver um filme no sofá quentinhos e deliciar-nos com um belo chá, bolachas e até umas pipocas. Agora também é possível sair do trabalho e comer castanhas assadas e beber jeropiga. Juntar os amigos à volta da lareira e comer uns en-

chidos e provar um bom vinho. É certo que há frio, chuva e uma descida de temperatura, mas hoje há muitas formas de tornar estes dias mais agradáveis, confortáveis e até mais económicos. Isto porque os equipamentos estão cada vez mais perfeitos e quem ganha com isso são as nossas casas que ficam mais aconchegadas, muitas vezes sem gastar muito, pois as energias renováveis estão aí e cada vez mais na moda, porque além de serem necessárias são uma óptima forma de proteger o ambiente.

Aquecimento central: prático e eficaz Um dos modos mais eficazes de aquecer a sua casa é através de aquecimento central. Na verdade, este é um sistema cada vez adoptado. Porém, há alguns cuidados a ter, sendo importante que o consumidor faça as melhores escolhas e tenha uma conversa com a empresa escolhida para saber das melhores respostas. Não se esqueça que cada casa é um caso. Isso deverá acontecer mesmo antes da compra do equipamento a instalar, nomeadamente a caldeira. A sua opção deve ser feita tendo em conta não só a potência - que deve estar em consonância com as características da sua habitação - mas também a forma de exaustão de fumos, por questões de segurança. Depois da caldeira, escolha as divisões onde vão ser instalados os radiadores. O tamanho deve ser proporcional às divisões, à excepção da cozinha, onde existem outras fontes de calor. Se tomar boas decisões, terá, com certeza, um menor consumo energético. Quanto à regulação do sistema de aquecimento central, o mais indicado é ter um controlo geral na divisão mais utilizada e controladores individuais nas restantes.

Recorde-se também que o uso racional da energia é hoje um dos maiores desafios que a sociedade enfrenta. Aliás, como todos sabem já está em vigor o Sistema de Certificação Energética e Qualidade do Ar Interior nos Edifícios, implementado desde 1 de Janeiro deste ano. Com todas estas mudanças ganhamos todos: ganha o planeta; ganham as pessoas que ficam a conhecer as características do seu imóvel e podem conferir mais conforto ao seu espaço; e ganham os técnicos desta nova área de mercado. pub.


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O que é um certificado energético? Trata-se de um documento que quantifica o desempenho energético e qualifica a qualidade do ar interior de um edifício ou fracção autónoma. O certificado é emitido por um perito no âmbito do Sistema de Certificação Energética. Qualquer edifício, novo ou antigo, tem que possuir um certificado válido, aquando da celebração do respectivo contrato de compra ou arrendamento. O certificado energético apresenta diversas informações, tais como a identificação do imóvel e do perito qualificado, etiqueta de desempenho energético, validade do certificado, descrição sucinta do imóvel, descrição das soluções adoptadas, valores de referência regulamentares e resumo das eventuais medidas de melhoria propostas, entre outros campos que são considerados específicos do edifício em questão. Além da primeira página, que nos diz da classificação energética, as páginas seguintes indicam propostas (de implementação não obrigatória) para a melhoria do desempenho energético e da qualidade do ar interior, com o respectivo cálculo da poupança anual na factura energética e com a estimativa dos custos de obra de remodelação.

especial

O que é o Sistema Nacional de Certificação Energética? O Sistema Nacional de Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior nos Edifícios (SCE) é um dos pilares sobre os quais assenta a nova legislação relativa à qualidade térmica dos edifícios em Portugal e que pretende proporcionar economias significativas de energia. O SCE definiu regras e métodos para a verificação da aplicação dos regulamentos: Regulamento das Características de Comportamento Térmico dos Edifícios (RCCTE) e o Regulamento dos Sistemas Energéticos e de Climatização dos Edifícios (RSECE). Assim, desde 1 de Janeiro estabeleceram-se novos requisitos de qualidade para os novos edifícios, nomeadamente ao nível das características da envolvente (paredes, envidraçados, pavimentos e coberturas), limitando as perdas térmicas e controlando os ganhos solares excessivos. Este regulamento impõe limites aos consumos energéticos da habitação para climatização e produção de águas quentes, num incentivo à utilização de sistemas eficientes e de fontes energéticas. A nova legislação determina também a obrigatoriedade da instalação de colectores solares e valoriza a utilização de outras energias renováveis na determinação do desempenho

energético do edifício. O RSECE veio igualmente definir um conjunto de requisitos que abrangem também a eficiência e manutenção dos sistemas de climatização dos edifícios, obrigando à realização de auditorias periódicas,

no caso dos edifícios de serviços. A qualidade do ar surge também com requisitos que abrangem as taxas de renovação do ar interior nos espaços. A aplicação destes regulamentos é verificada em várias eta-

pas ao longo da vida de um edifício, sendo essa verificação realizada, no âmbito do SCE, por profissionais devidamente qualificados para o efeito. F o n t e : Ca d e r n o d e Ce r t i f i c a ç ã o E n e r g é ti c a - C . M . pub.


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Dicas para poupar energia

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 No Inverno deve utilizar cortinas nas janelas e fechar as persianas quando começa a anoitecer. Conseguirá reduzir, significativamente, a fuga de calor.  Pode substituir completamente as caixilharias em mau estado por outras termo-isolantes e no caso das janelas deve dotá-las de vidros duplos.  Substitua os habituais estores plásticos por estores térmicos que além de sombrearem as janelas e varandas servem para isolar.  Pode obter um melhor isolamento, a partir do exterior, se o telhado e as paredes estiverem cobertos por trepadeiras (isolante natural).  No caso de haver janelas e varandas a sul é importante que o vidro reflicta grande parte da radiação solar. É recomendável o uso de toldos.  Só deve adquirir uma lareira ou um recuperador de calor num fornecedor especializado com experiência no sector e que garanta a sua montagem de forma correcta. Exija sempre a experimentação, após a conclusão do trabalho.  No que respeita às alternativas, a energia alternativa mais disponível no mercado é a solar-térmica. Para uma família de três ou quatro pessoas, o investimento é na ordem dos 2 mil euros, mas o valor é recuperável em pouco tempo depois.

Governo apoio famílias na aquisição de colectores solares Além do benefício fiscal no IRS, com dedução na despesa com investimentos para melhoria da eficiência energética das habitações, o Governo incluiu no pacote de benefícios fiscais facilidades no acesso ao crédito bancário para as famílias que instalem colectores solares. O programa pretende atingir 65 mil habitações ainda este ano, num investimento de 225 milhões de euros. As famílias que instalem colectores solares térmicos nas suas casas, em 2009, contarão assim com triplo benefício. Segundo José Sócrates, primeiro-ministro, “pagarão menos de metade do custo do equipamento, verão a sua factura energética anual reduzida em 20% e terão um benefício fiscal de 30% de custo de investimento do primeiro ano”.


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Piso radiante

Sabia que: O sector dos edifícios é responsável pelo consumo de cerca de 40% da energia final na Europa, sendo que mais de metade pode ser reduzido através de medidas de eficiência energética.

www.casacertificada.pt Para quem procura e para quem faz certificação, foi criada a plataforma Casa Certificada. A iniciativa Construção Sustentável e ADENE – Agência para a Energia – visa proporcionar o contacto di-

Trata-se de uma forma confortável e saudável de aquecer a habitação. O piso radiante não é mais do que uma rede de tubagens instalada por debaixo do pavimento, onde circula água com uma temperatura máxima recomendada de 40º C. Com este efeito, o chão atinge uma temperatura de cerca de

20º C. Esta rede de tubagens é ligada ao sistema de climatização central (geotermia, aerotermia ou solar) que disponibiliza a água à temperatura pretendida. O sistema de piso radiante pode ser instalado em qualquer tipo de pavimento, pois é colocado por debaixo e coberto por argamassa. Compa-

recto e imediato entre o proprietário do imóvel que pretende obter um certificado energético e o perito qualificado para a emissão desse documento. Consulte em www.casacertificada.pt.

rado com outros métodos , o bem-estar proporcionado pelo piso radiante é ainda mais notável. A água é conseguida a uma menor temperatura e logo de modo mais energeticamente eficiente. Fonte: Caderno Cer tifi ficcação Energética, CM pub.

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