PARES
11 IPPS viram os seus projectos aprovados
Famalicão foi o concelho com mais obras do PARES Sofifiaa Abreu Silva Chamou-se Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais, mas ficou conhecido como PARES. Foi lançado pelo Governo em 2006 e teve três fases de candidaturas, terminando com a legislatura anterior. Assim, o PARES pretendeu ampliar a rede de equipamentos sociais no país. Os objectivos foram fixados: infância e a juventude (mais 50% de capacidade); pessoas idosas (10%) e pessoas com deficiência (10%). Na realidade, JoséSócrates assumiu o PARES como um dos programas mais importantes para o desenvolvimento do país. Assim, várias Instituições Particulares de Solidariedade Social ou Equiparada não perderam tempo e apresentaram os seus projectos. Com algum financiamento do PARES construíram ou ainda estão a construir diferentes valências para aumentar a sua capacidade de resposta. Famalicão não ficou atrás e foi mesmo o concelho com maior número de candidaturas aprovadas. Em Famalicão, o Programa PARES aprovou um total de 11 projectos, que implicam um investimento global de 12 milhões de euros, incluindo verbas do Governo, das instituições e também da Câmara Municipal. A comparticipação do Estado ascendeu a 6,1 milhões de
euros. No concelho, estão a ser criadas novas valências para crianças e idosos (7 centros de dia, 9 creches, 8 lares e 8 novas unidades de apoio domiciliário). Os equipamentos são promovidos por 11 instituições: Centro Social da Paróquia de S. Miguel de Seide, Cooperativa Mais Plural (Gavião), Centro Social e Paroquial de Brufe, Associação de Moradores das Lameiras, Centro Social e Paroquial de Joane, Associação Mundos de Vida (Lousado), Centro
Social e Paroquial de Vale S. Cosme, Centro Social e Paroquial de Vermoim, Infantário da Escola Preparatória de Famalicão, Centro Social e Paroquial de Pousada de Saramagos e Centro Social e Paroquial de Requião. O OPINIÃO ESPECIAL falou com as instituições para conhecermos os novos serviços que vão apoiar directamente mais de um milhar de pessoas, e deverão criar perto de uma centena de novos postos de trabalho.
Considera a directora da Segurança Social de Braga
Rede Social “R de Famalicão funciona bem” Maria do Carmo Antunes, directora do Centro Distrital de Solidariedade e Segurança Social de Braga, não tem dúvidas de que o programa PARES foi muito “bem conseguido”. Concretamente por três razões basilares: a transparência, com regras pré-estabelecidas e concurso; simplificação, com a fiscalização das obras feita pelos fiscais das empreitadas; e rapidez nos pagamentos. “Este programa permitiu efectivamente o alargamento da rede dos equipamentos sociais no país e no distrito de Braga, respondendo a necessidades sociais evidentes”, considera a directora. Quanto ao facto de Famalicão ter apresentado mais candidaturas, na visão de Maria do Carmo Antunes isso pode justificar-se pela “capacidade de auto-financiamento das IPSS concelhias”. Aliás, a responsável afirma que a rede social de Famalicão funciona bem, porque “está perfeitamente organizada”. Num olhar ao distrito, Maria do Carmo Antunes esclarece que as obras construídas e em curso não são todas as que ganharam. “Das 62 candidaturas aprovadas, houve sete desistências. Das que se mantiveram, 55, o investimento público foi de 26.401.120,53 euros e o privado de 18.721.698,07 euros”, contabiliza. Maria do Carmo Antunes lembra que após o PARES existiram outros
programas aos quais as IPSS se puderam candidatar, nomeadamente o POPH (Programa Operacional do Potencial Humano), que já contemplou “três equipamentos do concelho de Famalicão na área da deficiência, aguardando-se os resultados quanto às respostas para os idosos”. Houve ainda o PIDDAC e também o POR, para creches, bem como o programa MODELAR, no que respeita a respostas no âmbito da RNCCI (Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados). Questionada sobre qual o caminho que ainda falta percorrer na área social, Maria do Carmo Antunes diz que “o caminho faz-se caminhando e a busca da perfeição é motivadora dum futuro melhor”. “Se atingíssemos os objectivos perfeitos, que podia resumir ao estado de felicidade e bem-estar de todos os cidadãos, pergunto-me se vivia na realidade ou na ficção”, afirma. pub.