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Textos: Sofifiaa Abreu Silva

Escolas antigas e com poucos alunos vão fechando

Centros escolares começam a ficar prontos Sofifiaa Abreu Silva “Podemos finalmente começar a respirar de alívio” – é assim que Leonel Rocha, vereador da Educação, vê o arranque do ano lectivo 2010/2011, prevendo que não existam problemas de maior nos próximos dias. Conforme foi noticiado pelo Ministério da Educação encerram duas escolas do 1º ciclo: em Novais e Seide S. Paio. O vereador diz que “está tudo acertado”, os meninos de Novais vão para Ruivães e os de Seide de S.Paio vão para Seide S. Miguel, com o transporte assegurado. Em ambos os casos, os encarregados de educação perceberam esta transferência, porque “ninguém gosta de ter uma turma com quatro anos lectivos, pois não é possível ter uma boa aprendizagem nesse contexto”, explicou o vereador. A Escola de Quintães, Arnoso Santa Eulália, estava também na lista do Ministério, mas não fecha. Tudo indica que encerrará no próximo ano lectivo, apesar de ter mais de 21 alunos. Aqui, Leonel Rocha refere que as escolas mais pequenas, mais cedo ou mais tarde, “serão inevitavelmente para encerrar”. “Nas escolas com menos de quatro turmas, os alunos de vários anos lectivos ficam na mesma sala, o que não é benéfico”, explica, acrescentando que as escolas pequenas nunca poderão ter outras valências, como uma Biblioteca Escolar, porque não se podem candidatar.

Assim, a escola de Arnoso Santa Eulália é um caso em que a escola de acolhimento, a EBI de Arnoso Santa Eulália, “está capaz de receber estes alunos”, porque tem actualmente salas de aula disponíveis, biblioteca, refeitório, salas de informática e polidesportivo. “O transporte escolar será garantido e a distância a percorrer é de cerca de 5 quilómetros. Aliás os alunos de Santa Eulália do 4º ano já prosseguem para Arnoso para frequentarem o 5º”. Centros Escolares no terreno No próximo ano abrem dois centros escolares, o das vilas de Joane e Ribeirão. Ambos equipamentos estão praticamente prontos, mas a mudança efectiva só irá acontecer no próximo ano. “Vamos com calma. Ao longo deste ano lectivo, os alunos vão visitar o centro escolar com os encarregados de educação e participar em algumas actividades naquele espaço”, ex-

plica Leonel Rocha. Já na freguesia de Antas, as obras do centro escolar já arrancaram e o equipamento deve estar pronto em 2012, para acolher os alunos de Antas, Abade de Vermoim, Seide S. Paio e talvez os de Seide S. Miguel, uma “vez que ainda está em estudo a possibilidade de estes irem para Landim, onde nascerá outro centro escolar, que ficará mais próximo”. Precisamente sobre Landim, Leonel Rocha diz que a autarquia famalicense já possuía um terreno, do executivo anterior, mas este fica perto de uma vacaria e a legislação não “permitia a construção”, mas entretanto neste Verão a legislação mudou e talvez já seja possível a construção do centro naquele espaço”, aponta o vereador, revelando que o Departamento Jurídico vai analisar a situação. Depois de construído, o Centro Escolar de Landim receberá alunos de Landim, Lagoa, Avidos e eventual-

mente de Seide S. Miguel. No terreno, em plena cidade de Famalicão, está a requalificação da escola Sede n.º2. Como as obras se prolongarão, este ano, cerca de 400 alunos vão ter aulas na Camilo Castelo Branco, onde existirá um espaço só para o 1º ciclo. Também as portas do Centro Escolar do Louro abrirão em 2012/2013. Ali estudarão os alunos do Louro e de Mouquim, embora em cima da mesa está a hipótese de acolher crianças de Lemenhe dado o interesse manifestado pelos próprios pais. “Estamos em análise, pois implica a transição de agrupamento”, clarifica Leonel Rocha. Sem data definida, mas meditado, está o Centro Escolar de Lousado. “Falta ainda encontrar o terreno, fazer o projecto e a candidatura para a construção”. No 1º ciclo, Leonel Rocha confessa que há uma situação que o “preocupa muito”. É o caso de Riba d’Ave, em que o 1º ciclo funcionará em horário duplo nos próximos dois anos, “porque não há espaço”. A solução poderá passar pela ampliação da escola, o que implica a negociação dos terrenos, mas tem sido difícil porque o terreno é de herdeiros”. “Estamos a tentar um acordo, para não entrar de uma forma mais dura”, declara. De resto, no 1º ciclo, o vereador da Educação revela que, no plano dos equipamentos, a Câmara de Famalicão propõe-se a colocar em cada escola um quadro interactivo.

Cruz e Fradelos já têm jardim-de-infância No pré-escolar abrem dois novos jardins-deinfância, o de Sapugal, em Fradelos, e outro na freguesia de Cruz. Abre, igualmente, mais uma sala no agrupamento de Gondifelos, mas encerra o espaço pré-escolar de Anta-Cavalões. Neste nível de ensino, Leonel Rocha mostra-se preocupado com os jardins-deinfância, dada a diminuição de crianças. “Podemos dizer que juntamente com as IPSS temos em Famalicão uma cobertura de 100% e havendo uma diminuição de meninos é lógico que isso se reflicta”. No pré-escolar, Leonel Rocha anuncia, entretanto, a construção de um jardim-deinfância em Pedome junto à EBI, uma vez que as actuais condições “não são as melhores”. Ainda em Telhado, um novo jardim-deinfância deverá abrir no próximo ano lectivo.

Transferência de competências para breve Relativamente à tão falada transferência de competências para a Câmara relativas ao pessoal não docente e parque escolar até ao 9º ano, o vereador da Educação divulga que a assinatura da transferência acontecerá brevemente, uma vez que a autarquia viu satisfeitas as suas condições. Recordo que a autarquia famalicense não aceitava que “a colocação

de auxiliares fosse feita por um rácio cego de 1 auxiliar por 48 alunos”. Agora, está acertado um funcionário por cada duas turmas, o que na prática implica a contratação de mais 30 funcionários. Contudo, a DREN não está a contratar ninguém e as necessidades serão supridas por pessoas inscritas no Centro de Emprego.

Câmara quer intervenção nas EB 2,3 Leonel Rocha considera que existem três escolas do concelho EB 2,3 que estão a precisar de obras, nomeadamente as EB 2,3 de Ribeirão, onde as salas são muito abertas, o que em termos térmicos é “impraticável”, colocando-se ainda o problema da sobrelotação. Também a Júlio Brandão e Bernardino Machado, “embora estejam em melhores condições, há muita coisa para substituir, uma vez que as coberturas são em amianto”. pub.


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