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Prepare-se para receber o Natal

Está aí a época mais esperada do ano

Natal, a festa da família No Natal os cristãos celebram o nascimento de Cristo ou, como é hábito dizer-se na região do Minho, o nascimento do Menino Jesus. Mas o dia 25 de Dezembro é também uma festa universal, que mobiliza crentes e não crentes. É a festa da partilha, da solidariedade, da harmonia e, sobretudo, a festa da família. As origens de muitas das tradições que caracterizam as celebrações modernas do Natal perdem-se nos tempos. Mas, o Natal é, sobretudo, a festa que é das crianças e que encanta os adultos… é a época do ano mais esperada. Natal é sinónimo de reunião familiar, de solidariedade, de partilha e de fantasia. É também sinónimo de uma mesa recheada de inúmeras iguarias. No Minho, na noite de 24 de Dezembro, véspera de Natal, o bacalhau é rei à mesa da consoada, sempre acompanhado de polvo cozido, batatas e couvesgalegas. Tudo regado com azeite da melhor qualidade e acompanhado com bom vinho. Como sobremesa, as opções são variadíssimas: rabanadas, mexidos, sopas secas, aletria, sonhos, filhós, pão-de-ló, bolo-rei, arroz doce, entre muitos. Na verdade, tudo depende, um bocadinho, de região para região. No dia 25, é costume fazer-se um almoço melhorado com carnes diversas, tradicionalmente composto por peru, borrego, cabrito assado, e, claro, a tradicional roupa-velha, feita com os restos da consoada do dia anterior. E se para alguns esta época ainda se mantém intocável, optando por manter “velhos” costumes, para outros é tempo de inovar na cozinha e presentear a família com novos cheiros e novos aromas. As receitas alternativas são muitas, é só dar largas à imaginação!

Os presentes Outros dos rituais que enche de alegria, sobretudo os mais pequenos, é a troca de presentes. Nesta época, o comércio enche-se de montras atractivas e irresistíveis e os anúncios publicitários chamam a atenção até dos mais distraídos. Mas o importante é não esquecer de oferecer algo àqueles de quem se gosta, independentemente do preço, o que importa é se é dada com amor. Com a crise financeira, são já muitas as famílias que acordaram entre si comprar apenas presentes para os mais novos. Mesmo assim, o melhor é não exagerar, pois esta época deve ser mais para partilha de sentimentos do que para esvaziar a carteira. Além do mais, todos os anos, a história repete-se. Depois da passagem do Pai Natal, amontoam-se os presentes. Será que este excesso faz bem às crianças? O psicólogo Eduardo Sá chama a atenção para o facto de que as crianças não são felizes por terem muitos brinquedos, “sãono sim se brincarem muito”. E aconselha: “O melhor brinquedo são os pais. São ergonómicos, não se partem em pequenas peças quando caem no chão, têm cantos arredondados, podem meter-se na boca e todas aquelas coisas óptimas que só os brinquedos de excepção conseguem ter”. Semanas antes do Natal é também habitual começar-se a decorar as casas com pinheiros cheios de luzes, grinaldas e enfeites suspensos, para fazer lembrar a data que se aproxima. O presépio é indispensável e é mesmo o mais tradicional do Natal português: enormes presépios com musgo e pedras, e onde além das figuras centrais – Nossa Senhora, São José e o Menino Jesus – ocupam igualmente o seu lugar pastores, rebanhos, e, claro, os Reis Magos. pub.


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