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FUTEBOL
opiniãopública: 29 de setembro de 2016
José Carlos Paula, presidente do Grupo Desportivo do Louro
“Projeto passa por fazer um campeonato tranquilo” A tranquilidade vivida nas últimas temporadas faz com que o Grupo Desportivo (GD) do Louro se mantenha sob o signo da continuidade. À entrada para o quarto ano à frente dos destinos do clube, José Carlos Paula mantém a aposta no treinador José Martins, que cumpre igualmente quatro anos no comando técnico do clube. A simbiose entre direção e corpo técnico tem sido profícua e, desse modo, existe a convicção, por parte do presidente, “de que não se deve mudar”. José Carlos Paula considera que “a continuidade era o mais indicado, pois tem sido cumprido aquilo que é perspetivado”, algo que exista “total confiança entre direção e equipa técnica”. Continuidade é, pois, palavra de ordem na coletividade famalicense. O responsável máximo confirma que “o projeto passa por fazer um campeonato tranquilo”, com a manutenção a ser “o objetivo imediato”. José Carlos Paula sublinha que a “subida não está nos planos”, apesar de deixar uma porta entreaberta relativamente a esta questão: “Não quer dizer que, se surgir a oportunidade, não a iremos agarrar. Mas, não é essa a nossa ambição. Daqui a um ou dois anos, veremos se podemos pensar em mais qualquer coisa”. As metas permanecem assim intactas relativamente ao ano anterior, algo que faz com que o orçamento seja idêntico. “Não temos capacidade para o aumentar. Sem o apoio do município não conseguiríamos sobreviver, juntando ainda o apoio da junta de freguesia, sócios e empresários”. A Divisão de Honra terá novamente muita repub
presentatividade famalicense. Os dérbis concelhios serão em número considerável, algo que será benéfico para todas as equipas. “Os dérbis são sempre o sal e a pimenta no futebol. É o que chama adeptos aos campos e, por isso, existir várias equipas do concelho é bom para o campeonato”, vaticina o presidente. Nesta corrente de continuidade existe, porém, espaço para algumas novidades. José Carlos Paula realça a remodelação dos balneários “para poder receber melhor quem nos visita” – e a integração de três juniores no plantel sénior. A aposta nos produtos da formação enquadra-se na política do clube, algo que “se for repetido em todas as épocas será sinal de que a formação está a dar bons frutos”. O facto de “a maior fatia do orçamento ser direcionada para as camadas jovens” faz com que a direção “olhe de forma positiva para a formação”, pois é isso “que vai engrandecer o clube”. Relativamente à massa associativa, o responsável diretivo afirma que “o número de sócios nunca é o desejado, mas aqueles que temos são os que querem estar e sentimo-nos bem com eles”. Numa análise comparativa com as outras equipas do concelho que militam no escalão, o presidente considera “estamos bem representados, pois temos sempre bastante gente a ver os jogos”. Nessa perspetiva, deixa a garantia de que quando “existir um divórcio entre massa associativa e clube serei o primeiro a sair, pois será um sinal de que as coisas não estão a correr bem”. pub
opiniãopública: 29 de setembro de 2016
ESPECIAL
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José Martins, treinador do Grupo Desportivo do Louro
“Haverá rigor e entrega total” José Martins assume pelo quarto ano consecutivo o comando técnico da equipa do Grupo Desportivo (GD) do Louro, que milita na Divisão de Honra da Associação de Futebol de Braga. A prioridade para o treinador é a manutenção, “mas a ambição será fazer sempre melhor do que no ano anterior e ficarmos assim nos lugares cimeiros”. Aos associados e simpatizantes do GD Louro, o treinador promete rigor e uma entrega total a cada jogo. “Na época anterior, arrancámos fortes e com muitas vitórias, o que nos deu alguma tranquilidade numa fase final do campeonato. Mas agora queremos um campeonato mais regular”. Com cinco equipas famalicenses a disputar o mesmo campeonato, o que se traduz em vários dérbis, José Martins encara esta realidade como “motivante”. “A melhor forma de provocarmos os jogadores são esses dérbis e isso requer uma dedicação maior, devido, justamente, à aproximação das equipas. Isso faz com que os jogos sejam bem disputados e haja mais rivalidade, o que aumenta o nível de competitividade”, observa. O técnico não tem dúvidas da exigência deste campeonato em que o GD Louro está inserido. “Há dois ou três candidatos que são equipas que desceram da Pró-Nacional”, indica, frisando que “há sempre um outsider e outras equipas com muita
experiência que imprimem muita combatividade a esta divisão”. Com poucas mexidas no plantel, dado que grande parte dos elementos transita para esta época, o técnico mostra-se “claramente” confiante no futuro. “É sinal que os jogadores que cá estavam nos dão garantias de continuidade e de conseguirmos a manutenção com toda a clareza”, explica. José Martins mostra-se satisfeito pelas condições proporcionadas pelo GD Louro, considerando que a direção tudo tem feito para garantir boas condições de trabalho: “é um clube que me proporcionou boas oportunidades a nível humano”, vinca, destacando a aposta na formação como muito positiva. “Sou um defensor da formação, porque todos os anos conseguimos colocar alguns jogadores da formação no escalão sénior. Neste plantel, temos alguns jogadores com experiência, que são o suporte e a garantia para cumprirmos os nossos objetivos, e temos, também, a juventude e irreverência”, descreve. Comparando com outras coletividades, com melhores condições financeiras e infraestruturais, para José Martins, o GD Louro “tem conseguido atingir objetivos acima do que era exigível”. “O GD Louro está no bom caminho e tem tirado partido da formação. Os clubes com poucos meios financeiros têm de ter essa preocupação”. pub
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ESPECIAL
GRUPO DESPORTIVO LOURO
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DESPORTIVO DE S. COSME
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ESPECIAL
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ESPECIAL
opiniãopública: 29 de setembro de 2016
Armindo Lopes, presidente do Desportivo de S. Cosme
“Queremos garantir a manutenção” Em conformidade com as três épocas anteriores, o Desportivo de S. Cosme arranca para esta temporada para ficar, pelo menos, no sexto lugar e garantir a manutenção. “Se conseguirmos ficar acima, melhor. Mas o mais importante é não descer de divisão”, aponta Armindo Lopes, presidente da coletividade. Para esta temporada desportiva, a direção escolheu como treinador Paulinho Mendes, que regressa à coletividade depois de uma interrupção de um ano. “Acredito que o Paulinho nos dá garantias de um bom trabalho. Já tínhamos trabalhado com ele e gostámos muito do que ele fez”, justifica, acrescentando mesmo que o técnico “nunca devia ter saído de S. Cosme”. Com uma divisão complexa, que contempla muitas equipas famalicenses, os dérbis são bem vistos, não só pela emoção que confere ao campeonato, mas também pelo lado financeiro. “Estamos à espera de muitos dérbis, porque, ao nível da bilheteira e do bar, estes jogos dão-nos mais receita e, neste momento, as verbas fazem muita falta aos clubes pequenos como o nosso”, refere. Ainda na esfera do orçamento, o Desportivo de S. Cosme conta com os mesmos apoios do ano passado, depub
signadamente da Câmara de Famalicão, que “tem ajudado muito os clubes, ao pagar as inscrições dos atletas, ao suportar os testes médicos e ao apadrinhar a formação”. “Sem essas verbas da autarquia, provavelmente não teríamos camadas jovens”, afirma. Este ano, o S. Cosme conta com todas as camadas jovens, dos petizes aos juniores. “Temos aqui um bom viveiro e tem sido uma boa aposta. Esperamos que na próxima época, à semelhança do que aconteceu nesta, tenhamos dois ou três juniores a subir aos seniores”, observa. Atualmente, a coletividade apresenta boas condições de trabalho, como faz questão de vincar Armindo Lopes: “no que diz respeito ao campo de futebol estamos bem servidos, em comparação com outros clubes, bem como nas infraestruturas”. De resto, a direção tem sentido o apoio dos adeptos, embora no ano passado, com os resultados menos positivos, se tenha registado um afastamento. Porém, o presidente está convicto que a massa associativa vai regressar e irá gostar deste plantel “praticamente renovado, com muitos e bons reforços”. “Acho que vamos ter uma excelente época”, aponta. pub
opiniãopública: 29 de setembro de 2016 Na segunda passagem pelo Desportivo de S. Cosme, depois de um interregno de um ano, Paulinho Mendes chega determinado a colocar a equipa nas primeiras posições da tabela da Divisão de Honra. “O objetivo é tentar levar o S. Cosme aos lugares cimeiros, pois este é o lugar a que tem direito pelo prestígio que conquistou”, afirma o treinador. Assumindo-se como um profissional ambicioso, “que não gosta de perder”, Paulinho Mendes acredita que conseguirá fazer no S. Cosme um trabalho positivo. “Queremos estar entre os seis primeiros lugares, no sentido de valorizar os jogadores e o próprio clube”, aponta o técnico, que está a trabalhar com um plantel praticamente novo formado por atletas que vieram dos “juniores do GD Joane e do FC Famalicão”, mas também com outros mais experientes, oriundos “do Ronfe, Joane e Ruivanense”. Admitindo que é sempre difícil lidar com a saída de alguns jogadores, como foi o caso de Vitó e Jorge, que foram para o Ribeirão FC, “e que fazem falta a qualquer equipa”, o treinador encara as coisas com pragmatismo. “Vamos lutar com as armas que temos e são as ideias para atacar esta divisão…quanto aos que saíram do S. Cosme, desejo as maiores felicidades desportivas”. Paulinho Mendes considera, assim, que o plantel lhe dá todas as garantias para realizar uma boa temporada, sendo que dentro do próprio plantel adivinha-se alguma disputa. “Tenho dois jogadores para cada posição. Logo, eles têm de trabalhar para agarrarem o lugar e depois mantê-lo”. Com cinco equipas famalicenses na Divisão de Honra, o treinador entende que as circunstâncias são “benéficas, porque esta pode ser uma rampa de lançamento para os jogadores, sobretudo os das camadas jovens, pois os jogos são muito observados”. Paulinho Mendes já esteve durante três anos no S. Cosme e conhece, por isso, a realidade da coletividade, onde se sente bem. “Como a direção está unida, este é um bom clube para se trabalhar, para relançar jogadores e para lançar outros que sejam mais novos e mesmo para o próprio treinador”, conta, frisando que a coletividade goza de prestígio junto da Associação de Futebol de Braga, pelas condições infraestruturais que apresenta, desde o campo aos balneários. No Desportivo S. Cosme existem atualmente oito equipas nos escalões de formação, uma realidade que agrada ao técnico. “Foi uma das questões que esteve em cima da mesa no meu regresso, pois quero utilizar os jogadores juniores nos treinos e nos jogos”, revela, dando como exemplo o caso de Diogo, o terceiro guarda-redes que já ingressou no plantel principal. Para o futuro, “outros atletas das camadas jovens serão chamados a integrar os trabalhos, porque o clube cria condições para isso e vamos tentar, igualmente, cativar mais os miúdos e os pais”.
ESPECIAL
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Paulinho Mendes, treinador do Desportivo de S. Cosme
“O objetivo é tentar levar o S. Cosme aos lugares cimeiros” pub
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