Oe 1281

Page 1

Está chegar o frio! Mantenha a sua casa quente O frio está a chegar e, por isso, é preciso pensar em formas de aquecer a casa neste inverno. Aqui ficam algumas ideias. Simples e práticas. Arejar em 5 minutos: são 300 segundos. É o suficiente para renovar o ar que circula em casa, a não ser que as janelas sejam muito pequenas. Nesse caso, deve esperar, pelo menos, dez minutos. Deixar o sol entrar: para tirar o maior proveito possível da excelente fonte de calor por radiação que é o sol, logo pela manhã abra as cortinas e as persianas, deixando o sol bater nos vidros. Da mesma forma, quando o sol começar a desaparecer, feche de imediato as persianas e cortinas para evitar que o calor escape. Fechar as portas: crie o hábito de manter sempre fechadas as portas de todas as divisões da casa, em especial daquelas que não são frequentemente utilizadas: as portas fazem uma barreira entre as pessoas que habitam a casa e as zonas de ar frio; por outro lado, também evitam que o ar circule, reduzindo a perda de calor. Invista mais no isolamento: a calafetagem dos caixilhos de janelas é essencial para preservar

Revista os tubos de água: é uma dica que não só ajuda a poupar energia e dinheiro, como assegura que, de manhã, não terá de esperar tanto tempo pela água quente. Assim, podendo, recomendamos que isole precisaColoque fita adesiva/isoladora nas portas e mente os seus tubos de água quente. janelas: é uma forma bastante fácil e barata de manter a casa quente no inverno, impe- Utilize um desumidificador: a humidade difidindo que o calor escape. De referir que esta culta a preservação do calor. Assim, ainda pequena ação poderá ainda ajudar a reduzir que não aqueçam especificamente o ama fatura da luz em cerca de 10 a 15%. biente, ao remover a humidade do ar, os deProcure também daqueles “chouriços” de sumidificadores asseguram que as divisões areia bem giros, que tenham a ver com a sua da casa ficam um pouco mais quentes e, obcasa, e coloque um nas frestas de cada porta viamente, mais confortáveis. que dê para o exterior. Deste modo, não só evita correntes de ar, como impede que o ar A decoração ajuda: os objetos retêm o calor, pelo que uma casa que tiver bastante mobília quente saia de casa. e peças de decoração será sempre mais Revista aquecedores em papel de alumínio ou quente e acolhedora. Se decidir avançar com película refletor: o calor dos radiadores elétri- uma remodelação, lembre-se ainda que as cos e do aquecimento central pode ser muito estantes com livros são o isolamento ideal rentabilizado se entre estes e a parede colocar para manter o calor dentro das divisões do lar. uma película refletora – que pode mesmo ser o papel de alumínio da cozinha. A ideia é fazer Prefira os têxteis: no que toca aos sofás, precom o calor reflita de volta para o espaço em fira versões em tecido em vez de pele, que é muito fria no inverno; complete com almofacausa, em vez de escapar pela parede. o calor dentro de casa de forma eficaz. Aproveite que se trata de um processo rápido e barato e avance já, para usufruir de grandes benefícios.

das em tecidos quentes, como a camurça ou veludo, e recorra também a mantas polares ou de malha. Quanto às cortinas, opte por tecidos pesados, grossos e opacos, mantendo as versões mais leves, como a organza, por baixo das anteriores. Tapetes e carpetes: grande parte do calor é perdida pelo chão, pelo que recomendamos o recurso a tapetes e/ou a carpetes: assim, não só garante um isolamento extra, como mantém os pés mais quentes quando caminhar pela casa. Cores quentes nas paredes: em primeiro lugar, deve ficar a saber que o papel é a escolha ideal para manter a casa quente: não é um bom condutor de calor, pelo que não o deixará escapar-se da sua sala. Se decidir pintar, opte por tons bem quentes para uma ou várias paredes do espaço em causa: além do efeito psicológico, uma vez que tendemos a sentirmo-nos mais aconchegados em espaços com este tipo de cores, as paredes mais escuras acumulam e preservam melhor o calor. pub


20

ESPECIAL

opiniãopública: 24 de novembro de 2016

Como escolher o melhor aquecimento central? Caldeira a gás natural: o aquecimento central a gás natural é uma das opções por se tratar de um sistema de simples instalação. Para além do aquecimento, é também utilizada na produção de águas quentes sanitárias, tem um período de vida útil elevado, com baixa manutenção e é o sistema de combustão mais seguro. Os sistemas de aquecimento são os radiadores e/ou pavimento radiante. Radiadores e termoventiladores elétricos: são os sistemas mais utilizados porque têm custos de aquisição muito acessíveis e existem muitas opções no mercado. No entanto, como todos funcionam com resistências elétricas, acaba por ser a solução

com maiores custos de exploração.

quentes sanitárias e o aquecimento dos espaços não é tão uniforme.

Salamandra a pellets: o aquecimento central a pellets tem como principal vantagem o custo do combustível, que é relativamente baixo. É também utilizada na produção de águas quentes sanitárias. Os sistemas de aquecimento são os radiadores e/ou pavimento radiante.

Painéis solares: o aquecimento central solar, com instalação de sistemas de painéis solares térmicos, é uma boa solução para o aquecimento de águas quentes sanitárias. No entanto, é nos meses de maior necessidade de produção de água quente que o rendimento é menor e na maior parte dos casos insuficiente, porque nos meses de inverno temos menos sol. Contudo, no verão, este sistema permite uma poupança significativa.

Ar condicionado: o sistema de ar condicionado tem a vantagem de poder ser utilizado no inverno e no verão. É, normalmente, a solução com menores custos de exploração, mas tem custos associados em termos de instalação. Por outro Lareira com recuperador de calor: se optar lado, não permite o aquecimento de águas pelo aquecimento central a lenha, o ideal pub

Tome nota: Procure profissionais e empresas qualificadas para a colocação de qualquer sistema de aquecimento. Certifique-se do valor que vai pagar pelos equipamentos e mão de obra. Saiba ainda no futuro qual o valor da manutenção do sistema que escolheu.

será que faça a instalação de lareira com recuperador de calor. Assim, maximiza o rendimento da queima da lenha e, não só aquece o ambiente, como também a água de forma rápida e eficiente, desde que instale circuitos de aquecimento central, como radiadores e/ou pavimento radiante. pub


opiniãopública: 24 de novembro de 2016

ESPECIAL

21

Antes de fazer o investimento:

Painéis solares para reduzir a fatura

Passo 1: Avaliar qual o consumo da habitação durante o dia (quando há energia solar para a produção elétrica), pois se for reduzido, não compensa a instalação do painel. O objetivo do autoconsumo é consumir ao mesmo tempo que se está a produzir, evitando-se a compra de eletricidade à rede.

Os painéis solares é um investimento que, efetivamente, reduz os custos com a energia. Os benefícios imediatos na sua conta de energia são reais e ainda que exija um custo de instalação superior ao de outras energias, pode representar uma poupança até 30% na sua fatura mensal. Com o expectável aumento do preço da energia elétrica na ordem dos 1 a 3% ao ano nos mercados europeus, há cada vez mais famílias a optar pela energia fotovoltaica pois é a solução mais inteligente, tanto ao nível doméstico como num contexto empresarial. Há várias razões para considerar a instalação de painéis solares: Reduz fatura de eletricidade: ainda que o custo da instalação dos painéis solares possa ser elevado quando comparado com outras energias, na verdade, este é um investimento que permite uma poupança real na sua fatura da eletricidade. Além disso, em apenas quatro anos, terá o investimento amortizado e taxas de rendibilidade de 20%. Reduz as perdas do sistema elétrico: quando uma barragem produz energia e esta é transportada até nossa casa ou empresa, no caminho, isto é, nos cabos elétricos, há sempre perdas de energia. Como a

energia fotovoltaica é consumida exatamente onde é produzida, ou seja, através dos painéis solares instalados em sua casa, não será afetada pelas perdas por transmissão e distribuição da energia. Tudo o que produz é seu. Aumenta a independência energética: ao produzir a sua própria energia torna-se independente do sistema de abastecimento de energia, seja gás natural ou elétrica. Quando, por qualquer motivo, acontecer um corte na rede de energia, a sua casa não será afetada e pode fazer tudo aquilo que precisa pub

sem limitações. Só precisará de recorrer à rede elétrica em períodos de insuficiência. Transparência do autoconsumo: produzir e consumir da própria energia, indexada ao preço da energia ao mercado diário, permite uma poupança extra. Ou seja, paga pelo preço da energia ao preço a que esta se encontra, naquela hora, no mercado ibérico e de eletricidade. Esta ligação direta à energia elimina intermediários e representa uma poupança no seu orçamento mensal.

Passo 2: Avalie bem localização do painel: fachada/varanda/telhado com boa exposição solar (orientação a sul; sem sombreamentos). A orientação solar a norte faz perder muito do rendimento. Em qualquer das opções, em prédio ou casa arrendada, se a instalação não for num local simples como uma varanda, será necessário e conveniente pedir autorização ao condomínio e/ou senhorio. Passo 3: Avaliar o investimento. Instalar um painel fotovoltaico de até 250Wp, pode significar um investimento de menos de 500 euros, recuperável em 6/8 anos. Há que considerar que um painel fotovoltaico terá ainda um rendimento da ordem dos 80%, 25 anos após o seu fabrico, pelo que com o previsível aumento dos preços da eletricidade, este é um investimento muito compensador.

Fonte: www.quercus.pt pub


22

ESPECIAL

opiniãopública: 24 de novembro de 2016 pub

Poupar nas faturas do gás e eletricidade

Pequenas mudanças ajudam a reduzir euros

 Computador: opte por portáteis, que podem reduzir o consumo de energia até 90% por comparação com um computador tradicional e desligue-os quando não estão a ser usados.  Televisão: evite ter vários aparelhos ligados ao mesmo tempo e desligue-os sempre que não está a vê-los.  Máquinas de lavar e secar: prefira os programas que não exigem temperaturas elevadas. A lavagem da roupa com água fria, por exemplo, pode economizar até 90% de energia. Ponha as máquinas a trabalhar apenas quando estão cheias e pense duas vezes se não vale a pena lavar mais vezes a louça à mão. Também pode evitar o programa de secagem da sua máquina da louça, optando por a deixar secar ao ar. É uma forte poupança energética.  Micro-ondas: nas refeições mais pequenas optar por este eletrodoméstico em vez do fogão pode significar uma poupança de 70% de energia.  Frigoríficos: mantenha as portas bem fechadas, não as abra desnecessariamente e reduza o tempo de abertura. Quando guarda um alimento no frigorífico certifique-se de que ele não está quente. pub

 Congelador: mantenha o congelador cheio, porque é preciso mais energia para manter a temperatura de um congelador vazio do que um cheio.  Aquecimento e ar condicionado: desligue-os quando não está em casa. No inverno aproveite os dias de sol. Inspecione os seus aparelhos regularmente, sobretudo se for de gás natural. Se tiver sistemas de ar condicionado limpe ou substitua os filtros periodicamente. A sujidade acumulada dificulta a passagem do ar, forçando o sistema, o que desgasta o equipamento e provoca um aumento do consumo de energia. A temperatura deve estar situada em torno dos 20º C. Baixe ou desligue o sistema de aquecimento no período noturno. Por cada grau adicional, é consumida entre 7% a 10% da energia total necessária para aquecer toda a casa.  Passar a ferro: não deixe o ferro ligado sem o utilizar, pois ele gasta o equivalente a 10 lâmpadas de 100 watts! E evite ligá-lo apenas para uma ou duas peças, opte por juntar mais roupa e comece pela que precisa de menos calor, evitando estar sempre a alterar a temperatura do ferro.  Aparelhos em standby: lembre-se que mesmo em standby os aparelhos continuam a gastar energia. Desligue-os no botão ou da ficha quando não os usa.  Carregadores: nunca deixe o carregador na ficha quando não está a ser usado. Um gesto simples que pode significar uma poupança de muitos Kwh anualmente.  Etiqueta energética: opte por equipamentos de classe A ou superior, pois são os que consomem menos energia.  Lâmpadas: as mais eficientes são mais caras mas duram mais. As fluorescentes compactas saem mais baratas do que as incandescentes. Pagam o investimento em menos de três meses na conta da luz, pois economizam 80% de energia.  Tarifa bi-horária: adira a este sistema e ponha as máquinas a lavar apenas nas horas em que a energia é mais barata.  Lavar os dentes e tomar banho: não deixe a torneira aberta enquanto lava os dentes ou toma banho, pois está a desperdiçar imensos litros de água. No banho, trocar o de imersão pelo chuveiro permite-lhe gastar metade da água. Só para ter uma ideia, saiba que uma torneira deita cerca de 9 litros de água por minuto.  Esquentador: não deixe o chama-piloto ligado o dia inteiro e nos meses mais quentes reduza a temperatura da água, quer tenha esquentador ou caldeira. Lembre-se que o aquecimento da água sanitária representa aproximadamente 50% da fatura energética .  Fogão: mantenha os tachos tapados para que os alimentos cozam mais depressa e desligue o lume uns minutos antes de a comida estar pronta – o calor dentro do tacho é suficiente para terminar o processo de cozedura.


opiniãopública: 24 de novembro de 2016

Certificação obrigatória para edifícios desde 2009

Não perca o calor aposte no isolamento Cerca de 40% do consumo energético é despendido em edifícios de habitação e de serviços. Um bom isolamento térmico é essencial para dificultar tanto a entrada como a saída de calor do edifício. Assim, poderá evitar as perdas durante a estação fria, rentabilizando o seu aquecimento e impedir a entrada do calor na estação quente. Apostar num isolamento térmico adequado é garantir que não haja grande perda térmica possível entre o interior e o exterior. Desta forma, o material a utilizar deverá apresentar um baixo índice de condutibilidade térmica e baixa energia incorporada. Assim, a opção deve sempre recair por isolamentos de aglomerado de cortiça, espuma de poliuretano, lã de rocha, lã de vidro, poliestireno expandido ou poliestireno no extrudido. Segundo os especialistas, se isolar o pavimento do

rés do chão, poderá reduzir as perdas de calor até cerca de 25%. Também as coberturas dos edifícios devem responder a algumas exigências, nomeadamente ao nível da segurança, de habitabilidade ou de economia. Devido à sua localização, estão sujeitas a diversas ações ao longo do tempo e a radiação solar, a ação do vento e a presença de água poderão significar alguns danos ou mesmo quebra da eficiência. Daí ser fundamental que se encontrem devidamente impermeabilizadas e termicamente isoladas, evitando o sobreaquecimento no verão e as perdas térmicas no inverno. Na realidade, o controlo energético é essencial na cobertura, pois trata-se da superfície mais exposta do edifício, correspondendo a grande parte das percas/ganhos de calor totais do edifício. Importantes são

também as pontes térmicas (vigas, pilares, intersecção com lajes, ombreiras de portas, janelas e caixas de estore) para que estas fiquem devidamente isoladas. Cerca de 15% da energia que se utiliza no aquecimento e arrefecimento da casa perde-se através das frinchas de portas e janelas. Quando falamos em eficiência energética de um edifício, devemos dar bastante importância às superfícies envidraçadas já que estas contribuem de sobremaneira para o conforto interior da habitação. As janelas devem portanto ser estanques à água, permeáveis ao ar e resistentes à ação do vento. É importante que se tenha especial atenção à proteção das janelas através de sombreamento eficiente, pelo lado exterior e interior, quer através de palas como de estores.

ESPECIAL

23

Atualmente, cerca de 35% dos edifícios construídos no espaço europeu tem mais de 50 anos e consome, em média, cinco vezes mais energia do que as novas construções. Através da melhoria da eficiência energética poderíamos reduzir o consumo de energia na UE em cerca de 6% e baixar o nível de emissões de CO2 em cerca de 5%. O reconhecimento desta situação levou a União Europeia a promover um conjunto de medidas com vista a impulsionar a melhoria do desempenho energético e das condições de conforto dos edifícios. Quais são as necessidades energéticas para manter uma habitação à temperatura de 20ºC no inverno e de 25ºC no verão? Esta é a pergunta de partida no momento da auditoria de certificação energética de edifícios, pressupondo a situação de conforto térmico ideal. A certificação é obrigatória desde 2009, sendo o cumprimento da obrigação verificado no momento de qualquer transação dos imóveis, seja por venda ou por arrendamento. A Certificação Energética tem o objetivo de identificar patologias ao nível do desempenho energético dos edifícios. Além deste diagnóstico, os técnicos disponibilizam também um conjunto de sugestões que permitem aos proprietários dos edifícios ajustar e corrigir os problemas identificados. Isto pode passar por investir em equipamentos de melhoria do conforto ou por medidas práticas e muito simples que promovem a imediata redução dos consumos. A classificação permite saber a eficiência energética de uma casa numa escala de A+ (muito eficiente) a F (pouco eficiente). Por exemplo uma casa com certificado A ou A+ distingue-se em três aspetos. A qualidade do edifício, os equipamentos de reduzido consumo energético e a utilização de energias renováveis. pub


24

PUBLICIDADE

opiniãopública: 24 de novembro de 2016


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.