Fernando Xavier, presidente da Associação Comercial e Industrial de Famalicão
“Queremos melhor qualidade de serviços para os nossos associados” O Natal é uma ocasião em que muitas pessoas preferem o comércio tradicional para as suas compras. Este foi um setor que sofreu com a crise e que tem, na verdade, procurado reinventar-se, sem quaisquer apoios. O OPINIÃO PÚBLICA falou com o presidente da Associação Comercial e Industrial de Famalicão, Fernando Xavier, que não esconde as fragilidades do comércio, mas que prefere seguir pela via do otimismo.
Está a meio do mandato como presidente da ACIF, como tem sido este primeiro ano? O início é sempre mais complicado, não posso dizer que esteja insatisfeito, mas estou muito longe de estar satisfeito. As associações têm um papel muito importante, que é mais notório em situações de crise profunda, em que é necessário existir uma posição mais concertada dos intervenientes, ou num outro extremo em que temos muitos fundos comunitários em que há uma atividade extraordinária com a distribuição dessas verbas, através de projetos e eventos. Neste momento, houve alteração do quadro comunitário e de Governo, o que faz com que as associações vivam com grandes dificuldades em termos financeiros e incerteza em relação ao que é o futuro no que diz respeito ao enquadramento em termos de formação e de apoios a pequenas e médias empresas.
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Sofia Abreu Silva
Dos objetivos a que se propôs, quais os que já foram realizados? A nossa esperança de termos a sede no centro da cidade de Famalicão está a concretizar-se. As obras já e começaram e teremos novidades a curto prazo. O prazo de execução é de 18 meses, o que faz com que antes do final do mandato estaremos no centro. Também o nosso slogan “Compre com o coração, compre em Famalicão” tem sido muito acarinhado pelos associados, o que nos deixa satisfeitos. Curiosamente, numa ocasião em que há uma volatilidade de associados, porque algumas empresas encerram, o número de novos associados tem crescido. Este é um sinal de que, apesar de nem sempre ser visí-
vel, as pessoas valorizam o trabalho da ACIF e faz-nos acreditar que o futuro possa ser melhor. Atualmente, os fundos comunitários não chegam ao comércio? O problema é que estes fundos comunitários estão canalizados para as regiões, que no nosso país são representadas pelas autarquias. Eventualmente num ou outro projeto mais específico poderão haver verbas, mas não é essa indicação que temos. Se recuarmos a uma era da pujança comercial, tínhamos os programas Modcom e o Procom, em que havia fundos para revitalização do comércio, das micro, pequenas e médias empresas, em que eram as associações comerciais que canali-
zam esses fundos. Neste momento, com os dos nossos associados e a previsão é que cada vez mais não que possam ser uma mais-valia para as empresas. sejam as associações a fazê-lo. A ACIF tem 105 anos de história, O que traz dificuldades acrescidas… sendo um referencial de seriedade Eu acredito que a associação tem de e apresenta uma equipa de colaboaprender a viver com a quotização e radores empenhadíssimos. Querecom os serviços que possa prestar mos melhor qualidade de serviços, aos associados, pagos a um preço esse é o caminho. Não podemos simbólico. Não podemos pensar andar eternamente de mão estique o futuro traga grandes volumes cada, porque há muitas associações de verbas para formação e investi- que são subsídio-dependentes. Premento. Em todas as reuniões que ferimos ser pequenos, mas estartemos com a Confederação Comér- mos enquadrados naquilo que são cio e Serviços de Portugal é essa a as necessidades dos nossos assoinformação que tem sido veiculada. ciados. Ou há uma alteração de fundo na política nacional para os fundos Quais são as maiores dificuldades serem distribuídos ou então as as- sentidas pelos comerciantes? sociações vão passar um mau bo- Em primeiro lugar temos uma popucado. A ACIF continua a fazer uma lação envelhecida no comércio, porgestão cuidadosa e cautelosa, por- que as lojas tradição da cidade que não pode gastar o que não tem. estão com as pessoas que as fundaA ACIF vive apenas com a quotiza- ram há 50 anos. A maior dificuldade ção dos seus associados, não tem dos nossos comerciantes é não ter ajuda de ninguém, à exceção da capacidade instalada para aumencampanha de Natal, que é uma par- tar a sua oferta de serviços. Nós ceria com a Câmara de Famalicão, também não temos pessoas na ciem que há uma transferência de ver- dade de Famalicão, porque as cidades que cresceram à nossa volta bas. têm turismo e nós não. Temos tuMas nada se faz sem dinheiro. rismo empresarial, mas não temos Como está a ACIF a encarar o futuro? capacidade hoteleira instalada, o Poderemos ter mais formação indi- que está a mudar felizmente com vidualizada, porque temos essa ca- novos empreendimentos muito inpacidade instalada e já estamos a teressantes. A discussão que tenho estudar isso. Temos de fazer um en- tido, permanentemente, com a Câtendimento que seja benéfico para mara de Famalicão é que temos de todos, em que se possa, por exem- arranjar algum fator diferenciador plo, deslocalizar quadros da ACIF, para atrair pessoas para morarem onerando menos a sua carga em ter- no centro da cidade. mos de custos com pessoal ou ar»»»»»continua ranjar serviços que não colidam pub
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»»»»» Mas é um trabalho que vai demorar anos…. Essa será a dificuldade, mas temos de começar. O que vemos é que há várias lojas novas com alguma dimensão e muita qualidade, isto significa que alguém ainda vê Famalicão como um ponto interessante de investimento. Estou convencido que, não com o ritmo que gostaríamos e desejamos, vamos sobreviver. Por exemplo, temos o Shopping Town que tem uma sala de cinema e a cidade não tem um local para vermos cinema. Pode não ser rentável termos uma sala com muitos lugares, mas se for para menos pessoas, poderá ser. Temos de ver quais foram os focos mais importantes da cidade e revitalizá-los. Temos culturalmente capacidade instalada para isso e julgo que a autarquia tem de ter cuidados redobrados nessa área. São muitas as campanhas que a ACIF tem realizado, qual tem sido a reação dos comerciantes? No ano passado, fizemos uma campanha anual que agregou o Natal, o Dia do Pai, Dia da Mãe e a Páscoa. Como existiam as senhas em papel, quando fizemos o sorteio, tivemos milhares e isso significa que houve interessados e o impacto foi muito grande. Mas, a maior parte dos comerciantes pede é mesmo que a cidade tenha gente, para que haja mais clientes, uma preocupação que é partilhada por nós. Somos também muito procurados para os projetos de investimento, nomeadamente de apoios comuni-
tários, mas neste momento falta essa alavanca financeira.
A Acif tem 105 anos de história, sendo um referencial de seriedade e apresenta uma equipa de colaboradores empenhadíssimos. Queremos melhor qualidade de serviços, esse é o caminho.
A segurança também vos preocupa? Sim, muito. A Polícia Municipal não pode fazer esse serviço, o que é uma pena, porque seria extremamente útil. A PSP, devido a contenção orçamental, também não o pode fazer, portanto temos de arranjar uma alternativa, que passa por termos a figura o guarda noturno em algumas ruas da cidade. Estamos a fazer um estudo para apresentarmos uma proposta concreta ao município, com vantagens para todos. Estamos no Natal, por que razão devem as pessoas apostar no comércio tradicional? O primeiro fator é diferenciação. Como o meu pai sempre foi comerciante, a minha vida toda está marcada por esta proximidade ao comércio local. Eu gosto que me tratem pelo nome e que saibam qual o estilo que mais se adequa a mim. Acho que esta proximidade e capacidade de conhecer os clientes, de uma forma diferenciada, não tem preço. Depois, dizer que os preços no comércio tradicional são mais elevados do que no comércio das grandes superfícies é mito. Se alguém se der ao trabalho de comparar a qualidade vai ficar admirado e Famalicão tem todos os segmentos, desde o mais acessível ao mais dispendioso. Temos um leque de produtos para todas as carteiras. Nesta ocasião, também a forma como embrulham o próprio presente é diferente. Im-
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portante é também o argumento solidário em que eu ao comprar em Famalicão, crio riqueza na minha terra e contribuo para a sua dinâmica. Isto está tudo estudado, por isso é que lançamos a campanha “Compre com o coração, compre em Famalicão”, não é só porque é bonito, porque resulta. Garanto que, pesando todos os fatores, é mais vantajoso comprar no comércio tradicional. Quais os projetos para o futuro? Gostaria que eu e a minha equipa cumpríssemos os nossos objetivos, nomeadamente termos a sede da ACIF no centro da cidade; contipub
nuar a sensibilização para o comércio em Famalicão, porque sabemos que a caminhada é longa e nunca estará completa. Não desistimos ainda de uma plataforma online para o comércio famalicense, embora já não possamos contar com as verbas comunitárias, mas estamos a estudar outra solução. Iremos continuar a tentar melhorar a nossa comunicação junto dos nossos associados, algo que já temos conseguido. Começámos recentemente com o Presidente da Câmara a fazer uma visita aos comerciantes da cidade, numa iniciativa quinzenal, o que tem sido de extrema importância, porque o edil é uma
pessoa muito próxima dos cidadãos e sensível para a mudança. A última visita produziu efeitos logo de imediato, porque se houver algo que esteja menos bem, como a iluminação na rua ou o pavimento estragado, é possível uma resposta mais imediata. Quem manda na estrutura na cidade é a Câmara e essa ligação é muito essencial, porque se levarmos as nossas ideias, a solução será sempre em favor da comunidade. Tudo o que a ACIF faz, fá-lo com outras entidades e associações, porque não queremos estar sozinhos, queremos estar sempre acompanhados, para termos massa crítica. pub
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ACIF: 105 anos de vida!
ESPECIAL
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por Amadeu Gonçalves
“Mas, se todas as liberdades são legítimas, não é uma delas, a de associação? Não poderemos associar-nos como quisermos? Sim! Todas as liberdades são legítimas, menos a de alienar. Temos o direito de livremente nos associarmos, mas livremente!” Bernardino Machado, Pela Liberdade, 1901 Carimbo da Associação (1912)
Se o movimento associativo está marcado pelos contextos políticos, socioculturais e económicos em que emerge, o caso de VN de Famalicão é, nesse aspeto, carismático entre a Monarquia Constitucional e a I República, passando pelo Estado Novo e pela explosão associativa no pós-25 de Abril de 1974. Tem, igualmente, outra característica: não se desenvolve com as ditaduras. Quando a Constituição da I República estabelece que o direito de reunião e de associação é livre, configura o reconhecimento legal e formal para o surgimento de novas associações. Foi o que aconteceu com a Associação Comercial e Industrial de VN de Famalicão (1911). Enquanto que na primeira reunião, realizada a 9 de abril, no Clube de Caçadores, tratou-se do propósito justificativo e das vantagens para a criação da Associação em defesa dos comerciantes e dos industriais (destacando-se desde o início o nome de Alfredo Costa e seu primeiro presidente diretivo), a reunião efetiva com os corpos-gerentes eleitos é de 17 de maio. Pelo meio, a 29 de abril, elaboram-se os estatutos, definindo a Associação os seus objetivos: detetar as necessidades, defender e promover os interesses dos comerciantes e dos industriais, atuar para esclarecer os poderes constituídos e promover a instrução dos associados, através não só da criação de um gabinete de leitura, como também através de cursos práticos profissionais e de atividades culturais. Com a reformulação dos estatutos em 17 de novembro de 1925, acrescenta-se a “defesa, propaganda e progresso da Terra”. Foram membros fundadores, entre republicanos e conservadores, católicos e aderentes à I República, comerciantes e industriais, as seguintes personalidades: Alfredo Costa, Amadeu Pereira, A. Cardoso Mendonça, Armindo Costa, Arnaldo Maia, Domingos Portela, Francisco Correia Mesquita Guimarães, Guilherme Carvalho, Higino Veloso Macedo, José Gomes Costa Carvalho, José Joaquim Pinto de Carvalho, José Martinho Carneiro, Bouças Júnior, Plácido Carvalho e Jaime Valongo.
Neste contexto, das atividades cívicas, sociais e culturais, a Associação irá marcar constantemente a vida da comunidade famalicense. Na I República, nas Festas Antoninas e na organização da Parada Agrícola e Industrial (1912), nas Festas do 1.º de Dezembro (1924) e no Centenário do Nascimento de Camilo Castelo Branco (1925), a par dos problemas do descanso semanal e do imposto ad valorem, nem sempre pacíficos. Entre a Ditadura Militar e o Estado Novo (1926-1933), se atingiu o apogeu com a inauguração da Central Telefónica (1927), a Associação até 1939 marcará uma presença incontornável nas Festas do Trabalhador, 1.º de Maio (1937), nas homenagens a Adriano Pinto Basto e ao Barão de Trovisqueira (1937), assim como nas Festas de Verão (1938). Se com o Estado Novo corporativo e salazarista irão aparecer os grémios, o conflito na Associação irá instalar-se já em 1935, com a cisão de comerciantes e industriais e a sua respetiva saída. Mais tarde, surge na imprensa famalicense uma polémica, no início dos anos quarenta, a propósito da continuidade da Associação no Ateneu Comercial e Industrial (1939), tal não sucedendo. Já em abril de 1939 surge uma comissão administrativa do respetivo Grémio do Comércio; e se a imprensa famalicense vota à mesma instituição o seu silêncio, o mesmo não acontecendo, por exemplo, relativamente ao Grémio da Lavoura, o Grémio só se irá revitalizar-se com as Festas de Setembro e o seu concurso de montras (1952), com as Festas Antoninas (1956-1964 e 1966) e com o Dia do Comerciante (1967 a 1973 e a seguir a 1974 entre 1979-2003). Com a Revolução de 1974, apesar de haver ainda uns resistentes conservadores com uma comissão administrativa, esquecendo-se de um telegrama de um grupo de comerciantes a exigir a transformação do Grémio em Associação, só em 1975 (não deixando de ser estranho que os primeiros corpos-
Sede emblemática da Associação entre 1926 a 1946, casa do Campo da Feira de Bernardino Machado (hoje Banco Millenium), cujo contrato de arrendamento foi assinado em 4 de Dezembro de 1925.
gerentes eleitos só apareçam em 1978) com novos estatutos passará a designar-se Associação Comercial de VN de Famalicão e em 1992, na reformulação dos mesmos, tal como hoje a conhecemos, como Associação Comercial e Industrial de VN de Famalicão, retomando assim os ideais dos seus fundadores. pub
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ESPECIAL
opiniãopública: 7 de dezembro de 2016
Promoção do Comércio Tradicional e atrair mais consumidores é o objetivo
ACIF promove Campanha de Natal 2016 À semelhança do que acontece todos os anos, a Campanha de Natal no concelho de Famalicão é da responsabilidade da Associação Comercial e Industrial de V. N. Famalicão (ACIF), conjuntamente com a Unidade de Gestão do Centro Urbano e a Câmara Municipal de Famalicão. Esta campanha visa a dinamização do Comércio Tradicional, com vista a atrair novos potenciais consumidores para o concelho de Famalicão nesta quadra natalícia. A campanha contempla os divertimentos de Natal, como o carrossel e o comboio turístico, ambos disponibilizados gratuitamente, nas manhãs de segunda a sexta-feira, para as crianças das escolas e infantários do concelho que pretendam frequentar. O restante tempo, em que dura a Campanha de Natal, são abertos ao público em geral, mediante a utilização de senhas oferecidas pelos associados da ACIF ou adquiridas no carrossel. Este ano, a
oferta integra ainda charretes de cavalos que promovem passeios pelo centro urbano. Há ainda a iluminação de Natal que traz mais magia e torna acolhedor o ambiente durante a quadra, potenciando as compras nas lojas do Comércio Tradicional. São mais de um milhão de leds, tecnologia que permite uma poupança no consumo de energia em comparação com a luz convencional, que iluminam as principais ruas e edifícios da cidade. Ao todo a iluminação brilha em 18 ruas do centro urbano, 4 rotundas nas entradas e saídas da cidade e vários edifícios municipais. Para além da cidade, as vilas de Joane, Ribeirão e Riba de Ave também têm luzes de Natal. Para além das ruas, também uma árvore de Natal, com 15 metros de altura, está colocada na Praça D. Maria II, cheia de luz e cores natalícias. A Praça será o local da maior concentração de divertimentos e atividades, transformando-se numa
espécie de Aldeia de Natal que contemplará uma pista de gelo natural, iniciativa privada que foi inserida na proposta natalícia deste ano. Outra iniciativa é o mercadinho de Natal que decorre seguindo uma nova filosofia, com 25 cabanas de madeira onde artesãos e associações do concelho sugerem prendas de natal. À semelhança dos anos anteriores haverá também recolha de géneros alimentares e de higiene na Cabana Solidária do Pai Natal, sempre acompanhado de grande
animação, e situando-se este ano perto do mercadinho de Natal junto da Fundação Cupertino de Miranda. De resto, a chegada do Pai Natal à cidade está marcado para o dia 11 de Dezembro, rodeado de grande animação e festejos, seguido por um grupo de trinta motards vestidos a rigor. No dia 17, o Pai Natal chega às vilas de Joane e de Riba de Ave, para no dia seguinte ser a vez da vila de Ribeirão receber igual visita. Todas estas atividades se inserem no âmbito da Campanha de
Natal 2016 promovida pela ACIF, em parceria com a Unidade de Gestão do Centro Urbano e a Câmara Municipal. A campanha deste ano é lançada sob o lema de “Famalicão tem um presente para Si”, mas a verdade é que Famalicão tem múltiplos e variados presentes para oferecer, sendo um centro atrativo, dinâmico e familiar, ideal para todas as famílias visitarem e realizarem as suas compras de Natal. Como refere o lema da ACIF, “Compre com o Coração, Compre em Famalicão”. pub
opiniãopública: 7 de dezembro de 2016
ESPECIAL
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ACIF dinamiza iniciativa inserida na Campanha de Natal 2016
Famalicão, um Porto de Encontro Masterchef Lígia Santos realiza showcooking A Associação Comercial e Industrial de V. N. Famalicão (ACIF) assumiu este ano o desafio de dinamizar uma tradição já enraizada no concelho. Concretamente, o encontro de amigos e conhecidos na tarde do dia 24 de dezembro para confraternizarem e beberem um Porto em vários cafés e bares da cidade. Uma tradição natalícia que a ACIF procura promover, com vista à divulgação daquilo que acontece no concelho, bem como atrair mais pessoas e potenciais consumidores nesta quadra. Designado por “Famalicão Porto de Encontro”, o evento terá o seu ponto alto no dia 24 de Dezembro. “Saia à rua e celebre a quadra com amigos e familiares. Partilhe risos, alegria e boa disposição à volta de um copo de porto. O Encontro está marcado. Vemonos lá?”. É este o desafio que a ACIF lança, num evento que se pretende familiar, intimista e glamoroso, promovendo encontros entre as pessoas que se veem todos os dias, mas também aquelas que nesta época do ano regressam a casa para cumprir a tradição familiar do Natal. Para além de criar uma marca associada ao dia 24 de Dezembro e fazer a promoção desta tradição famalicense, a ACIF procurou ainda alargá-la e dar-lhe um carácter também associado à gastronomia. Com o slogan “coma uma rabanada, oferecemos o Porto”, a ACIF propõe que toda gente possa conhecer a melhor tradição gastronómica famalicense e se delicie com a saborosa oferta de um cálice de vinho do Porto. Assim, entre os dias 13 e 24 de dezembro, o convite é para que as pessoas jantem nos restaurantes aderentes à campanha e peça uma rabanada como sobremesa. O cálice de vinho do Porto fica por conta da casa, permitindo também a divulgação gastronómica associada à tradição existente no dia 24 de Dezembro. Aderiram ao “Famalicão Porto de Encontro” um total de 42 estabelecimentos associados, sendo 25 restaurantes e 17 bares, locais onde a iniciativa será promovida e levada a cabo. Para os restaurantes existe o elemento gastronómico, a rabanada, que,
Quem se associa a esta iniciativa é a famalicense e Masterchef Lígia Santos. No dia da apresentação pública do evento, irá realizar um showcooking onde apresentará uma receita de rabanada, elemento que serve de mote para a iniciativa nos restaurantes. A receita servirá também de base para as rabanadas que os restaurantes aderentes irão servir aos seus clientes, entre 13 e 24 de dezembro. A receita integra o roteiro do “Famalicão Ponto de Encontro”: Corte ½ pão de forma em fatias. Leve 1l de leite a ferver com 2 dl de vinho do Porto, 150g de açúcar, 1 casca de limão, 1 ramo de tomilholimão e 1 pau de canela. Deixe arrefecer. Bata 6 ovos numa taça. Passe as fatias de pão na mistura de leite e de seguida no ovo. Leve a fritar até ficarem douradas. Reserve. Para o doce de ovos, leve ao lume 1 dl de água com 150g de açúcar até obter ponto de fio. Retire, deixe arrefecer um pouco e misture 10 gemas. Leve novamente ao lume, mexendo sempre até as gemas cozerem. Sirva as rabanadas polvilhadas com noz moscada, canela e açúcar em pó e o doce de ovos. Decore com framboesas e hortelã. entre 13 e 24 de dezembro, ao ser consumido ao jantar nos restaurantes aderentes, terá como oferta o vinho do Porto. Já no dia 24 de dezembro, o convite é para que todos se reúnam nos bares aderentes e celebrem a amizade e o convívio em torno do vinho do Porto. O “Famalicão Porto de Encontro” já se encontra a ser divulgado nas redes sociais e através da distribuição de um roteiro em papel, embora a apresentação pública esteja marcada para o dia 13 de Dezembro, em local ainda a definir. Nesse dia serão apresentados todos os pormenores da iniciativa, nomeadamente outras duas campanhas que integram esta iniciativa: Porto Seguro e Porto Solidário.
Graham´s é patrocinador oficial do evento A Graham´s, como marca de vinho do Porto, associou-se à ACIF na dinamização deste acontecimento, sendo o patrocinador oficial. Fundada em 1820 por William e John Graham no coração do Vale do Douro, a Graham´s desenvolveu ao longo dos anos uma reputação notável como um dos grandes nomes do vinho do Porto. A excelência dos vinhos do Porto da Graham´s está associada à selecção de uvas da maior qualidade, provenientes maioritariamente de cinco quintas consideradas entre as melhores do Vale do Douro. Especificamente o Graham´s Porto Tawny 10 anos acompanha perfeitamente pastelarias doces, tais como a rabanada. Deve ser servido fresco (10-12ºC). É um tributo à paixão pela excelência e à precisão sem paralelo que se encontra no coração de todos os vinhos do Porto Tawny de produção artesanal. Após uma década de cuidados, este vinho é uma sublime expressão do vinho do Porto Tawny. Para quem aprecie qualidade e precisão em cada detalhe.
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opiniãopública: 7 de dezembro de 2016 pub
Compras de Natal: Esta época de Natal pode ter a capacidade de nos deixar mais felizes, sendo que esta é uma festa de proximidade com a família. Esta é também uma ocasião para oferecer uma prenda a quem mais gostamos, o que pode significar um aumento das nossas despesas. Mas, há formas de evitar surpresas no orçamento dedicado às compras de Natal. Aqui ficam alguns conselhos para evitar desperdiçar tempo e, sobretudo, dinheiro. Fazer orçamento: O ideal é começar a fazer as compras antecipadamente ou reservar parte dos seus rendimentos, por exemplo, para esta quadra. Mas se prefere deixar tudo para a última hora e está a pensar em gastar o salário deste mês nas compras de Natal, então comece por fazer uma lista das pessoas a quem quer oferecer prendas e, principalmente, quanto pretende gastar. A partir daí, é tentar cumprir à risca essa listagem. Presentes personalizados: parece que nos fizeram acreditar que um presente tem de ser algo comprado numa loja e que venha embrulhado num bonito papel. No entanto, há outras opções. Procure algo mais artesanal e personalizado que não seja necessariamente caro. Pode também optar por comprar materiais e fazer você mesmo as lembranças de Natal a toda a família e amigos. Comparar preços: num mundo cada vez mais tecnológico onde as marcas comunicam os preços, pode começar por fazer alguma pesquisa online para saber qual o valor da prenda. Pode também visitar as diferentes lojas para comparar preços. Trocar presentes: conhecido como o "amigo secreto", esta é uma das melhores formas de conseguir reduzir o número de prendas a oferecer. Cada participante tira um papel com o nome de outro e depois compra um presente para essa pessoa, A prenda pode ainda ter um limite de valor. Esta técnica funciona muito bem com os colegas de trabalho, da escola ou até mesmo em família, caso o orçamento seja apertado. Assim, não é necessário oferecer presentes a todos. Reduzir custos de transporte: se conseguir ter a lista de tudo o que quer oferecer e já tiver descoberto os melhores locais para comprar, procure tratar de tudo numa única vez. De nada serve encontrar um produto mais barato se isso implicar maiores gastos de combustível e/ou estacionamento. Cada vez são mais os portugueses que recorrem a estes canais, pois geralmente é uma boa forma de reduzir custos. pub
Aproveite campanhas: o Natal sempre foi a altura por excelência para o comércio, por isso são muitas as lojas que mantêm campanhas com descontos durante esta época. Aproveite-as. Quer sejam descontos em lojas de roupa, telecomunicações ou beleza, vale a pena perder algum tempo a procurar o negócio certo para comprar os presentes certos ao melhor preço. No comércio tradicional há ainda a possibilidade de pedir um desconto. Fugir das compras a crédito: Deixe o cartão em casa e pague sempre em dinheiro. Assim será mais difícil gastar acima das suas possibilidades. Não poder comprar os produtos topo de gama não é vergonha para ninguém. Se não tem possibilidades de oferecer algo que queria muito, não recorra ao cartão de crédito. Se não pode hoje, por que motivo irá poder pagar no futuro acrescido de juros associados? Poupar no supermercado: com as reuniões familiares, as mesas devem estar bem recheadas. Assim, antes de pegar no carrinho compare bem os preços e esteja atento a panfletos e campanhas de descontos disponíveis para os produtos tradicionais da época ou para brinquedos. Ceia de partilha: mesa farta é uma expressão difícil de dissociar da quadra natalícia, mas que também pode pesar no orçamento. Para evitar sobrecarregar apenas uma família ou pessoa, peça a cada convidado para contribuir para a preparação da consoada, levando uma entrada, um acompanhamento, um salgado, um doce ou as bebidas, por exemplo. Para além de conseguir organizar uma refeição mais económica, esta será também uma boa oportunidade para partilhar e experimentar novas especialidades.
Tome nota:
Para as compras que for fazendo, acrescente à frente de cada presente o dinheiro que gastou. Peça sempre uma fatura comprovativa da compra dos seus presentes.
Informe-se sobre a existência de prazos para troca ou devolução de produtos mais alargados nesta quadra, preferindo produtos em que o prazo de devolução se estenda para lá da quadra natalícia. Guarde todos os talões de pagamentos com cartões multibanco ou cartões de crédito e confirme se os valores debitados coincidem no extrato bancário. É possível que nesta quadra fique mais desatento a estas questões, mas é também nesta alturas que mais enganos acontecem. Não perca de vista os seus cartões quando os entregar em lojas para efetuar pagamentos.
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PUIBLICIDADE
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