ENTREVISTA Carlos Pereira, chefe do Núcleo de Famalicão
“Trabalhamos para uma sociedade mais equilibrada e feliz” Numa sociedade, onde parece que não há tempo para nada, há uma associação que não está em crise. O escutismo continua a cativar milhares de jovens, apesar de privilegiar o básico do dia a dia. Em Famalicão, os escuteiros tem muitos projetos para concretizar. Carlos Pereira, chefe do Núcleo de Famalicão, fala sobre os principais projetos a concretizar. Sofia Abreu Silva Depois de quase um ano à frente, como Chefe de Núcleo, qual o balanço que faz do trabalho realizado? Em bom rigor já passou um pouco mais de um ano. Quando estamos concentrados numa missão não costumamos dar pelo tempo a passar, mas creio que na sua generalidade o balanço é positivo. Aquando da construção do nosso plano de ação para o triénio, assumimos o lema de “Sermos um Só”. Este desejo pretendeu espelhar o ponto de partida do Núcleo de Famalicão para uma caminhada de três anos, e, acima de tudo, traçar o rumo e a estratégia, que se fundem na vontade e objetivos da Junta de Núcleo para o percurso que se antevê. Ainda podemos falar de antevisão, pois passou
pouco mais de um ano e o nosso numa plataforma de armazenamento de material, mas só quando sonho vai a meio. as condições climatéricas melhoDos objetivos definidos por si e rarem é que conseguiremos inspela sua equipa, quais o que já es- talá-la no campo. tão no terreno? Alguns desses objetivos estou Uma das ambições desta equipa certo de que já atingimos, mas é, igualmente, a remodelação da creio que a grande maioria deles sede de Núcleo. O que gostariam está em curso. Alguns, pela sua es- de fazer concretamente? pecificidade, requerem mais tempo Sim, é sem dúvida uma das nossas para a implementação e consoli- principais ambições. A sede de Núdação mas julgo que estamos num cleo necessita de um melhor aproritmo de execução muito interes- veitamento de espaços e, por consante. Gosto sempre de realçar que seguinte, de uma revitalização. não importa ‘fazer’ para cumprir Gostaríamos de iniciar no imediato, objetivos, importa mais ‘fazer’ para mas não basta querermos, é um investimento considerável e tem de crescer. ser bem ponderado, contudo já Relativamente ao Centro Escutista efetuamos alguns pequenos ajusdo Núcleo de Famalicão, em Gon- tes e iniciamos o processo de ordifelos, quais as principais neces- çamentação para as referidas sidades? obras. No que respeita ao Centro Escutista do Núcleo de Famalicão, estamos Há um projeto idealizado com as de momento a identificar as neces- Guias de Portugal para a criação sidades de melhoria, de modo a de uma rotunda que simbolize a cumprir com alguns requisitos que marca do Escutismo e do Guidismo consideramos vitais. Temos uma em Famalicão… procura bastante considerável, O Escutismo e o Guidismo nascemas acreditamos que esta aumen- ram no seio da mesma família. tará quando conseguirmos dotar o Além deste vínculo, partilham os campo com os novos sanitários e mesmos valores e a mesmo misuma ponte fixa. Estamos em con- são, com as devidas adaptações a tactos com o município e cremos cada um dos movimentos. Julgo que, muito em breve, teremos no- que não se trata de deixar a marca vidades. Investimos recentemente num espaço livre, já que nós escu-
teiros e guias queremos deixar marca nas nossas crianças e jovens. O bom relacionamento entre movimentos, o respeito pelas vivências e práticas de cada um, mas sobretudo a riqueza das aprendizagens e a diferença que o Escutismo e o Guidismo fazem na vida de muitos, torna emergente ter em Famalicão uma forma de homenagear não só Baden Powell, o nosso fundador, mas também as nossas crianças, jovens e adultos que fazem acontecer todos os dias. A ideia de homenagear o Escutismo neste formato foi-nos proposta pelo agrupamento de Vermoim, mas a ideia foi sendo amadurecida e cremos ser mais rica a partilha com o Guidismo.
Quantos escuteiros tem o concelho? O Núcleo de Famalicão tem aproximadamente 3100 escuteiros, dos quais cerca de 650 são dirigentes, distribuídos por 45 agrupamentos que fazem parte do Arciprestado de Famalicão, pois temos ainda 5 agrupamentos de Santo Tirso. Na sua opinião é um número positivo? O importante não é o número de escuteiros, mas antes o trabalho que estes desenvolvem em prol da sociedade, na transmissão de valores, na vivência do escutismo e na preparação de homens e mulheres para o mundo. Claro que a quantidade faz a diferença, mas »»»»»continua pub