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Construa a casa dos seus sonhos Ter casa própria é o sonho de muitos. São muitas as famílias que querem construir uma casa à sua medida, mas já sabemos que ter uma casa não é barato. Mesmo com um controlo rigoroso dos custos é sempre necessário um investimento monetário avultado, normalmente um compromisso para a vida. Construir uma casa implica pensar, projetar, planificar e decidir e também trabalhar com os profissionais do setor. Aqui ficam alguns conselhos para que o processo seja mais fácil. Tamanho do projeto: se pretende uma casa grande, de construção complexa e acabamentos topo de gama, a sua casa será mais cara. Mais importante do que o tamanho da casa é como o irá usar e se o vai usar hoje e no futuro. Portanto, o primeiro passo é analisar as verdadeiras necessidades da família, pensando também nos próximos anos.

aumenta a complexidade de construção e logo aumenta os seus custos. Portanto, no projeto com o arquiteto e, depois, junto do construtor tenha isso em conta.

Preço do terreno: se tiver sorte e já for proprietário de terreno pode baixar muito o preço final da sua casa porque a base já não vai ser contabilizada. Contudo, avalie as condições desse terreno, porque há fatores, como a inclinação, cursos de água, dureza do solo e muitos outros, que podem tornar a construção muito mais cara.

Desempenho: a saúde e a segurança devem ser as suas prioridades. Certos materiais contêm substâncias químicas prejudiciais à saúde e, por isso, deve selecionar os materiais de modo a minimiAlicerces seguros: As fundações, para zar os efeitos adversos. maior durabilidade e segurança, não devem ser alvo de poupanças, pelo que Deterioração: determinados materiais deterioram-se rapidamente, particularo betão armado e a pedra impõem-se. mente em contacto com ambientes Estética: a beleza também é importante e húmidos ou da corrosão do mesmo. Daí deve ser levada em conta. Escolha os ma- ser fundamental selecionar material de teriais com uma consciência estética e construção com a durabilidade necessáPreço: na hora de escolher os materiais pense qual é o género que melhor se ria para a área em que o pretende usar.

Complexidade do projeto: este é um dos fatores de custo que mais pode fazer variar o valor do seu projeto. Cada ângulo desigual, varanda, sacadas ou desnível

Acabamentos e acessórios: é esta a variável que mais tende a fazer ultrapassar o orçamento. A tentação de instalar acabamentos de luxo é grande e se não controlar muito bem os gastos a surpresa pode ser muito negativa. Na verdade, os acabamentos podem significar 40% do valor final da sua casa e, como tal, a sua escolha deve ser feita com muito discernimento e controlo. Se tem um orçamento apertado foque-se na casa de banho e na cozinha. Estes dois espaços sofrem muita utilização e desgaste, por isso deve escolher materiais de qualidade e duradouros, deixando os outros compartimentos mais simples e acrescentando pormenores no futuro.

de construção, o mais certo é a sua prioridade ser o preço. Porém, lembre-se que o mais barato, por norma, significa menos tempo de vida. Claro que existem sempre exeções à regra, mas o mais certo é fazer reparações, ou até mesmo substituições mais cedo do que previa. A menos que o seu orçamento seja muito limitado, sugerimos-lhe que avalie os materiais em função da qualidade e não do preço. Quando estiver a escolher material de construção tenha também em consideração o custo da energia. As janelas, por exemplo, devem ser bem isoladas.

adapta ao seu estilo de vida. Tenha em conta que tem de ser algo que lhe agrade no futuro. Facilidade: outra prioridade quando escolher material de construção deve ser a facilidade aquando da instalação. Se for complicado poderá resultar em prejuízos e exigir que se volte a fazer tudo de novo.

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opiniãopública: 30 de março de 2017 pub

Subida dos custos de construção de casas novas acelerou

A aceleração dos custos associados à construção de casas novas deveu-se essencialmente à subida dos preços dos materiais, já que os custos de mão-de-obra se mantiveram praticamente inalterados. Segundo o Jornal de Negócios, os custos associados à construção de habitações novas subiram 2,1% em janeiro, face ao mesmo mês do ano anterior, revelou o Instituto Nacional de Estatística (INE) no passado dia 8 de março. Esta variação representa uma aceleração face aos dois meses anteriores, em que o índice de custos cresceu entre 1,6% e 1,7% em termos homólogos. A evolução dos preços reflete essencialmente a aceleração dos custos dos materiais, que cresceram 2,1% em janeiro, depois da subida de 1,1% em dezembro. Por outro lado, a componente da mão-de-obra apresentou uma variação de 2,2%, valor superior em 0,1 pontos percentuais ao observado no mês anterior. No que respeita à construção de apartamentos e moradias, os custos subiram 2,1% e 2,3% respetivamente, acima dos aumentos de 1,6% e 1,8% registados no mês anterior. Tal como os custos de construção, também as despesas associadas à manutenção e reparação regular da habitação aumentaram 1,8% em Janeiro, em termos homólogos, depois da subida de 1,6% verificada no final de 2016. Os dados do INE mostram que as subidas se estenderam as todas as regiões de Portugal, à exceção do Alentejo, que apresentou uma variação nula. pub

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Cores e mais cores

Na altura de pintar a nossa casa temos de decidir a cor que vamos aplicar nas paredes e essa tarefa nem sempre é fácil, por vezes pode-se mostrar mais difícil do que parece. O melhor é procurar a ajuda de um profissional, que o poderá aconselhar na melhor escolha. Porém, há questões que deverá ter em conta para tomar a melhor opção. Cores preferidas: todos nós temos preferências e, por isso, gostamos mais de umas cores do que de outras. Normalmente as que mais gostamos têm a ver com a nossa personalidade e a nossa maneira de estar. Assim, quando escolhemos cores para a casa, queremos que elas reflitam o nosso gosto e a forma como vivemos. É importante perceber o uso que vai dar ao espaço que vai pintar. Pode gostar muito do vermelho, mas se utilizar numa divisão pequena onde passa muito do seu tempo, esta cor pode tornar-se cansativa. Ao decorar cada divisão da sua casa deverá considerar o fim a que esta se destina. Se a sua sala de estar for essencialmente um lugar de repouso, poderá optar por cores sóbrias, mas se preferir torná-la um local de entreteni-

mento, deverá usar cores mais estimulantes. As cozinhas têm normalmente um ambiente quente que poderá ser atenuado usando superfícies brancas, combinadas com tons frescos. Iluminação: ao escolher a cor de uma tinta deverá ter em conta a sua reação a diferentes tipos de iluminação, pois qualquer alteração ao nível ou qualidade da iluminação de uma divisão da casa alterará a nossa perceção das cores usadas. Uma cor escolhida à luz do dia pode parecer-lhe diferente quando está sob luz artificial, seja ela incandescente, fluorescente, halogéneo ou led. O importante é fazer sempre o teste de cores que escolheu com uma pequena amostra de cor, em diferentes áreas

da superfície, de modo a testar o seu com- mais afastadas, ao mesmo tempo que o portamento face à intensidade de diferen- compartimento irá parecer mais curto. tes tipos de iluminação. Dimensionar o espaço: é importante verifiEspaços grandes ou pequenos: espaços car o tipo de orientação da divisão da casa pequenos beneficiam com as cores claras que pretende decorar, dado que espaços e frias como os azuis e os verdes, que voltados a Norte, por serem mais sombrios, fazem recuar as paredes criando uma sen- pedem cores quentes; da mesma forma, os sação de largura. Inversamente, as cores espaços virados a Sul e, portanto, mais befortes e quentes, como o vermelho e o la- neficiados com a luz do sol, podem ser ranja, fazem avançar os limites da divisão, compensados com tons frios. Se pretender criando uma sensação de aproximação e um espaço mais amplo opte por cores neuenvolvência, ideal para espaços grandes e tras, como os brancos, os cremes e beges frios. Ainda de acordo com esta lógica, ou outras cores de tonalidade clara. Já os pode alargar um corredor ou um quarto es- tons quentes conferem aos espaços um treito, pintando as paredes de fundo com clima mais acolhedor. uma cor quente e as laterais com uma cor Fonte: www.tintasepintura.pt mais clara. Assim, as paredes vão parecer pub


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O chão que pisamos

Existem no mercado muitas opções para colocarmos no chão. Tudo depende do seu gosto pessoal e de quanto poderá gastar. Aqui, ficam algumas opções que o mercado apresenta: Porcenalato com brilho: modelo mais conhecido da linha e ideal para quem quer um acabamento com brilho, já que essa é uma das principais características da versão polida. Entre as vantagens está a resistência, baixa absorção de água e facilidade de limpar. Existem diferentes acabamentos: polido, fosco, amadeirado, entre outros. Cerâmica: a facilidade de limpeza e manutenção também são características bem importantes dos modelos cerâmicos, mas na hora de escolher o modelo certo para o seu ambiente é preciso verificar as diferentes categorias no mercado, considerando que 0 5 é o mais resistente. Ou seja, existem diferentes categorias. Pastilhas: este tipo de revestimento é clássico, mas ao mesmo que já é bem conhecido nos projetos de interiores, a variedade de acabamento, textura e aplicação torna a peça ainda mais valorizada. A indicação de aplicação em ambientes não segue uma regra, mas como são peças bem pequenas e valorizam os espaços menores, o mais comum é utilizar as pastilhas no na cozinha e na casa de banho. No chão, o ideal é evitar acabamentos muito lisos no chão, caso contrário isso pode causar acidentes. Madeira: é, sem dúvida, um material nobre e muito bonito. Para quem não dispensa o uso de um piso de madeira com tábuas corridas, o soalho é a opção perfeita. Este tipo de revestimento é feito com madeiras que são instaladas lado a lado. Taco e parquet: está dentro do setor das madeiras e pode ter um visual mais antigo. Contudo, bem cuidado, fica espetacular na decoração. Se está a pensar arrancar esse tipo de piso que é de madeira nobre, reconsidere, afinal com manutenção adequada e até mesmo uma nova camada de verniz pode valorizar e muito o visual das pequenas pecinhas de madeira que são instaladas no chão. No parquet, as peças de madeira são instaladas formando um desenho maior (geralmente geométrico), como se fosse um quadrado com um desenho que se repete lado a lado. Cortiça: para quem está disposto a um projeto sustentável, já pode incluir esse revestimento. De origem natural, as vantagens deste tipo de acabamento são isolamento térmico e acústico, resistência a fungos e bactérias, conforto e aconchego e durabilidade. No entanto, por ser um material maciço é preciso cuidado com móveis muito pesados sobre a superfície e até mesmo com animais de estimação que podem danificar o revestimento. Laminado: para quem gosta do acabamento em madeira, esta é uma versão mais barata, mas com muita beleza. O piso laminado é feito a partir de madeira aglomerada e por isso o custo sai mais em conta. A instalação é feita com as peças lado a lado, e com muita agilidade, o que torna o processo rápido. No entanto, a limpeza requer alguns cuidados, já que esse tipo de material não pode ser lavado, e o ideal é usar no máximo um pano húmido. Vinílico: este tipo de revestimento é feito a partir de PVC e pode ser uma opção para quem quer um modelo amadeirado. O acabamento assemelha-se muito ao laminado e a madeira, mas o material usado na fabricação torna-o uma opção sustentável. É uma boa solução graças à sua resistência e durabilidade. Cimento queimado: o acabamento com um toque de decoração industrial tem chamado atenção e torna-se cada vez mais utilizado para quem está em busca de um projeto inovador e com características atuais. O cimento queimado tem boa resistência quando feito da maneira correta, e isso torna-se um ponto favorável. Granito: a pedra natural é marcada pela alta resistência, o que valoriza a aplicação do piso até mesmo em cômodos de grande circulação, como a sala. Além de ser muito resistente, este tipo de revestimento também é conhecido pelos tipos e cores e facilidade na hora da limpeza. A aplicação pode ser feita em qualquer cômodo interno da casa, inclusive na casa de banho, já que o material tem baixa absorção de água e é resistente a manchas. Fonte: http://casaeconstrucao.org


opiniãopública: 30 de março de 2017 Referências anteriores: o primeiro passo é contactar vários profissionais e solicitar para ver trabalhos de clientes anteriores. Procure entrar em contacto com clientes para se inteirar de como correu todo o processo de construção. No que se refere a fornecedores, uma empresa séria e sólida, terá alguns fornecedores habituais onde consegue descontos que só um cliente habitual e regular conseguirá. Estude também a reputação dos fornecedores, pois é de lá que o material que vai constituir a sua casa virá. Alvará: verifique se a empresa tem alvará de atividade de construção.

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Como escolher o seu construtor

Documentação técnica: uma casa custa muito dinheiro e é importante que os empreiteiros que vão dar preço para construir a sua casa o façam artigo a artigo. Para isso é essencial que inclua no contrato com o projetista a elaboração de um mapa de quantidades devidamente detalhado. Não será um trabalho caro e compensará devidamente no que vai poupar durante o controlo da obra. Afinal, ao dar o preço artigo a artigo, empreiteiro está a estudar a obra e está conscientemente a dar preço para aqueles materiais, para aquelas soluções. Plano de trabalhos: é aconselhável que peça um plano de trabalhos, mesmo que seja um simplificado. Defina o prazo de execução da obra, e peça-lhes para em conjunto com o preço apresentarem um plano de trabalhos em que balizem a execução dos trabalhos mais representativos. Este aspeto permitirá que durante a execução da obra você controle devidamente o tempo de execução dos trabalhos, e saiba em cada momento se a obra está adiantada ou atrasada. Pagamentos: este é passo muito importante e que deve ser bem definido. Combine a forma como serão realizados os pagamentos em função do trabalho executado, ou seja, à medição. Definam um dia fixo por mês para a verificação do que foi feito e para o respetivo pagamento. Com o documento solicitado anteriormente é mais fácil controlar isso.

Tome nota: Não tenha problemas em ser criterioso e exigente, hoje em dia qualquer empresa competente não terá problemas em cumprir com aquilo que foi acordado. Aliás, um cliente satisfeito trará, no futuro, outros clientes. pub


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Mais casas vendidas, mas o mercado precisa de habitações novas

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No ano passado foram vendidas 127.106 casas em Portugal, segundo dados divulgados esta segunda-feira pela Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP). Um valor muito próximo do registado em 2010, quando se venderam 129.950 habitações. Em 2016 foram vendidas 127.106 casas, mais 18,5% que no ano anterior. Um número que fica muito próximo do registado em 2010, quando foram transacionadas 129.950 habitações. Os dados, divulgados, esta semana, pela APEMIP, indicam ainda que no só no último trimestre do ano passado, foram transacionados um total 34.339 alojamentos familiares, ou seja, mais 4 504 alojamentos do que em igual período do ano de 2015, o que corresponde a um aumento de 15,1%. Para o presidente da APEMIP, Luís Lima “estes números vão ao encontro das estimativas da Associação, divulgadas em janeiro deste ano, que apontavam para um aumento de transações de alojamentos familiares na ordem dos 20%”. O responsável recorda que desde há cinco anos, que a APEMIP tem levado a cabo uma monitorização do mercado de compra e venda, estimando a evolução das transações no mercado imobiliário, antes da divulgação dos seus números oficiais pelo Instituto Nacional de Estatística (INE): “temos acertado sempre nas nossas estimativas, apresentando uma margem de erro mínima, o que credibiliza o trabalho de acompanhamento e monitorização que a APEMIP tem feito neste domínio". Luís Lima acrescenta ainda que no início de 2016 a perspetiva de crescimento era superior àquela que agora se confirma, mas, infelizmente, no decorrer do ano deram-se algumas situações que provocaram retração e desconfiança junto dos investidores. O presidente da APEMIP recorda, por exemplo, a criação de um novo imposto sobre o património, o adicional ao IMI, e ao

problema de credibilidade no que concerne aos atrasos na concessão de vistos de residência, ao abrigo do programa de Vistos Gold, que assustou os investidores, nomeadamente os chineses, “que desconfiam da transparência e segurança deste mecanismo”. “Se não fossem estes dois casos, creio que o crescimento teria sido ainda maior”, afirmou. Para 2017, Luís Lima acredita que o crescimento imobiliário se fixe nos 30%, mas diz que é necessário voltar à construção mais imóveis, visto que já há procura para tal, “sobretudo nas grandes cidades onde o stock é cada vez mais diminuto e os preços atingem valores superiores ao que seria desejável”.

Fonte: expresso.sapo.pt

O charme da madeira A madeira é um material, por norma, muito apreciado na construção, que tem vindo a ganhar lugar de destaque na arquitetura e no design pelas suas caraterísticas únicas.  Produto natural: a madeira é um produto de origem natural e renovável, cujo processo produtivo em relação a outros produtos industrializados, exige baixo consumo energético e respeita a natureza.  Renovável: a madeira é utilizada como matéria-prima há milhares de anos. No entanto, este recurso continua disponível e a crescer em novos povoamentos florestais.  Excelente isolante: o isolamento é um aspecto importantíssimo para a redução da energia usada no aquecimento e climatização de edifícios.  Fácil de trabalhar: trata-se de uma matéria-prima muito versátil que pode ser usada de forma muito variada e que cumpre com determinadas especificações, de acordo com o tipo de aplicação pretendida. Permite ligações e emendas fáceis de executar.  Durabilidade: os arqueólogos ainda conseguem encontrara peças antigas em madeira, o que atesta a sua longevidade.  Versatilidade: pode ser produzida em peças com dimensões estruturais que podem ser rapidamente desdobradas em peças pequenas, de uma delicadeza excecional.  Reutilizável: capacidade de ser reutilizada várias vezes.

 Textura: no seu aspeto natural apresenta grande variedade de padrões.

 Vulnerabilidade: mesmo depois de transformada, a madeira é ainda um material muito sensível ao ambiente, aumentando ou diminuindo de dimensões com as variações de humidade. Por ser vulnerável aos agentes externos, é necessário que sejam tomadas medidas para prevenir, eventuais, problemas.  Como desvantagem, tem o facto de a madeira ser um material combustível. Além disso, as dimensões da madeira são limitadas.


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