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ESPECIAL

opiniãosport: 20 de abril de 2017

Rui Martins, presidente do AVC

“Fomos a equipa que mais fez para arrecadar o título” “É A, é V, é AVC”. O cântico do clube famalicense voltou a ser ecoado. A revalidação da conquista da Taça de Portugal, materializada com a vitória sobre o Leixões (3-1), serviu de mote para novos festejos dos adeptos. O duelo seguiu-se ao desaire do AVC frente ao mesmo adversário na semana anterior, no qual ficaram desfeitas as hipóteses de lutar novamente pelo título nacional. Um desfecho que teve influência positiva na preparação da final da Taça de Portugal. “Quando terminámos esse jogo sentimos que poderíamos ter ido mais longe no campeonato. Na Taça, a equipa respondeu de uma forma extremamente corajosa, obstinada e com resiliência. Criou-se um espírito de equipa muito forte, com algumas jogadoras a transcenderemse”, rejubilou o presidente Rui Martins. Num ano especial, visto que a Federação Portuguesa de Voleibol optou por entregar uma réplica da taça da primeira edição, o AVC conseguiu ultrapassar Porto Vólei e Leixões na caminhada triunfante. “Fomos a melhor equipa na competição e a que mais fez para arrecadar o título. Por isso, vencemos com todo o mérito”, destacou o líder diretivo sobre uma equipa que foi obrigada a superar-se continuamente: “tivemos uma temporada atribulada devido às lesões de jogadoraschave. Uma equipa como a nossa, com recursos limitados, não podia ter 14 ou 16 jogadoras para suprir esse problema”. A temporada ficou, inevitavelmente, marcada

pela alteração no comando técnico. Rogério de Paula substituiu o histórico Óscar Barros numa fase decisiva e teve a clarividência de manter o grupo focado nos objetivos. “O técnico tem todo o seu mérito, pois conseguiu perceber o contexto em que estava inserido. Uniu a equipa e deu-lhe querer e vontade, acabando a vitória por se dever ao esforço das jogadoras”, confessou Rui Martins, que reconheceu a vontade de continuar a contar com os serviços do treinador. Uma sinergia para manter, garante, “o AVC com a hegemonia do voleibol feminino nacional e uma referência ao nível da formação”.

Rogério de Paula, treinador do AVC

“As jogadoras tiverem de se superar” A vitória na Taça de Portugal foi mais um momento de glória na história do AVC Famalicão. No entanto, a mais recente conquista apresenta uma diferença em relação às anteriores: foi Rogério de Paula a eternizar o seu nome nesta vitória. Contratado com a difícil missão de substituir Óscar Barros – um dos fundadores e figura de proa da história do clube -, o luso-brasileiro fez-se valer da sua experiência para arrancar mais um troféu para o palmarés do clube. No entanto, no momento da vitória, prefere passar os holofotes da fama para as atletas. “As jogadoras transformaram muito bem a ansiedade de uma final na felicidade do momento de levantar a taça. Por isso, mereceram o título”, disparou acerca de um triunfo que ficou ainda mais abrilhantado pelo facto de ter sido frente a um adversário valioso: “foram quatro sets muito difíceis. A equipa do Leixões esteve bem organizada e as jogadoras tiveram de se superar e controlar, passo a passo, as indicações que tínhamos para esse jogo”. Na mente das jogadoras poderia pairar algum fantasma resultante do afastamento do título nacional aos pés do mesmo opositor na semana anterior. No entanto, a equipa soube contornar esse indesejado antecedente e festejar o primeiro êxito frente às matosinhenses na presente temporada.

“A preparação para esse jogo foi um pouco diferente. Uma final envolve muito controlo emocional e muita tática. As atletas conseguiram respeitar as ordens e a estratégia que tínhamos para esse jogo e acabamos por vencer”, frisou Rogério de Paula, que prefere, para já, não olhar para o futuro. “Acho muito cedo para falar disso. As coisas têm de ser feitas passo a passo e vamos pensar com calma no futuro”, garantiu. Inegável é mesmo o facto de a vitória na Taça de Portugal ter tido o dedo de Rogério de Paula. pub


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