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Rui Martins, presidente do AVC
“Fomos a equipa que mais fez para arrecadar o título” “É A, é V, é AVC”. O cântico do clube famalicense voltou a ser ecoado. A revalidação da conquista da Taça de Portugal, materializada com a vitória sobre o Leixões (3-1), serviu de mote para novos festejos dos adeptos. O duelo seguiu-se ao desaire do AVC frente ao mesmo adversário na semana anterior, no qual ficaram desfeitas as hipóteses de lutar novamente pelo título nacional. Um desfecho que teve influência positiva na preparação da final da Taça de Portugal. “Quando terminámos esse jogo sentimos que poderíamos ter ido mais longe no campeonato. Na Taça, a equipa respondeu de uma forma extremamente corajosa, obstinada e com resiliência. Criou-se um espírito de equipa muito forte, com algumas jogadoras a transcenderemse”, rejubilou o presidente Rui Martins. Num ano especial, visto que a Federação Portuguesa de Voleibol optou por entregar uma réplica da taça da primeira edição, o AVC conseguiu ultrapassar Porto Vólei e Leixões na caminhada triunfante. “Fomos a melhor equipa na competição e a que mais fez para arrecadar o título. Por isso, vencemos com todo o mérito”, destacou o líder diretivo sobre uma equipa que foi obrigada a superar-se continuamente: “tivemos uma temporada atribulada devido às lesões de jogadoraschave. Uma equipa como a nossa, com recursos limitados, não podia ter 14 ou 16 jogadoras para suprir esse problema”. A temporada ficou, inevitavelmente, marcada
pela alteração no comando técnico. Rogério de Paula substituiu o histórico Óscar Barros numa fase decisiva e teve a clarividência de manter o grupo focado nos objetivos. “O técnico tem todo o seu mérito, pois conseguiu perceber o contexto em que estava inserido. Uniu a equipa e deu-lhe querer e vontade, acabando a vitória por se dever ao esforço das jogadoras”, confessou Rui Martins, que reconheceu a vontade de continuar a contar com os serviços do treinador. Uma sinergia para manter, garante, “o AVC com a hegemonia do voleibol feminino nacional e uma referência ao nível da formação”.
Rogério de Paula, treinador do AVC
“As jogadoras tiverem de se superar” A vitória na Taça de Portugal foi mais um momento de glória na história do AVC Famalicão. No entanto, a mais recente conquista apresenta uma diferença em relação às anteriores: foi Rogério de Paula a eternizar o seu nome nesta vitória. Contratado com a difícil missão de substituir Óscar Barros – um dos fundadores e figura de proa da história do clube -, o luso-brasileiro fez-se valer da sua experiência para arrancar mais um troféu para o palmarés do clube. No entanto, no momento da vitória, prefere passar os holofotes da fama para as atletas. “As jogadoras transformaram muito bem a ansiedade de uma final na felicidade do momento de levantar a taça. Por isso, mereceram o título”, disparou acerca de um triunfo que ficou ainda mais abrilhantado pelo facto de ter sido frente a um adversário valioso: “foram quatro sets muito difíceis. A equipa do Leixões esteve bem organizada e as jogadoras tiveram de se superar e controlar, passo a passo, as indicações que tínhamos para esse jogo”. Na mente das jogadoras poderia pairar algum fantasma resultante do afastamento do título nacional aos pés do mesmo opositor na semana anterior. No entanto, a equipa soube contornar esse indesejado antecedente e festejar o primeiro êxito frente às matosinhenses na presente temporada.
“A preparação para esse jogo foi um pouco diferente. Uma final envolve muito controlo emocional e muita tática. As atletas conseguiram respeitar as ordens e a estratégia que tínhamos para esse jogo e acabamos por vencer”, frisou Rogério de Paula, que prefere, para já, não olhar para o futuro. “Acho muito cedo para falar disso. As coisas têm de ser feitas passo a passo e vamos pensar com calma no futuro”, garantiu. Inegável é mesmo o facto de a vitória na Taça de Portugal ter tido o dedo de Rogério de Paula. pub
FAMALICÃO VÓLEI AVC
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Paulo Figueiredo, presidente do Ribeirão FC
Mário Jorge, treinador do Ribeirão FC
“O objetivo foi claramente cumprido” Os números não deixam margem para dúvidas. O Ribeirão Futebol Clube (FC) foi a melhor equipa da 1ª Divisão – Série C da AF Braga e a subida concretizou-se quando ainda faltavam disputar quatro rondas do campeonato. Ainda a sair praticamente do berço – clube foi formado em 2015 – e com o claro propósito de revigorar o futebol na vila, o Ribeirão FC ganhou um importante elã com este êxito. “O objetivo foi claramente cumprido. Nunca quisemos assumir a subida como prioridade, visto tratar-se de um clube muito jovem, mas trabalhámos para oferecer as condições para os atletas e equipa técnica lutarem por isso”, confessou Paulo Figueiredo. O líder diretivo rejubila pelo facto de ter sido criada “uma verdadeira família”, na qual o técnico Mário Jorge assumiu um papel fulcral. “A aposta deveu-se à intenção de ter um treinador experiente, que ajudasse uma direção nova e que não estava muito envolvida no futebol. Foi a pessoa certa e fez parte de uma grande estrutura que tudo fez para que a subida se concretizasse”, enfatizou. O clube nunca se livrou do rótulo de principal candidato à promoção e isso obrigou a um trabalho redobrado: “era o clube grande em termos de nome. Era uma motivação extra defrontar-nos, ainda por cima estando em primeiro lugar, e algumas equipas surpreenderam-me pela postura que adotaram contra nós”, reconheceu. O Ribeirão FC está a dar passos firmes para reconquistar a fama que outrora o clube
da terra granjeou. Ao sucesso no futebol sénior seguiu-se o êxito na formação e no futebol feminino. Sem certezas quanto ao futuro, tendo em conta que a atual direção irá cessar funções num futuro próximo, Paulo Figueiredo deixa, porém, um aviso: “espero que apareça alguém com mais disponibilidade e imbuído da orientação que estamos a dar ao clube. Se assim não for, não deixarei cair o clube nas mãos de alguém em quem não confie”. Nessa perspetiva, o ainda presidente apela a que todos os ribeirenses se envolvam na dinâmica do clube, pois, afirma, nestes dois anos, ficou com a certeza de que “as pessoas de Ribeirão gostam de futebol”. pub
“Tivemos de ser uma equipa muito forte” Se a temporada 2016/17 foi inesquecível para o Ribeirão FC, não terá sido menos marcante para Mário Jorge. Após vários anos afastado do desporto-rei, o timoneiro voltou a sentir o prazer de orientar uma equipa e logo com motivos de sobra para festejar. O regresso foi em grande e o nome do técnico já ficou eternizado na história do clube, visto ser o responsável pela primeira promoção deste jovem emblema. “Este era o principal objetivo. Teria de ser conseguido de uma forma segura e a subida a quatro jornadas do final foi um prémio merecido”, salientou, rejeitando, porém, um eventual passeio ribeirense que a classificação possa fazer supor: “jogamos em muitos pelados e ultrapassámos essas dificuldades. Além disso, a série é extremamente complicada, com equipas muito aguerridas e com alguma qualidade”. O clube ribeirense nunca se livrou do rótulo de favorito face à constituição do plantel. Ainda assim, Mário Jorge adverte que a subida era uma meta comum a outras equipas. “Não fomos os únicos a construir um plantel com o intuito de subir. Ter um plantel forte não significava que iríamos ganhar todos os jogos. Por isso, tivemos de ser uma equipa muito forte, em que mesmos os atletas menos utilizados foram muito importantes”, vincou. O Estádio do Passal voltou a celebrar vitórias e o técnico admitiu que “os adeptos também carregaram a equipa” e desenvolveram um importante papel para os jogadores
perceberem “aquilo que é jogar no Ribeirão FC”. Enquanto se mantêm dúvidas quanto à continuidade da atual direção, Mário Jorge abre o coração em relação ao futuro: “sintome bem em Ribeirão. Disse que estaria sempre disponível enquanto me quisessem no clube. Dessa forma, aguardo serenamente a continuidade da direção, esperando que se mantenha pois é constituída por pessoas de bem”. Sem certezas quanto ao futuro, o treinador agarra-se à experiência para manifestar o desejo de que o clube estabilize e prossiga o percurso de reafirmação da vila de Ribeirão no panorama futebolístico. pub
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