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Textos: Sofia Abreu Silva

DE GERAÇÃO EM GERAÇÃO

Uma empresa é, na maioria das vezes, uma história de família. São muitas as empresas que reúnem muitos familiares que nela trabalham, assumindo diferentes funções. Neste Especial “Empresas com História”, fomos às empresas para saber mais sobre a sua vida e contarmos o caminho realizado ao longo dos anos, a sua visão e os objetivos delineados para o futuro. Percebemos, desde logo, que o percurso destas empresas acaba por se cruzar, indelevelmente, com uma história de família. Na realidade, grande parte das empresas nasceu no seio de uma família e ainda hoje mantém essa matriz, apesar do seu crescimento. Um percurso de uma empresa é, evidentemente, marcado por várias vicissitudes, por vitórias, mas também por contrariedades, como a crise económico-financeira vivida nos últimos anos. Muitas empresas começaram num pequeno espaço e hoje contam com dimensões mais generosas e vários colaboradores. Depois de as conheceremos, percebemos que todas têm comum um património histórico e uma cultura de respeito pelo trabalho, acreditando que só com esforço e seriedade se consegue fazer crescer uma marca. Se os últimos anos têm sido mais positivos, a sombra da crise ainda paira na vida das famílias e das empresas. Todos esperam por um futuro mais tranquilo, porque sem uma economia saudável, o país não se fortalece. Os empresários sabem muito bem que as arduidades obrigam à descoberta de novas soluções pragmáticas e eficientes. À falta de fórmulas mágicas que ensinem as empresas a alcançarem o sucesso imediato, resta analisar o mercado, trabalhar, inovar, investir, diversificar, e, acima de tudo, personalizar para satisfazer cada cliente. pub


II

opiniãopública: 11 de maio de 2017

ESPECIAL

Empresa surgiu em 1988 em Calendário

Outeicar: uma empresa de confiança no ramo automóvel » Numa área altamente competitiva e que passou por diversas dificuldades, tendo em conta a crise económico-financeira, a Outeicar soube sempre olhar as necessidades do mercado e adaptou-se... A Outeicar está no ramo automóvel desde 1988 em Calendário. No ramo de compra e venda de automóveis novos e usados, a empresa foi fundada por José Silva, com a ajuda e continuidade da esposa e dos filhos. A empresa surgiu pelo desafio e pela paixão do mundo automóvel. Com um negócio direcionado para empresas e particulares, a Outeicar vende, sobretudo, para o território nacional,embora tenha já na carteira alguns clientes fora do país. No entender dos responsáveis da Outeicar, a evolução mais significativa no seu negócio foi mesmo a internet. Com esta ferramenta acessível hoje a todos, a empresa conseguiu expandir o negócio local para nacional, aumentando, com efeito, o número

de vendas e o número de clientes de forma significativa. Numa área altamente competitiva e que passou por diversas dificuldades, tendo em conta a crise económico-financeira, a Outeicar soube sempre olhar as necessidades do mercado e adaptou-se, apresentando aos seus clientes uma múltipla oferta de veículos de diferentes valores. “Sabemos que um automóvel não é um bem qualquer, é, hoje em dia, algo necessário para todas as famílias e nós procuramos ajudar nessa procura, oferecendo uma solução ajustada a cada caso”. Para a empresa Outeicar, um dos princípios fundamentais é, justamente, a atualização para acompanhar a inovação. “Honestidade e transparência com os nossos clientes tem sido o lema

do nosso negócio desde o início”, apontam os responsáveis. Com uma postura de seriedade, a empresa Outeicar tem, desta forma, ao longo dos anos, elevado o número de clientes. “Somos uma pequena empresa, mas com bastante experiência e com o objetivo de, a cada dia, irmos implementando o nosso nome no ramo”, consideram. Para o futuro, a empresa quer continuar a manter-se no mercado, preservando os mesmos valores de confiança, impulsionando o aumento de vendas e solidificando o seu lugar no mercado. “É extremamente importante para nós mantermos os nossos clientes, que acabam por ser o nosso maior valor, porque é através deles que outros acabam por nos vir procurar”. pub

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opiniãopública: 11 de maio de 2017

ESPECIAL

III

Empresa distribuidora de bebidas surgiu há 38 anos em Famalicão

Costas & Oliveira quer crescer até 15% em 2017 » Como no primeiro dia em que começou a trabalhar, a empresa Costas & Oliveira continua a querer ser a melhor das melhores. Ao comemorar os 38 anos de atividade, empresa famalicense Costas & Oliveira é líder nas bebidas na região Norte e uma referência a nível nacional. Em maio de 1979, em Famalicão vivia-se o tempo de pós revolução e três amigos iniciaram-se numa aventura de vender bebidas, adquirindo uma empresa local. Hoje, a façanha desses três jovens traduz-se numa empresa com mais de 65 pessoas. São 24 comerciais, uma equipa de distribuição de 32 colaboradores e 8 no backoffice, além de 40 viaturas, que circulam, diariamente, para satisfazer as necessidades dos clientes nas áreas de Famalicão, Trofa, Santo Tirso, Guimarães, Vizela, Braga, Vila do Conde, Póvoa Varzim, Apúlia, Ofir, Esposende, Viana Castelo, Vila Praia de Âncora, Caminha, Valença, Barcelos e Ponte Lima. Hoje, a Costas & Oliveira é distribuidora exclusiva da Unicer em 3 concelhos, bem como distribuidora de grandes empresas nacionais: Sogrape, Primedrinks, Diageo, Bacardi-Martini, Pernood-Ricard, Active Brands, Meiral, Viborel, Lactogal entre muitas outras. Contas feitas, a empresa apresenta mais de 800 marcas de vinhos num portfólio de 2500 bebidas. Como no primeiro dia em que começou a trabalhar, a empresa Costas & Oliveira continua a querer ser a melhor das melhores. “Não procuramos ser bons, procuramos sempre ser os melhores", afirma José Costa, um dos gerentes, revelando que, ao longo destas quase quatro décadas, houve “momentos de glória, mas também de dificuldades, que foram enfrentados de frente, sem nunca virar a cara a luta". O sucesso da empresa está alicerçado na dedicação diária, no sentido de honrar o legado deixado e tendo como foco o cliente. “O difícil não é fazermos aquilo que gostamos, mas sim gostarmos daquilo que fazemos. Esta é a realidade na nossa empresa”, refere. Numa perspetiva de progressão no mercado, os últimos 14 anos da Costas & Oliveira foram marcados por aquisições de outras empresas do ramo, bem como pela ampliação de instalações, o que acarretou um enorme investimento, “um passo nem sempre é fácil, dada a conjuntura económico-financeira”. Fruto do trabalho contínuo e dedicação, a empresa chegou ao final de 2016 com um crescimento em vendas de 12%, perspetivando para 2017 um aumento na ordem dos 15%, prevendo faturar 15 milhões de euros. Em aberto e para o futuro fica a possibilidade de novas aquisições, se isso se revelar vantajoso para a empresa, bem como o alargamento das instalações ou mesmo a compra de um novo espaço no ou fora do concelho de Famalicão.

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IV

opiniãopública: 11 de maio de 2017

ESPECIAL pub

Empresa familiar nasceu em 1959 em Famalicão

Bom Gosto: a confeitaria que todos conhecem » Além do bem-fazer da Bom Gosto ser reconhecido pelos seus inúmeros clientes, a Confeitaria foi também distinguida, recentemente, pela Câmara de Famalicão com a Medalha de Mérito Municipal Económico. O nome Bom Gosto é incontornável em Famalicão. Todos sabem onde fica esta confeitaria, de matriz familiar, que ainda hoje é local de encontro e de convívio, mantendo a traça dos anos 50. Estávamos no ano de 1959 quando surgiu a Confeitaria Bom Gosto, bem localizada na Rua Vasconcelos e Castro, em frente à antiga central de camionagem. O sucesso foi quase imediato. Rapidamente se tornou conhecida, não só em Famalicão como noutras vilas e cidades. A empresa foi crescendo e a sua popularidade também. Em 1970, a Bom Gosto abriu a filial no Campo Mouzinho de Albuquerque, onde está até hoje. Os irmãos Alberto e Augusto Sá, sempre dinâmicos e inovadores, foram pioneiros no conceito de pão quente ao domingo, dado que no Estado Novo era proibido cozer pão nesse dia da semana. Alberto decidiu que a aposta devia ser nos croissants, enquanto Augusto apontava para os famosos panados e refeições económicas. Entretanto os filhos do Alberto entraram para a empresa, um para junto do pai na fábrica e outro para junto do tio Augusto na cozinha. Os anos foram passando e a Confeitaria Bom Gosto foi somando mais fama pelos seus produtos e as mesas estavam sempre cheias de clientes. Já em 2002, o filho de Augusto Sá decide que é tempo de trabalhar no negócio da família, dado que o seu pai precisava de descansar, devido aos exigentes dias

de trabalho. De pai para filho, os segredos e conhecimentos foram sendo transmitidos sem muitas dificuldades. Como tudo na vida, ao longo destas décadas, a Confeitaria Bom Gosto teve altos e baixos. Quando a doença de Augusto Sá foi mais exigente, o filho dedicou-lhe a sua atenção até ao seu falecimento. Depois, o filho voltou, novamente, ao negócio da família, que hoje ainda está em crescimento e até precisa de contratar um ajudante de pasteleiro ou padeiro. Hoje, como passado, a aposta continua a ser nos doces, nos salgados e nas refeições rápidas. Já a estratégia continua a ser a mesma, dando preferência aos produtos mais puros e naturais, evitando químicos. Também as receitas antigas continuam a ser seguidas à risca, pois no Bom Gosto ainda se faz pão com farinha e bolos com ovos, procurando não defraudar as expetativas dos clientes que chegam de todo o lado, até do estrangeiro. Além do bem-fazer da Bom Gosto ser reconhecido pelos seus inúmeros clientes, a Confeitaria foi também distinguida, recentemente, pela Câmara de Famalicão com a Medalha de Mérito Municipal Económico. Para o futuro, a Bom Gosto vai manterse na família e continuar a trabalhar para colocar na mesa dos sues clientes sabor, qualidade e muita simpatia. Afinal, mais de 50 anos depois, é aos clientes que esta Confeitaria deve a sua história.


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ESPECIAL

V

Surgiu em 1981 e hoje continua nas mãos da mesma família

Restaurante Dragão: há 36 anos a servir à mesa com muito gosto » O sucesso do restaurante funciona como tónico para a equipa de trabalho que assim “se revigora para melhorar o seu empenho em busca da satisfação do cliente, sem o qual a nossa existência não faria sentido”... Quando se fala em Restaurante Dragão, ninguém fica indiferente. São muitos os que conhecem este espaço famalicense que surgiu em 1981 e que hoje continua nas mãos da mesma família. Após vários anos a trabalhar numa das mais afamadas casas de Famalicão (o extinto Pica-Pau), Mário Matos, o fundador do Restaurante Dragão, decidiu apostar na criação do seu próprio negócio, enverando pelos snacks. Ao longo destes anos, o percurso do Restaurante Dragão ficou marcado, à semelhança de outras empresas, por momentos positivos e outros menos bons. “Desde o primeiro dia que abrimos as portas, procuramos satisfazer, cada vez melhor, os nossos clientes”, afirmam Cidália Matos e Nuno Faria, os atuais responsáveis do Dragão, filha e genro, respetivamente, de Mário

Matos. Depois de dezenas de anos no mesmo local, o ano de 2015 ficou marcado pela mudança de instalações do Dragão para junto do Intermarché de Calendário. Um novo local mais amplo, com espaços multifuncionais, onde os clientes podem desfrutar da sua refeição num local aprazível e sem dificuldade de estacionamento. “Foi uma mudança a pensar nos nossos clientes, para lhes conferir mais comodidade”, explicam, revelando que o novo espaço permitiu que o restaurante esteja a crescer. Neste ano de 2017, o Restaurante Dragão completa 36 anos e é, na verdade, “com satisfação”, que recebe a terceira geração dos seus primeiros clientes, que continuam a desfrutar das “francesinhas e cachorros com a mesma qualidade e sabor”. Mas o Dragão não é só fran-

cesinhas. Além dos habituais snacks, há outras especialidades da gastronomia portuguesa que fazem parte de uma ementa variada. Hoje, a equipa do Dragão é composta por 8 funcionários, entre cozinheiras e empregados de mesa, que tudo fazem para colocar à mesa dos seus clientes qualidade e sabor, juntando a isso os ingredientes da simpatia e conforto. O sucesso do restaurante, de acordo com os atuais responsáveis, funciona como tónico para a equipa de trabalho que assim “se revigora para melhorar o seu empenho em busca da satisfação do cliente, sem o qual a nossa existência não faria sentido”. Com 36 anos “muito positivos”, o futuro passa por apostar num crescimento sustentado, no sentido de continuar a “fidelizar mais clientes”. pub


VI

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ESPECIAL

Uma referência na promoção de um estilo de vida saudável

Termas das Caldas da Saúde: 170 anos de história » Nas Termas das Caldas da Saúde convivem clientes de 3 e 4 gerações da mesma família, que combinam programas de tratamentos compatíveis com as exigências da vida moderna. A procura de águas com poderes terapêuticos faz-se desde que o Homem disso teve consciência, pelo que é comum encontrar-se vestígios arqueológicos de épocas muito antigas nas proximidades das nascentes termais. Isso também aconteceu nas Caldas da Saúde. Contudo, as primeiras referências escritas são apenas do século X. As primeiras construções de que há registos escritos são da década de 40 do século XIX, mas o primeiro balneário, verdadeiramente digno desse nome, foi construído em 1891, que ficou integrado no interior de uma grande ampliação de 1905. A configuração atual reflecte uma profunda remodelação já nos finais do século XX, em que se preservam apontamentos seculares de várias épocas, paredes meias com a modernidade que era preciso dar a um espaço que carece de conforto para os seus utilizadores. Estamos pois a falar de uma história recente com mais de 170 anos. Entretanto, na envolvente, cresceu e prosperou até aos anos 30 do século passado um conjunto de infraestruturas conexas com a actividade termal, cujo maior expoente era o hotel de 100 quar-

tos rodeado por frondosos jardins e bucólico bosque adjacente. À data, as vilas de Santo Tirso e Famalicão eram também “Vilas Termais” e havia um projecto de ligar por via-férrea as estações de comboios das duas vilas com uma estratégica passagem pela frente das Termas das Caldas da Saúde. Perdeu-se esse e outros projetos aqui e em vários outros lugares. Só recentemente a generalidade das termas em Portugal voltou a fazer investimentos de vulto. O objetivo de prestar um serviço de qualidade implicou, para além das obras, um modelo de funcionamento que foi inovador no setor em Portugal e que se traduziu num horário alargado, uma época de abertura que se estende a 12 meses no ano e uma equipa de profissionais bem formados que se dedica em exclusividade aos seus clientes e a quem quer dar sempre o seu melhor. Nesta altura, assiste-se de novo à procura de espaços que valorizam os produtos naturais e a água mineral natural em particular, não só para fins terapêuticos, mas também pelos reconhecidos efeitos preventivos. Os espaços termais concorrem para a promoção de estilos de vida saudáveis,

plenos de actividade e convívio para quem assiste ao percurso de uma vida longa sem chegar a velho. Os espaços termais estão novamente na moda. São três as indicações terapêuticas para as quais a água mineral natural das Caldas da Saúde é particularmente indicada: doenças das vias respiratórias, problemas músculo-esqueléticos e doenças da pele. Para além disso há um vasto leque de serviços complementares na área da manutenção física, com aulas de grupo e personalizadas (hidroginástica em piscina termal, pilates, alongamentos) e serviços de bem-estar e lazer para quem deseje passar apenas umas horas na nossa companhia. Nas Termas das Caldas da Saúde convivem clientes de 3 e 4 gerações da mesma família, que combinam programas de tratamentos compatíveis com as exigências da vida moderna. A água mineral natural e a equipa Saúde de colaboradores das Termas Caldas fazem “muito pela saúde e querem continuar a merecer a escolha de quem já os conhece, estando sempre disponível para acolher novas gerações de termalistas”. pub


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ESPECIAL

VII

Surgiu em 1976 fruto da ousadia dos seus sócios fundadores

Salão Orly: uma referência na cidade » A assinalar 41 anos “com orgulho e satisfação”, os profissionais deste espaço agradecem aos clientes a preferência e amizade ao longo destas quatro décadas deixando a garantia de que continuarão a primar pela “excelência”. Aires Silva e Gabriel Lima, dois jovens que deram início a um percurso de sucesso e prestígio. Foi, justamente, com estes dois empreendedores que António Silva aprendeu a arte de fazer a barba e cortar cabelo até ao dia em ele acabaria por assumir a gerência deste espaço emblemático de Famalicão. Hoje, o Salão Orly, cabeleireiro de homens, apresenta uma equipa jovem e irreverente, que aposta na personalização e inovação. Aliás, os profissionais deste espaço trabalham com diversas marcas masculinas de referência, nomeadamente a Americam Crew, recebendo frequentemente formação nacional e internacionalmente de novas técnicas e tendências. “A inovaNo dia 1 de abril de 1976, em meira vez, de um espaço que reiro de homens. Nascia, assim, ção é constante nesta área e é pleno centro da cidade de Fama- viria a tornar-se numa referência o Salão Orly, fruto da ousadia necessário estar sempre na linha licão, abriam as portas, pela pri- na área de barbearia e cabelei- dos seus sócios fundadores, da frente. Ainda esta semana es-

tivemos em formação na Bélgica, no Stylemasters 2017”, refere António Silva. O Salão Orly nasceu como uma empresa familiar e assim mantém a sua filosofia. Aliás, são muitos os clientes que desde o primeiro dia ali vão, somandose agora os seus descendentes, alguns de quarta geração. “Os nossos maiores prémios são mesmo os nossos clientes, que têm vindo a ser cada vez mais”, afirma o empresário, revelando que as barbas e as barbearias estão na moda e, por isso, o crescimento tem sido “notável”. A assinalar 41 anos “com orgulho e satisfação”, os profissionais deste espaço agradecem aos clientes a preferência e amizade ao longo destas quatro décadas, deixando a garantia de que continuarão a primar pela “excelência”. pub


VIII ESPECIAL

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