Vila Nova de Famalicão é cidade há 32 anos. Em entrevista ao Opinião Especial, o presidente da Câmara de Famalicão, Paulo Cunha, faz o balanço do crescimento da cidade, antecipando os grandes projetos que estão previstos para os próximos anos. Com o Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano, o edil acredita que a cidade de Famalicão vai ser outra, mais rejuvenescida, mais amiga do ambiente, das pessoas e do comércio de proximidade.
cão já não será a mesma. Teremos uma cidade rejuvenescida, mais amiga do ambiente, das pessoas e do comércio de proximidade. Quais as principais intervenções que estão pensadas e previstas? Para a cidade de Famalicão estão asseguradas e programadas, ao abrigo do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano, a construção de uma Rede Urbana Pedonal e Clicável Intraurbana, a criação de uma ecopista no antigo canal ferroviário para a Póvoa de Varzim, a reabilitação e modernização do Mercado Municipal e a reabilitação do espaço público, das habitações e equipamentos do Bairro da Cal.
Sofia Abreu Silva Vila Nova de Famalicão celebra o 32º aniversário de elevação a cidade. Esta é uma cidade que oferece qualidade de vida? Cada vez mais! O nosso concelho é indiscutivelmente um bom concelho para viver. O território está cada vez melhor infraestruturado ao nível ambiental, cultural, educativo, desportivo e da mobilidade, e isso é sinónimo de qualidade de vida. A existência de um tecido económico e empresarial único é também um fator de diferenciação positiva, possibilitando índices de empregabilidade no concelho superiores ao país. Através do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU), que será desenvolvido até 2020, com um financiamento comunitário de 17,5 milhões de euros, podemos esperar uma mudança significativa na cidade de Famalicão? Depois da aplicação deste investimento, que deverá estar concretizado na sua plenitude até ao final de 2019, a cidade de Famali-
Quando arrancarão as obras no Mercado Municipal e quando estarão concluídas? Previsivelmente o concurso público será lançado ainda este ano, pelo que a obra deverá ter início na primeira metade de 2018 com um prazo de execução à volta dos 12 meses.
Paulo Cunha, presidente da Câmara de Famalicão
“Até ao final de 2019, a cidade de Famalicão já não será a mesma”
O que podem os famalicenses esperar deste espaço? O novo Mercado de Famalicão será uma praça da cidade aberta ao comércio de proximidade, à dimensão social e aos serviços educativos. Será um espaço-âncora para a revitalização do centro urbano e para a modernização da atividade comercial circundante. Não tenho dúvidas que será um espaço de referência na cidade, que será frequentado regularmente pelos famalicenses e inclusivamente por muitas pessoas de fora do concelho »»»»» continua pub
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»»»»» continuação Famalicão tem conseguido cativar alguns espaços que têm marcado a diferença. Como vê o surgimento destes negócios, alguns deles criados por jovens empreendedores? Com muita alegria. O comércio de rua é absolutamente decisivo para a atratividade de uma cidade, que será tanto mais forte quanto maior o seu grau de qualidade e de diferenciação. Felizmente, temos assistido à abertura de projetos com essas características, muitos deles fazendo parte da Geração Made IN. São projetos que acarinhamos, e muitos deles acompanhamos e impulsionamos, porque reconhecemos a sua decisiva importância para a imagem da cidade. Acredita na vinda de outros investimentos no futuro para Famalicão? Sei que isso vai acontecer. Somos reconhecidamente um concelho com ADN empresarial e industrial forte. Temos cada vez mais reforçada a imagem de um município com recursos humanos qualificados e capazes, com um território bem infraestruturado e bem situado à escala europeia e com instituições públicas comprometidas com o território. Os novos investimentos que têm surgido são e serão reflexo natural de todo este potencial e credibilidade.
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À semelhança do que acontece com outras cidades do país, também se tem notado uma preocupação com a reabilitação? A criação em tempo oportuno da Área de Reabilitação Urbana da cidade de Famalicão, e também de Riba de Ave, reflete precisamente que essa é uma prioridade estratégica para nós e que queremos aproveitar ao máximo os fundos nacionais e europeus disponíveis para a área. Foi assim que conseguimos aprovar o Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU) para Vila Nova de Famalicão garantindo um financiamento de 17,5 milhões de euros, que supera em mais do dobro o apoio conseguido para a reabilitação urbana durante o anterior quadro de apoio de fundos comunitários, o QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional). Famalicão é uma cidade pequena. De que forma é que podemos colocar esta cidade a ser, cada vez, mais visitada? Estamos a trabalhar no sentido de potenciar turisticamente o concelho e de o tornar cada vez mais apelativo aos turistas. A criação do Roteiro Literário Camiliano Famalicão – Porto, a instalação de um núcleo da Associação Espaço Jacobeus no nosso concelho, para a promoção e sinalização dos Caminhos de Santiago e a candidatura que estamos a desenvolver no âmbito da CIM do Ave para a integração da nosso concelho na Rota do Românico são exemplos de ações que estamos a trabalhar para que a nossa cidade e o nosso concelho sejam cada vez mais procurados pelos turistas. Por outro lado, a nossa intensa, e cada vez mais forte, dinâmica social, cultural e desportiva cumprem também esse objetivo.
“Estamos a trabalhar no sentido de potenciar turisticamente o concelho e de o tornar cada vez mais apelativo aos turistas”. A Loja do Cidadão Famalicão é um assunto que deu muito que falar nestes últimos meses. Em que fase estamos e quais os passos que a autarquia tomou para que este espaço seja uma realidade? Como é do conhecimento público existe um protocolo assinado desde 2015 entre o município e o Governo, através da Agência para a Modernização Administrativa, para a instalação deste serviço público no concelho. A Câmara cumpriu com as suas obrigações ao nível do arrendamento do espaço e da elaboração do projeto. Aguardamos que a Administração Central avance para a sua execução e já existe a indicação de que tal deverá acontecer em 2018/2019. Como o assunto é urgente, dada a falta de condições de serviços do Estado para o bom atendimento das cidadãos, a Câmara disponibilizou-se recentemente junto do Governo para avançar desde já com a empreitada, desde que o Governo se comprometa a ressaciar-nos do investimento até ao final de 2019, conforme tinha previsto. Qual a importância do Dia da Cidade que se assinala no próximo domingo, dia 9 de julho? É um momento de exaltação da nossa identidade e força coletiva. O reconhecimento que fazemos aos cidadãos e instituições que tiveram um papel importante no desenvolvimento e na credibilidade da imagem da nossa terra procura atingir esse objetivo maior de reforçar os nossos laços comunitários, o nosso sentimento de pertença a esta comunidade e o nosso compromisso cívico que devemos ter para com ela. Qual a mensagem para os famalicenses neste 32.º aniversário da cidade de Famalicão? Dizer-lhes que tem sido muito gratificante perceber que, na sua generalidade, os famalicenses são cidadãos orgulhosos, comprometidos, e disponíveis para com o desenvolvimento de Famalicão. O nosso município reflete uma imagem positiva para o exterior, uma imagem de credibilidade, de iniciativa e de dinâmica. O meu desafio é para que mantenhamos, e se possível reforcemos, esta nossa união que faz a nossa força e que fará o nosso futuro.
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Personalidades e instituições distinguidas no Dia da Cidade Está marcada para o próximo domingo, dia 9 de julho, a partir das 18 horas, na Casa das Artes, a cerimónia solene do 32º aniversário da elevação de Famalicão a cidade. Refira-se que os Galardões Municipais têm servido para traduzir o reconhecimento do município e da comunidade famalicense em geral para com os cidadãos e as instituições que se notabilizaram, de forma especialmente meritória, por atos e serviços relevantes em prol da prossecução do bem comum e do progresso do concelho. No total serão entregues 30 medalhas, entre personalidades e instituições. Medalha de Mérito Municipal Económico Este ano, esta medalha será entregue, a título póstumo, a Abílio da Costa Moreira. Na década de 1920, Abílio Moreira deu início à sua atividade de empresário de transportes, um dos primeiros a nível nacional. Em 1927, foram-lhe atribuídos as concessões de transportes rodoviários Famalicão - Braga e Famalicão Guimarães, tornando-se um dos principais empresários do setor a nível regional e inclusive nacional. Também António Braz Costa irá receber este galardão. Engenheiro de formação, foi docente na Universidade do Minho. Em 1999, assumiu as funções de diretor-geral do CITEVE, cargo que mantém até hoje. Entre 2005 e 2009, foi Administrador do IAPMEI. Desde 2012, é admi-
nistrador executivo do CeNTI. Já António Vila Nova iniciou em 1987 a sua atividade empresarial e foi administrador do Grupo Salsa/Irmãos Vila Nova até 2008. Depois, tornou-se até hoje o presidente do Grupo VNC/Vila Nova Carneiro, um dos principais grupos de indústria têxtil e de vestuário. Medalha de Mérito Municipal Desportivo O professor Bruno Renato da Silva Gomes já foi duas vezes campeão nacional de badminton como jogador. Como treinador do Famalicense Atlético Clube, alcançou 56 títulos nacionais. Ainda no desporto, receberá a medalha Manuel Gouveia Ferreira. Advogado de profissão, desde 2008 que é presidente do Famalicense Atlético Clube, valorizando o seu estatuto de utilidade pública e o seu papel na democratização do desporto a nível local e regional, através da dinamização da prática desportiva de cerca de 600 atletas, num conjunto de 13 modalidades. Já Manuel Isidro Campos Cunha tem desempenhado diversas funções de mestre e de treinador no âmbito da Associação de Artes Marciais de Famalicão, da Associação Portuguesa de Alex Ryu Jitsu e da Federação Portuguesa de Alex Ryu Jitsu. O padre Marco Paulo da Costa Alves Gil, ordenado sacerdote em 2003, é atleta de futsal. Esteve
desde o início na seleção de sacerdotes que representa Portugal nos campeonatos europeus que se realizam desde 2006. Em 2009, foi um dos principais organizadores do campeonato realizado em Portugal. Foi campeão europeu em 2012, 2015, 2016 e 2017. Nuno Miguel Fernandes Teixeira é formador da Federação Portuguesa de Voleibol na área de arbitragem. É árbitro federado desde 2000; árbitro nacional desde 2005 e internacional desde 2012. Também a Associação Cultural e Desportiva Além Rio, criada em 1992, irá ser distinguida, pela promoção da prática desportiva a nível local, através da construção de um campo de jogos, do fomento de modalidades como o BTT, o ciclismo e o atletismo. Criada em 1992, a Adespo tem
desenvolvido um papel dinâmico no fomento da prática desportiva, nomeadamente na construção e valorização do campo de jogos e na promoção das modalidades de futebol e de ténis. Por último, fundada em 1992, a Associação Desportiva e Recreativa de Mogege tem desenvolvido uma intensa atividade no desenvolvimento desportivo da comunidade, nomeadamente na promoção do futsal. Medalha de Mérito Municipal Cultural Eduardo Rêgo ingressou na Rádio Renascença em 1978, tendo posteriormente colaborado com a RTP e a SIC. Foi distinguido pelo Município de Mainz, na Alemanha, pela difusão da cultura portuguesa. Nos últimos 30 anos tem-se dedicado à
sensibilização ambiental, sendo o responsável pela versão portuguesa de centenas de documentários sobre a natureza. É considerado com uma das melhores vozes da comunicação social a nível nacional. Também Graça Miranda será reconhecida. Lecionou na Escola Profissional do Vale do Ave – ARTAVE e Centro de Cultura Musical. Atualmente leciona Piano no Conservatório de Braga, onde exerceu o cargo de coordenadora de 2010 a 2017. Dirige o Grupo Coral de Ribeirão. É diretora artística do Grupo de câmara Cappella Bracarensis desde 2008, com numerosos concertos a nível nacional e internacional. No capítulo da cultura, destaque ainda para Hélder Ferreira, que na década de 1990, participou em estágios de orquestra a nível nacional e internacional, tendo colaborado no Conservatoire National de la Région de Nantes. Formou o grupo musical Os Eruditos. Em 2003, um grave problema de saúde deixou-o tetraplégico. Dotado de grande perseverança, dedicou-se à escrita, tendo alcançado uma significativa projeção. Helena Romão, docente do ensino secundário, lançou o primeiro projeto do Programa europeu PETRA, apoiado pelo município: o Centro de Informação e Orientação – CIOR, do qual foi a coordenadora. Em 1991, foi promovida a fundação da Escola Profissional CIOR, da qual passou a ser diretora até 1996. Dedicou-se às artes plásticas, tendo pub
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diversas exposições individuais e coletivas. Em 2016, criou a Galeria Matriz Arte. José Manuel Lages, docente no Externato Infante D. Henrique/Alfacoop, no qual exerceu cargos de direção administrativa e pedagógica. É ainda coordenador científico do Museu da Guerra Colonial. Ainda na Cultura, Manuel Sanches Fernandes destacou-se pela fundação e dinamização do Grupo de Danças e Cantares dos trabalhadores da Roederstein e do Grupo Folclórico de São Miguel-o-Anjo, entre outros. Finalmente, também o Movimento Eu Sou Matriz, da Paróquia de Santo Adrião, será homenageado. Criado em setembro de 2014, nasceu com o objetivo de envolver toda a comunidade no projeto de requalificação da Igreja Matriz Antiga. Medalha de Mérito Municipal de Benemerência António Meireles, arquiteto de profissão, tem desenvolvido uma forte intervenção cívica e associativa. É ainda deputado da Assembleia Municipal desde 2002. É, hoje, presidente da Direção da ATPV – Tudo pela Vida, Associação Cívica e da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários Famalicenses e do Círculo de Cultura Famalicense. Agraciado será igualmente o padre Carlos Cadeias, ordenado em 1967, que tem desempenhado responsabilidades pastorais, como pároco das comunidades de Oliveira Santa Maria e Bente. Ordenado sacerdote em 1957, o Cónego Manuel Oliveira assumiu, em 1973, a direção do Secretariado Arquidiocesano da Catequese. Foi membro do Conselho Presbiteral e do respetivo conselho permanente, e secretário do Dr. Eurico Dias Nogueira, Arcebispo Primaz de Braga. Atualmente, é reitor da Igreja e do Lar de Santa Cruz e gerente da livraria Diário do Minho. Também Manuel Costa Santos, licenciado em Teologia pela Universidade Gregoriana, foi
docente no Seminário Conciliar de Braga e na Universidade Católica Portuguesa. Atualmente, entre outras funções, é assistente do Departamento Arquidiocesano para a Cultura, Diálogo Ecuménico e Inter-religioso e da Comissão Arquidiocesana Justiça e Paz. Medalha de Mérito Municipal Autárquico Engenheiro de profissão, António Sousa tem exercido responsabilidades diretivas em diversas instituições da sociedade civil, nomeadamente em associações de pais, no Centro Social de Pousada de Saramagos, no Corpo Nacional de Escutas, na Associação Recreativa Pousadense (ARPO) e na Associação de Ténis de Mesa de Pousada de Saramagos. Em 2005, foi eleito presidente da Junta de Freguesia de Pousada de Saramagos. Empresário nas áreas dos produtos florestais e dos transportes, Avelino Reis tem tido um papel interventivo na sociedade civil, nomeadamente nos Bombeiros Voluntários de Famalicão e na Associação Nacional de Transportes Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM), entre outras instituições. Em 2005, foi eleito presidente da Junta de Freguesia de Fradelos. Manuel Silva, empresário de profissão, tem tido uma participação ativa na comunidade, exercendo responsabilidades diretivas na FNA - Fraternidade de Nuno Alvares, no Corpo Nacional de Escutas e no Centro Popular e Recreativo de Delães. Em 2005, foi eleito presidente da Junta de Freguesia de Delães. Já Manuel Martins, supervisor de profissão, tem tido uma participação ativa na comunidade local. Em 2002, assumiu as funções de Tesoureiro da Junta de Freguesia de Lousado. Em 2005, foi eleito presidente da Junta de Freguesia de Lousado. Por último, engenheiro projetista de profissão Jorge Fernandes esteve ligado a diversos movimentos da comunidade paroquial desde a sua juventude. Foi eleito em 2005 presidente da Junta de Freguesia de Brufe.
Medalha de Honra atribuída a Amândio Carvalho e Domingues Azevedo A Medalha de Honra do Município foi instituída com a finalidade de distinguir pessoas singulares ou coletivas que tenham prestado serviços especialmente relevantes para o progresso do nosso concelho. Este ano, os nomes escolhidos são os de Amândio Carvalho e Domingues Azevedo, que faleceram em 2016. Amândio Carvalho nasceu em 2 de fevereiro de 1933. Como empresário proeminente do sector da construção civil e obras públicas, teve um papel particularmente valioso no desenvolvimento económico local e regional. Participou ativamente na vida política local, como presidente da Junta de Freguesia de Cavalões, Deputado da Assembleia Municipal; candidato a presidente da Câmara Municipal nas eleições autárquicas de 1993; entre outras participações. Participou ativamente na vida associativa, como membro dos órgãos sociais da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários Famalicenses e da Fundação Cupertino de Miranda. Além disso, foi membro dos órgãos sociais de diversas instituições: Liga dos Bombeiros Portugueses, Lions Clube de Famalicão, Santa Casa da Misericórdia de Famalicão, LIPAC, Liga dos Amigos do Hospital de Famalicão, Associação Industrial do Minho, Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras
Públicas, Associação Protetora dos Animais, Associação Amigos de Famalicão, Grupo Desportivo de Cavalões; Frutivinhos - Cooperativa Agrícola de Famalicão e Centro Rodoviário Português. Faleceu em 28 de abril de 2016. Outro dos nomes que será recordado é o de António Domingues de Azevedo, que nasceu a 7 de abril de 1950. A nível autárquico, foi presidente da Assembleia de Freguesia de Fradelos e deputado da Assembleia Municipal, na qual tinha assento desde 1976. Foi deputado da Assembleia da República entre 1983 e 1993. Exerceu diversos cargos dirigentes no Partido Socialista. Foi vice-presidente e presidente da Comissão Instaladora da Associação dos Técnicos Oficiais de Contas, desempenhando ainda o cargo de Presidente da Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas, de 1999 a 2009. Em 2009, tornou-se Bastonário da Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas, cuja denominação foi alterada em 2015 para Ordem dos Contabilistas Certificados. Presidiu em 2015 e 2016 ao CILEA, organização que representa os contabilistas de diversos países da Europa e da América Latina. Em 2011, foi agraciado pelo município com a Medalha de Mérito Municipal Autárquico. Em 2011, foi distinguido com o título de especialista honoris causa pelo Instituto Politécnico de Lisboa. Faleceu a 11 de setembro de 2016.
O programa prolonga-se até 11 de julho com música, arraiais e muito mais
Festas de S. Bento começam hoje em Santo Tirso Consideradas umas das maiores romarias da zona norte, as Festas de S. Bento levam, todos os anos, milhares de pessoas a Santo Tirso. As Festas de São Bento arrancam hoje, quinta-feira, dia 6 de julho e prolongam-se até 11 de julho, com um programa recheado de música, arraiais e muito divertimento. 4Mens, D.A.M.A., Mia Rose, Ecos da Cave, The Stranglers, Gisela João e quatro dias de “Há Baile no Largo” são algumas das atrações que prometem agitar a cidade tirsense de forma única. As “Festas de São Bento” prometem estender-se por toda a cidade, com um programa destinado a toda a família. Uma das novidades deste ano é o espetáculo de vídeo mapping que irá decorrer no dia 9 de julho, a partir das 22 horas, na fachada do Mosteiro de S. Bento. As festividades arrancam esta quinta-feira, dia 6 de julho, pelas 19 horas, com a inauguração do “Arraial dos Carvalhais” animado pelo “Ritmo CAID”, Inês Coutinho e Ventos Melódicos. Pelas 21h30, acontece a tradicional arruada de bombos do concelho, pelas ruas da cidade. A Praça 25 de Abril volta a ser palco de grandes concertos. Na sexta-feira, dia 7, pelas 22 horas, Sylvia e o grupo 4 Mens convidam àquela que é a noite mais popular
“No More Heroes”: The Stranglers. Ainda no dia 10, cumpre-se a tradição da sessão de fogo do ar e cachoeira, junto à ponte sobre o rio Ave, pela meia noite. No dia 11, feriado municipal, Gisela João protagoniza uma mágica Noite de Fado, na Quinta de Fora.
das festas. Já no dia 8, sábado, é a vez de Mia Rose e D.A.M.A subirem ao palco. Os concertos serão seguidos pelo tradicional espetáculo pirotécnico lançado do edifício dos Paços do Concelho que, à semelhança dos anos anteriores, promete surpresas. No domingo, dia 9, não há concertos na Praça 25 de Abril, mas há um grandioso espetáculo de Vídeo Mapping (conjugação de imagem 3D, vídeo e música) projetado na pa-
rede do Mosteiro de S. Bento, no Largo Abade Pedrosa. O espetáculo ocorrerá três vezes: às 22, 23 e 24 horas. Na segunda-feira, dia 10 de julho, chega uma das atuações mais esperadas pela população. Os Ecos da Cave atuam na Praça 25 de Abril, juntando-se pela primeira vez ao fim de duas décadas para recordar os sucessos dos anos 80 e 90. Serão seguidos pelo grupo inglês, bem conhecido pelos singles “Always the Sun”, “Golden Brown” e
Há Baile no Largo Nos primeiros quatro dias de romaria, 7, 8, 9 e 10, a festa prolongase noite dentro, e vai até ao Largo Coronel Batista Coelho. A inicitiva Há Baile no Largo Grande atração dos últimos anos para população e visitantes, a iniciativa consegue a proeza de juntar várias gerações, e promete madrugadas em festa, com muita música, DJ’s e a colaboração dos bares do concelho. DJ D’Machine (DJ Oficial Anselmo Ralf) e Dj Tonny; Meninos do Rio Djs e Dj Tonny; Dj Tonny Bianchi e Pedrinho K; Los bravos e Dj Vitor Oliveira são os nomes que compõe o cartaz deste ano do Há Baile no Largo. Uma das novidades desta edição é o Teatro Bus, um autocarro com paragem marcada na Praça General Humberto Delgado, que pretende cativar e tornar a “praça do teatro” num local de passagem obrigatória e imprescindível dos que se deslocarem às Festas de São Bento 2017.
Durante todo o programa de romaria, o convívio também se faz no Arraial da Praça dos Carvalhais, onde diferentes associações do concelho se juntam para promover o melhor dos comes e bebes da região. Ao arraial também não falta a música, com folclore, dança e tunas, atividades protagonizadas por diferentes associações do Município. Outra das grandes atrações é a “Praça Colorida”, situada na Praça Conde de São Bento, que com diferentes materiais e uma temática surpresa prima pela sua genialidade. Santo Tirso, cujo nome tem sido transportado além-fronteiras pelo reconhecimento arquitetónico do Museu Internacional de Escultura Contemporânea, aposta no turismo como chave-mestra para a sua promoção. Para além do programa oficial, durante todos os dias terão ainda lugar várias atividades paralelas. Para os amantes do desporto, o “São Bento a Mexer” integra uma Caminhada de São Bento, uma Milha Urbana, um Rally Paper, um Concurso de Pesca e ainda um Campeonato de Columbofilia. No âmbito cultural, destaque para a iniciativa iniciativa “+ S. Bento” convida a visitar uma Exposição de Colecionismo sobre S.Bento e ainda uma Feira de Colecionismo e Antiguidades. pub
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Tiago Araújo é o vereador da Cultura do município de Santo Tirso e também o presidente da Comissão de Festas de S. Bento, que se iniciam esta quinta-feira e que prometem ser as maiores de sempre. Em entrevista ao OPINIAO ESPECIAL, Tiago Araújo fala da edição deste ano, que contempla vários artistas e múltiplas atividades, que pretendem chamar, uma vez mais, à cidade tirsense milhares de pessoas. Este ano, destaque para o cariz internacional das festividades, com a presença da banda The Stranglers.
fado e nessa noite temos um concerto de Gisela João, na Quinta de Fora, para chamarmos também os jovens. Temos um programa forte com nomes sonantes. Em termos de comércio e restauração há também retorno? Santo Tirso está na moda e isso verifica-se pelo facto de nos últimos tempos estarem a aparecer vários restaurantes novos, aumentando significativamente a oferta. Na verdade, Santo Tirso é procurado na parte da restauração, mas também pelos bares, que é um complemento. Do que fomos observando e falando, mesmo tendo 400 lugares na nossa feirinha de comes e bebes, os restaurantes da cidade estiveram cheios, porque há muita gente do concelho que vem cá jantar. Há um forte impacto na economia local e o próprio comércio também sente a força das diferentes iniciativas que a Câmara Municipal vai organizando na cultura, no desporto e no turismo ao longo do ano.
Sofia Abreu Silva As Festas de S. Bento arrancam esta quinta-feira. Quais são as expetativas para 2017? As festas irão bater recordes em termos de visitantes, porque o programa é bastante extenso. São as maiores festas de que há memória, nomeadamente este ano com seis dias de muita animação. O objetivo foi exatamente esse, prolongar o calendário das festas, que se inicia hoje e prolonga-se até ao dia 11 de julho, terça-feira, feriado municipal. Temos um cartaz de luxo com vários artistas conhecidos, o que faz destas Festas de S. Bento as maiores de sempre. E qual foi a razão que levou a um programa com mais dias de festa? Queríamos que as festividades não ficassem só concentradas no fim de semana e véspera de feriado. Fazia mais sentido haver uma continuidade de atividades e manter várias iniciativas ao longo dos dias.
Tiago Araújo, presidente da Comissão de Festas de S. Bento
“Serão as maiores festas de S. Bento de sempre”
criámos um segundo palco em que os artistas locais de Santo Tirso também participam nas festividades. É uma forma de promover os artistas e as bandas jovens do concelho e de Estas festas de S. Bento contam os dar a conhecer ao público. também o contributo da sociedade? As festas têm crescido, não só en- Este tem de ser um programa eclévolvendo os artistas de renome na- tico para chegar a vários públicos… cional, mas os locais. Começámos Uma das maiores preocupações da com a iniciativa Há Baile no Largo, Câmara Municipal e da Comissão com a animação noturna no Largo de Festas é que o programa das fesCoronel Baptista Coelho. Temos tas tenha a maior abrangência postambém a Praça Colorida, na Praça sível. Claro que a dinâmica delas de S. Bento, em que fizemos um ta- prende-se por trazer a juventude, pete colorido dedicado a S. Bento até porque há outras festas que com 7 toneladas de serrim, com a concorrem com a nossa na mesma ajuda de centenas de voluntários. ocasião. Precisávamos de dar esse No ano passado, houve, de facto, salto e dêmo-lo nos últimos quatro um maior envolvimento, em que anos, quando apostámos na juvencriámos o Arraial dos Carvalhais, en- tude, nomeadamente com o “Há volvendo as associações locais, ao Baile no Largo”, que acontece todos nível da restauração. Por outro lado, os dias até às quatro da manhã com
Dj’s e onde temos famílias e jovens até essa hora a confraternizar. Também, ao termos criado um espaço para as associações, estamos a dar oportunidade às entidades locais. Todas as festas são pensadas para agradar a todos os públicos e o programa espelha justamente isso, com noites diversificadas. Este ano, há também uma marca internacional, na segunda-feira à noite temos o concerto dos The Stranglers… Este ano, temos um patamar internacional, mas nessa mesma noite temos o desejado regresso dos Ecos da Cave. Era uma banda local de Santo Tirso, que esteve no patamar dos GNR e Xutos e Pontapés. Eles pararam de tocar há muitos anos e agora, quando se assinalam 30 anos desde que apareceram,
conseguimos fazer um concerto único nas festas de S. Bento. Para os mais velhos, que viveram a sua juventude na década de 80, será um recordar desse tempo. Nós encerramos todas as noites da iniciativa “Há Baile no Largo” com duas músicas, “Santo Tirso é Lindo” e o tema “Desejo” dos Ecos da Cave e há pessoas que não sabem que esta música é desta banda tirsense. Depois teremos os dinossauros da música britânica, os The Stranglers, um concerto que acreditamos que contará com público de todo o país, porque não é frequente a presença deles em Portugal. Eles vêm em exclusivo a Santo Tirso. Foi uma aposta nossa, dar uma dimensão internacional às festas de S. Bento, porque as festividades começam a crescer e precisam de outra visibilidade. Fechamos na terça-feira com
Disse que Santo Tirso está na moda, porquê? Temos vários exemplos, como a “Quinta-feira a Fundo”, em que temos os apreciadores de motas a virem a Santo Tirso, com uma concentração de cerca de 300 motas estacionadas num evento de puro lazer. Este é um bom exemplo de um pequeno acontecimento regular que atrai a Santo Tirso centenas de motards só para virem tomar um copo ou um café. Também à sexta e ao sábado, no passado, os jovens de Santo Tirso tinham necessidade de irem para outras cidades vizinhas, hoje são os outros que vêm até aqui e nota-se um aumento do número de jovens de fora. Com as festas de S. Bento isso também começou a acontecer e há cada vez mais pessoas de fora a visitar-nos. Depois ao longo do ano, há outros eventos, como o Mercado Nazareno ou o Natal na Praça, que atraem milhares de pessoas. A cada ano que passa, as Festas de S. Bento vão-se tornando mais fortes….até onde podem ir estas festas? As Festas de S. Bento ainda têm muito por onde crescer ainda, parece que as ideias já estão esgotadas, mas não. Temos um exemplo este ano, com uma nova iniciativa, pub
opiniãopública: 6 de julho de 2017 que é o Teatro Bus, que consiste numa parceria com uma companhia de teatro de Santo Tirso. Iremos ter três peças de teatro, em que as pessoas entram dentro de um autocarro para poderem assistir. Já sabemos que quantos mais dias, mas artistas são necessários e este ano temos um concerto de âmbito internacional, para que se dê outro cariz às festas. Apesar de um programa com muitas atividades, a componente religiosa assume uma importância considerável? O 11 de julho é importantíssimo, porque neste dia de S. Bento Santo Tirso recebe milhares de peregrinos. Essa parte religiosa das festas é muito interessante, porque às 5 horas da manhã, temos os peregrinos à espera da primeira missa das 6 horas. Quem fizer a Estrada Nacional 115, em direção a Guimarães, percebe que há milhares de pessoas que vêm até cá em peregrinação. A Câmara Municipal e as Juntas de Freguesia articulam vários pontos de apoio ao peregrino, com a ajuda dos bombeiros, que cuidam das pessoas que vêm descalças… porque a devoção a S. Bento é mesmo muito forte. Essa peregrinação é marcante, com milhares e milhares de romeiros. Estamos a falar de cinco missas, com capacidade para 3 mil pessoas. Neste caso, a questão da segurança é algo que nos preocupa e temos a GNR e os bombeiros que vão alertando os peregrinos que se deslocam em grupo para que sejam cuidadosos.
O 11 de julho é importantíssimo, porque neste dia de S. Bento Santo Tirso recebe milhares de peregrinos. Essa parte religiosa das festas é muito interessante, porque às 5 horas da manhã, temos os peregrinos à espera da primeira missa. programa paralelo ao programa principal? Além deste programa enorme das Festas de S. Bento, temos uma série de iniciativas paralelas à programação geral das festas, como uma feira de colecionismo, há um sunset, e uma milha urbana. Nós chamamos-lhe o S. Bento a Mexer, em que há realmente um grande envolvimento da população.
Qual foi a reacção das pessoas ao cartaz? De uma forma geral, as pessoas sentiram-se agradadas pelo cartaz das festas, pela preocupação que tivemos em conjugar várias áreas, apresentar vários artistas, indo ao encontro dos vários segmentos da população. Este ano, iremos ter também como novidade o desfile de cerca de 100 associações do concelho com mais de dois mil participantes inscritos, numa iniciativa Como é habitual, há sempre um marcada para domingo, que vai per-
mitir mostrar a força do associativismo no concelho. Temos, de facto, associações muito diferentes umas das outras e algumas únicas. Pessoalmente, o que é que mais gosta nas Festas de S. Bento? Há algo que eu nunca perco nas festas, mesmo antes de ser vereador e agora também não, que é o fogo de artifício. Santo Tirso sempre marcou pelo fogo de artifício junto ao rio Ave ainda no tempo em que o fogo era lançado de barcos...era pequenino e lembro-me desse momento em véspera de feriado, dia 10 de julho. É um momento marcante para várias gerações, porque é lançado no rio e pode ser apreciado em vários pontos da cidade. A verdade é que nestes últimos três anos, temos, além do fogo lançado no rio, o espetáculo piromusical, que acontece na sexta-feira à noite, junto do edifício da Câmara Municipal, que é algo espetacular. Este ano, teremos uma banda filarmónica, com cerca de 60 elementos, que irá tocar e, de certa forma, imprimir o ritmo da projeção do fogo. Estamos todos expectantes e esta é uma noite que muitas pessoas já não dispensam e ficam à espera desse fogo à meia-noite. Uma mensagem final… Santo Tirso tem o hábito de saber receber bem e tenho a certeza que quem vier às Festa de S. Bento este ano, ficará surpreendido pelo enorme trabalho que está a ser desenvolvido para que as pessoas se possam divertir em segurança. E essa é mais-valia destas festividades de Santo Tirso.
ESPECIAL
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Praia Urbana está a nascer junto ao rio Ave
Já está no terreno construção da primeira praia urbana de Santo Tirso. Numa área de 10 mil metros quadrados, junto ao passadiço do rio Ave, este novo equipamento promete ser o sucesso deste verão. A praia urbana terá entrada gratuita, dispondo de espaços com guardasóis, serviço de bar e pulverizadores de água. Previsto está também a organização de diversas atividades, desde sessões de ginástica ao ar livre, concertos e festas temáticas. A criação desta praia urbana insere-se na estratégia da Câmara de Santo Tirso de aproximação da população ao rio. A proposta foi apresentada por quatro jovens do concelho – André Paiva, Paulo Ribeiro, Rafael Rocha e Tiago Gonçalves –, no âmbito do Orçamento Participativo Jovem de 2016, tendo sido o projeto vencedor. “O nosso objetivo com esta proposta foi promover a ocupação dos tempos livres dos jovens, através da disponibilização de um equipamento de referência no concelho, mas também recuperar a tradição do envolvimento da população com o rio”, explicou Rafael Rocha. Numa visita à obra, o presidente da Câmara de Santo Tirso, Joaquim Couto, enfatizou que se trata de uma praia urbana e não uma praia fluvial. “Existem diferenças. Neste caso, não é possível utilizar o rio para banhos. Em alternativa, existem pulverizadores e chuveiros que ajudam a refrescar”, explicou. Por outro lado, o autarca revelou que a construção da Praia Urbana de Santo Tirso teve em conta as cheias do leito do rio nos meses de inverno. Desta forma, chegados ao verão, os trabalhos de manutenção da praia urbana envolvem apenas a limpeza e a manutenção do relvado, tal como já acontece todos os anos. pub
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opiniãopública: 6 de julho de 2017