Famalicão Made IN: desenvolvimento económico é o objetivo
O Famalicão Made IN alcançou em setembro do ano passado uma menção honrosa nos Prémios Europeus de Promoção Empresarial, na categoria Desenvolvimento do Ambiente Empresarial, iniciativa da Comissão Europeia que visa distinguir as melhores práticas de promoção do empreendedorismo na Europa. Ainda no ano passado, Famalicão foi considerado o Município do Ano 2016 da Região Norte graças ao Famalicão Made IN, num prémio atribuído pela Universidade do Minho.
NÚMEROS
A iniciativa Famalicão Made IN é uma das apostas da Câmara Municipal de Famalicão para promover o desenvolvimento económico do concelho. Baseada na promoção de um contexto municipal facilitador da iniciativa empresarial, esta iniciativa procura valorizar e promover a genética empreendedora do município, captar novos investimentos e auxiliar os empresários famalicenses a promoverem e desenvolverem os seus projetos empresariais. O arranque de Famalicão Made IN, assinalado em novembro de 2013, foi acompanhado pelo lançamento de uma campanha de valorização e afirmação territorial, direcionada para a exploração do potencial económico do concelho. A ação, à qual está associada a assinatura ‘Um Concelho com Marca’, pretende, segundo a autarquia, fortalecer a ligação de Famalicão a um bom município para viver e investir, procurando intensificar a atratividade do município na captação de novos investimentos nacionais e estrangeiros e também estimular o empreendedorismo empresarial já existente. No sentido de promover o desenvolvimento económico do concelho, a concretizar pelo Gabinete de Apoio ao Empreendedor, designado Espaço Famalicão Made IN, a iniciativa Famalicão Made IN definiu três grandes eixos de intervenção: Famalicão Made INcubar, Famalicão Made INvestir e Famalicão Made INcentivar. Articulados entre si, desdobram-se em programas e ações que corporizam a estratégia da iniciativa Famalicão Made IN para um concelho que, apesar de ser o terceiro município mais exportador do país e a segunda maior economia do Minho, pretende potenciar o empreendedorismo e a exportação.
Sabia que… o Famalicão Made IN já foi premiado?
• 911 processos abertos • 87 empresas criadas (têxtil e vestuário: 12; serviços: 10; informática e multimédia: 9; indústria alimentar: 8; saúde e bem-estar: 7; comércio e afins: 7; restauração e bebidas: 6; mobiliário: 3; agricultura: 2; turismo: 1) • 1.128 postos de trabalho criados • 113,7 milhões de euros investidos • 92 empresas no Roteiro Made IN • 24 startups incubadas (acumulado) nos dois pólos • 35 mentores • 68 ideias em acompanhamento • 365 empresas em acompanhamento • 530 alunos em programas de educação para o empreendedorismo (ano letivo 2016/2017) • 53% de jovens no ensino profissional (ano letivo 2016/2017) • 41 parceiros institucionais (entre outubro de 2014 e junho de 2017)
Gabinete de Apoio ao Empreendedor O Gabinete de Apoio ao Empreendedor do município de Famalicão, designado Espaço Famalicão Made IN, é um serviço público de atendimento ao cidadão, particularmente o empreendedor, e tem como principais objetivos atrair investimento para o concelho, apoiar os empresários e estimular o empreendedorismo. O Espaço Famalicão Made IN está situado na Rua Camilo Castelo Branco, junto ao edifício da Câmara Municipal. pub
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ESPECIAL
opiniãopública: 3 de agosto de 2017
ENTREVISTA Augusto Lima, coordenador do Famalicão Made IN
“Famalicão é um verdadeiro ecossistema para o empreendedorismo e para a inovação” Três anos após o arranque do Famalicão Made IN, Augusto Lima, coordenador da iniciativa, faz um balanço positivo, considerando que o tecido empresarial famalicense está hoje mais aberto à inovação e a novos desafios. Em entrevista ao OPINIÃO ESPECIAL, o responsável entende que se conseguiu criar uma oportunidade que aproximou as empresas às instituições de ensino, à ciência e à investigação. Augusto Lima afirma que quase todos os projetos empresariais cresceram em produtividade, empregabilidade e ao nível da expansão do mercado.
Sofia Abreu Silva O Famalicão Made IN surgiu há três anos, em 2014. Qual o balanço desta iniciativa? São os números que melhor traduzem um balanço de sucesso do Famalicão Made IN. No total, entre outubro de 2014 e junho de 2017, ao abrigo deste projeto, a Câmara Municipal ajudou a criar 87 novas empresas e foram gerados 1.128 postos de trabalho, captando 113,7 milhões de euros de investimento, e temos 365 empresas em acompanhamento. Foram abertos cerca de 900 processos, seja para criar uma empresa ou negócio, para atrair investimento ou para promover determinado projeto. Por outro lado, o tecido empresarial famalicense está hoje mais aberto a novas ideias, à inovação, a novos desafios e oportunidades, mais colaborativo e próximo. Conseguimos criar um ecossistema que permitiu aproximar as instituições ligadas ao ensino, à ciência e à investigação e as empresas. Este networking institucional é um dos aspetos mais diferenciadores do Made IN. E isso é mérito do presidente da Câmara, que teve a sensibilidade de perceber que a afirmação, valorização e desenvolvimento de um território se faz com harmonia e proximidade entre pessoas, instituições e empresas. Nestes três anos o concelho conseguiu cativar um investimento global de 113,7 milhões de euros. Este valor resulta, concretamente, de quê? A maioria resulta de expansão de negócios, mas uma parte significativa já diz respeito a novas empresas no concelho. Gostaria de sublinhar que o Famalicão Made IN não nasceu apenas para apoiar novas empresas, mas também para ajudar empresas famalicenses a crescer, até porque Famalicão já tem um excelente tecido empresarial e industrial e é nossa intenção que essas empresas continuem a prosperar, nacional e internacionalmente. Este valor de investimento corresponde às expetativas previstas para este programa Famalicão Made IN? Superou as melhores expetativas. Basta lembrar que em 2013, início do projeto, o país estava em plena crise económica
“concelho Somos um com uma vincada identidade empresarial, mas a nossa força está no presente e no futuro.
e financeira, pelo que todas as estimati- Quais são as áreas de negócios em que as novas empresas apostam? vas eram pessimistas. Num concelho que vive dos seus têxteis, A incubadora é uma das vertentes deste da transformação de carnes e da metaloprojeto. Qual a importância deste eixo do mecânica, a aposta continua a ser no reMade IN? Há muitas ideias no concelho forço da nossa competência industrial. que merecem ser ajudadas? Mas esse caminho faz-se agora lado a Não tenho dúvidas em afirmar que Fama- lado com tecnologia e inovação. A digitalicão é um verdadeiro ecossistema para lização dos processos industriais e a o empreendedorismo e para a inovação. criação de fábricas inteligentes são uma A aceleração de novas ideias de negócio oportunidade. com valor acrescentado é garantida nos dois polos da incubadora Famalicão Famalicão é um concelho altamente inMade IN. O primeiro, inaugurado em dustrial. É essa a matriz que se pretende 2015, na empresa Riopele; o segundo, manter e até fortalecer? criado no Edifício Globus, em Vilarinho Somos um concelho com uma vincada das Cambas, em 2016. Nestes dois anos identidade empresarial, mas a nossa já tivemos 24 startups instaladas nos força está no presente e no futuro. E é aí dois polos, o que é revelador da utili- que as startups poderão entrar de uma dade e necessidade de infraestruturas forma mais avassaladora na nossa indúsdeste tipo. Ao mesmo tempo, este nú- tria. Quando digo que queremos projetos mero revela que ideias e projetos não fal- de valor acrescentado para a indústria é precisamente isto. Startups que tragam tam. soluções para a indústria para fazer face Há muitas empresas que já saíram das a estes novos desafios da digitalização. incubadoras e hoje estão noutros locais E há casos de empresas que estão a 400 a funcionar de uma forma autónoma? quilómetros de Famalicão, em Lisboa, Sim. Atualmente, estão 15 empresas nos mas que pretendem ter um polo em Fapolos de incubação, ou seja, 9 já saíram malicão, porque querem estar onde e estão a funcionar noutros locais de estão os seus clientes. maior dimensão. No entanto, continuamos a acompanhá-las em função das Como descreve os empreendedores que chegam ao Gabinete de Apoio ao Emsuas necessidades. preendedor do Famalicão Made IN? Há Há, com certeza, outras ideias em es- um perfil que possa ser apontado? tudo… São, na sua maioria, jovens e licenciaSim, estão 68 ideias em acompanhamento dos, com boas ideias de negócio e ainda já numa fase avançada do processo, pelo sem empresa constituída. É na equipa que, em breve, surgirão novas empresas, técnica do gabinete que encontram o mais empresas Geração Made IN. contributo conhecedor necessário para
opiniãopública: 3 de agosto de 2017 irem mais além. As novas empresas criadas com o apoio do Famalicão Made IN, e foram 65 nestes últimos três anos, a que corresponde um investimento de 666 mil euros, são lideradas por novos empresários entusiasmados e com fibra, que reforçam o ADN empreendedor do concelho. O concelho tem captado investimento, mas em contrapartida também apresenta incentivos para que as empresas se possam instalar em Famalicão. De que tipo vantagens podem usufruir as empresas junto do Gabinete e da própria Câmara Municipal? A maioria das empresas que nos aborda não está à espera de uma benesse fiscal. Está à espera de abertura, de disponibilidade, de entreajuda. O certo é que as ativas políticas municipais de estímulo à iniciativa privada têm dado a Famalicão um lugar de relevo na atração de investimento. Para ter uma ideia, desde 2015, e até ao momento, a Câmara Municipal já anunciou como de interesse municipal quatro dezenas de novos investimentos superiores a 130 milhões de euros, que representam a criação mil e cem postos de trabalho. Esses novos investimentos empresariais são contemplados com incentivos fiscais ao abrigo do Regulamento de Projetos de Investimento de Interesse Municipal. Esse conjunto de benefícios tem conseguido cativar empresas de capitais estrangeiros? Há empresas a considerar a sua ex-
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O Made IN tem ações concretas orientadas para o empreendedor, como a rede de mentores, workshops, o que também ajuda a que o negócio e as ideias ganhem corpo. O Elevador é o programa de aceleração de startups na lógica da uma interligação estreita, permanente e construtiva que temos vindo a estabelecer. Portanto, é de extrema importância o contacto que promovemos entre empresas maduras e startups. A rede de mentores que criámos é composta por 35 empresários que orientam empreendedores com ideias de negócio. Esta estratégia de convocação dos empresários Famalicão é o terceiro concelho mais foi decisiva para este compromisso exportador do país. A ambição de de desenvolvimento do concelho. muitas empresas é, justamente, a aposta no mercado internacional. Até onde quer e pode ir o Famalicão De que forma o Made IN tem auxi- Made IN? liado ou pode auxiliar as empresas Acertámos no ponto de partida. O a dar esse passo? projeto tem evoluído e vai continuar A proximidade aos agentes do terri- a evoluir. Se em 2013 nascemos tório é uma das bases do trabalho num contexto que era muito local, desenvolvido pelo Famalicão Made de fazer face às necessidades de IN, porque sabemos que o trabalho emprego, hoje, estando isso mais em rede é muito mais profícuo do estabilizado e as empresas mais vique quando feito de forma isolada. radas para outros desafios, precisaAo mesmo tempo, não descuramos mos de ter cada vez mais projetos o reforço da competitividade e a pro- que venham trazer mais-valias e comoção da vocação exportadora das nhecimento, tecnologia e inovação, empresas, ajudando-as a participar para que as empresas possam conem projetos internacionais. É raro o tinuar a dar cartas no futuro. Vamos projeto empresarial que não cresceu promover a excelência. Assim se vai nos últimos três anos, do ponto de trilhando a história de um concelho vista da produtividade, da emprega- com gente empreendedora, dinâbilidade e ao nível da expansão do mica e com vocação para arriscar. mercado. Uma coisa é certa: o Famalicão Made IN continuará a deixar marO programa Elevador, muito ligado à cas. mentoria, que tipo de iniciativas promove?
pansão para o concelho. São empresas maioritariamente do setor têxtil que chegam de concelhos vizinhos. Há também multinacionais, na área da metalomecânica ou da injeção de plásticos que chegam ao concelho, como o grupo francês Saint-Eloi, que instalou em Famalicão a CMI, dedicada à produção de estruturas metálicas. É uma das três empresas de capitais franceses que se instalaram recentemente no concelho. Mas, há outras interessadas em virem para cá. Ao mesmo tempo, o capital alemão continua a ser muito importante.
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ESPECIAL
opiniãopública: 3 de agosto de 2017
Fotos: Município de Famalicão
Ao longo do ano, são muitas as empresas famalicenses visitadas no âmbito do Roteiro Famalicão Made IN. O OPINIÃO ESPECIAL volta a destacar as empresas famalicenses que receberam a visita do presidente da Câmara de Famalicão, Paulo Cunha, desde janeiro de 2017. Nesta empresa vinícola, que resulta da paixão da família Marinho em criar vinhos com diferenciação no mercado, quantidade é sinónimo de qualidade. Em 2016, a empresa atingiu uma produção recorde de 900 toneladas de uvas, traduzida em cerca de 600 mil litros de produção própria de vinho, mas prevê chegar às 1200 toneladas num futuro próximo. Expectativa a que não é alheio um incremento das vendas para novos mercados internacionais. Hoje, a exportação consome 20% da produção, mas o objetivo é que represente 80%. Os vinhos Castro – espumante, rosado, alvarinho, tinto, branco ou palhete – são produzidos em largas centenas de hectares de quintas localizadas nas freguesias de Cavalões, Requião e Vermoim.
Rigor e responsabilidade são características que fazem parte do ADN da TSF – Metalúrgica de Precisão, empresa sediada em Ribeirão, que trabalha o ferro ao centésimo de milímetro para corresponder às exigências das indústrias nuclear, aeronáutica, petroquímica, farmacêutica e perfumaria, entre outras. A empresa onde se fazem máquinas para encher os frascos de perfume franceses, as válvulas para controlar fluidos nas centrais nucleares e algumas peças exclusivas para a Airbus, ao nível das ferramentas de montagem, exporta 95% da produção, na sua esmagadora maioria caracterizada pelo fabrico de pequenas séries ou peças únicas. São peças técnicas de alto valor acrescentado que vão sobretudo para o mercado europeu. A empresa emprega 92 colaboradores e prevê faturar 7 milhões de euros em 2017.
Aproveitando a capacidade instalada em infraestruturas e tecnologia, mas sobretudo o know-how dos trabalhadores, a Perfil Cromático tomou a Mabera e veio dar uma nova vida a esta, que, em anos áureos, chegou a ser uma das maiores fábricas têxteis do país ao nível de acabamentos e tinturaria. Agora, as imponentes instalações industriais da Mabera, em Mogege, voltaram a fervilhar de atividade graças à iniciativa de dois investidores, José Dâmaso Lobo e Afonso Leite. A nova vida desta empresa é também a nova vida dos seus antigos trabalhadores. A Perfil Cromático resgatou do desemprego a grande maioria deles, permitindo-lhes colocar em prática um saber-fazer acumulado ao longo de anos. Em 2016, com 140 trabalhadores, o primeiro ano completo de atividade, a Perfil Cromático registou um volume de faturação de sete milhões de euros, superior às melhores previsões.
Fundada em 1983, a empresa de Vale S. Cosme produz tubagens industriais para refinarias, petroquímicas, centrais de tratamento de resíduos e centrais térmicas e, ainda, para a indústria automóvel. Emprega uma centena de pessoas, a que se somam 220 trabalhadores através de subcontratação por contrato de obra, e fatura 12,5 milhões de euros a cada ano, prevendo fechar o exercício de 2017 com uma faturação de 15 milhões. As exportações, para clientes como a Jaguar e a Mercedes, valem três quartos da produção. Cerca de 50 por cento das exportações são para os seus clientes franceses Vinci, Bouygues e Eiffage. A Tufama quer reforçar ainda mais a sua vocação exportadora, pelo que se prepara para expandir a capacidade produtiva instalada.
A Casa da Estalagem, em Vermoim, que foi uma típica casa rural, com a corte dos animais e as alfaias agrícolas no piso inferior, para aquecer quem morava no piso de cima da habitação, é hoje um moderno e requintado empreendimento turístico de alojamento local. Num ambiente sofisticado, a Casa da Estalagem dispõe de quatro quartos temáticos, decorados em estilo contemporâneo e evocativos de Artur Cupertino de Miranda, Narciso Ferreira, Bernardino Machado e Camilo Castelo Branco - todas personalidades famalicenses - cozinha equipada e outras áreas comuns para lazer e trabalho, para além de piscina exterior. Todos os quartos têm grandes janelas, por onde entra muita luz natural. A reabilitação conservou as qualidades arquitetónicas do edifício, como as paredes, os tetos altos de trave de madeira e o fogão a lenha.
A empresa especializada em acabamentos têxteis escolheu Famalicão para concretizar um plano de expansão nacional e internacional, apesar de ter iniciado atividade no concelho da Trofa em 1999, construindo de raiz novas instalações industriais, em Ribeirão, localizadas na proximidade do complexo logístico e da lavandaria da Salsa, o seu principal cliente. A nova unidade fabril foi inaugurada em abril. Com um efetivo de 100 colaboradores, a empresa dedica-se à colocação de acessórios em vestuário, como botões e etiquetas. Sessenta por cento da produção é absorvida pela Salsa. Os restantes 40 são divididos por outras insígnias de vestuário de referência nacional e internacional. O volume de negócios no final de 2017 deverá cifrar-se em 1,5 milhões de euros.
Vinhos Castro
Perfil Cromático
Casa da Estalagem
TSF
Tufama
Sweatrofa
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A Malhinter, que opera em exclusivo em regime de “private label”, distingue-se pela qualidade do vestuário, de gama média e alta, que produz para várias marcas de mercados da Europa Ocidental e dos Estados Unidos da América, sendo os americanos um alvo para a captação de novos clientes. Nesta empresa de Cabeçudos, especialista em malhas circulares, o que sobressai é a atenção que presta aos seus funcionários, na sua maioria costureiras, que premeia com a repartição de lucros e que incentiva à maternidade. De resto, a política da Malhinter tem sido pautada por uma “contratação de proximidade”, numa perspetiva de proporcionar mais qualidade de vida aos seus colaboradores. Com um efetivo de 150 colaboradores, a unidade têxtil famalicense registou um crescimento exponencial nos últimos três anos, ao ritmo dos dois dígitos, tendo fechado o ano de 2016 com um volume de negócios de 9 milhões de euros.
Fundada há 23 anos por Carlos Maia, na Carreira, a empresa aposta na produção de meias, devidamente patenteadas, que reduzem o risco de entorse do tornozelo e potenciam a performance desportiva. Contínua é a aposta de sucesso nas meias desportivas com aplicação de tratamento antibacteriano, Pureco, que já chegaram aos cinco continentes. Com um efetivo de 140 colaboradores, a Peúgas Carlos Maia vende para o exterior 90 por cento do total da sua produção. No que a marcas diz respeito, a CAT e a Coca-Cola são aquelas para as quais a empresa produz em exclusividade em Portugal. Mas, todos os meses, saem das instalações da empresa cerca de 2,5 milhões de pares de meias, 26 milhões de pares por ano, que levam a chancela de outras marcas de referência, como a Lotto, Dunlop, Umbro, New Balance e Donnay, entre outras. Em 2016, o volume de negócios rondou os 7,5 milhões de euros.
Nas prateleiras das padarias Ribapão serve-se diariamente tradição e modernidade. É que lá podemos encontrar, entre muitos outros produtos, o “Fitpão”, pensado para os praticantes de desporto, e a “Broa de Milho Especial Lavrador”. Há também o “Pão Camilo”, nome inspirado em Camilo Castelo Branco, cuja massa é fermentada e repousa várias horas. E em estudo está ainda o fabrico de um pão vegetariano, com ervilhas, espinafres e brócolos. A propósito do romancista de Seide, freguesia onde a Ribapão abriu a primeira loja, em 1970, é possível ter sacos de pão com imagens e pensamentos do escritor, reforçando a ligação a Camilo Castelo Branco. O sucesso da Ribapão mede-se também pelos números que apresenta: 4,4 milhões de euros em volume de negócios em 2016, 23 lojas abertas ao público, 135 colaboradores efetivos e 2 milhões de clientes no último ano.
Aliando a tradição à modernidade, hoje a Couto & Brandão, em Requião, faz, diariamente, 150 mil bolinhos de bacalhau de acordo com a “receita caseira”. Com mais de 30 anos de atividade, o sucesso da Couto & Brandão mede-se também pelos números que apresenta: 1.284 toneladas de produtos em 2016, a que corresponde um volume de negócios de 5 milhões de euros, 50 produtos na gama de oferta e 55 colaboradores. A empresa tem apostado cada vez mais na internacionalização, vendendo 30% da produção. A França é o principal mercado de destino. Relevantes são também a Suíça, o Luxemburgo e o Brasil. No mercado nacional trabalha só com grandes distribuidores que fazem chegar os produtos às superfícies comerciais. Na ampla gama de produtos encontram-se, para além dos bolinhos de bacalhau, os rissóis com os mais variados recheios, os croquetes e as pataniscas.
Fundada a 1 de junho de 1932, a Cooperativa Eléctrica de S. Simão de Novais começou por levar energia elétrica a uma comunidade que não era servida por algo que ao longo dos tempos se tornou indispensável. Hoje, é responsável pela distribuição de energia elétrica em baixa tensão num conjunto de seis pequenas freguesias da zona nascente do concelho de Vila Nova de Famalicão: S. Simão, Ruivães, Bente, Landim, Carreira e Seide S. Miguel, contando com 3500 clientes. A empresa foi um dos primeiros distribuidores de energia elétrica na Europa a dispor de uma rede de distribuição totalmente inteligente, cumprindo uma diretiva comunitária que obriga a que até 2020 pelo menos 80% dos contadores de eletricidade sejam do tipo inteligente.
Estilistas, criadores e grandes marcas de moda internacionais têm escolhido a empresa famalicense AAC Têxteis para desenvolver as suas coleções. A esta empresa, de Vilarinho das Cambas, é confiado todo o processo: do design ao desenvolvimento do produto, até aos protótipos finais que a empresa entrega para produção a outras empresas portuguesas e que têm como destino o mercado de luxo. A empresa não produz, mas garante alto valor acrescentado ao vestuário de conceituadas marcas de moda feminina, masculina e infantil, nos segmentos casual, desportivo, banho, pronto-a-vestir e alta-costura. Contudo, a fase produtiva é também acompanhada de perto pela AAC Têxteis junto das fábricas que escolhe para dar corpo às coleções dos seus clientes internacionais: alemães, belgas, espanhóis, franceses, norte-americanos e suecos. Com 33 anos, a empresa apresenta um volume de vendas de 14 milhões em 2016.
O renascimento do Palácio da Igreja Velha, em Vermoim, começou a escrever-se em 2012 quando a Telhabel adquiriu este património histórico, então degradado e com futuro incerto, para o recuperar e reabilitar num investimento de 5 milhões de euros. Esta construção, edificada em 1881 ao estilo barroco, com duas torres acasteladas e uma capela de estilo neogótico, dedicada a S. Francisco de Assis, está agora salvaguardada e valorizada, vocacionando-se para a realização de eventos e para hospedar quem neles participa. Esta intervenção consistiu na ampliação de um palácio com elementos barrocos e neogóticos, respeitando o protagonismo, a essência e o ADN do espaço. O palácio foi ainda motivo de notícias positivas em Portugal e no mundo, ao vencer o conceituado prémio da Architizer.
Por detrás desta marca “casual chic”, para homem e mulher, dos 25 aos 50 anos, estão pessoas que conhecem bem a indústria têxtil e do vestuário e o mercado da moda. Rui Silva, ex-administrador do grupo RICON na sua fase áurea, é o CEO da REVIVE – Distribuição de Moda, empresa nascida há um ano na freguesia de Vilarinho das Cambas e que conta já com onze colaboradores. A REFIVE está presente em 75 pontos de venda multimarca em Portugal continental e ilhas. Ultrapassado o primeiro objetivo, a marca está a dar o segundo passo na sua estratégia, prevendo para março de 2018 o início da internacionalização, com a entrada em Espanha. A REFIVE aposta no ‘casual wear’ com um ‘twist’ de sofisticação revivalista, que combina design, tendências de moda e qualidade superior com preços médios”.
Malhinter
Ribapão
Cooperativa Eléctrica de S. Simão de Novais
Palácio da Igreja Velha
Peúgas Carlos Maia
Couto & Brandão
ACC Têxteis
Refive
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opiniãopública: 3 de agosto de 2017 pub
Geração MADE IN São muitas as empresas que deram os seus primeiros passos no âmbito do Famalicão Made IN. De uma ideia surgiu um negócio, na maioria das vezes arrojado, com certeza diferenciador. Aqui ficam algumas das empresas criadas por jovens famalicenses nas mais diversas áreas.
Miolo de Nós
Oldcare
A Miolo de Nós dedica-se ao fabrico de produtos alimentares de qualidade superior, através de produção artesanal, selecionando de forma cuidada os ingredientes. O produto de lançamento da marca foi a linha de biscoitos artesanais, com sésamo, caju e erva-doce, inspirados nos Descobrimentos. Os produtos são comercializados em lojas gourmet onde os ingredientes e o modo de produção constituem um fator distintivo. Está no mercado nacional há 4 anos e já começou a explorar os mercados internacionais.
A OldCare Famalicão - Serviços Gerontológicos é uma empresa nacional de prestação de cuidados domiciliários para pessoas idosas. Formada por uma equipa de profissionais de saúde especializados no envelhecimento, possui uma logística alargada de assistência ao domicílio, que pode abranger as 24 horas do dia em cuidados e serviços personalizados. Tem como missão a manutenção e recuperação das capacidades físicas e cognitivas da população sénior, contribuindo para um envelhecimento ativo.
Yogan
Engraxat
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Esta é uma marca famalicense que aposta na produção de alternativas vegetais aos queijos, através de técnicas da queijaria tradicional, tendo como base o leite da amêndoa. A Yogan produz queijo tipo mozzarella sem colesterol e que se derrete em pizzas e gratinados. Vende em lojas de produtos vegan e biológicos e nas áreas de supermercados dedicadas à alimentação saudável.
A Engraxat | Premium Shoes Care assenta num conceito inovador em Portugal: cuida e limpa a sapatilha como em tempos o engraxador cuidava e limpava o sapato. É um projeto que valoriza uma profissão nobre mas que foi perdendo importância ao longo do tempo. ‘Dá uma nova vida às tuas sapatilhas’ é uma das principais mensagens desta nova empresa famalicense.
Lord Jack
Pluma Barber Shop
Empresa que se dedica à criação de artigos de vestuário masculino, acessórios e complementos de moda. Apresenta duas linhas de vestuário, uma mais urbana e outra mais clássica, propondo sempre detalhes com design, em artigos exclusivos e edições limitadas.
O Pluma Barber Shop é um espaço de estética para homens onde se executa a arte de barbearia tradicional. Corte de cabelo clássico e moderno e respetivo tratamento de barbas.
opiniãopública: 3 de agosto de 2017
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opiniãopública: 3 de agosto de 2017