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Leonel Rocha, vereador da Educação na Câmara de Famalicão

“Mais de 100 alunos tiveram de estudar para fora do concelho” Este ano letivo, mais de uma centena de alunos tiveram de estudar para fora do concelho, por causa dos cortes do Ministério da Educação com os estabelecimentos de ensino famalicenses com contrato de associação. Leonel Rocha, vereador da Educação, confessa que esta situação não foi fácil de resolver, mas assegura que a Câmara Municipal tudo fez para que o ano letivo arrancasse com tranquilidade. Sofia Abreu Silva Estamos no início de mais um ano letivo. Em Famalicão, está tudo pronto? Leonel Rocha: No concelho tudo está apto a que seja iniciado um ano letivo com a normalidade que todos desejamos e dentro dos prazos que cada Agrupamento de Escolas estipulou como o mais adequado. As obras que decorreram durante as férias escolares estão prontas, os livros estão nas mãos dos alunos, os assistentes operacionais estão colocados. Da parte da autarquia está tudo pronto. A nossa preocupação é que as famílias e as escolas iniciem as suas rotinas de tempo letivo com a maior das normalidades. Este ano, os cortes do Governo no financiamento de escolas com contratos de associação no concelho

implicaram a transferência de mais alunos para outros estabelecimentos de ensino da rede pública…Não foi um processo fácil… Efetivamente não tem sido um processo fácil, nem para a autarquia, que viu aumentar, substancialmente, a despesa com transporte escolar, sem haver qualquer compensação do governo central, nem para as famílias que veem os seus filhos a terem de se deslocar para mais longe, porque lhe foi tirada a escola mais próxima. O município tudo tem feito para minimizar estes transtornos, ora com a criação de novas carreiras de autocarro para as novas escolas de referência, ora com o pagamento de transporte para fora do concelho, pelo facto de não haver lugar nas escolas de Famalicão, das respetivas áreas, incluindo nos próprios agrupamentos.

escolas fora do nosso concelho. Ainda não sabemos ao certo quantos continuam nas escolas, concretamente no 5º ano, em que permanece o contrato de associação e quantos ficam em escola privada. Esta contabilidade ainda não é possível ter.

E no que respeita aos transportes, está tudo assegurado? Não escondo que foi difícil concertar todos, já que vieram bastante tarde, mas conseguimos junto das transportadoras assegurar respostas a todas as solicitações.

Ainda relativamente aos estabelecimentos de ensino com contrato de associação, como vê a autarquia esta situação? Trata-se de uma situação que não foi tratada convenientemente, pois faltou o diálogo entre o Ministério da Educação, a autarquia e as escolas para se resolver o contexto de todos, principalmente das famílias e dos alunos das áreas de residência onde as escolas de contrato de associação estavam inseridas. Não interessa estar sempre a dizer o mesmo que a autarquia tinha razão. Importa resolver da melhor maneira a vida das famílias e dos alunos. Por isso, temos trabalhado com as escolas, com as juntas de freguesia e com as associações de pais, para se encontrar a melhor solução para o problema que nos foi criado.

Quantos alunos foram transferidos do ensino cooperativo para outras escolas do concelho? Ainda não temos esses dados. Sabemos que há muitos alunos, para cima de uma centena, que estão em

No pré-escolar, está tudo assegurado? Da parte do município, tudo o que é pré-escolar está devidamente assegurado. »»»»»continua pub


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