Carlos Cruz, presidente do CD Lousado
“Ainda não temos condições para subir de divisão” Ao falar no Clube Desportivo (CD) Lousado sobressai o nome de Carlos Cruz. O presidente é considerado, de forma unânime, como a figura principal do clube e visto como o grande obreiro do inegável crescimento granjeado nos anos mais recentes. Rejeitando concentrar em si os louros pelo desenvolvimento das infraestruturas e da obtenção de sucesso no capítulo desportivo, o responsável máximo adota o mesmo discurso humilde na abordagem à época em curso. “Tentaremos conseguir a melhor classificação possível. Não podemos pensar em outros voos, até porque ainda não temos condições nem arcaboiço para subir de divisão”, argumenta, garantindo que o clube “não viverá acima das possibilidades”. A preparação da temporada 2017/2018 ficou, desde logo, marcada pela saída do técnico João Cruz, também ele um dos protago-
nistas do percurso ascendente do CD Lousado. Manuel Dobrões foi a solução encontrada para comandar o clube, tendo esta sido “uma escolha pessoal” de Carlos Cruz, assente num trajeto que uniu presidente e treinador em várias batalhas. “Foi meu colega de equipa, meu treinador e já fui, inclusivamente, adjunto do Manuel Dobrões. Conheço bem o trabalho dele e sei que é uma pessoa muito válida para assumir o cargo”, justificou, lembrando, porém, que ao novo treinador foi pedido um trabalho praticamente de raiz, visto que o plantel sofreu profundas alterações. “Só ficámos com sete jogadores do ano passado. Construímos um plantel jovem, mas com valor”, frisa Carlos Cruz, convicto de que “os novos jogadores se vão identificar rapidamente com o clube”. Ao sólido crescimento do ponto de vista desportivo, o CD Lousado tem conseguido aliar uma melhoria
gradual das infraestruturas. “O objetivo é o de manter as portas abertas para que toda a gente pratique desporto”, desabafa o dirigente,
que não consegue esconder o orgulho pelo facto de vários jogadores da formação terem conseguido dar o salto para equipas de outra di-
mensão (Moreirense, Rio Ave e Desportivo das Aves). “A prioridade é a formação. O CD Lousado é um bom viveiro, porque os jogadores sentem prazer em jogar e treinar num clube em que se trabalha com seriedade”, regozijase. O clube começa, por isso, a cativar a atenção de emblemas de maior notoriedade, algo que, refere, “é sinal de que este é um clube estável, organizado e que potencia cada vez mais jovens”. Outra das imagens de marca do CD Lousado é o fervor e paixão dos sócios e simpatizantes para com o clube. “A massa associativa é exigente e essa característica faz com que não nos desleixemos”, afirma. A conjugação de todos os fatores anteriormente referidos tem, na opinião de Carlos Cruz, contribuído para que “o CD Lousado seja um clube com provas dadas no concelho e cada vez mais respeitado pelas pessoas”. pub