Oe 1330

Page 1

Visto atualmente como a segunda maior modalidade no panorama nacional, o futsal conquistou, por direito próprio, um lugar de destaque no cardápio dos amantes do desporto em Portugal. De norte a sul do país, do litoral ao interior, sem esquecer as ilhas, são cada vez mais os clubes que não ficam indiferentes ao crescimento da modalidade. O número de praticantes aumentou exponencialmente nas últimas temporadas e isso originou um maior interesse por parte do público nos campeonatos nacionais e distritais de futsal. O concelho de Famalicão é, de resto, um dos vários impulsionadores desta nova tendência nacional. Para além da vertente formativa fomentada por vários clubes, é a nível sénior que a paixão pelo futsal ganha maior dimensão. A dinâmica imposta pela Associação de Futebol de Salão Amador (AFSA), com a organização de campeonatos concelhios em vários escalões, é um importante veículo de promoção da modalidade, sobretudo junto da comunidade mais jovem. No entanto, a aposta dos emblemas famalicenses vai para além das fronteiras concelhias. Entre competições femininas e masculinas, são cinco os clubes que têm a responsabilidade de representar Famalicão. Num plano nacional, a equipa masculina da Associação Desportiva e Cultural São Mateus milita na 2.ª Divisão, não escondendo o desejo de se apurar para a fase de apuramento de campeão, da qual poderá “tirar” o bilhete de ida para a elite. Já na vertente feminina, o Futebol Clube de Vermoim é já um clube com inegáveis pergaminhos na modalidade. A equipa liderada por Francisco Paiva, que se sagrou campeã nacional há duas temporadas atrás, quer continuar a ser um osso duro de roer para os adversários, não se imiscuindo de se intrometer na luta pelo cetro nacional. A nível distrital, a marca famalicense está igualmente assegurada. No masculino, Sporting Clube Cabeçudense e Mocidade Alegre de Landim disputam a 1ª Divisão da Associação de Futebol de Braga, com particular relevo para a retoma da equipa de Landim, que decidiu colocar ponto final a um interregno de três temporadas. Ainda em Landim, mas na categoria feminina, o Futebol Clube de Landim espera terminar a temporada em festa. A equipa presidida por Ricardo Pereira confessa o desejo de subir às provas nacionais e juntar-se, deste modo, ao FC Vermoim. Ambição e perseverança são, por isso, traços comuns a todos os clubes famalicenses que contribuem, à sua dimensão, para o crescimento inegável do futsal. pub


Associação Desportiva e Cultural de S. Mateus

26

ESPECIAL

opiniãosport: 2 de novembro de 2017

Carlos Leite, treinador do Associação Desportiva e Cultural de S. Mateus

“Queremos disputar a subida de divisão”

André Vale, presidente do Associação Desportiva e Cultural de S. Mateus

“Temos de encarar todos os jogos com profissionalismo” A Associação Desportiva e Cultural (ADC) de S. Mateus disputa, pelo terceiro ano consecutivo, a 2.ª Divisão Nacional de futsal masculino e, por isso, está habituada a um elevado nível de competitividade, embora tenha ficado este ano inserida na série B. “Estamos na apelidada série da morte, porque é muito competitiva, com equipas que nunca tínhamos defrontado e em que o resultado é incerto em todos os jogos”, descreve o presidente André Vale, garantindo que a planificação desta temporada já foi realizada a pensar nestas condicionantes. A ADC S. Mateus parte para esta época com objetivos ambiciosos, com a perspetiva de melhorar o que foi alcançado anteriormente (3.º lugar), procurando ficar nos dois primeiros lugares “para vermos se temos a pontuação suficiente para irmos à fase de apuramento de su-

bida à 1.ª Divisão”. “Este é um plantel em que acreditamos muito, pois alguns dos jogadores já trabalham connosco há alguns anos. É muito jovem, mas

com muita qualidade e ambição”, aponta, destacando que a aposta tem sido na continuidade, optando por contratações “cirúrgicas para alguns setores”. No que toca ao campeonato, André Vale sabe bem que o trajeto será difícil. “Serão jogos muito competitivos e também temos de ter sorte, desde castigos a lesões ou arbitragens, mas temos de encarar todos os jogos com profissionalismo e nunca facilitar”. Atualmente, as equipas da ADC de S. Mateus treinam no Pavilhão do Delães e na Didáxis, sendo que a falta de espaço de treino é uma das lacunas que a coletividade enfrenta. No entanto, André Vale reconhece o esforço que o município faz para garantir estas condições gratuitamente, adiantando que vai continuar a reforçar os apelos porque o sonho de ter um pavilhão em Oliveira S. Mateus ainda subsiste.

Desde o início do campeonato que os objetivos da Associação Desportiva e Cultural (ADC) de S. Mateus estão, claramente, definidos. “Queremos chegar aos dois lugares que dão acesso à fase da subida”, começa por afirmar o treinador Carlos Leite. O técnico acredita que o seu plantel apresenta toda a qualidade para trabalhar “como deve ser” e chegar ao fim da primeira fase colocados numa posição que consinta a tentativa de subir de divisão. Contando com alguns reforços, Carlos Leite vê neles “uma mais-valia” que ajudam a acrescentar “qualidade e um pouco mais experiência” a um grupo jovem. “Eles têm muita vontade, mas estamos a falar de 2.ª Divisão, na série B, com equipas do Porto e jogadores com muita experiência e os nossos jogadores ainda não têm essa experiência”, considera, revelando que pela frente “haverá jogos muito complicados”. “Temos de dar tudo nesta série muito competitiva, pois senão não conseguiremos chegar lá”, acrescenta. No entender do treinador, o Caxinas poderá ser uma das equipas que poderá entrar na luta da subida: “é um grupo que trabalha há muitos anos juntos, é muito forte e é a principal favorita aos primeiros lugares”. Relativamente às condições de trabalho, o técnico assume que o objetivo é sempre ter mais e melhores, porque, afirma, os três treinos por semana da equipa não são suficientes. Contudo, compreende que não há possibilidade para mais, enquanto o clube tiver de recorrer a vários pavilhões. “Se tivéssemos um pavilhão próprio era diferente. Porventura, treinávamos quatro vezes por semana, como há equipas de 2.ª Divisão a fazê-lo, porque nós começamos a treinar às 21h45 e acabamos às 23h15… é uma hora complicada, mas a vontade que temos de vir para cá supera isso tudo”, refere Carlos Leite. Apesar de estar em segundo lugar, o técnico é muito objetivo e diz que a sua equipa perdeu com quem não esperava perder. “Não podemos perder estes jogos”, diz, apontando que o único caminho é “o trabalho”. pub


Sporting Clube Cabeçudense

opiniãosport: 2 de novembro de 2017

ESPECIAL

27

Ivo Ortiga, treinador adjunto do SC Cabeçudense

“Queremos ficar nos quatro primeiros lugares” Paulo Costa, presidente do SC Cabeçudense

“Queremos fazer um campeonato bastante diferente do anterior” Carpidas as mágoas da temporada transata, na qual os resultados não foram os desejados, o Sporting Clube (SC) Cabeçudense encara a presente época com um novo entusiasmo. “Esta temporada foi planeada com mais calma. Depois de a época anterior ter sido difícil devido à descida de divisão, este ano queremos fazer um campeonato bastante diferente”, afirma Paulo Costa. Ainda assim, a planificação desta temporada incluiu o aproveitamento do “trabalho desenvolvido a partir de janeiro” e que, defende, “já está a ter evidentes reflexos”, numa alusão ao bom arranque da equipa de Cabeçudos na 1ª Divisão da Associação de Futebol de Braga. O líder máximo do clube famalicense concorda que os resultados positivos ajudam “a elevar os índices anímicos e a trazer maior

alegria” a um plantel construído com a intenção de satisfazer os pedidos da equipa técnica. As consequências de um planeamento rigoroso estão a refle-

tir-se no início da campanha 2017/2018. Algo que, porém, não retira o foco à equipa cabeçudense: “não queremos pensar na subida de divisão. Apenas queremos lutar pelos primeiros lugares”, garante, sem, contudo, enjeitar uma hipotética promoção caso surja uma oportunidade na fase final da temporada. Prudência é, por isso, palavra de ordem em Cabeçudos. Apostar declaradamente na subida de divisão apenas entra nas cogitações para 2018/2019. “Vamos lutar a sério pela subida apenas na próxima época, pois sabemos ser necessário arcaboiço financeiro para estar na 2ª Divisão Nacional”. As hostes cabeçudenses parecem querer recuperar a pujança de outras temporadas, com a finalidade de “honrar a camisola e voltar a cativar público”.

O otimismo e a alegria parecem estar de volta ao Sporting Clube (SC) Cabeçudense. As dificuldades com que o clube se deparou na última época ainda estão bem frescas na memória dos responsáveis do emblema de Cabeçudos, mas isso parece servir igualmente de impulso para projetar a nova temporada. “Temos o objetivo de fazer melhor do que na época passada. Queremos ficar nos quatro primeiros lugares e garantir o acesso à fase de apuramento de campeão”, desvenda o treinador adjunto, Ivo Ortiga. Braço direito do técnico principal (Ricardo Costa), o antigo jogador da Fundação Jorge Antunes, Rio Ave e Módicus, entre outros, salienta que o plantel foi “escolhido meticulosamente para atingir os objetivos definidos”. Numa análise à concorrência, Ivo Ortiga considera existirem equipas com “plantéis mais valiosos do que o SC Cabeçudense”. Uma situação que, contudo, não atemoriza o emblema famalicense. “Trabalhando bem, teremos capacidade para lutar pelos quatro primeiros lugares”, advoga, colocando o rótulo de candidatos a Nun’Álvares, Contacto, Lordelo e ainda ao próprio SC Cabeçudense. As experiências vividas enquanto jogador, embora numa

realidade diferente (disputou o Campeonato Nacional), permitiram-lhe reter a ideia de que “subir de divisão é sempre um objetivo difícil de alcançar”. Neste quadro de dificuldades, o SC Cabeçudense até poderá contar com um fator de vantagem: “nesta realidade competitiva, há poucos clubes com estas condições”. O início de época está a ser positivo e Ivo Ortiga julga ser uma consequência do “bom trabalho realizado na pré-época”. Um arranque que, destaca, está “a criar boas expetativas na massa associativa”. pub


28

ESPECIAL

Mocidade Alegre de Landim opiniãosport: 2 de novembro de 2017

Paulo Costa, treinador da Moc. Alegre de Landim

“Temos o propósito de fazer evoluir os jovens” Carlos Matos, presidente da Moc. Alegre Landim

“Achámos que era a altura certa para regressar à competição” O futsal está de volta à agenda da Mocidade Alegre de Landim. Os responsáveis diretivos do clube famalicense entenderam reativar a modalidade ao cabo de três anos de pausa, movidos por uma clara vontade de dar palco aos jovens provenientes das camadas jovens. “O facto de um grande número de jogadores subirem ao escalão sénior no final da última temporada levou-nos a reativar a equipa sénior”, explica Carlos Matos, que identifica uma das linhas-mestras da atual direção: “estamos a fazer uma forte aposta na formação e, nesse sentido, achámos que esta era a altura certa para regressar à competição (1ª Divisão da Associação de Futebol de Braga)”. Aos jovens oriundos da formação (mais de 50% do plantel), a direção e equipa técnica conseguiu juntar jogadores com pas-

sado no clube e outros com maior experiência. “Este será o ano zero. Quisemos dar oportunidade aos miúdos de jogar no escalão sénior e fazê-

los crescer no futsal”, confessa Carlos Matos. Consciente das dificuldades inerentes a este regresso, o dirigente mostra-se, todavia, galvanizado para esta nova etapa do clube: “sabemos que o campeonato será exigente e, por isso, prevejo que os jovens adquiram muita experiência competitiva”. Neste retorno, tudo parece ter obedecido a uma rigorosa planificação. A orientar o plantel estará o técnico Paulo Costa, também ele promovido dos escalões de formação. Uma simbiose que, antevê o presidente, poderá proporcionar o contexto ideal para os jovens jogadores. “A equipa técnica está entrosada com a ideia do clube. Sabe as condições que temos e o que pretendemos e, nesse sentido, espero um trabalho em crescendo ao longo da época”.

A direção da Mocidade Alegre de Landim delegou em Paulo Costa a missão de comandar a equipa sénior em ano de regresso à competição. O técnico aceitou o convite lançado pelos responsáveis diretivos com a noção clara de que este será um desafio em que a componente evolutiva se irá sobrepor aos resultados. “A equipa é muito jovem, já que 10 dos 15 jogadores que compõem o plantel vieram da formação. Delineámos um projeto de três anos e o primeiro terá o propósito de fazer evoluir os jovens e fazer com que contactem com a realidade vivida no escalão sénior”, afinca o treinador. A juventude que caracteriza o plantel poderá ser sinónimo de irreverência e, em simultâneo, de alguma inexperiência. Uma dupla faceta à qual Paulo Costa sabe como dar resposta: “o plantel tem qualidade, mas falta-lhe um pouco de experiência. Decidimos juntar cinco jogadores mais experientes e que se vão revelar importantes para fazer evoluir os jovens”. À ideia firme de desenvolver as competências dos jovens, o clube não conseguiu, todavia, contornar um pequeno contratempo: o horário limitado dos treinos. “Como somos uma equipa jovem necessitávamos de trabalhar mais aspetos técnicos e táticos. No entanto, temos de nos sujeitar ao atual horário”, lamenta. Esta nuance não retira ambição a um treinador que se mostra identificado com o campeonato em que a equipa de Landim milita. Um acompanhamento que lhe legitima a ideia de catalogar três ou quatro equipas, nomeadamente Lordelo, Nun’Álvares, Piratas de Creixomil e Cabeçudense, como as principais candidatas à subida de divisão. pub


opiniãosport: 2 de novembro de 2017

ESPECIAL

29

Francisco Paiva, treinador e presidente do FC Vermoim

“Trabalhamos sempre com o objetivo de lutar pelo título” O Futebol Clube (FC) de Vermoim já conquistou, por direito próprio, o respeito dos adversários no Campeonato Nacional de futsal feminino. A equipa comandada por Francisco Paiva impôs-se na elite da modalidade à custa de muito trabalho e perseverança, valores que lhe permite granjear fama e ser sempre apontada como uma das crónicas candidatas à vitória final. “Trabalhamos sempre com o objetivo de lutar pelo título. No dia em que sentir que não temos equipa para fazê-lo, iremos deixar de competir”, assegura Francisco Paiva. O treinador, que veste igualmente a pele de presidente, deseja que a ambição esteja

presente, de forma constante, no clube. O futsal feminino tem crescido nos últimos tempos, assistindo-se a um maior investimento de alguns emblemas. A competitividade e o nível de interesse dos adeptos aumentam, mas isso não faz alterar a visão estratégica do FC Vermoim. “Sabemos que a vertente financeira está a ultrapassar todas as outras”, adverte Francisco Paiva, que assume, porém, um compromisso com os sócios e simpatizantes do emblema famalicense: “está fora de questão pagar às jogadoras para termos uma equipa ainda mais competitiva”. Francisco Paiva não se deixa, por isso, contagiar pelo atual es-

tado do futsal feminino, nomeadamente as apostas efetuadas por equipas como SL Benfica, Sporting CP e o Novasemente. Em Vermoim, a chave do sucesso passa por “dar o maior apoio às jogadoras, de forma a que se sintam bem”. Esta terá sido, de resto, a receita do sucesso em 2015/16, época que terminou em festa para o FC Vermoim. O emblema foi, por isso, “o alvo a abater” na época transata, permitindo ao técnico traçar o perfil do plantel para tentar reconquistar o título esta temporada. “Tentamos fazer uma mescla de gente experiente com jogadoras mais jovens, mas de muita qualidade”. Francisco Paiva está

FUTEBOL CLUBE VERMOIM

convicto de que “o plantel é mais equilibrado do que na época transata”, oferecendo-lhe “totais garantias de poder discutir o título”. As boas expectativas são apenas traídas pelo pouco tempo de preparação: “A pré-época foi um pouco conturbada. Algumas jogadoras chegaram mais tarde e outras têm estado nas seleções, fazendo com que ainda não tenhamos criado as rotinas de jogo pretendidas”. Perspetivando dificuldades acrescidas para o campeão SL Benfica - à imagem do que sucedeu na época passada às famalicenses – Francisco Paiva concorda que a segunda fase será bem mais competitiva do que a primeira. No entanto, o treinador sublinha que a etapa inicial está bem mais equilibrada do que em anos anteriores. “A diferença de que tanto se fala não se tem notado. As equipas teoricamente mais fracas

têm-se batido muito bem”, salienta, vincando ser esta uma boa fase para avaliar as equipas com argumentos para lutar pelo caneco. Se voltar a erguer a taça de campeão é, inegavelmente, a prioridade, conquistar a Taça de Portugal também entra no livro de desejos do FC Vermoim: “estar presente na final four é um objetivo coletivo que nos tem escapado nas últimas épocas”, lamenta Francisco Paiva, assumindo que essa é igualmente “uma meta pessoal que ainda pretende cumprir”. A crença em conquistar troféus é imensa em Vermoim e Francisco Paiva não conta apenas com a qualidade das jogadoras. O técnico e presidente deposita igual confiança no apoio que chegará fora da quadra: “damos tudo pelo nosso público, pois não é fácil encontrar uma massa adepta tão forte como a nossa”. pub


30

ESPECIAL

Futebol Clube de Landim opiniãosport: 2 de novembro de 2017

Ricardo Pereira, presidente do FC Landim

“Vamos trabalhar para tentar subir ao Nacional” No Futebol Clube (FC) de Landim, a planificação da temporada 2017/2018 decorreu sob o signo da continuidade. Após uma excelente campanha no ano transato (2º lugar da 1.ª Divisão da Associação de Futebol de Braga), que marcou o regresso à competição da equipa sénior feminina, o emblema famalicense optou por manter a equipa técnica e a grande maioria das jogadoras. Tudo com o claro propósito de lutar por algo mais. “Vamos trabalhar para tentar subir ao Campeonato Nacional. Temos um excelente plantel, que se entrega de forma excecional e que, dessa forma, nos dá totais garantias de lutar por essa classificação”, refere Ricardo Pereira. O pensamento positivo relativamente a esta temporada devese, em grande parte, ao trabalho realizado ao longo da campanha do ano anterior. A suspensão do futebol sénior feminino na Associação Desportiva Recreativa Outeirense (ADRO) possibilitou ao

FC Landim socorrer-se dos recursos humanos (equipa técnica e jogadoras) da coletividade de Pousada de Saramagos para coroar de sucesso o regresso à modalidade e superar alguns obstáculos que ainda travam a

evolução desejada pelos responsáveis. “Fizeram muito com poucas condições. Infelizmente, estamos sempre dependentes do apoio camarário, pois estamos limitados ao nível de infraestruturas”, lamenta o presidente. A promessa de “o clube estar a trabalhar para ter um pavilhão próprio” é bem acolhida pelos sócios da coletividade e abre boas perspetivas quanto ao futuro da equipa feminina. “Tem muita capacidade do ponto de vista desportivo, mas precisa de mais condições para evoluir”, vinca Ricardo Pereira. Lamentos que se estendem ainda à parte humana. O FC Landim alberga muitos jovens e essa realidade obriga a uma louvável ginástica humana. “o staff é curto mas trabalha muito. A falta de disponibilidade de mais pessoas obriga os diretores a multiplicarse em várias tarefas”, afirma um presidente orgulhoso com o trabalho da equipa diretiva.

Ruben Correia, treinador do FC Landim

“Este ano, o objetivo é claramente ser campeão” Muito mais do que um desejo da direção, lutar pela subida ao Campeonato Nacional de futsal feminino é um compromisso assumido pela equipa técnica e pelo plantel do Futebol Clube (FC) de Landim. “Depois do 2.º lugar da época passada, este ano o objetivo é claramente ser campeão. Não nos foi exigido pela direção, mas é um objetivo delineado pelo grupo de trabalho”, clarifica o técnico Ruben Correia. A sustentar esta forte convicção está o facto de o clube ter optado por manter praticamente toda a estrutura que esteve perto de garantir a promoção no ano transato. Registou-se apenas a saída de uma jogadora, a que se somou uma contratação e a promoção de três ex-juniores. As mexidas foram poucas e tiveram motivações para além da vertente desportiva. “As jogadoras novas vieram acrescentar qualidade em termos de jogo e de grupo. Este último é um aspeto a que atribuo grande importância”, regozija-se Ruben Correia, um técnico bastante identificado com a competição em que o FC Landim está inserido. Desse modo, coloca o Tebosa como principal concorrente na luta pela subida de divisão. E explica as razões deste pensamento: “tem um orçamento superior ao nosso, tendo conseguido recrutar 90% do plantel do Maria da Fonte”. Apesar da meta ser bastante ambiciosa para esta temporada, o técnico confessa que a equipa terá de saber responder a algumas adversidades. “O nosso maior problema será ao nível das infraestruturas. Andar com a casa às costas e o facto de termos apenas duas horas de treinos semanais são pequenos entraves”, adverte. pub


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.