Vem aí o friiiiiio! Não vale a pena negar. O frio está mesmo aí, por isso é preciso pensar em formas de aquecer a casa neste inverno. Aqui ficam algumas ideias simples e práticas para que se sinta mais confortável em sua casa.
Abrir as janelas 5 minutos: os especialistas dizem que é o suficiente para renovar o ar que circula em casa, a não ser que as janelas sejam muito pequenas. Nesse caso, deve esperar, pelo menos, dez minutos. Deixar o sol entrar: para tirar o maior proveito possível da excelente fonte de calor por radiação que é o sol, logo pela manhã abra as cortinas e as persianas, deixando o sol bater nos vidros. Da mesma forma, quando o sol começar a desaparecer, feche de imediato as persianas e cortinas para evitar que o calor escape. Feche as portas: crie o hábito de manter sempre fechadas as portas de todas as divisões da casa, em especial daquelas que não são frequentemente utilizadas. Coloque fita isoladora nas portas e janelas: é uma forma bastante fácil e barata de manter a casa quente no inverno, impedindo que o calor escape. De referir que esta pequena ação poderá ainda ajudar a reduzir a fatura da luz em cerca de 10 a 15%. Procure também daqueles “chouriços” de areia e coloque um nas frestas de cada porta que dê para o exterior. Pode procurar um que fique bem com a sua decoração e, assim, não só evita correntes de ar, como impede que o ar quente saia de casa. Revista os tubos de água: pode parecer estranho, mas esta ideia não só ajuda a poupar energia e dinheiro, como assegura que, de manhã, não terá de esperar tanto tempo pela água quente. Utilize um desumidificador: a humidade dificulta a preservação do calor. Assim, ainda que não aqueçam especificamente o ambiente, ao remover a humidade do ar, os desumidificadores asseguram que as divisões da casa ficam um pouco mais quentes e, obviamente, mais confortáveis. Cozinhe no forno: o calor que o forno emite é excelente para ajudar a aquecer a casa, além de não provocar a humidade habitual dos cozinhados, tão prejudicial à manutenção do calor. Aproveite, use e abuse dos pratos que tenham de ir ao forno. Quando estiverem prontos, deixe a porta do eletrodoméstico bem aberta. pub
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opiniãopública: 23 de novembro de 2017 pub
Opções de aquecimento O inverno ainda não chegou oficialmente, mas o frio já se faz sentir. O certo é que as mantas ou fogueiras não são suficientes para fazer frente às baixas temperaturas, por isso há que pensar em outros sistemas de aquecimento, para garantir temperaturas mais agradáveis e conforto no interior dos lares. Mas, invariavelmente, surge a dúvida de como escolher o aquecimento central ou qual o sistema mais eficaz ou vantajoso. Seguem, por isso, algumas possibilidades para escolher o tipo de aquecimento mais adequado.
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Caldeiras: o aquecimento central é uma das melhores opções por se tratar de um sistema de simples instalação. Para além do aquecimento é também utilizada na produção de águas quentes sanitárias. Tem um período de vida útil elevado, com baixa manutenção e é o sistema de combustão mais seguro. Tem a desvantagem de ter um custo de instalação médio. Este sistema pode funcionar a gás, gasóleo ou a eletricidade. Radiadores e termoventiladores elétricos: são os sistemas mais utilizados porque têm custos de aquisição muito acessíveis e existem muitas opções no mercado. No entanto, como todos funcionam com resistências elétricas, acaba por ser a solução com maiores custos, refletidos na fatura da eletricidade. Salamandra a pellets: o aquecimento central a pellets tem como principal vantagem o custo do combustível que é relativamente baixo. É também utilizada na produção de águas quentes sanitárias. Tem desvantagens na autonomia, na necessidade de manutenção periódica e no custo de aquisição que é bastante elevado. Os sistemas de aquecimento são os radiadores e/ou pavimento radiante. Ar condicionado: o sistema tem a vantagem de poder ser utilizado no inverno e no verão. É, normalmente, a solução com menores custos de exploração mas, em contrapartida, tem custos de instalação relativamente elevados. Tem a desvantagem de não permitir o aquecimento de águas quentes sanitárias e o aquecimento dos espaços não é tão uniforme. Painéis solares: o aquecimento central solar, com instalação de sistemas de painéis solares térmicos é uma ótima solução para o aquecimento de águas quentes sanitárias. No entanto, esta solução não é competitiva como fonte de calor para aquecimento, uma vez que é nos meses de maior necessidade de produção de água quente que o rendimento é menor e na maior parte dos casos insuficiente. Lareira com recuperador de calor: se optar pelo aquecimento central a lenha, o ideal será que faça a instalação de lareira com recuperador de calor, assim maximiza o rendimento da queima da lenha e não só aquece o ambiente como também a água de forma rápida e eficiente, desde que instale circuitos de aquecimento central, como radiadores e/ou pavimento radiante.
Tome Nota Para escolher o aquecimento central, o ideal é que tenha em consideração as suas reais necessidades. Basicamente, deve dimensionar o sistema de aquecimento central de acordo com as necessidades energéticas da habitação, o isolamento da casa, a temperatura média pretendida, a área a aquecer ou o número médio de dias em que será preciso usar o aquecimento.
opiniãopública: 23 de novembro de 2017
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Poupe no aquecimento Não ligue o aquecimento com as persianas abertas porque a perda de calor é inevitável.
No inverno, tenha a certeza que as janelas e as portas estão bem isoladas. Não faz sentido estar a aquecer a casa para existirem fugas. Gasta o dobro da energia;
Nunca deixe o aquecimento ligado durante a noite. Em vez disso, programe-o para ligar vinte minutos antes de acordar. Para permitir a circulação do ar, não coloque móveis ou outros objetos a tapar os radiadores. De nada lhe serve ter os radiadores ligados, se o ar quente não circula. Limpe, aspire e mude os filtros regularmente de ventiladores, aquecedores, radiadores e ar condicionados. Reduz o pó, otimiza e melhora a qualidade do ar. Além disto, se com o aquecimento ligado, sentir os radiadores frios, é porque é necessário purgar. Reduza alguns graus a temperatura da caldeira, esquentador e aquecimento central. Acredite: não vai notar a diferença. Os aparelhos elétricos portáteis são baratos mas, feitas as contas, no final do ano fica mais caro. Na página da Deco, pode fazer uma simulação para saber qual o melhor sistema para sua casa. Se vive num último andar ou numa moradia isole o sótão com material como lã de rocha ou placas de poliestireno extrudido. Se tiver lareira, pense em investir num recuperador de calor. Gasta muito menos do que uma lareira aberta. Desligue o aquecedor sempre que sair de casa. A casa não demora assim tanto a aquecer, mas é possível poupar energia a valer apenas com este passo.
Conselho: Lembre-se que 20 graus são mais do que suficientes e que cada grau a mais significa um consumo extra de mais 7%. Obviamente, lembre-se sempre de desligar o aquecimento durante a noite. Manter o aquecimento ligado toda a noite é um gasto totalmente desnecessário. pub
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opiniãopública: 23 de novembro de 2017
Não perca o calor aposte no isolamento Cerca de 40% do consumo energético é despendido em edifícios de habitação e de serviços. Um bom isolamento térmico evita as perdas de calor, reduzindo a necessidade de investir em sistemas de climatização e evita gastos energéticos desnecessários em aquecimento. De acordo com alguns investigadores da Faculdade de Engenharia do Porto, o nível de isolamento evita as pontes térmicas, ou seja, locais onde ocorre uma significativa dispersão de calor devido à junção de materiais com comportamentos térmicos distintos ou à interrupção de isolamento.
Paredes: as paredes exteriores devem ser concebidas de forma a reduzir as trocas térmicas entre o exterior e o interior. Uma das técnicas mais eficazes é a construção de paredes duplas que formam entre elas uma caixa de ar, que é muitas vezes preenchida por um material isolador. Num edifício já construído, o isolamento das paredes pode ser reforçado tanto pelo exterior como pelo interior através da aplicação de camadas isolantes na parte externa ou interna da parede. São procedimentos simples, contudo devem ser realizados por mão de obra especializada. Coberturas: as coberturas planas devem ser cobertas por materiais como a brita para que a energia radiante do sol não as atravesse. Nestes casos, o isolamento térmico também pode ser realizado com base em plantações nas coberturas dos edifícios (coberturas ver-
des), que reduzem a radiação incidente do sol na laje de cobertura. Nas coberturas inclinadas, o isolamento térmico é feito através da utilização de materiais como a cortiça ou o poliuretano, que são colocados entre as telhas e a laje de cobertura. Pavimentos: cerca de 15% do calor de um edifício perde-se pelo pavimento. O pavimento eficientemente isolado ajuda a manter a temperatura ambiente, o conforto interior e reduz as condensações no interior da casa. Os pavimentos térreos devem ser sempre isolados. Embora seja uma solução fácil de executar se for prevista em projeto ou na altura da construção, não é impossível para situações existentes. É uma solução que requer a intervenção de mão-de-obra especializada e pode implicar grandes alterações, pois o pavimento novo ficará mais alto e as portas e as guarnições têm que ser cortadas à medida.
Vidros e janelas: as superfícies vidradas desempenham um papel muito importante no domínio da eficiência térmica do edifício. Se, por um lado, podem contribuir para a entrada de calor sem custos, por outro, podem ser saídas através das quais o calor se dissipa, quando não são construídas e montadas de uma forma apropriada. A intervenção ao nível das janelas deve ser feita com o intuito de reduzir as infiltrações de ar não controladas, aumentar a captação de ganhos solares no Inverno, reforçar a proteção da radiação solar durante o verão e melhorar as condições de ventilação natural. O isolamento térmico de uma janela depende da qualidade do vidro e do tipo de caixilharia utilizado. As janelas que possuem vidros duplos têm maior capacidade de isolamento do que os vidros simples, já que o espaço entre os dois vidros serve para reduzir a perda de calor. Geralmente, quanto maior este espaço, mais isolante é o vidro.
As janelas de vidro duplo reduzem quase a metade a perda de calor comparativamente com os vidros simples. Caixilharias: também as caixilharias das janelas desempenham um papel chave na dissipação do calor. As caixilharias em madeira, pvc ou alumínio com corte térmico são as que apresentam melhores propriedades térmicas, enquanto as de alumínio que não disponham de corte térmico só são adequadas nos casos em que esteja instalada uma barreira que impeça a passagem do calor, para evitar o problema da condensação. Se existir espaço suficiente nas caixas de estores, pode ser introduzido material isolante, a um preço razoável, evitando as entradas de ar frio no Inverno e assim impedir as desnecessárias perdas de energia. Fonte: https://ec.europa.eu/energy/intelligent/projects/sites/ pub
opiniãopública: 23 de novembro de 2017
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A decoração que ajuda no frio
Espaços cheios: os objetos retêm o calor, pelo que se uma casa tiver bastante mobília e peças de decoração será sempre mais quente e acolhedora. Se decidir avançar com uma remodelação, lembre-se ainda que as estantes com livros são o isolamento ideal para manter o calor dentro das divisões do lar. Já móveis como sofás, camas ou cadeiras podem ser afastados das zonas mais frias e colocados corretamente junto às paredes interiores que conservam sempre mais calor. Outra opção fantástica para forrar as paredes e deixar a casa mais confortável é utilizar quadros e fotografias ou mesmo espelhos. Prefira os têxteis: no que toca aos sofás, prefira versões em tecido em vez de pele, que é muito fria no inverno. Complete com almofadas em tecidos quentes, como a camurça ou veludo, e recorra também a muitas mantas polares ou de malha. Quanto às cortinas, opte por tecidos pesados, grossos e opacos, mantendo as versões mais leves, como a organza, por baixo das anteriores. Tapetes e carpetes: grande parte do calor é perdida pelo chão, pelo que recomendamos o recurso a tapetes e/ou a carpetes. Assim, não só garante um isolamento extra, como mantém os pés mais quentes quando caminhar pela casa. Cores quentes nas paredes: em primeiro lugar, deve ficar a saber que o papel é a escolha ideal para manter a casa quente. Não é um bom condutor de calor, pelo que não deixará escapá-lo da sua sala. Se decidir pintar, opte por tons bem quentes para uma ou várias paredes do espaço em causa: além do efeito psicológico, uma vez que tendemos a sentirmo-nos mais aconchegados em espaços com este tipo de cores, as paredes mais escuras acumulam e preservam melhor o calor.
Certificado energético O certificado de eficiência energética é um documento que, tal como o nome indica, comprova a eficiência energética de um imóvel. Esta certificação é feita por técnicos da Agência para a Energia (ADENE) que, depois de avaliar, atribui ao imóvel uma etiqueta que vai de “A+” (muito eficiente) a “G” (pouco eficiente). Através do certificado energético, são apresentadas informações sobre o seu consumo energético do imóvel relativamente à climatização e às águas quentes sanitárias e são também incluídas medidas que pode implementar para melhorar a eficiência energética e reduzir o consumo de energia do seu imóvel. O certificado de eficiência energética tem uma validade de 10 anos no caso de edifícios de habitação e de pequenos edifícios de comércio e serviços e de 8 anos no caso de grandes edifícios de comércio e serviços. Deve ainda ter em conta que pode ser multado caso o seu imóvel não tenha certificação energética. As multas variam entre 250 euros e 3.740 euros para particulares e entre os 2.500 euros e os 44.890 euros para empresas. A certificação de eficiência energética é obrigatória em vários casos: edifícios novos; edifícios que sejam reabilitados em 25% do seu valor; edifícios de comércio ou serviços com área interior útil igual ou superior a 1000 m2 ou 500 m2 no caso seja supermercado, hipermercado, centro comercial ou piscina coberta; edifícios que sejam propriedade do Estado, ou ocupados por uma entidade pública e frequentados pelo público, com uma área interior útil superior a 500m2, imóveis que sejam colocados para venda ou arrendamento para habitação; e permutas e trespasses.
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