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Xavier Ferreira, presidente da Associação Comercial e Industrial de Famalicão

“Ao comprar em Famalicão, fazemos com que o emprego, o dinheiro e os impostos fiquem aqui” A iniciar um segundo mandato à frente dos destinos da Associação Comercial e Industrial de Famalicão (ACIF), Xavier Ferreira entende que esta equipa diretiva tem conseguido uma maior proximidade aos associados, numa aposta clara em estratégias que tragam mais pessoas ao comércio tradicional. Afinal, ao comprarmos em Famalicão, sustenta Xavier Ferreira, estamos a contribuir para o desenvolvimento do concelho.

mos a ajudar das famílias famalicenses, a garantir que os impostos ficam cá, a criar postos de trabalho, induzindo tudo isto a criação de riqueza no próprio território onde vivemos. Daí ser importante comprar com o coração. Porque isso significará que a maioria dos famalicenses irá querer comprar em Famalicão.

Terminou o seu mandato como presidente da ACIF e recandidatou-se a novo mandato, sendo reeleito para o cargo. Que balanço faz do mandato que terminou e que objetivos define para o que agora está a iniciar? O meu primeiro mandato, que recentemente terminou, foi mais curto do que o normal e com ele deu-se início a um ciclo com objetivos claros, como a aproximação e a comunicação mais efetiva com os associados ACIF. A recandidatura decorreu de um balanço positivo dos cerca de dois anos de mandato, mas também da convicção de que não fazia sentido interromper uma caminhada que trouxe ganhos para a atividade económica. Temos tido sucesso na proximidade aos associados, aliada à notoriedade alcançada nos diversos eventos e iniciativas que temos levado a cabo. Quero por isso revalidar esse compromisso de trazer mais e melhor

Alexandre Ribeiro/ WAPA

Sofia Abreu Silva

para a atividade económica e cumprir um novo mandato com um pendor de mudança, no sentido de trazer pessoas de outras áreas, como a indústria, que têm estado mais arredadas da dinâmica da associação. Com esta direção foi criado o slogan “Compre com o coração, compre em Famalicão”. Esta é uma ideia que tido força? Para além de ser uma ideia que tem força, penso que resulta e assenta muito bem naquilo que é a função da ACIF. Todas as iniciativas que realizamos têm em conta os associados e a promoção e dinamização do comércio tradicional. Um comércio de proximidade,

diferenciado do que é realizado nas grandes superfícies, e nesse sentido pretendemos apelar a essa relação dos famalicenses com o seu comércio, com as empresas do concelho de Famalicão. Comprando em Famalicão, estamos a contribuir para o desenvolvimento da nossa terra, para que o nosso dinheiro e os nossos impostos fiquem cá. Só dessa forma será possível sermos cada vez mais competitivos, promovendo o sucesso da nossa economia, do que é nosso, feito cá no concelho. O objetivo do slogan é apelar a essa relação mais sentimental com os nossos. Não podemos esquecer que ao comprar na nossa cidade, no nosso concelho, esta-

Um dos objetivos era que a sede da ACIF voltasse ao centro da cidade. Isso está cada vez mais perto? Esse é sem dúvida um dos grandes objetivos e que está cada vez mais perto de se concretizar. A nossa sede social está neste momento a ser intervencionada e a previsão é que voltemos a ocupar esse espaço, remodelado e com outras condições, no decorrer do ano de 2018. Penso que esse será um passo muito importante para a ACIF, não só no sentido de estar mais perto do centro da cidade, onde se concentram o maior número de lojas de comércio, mas também pela possibilidade de dispormos de alguns espaços necessários para a atividade que desenvolvemos. O número de novos associados tem crescido. Esse aumento é um sinal que o trabalho da ACIF é visível aos olhos do comércio e da indústria? Naturalmente que se o número de novos associados cresceu e tem continuado a crescer, isso é porque os comerciantes e industriais do concelho reconhecem na ACIF

um papel importante e útil para o desenvolvimento da sua atividade económica. Não temos dúvidas que o nosso trabalho é visível em todo o concelho, mas como é óbvio também não estamos satisfeitos e queremos fazer sempre mais e melhor em prol dos associados. E para isso é importante que o número de associados continue a crescer, aumentando a nossa representatividade e consequente força nas matérias que são importantes para o futuro do comércio e da indústria do concelho. A ACIF é dos associados e são eles que definem como, quando e onde podemos chegar. Do trabalho de proximidade que a ACIF tem feito com os comerciantes, quais são as maiores dificuldades que são apresentadas? As grandes dificuldades dos comerciantes prendem-se com a necessidade de se revitalizarem e reinventarem, algo que só é possível com alguma disponibilidade financeira para o efeito. Não existem atualmente grandes apoios ou programas que permitam essa revitalização no comércio, e por isso também se assista a uma rotatividade tão grande no tipo de lojas que abrem e fecham todos os meses. Daí também ser importante trazer atrativos para o centro da cidade, atividades que criem dinamismo e com isso consigam atrair um maior número de pessoas, sejam do concelho ou cidades vizinhas. »»»»» continua pub


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ESPECIAL

opiniãopública: 7 de dezembro de 2017 pub

»»»»» continuação Outro grande problema da cidade é a falta de habitação permanente no centro e como consequência a falta de pessoas no centro. E de serviços públicos também. Mais recentemente têm-se agravado também as questões da segurança, algo que é essencial existir, e a prova disso mesmo é a onda de assaltos que se tem registado. Qual a vossa relação com a Câmara de Famalicão? A Direção da ACIF pauta-se por um relacionamento institucional saudável, de estreita colaboração e respeito mútuo, salvaguardando, no entanto, a total independência das duas instituições. E o que vale para esta relação, vale também para todas as outras, do concelho ou não, em que nos pautamos por um relacionamento aberto e de disponibilidade face àquilo que são os interesses dos nossos associados. A reabilitação do centro da cidade é uma medida positiva? Diria que a reabilitação no centro da cidade não só é positiva como fundamental para continuarmos a evoluir e a podermos ambicionar cada vez mais. Todas as medidas que sejam para melhorar e dar outras condições para que a atividade económica se desenvolva, são bem vindas. Está aí uma nova campanha de Natal. É notório o grande investimento este ano. A intenção passa, justamente, por ter fortes motivos de atração para que a escolha recaia no comércio tradicional? Sem dúvida que a intenção é atrair mais pessoas para Famalicão e depois delas cá estarem, deixar que os comerciantes façam a sua parte, promovendo as suas lojas e negócios. A grande atração desta Campanha de Natal é o Espetáculo de Luz e Som situado na Praça D. Maria II, algo inédito em Portugal no que se trata de Natal. E só foi possível trazermos este espetáculo para Famalicão graças à parceria com os associados e empresários da ACIF ao apoio do município, mas também graças aos apoios dados por alguns associados da ACIF que quiserem ser parceiros nesta iniciativa. Por isso, também uma palavra para eles por acreditarem na importância deste acontecimento para a cidade. Para além disso, Famalicão tem mais coisas a oferecer neste Natal, como o comboio e o carrossel, a pista de gelo, o mercadinho de Natal e as iluminações natalícias, nas ruas da cidade e das vilas do concelho, que são uma referência e merecem aliás várias menções na comunicação social e nas recomendações de cidade a visitar por algumas publicações da especialidade. É claro que tudo isto implica grande investimento, muito trabalho e também enorme responsabilidade, mas vemos toda a Campanha de Natal como um momento preponderante para o comércio e para os famalicenses, e sem sombra de dúvida que terá o devido retorno para todos nós. Por que razão devem as pessoas apostar no comércio tradicional? A tendência é para que as grandes marcas deixem as grandes superfícies e passem para as ruas. Isto já diz alguma coisa sobre a importância do comércio de rua, de proximidade, aquilo a que chamamos comércio tradicional. E a verdade é que aos poucos se vão criando cada vez melhores condições para que os consumidores prefiram ca-

minhar nas ruas e façam as suas compras nas lojas da sua cidade ou do seu concelho. E são vários os motivos para que as pessoas apostem no comércio tradicional. Primeiro, e muito importante para a maioria das pessoas, porque os preços são na maioria dos casos tão ou mais acessíveis do que os praticados nas grandes superfícies comerciais. Convido até as pessoas a fazerem esse teste, comparando preços e produtos, num e noutro sítio. E certamente que ficarão surpreendidas com o resultado. Depois porque comprando no comércio tradicional, na loja da nossa rua, na loja do nosso vizinho, teremos ali criada uma relação privilegiada, impossível de obter noutro tipo de lojas. Permitirá um conjunto de benefícios e serviços de grandes vantagens para o consumidor final. As lojas de proximidade têm qualidade, diversidade, bom atendimento e preços competitivos. A ACIF vai organizar pelo segundo ano a iniciativa “Famalicão Porto de Encontro”. O que é este evento e que novidades traz para este ano? O nosso convite é para que todos venham conhecer o melhor da tradição gastronómica famalicense e deliciaremse com a saborosa oferta de um cálice de vinho do porto. Entre 7 e 24 de dezembro, convidamos as pessoas a pedirem uma rabanada nos restaurantes aderentes, oferecendo o cálice de vinho do Porto. Já no dia 24 de dezembro pretendemos que as pessoas saiam às ruas e brindem com familiares e amigos, fazendo jus a esta tradição famalicense. Este ano temos um maior número de restaurantes aderentes, 35, e também 11 bares, todos eles associados da ACIF. Este ano, no dia da apresentação da iniciativa, teremos também uma jovem empreendedora do concelho, que ganhou o 3º prémio no “Meu Projecto é Empreendedor”, com uma ideia inovadora de gomas alcoólicas. Um produto que ela desenvolveu e que ajudaremos a promover no lançamento do Porto de Encontro, já que apresentará gomas feitas com vinho do Porto da marca patrocinadora do evento. Nesta iniciativa temos ainda a parceria com o Clube Motard Os Escorpiões, com o Porto Solidário, que consiste na atividade do Clube realizada na tarde do dia 24 de dezembro, em que fazem a distribuição de uma garrafa de vinho do Porto e um bolo rei nos locais, como hospitais, bombeiros e outras instituições, em que existem pessoas a trabalhar nessa noite. São também nossos parceiros a GNR, a PSP e as corporações de bombeiros da cidade na iniciativa Porto Seguro, que consiste essencialmente numa parte mais de sensibilização para o consumo do álcool, recorrendo à ideia de beber com moderação e tendo sempre em consideração a parte da segurança. Como vê o futuro da ACIF? Tudo faremos para que esta instituição centenária tenha a notoriedade que a sua história escreveu até aos dias de hoje, deixando para as gerações vindouras um património e uma marca reconhecidos e estimados por todos os famalicenses. Queremos continuar a honrar todos quantos deram o seu melhor pela instituição na sua passagem pelos órgãos sociais e demais associados que colaboraram com a ACIF. Se tivermos sempre isto em linha de conta, certamente que o futuro da ACIF será bastante risonho.


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ESPECIAL

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Famílias preveem gastar 338 euros no Natal Os portugueses preveem gastar 338 euros este Natal, repartidos entre presentes (53%), alimentação e bebidas (34%) e eventos sociais (13%), uma redução de 21 euros face a igual período de 2016, revela um estudo da Deloitte. Assim, regista-se uma evolução muito favorável das expectativas dos consumidores portugueses em relação à sua situação económica e poder de compra, pela primeira vez, desde que o estudo é realizado. Portugal é até o mais otimista de todos os países analisados e aquele onde se observou a maior evolução face ao ano passado. De acordo com o "Estudo de Natal 2017", entre 2009 e 2014, registou-se um decréscimo superior a 50%, no consumo dos portugueses, estimado para a época natalícia, de 620 para 270 euros por agregado. Entre 2015 e 2016, começou a registar-se uma tendên-

cia crescente. “Relativamente ao estado futuro da economia, a maioria dos países europeus, incluindo Portugal, tem uma expectativa de evolução igualmente positiva, com apenas a Grécia a apresentar um saldo desfavorável nas respostas dadas”, lê-se no estudo. Portugal lidera este indicador com 32% dos inquiridos a revelar uma expectativa “positiva”, face aos 4% verificados em 2016. No que se refere ao Orçamento do Estado para 2018, dois terços dos portugueses inquiridos consideram que terá um impacto “positivo” ou “neutro” no seu comportamento de compra. Portugal é o único país que sente que o seu poder de compra evoluiu, favoravelmente, face ao ano anterior. “O

saldo entre respostas positivas e negativas é, este ano, de +2%, o que representa uma subida de 25 pontos percentuais, face a 2016”, conclui a Deloitte. O “Estudo de Natal 2017” abrangeu 10 países e foi desenvolvido com base numa amostra representativa de consumidores europeus, num total de 8.154 inquiridos, dos quais 762 portugueses, durante o mês de outubro de 2017.

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As prendas de Natal preferidas Livros, chocolates, roupa e calçado constam dos principais presentes que os portugueses vão dar no Natal, sendo também os que mais esperam receber, revela um estudo da consultora Deloitte. O ‘top 10’ de prendas que os portugueses pensam dar (excluindo as de criança) é, assim, liderado pelos livros (55%), opção à qual se seguem chocolates (54%), roupa e calçado (49%), cosméticos e perfumes (47%), alimentação e bebidas (26%), produtos de beleza e tratamentos (25%), acessórios (24%), dinheiro em numerário (23%), CD (19%) e jogos (17%). Quanto ao calendário, perto de metade dos inquiridos (tanto em Portugal, como no resto da Europa) tenciona comprar as prendas durante o mês de dezembro. De acordo com este estudo, comprar na loja física é o meio mais utilizado pelos portugueses, com um peso superior a 89%. Pelas contas feitas, quase metade dos portugueses gastou mais do que tinha orçamentado nas festas de Natal e de Ano Novo do ano passado.


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ESPECIAL

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Pai Natal chega este domingo a Famalicão Já está no centro da cidade de Famalicão a Campanha de Natal. Este ano, destaque para o espetáculo que acontece três vezes por dia durante a semana (17h30, 18h30 e 21h30) e cinco vezes por dia ao fim-de-semana e feriados (17h30, 18h30, 19h30, 21h30 e 22h30) e que é a grande novidade deste ano da Aldeia Natal que abriu domingo, estando a funcionar até ao início de janeiro. Destaque também para o Mercado de Natal que conta com a participação de mais de 20 artesãos com sugestões de presentes únicos e de grande beleza. Para os mais novos e mais corajosos há que experimentar a Pista de Gelo, com cerca de 200 metros quadrados e com uma capacidade para 50 pessoas, que se junta ao já habitual carrossel e ao comboio de Natal que vai percorrendo as ruas em ambiente de grande alegria. E porque é Natal, não falta a sumptuosa árvore com 20 metros. Assim, por toda a cidade vive-se um ambiente de verdadeira magia e fantasia com mais de um milhão de leds a iluminar cerca de 20 ruas do centro urbano, 4 rotundas nas entradas e saídas da cidade e vários edifícios municipais. Para além da cidade, as vilas de Joane, Ribeirão e Riba de Ave também ostentam as luzes de natal. Entretanto, no próximo domingo, dia 10 de dezembro, às 15 horas, será assinalada a chegada do pai Natal a Famalicão com distribuição de gorros e balões e animação musical. Irá decorrer também a abertura da Cabana Solidária do Pai Natal e uma parada a sair dos Paços do Concelho, bem como o Desfile de Pais Natal Sénior, com um pequeno percurso pelas ruas da cidade, até à Cabana Solidária. Recorde-se que a Campanha de Natal promovida pela Associação Comercial e Industrial de Vila Nova de Famalicão (ACIF) e Unidade de Gestão do Centro Urbano, com o apoio da Câmara Municipal, tem como assinatura: “Famalicão, um lugar para sonhar”. pub

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