Opinião Especial - FC Famalicão Equipa Feminina

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ESPECIAL

opiniãopública: 31 de outubro de 2019

Jorge Silva, presidente do Futebol Clube de Famalicão

“O futebol feminino é a área de desporto com maior margem de crescimento” Com o futebol feminino a crescer no nosso país, Jorge Silva não quis deixar de olhar para essa realidade. O presidente do FC Famalicão inteirou-se da modalidade e partiu para a construção do plantel.

bergar também o futebol feminino, partimos para a luta. Primeiro fomos à procura de um conhecimento desta realidade e percebemos que este projeto tinha de ser à medida do próprio clube: ambicioso. Não podíamos começar o projeto de uma forma ligeira e que não fosse, em rigor, à imagem do clube. AnaliPedro Sousa sando isso, fomos à procura de contratar pessoas com conhecimento sobre a modalidade.

Como é que surgiu o projeto da equipa feminina do Futebol Clube de Famalicão? Foi perceber que há realidades que têm de ser observadas. O FC Famalicão tem uma vertente natural que se chama “futebol” e o futebol feminino é uma realidade. Mau seria se não observássemos essa realidade. Examinamos e pensamos se seria possível levar adiante um projeto da dimensão do FC Famalicão no futebol feminino. Feita a reflexão devida e depois encontrando alternativas a esta Academia porque, para já, não consegue al-

Em ano de estreia, como está estruturado o futebol feminino? Está estruturado em dois escalões neste momento. Temos a equipa sénior e a formação de sub-19. Foi esse o nosso ponto de partida. A equipa de sub-19 está a evoluir na nossa Academia, enquanto a formação sénior está a treinar em Arentim, num campo cedido por pessoas extraordinárias que nos cederam condições bastantes boas. Ofereceram condições extraordinárias para que possamos fazer um bom trabalho.

Quais foram as principais dificuldades para criar este projeto novo no FC Famalicão? A principal dificuldade foi o total desconhecimento. Esta direção não tinha o menor conhecimento sobre o que é o futebol feminino. Foi importante encontrar alguém com esse saber, neste caso, o nosso coordenador Manuel Graça. Ainda antes de ele iniciar atividade connosco, já tínhamos conversado para perceber a realidade do futebol feminino, nomeadamente, sobre a segunda divisão, que é aquela em que militamos, e também da primeira divisão, que é aquela que ambicionamos. Portanto, foram iniciadas essas conversações para perceber e aí foi difícil. Não tínhamos qualquer conhecimento sobre a modalidade. Tinha visto alguns jogos na televisão já com dimensão significativa, como por exemplo as competições europeias e campeonatos do mundo. Aí comecei a perceber a importância do futebol feminino. Descobrimos a pessoa certa e depois aconteceram coi-

sas bastantes interessantes. Prevê a criação de mais escalões no futebol feminino? Tem a equipa sénior e a formação de sub-19… Isso é uma obrigação. O FC Famalicão tem tradicionalmente a caraterística da relação com os mais pequenos. Nas escolinhas, pretendemos a criação do futebol feminino. A formação é essencial e temos de ter formação de qualidade. Num espaço muito curto, naturalmente do ponto de vista logística, tem de ser tudo feito com muita cautela, porque é preferível termos paciência no projeto do que começar com presa e condena-lo logo à nascença. Contudo, a nossa pretensão para o futebol feminino é a mesma que temos no futebol masculino, ou seja, as possibilidades de as meninas, desde tenra idade, possam ter contato com a bola e com a realidade do futebol. A realidade que vivemos hoje, que é bastante superior aquela que existia há uns pub


opiniãopública: 31 de outubro de 2019 tempos atrás, num futuro muito próximo, será algo que vai surpreender muitas pessoas. O futebol feminino é a área de desporto com maior margem de crescimento.

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Quando contratamos o João Marques, tínhamos a noção que estávamos a contratar o melhor treinador nacional de futebol feminino..”

E como vê o futebol feminino a nível nacional? Vejo em crescimento continuado, até por força das obrigações da FIFA, com imposições a dizer o que pretende para o futebol feminino, obrigando os clubes que participam nas competições europeias tenham futebol feminino. Sabemos que quando isso for uma realidade e uma obrigação, o futebol feminino vai disparar, mas quando isso acontecer, o FC Famalicão já estará bem preparado. A equipa sénior, como já referiu, está a treinar em Arentim. Para quando é que elas podem começar a treinar sempre na Academia? Estamos todos a fazer um esforço muito grande para fornecer as condições necessárias para que elas possam evoluir na Academia, porque queremos que tenham condições de excelência. Nós temos uma equipa técnica rigorosa e exigente, que não se contenta com a mediania. Nós pedimos um trabalho de excelência e eles exigem condições de excelência.

sado que o futebol não é para meninas, isto é, foi o meio em que fomos educados, só tenho a dizer que venham ver os jogos e vão perceber que as meninas têm tanto ou mais talento que os homens a jogar futebol, têm tanto ou mais magia nos pés quanto os homens do futebol. No entanto, têm uma característica que me tem surpreendido. É muito difícil uma menina num jogo de futebol queixar-se. É muito difícil uma menina fazer teatro. O tempo de jogo útil é superior a uma partida de futebol masculino. Portanto, a forma como elas veem o futebol e sentem o futebol é extraordinário. O que tenho a dizer aos adeptos é que venham e vão descobrir esta nova realidade e orgulhem-se também deste grande projeto do futebol do FC Famalicão.

Então quais são os objetivos a curto e longo prazo para a equipa sénior? A curto prazo é melhorar a cada dia. A curto prazo é perceberam o significado de vestir a camisola do FC Famalicão. Percebendo isso, e com a qualidade que existe, temos a ambição natural de crescer, de nos afirmar e sermos observados como um clube de excelência no futebol feminino. Para isso, são precisos resultados. São esses resultados que vão fazer das palavras e das intenções uma objetividade. Foi com esse objetivo que contratou João Marques? Eu diria que a contratação do mister João Marques vai ao encontro com a excelência que pretendemos. Eu vou ser sincero. Não sei estar de outra forma na minha vida. Quando contratamos o João Marques, tínhamos a noção que estávamos a contratar o melhor treinador nacional de futebol feminino. Sabíamos que ao trazer uma pessoa com as caraterísticas do mister tínhamos de estar disponíveis para lhe dar, pelo menos, o mínimo que ele pretendia. Sendo uma pessoa ambiciosa, ele quer sempre mais e nunca está satisfeito. Portanto, esta exigência do nosso treinador com a direção, a exigência do treinador com as jogadoras e a exigência da direção com o treinador, este triângulo, o que se pretende é que tenhamos sucesso com este projeto. Estamos todos muito envolvidos nele. Agora indo atrás, voltando à pergunta

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sobre a Academia, pensamos num espaço temporal de três ou quatro meses ter a segunda fase da Academia pronta. Portanto, temos de andar a grande velocidade e aí sim, vão perceber que estão em casa com as devidas condições. A aquisição de João Marques está relacionada com o facto de ele ser um bom atrativo para contratar jogadoras? Uma vez que é um projeto novo, as atletas não tinham o conhecimento deste desafio e às vezes pode criar uma certa dúvida para aceitarem algo novo… Sem dúvida. Estamos a iniciar um projeto. A equipa que o FC Famalicão está, falando do escalão sénior, ao nível do melhor que há neste país em termos de qualidade. Essa qualidade só foi possível com a vinda do mister

João Marques para comandar o plantel. Que mensagem quer deixar aos adeptos do FC Famalicão, principalmente, aqueles mais céticos em relação ao futebol feminino e que passem a vir à Academia ver a equipa feminina do clube? Nós queremos dizer aos nossos adeptos e sócios simplesmente o seguinte. O FC Famalicão é, para muitos, uma parte significativa das suas vidas. O clube mexe muito com os famalicenses e o orgulho deles é ver o clube crescer e a mensagem que gostaria de transmitir é que o futebol feminino faz parte desse mesmo crescimento. Porém, também temos a noção e a clarividência de perceber que só com pessoas é que são bem conseguidos. Aquilo que possa, eventualmente, ser pen-

Agora uma pergunta mais pessoal. Está nomeado para o prémio excelência na Gala de Desporto de Vila Nova de Famalicão. Que significado tem isto para si? O significado que tem para mim é que estes prémios individuais só têm sentido se forem vistos do ponto de vista coletivo. O Jorge Silva chamado a este evento não faz muito sentido. O presidente do FC Famalicão a ser chamado ao reconhecimento da sociedade, eu diria que é inteiramente justo e digo sem falsa modéstia ou com qualquer falta de humildade. Efetivamente, o FC Famalicão, ao longo destes tempos, tem feito um caminho que é olhado e reconhecido por todos. O presidente do FC Famalicão é só porta-voz das vontades dos famalicenses. É só um condutor das ideias e procura executar exatamente estas ideias. Contudo, é naturalmente um orgulho para mim, mas do ponto de vista individual e pessoal não diz absolutamente nada. Diz sim, naquilo que é o FC Famalicão e naquilo que a justiça possa fazer ao clube. pub


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Natural de Vila Nova de Famalicão, João Marques aceitou o desafio de liderar este projeto devido às intenções do presidente do clube. Já passou por clubes como SC Braga e SL Benfica e agora vai dirigir a primeira equipa feminina da história do FC Famalicão.

Acho que o mais importante para aceitar este projeto foi ter um presidente que valoriza a jogadora..”

Pedro Sousa Como é que surgiu o projeto do FC Famalicão? Surgiu com o convite do nosso presidente. Na altura tinha outras propostas. O presidente explicou o projeto para o Famalicão e foi algo que entendi ser o melhor para a minha carreira nesta altura. É um desafio muito grande. Foi assim que aceitei o desafio do nosso presidente. Como foram estes primeiros tempos à frente do FC Famalicão? Tem sido um projeto muito difícil. Quando se começa algo do zero, significa que vamos ter muito trabalho. Sinto a equipa a evoluir dia após dia, jogo após jogo. Tem sido gratificante. Possuo um grupo de jogadoras com muita qualidade, muito unido e com muito compromisso. Tenho sentido uma evolução de toda a gente e estou satisfeito com o trabalho efetuado até agora. Como é que analisa a II Divisão? Conheço bem esta divisão. Tem algumas equipas com qualidade. Tem outras que nem tanto. É uma divisão com desequilíbrios. Várias equipas vão lutar pela subida, mas só sobem duas. É muito difícil subir de divisão. Vejo um campeonato com muito equilíbrio e uma tarefa muito complicada. Contudo, nós, FC Famalicão, estamos preparados para este desafio e a trabalhar no sentido de conseguir o nosso objetivo. Esse objetivo que acabou de referir, pode ser alcançado com a interligação entre a equipa sénior e a formação de sub-19? Sim, não há nenhum sucesso numa equipa sénior se não houver interligação com a equipa de sub-19. No nosso plantel sénior temos 10 jogadoras dos 14 aos 17 anos e algumas delas são titulares. Claro que nesse processo tem de haver uma interligação entre sub-19 e equipa sénior. Essa ligação existe e cada dia que passa, o trabalho vai ser melhor. Que condições encontrou aqui no FC Famalicão? Se calhar um pouco diferentes daquelas que teve no SL Benfica e no SC Braga… Sem dúvida. Como já referi, uma das coisas que me levou a aceitar este projeto foi o presidente. Acho que o mais importante para aceitar este projeto foi ter um presidente que valoriza a jogadora. Há muita gente que olha

modalidade e, no futuro, haverá mais apostas. Com a ajuda da nossa Federação de Futebol e com a ajuda da FIFA e da UEFA espero que, nos próximos anos, Portugal possa ter equipas ao nível das melhores europeias e mundiais. Sinto, ano após anos, um crescimento muito positivo e sustentável.

João Marques, treinador do Futebol Clube de Famalicão

“Estou num clube que pensa como eu” para as jogadoras de uma forma incorreta, de gozo. Há muito machismo no dirigismo, nos clubes, na comunicação social e acho que, de uma vez por todas, têm de olhar para as jogadoras de uma forma diferente. Sei que nunca vai haver uma aproximação total, mas tem de haver mais condições para a jogadora. Em relação à pergunta. As condições que o FC Famalicão tem neste momento são aceitáveis. Claro que andamos com a casa às costas, mas sei bem o esforço que o clube e o presidente têm dado ao futebol feminino e que, a qualquer momento, vamos ter condições de excelência. Temos tempo. Compreendemos que as obras e construções não se fazem de um momento para o outro e há sempre atrasos. Nós, equipa feminina, estamos tranquilos. As con-

dições que temos agora são as necessárias para nós termos sucesso nesse projeto. Como disse, quando menos esperarmos, vamos ter condições que pouca gente tem. Falando agora de um panorama mais geral. Esta obrigação que a UEFA vai colocar nas equipas que estão a disputar competições europeias - de terem uma formação feminina de futebol - ajuda a crescer ainda mais a modalidade aqui em Portugal? Sim, é uma decisão muito importante. Quantos mais clubes entrarem no futebol feminino, o crescimento será mais sustentado. Estou no futebol feminino há quatro anos. Entrei quando começou a evoluir. Hoje em dia tem havido muitos clubes a apostarem na

Pegando um pouco por aí. Como vê o futebol feminino a nível nacional e internacional? Sente que Portugal pode estar numa fase final de um europeu ou até de um mundial num futuro próximo? Sim, sinto. A qualidade, nos últimos três anos, do futebol feminino tem aumentado muito. Com a entrada de clubes que têm equipa masculina com renome, como são os casos de SL Benfica, SC Braga, Sporting CP, agora o FC Famalicão, o Vitória SC, o Gil Vivente e mais clubes, sinto que o futebol feminino português estará à altura do desafio. Num futuro próximo, vejo Portugal a conquistar coisas a nível europeu e mundial. O João é um dos maiores defensores do futebol feminino. É essa postura que quer trazer aqui para o FC Famalicão, para cativar os adeptos famalicenses a virem assistir aos jogos da equipa feminina? Sou um defensor das jogadoras. Estou num clube que pensa como eu. Queremos cativar e trazer os nossos adeptos em massa para assistirem aos nossos jogos. Temos visto que, jogo após jogo, mais pessoas têm vindo apoiar, porque temos um futebol ofensivo e atrativo. Aquelas pessoas que pensavam que o futebol feminino não tem qualidade, estão a ver que afinal há. Nós, jogo após jogo, vamos conquistar mais adeptos, mais sócios porque a massa adepta do FC Famalicão é muito boa e eu conheço muito bem. Acredito que, durante o campeonato, vamos conseguir trazê-los para virem ver os nossos jogos. pub


opiniãopública: 31 de outubro de 2019 É internacional brasileira e a primeira capitã de uma formação feminina do Futebol Clube (FC) de Famalicão. Esta é a segunda passagem por Portugal de uma jogadora que já foi apelidada de “Gabi Neymar”.

“Sinto-me bastante feliz quando estou dentro do campo”

O que levou a aceitar o projeto do FC Famalicão? Já tinha trabalho com o mister João no SC Braga. Este é um projeto novo que tem muito para crescer. Aceitei a proposta por ser um projeto novo e penso que vamos ter o sucesso que pretendemos. Apresenta um pouco a Gabi jogadora do FC Famalicão. Como é que é a capitã do clube famalicense dentro do campo? A Gabi é uma jogadora alegre. Gosta de “brincar” com a bola, também de marcar golos e ajudar a equipa, porque isso é o mais importante. Sinto-me bastante feliz quando estou dentro do campo.

doras e jogadores brasileiros. Existe essa “escola” no Brasil, onde os jogadores têm primeiro de passar no futsal para depois passarem para o futebol 11? Sim, acho que a maioria dos jogadores brasileiros passaram pelo futsal. Eu sou uma jogadora que ainda gosta de jogar futsal, mas É internacional brasileira e conquistou o sul- agora estou a trabalhar no futebol 11 e espero americano em sub-20. Como é que foi essa crescer ainda mais. experiência? A experiência foi muito boa jogar pela sele- A certa altura da carreira, chegou a ser apelição brasileira. Espero voltar um dia. Acredito dada de “Gabi Neymar”. Como é que surgiu que com trabalho vou conseguir concretizar esse apelido? esse objetivo. Eu jogava no ataque e fazia bastantes golos. Foi aí que me começaram a chamar “Gaby E como é que é partilhar o balneário com jo- Neymar”. Eu levava isso na brincadeira. gadoras como a Marta ou a Formiga? Agora estou a jogar no meio-campo e quero Jogar com a Marta e a Formiga é maravilhoso. continuar a trabalhar. Melhorar cada vez É emocionante jogar com jogadoras que, para mais, ajudar a equipa e continuar a marcar mim, são as melhores do mundo. Sou muito golos. fã delas. Para mim, elas são uma inspiração. É uma das mais experiências experientes no Então inspirou-se nelas para seguir a carreira plantel, relativamente ao currículo. Há muitas no futebol? jogadoras jovens. Que conselhos é que dá às Sim, claro. Quando era mais nova, estava jogadoras mais jovens? sempre a falar para a minha mãe a dizer que É verdade. Há muitas jogadoras jovens no gostava de ser a Marta. Depois tive a oportu- plantel. Apesar de ter mais currículo, ainda nidade de jogar com ela e isso, para mim, foi aprendo muito com as jogadoras mais novas, um momento único. mas tento também passar alguma aprendizagem que fui acumulando ao longo da minha Começou a jogar no futsal como muitas joga- carreira.

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Gabi Morais, capitã do Futebol Clube de Famalicão

Pedro Sousa

É a segunda vez que está a jogar em Portugal. Da primeira vez que esteve no SC Braga foi treinada pelo João Marques. Foi um incentivo ter cá o mister para aceitar este projeto? Claro que sim. Aprendi muito com o mister João Marques e com o futebol português. Como ele sabe, eu sou uma jogadora muito complicada de lidar, mas tenho muito que agradecer ao mister, porque estou sempre a aprender a cada dia e a cada treino, ainda mais quando tenho o João Marques como treinador.

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Foi fácil a adaptação à cidade de Famalicão? o apoio dos adeptos. Ainda não conheço muito bem, mas é uma cidade bonita. Tenho de me adaptar ainda Que tipo de balneário encontrou aqui no FC Famalicão? mais à cidade. É um balneário alegre e feliz. Todas brincam Certamente que não conhecia bem o FC Fa- umas com as outras e isso leva uma energia malicão. Porém, já teve contato com a pai- muito positiva para dentro do campo xão dos adeptos famalicenses. Que apelo . faz a esses adeptos para virem assistir aos Quem a jogadora mais brincalhona no baljogos da equipa feminina? neário? O apoio dos adeptos é muito importante. O Neste caso é a Dany. É a jogadora com quem masculino e o feminino, para mim, são a mais brinco, mas também me dou muito mesma coisa. Acho que eles têm de apoiar bem com outras companheiras. Também o feminino porque nós merecemos um brinco muito com a Cris. Ela está sempre a apoio grande. No Brasil, o apoio já está a dizer que eu sou a mais brincalhona da melhorar porque o futebol feminino merece equipa.

Quero um título e que a equipa consiga ganhar todas as competições.”

E quem é manda na música? São as brasileiras que impõem a música ou as portuguesas batem o pé? Na verdade, as portuguesas ouvem muita música brasileira e, então, já não é preciso nós colocarmos porque elas já põem. Agora para terminar, a nível individual, o que espera para esta temporada? Espero crescer individualmente e coletivamente. Quero um título e que a equipa consiga ganhar todas as competições. Quero ajudar o FC Famalicão em todas as maneiras. pub


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