Ano 28 | Nº 1461| De 7 a de 13 maio de 2020| Diretor: João Fernandes | Gratuito | www.opiniaopublica.pt
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Com apoio de empresas e juntas de freguesia
Câmara de Famalicão distribui máscaras, luvas e viseiras à população p. 3
Operação decorreu a semana passada em todas as instituições do concelho que acolhem idosos
APENAS QUATRO UTENTES INFETADOS NO RASTREIO AOS LARES DE FAMALICÃO Há quatro utentes infetados com Covid-19 nos lares de idosos de Famalicão. Os re- pelo novo coronavírus “não serão graves e para já não exigem internamento hospisultados do rastreio que decorreu a semana passada foram avançados pelo diretor talar. A ação resultou de uma parceria entre a Câmara Municipal, que operacionaliACES de Famalicão, em entrevista ao OPINIÃO PÚBLICA. Os quatro casos de infeção zou os testes aos utentes, e a ARS Norte que rastreou os funcionários. p.3
Exército prepara escolas de Famalicão para o regresso dos alunos p. 5
Ribeirão Detido advogado suspeito de encomendar assalto a residência p. 9
Futebol FC Famalicão feminino sobe à I Divisão Nacional
p. 12 pub
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CIDADE
opiniãopública: 7 de maio de 2020
Polícia Municipal abre concurso para cinco vagas A Câmara de Famalicão está a recrutar estagiários para fazer carreira na Polícia Municipal. Estão abertas cinco vagas para trabalhar como agente municipal de 2ª classe. Para proceder à candidatura, os interessados têm de preencher, entre outros, estes dois requisitos: ter o 12º ano de escolaridade e idade inferior a 28 anos, à data do termo do prazo da candidatura. Feita a candidatura há uma série de métodos de seleção. A realização de uma prova de conhecimentos, um exame psicológico, exame médico de seleção e entrevista profissional são as formas encontradas para selecionar os candidatos. Para se candidatar, terá de enviar um email para candidaturas@famalicao.pt ou por correio, em carta registada, com aviso de receção para Câmara Municipal de Famalicão – Praça Álvaro Marques, 4764-502 Vila Nova de Famalicão. A data limite para a formalização de candidaturas é 15 de maio.
Cior distribui viseiras por instituições e empresas do concelho
Uma primeira remessa de viseiras produzidas pela Escola Profissional CIor, de Famalicão, foi entregue, na quinta-feira da semana passada, a Instituições Particulares de Solidariedade Social e empresas do município. Nesta fase foram distribuídas viseiras pelas seguintes instituições e empresas: Centro Social de Calendário, Centro Social de Ribeirão, Centro Social das Lameiras, Mais Plural – Cooperativa de Solidariedade Social, CRL e Primor. Tal como sublinha Amadeu Dinis, diretor da escola, em nota enviada à imprensa, esta ação solidária expressa também, e desde já, o “compromisso da Cior de enfrentar esta situação de emergência e apoiar a comunidade famalicense, no futuro próximo, com todos os problemas, desafios e incertezas que nos esperam e que queremos vencer.” As viseiras agora distribuídas foram feitas por professores e colaboradores da Escola com recurso a equipamentos técnicos, nomeadamente impressoras 3D disponíveis nos laboratórios da CIOR. Esta operação solidária contou ainda com o apoio da empresa Bot'n Roll /SAR- Soluções de Automação e Robótica, Lda e do CeNTI - Centre of Nanotechnology and Smart Materials.
FICHA TÉCNICA
CONSELHO EDITORIAL: Alexandrino Cosme, António Cândido Oliveira, António Jorge Pinto Couto, Artur Sá da Costa, Cristina Azevedo, Feliz Manuel Pereira, João Fernandes, Manuel Afonso e Almeida Pinto. ESTATUTO EDITORIAL: disponível em www.opiniaopublica.pt
DIRETOR: João Fernandes (CIEJ TE-95) jfernandes@opiniaopublica.pt
CHEFE DE REDACÇÃO: Cristina Azevedo (CPJ 5611) cristina@opiniaopublica.pt
REDACÇÃO: informacao@opiniaopublica.pt Carla Alexandra Soares (CICR-248), Cristina Azevedo (CPJ 5611).
DESPORTO: Jorge Humberto, José Clemente (CNID 297) e Pedro Silva (CICR-220).
Mesmo em tempo de pandemia e de Estado de Emergência
Programa Acompanhar mantém resposta a 600 crianças e jovens
O Programa Acompanhar, programa de capacitação cidadã de grupos infantis e juvenis do pelouro da Educação do Município de Famalicão, manteve a resposta de proximidade a mais de 600 crianças e jovens durante os três períodos de Estado de Emergência. Mais precisamente a 613. Logo que foi decretado o encerramento das escolas, os grupos de capacitação e os programas de tutoria individualizada e grupal foram redimensionados, passando a ser geridos à distância através de teleconferência e telefone, e em mais de 20 situações manteve-se o trabalho presencial devido à inexistência de meios de comunicação à distância funcionais. Com o regresso do 3º período escolar, em articulação com os Agrupamento de Escolas e Escolas Profissionais, foi possível melhorar as respostas de capacitação à distância, fruto da disponibilização de mais equipamentos informáticos e soluções de concetividade online e
mantiveram-se as respostas de proximidade, nomeadamente nos contextos de maior risco de exclusão como são os Complexos de Habitação Social e alguns aglomerados populacionais do concelho mais fustigados por bolsas de pobreza, informa a Câmara Municipal em nota à imprensa. A resposta de proximidade traduziu-se no apoio ao estudo à distância, entrega de trabalhos de casa ao domicílio, contactos semanais para averiguar a situação social e escolar, acompanhamento da situação social das famílias e encaminhamento, quando necessário, paras as entidades competentes e trabalho cooperativo com os encarregados de educação no apoio escolar e pedagógico aos filhos e educandos. Neste momento, continuam a reunir semanalmente 613 crianças e jovens com base num programa de capacitação à distância centrado nas competências sociais, formas de gerir a agenda social em
tempos de pandemia, novas formas de comunicar à distância e promoção das competências de inteligência emocional. Outra parte importante passa por fazer o ponto da situação escolar, sendo que nas situações de maior emergência, a gestão do processo é feita em estreita ligação com o Professor Titular, Diretor de Turma ou Direção Pedagógica da Escola. A equipa do Programa Acompanhar, em articulação com as instituições parceiras, viu o número de horas de intervenção aumentar, fruto do número de novas respostas individualizadas a que teve de fazer face. Segundo o vereador da Educação Leonel Rocha “foi possível, apesar das circunstâncias, manter a resposta pedagógica de proximidade e de capacitação para a grande parte dos jovens do Programa Acompanhar, promovendo assim uma maior igualdade de oportunidades no acesso à educação plena e integral numa fase de tantas incertezas”.
Paulo Cunha critica “desconfinamento” desigual a Norte e a Sul A TAP informou que vai retomar a atividade - interrompida pela pandemia da Covid-19 - com 71 rotas a partir do Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, e com apenas três com partida do Aeroporto Francisco Sá Carneiro, uma notícia que não agradou ao presidente da Câmara de Famalicão, Paulo Cunha. O Porto terá, aliás, somente mais um voo do que o previsto para o aeroporto de Ponta Delgada, nos Açores. A disparidade no número de rotas verificada nas infraestruturas aeroportuárias de Lisboa e Porto vai ao encontro de um documento elaborado pelos responsáveis da companhia aérea portuguesa que define, para este ano, uma redução de 63% dos voos com origem no Sá Carneiro.
GRAFISMO: Carla Alexandra Soares e Pedro Silva.
OPINIÃO: Adelino Mota, Barbosa da Silva, Domingos Peixoto, Gouveia Ferreira, J. Mário Teixeira, José Luís Araújo, Sílvio Sousa, Vítor Pereira. GERÊNCIA: João Fernandes
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Paulo Cunha, através da rede social Twitter, chamou a atenção para “o anunciado progressivo desconfinamento não se aplicar da mesma forma em todo o território”. Para o edil o “Norte está de castigo, talvez por ter mais casos Covid-19, quem sabe por querer voltar a exportar”. A esta critica à posição da companhia aérea portuguesa, Paulo Cunha deixa uma pergunta: “E sobre esta decisão da TAP o que pensa o Governo?”. Mas esta posição não é a única. Ao longo dos últimos dias Rui Moreira, o autarca do Porto já tinha demonstrado alguns receios que isto acontecesse, tal como Nuno Botelho, líder da Associação Comercial do Porto.
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opiniãopública: 7 de maio de 2020
CIDADE
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Câmara e ARS Norte realizaram testes a todos os utentes e funcionários das instituições do concelho
Apenas quatro utentes infetados no rastreio aos lares de Famalicão Cristina Azevedo Há apenas quatro utentes infetados com Covid-19 nos lares de idosos de Famalicão. Os resultados do rastreio que decorreu a semana passada a todas as instituições do concelho foram avançados pelo diretor do Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) de Famalicão, Ivo Sá Machado, em entrevista ao OPINIÃO PÚBLICA. No total, foram rastreados os 827 utentes dos Lares de idosos, Unidades de Cuidados Continuados e Lares Residenciais de Apoio à Deficiência, numa operação desencadeada pela Câmara Municipal. Já o CAES ficou responsável pelo rastreio aos funcionários, também mais de 800 no total, resultado de um acordo estabelecido entre a autarquia e a Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte. Sá Machado adiantou ao OP que no universo dos utentes das 26 instituições rastreadas, foram detetados quatro casos de infeção pelo novo coronavírus, “que não serão graves e que para já não exigem internamento hospitalar”. Já no caso dos funcionários não foram registados casos de infeção, embora dois testes tenham dado inconclusivos, sendo necessário uma segunda análise. “São resultados excelentes, muito animadores, tendo em conta a situação muito complicada que se passou, no início, com as situações verificadas no lar Pratinha em Cavalões e no Centro Social de Bairro”, refere o diretor do ACES. Os quatro utentes
No total, foram rastreados 827 utentes e outros tantos funcionários
com teste positivo estão a ser acompanhados pela Unidade de Saúde Pública e estão em isolamento profilático, para que a instituição continue a funcionar. O responsável admite que havia algum receio sobre “o que iríamos encontrar”, tendo em conta o que se passou em abril em Cavalões e em Bairro. “Mas valeu a pena enfrentar esse medo porque, pelo menos
nesta fase, as coisas estão serenadas, as famílias estão também tranquilas, assim como os funcionários”, afirma, entendendo que, agora, “é importante cuidar bem desta situação para continuarmos a ter estes resultados”. De resto, a Câmara Municipal teve um papel fulcral neste rastreio. Pouco depois de conhecidos os elevados casos de infeção
em Cavalões e Bairro, com algumas vítimas mortais, o presidente da autarquia Paulo Cunha reclamou, de imediato, a realização de testes em todos os lares, manifestando a disponibilidade da Câmara Municipal para custear esse rastreio. Depois de algumas semanas de espera e de algumas críticas lançadas pelo edil famalicense à falta de resposta a esta pretensão, a parceria com a ARS Norte viria a tornar possível a realização dos testes que, no caso dos utentes, foram realizados através de meios logísticos disponibilizados pela Câmara e de três enfermeiros do Hospital Narciso Ferreira, de Riba d’Ave, que ficaram responsáveis pela recolha das amostras. As análises, custeadas pelo município, foram realizadas pelo laboratório Unilabs. Já nos testes realizados aos funcionários, a recolha ficou a cargo da Cruz Vermelha Portuguesa e as análises foram processadas pelo Instituto de Medicina Molecular. “A Câmara decidiu não esperar mais para que o programa nacional de rastreio aos lares portugueses chegasse a Famalicão, tendo avançado com este processo depois de conseguir meios humanos e técnicos capazes de garantir, com o apoio médico do Hospital de Riba d’Ave e do apoio técnico de um laboratório particular”, referiu Paulo Cunha, salientando que o desenvolvimento da operação também “só fez sentido depois da parceria com a ARS que arrancou em simultâneo com os testes aos funcionários”.
Município prepara regresso à vida social com apoio das empresas e juntas de freguesia
Câmara distribui máscaras, luvas e viseiras à população O Município de Famalicão avançou esta semana com o reforço da desinfeção dos espaços públicos de todo o concelho, a distribuição de viseiras por todos os cidadãos que no exercício da sua atividade tenham contacto com o público, a oferta de um par de luvas descartáveis e a distribuição de máscaras comunitárias por toda a população. As medidas constam do projeto “Proteger Famalicão” lançado pela Câmara Municipal e que visa preparar a comunidade para a gradual abertura do espaço público e da vida social depois do período de confinamento apertado decretado pela Estado de Emergência na sequência da pandemia Covid-19. No total, serão distribuídas mais de 135 mil máscaras, o mesmo número de pares de luvas e mais de 30 mil viseiras de proteção, material todo ele conseguido no seio da própria comunidade, através da mobilização de empresas e empresários que nos últimos dias concentraram a sua produção no fabrico de material de proteção comunitária para ajudar Famalicão a voltar à normalidade com segurança, informou a autarquia em nota à imprensa. Assim, cerca de 40% das máscaras vão ser oferecidas pelas empresas e os restantes 60% serão adquiridos pela autarquia ao preço de custo. Todas as luvas e viseiras
foram oferecidas ao município pela empresa famalicense Raclac, especializada no fabrico e comercialização de produtos descartáveis para a área da saúde, indústria e estética. A oferta das viseiras já começou no passado fim de semana. A oferta das máscaras à população só será realizada depois de garantida a certificação por parte do Citeve e será realizada com a ajuda das Juntas de Freguesia do concelho com todas as condições de segurança e de higienização. Segundo o Município, esta será uma fase importante do processo, uma vez que o ato da entrega será uma oportunidade para os presidentes de junta passarem aos cidadãos mensagens de sensibilização sobre comportamentos a ter nesta nova altura da luta contra a pandemia e, muito particularmente, sobre os cuidados a observar na utilização e manuseamento do material distribuído. As desinfeções dos espaços públicos serão realizadas pelas próprias juntas de freguesia que receberão da parte da Câmara Municipal o apoio necessário, tanto ao nível material, como logístico. “É um grande movimento solidário da comunidade famalicense para o bem-estar e proteção de todos. Desde a primeira hora do problema que foram aparecendo muitas respostas de vários setores da sociedade para ajudar a proteger Famalicão e os famalicen-
Serão distribuídas 135 mil máscaras e luvas
ses. Esta fase difícil por que passamos não esgotou a veia solidária dos famalicenses que se mostram disponíveis para continuar a ajudar, mesmo estando eles próprios a passar por dificuldades, como acontece com muitas empresas”, refere, a propósito, o pre-
sidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha, deixando uma palavra de particular apreço aos autarcas de freguesia, que “têm sido inexcedíveis no apoio às suas populações, principalmente daquelas que mais têm precisado”.
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CIDADE
opiniãopública: 7 de maio de 2020
Diretor do Agrupamento dos Centros de Saúde fala numa resposta positiva à pandemia
ACES de Famalicão já prepara remarcação das consultas dar resposta à pandemia. Desde logo, suspendeu-se todas as consultas programadas e não urgentes. Foram criadas unidades só para atendimento a casos de Covid-19, concretamente em Ribeirão, Famalicão e Delães. Ao mesmo tempo as USF de Requião e de S. Miguel-o-Anjo passaram a receber apenas as crianças e as grávidas. Já os doentes agudos também foram separados dos locais onde estavam a ser atendidos os casos suspeitos do novo coronavírus. “Esta separação permitiu que o contágio não aumentasse consideravelmente e acabou por ser uma boa resposta, porque as equipas conseguiram segurar a propagação do vírus”, conta Ivo Sá Machado.
Cristina Azevedo Com 382 casos registados ontem, quarta-feira, Famalicão é terceiro concelho do distrito com mais infetados pelo novo coronavírus, mas nas últimas semanas conseguiu distanciar-se de Braga (1118) e de Guimarães (624), os dois concelhos com mais casos. Em entrevista ao OPINIÃO PÚBLICA, o diretor do Agrupamento de Centros de Saúde de Famalicão (ACES), Ivo Sá Machado, não se admira que estes sejam os concelhos com mais casos no Minho, tendo em conta o forte pendor industrial dos mesmos, e considera que o balanço de combate à pandemia em Famalicão teve resultados positivos. “A verdade é que, sendo Famalicão um concelho exportador, muita da nossa indústria acabou por importar casos”, refere o responsável, que não tem dúvida de que “em grande parte da região Norte, sobretudo, na cintura em volta do Porto e no triângulo BragaGuimarães-Famalicão, a indústria potenciou o Covid-19”. O ACES coordena os cuidados de saúde primários no concelho que são responsáveis, por exem-
Sá Machado informa que utentes serão avisados da marcação das consultas por telefone
plo, pelo registo e encaminhamento dos casos pelo acompanhamento dos doentes Covid-19 que estão a recuperar em casa, além da realização dos testes à população. Na prática, a Unidade de Saúde Pública recomeça por registar os casos suspeitos ou positivos e faz uma primeira abordagem, determi-
nando a quarentena ou outros procedimentos. Depois, esses utentes passam para a alçada do seu médico de família. Isso levou a uma reorganização profunda das Unidades de Saúde Familiar (USF) e dos Unidades de Cuidados de saúde personalizados (antigos centros de saúde) do concelho, por forma a
Remarcação das consultas Agora que a situação “parece estar estabilizada”, o ACES está já a preparar-se para a nova fase que aí vem, isto é, a reprogramação das consultas que foram suspensas. “Vamos abrir gradualmente para que os diabéticos, os hipertensos, as crianças e as grávidas tenham consulta programada”. Assim, este retorno à consulta
será priorizado porque, como adianta o responsável, “não é possível remarcar de uma só vez, milhares de consultas que, entretanto, foram adiadas”. “Estamos muito preocupados com isso porque já hoje [segunda-feira] as pessoas vieram para os centros de saúde para tentar marcar consulta e têm que perceber que estas irão começar primeiro pelos mais vulneráveis e pelos de risco”. De resto, Sá Machado aproveita para apelar aos utentes para que não se dirijam às unidades de saúde e esperem que estas lhe telefonem a indicar a data para que foi remarcada a consulta. Outra questão que, nestas semanas de pandemia, criou alguma preocupação foi a da vacinação das crianças, estimando-se que, a nível nacional, 15 mil tenham ficado por vacinar. No caso do ACES de Famalicão, o diretor refere que “foram poucos os casos em que isso aconteceu”, mas não esconde que, nalguns casos, as equipas tiveram que insistir para que os pais fossem vacinar as crianças”. “O receio era tal, que numa primeira fase foi preciso pegar no telefone e tranquilizar os pais”.
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Continua a privilegiar-se atendimento por telefone ou digital
Câmara Municipal mantém serviços encerrados ao público Dando sequência às medidas decretadas pelo Estado de Calamidade e às orientações emanadas pela Direção-Geral da Saúde (DGS) para o período em que vivemos, o Município de Famalicão mantém encerrados ao público, até indicação em contrário, todos os equipamentos municipais, privilegiando-se o atendimento à distância, via telefónica e/ou digital. O atendimento presencial só é realizado se for de caráter excecional e com prévio agendamento. Assim, mantêm-se encerrados ao público todos os espaços desportivos, pavilhões e parques infantis municipais, os museus e todos os equipamentos culturais da responsabilidade do Município como a Casa das Artes, a Casa da Juventude, Biblioteca Municipal e polos, Arquivo Municipal e a Casa do Território. Apesar do levantamento do Estado de Emergência, que terminou no passado sábado, dia 2 de maio, e da passagem ao Estado de Calamidade, o presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha, lembra que “é preciso agir com prudência” e que “existe todo um trabalho de preparação e um conjunto de cuidados que devem ser observados para que o regresso se realize com as maiores condições de segurança para todos”. Para qualquer dúvida e pedido de esclarecimento, os cidadãos devem utilizar o número 252320900 ou o endereço de email camaramunicipal@famalicao.pt. No caso dos atendimentos presenciais é obrigatório o uso de máscara ou viseira por parte dos cidadãos para acesso aos serviços. A Feira Semanal e o Mercado Municipal continuam a estar circunscritos à área alimentar e a
ser obrigatória a observância do distanciamento social, sendo que, no caso do Mercado Municipal, por ser um espaço fechado, passa a ser também obrigatório o uso de máscara. A agenda municipal de eventos no espaço público continua suspensa por tempo indeterminado, mantendo-se as diversas dinâmicas online. Parque da Devesa continua fechado O Parque da Devesa é outro dos locais que vai continuar encerrado ao público devido à pandemia de Covid-19. Em declarações ao OPINIÃO PÚBLICA, o presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha explicou que “não há previsão para a reabertura”, apesar de também ele fazer parte “do grande número de famalicenses que têm uma saudade enorme do parque”. “Estamos todos ansiosos por lá voltar, mas temos que o fazer em segurança”, sublinha o edil, explicando que “a abertura que foi agora proporcionada em algumas situações, tem que ser monitorizada com o número de contágios. “Temos aumentado significativamente o número de testes realizados no concelho e, se isso não significar aumento de positivos, quer dizer que estamos na tendência certa, mas temos sempre que ir analisando e vigiando”, sustenta. O autarca destaca ainda o caráter de incerteza que está sempre presente em qualquer decisão que se tome, nestes tempos que hoje vivemos, acrescentando que o que menos deseja é que a autarquia “abra o parque para depois o fechar passando dois ou três dias”. “Até pode acontecer, mas não é isso que queremos que aconteça”, conclui.
opiniãopública: 7 de maio de 2020
CIDADE
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Estabelecimentos de ensino recebem formação dos militares para acolher alunos
Exército colabora com escolas de Famalicão Paulo Couto Os agrupamentos de escolas D. Sancho I e Camilo Castelo Branco, de Famalicão, receberam, na passada segunda-feira, uma das equipas militares destacadas para as ações de sensibilização de boas práticas higiénico-sanitárias aos assistentes operacionais dos estabelecimentos de ensino.
A partir de 18 de maio, as escolas vão receber os alunos do 11º e 12º anos de escolaridade no seu regresso às aulas e desta forma foi transmitido “um conjunto de ações que temos que saber para os receber todos os dias”, referiu Pedro Oliveira, subdiretor do Agrupamento de Escolas Camilo Castelo Branco. Segundo o mesmo responsável, “foram informações muito im-
A ação foi destinada aos profissionais da escola
portantes naquilo que tem a ver com a limpeza e desinfeção dos espaços escolares”, que através da explicação dos membros do Exército e de vídeos demonstrativos “conseguiremos estar preparados para receber os alunos em boas condições”. No entanto, o “desconhecimento” do número de alunos a receber por turma levanta algumas preocupações: “Essa questão é fundamental para afetarmos o número de salas que teremos que utilizar e definirmos espaços ou zonas de circulação”, acrescenta Pedro Oliveira. A colaboração das forças armadas deve chegar a 800 escolas do país envolvendo 80 equipas de militares (60 do Exército e 20 da Marinha), numa ação que foi acertada entre as forças armadas e ministérios da Defesa Nacional, da Saúde e da Educação. Os profissionais da educação ficaram assim a saber como se utilizam os desinfetantes e os equipamentos de proteção individual e como estes se colocam e retiram. “São processos importantíssimos”, considerou a
Momento da formação na Escola Secundária Camilo Castelo Branco
tenente F. Cristóvão, responsável pela equipa de formação. Em ambas as escolas a recetividade “dos assistentes operacionais, professores e diretores foi bastante positiva”, asseverou aquele oficial, acrescentando que “desta forma foi transmitida informação importante para re-
duzir as possibilidades de contágio”. Estas ações decorrem das orientações do Governo para esta fase do Plano de Desconfinamento: A primeira aconteceu no dia 4 de maio, a segunda acontece 18 deste mês e uma terceira, no dia 1 de junho. pub
O objetivco é aumentar a segurança
Avenida do Brasil com semáforos nas passadeiras A Câmara Municipal de Famalicão vai reforçar a segurança dos peões na Avenida do Brasil com a instalação de semáforos em duas passadeiras desta que é uma das principais artérias de acesso à cidade e a vários espaços e equipamentos como a Biblioteca Municipal, o Parque da Devesa e o Citeve. A obra arrancou na passada segunda-feira, dia 4, e é mais uma das intervenções realizadas ao abrigo do Plano de Segurança Rodoviária que já levou a autarquia famalicense a investir mais de 300 mil euros no reforço da segurança das passadeiras que atravessam as estradas do concelho. A Avenida de França, na proximidade da zona escolar, e a Avenida Marechal Humberto Delgado foram duas das vias já intervencionadas no âmbito deste plano municipal, “cujos trabalhos variam em função do contexto de localização de cada uma das passadeiras, podendo assentar na insta-
A obra arrancou na passada segunda-feira
lação de sistemas inteligentes de iluminação, na sobrelevação do piso, no aumento da iluminação vertical e horizontal junto às travessias pedonais, mas também num conjunto de obras de requalificação das vias municipais com melhoramento de pavimento e criação de passeios para peões.”, explica a autarquia, em nota à imprensa. Refira-se ainda que os trabalhos que agora decor-
rem na Avenida do Brasil implicaram um investimento municipal na ordem dos 36 mil euros e têm um prazo de execução de 30 dias. “A mesma preocupação que devemos ter com a segurança dos automobilistas, devemos tê-la também com a segurança dos peões e, por isso, este é um investimento mais do que necessário”, refere a propósito o presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha.
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CIDADE
opiniãopública: 7 de maio de 2020 pub
Concelhia socialista lança mensagens a pensar nas crianças e nos trabalhadores
PS sensibiliza para maus tratos infantis e assinala 1º de Maio
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O Partido Socialista, a Juventude Socialista e as Mulheres Socialistas de Famalicão lançaram uma campanha de prevenção aos maus tratos a crianças e jovens. Em comunicado o PS de Famalicão diz que quer, desta forma, “deixar o seu contributo para a sensibilização deste grave problema”, considerando que “em tempos de pandemia mundial, temos de estar ainda mais atentos a todas as crianças e adolescentes que são vítimas de maus-tratos”. “Não podemos ignorar que, por vezes, o inimigo está dentro de casa e que a exposição ao risco e ao perigo aumentam exponencialmente”, acrescenta. Por isso a mensagem dos socialistas famalicenses é: “Denuncie. Ajude a proteger”. O PS de Famalicão quis também assinalar o 1º de Maio – Dia do Trabalhador com uma mensagem de “solidariedade, responsabilidade e compromisso”. Em nota à imprensa, a Concelhia assinala que “o 1º de Maio é um dia de celebração, no qual devemos lembrar as conquistas alcançadas, mas é, também, um dia em que não devemos e não
dos da linha da frente”, no dia 4 de maio, em que se celebrou o Dia Internacional do Bombeiro. Num comunicado enviado à imprensa, o PS reforça que os bombeiros devem “ser sempre respeitados e homenageados pelo seu esforço imprescindível” que fazem todos os dias. “No decorrer desta pandemia, o Partido Socialista de Famalicão não abdicou da sua responsabilidade cívica, angariando contributos que se destinaram a material de proteção e, mesmo, apoio financeiro”, acrescenta no comunicado. A Concelhia espera, ainda, que Paulo Cunha, presidente da Câmara Municipal de Famalicão, “cumpra a palavra que deu enquanto candidato”, nomeadamente na taxa mínima de IMI, na isenção da taxa de licenciamento urbanístico e na tarifa social de água e saneamento aos bombeiros voluntários. “Esperamos, também, que o último compromisso de apoio financeiro que contemplava as 30 medidas apresentadas pelo muFelicitação aos bombeiros nicípio relativamente à Covid-19, Esta semana, a Concelhia do não se traduza numa mera proPS felicitou também os “solda- messa”, finaliza podemos esquecer que outros desafios laborais surgem, que nos impõem uma vigilância atenta e uma ação permanente, permitindo-nos enfrentar a realidade com determinação e sem corrermos o risco de retrocedermos nas conquistas alcançadas”. O PS lembra que “a realidade de hoje é muito diferente da que foi vivenciada há 134 anos”, mas que nem por isso “é menos importante”. Reconhece que ainda há um caminho a percorrer e que “eliminar as diferenças salariais entre homens e mulheres, promover a equidade de género, conciliar a vida profissional, familiar e pessoal, são algumas das áreas de intervenção”. Nesse sentido, a Concelhia socialista refere que solidariedade, responsabilidade e compromisso são valores que “devem ser assumidos como pilares fundamentais de uma relação laboral centrada no respeito, na valorização, na equidade e na dignidade humana”.
Paulo Cunha deixa mensagem de incentivo aos trabalhadores famalicenses No Dia do Trabalhador, que se assinalou no passado dia 1, o presidente da Câmara Municipal de Famalicão fez questão de deixar, nas redes sociais, uma mensagem a todos os trabalhadores famalicenses. Para Paulo Cunha, o 1º de Maio é dia de celebrar todos os homens e mulheres que todos os dias, ao longo de várias gerações, contribuem para a força empresarial e exportadora do concelho. “A melhor forma de celebrar esta data é deixar um publico reconhecimento ao contributo que todos os trabalhadores famalicenses têm dado para o sucesso empresarial deste concelho”, referiu. Na sua mensagem Paulo Cunha garantiu ainda que, enquanto presidente de Câmara, apoiará e estará ao lado dos trabalhadores para os ajudar a criar condições “para um trabalho digno, um trabalho justo e um trabalho bem remunerado”.
opiniãopública: 7 de maio de 2020
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Debate, música, oficinas e visitas guiadas são algumas das propostas
Famalicão assinala Dia Internacional dos Museus com programa online O município de Famalicão vai assinalar o Dia Internacional dos Museus, que se celebra a 18 de maio, com o tema “Museus para a igualdade: diversidade e inclusão”, com uma programação online a partir do facebook da Rede de Museus. São duas dezenas de atividades a decorrer a partir das diversas estruturas museológicas, entre 15 e 18 de maio, e que incluem um debate, música, cinema, oficinas, visitas guiadas, entre outras. O programa fica marcado pelo debate promovido pela Rede de Museus de Famalicão em parceria com a Fundação de Serralves, logo a abrir o programa, na sexta-feira, dia 15, pelas 17h00, difundido através da plataforma online Zoom. Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) que decorrem da resolução da Organização das Nações Unidas, intitulada “Transformar o nosso mundo: Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável” e que foi aprovada por unanimidade por 193 estados-membros dá o mote para o debate intitulado “Agenda 2030 e instituições culturais: diversidade e inclusão”. Os convidados são Alexandra Serra, investigadora da FPCE–UP; António Gouveia, diretor do parque de Serralves, e Ricardo Nicolau, adjunto do diretor do Museu de Arte Contemporânea de Serralves. Para moderar o debate estará Francisco Jorge, chefe da Divisão de Planeamento Estratégico, Economia e Internacionalização do Município de Famalicão.
Museu” Bernardino Machado, com uma visita guiada pelo Palacete Barão da Trovisqueira, em direto. Em concordância com o tema proposto para o Dia Internacional dos Museus 2020, “Museus para a Igualdade: Diversidade e Inclusão”, as atividades do Museu Ferroviário contarão com interpretação em Língua Gestual Portuguesa. Também a atividade “Musear por Vila Nova de Famalicão” que decorre no dia 18, pelas 10h30 e pelas 15h30, e apresenta os doze museus da Rede, seguindo dois percursos, estará disponível em inglês. O programa completo está disponível no portal do município em www.famalicao.pt.
Comemoração do Dia Internacional dos Museus em 2019
A participação e acesso ao debate são gratuitos, no entanto, é obrigatório fazer a inscrição enviando um email para rededemuseus@famalicao.pt. Com esta iniciativa pretende-se incentivar um envolvimento mais ativo por parte das instituições culturais e contribuir para a promoção da adoção de valores, comportamentos e atitudes que, a nível local, procurem responder a problemas globais.
Para além do debate, destaque ainda para um conjunto de atividades como o concerto da fadista Madur; a iniciativa “Vem de expresso” do Museu Ferroviário; as oficinas ”Casa de Papel” da Casa de Camilo; do Museu da Industria Têxtil a atividade “Estampar Emoções”; e da Fundação Cupertino de Miranda o “Faz a tua exposição”. Este ano há também, a “Noite no
Data é celebrada desde 2009 Refira-se que Famalicão celebra o Dia Internacional dos Museus desde 2009. A Rede de Museus é, desde a sua criação me 2012, responsável pela organização efeméride e da Noite Europeia dos Museus promovendo anualmente programas diversificados nas 12 unidades museológicas que a compõem. Em 2019, as comemorações em Famalicão realizaram-se entre 16 e 19 de maio, promovendo 72 atividades com um alcance de cerca de 5.061 participantes. Em 2020, no atual contexto de Pandemia, e de portas fechadas, a Rede de Museus de Famalicão desenvolveu o programa online comemorativo, a partir da sua página no Facebook.
Equipamento espera poder abrir portas a 1 de junho, embora com condições
Serviços da Biblioteca Municipal começam a funcionar de forma faseada A Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco e os seus polos de leitura no concelho iniciaram esta semana, de forma condicionada e faseada, a reabertura de alguns dos seus serviços. Encerrada desde o passado dia 11 de março na sequência das orientações da Comissão Municipal de Proteção Civil de Famalicão e da Direção Geral da Saúde devido ao novo coronavírus, a Biblioteca Municipal retoma alguma da sua atividade mais urgente, continuando a privilegiar o atendimento à distância, via telefónica ou digital. Assim, até 15 de maio, a Biblioteca Municipal e respetivos polos estarão disponíveis para receber de forma exclusiva a devolução do máximo possível de documentos que se encontrem em empréstimo domiciliário, para que lhes seja dado o devido tratamento de higienização e de quarentena a que estes documentos manuseados têm, obrigatoriamente de ficar sujeitos. Esta 1ª fase será assegurada na
modalidade “ao postigo”, à porta de entrada das bibliotecas, com todas as regras de higiene e distanciamento asseguradas. Entretanto, estima-se que a partir de 18 de maio, seja possível iniciar os empréstimos domiciliários sob reserva antecipada. Para isso, os leitores terão que, previamente, consultar o catálogo bibliográfico online, verificar a disponibilidade do documento que pretende requisitar, efetuar a reserva e por fim contactar a sua biblioteca, por telefone, para informar da data e horário, nos dois dias subsequentes, em que pretende recolher o documento. Esta 2ª fase, será também assegurada na modalidade “ao postigo”, à porta de entrada das bibliotecas. A partir de 1 de junho, data em que se celebra o dia mundial da criança, os 28 anos da inauguração do atual edifício da Biblioteca Municipal e a data da morte do seu patrono, o escritor Camilo Castelo Branco, o equipamento prevê abrir finalmente as
suas portas para pesquisa e consulta presencial dos documentos nas diferentes salas. A entrada e circulação de leitores dentro das instalações deverá acontecer no estrito
cumprimento das Regras de Atividade Pós-Contenção e será condicionada à lotação de cada biblioteca e de cada sala, respeitando as regras de distanciamento entre pessoas e com
recurso ao uso obrigatório de máscaras pelos leitores. O acesso às salas será orientado pelos técnicos da biblioteca, assim como o acesso às estantes para retirar os livros ou documentos será feito em exclusivo pelo técnico da biblioteca ao serviço. Após a consulta, os livros ou documentos manuseados deverão ser entregues ao técnico para cumprimento dos cuidados posteriores. A permanência nos espaços das bibliotecas será por tempo determinado e para o estritamente necessário. Refira-se que apesar do encerramento dos serviços presenciais, durante este período, foram sempre mantidos e assegurados os serviços de atendimento telefónico e de atendimento eletrónico a todos os leitores. Para além disso, as bibliotecas disponibilizaram diversas atividades online, como os “Contos à Quarta”, com momentos de leitura para toda a família, visitas virtuais a exposições, entre muitas outras.
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CIDADE/FREGUESIAS
opiniãopública: 7 de maio de 2020
Para facilitar comunicação com os familiares
Câmara de Famalicão oferece tablets a todos os lares do concelho A Câmara Municipal de Famalicão vai oferecer tablets a todos os lares do concelho para facilitar a comunicação entre os idosos e os seus familiares através de vídeo chamadas. São 23 equipamentos que implicam um investimento municipal de cerca de 2.500 euros e que vão ser distribuídos por todas as instituições ao longo desta semana. O apoio municipal surge no seguimento das medidas de segurança e proteção implementadas pelas entidades de saúde no contexto da pandemia Covid-19, que não permitem, para já, as visitas
presenciais de familiares e amigos aos idosos residentes nos lares, e que, previsivelmente, serão muito condicionadas no futuro. “Para evitar um isolamento ainda maior e a solidão decidimos oferecer este pequeno contributo municipal que irá permitir uma maior aproximação entre os nossos seniores e os seus familiares. Sabemos o quanto é importante manter as comunicações e as relações com o exterior e sabemos que as vídeo chamadas são muitas vezes realizadas através de equipamentos pessoais dos funcionários”, explica o presidente da
Câmara Municipal, Paulo Cunha. Para a diretora do Centro Social de Calendário, Catarina Pereira, “a imagem dos familiares não consegue substituir o poder de um abraço apertado ou de um beijo repenicado, não apaga as saudades, mas aconchega o coração dos nossos residentes.” E acrescenta “agora as novas tecnologias são para eles uma realidade apaixonante na relação com a família.” A responsável enalteceu ainda o gesto do município referindo que “é um apoio que terá um impacto enorme no quotidiano dos idosos”.
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Escuteiros de Cruz fazem campanha de recolha de bens O Agrupamento de Escuteiros de Cruz está a realizar uma recolha de bens alimentares e de higiene. O local da entrega é a sede do agrupamento que no próximo fim de semana reabre, no sábado, dia 9, das 16 às 19 horas, e no domingo, dia 10, das 10 às 12 horas. As ofertas vão ser encaminhadas pelos elementos do agrupamento às famílias carenciadas e a instituições.
Escola Forave dá formação gratuita a parceiros em tempo de pandemia
No momento que vivemos de confinamento social, em que muitas empresas tiveram que reduzir a equipa laborativa presencial, ou mesmo entrar em lay off, o Departamento de Formação Empresarial e de Adultos (FEAT), da escola profissional Forave, de Lousado, organizou um conjunto de formações de curta duração, que colocou ao dispor dos seus parceiros de forma gratuita. As formações foram programadas para o período de 23 de abril até ao final de maio, com o objetivo específico de colaborar para a capitalização e capacitação dos colaboradores das empresas, que nesta fase apresentassem uma maior disponibilidade para realizar formação, de forma segura, através do sistema e learning. Para colaborar neste projeto, foi reunida uma equipa de especialistas voluntários, que apresentaram os temas e saberes que gostariam de colocar à disposição das empre-
sas parceiras da Forave. Segundo a escola, a diversidade da proposta captou um elevado número de inscrições que se distribuíram pelas formações de Robótica para a Indústria; Excel - Nível I e II; Lean e a Contabilidade; IRS; Fundamentos do Lean Manufacturing; Ferramentas Lean; Lean Office e 5S; Kaizen Diário - Gestão do Tempo; Gamification na Indústria; Gestão de Fábrica Lean e Auto Cad. “O objetivo foi conseguido na medida em que pudemos contar com a participação das empresas parceiras: Argacol, Tintas e Vernizes S.A.; Continental - Indústria Têxtil do Ave; Leica S.A; Olbo & Mehler Tex Portugal, Lda; ESI- Engenharia, Soluções e Inovação, Lda; Cruz Martins & Wahl, Lda; Continental Mabor; ZF Group; Frezite; Aloft Lda; Behind Lda,; Dubral e InovePlastika - Inovação e Tecnologia em Plásticos, S.A.”, refere ainda a direção da Forave.
opiniãopública: 7 de maio de 2020
O roubo aconteceu numa residência em novembro
Detido advogado suspeito de encomendar assalto em Ribeirão A PSP de Lisboa deteve, na passada segunda-feira, um advogado do Norte do país suspeito de ter encomendado a um grupo violento um assalto armado à residência de um casal, em Ribeirão, onde o jurista sabia que as vítimas guardavam, dentro de um cofre, uma fortuna em joias e dinheiro. A notícia foi avançada pela TVI que apurou, junto de fontes judiciais, que o grupo de assaltantes estava sob escuta no âmbito de outra investigação e foi numa dessas chamadas telefónicas que surgiu a chamada do advogado, propondo o crime com o objetivo de, depois, dividirem os proveitos. O roubo foi concretizado em novembro passado por quatro assaltantes que agrediram e ameaçaram de morte as vítimas, de 62 e 65 anos. Atuaram encapuzados e roubaram 16 mil euros em dinheiro e ouro avaliado em cerca de 30 mil euros.
A mulher foi trancada numa das divisões da casa, enquanto o marido era agredido por resistir ao assalto, tendo inicialmente recusado dar o código do cofre, tendo sofrido por isso ferimentos graves e ameaças de morte. A vítima teve de ser internada no Hospital de Braga. Enquanto isso, a PSP de Lisboa, que tinha o grupo sob escuta, montou uma barricada na A1, junto às portagens de Alverca, que lhe permitiu logo no próprio dia apanhar dois dos assaltantes. Os outros dois fugiram. Desses, um foi capturado há poucos dias, na grande Lisboa, depois de ter estado fora do país, e o outro continua em fuga. O advogado foi, por fim, detido na segunda-feira e foi presente a tribunal para aplicação de medidas de coação. Os cúmplices estão em prisão preventiva.
Castelões expõe imagem de Maria durante o mês de maio Junta de Freguesia e a catequese da paróquia de Castelões expõem, durante o mês de maio, a imagem de Maria em local público. No mês em que a Igreja católica celebra a fé a Maria, a catequese da paróquia de Castelões, em colaboração com a Junta de Freguesia, expõe a imagem de Nossa Senhora na rotunda da Ribeira. O objetivo é que a comunidade, tendo em conta o atual contexto de pandemia, “possa demonstrar devoção e amor para com a mãe de Jesus e nossa mãe”, escreve a autarquia de Castelões na sua página de Facebook. “A todas as famílias da nossa paróquia desafiamos a que se unam a nós em oração para que, com Maria, possamos viver a alegria Pascal”, refere a mesma nota, sublinhando que, no local haverá um espaço para, quem o desejar, colocar um vela que deve ser de tampa. Entretanto, a Junta quis reconhecer o esforço das funcionárias do Centro Social e Paroquial de Castelões e do Polo de Pedome e no passado domingo, Dia da Mãe, ofereceu uma lembrança a cada uma que estava de serviço. “Sabemos da dedicação e entrega que têm tido ao viver é, sem dúvida, mais importante do nunca”, assirealizar, diariamente, um serviço à população mais nalou, Francisco Sá, presidente da Junta de Freguesia idosa da nossa comunidade, no tempo que estamos a local.
Alunas do INA apoiam Centros Sociais de Avidos e Brufe Sete alunas do curso profissional de Técnico Auxiliar de Saúde do INA não ficaram indiferentes às dificuldades que, atualmente, lares e centros sociais sentem para assegurar a capacidade de resposta aos seus utentes, normalmente pessoas de risco agravado em relação à Covid19. As jovens alunas candidataramse ao Programa de Apoio ao Reforço de Emergência de Equipamentos Sociais e de Saúde, promovido pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional, e durante os próximos meses estarão integradas nas equipas de cuidadores profissionais do Centro Social de Avidos e do Centro Social e Brufe. Este programa faz parte de um conjunto de medidas excecionais, criadas pelo Governo, e visa dar apoio à realização de trabalho socialmente necessário para assegurar a capacidade de resposta das instituições na área social e da
saúde, durante a pandemia da doença Covid-19. Tal como é avançado em nota enviada à imprensa, o Instituto Nun'Alvres (INA) tem como lema "Educar para Servir" e estas alunas puseram as mãos à obra, “mostrando-se conscientes da realidade e das dificuldades atuais, com uma
grande vontade de ajudar quem mais precisa, neste momento”. “Será uma oportunidade única destas alunas porem em prática tudo o que aprenderam ao longo do curso e de reforçarem as soft skills exigidas aos trabalhadores nos dias de hoje”, refere-se ainda na mesma nota.
FREGUESIAS
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Novo posto CTT da freguesia Cruz abre dia 11 de maio O novo posto CTT Santiago da Cruz vai abrir já no próximo dia 11 de maio, na sede da Junta de Freguesia O objetivo “é servir todas as freguesias que ficam a norte do concelho, concretamente as atravessadas pelas estradas nacionais 14 e 309", explica, em comunicado, o presidente da Junta de Freguesia de Cruz, António Simões. O posto CTT localiza-se no Largo do Senhor dos Aflitos e tem estacionamento gratuito nas redondezas do edifício. O novo posto funcionará todos os dias úteis da manhã das 9h00 às 12h30 e da parte da tarde das 14h00 às 18h00.
Empresas TMG - Automotive e S. Roque recorrem ao lay-off A TMG – Automotive , localizada em Vale S. Cosme, entrou em layoff total, devido ao impacto provocado pela Covid-19. Todos os funcionários receberam, na quarta-feira da semana passada, uma carta dos responsáveis da fábrica a indicar que o lay-off teria a duração de um mês, iniciando a 1 de maio. Segundo apurou o OPINIÃO PÚBLICA, a principal causa apontada pela TMG é a queda abrupta de encomendas que vai obrigar a uma redução da atividade. No mês de abril, a empresa teve um valor de faturação inferior em mais de 40% face à média obtida nos dois meses anteriores. As previsões da empresa apontam no sentido de que as encomendas produzidas pela TMG se mantenham num valor baixo ou nulos nos próximos três meses. Contudo, a TMG – Automotive vai manter a fábrica em Campelos, no concelho de Guimarães, a trabalhar. Também a empresa famalicense S. Roque enviou para casa 25% dos funcionários em regime de lay-off. Esta empresa de produção de máquinas e tecnologia laser, localizada em Oliveira S. Mateus, recorreu a esta medida devido ao grande cancelamento de encomendas e o vasto stock de máquinas prontas, que não conseguem ser escoadas para o mercado nacional e internacional, segundo explicou a direção da empresa. pub
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opiniãopública: 7 de maio de 2020
Maria da Glória Coelho Leal, no dia 30 de abril, com 82 anos, casada com Manuel de Barros da Silva Castro, de Oliveira S. Mateus.
Luís da Silva Magalhães, no dia 27 de abril, com 78 anos, viúvo de Maria Adelaide Ribeiro Dias, de Pedome.
Joaquina Ribeiro da Silva, no dia 4 de maio, com 83 anos, viúva de Jerónimo Dinis Lopes, de Oliveira Santa Maria.
Pedro Araújo de Freitas Roriz, no dia 27 de abril, com 74 anos, casado com Maria Amélia Lopes de Oliveira, de Pevidém (Guimarães).
Agência Funerária Carneiro & Gomes Oliveira S. Mateus – Telm. 91 755 32 05
Adelino da Silva Costa, no dia 30 de abril, com 89 anos, casado com Maria da Conceição dos Santos Azevedo, de Fradelos. José Alberto Fernandes de Castro, no dia 30 de abril, com 84 anos, viúvo de Maria da Glória Ferreira Fernandes, de Fradelos. Alzira Costa Ferreira, no dia 2 de maio, com 81 anos, viúva de Carlos Correia da Silva, do Louro. Manuel de Oliveira, no dia 3 de maio, com 82 anos, casado com Maria da Silva Campos, de Gondifelos. Agência Funerária Palhares Balazar– Tel.: 252 951 147
Maria de Lurdes de Freitas, no dia 28 de abril, com 93 anos, viúva de Agostinho de Abreu, de Selho S. Cristóvão (Guimarães). Manuel Joaquim de Oliveira Polo, no dia 1 de maio, com 68 anos, casado com Maria da Piedade Oliveira da Silva, de Pevidém (Guimarães). Agência Funerária S. Jorge Pevidém– Tel.: 253 533 396
Falecimentos António Augusto da Silva Martins, no dia 30 de abril, com 50 anos, solteiro, de Mouquim. Fernando Cardoso Lopes, no dia 2 de maio, com 65 anos, solteiro, de Viatodos (Barcelos). Carolina Augusta Caras Lindas, no dia 1 de maio, com 93 anos, viúva de José Gomes Vilaça, de Cunha (Braga). Joaquim Ferreira Gomes, no dia 5 de maio, com 54 anos, casado com Maria Armanda Vieira Fernandes, de Arentim (Braga).
Margarida Ferreira Carneiro, no dia 28 de abril, com 85 anos, casada com Adão Martins da Costa, de Monte Córdova (Santo Tirso). Manuel Fernando da Silva Torcato, no dia 30 de abril, com 61 anos, casado com Maria Filomena Granado da Silva Guimarães, de Oliveira S. Mateus. Bernardino Ferreira Moreira, no dia 1 de maio, com 94 anos, viúvo de Maria Machado, de Monte de Córdova (Santo Tirso). Agência Funerária de Burgães Sede.: Burgães / Filial.: Delães Telf. 252 852 325
Agência Funerária Arnoso - José Daniel Pereira Arnoso Santa Eulália - Telf. 91 724 67 03
José Venâncio da Silva Reis, no dia 28 de abril, com 65 anos, casado com Célia Deolinda Melo Correia Marques Reis, de Lousado. Albino da Costa Reis, no dia 30 de abril, com 80 anos, viúvo de Luís Pereira Araújo Neto, de S. Tiago de Bougado (Trofa). Funerária Ribeirense Paiva & Irmão Lda Ribeirão – Telf. 252 491 433
Maria Virgínia Gouveia de Andrade, no dia 28 de abril, com 82 anos, de Santo Tirso. Menino Vicente Pereira Machado, no dia 30 de abril, com 4 anos, filho de Hélder Daniel da Silva Machado e Fernandina Julieta Mendes Pereira, de Landim. José Romualdo Martins Pinheiro, no dia 1 de maio, com 84 anos, casado com Florinda da Silva Peixoto, de Gavião. José Rodrigues da Costa, no dia 30 de abril, com 70 anos, solteiro, de Requião. Rosalina da Silva Rebelo Pinheiro, no dia 1 de maio, com 90 anos, viúva de Zeferino Martins de Araújo Pinheiro, de Bente. António Guedes Paulos, no dia 1 de maio, com 79 anos, casado com Emília Moreira da Silva, de Cabeçudos. Zulmira Tinoco Machado da Silva, no dia 1 de maio, com 80 anos, casada com António Valentim Nogal, de Bente.
Maria Fernanda de Sousa Nogueira, no dia 4 de maio, com 89 anos, solteira, de Calendário. Agência Funerária do Calendário Calendário – Tel.: 252 377 207
António Merelim Martins, no dia 29 de abril, com 80 anos, casado com Maria Augusta Rodrigues, de Telhado. Agência Funerária das Quintães Vale S. Cosme – Tel.: 252 911 290
Maria Ivone Faria Ribeiro Melo, no dia 28 de abril, com 83 anos, viúva de José Alberto dos Santos Melo, de Calendário. Maria Gabriela Rodrigues Gonçalves Ferreira, no dia 30 de abril, com 91 anos, viúva de Guilherme Folhadela de Macedo Simões, de Vila Nova de Famalicão. Maria Fernanda Mesquita da Silva, no dia 1 de maio, com 80 anos, de Antas S. Tiago. Agência Funerária Rodrigo Silva, Lda Vila Nova de Famalicão – Tel.: 252 323 176
Manuel Fonseca Silva, no dia 1 de maio, com 84 anos, casado com Clementina Alves de Almeida, de Castelões. José Maria Veloso Marão, no dia 2 de maio, com 69 anos, casado com Maria da Lurdes da Luz Carneiro, de Calendário.
Maria Martins Ferreira, no dia 1 de maio, com 63 anos, casada com Constantino da Costa Couto, de S. Martinho de Bougado (Trofa).
Armindo Fernandes Machado, no dia 4 de maio, com 84 anos, casado com Maria de Lurdes Silva, de Landim.
João Manuel Antunes Rodrigues, no dia 3 de maio, com 72 anos, viúvo de Maria Alice Gonçalves Ferreira, de S. Martinho de Bougado (Trofa).
Américo da Silva Carriço, no dia 4 de maio, com 83 anos, casado com Maria Amélia Gonçalves da Silva, de Landim.
Serafim Campos Maia, no dia 4 de maio, com 74 anos, casado com Maria Felícia Maia das Neves, de S. Martinho de Bougado (Trofa).
Agência Funerária da Lagoa Lagoa – Telf. 252 321 594
Agência Funerária Trofense, Lda (S. Martinho de Bougado) Trofa – Tel.: 252 412 727
opiniãopública: 7 de maio de 2020
Pelos quatro cantos da ca(u)sa
Vieira Pinto
Celebrações Covid 19 O vírus mais famoso de 2019, mesmo mais que Trump e Bolsonaro, sem nenhuma ofensa para o bichinho, por enquanto também muito mais mortífero que as duas estrambólicas personagens - que só à sua conta estão a contribuir para que o animal “derrote” perto de metade dos milhares de almas em todo o mundo -, apanhou-nos, em Portugal, num período de especiais celebrações de ordem vária, sendo disruptivo quanto a polémicas. Desde logo o Carnaval, 25 de Fevereiro. Apesar de por cá ainda não se ter manifestado por essa altura, a verdade é que da origem, China, tinha transposto fronteiras. Se mais “avisados” e conhecedores talvez algumas restrições, que aliás não tardariam, não teriam feito mal a ninguém; por certo, algum mal à economia haveriam de produzir… Dia do Pai, 19 de Março. Já havia medidas de proteção e prevenção desde 9 de Março, mas o comércio e a economia continuaram a funcionar em pleno. Continuávamos a saber pouco, mas os estragos à nossa volta já eram mais que muitos. Com a Páscoa, 12 de Abril, já havia Estado de Emergência desde 20 de Março, não houve muita relutância em assumir as contenções às cerimónias públicas, começando logo pela Semana Santa, ex-líbris de Braga. Algumas extravagâncias aqui e ali foram muito criticadas, mas a Igreja foi exemplar nas suas decisões e não deixou margem para dúvidas. Já no 25 de Abril! é que foram elas. Desde a direita, avessa à celebração da revolução, quem sabe se por nostalgia do passado derrubado com esta data, até algumas, poucas, pessoas de esquerda, a polémica começou logo pela decisão da AR de comemorar a data, o que foi usado de forma populista para acusar a classe política de querer “um” Deus para si e “outro” para os católicos. Nas redes sociais houve muito sectarismo com o tema mas, o discurso do PR, terá posto os pontos nos is! A grande “bronca” chegaria com o1º de Maio, sobretudo pelas celebrações da CGTP em Lisboa e
Porto – aqui ninguém a acusou de divisionismo Norte Sul… Bem sei que a direita, outra vez esta linha ideológica, mas desta vez com muita gente do PS e do PPD, o que se compreende porque se revêem na UGT, e uma boa parte da Comunicação Social onde queriam chegar, surpreendidos com a exemplar organização da Central dos Trabalhadores Portugueses, era aos autocarros de transporte, nomeadamente três do Seixal, que, porém, hipocritamente não nomearam a instituição, a Câmara do Seixal. O Dia da Mãe, 3 de Maio, que seria um dia grande para o comércio, que estava praticamente encerrado, não traria grandes problemas, aparecendo a criatividade infantil da aprendizagem escolar para fazer as suas prendinhas para a mamã… O 13 de Maio, sim, foi e está a ser aproveitado para grande polémica, que começou logo com a celebração da CGTP: dualidade de critérios, vexame à Igreja e aos Católicos, governo subserviente ao PCP, entrevistas à ministra da saúde que querem que assuma esse favoritismo da Intersindical contra as celebrações de Fátima a Nossa Senhora. O que surpreendeu foi Marta Temido assumir que nas mesmas condições o 13 de Maio era uma possibilidade, caiu o Carmo e a Trindade... E o PR veio, por um lado, meter achas na fogueira dizendo que não era o que esperava do 1º de Maio e, por outro lado, apaziguar os espíritos dizendo que a Igreja Católica assumiu uma posição nobre e responsável ao manter as celebrações sem peregrinos! Falando de pandemias, duas notas históricas de 1899, insertas na Visão Historia nº 58. Primeira: manifesta-se peste bubónica no Porto, com origem na China que, à semelhança dos interesses económicos de hoje tem uma elite mais preocupada com a economia que com a saúde dos trabalhadores. Segunda: Por via dos contágios é proposto cerco sanitário à cidade que, como hoje, põe o Norte contra o Sul, por divisionismo… Semelhanças “inverosímeis”…
Sobre nós e todos os povos do mundo inteiro, surgiu uma nova palavra, “Covid-19”. Com efeito, esta palavra entrou paulatinamente no vocabulário de todas as nações. Este fenómeno internacional entrou e transformou as nossas vidas, individuais e coletivas. Doravante, a forma de comunicação não vai ser nunca uma língua de um povo ou de uma nação, mas um idioma de todos os povos, moldando-nos, com este fenómeno, ao entendimento de relação verbal em qualquer canto do mundo humano. Convenhamos, esta palavra e tudo quanto ela significa, aprisionou muitos dos nossos sonhos atuais, imediatos e futuros. Não obstante, ela nunca poderá aprisionar quaisquer das nossas esperanças. Mas, convenhamos, caminhar é viver. Os tempos que todos temos vivido tem sido tempo de confinamento em casa, com algumas exceções de caráter objetivo. Ficamos, assim, proibidos da nossa relação humana. De ficarmos privados
daquilo que tanto gostamos, o encontro de cada um de nós com os outros. Ficaram, assim, todos privados da comunhão da alegria, da tristeza, da angústia e de sofrimento. Afinal, fatores que todos carregamos na mochila da nossa vivência humana. Agora, impõe-se a renovação na atitude, para a condigna convivência em comunidade, em todos os setores da atividade humana. E, desde logo, a começar pelos locais de trabalho desde as indústrias, o comércio, os setores administrativos, as prestações de serviços do estado e demais instituições coletivas e da solidariedade. Assim como as profissões liberais, e todos os setores de atividade laboral e de lazer. É uma nova era, um novo mundo, com novos procedimentos, no estar e no servir. Tudo isto e mais. Enfim, viver é caminhar, dizem os maiores. Estamos em face de uma nova vida, onde não podem faltar, entre outros, os valores educacionais e do civismo. Doravante, passamos a trilhar um
Diário famalicense
VINTE E CINCO ABRIL -25.4.20 - Dia de portas fechadas nos Paços do Concelho por causa da COVID-19. Hoje por volta das 13h vi, na Rua Narciso Ferreira, junto do quiosque de Nuno Veloso, uma senhora, acompanhada pelo marido, com alguns cravos. Perguntei onde os tinha arranjado. Disse-me que numa florista ali perto, mas não havia mais. Estavam esgotados! Ofereceu-me, amavelmente, um dos poucos que tinha. Será este cravo metido em água, que vai durar viçoso até ao 1.º de maio, como de costume. Muito obrigado! QUINTA-FEIRA - 30.4.20 - Passei agora (12h15) pelos CTT de Famalicão. Fila de 30 pessoas com distanciamento e por isso fila longa para entrar no edifício. Bom comportamento dos utentes. MANUAL DE INSTRUÇÕES – Precisamos urgentemente de um Manual de Instruções fiável e simples de apreender para saber como lidar com a COVID 19, nomeadamente com as máscaras e viseiras. E precisamos destes apêndices a um preço razoável. Nisto mostraremos que somos um concelho famoso pela indústria têxtil e que dá bom exemplo. FARMÁCIA - Máscaras de uma só utilização estão à venda na farmácia a mais de um euro. É muito dinheiro! SEGUNDA-FEIRA- 4.5.2020 – Depois de um domingo, dia 3, com sol e muito calor (mais de 30 graus) temos hoje um dia nublado a ameaçar chuva. E choveu
Famalicão
mesmo. Que tempo estranho! QUARTA-FEIRA – DIA 5.5.20 – Gostaria que a comunicação social famalicense desse notícia não só do número de infectados como dos óbitos no nosso concelho (pessoas residentes em Famalicão) . Ainda que aproximadamente. É assunto de interesse e deve ter o devido relevo. ASSEMBLEIA MUNICIPAL – Vamos ter pela primeira vez, no dia 15 de maio, à noite, uma sessão da assembleia municipal por via electrónica. Vai fazer história, ainda que por más razões. Não é claro que seja aberta ao público. Devia. TERÇA FEIRA – 5.5.20 – Estão confirmadas 1074 mortes relacionadas com a COVID-19 em Portugal. Mais 11 do que nas últimas 24 horas. QUARTA-FEIRA – 6.5.20 – Acabo de ler que no Reino Unido (RU) morreram até ontem mais de 30.000 pessoa . O RU (Inglaterra, País de Gales e Escócia) tem menos de 70 milhões de habitantes, ou seja, cerca de 7 vezes a população de Portugal. Respeitada a proporção o número de mortos associados à COVID 19 no RU deveria rondar os 7.000. O que se está a passar naquele país? MELHORES DIAS – Parece que estamos a entrar, em Portugal, num tempo de maior normalidade, dentro da anormalidade. Será para durar? Depende muito de nós.
Famalicão Quinta, 7
Serviço Cameira/Ribeirão
Sexta, 8
Calendário
Sábado, 9
Nogueira
Domingo, 10
Valongo
Segunda, 11
Gavião
Terça, 12
Barbosa/Ribeirão
Quarta, 13
Cameira
Vale do Ave
Almeida e Sousa: Covas - Oliv. Stª Maria - Telf. 252 931 365 Bairro: Av. Silva Pereira, Telf. 252 932 678 Delães: Portela - Delães - Telf. 252 931 216 Riba de Ave: Av. Narciso Ferreira, Telf. 252 982 124
novo mundo, este com novas exigências e responsabilidades, quer no plano pessoal, quer no plano coletivo. 1.P.S. Bem andou a igreja, ao decidir, aconselhar os devotos de Nª Sº de Fátima, em não peregrinarem para o Santuário de Fátima nesta hora pandémica que o mundo atravessa, e os portugueses, também. Uma igreja atenta às circunstâncias da vida, é sensata e prudente e as suas gentes e seus fiéis não podem deixar de aplaudir este nobre sentido de responsabilidade de todos os dirigentes eclesiásticos em prol da saúde dos seus e de todo o povo. 2.Menos bem andaram os políticos da República ao autorizar as manifestações sindicais de rua, no dia 1 de Maio, Dia do Trabalhador, este ano confinado em benefício da saúde de todos. Na verdade, com este inimigo na caminhada da humanidade, impõem-se novas atitudes de vivência, entre as pessoas, e saber caminhar é viver.
Melhores dias?
António Cândido Oliveira
Barbosa: Rua Santo António, Tel. 252 302 120 Calendário: Rua da Liberdade, Tel. 252 378 400/1 Cameira: C. Mouzinho Albuquerque, Tel. 252 323 819 Central: Praça D. Maria II, Tel. 252 323 214 Nogueira: Av. Marechal H. Delgado, Tel. 252 310 607 Valongo: Rua Adriano Pinto Basto, Tel. 252 323 294 Gavião - Av. Eng. Pinheiro Braga, 72 - Telef. 252 317 301 Marinho: Edif. S. José - Estalagem - Telf. 252 921 182 Martins Ventura: R. C. Cerejeira - Lousado - Telf. 252 493 142 Estação: Largo da Estação - Nine - Telf. 252 961 118 Ribeirão: Rua Quinta Igreja 9 - Ribeirão - Telf. 252 416 482 Joane: Rua S. Bento, nº 217 - Telf. 252 996 300 Landim: Estrada Nacional 204/5, nº 693 - 252321765
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Com Covid-19, saber caminhar é viver
Chão Autárquico Domingos Peixoto
PRAÇA PÚBLICA
Vale do Ave
Serviço
Quinta, 7 Sexta, 8 Sábado, 9 Domingo, 10 Segunda, 11 Terça, 12 Quarta, 13
Bairro Almeida e Sousa Riba de Ave Delães Riba de Ave
Serviço de disponibilidade
Paula Reis: R. José Elisio Gonçalves Cerejeira, nº 629 Calendário - Tel. 252 378 057 Maceiras: Louro - Telf. 252 310 425 Marques: Largo da Igreja - Fradelos - Telf. 252 458 440 Oliveira Monteiro: Largo Igreja - Cabeçudos - Telf. 252 331 885 Pedome: Av. S. Pedro, 1139 - Pedome - Telf. 252 900 930 Pratinha: Largo do Cruzeiro - Cavalões - Telf. 252 375 423 S. Cosme: Vale S. Cosme - Telf. 252 911 123 Arnoso: Av. Joaq. Azevedo - Arnoso Sta. Maria - Telf. 252 916 612
12 DESPORTO
opiniãopública: 7 de maio de 2020
Gustavo Assunção quer continuar e pisca o olho às provas europeias
O jogador do Futebol Clube de Famalicão, Gustavo Assunção, esteve a responder às perguntas que os adeptos famalicenses colocaram nas redes sociais. O médio defensivo revelou que o regresso do campeonato português o deixa contente e apontou o projeto como sendo o fator decisivo pelo qual assinou pelo clube. O camisola 12 confessou que gostava de ficar mais algumas épocas no FC Famalicão e que gostava de disputar uma prova europeia com a camisola do clube. No meio das perguntas dos adeptos, surgiu uma de um companheiro de equipa. Toni Martínez perguntou ao médio se rapava o cabelo caso o FC Famalicão se qualifique para as competições europeias. Gustavo sorriu e afirmou que corta se o avançado fizer o mesmo. Desconhecendo possíveis interessados na sua contratação, Assunção sente-se bem no clube e quer conquistar tudo o que o pai conquistou enquanto jogador. O jogo que o mais marcou foi frente ao SC Covilhã porque foi a primeira partida oficial como profissional.
Hugo Azevedo sai do Riba D’Ave HC e assina pelo HC Braga
FC Famalicão feminino sobe I Divisão Nacional A equipa de futebol feminina do Futebol Clube de Famalicão subiu à I Divisão Nacional. A confirmação foi dada esta quarta-feira pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF). Esta subida deve-se ao facto de, na próxima época, a Liga BPI (I Divisão Nacional) passar de 12 para 20 equipas. As doze formações que disputaram esta temporada a liga vão permanecer e juntam-se FC Famalicão Gil Vicente, Boavista, Fiães SC, Condeixa, Torreense, Atlético CP e Amora FC. Em entrevista à FAMA, Jorge Silva, presidente do FC Famalicão, tinha afirmado que o clube merecia disputar a I Divisão na próxima temporada. O líder do emblema famalicense referiu que a FPF tinha “obrigatoriamente de conduzir o FC Famalicão para a I Divisão, em virtude à época que a equipa realizou na II Liga”.
Liga NOS: FC Famalicão é a formação que utiliza mais jogadores sub-21 O Famalicão foi a equipa que mais minutos deu a jogadores sub-21 na Liga NOS, interrompida em março devido à pandemia da covid-19, enquanto o FC Porto é dos clubes que menos aposta nos jovens. De acordo com o Observatório do Futebol do Centro Internacional de Estudos do Desporto (CIES), que analisou a utilização de sub-21 em 1.292 clubes do primeiro escalão de 93 países, em Portugal, o Famalicão lidera destacado na altura de colocar em campo jogadores menos experientes. No total dos minutos disputados esta temporada em jogos do campeonato, o Famalicão teve no relvado jogadores sub-21 em 43% desse tempo, um registo bem mais alto do que o Belenenses SAD, que aparece no segundo lugar, com 20,4%. O pódio é completado pelo Sporting, com 19,5%. Nesta classificação, o Benfica aparece em oitavo,
com 8%, enquanto o FC Porto é penúltimo, com 3,2%, sendo apenas batido pelo Rio Ave, com 0,1%. A nível geral, a I Liga portuguesa aparece no 63.º lugar, com 11%, numa tabela liderada pelo campeonato da Eslováquia (29%). A Nova Zelândia é a segunda que mais aposta nos jovens, com 28,8%, seguida da Irlanda, também com 28,8%. Na outra ponta, a Superliga turca e o campeonato da Arábia Saudita preferem os jogadores mais experientes, com os futebolistas sub-21 a terem apenas direito a 3,7% dos minutos disputados. A nível dos cincos principais campeonatos europeus ('Big-5'), o Lille, de José Fonte, Tiago Djaló, Renato Sanches e Xeka, é o emblema que apresenta o registo mais alto de utilização de sub-21, enquanto Levante, Union Berlim, Crystal Palace e Sheffield United ainda não colocaram qualquer jogador desse escalão em campo.
Pedro Almeida promove campeonato online de ralis
Hugo Azevedo já não é treinador do Riba D’Ave HC. O antigo jogador e treinador do clube ribadavense assinou contrato com o HC Braga. O anúncio foi feito através do Facebook do clube bracarense. Depois de anunciar que ia abandonar os ringues e dedicar-se apenas ao papel de treinador, Hugo Azevedo muda de ares e rubricou um contrato válido por duas temporadas com o HC Braga. Recorde-se que não se vai realizar mais campeonato, estando oficialmente dado por terminado, num anúncio feito pela Federação Portuguesa de Patinagem.
VIII edição do Torneio Internacional Cidade Famalicão foi adiada A VIII edição do Torneio Internacional Cidade Famalicão foi adiada, anunciou a direção do torneio, representada por Mário Oliveira. O adiamento surge devido "ao crescente desenvolvimento do surto de Covid-19 e perante a ausência de certezas quanto ao seu controlo e duração", explica a direção em comunicado. O evento será adiado para 2021, para garantir a saúde e segurança dos xadrezistas e respetivas famílias, parceiros e colaboradores. "Vamos continuar a trabalhar todos os dias, como temos feito até ao momento, para garantir que no próximo ano o VIII TICF continue a perdurar a sua marca além-fronteiras, afirmando-se continuamente como a Capital do Xadrez Nacional no mês de julho e proporcionando, desta forma, experiências inesquecíveis dentro e fora do quadrado mágico das 64 casas", elenca o responsável.
Entre os dias 6 e 14 de maio o piloto Pedro Almeida vai promover online um campeonato virtual de Rallys. Tendo como base no simulador Rally DIRT 2.0 Rally, o piloto vai organizar um campeonato aberto a todos os que queiram mostrar o talento neste desafio ao volante de um Peugeot 208 R2. Os melhores vão depois sentar-se ao lado do piloto num codrive a realizar quando os ralis voltarem à estrada. “Os ralis não têm ainda data de regresso à estrada e decidimos
avançar com esta iniciativa especialmente para os fãs do simulador, normalmente também apaixonados pelos ralis”. Pedro Almeida usa o simulador para se manter agarrado ao volante e ir ‘treinando’ neste período de confinamento. “O jogo tem cenários fantástico e retrata numa realidade muito próxima os ralis e é uma boa plataforma para ir mantendo a prática do volante, mas na verdade, a estrada é ainda uma realidade mais exigente” disse Pedro Almeida. “Os melhores vão depois experi-
mentar a sensação do Peugeot 208R2 quando regressar a competição, num co-drive, que vai permitir comparar estas duas realidade”. Os quatro ralis que vão preencher a competição só vão ser conhecidos uma hora antes do arranque de cada prova, e os ‘pilotos’ vão dispor de 48 horas para completar cada uma das provas, ralis que habitualmente fazem parte do cenário do calendário do mundial. A competição tem iguais definições para todos os participantes, com duas classificações distintas para aqueles que realizarem as provas em simulador e com comando. As inscrições são gratuitas, abertas a partir desta segunda-feira e até à hora de partida para o primeiro rali, na quarta-feira, dia 6 de maio às 18 horas. As inscrições e a consulta do regulamento podem ser consultadas na página do piloto em www.pedroalmeidaracing.com
FC Famalicão: loja oficial reabre O Futebol Clube de Famalicão reabriu a loja aos sócios e adeptos do clube. Localizada no centro da cidade, junto ao Parque da Juventude, o espaço encontra-se aberto desde segunda-feira, com o horário das 10h às 12h30 e das 14h até às 19h.
A Loja Oficial, nesta fase, apresenta alguns condicionalismos. É obrigatório a higienização das mãos, o uso obrigatório de máscara e só podem estar, no máximo, dois clientes na loja. Recorde-se que o FC Famalicão disponibiliza o pagamento das quotas online.
Em entrevista ao OPINIÃO ESPECIAL, o vereador da Educação do município em Famalicão, fala, sobretudo, das exigências e dificuldades que a pandemia de Covid-19 trouxe. Leonel Rocha frisa que, apesar da tarefa não ser fácil para toda a comunidade escolar, todos, na medida do possível, estão a fazer um bom trabalho. Assegura que a Câmara tem cumprido com a sua missão e tem vindo a acompanhar as escolas nas suas preocupações.
Leonel Rocha vereador da Educação da Câmara Municipal de Famalicão
“Temos vindo a acompanhar as escolas em todas as suas preocupações”
em teletrabalho. São circunstâncias que não são fáceis e que não favorecem o normal funcionamento Carla Alexandra Soares da escola. Esta é uma situação nova para todos e as escolas têm vindo a procurar as melhores formas de conseguir um equilíbrio PINIÃOESPECIAL: Vivemos entre ensinar sem saturar. É uma sitempos muito difíceis, exi- tuação de exceção para tempos de gentes e com grandes adap- exceção. tações. A Educação foi a área que provavelmente mais sen- Nesta nova fase, qual foi a maior ditiu a chegada da pandemia, com o ficuldade que as escolas do conceencerramento das escolas, colo- lho demonstraram sentir? cando milhares de alunos em casa. Houve a dificuldade com os meios Em Famalicão, qual o balanço que técnicos que se sentiu no inicio e faz da fase da adaptação dos pro- que resultou num levantamento fessores, alunos e comunidade es- das necessidades das famílias, que colar a esta nova realidade? foram satisfeitas com os meios das Leonel Rocha: Todos fizemos um escolas, com ajuda da autarquia e grande esforço. Aulas em casa, ter das associações de pais, através a escola em casa e conseguir en- da FECAPAF, bem como o envolvicontrar os meios e as metodologias mento de empresas. Vamo-nos deadequadas para ajudar os alunos a parando também com as tais que não sejam prejudicados por dificuldades de o ensino à distâncausa desta situação de pandemia. cia ser algo novo para os professoNa medida do possível, estamos res, mas também para as famílias todos a fazer um bom trabalho. que se veem a braços com a ajuda ao ensino dos filhos. Passada a fase de adaptação, e sabendo que há alunos que não vão De que forma a Câmara Municipal voltar à escola, qual é o feedback ajudou e ajuda os agrupamentos das escolas das aulas em casa? escolares nesta fase tão exigente? É uma tarefa que não é nada fácil. A Câmara tem cumprido com a sua Porque os alunos têm de conciliar missão e sempre esteve próxima a escola através da televisão com dos agrupamentos das escolas e as tarefas que as escolas vão man- de toda a rede escolar. De forma dando. Têm de conciliar aulas sín- mais visível, como já foi público, cronas com aulas assíncronas. Há ainda recentemente houve um estrabalhos ainda para fazer… E tudo forço na aquisição de meios inforisto, confinados ao seu espaço do- máticos para apoiar os alunos de méstico, muitos deles exíguos de famílias referenciadas pelos agruapartamentos e que levam a que as pamentos. Estamos atentos e concrianças se saturem, naturalmente. tinuaremos a apoiar para que tudo Acrescentar os pais, muitos deles possa correr pelo melhor.
derem ter aulas em casa e estando em sintonia com as escolas através do Gabinete de Emergência Social e tudo fazendo para minorar os impactos nefastos da pandemia na vida das famílias.
O
Como avalia todas as medidas tomadas pelo Ministério da Educação para fazer frente ao encerramento das escolas? Foram assertivas? Julgo que sim. Não havia muito mais que se pudesse fazer tendo em conta a dinâmica do contágio pandémico. Tem sido um processo de aprendizagem para as escolas e para o Governo e julgo que as medidas até agora tomadas foram sensatas. Agora num âmbito mais geral, qual o balanço do setor da Educação no concelho? O setor da Educação tem vindo a acompanhar as escolas em todas as suas preocupações. Não apenas na forma de lidar com esta nova realidade, que obrigou a uma reestruturação completa do ensino, mas também continuamos a fazer aquilo que as escolas precisam, com concertação dos cursos profissionais e sua divulgação neste contexto difícil uma vez que os alunos estão em
casa. Continuamos a preparar o novo ano letivo. Continuamos a ter a preocupação de que os projetos educativos, que o Município sempre facultou, continuem a chegar a casa de todos. E também não podemos
Continuamos a ter a preocupação de que os projetos educativos, que o Município sempre facultou, continuem a chegar a casa de todos. esquecer que a Educação vai mais além e intervém na vertente social, continuando com o serviço de refeições escolares para todos os alunos que delas precisavam, a apoiar os meios técnicos para os alunos po-
O insucesso e o abandono escolar são uma preocupação para o município. De que forma tem sido feito o combate a estes problemas? Em relação ao abandono é praticamente zero. Já não são sentidos focos de abandono escolar. O que sentimos ainda, embora com um abaixamento muito grande em relação há três ou quatro anos, é algum insucesso escolar. Com as medidas que as escolas têm adotado e que resultam de uma interação entre escolas e municípios, nomeadamente através do Plano Nacional de Promoção do Sucesso das Escolas e do Plano Nacional de Combate ao Insucesso Escolar, tem-se conseguido taxas de sucesso muito mais elevadas e quer os alunos quer as escolas vão apresentando melhores resultados. A aposta no Ensino Profissional também está relacionada com o sucesso dos alunos, eliminando focos de insucesso. Naturalmente que a pandemia do Covid-19 veio mudar muitos planos. Mas que obras estão previstas ou a decorrer no parque escolar? O plano de intervenção delineado vai manter-se. Estão a ser ultimadas intervenções em escolas de Vilarinho das Cambas e Vermoim. Estão também para arrancar as intervenções em Avidos, Mões e Arnoso Santa Eulália, para além de pequenas reparações em diversas escolas. pub
14 ESPECIAL
opiniãopública: 7 de maio de 2020
AGRUPAMENTO D. SANCHO I
“Erguemos uma escola em casa” das ferramentas de trabalho, privilegiando o uso regular da plataforma Moodle, para consolidação de aprendizagens e implementação de novos instrumentos de avaliação. Definiram-se novas formas de comunicação entre as diferentes estruturas da escola (Conselho Pedagógico, Departamentos, Conselhos de Turma e Turmas) e toda esta estrutura foi apoiada por uma equipa de professores de informática que garantiu o acompanhamento e apoio a toda a comunidade escolar. Durante a paragem letiva foi construído o Plano de Ação de Ensino à Distância, de maneira a uniformizar procedimentos e práticas letivas e, simultaneamente, foi desenvolvida, em colaboração com a Associação de Pais, uma campanha de solidariedade “Deixamos de ir à escola, mas a escola não pode deixar de vir até nós”. Desta campanha resultou uma resposta muito significativa de empresas parceiras que doaram à escola diversos equipamentos informáticos. Tal como é sublinhado por Helena O Agrupamento de Escolas D. Sancho I, pelo Covid-19, de construir respostas ur- chegada da escola a todas as casas. com alunos do pré-escolar ao 12º ano, gentes que garantissem a ligação de todos Com a colaboração dos diretores de Pereira, diretora do Agrupamento de Esteve, com a chegada da pandemia causada os jovens à escola e, simultaneamente, a turma e dos professores, foram reforça- colas D. Sancho I, o apoio e o envolvimento da autarquia famalicense foi fundamental, já que cedeu diversos equipub pamentos (computadores, tablets e hotspots), a um número significativo de alunos, e forneceu refeições a diversas famílias. Salientando o envolvimento de toda a comunidade, “e a sua pronta respostas a todos estes desafios”, o Agrupamento entrou neste mês de maio a preparar o encerramento do ano letivo, mas também a preparar o próximo ano escolar. No ensino secundário, para além da oferta regular, a escola continuará a oferecer diversas áreas de formação a nível de ensino profissional onde se incluem a contabilidade, o comércio, a restauração, o turismo, a informática, a eletrotecnia e a manutenção industrial. No Agrupamento prosseguirá a aposta em Projetos e Estágios de âmbito internacional, mantendo-se uma referência na oferta da educação de adultos (Ensino Recorrente, cursos EFA e Centro Qualifica), dando resposta a jovens e adultos que pretendem terminar percursos académicos interrompidos. Contudo, tal como sublinha Helena Pereira, atendendo às atuais circunstâncias em que vivemos, “preocupa-nos a incerteza com a qual teremos de preparar o próximo ano letivo”. Não obstante, o Agrupamento vai assegurar a continuidade do trabalho já iniciado, procurando proporcionar a igualdade e equidade possíveis nestas condições. “Continuaremos a apoiar, todos os nossos alunos tendo em especial atenção os alunos finalistas que irão realizar exames nacionais ou estágios profissionais sob a forma de prática simulada”. Erguer uma “Escola em Casa” exigiu muito trabalho, dedicação e empenho por parte de professores, alunos, pais e funcionários. “Mudamos estratégias, testamos novas formas de ensinar e aprender, procuramos caminhos e soluções. Acreditamos que com responsabilidade, dedicação e esperança faremos de todo este processo uma oportunidade de mudança e de construção de uma escola ainda melhor”, refere a diretora do Agrupamento.
opiniãopública: 7 de maio de 2020
ESPECIAL
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ESCOLA PROFISSIONAL CIOR
uma escola e um projeto com selo de qualidade reconhecida Obrigada também a mudança profundas, a Escola Profissional Cior reconfigurou e reinventou o conceito de Escola, num trabalho de compromisso e colaborativo mobilizando todos os membros da comunidade educativa. Num cenário que Amadeu Dinis, o diretor da Cior, descreve como inimaginável e do domínio da ficção, em que tudo aconteceu rapidamente, foi implementado um plano de contingência “rigoroso e robusto”. Foi criada uma equipa de coordenação e gestão em estado de crise, equipas de trabalho, foram interrompidos processos de mobilidade de alunos no espaço europeu e resgatados alunos em estágio no norte da Itália, colocando-os e acompanhando-os em situação de quarentena. Tendo em conta o ensino à distância, a Cior, cumprindo as orientações do Ministério da Educação, convocou toda a comunidade para encontrar com celeridade respostas e soluções para assegurar o funcionamento da escola. Com recurso às plataformas digitais, a Escola Profissional reorganizou-se por completo e continua a funcionar através de ensino à distância e em modo de teletrabalho, dando sinal para a importância da sociedade digital. “Como escola inclusiva e promotora da igualdade de oportunidades, desmontámos três salas de informática para distribuir 70 computadores
e meios de acesso à internet a outros tantos alunos carenciados”, destaca Amadeu Dinis Com uma comunidade que envolve 400 alunos e 60 professores e colaboradores, na escola só se encontra um pequeno grupo de colaboradores para assegurar o apoio logístico necessário. “Com verdadeiro sentido de pertença à Cior, manifestaram uma prática colaborativa, trabalho de equipa, capacidade de adaptação e versatilidade, que registo com muito orgulho. Um verdadeiro sentido de
missão”. A Cior, com um historial de qualidade reconhecida, apresenta uma oferta variada, em termos de Cursos Profissionais e Cursos de Educação e Formação, e ajustada às necessidades do tecido socioeconómico e empresarial da região “e da nossa capacidade instalada em termos de recursos técnicos e humanos, equipamentos e instalações”. Com um projeto educativo com forte identidade, formação de elevada e reconhecida qualidade, elevadas taxas de emprega-
bilidade e forte ligação às empresas, a Cior tem, paralelamente, uma carteira de parceiros espalhados por diferentes países europeus que permite grandes e constantes fluxos de mobilidade dos seus alunos e professores para a realização de estágios nas mais prestigiadas empresas e instituições desses países. Em termos organizacionais e boas práticas tem implementado, há vários anos, o Sistema de Gestão de Qualidade, Norma IS0 9001:2015 e é a primeira escola da região a ser reconhecida com o Selo de conformidade EQAVET – Quadro de Referência Europeu de Garantia da Qualidade para o Ensino e a Formação Profissionais – atribuído pela ANQEP-Agência Nacional para a Qualificação e Ensino Profissional. Preocupado que esta situação de crise e emergência não se prolongue, Amadeu Dinis deseja que se possa encerrar o ano escolar com a normalidade possível dadas as circunstâncias e que os alunos não sejam prejudicados na conclusão de ano/curso. “Face a cenários e realidades de tanta imprevisibilidade, como escola e parceiro/ator do desenvolvimento local, fica o nosso compromisso de ajudar a relançar Famalicão, os famalicenses e a região para os níveis de desenvolvimento e bem-estar que todos merecemos, depois desta crise que só conhecíamos dos manuais da História e da memória dos nossos avós”, garante o diretor. pub
16 ESPECIAL
opiniãopública: 7 de maio de 2020
AGRUPAMENTO CAMILO CASTELO BRANCO
em conexão com o futuro No Agrupamento de Escolas Camilo Castelo Branco (AECCB), foi implementado, desde o primeiro minuto, o ensino à distância através de plataformas digitais, uma realidade que, sublinha o diretor do Agrupamento, “não pode estar dissociado do contexto em que surge: substitui o ensino presencial, por uma questão de necessidade emergente – a pandemia do Covid-19”. Com tal exigência a ter que ser colocada em prática em tempo recorde, no AECCB, assim como na generalidade das escolas portuguesas, não houve tempo para a planificação atempada do ensino a distância. “Fomos forçados a mudar as rodas do carro com ele em andamento. Fizemo-lo, imbuídos de um enorme espírito de missão, pois percebemos que, também, neste contexto de emergência, os professores foram chamados para manter a conexão com os seus alunos, a conexão com o conhecimento, e, principalmente, a conexão com a vida e a esperança num futuro que nunca deixará de vir”, explica Carlos Teixeira. Tal como explica o responsável, no AECCB foi criada uma equipa de apoio, a qual, em parceria com todo o corpo docente, “tem sido inexcedível” no trabalho desenvolvido, atenuando as dificuldades de adap-
tação ao ensino a distância, nomeadamente, através da implementação de plataforma comum e a correspondente formação para os principais utilizadores - alunos e professores. Em paralelo, houve a sensibilização e envolvimento de toda a comunidade para obviar as dificuldades de algumas famílias no acesso aos meios tecnológicos e à internet.
“É justo destacar a iniciativa das próprias famílias que se organizaram dentro da sua rede de apoio para resolver o seu problema, o que libertou recursos para serem utilizados com aqueles que não tiveram a mesma possibilidade”. Para Carlos Teixeira, a Câmara Municipal de Famalicão foi um parceiro decisivo para garantir que todos os alunos do 2º, 3º ciclo e ensino secundário te-
nham acesso ao ensino a distância. Passado algum tempo de implementação do ensino a distância, já é percetível para todos, defende o diretor do AECCB, que o ensino, a educação das novas gerações, sobretudo a educação que ajuda as crianças e jovens a crescer como seres humanos de cultura, conhecimento e relacionamento social, não pode ser realizada sem o ensino
presencial, sem o contacto direto entre professor/aluno. “Sem o bulício das relações socias que se estabelecem no locus de aprendizagem multifacetado que é o AECCB”. Por isto é que este Agrupamento continuará, em articulação com o Projeto Educativo, a dar prioridade a projetos e decisões que valorizem os alunos, que criem ambientes de aprendizagem tranquilos, de qualidade e com ambição de elevado sucesso educativo. Projetos em que a internacionalização do AECCB é uma realidade, onde, pelo intercâmbio de alunos e profissionais da educação, pela partilha de práticas pedagógicas inovadoras, “os nossos alunos conhecem outras realidades e dão a conhecer pela Europa o seu potencial e da região onde estão inseridos”. “Projetos com forte ligação ao mundo da ciência, das artes, da música e do desporto, nunca descurando a ligação com o local, convocando o património cultural de Famalicão”. “Projetos assumidos por professores empenhados e que estão conscientes que o trabalho colaborativo é fundamental para conferir sentido às aprendizagens dos alunos, preparando-os para o exercício pleno de uma cidadania europeia”, conclui Carlos Teixeira. pub
opiniãopública: 7 de maio de 2020
ESPECIAL
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INA - INSTITUTO NUN’ALVRES
Ensino à distância com educação integral online O ensino à distância talvez seja o maior desafio que, no Instituto Nun’Alvres (INA), como comunidade educativa, se viveu nos últimos tempos, “quer pela mudança que implica quer pelo contexto em que vivemos”. A explicação é do padre Carlos Carvalho, da direção pedagógica do INA, que sublinha que, como escola inaciana (Companhia de Jesus, ordem religiosa católica fundada por Santo Inácio de Loiola, em 1540), não só procurou estruturar um ensino à distância (E@D) adequado às necessidades dos seus alunos e à progressão do seu processo de aprendizagem, como também manter vivo o coração do seu projeto educativo. “A educação integral, isto é, a formação de pessoas humanas para e com os outros. Desde o cancelamento das atividades presenciais, por causa da pandemia do Covid-19, o INA disponibiliza a todos os alunos os meios necessários para aceder à plataforma Classroom e foram organizados conteúdos para a sua aprendizagem. Antecipando um terceiro período com ensino à distância, foram estruturados novos horários, oferecendo aos alunos a oportuni-
dade de continuar a aprender. Tal como explica o padre Carlos Carvalho foi promovido o contato direto com todos os professores do conselho de turma, com aulas síncronas online e aulas assíncronas, “promovendo o trabalho autó-
nomo e responsável do aluno, e disponibilizando o apoio constante do diretor de turma e de todos os educadores”. Antecipando as normas enviadas pelo Ministério de Educação, no Instituto Nun’Alvres foram dimi-
nuídos os tempos síncronos para cerca de 1/3 do horário presencial, adaptadas a duração dos tempos letivos, entre 40 e 30 minutos, criando tempos de intervalo maiores entre as aulas online. Foram ainda organizados tempos de tuto-
ria semanais para o acompanhamento individual ou em pequenos grupos dos alunos, promovemos o trabalho autónomo, evitando sobrecarregar os alunos. Inspirados pelo seu Projeto Educativo, o INA criou um tempo semanal de partilha e avaliação inaciana da semana, em turma, com o diretor de turma; ofereceu a celebração da eucaristia on-line, às quartas-feiras, às 12h00; manteve as quartas à tarde livres; procurou prever e atender às dificuldades que possam surgir neste tempo de confinamento em casa, em família. “Como comunidade educativa responsável, atendendo às dificuldades das nossas famílias, disponibilizamos um conjunto de apoios humanos, psicológicos, materiais, espirituais e financeiros”, sublinha o padre Carlos Carvalho. E como parte integrante da comunidade local, o INA disponibilizou o seu pavilhão à Câmara Municipal de Santo Tirso para a criação de um centro de acolhimento, inserido no plano de contingência municipal. “Porque, hoje, mais do que nunca, faz sentido educar para servir”. pub
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opiniãopública: 7 de maio de 2020 pub
ESCOLA BENTO DE JESUS CARAÇA
avança com dois novos cursos
A delegação de Guimarães da Escola Profissional Bento de Jesus Caraça está localizada em pleno centro da cidade e “a sua cultura e valores assentam nos princípios de uma escola integradora, inclusiva, democrática e de qualidade”, sublinha Manuel Freitas, o diretor pedagógico da delegação de Guimarães. Este ano, a Bento de Jesus Caraça celebra o seu 30º aniversário, que fica marcado, sobretudo, por ser a primeira escola profissional do país a alcançar o selo de conformidade do Quadro Europeu de Garantia da Qualidade para o Ensino e Formação Profissional (EQAVET). Por outro lado, tal como aconteceu com todas as escolas do país, este ano fica também marcado pela obrigatória suspensão das atividades letivas e não letivas presenciais, no âmbito da Emergência de Saúde Pública por causa da pandemia do Covid-19. “Este último acontecimento lançou a toda a comunidade educativa desafios que implicaram uma capacidade de adaptação sem precedentes”, sublinha Manuel Freitas que faz, apesar da célere adaptação, um balanço “muito positivo” do arranque do 3º período. “Todo o corpo docente e não docente fez um esforço tremendo por forma a manter toda a proximidade possível face às circunstâncias, procurando esbater os múltiplos fatores de desigualdade social, económica, profissional e cultural”. Para tal, cedeu computadores das salas de aula aos alunos que não dispunham de computador pessoal. Na Escola Profissional Bento de Jesus Caraça estão a ser usadas ferramentas que têm permitido garantir a qualidade dos momentos síncronos e assíncronos. Através da plataforma Edmodo, os professores propõem tarefas/desafios, trocam mensagens, disponibilizam material didático e agendam sessões síncronas. “Em termos pedagógicos, apesar de todos os constrangimentos, nesta fase existe um tremendo cuidado com o acompanhamento personalizado dos alunos, envolvendo também as famílias”. Com 20 professores que compõe o corpo docente e 110 alunos, a escola “está empenhada na construção do ser humano integral, onde é possível aprender uma profissão que permita aos jovens a conquista da sua liberdade e independência”. Para o diretor pedagógico, acima de tudo, é crucial dotar todos os alunos com as melhores ferramentas para se tornarem cidadãos ativos e técnicos competentes.
Por essa razão, no próximo ano letivo a Bento de Jesus Caraça vai apostar, ao nível do Ensino Profissional, num curso cuja vertente está mais direcionada para a área social, ou seja, o curso Técnico da Juventude e outro para área mais operacional, o curso Técnico de Logística. Não esquecendo os jovens que se encontram em risco de abandono escolar sem concluir o 9º ano de escolaridade, há ainda os Cursos de Educação e Formação (CEFS) Tipo 2, Operador de Distribuição e o Tipo 3 Cuidador de Crianças e Jovens. “Na Escola Profissional Bento de Jesus Caraça estimulamos o raciocínio através de um
Com 20 professores que compõe o corpo docente e 110 alunos, a escola “está empenhada na construção do ser humano integral, onde é possível aprender uma profissão que permita aos jovens a conquista da sua liberdade e independência”.
ensino prático e aliciante, desenvolvido por profissionais que conhecem e amam o que fazem”, frisa Manuel Freitas. Mas há outros aspetos que são levados muito a sério, como o respeito pelo ritmo e características de aprendizagem de cada um, bem como a maximização da relação professor, aluno, família e comunidade local. “A certeza do sucesso deste trabalho encontra-se bem patente nos elevados índices de empregabilidade e na satisfação das entidades empregadoras”. E o responsável deixa a mensagem, hoje com uma pertinência ainda maior, do patrono Bento de Jesus Caraça: “O que o mundo for amanhã é o esforço de todos nós que o determinará”.
opiniãopública: 7 de maio de 2020
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DIDÁXIS
reforça aposta na Inovação Digital e no Inglês Com a nova realidade trazida pela pandemia de Covid-19, a Didáxis adaptou-se da melhor forma, com o esforço e empenho de todos os envolvidos neste novo paradigma de ensino à distância. Os professores, a partir das suas casas, têm realizado teletrabalho com um planeamento semanal de aulas síncronas e assíncronas, seguindo o horário de cada turma. Atualmente com 70 professores, 46 funcionários e 605 alunos, que se distribuem desde o primeiro ciclo ao secundário regular e profissional, a Didáxis e a sua comunidade escolar adaptou-se “naturalmente ao ensino à distância”. Tal como é sublinhado pela direção administrativa da escola, desde muito cedo, a Didáxis fez uma aposta forte na utilização das tecnologias digitais no apoio ao processo ensino aprendizagem, nomeadamente no protocolo estabelecido com a Microsoft em 2008, que permite oferecer aos colaboradores da Didáxis (professores, alunos e funcionários) licenças gratuitas para utilização da plataforma Office 365 (Microsoft Word, Excel, OneDrive, Teams, OneNote, etc.). “Quanto aos nossos alunos, em particular, têm sido fantásticos e têm-nos surpreendido todos os dias, principalmente pelo entusiasmo com que se têm apresentado, alguns fazendo questão de vestir o uniforme da escola quando participam nas aulas síncronas”, refere a di-
reção da escola que sublinha que este entusiasmo em muito se deve “ao empenho, à capacidade de reinvenção e criatividade dos nossos professores, na forma como apresentam as aulas síncronas”. “Exemplo disso, foi a nossa professora que numa aula de Português se
vestiu a rigor para incorporar numa personagem dos Maias”. A escola Didáxis oferece ensino regular, desde o 1º ano até ao 12º em regime privado com o financiamento dos pais, e sete cursos profissionais: Geriatria, Desporto, Comércio, Informática, Eletromecâ-
nica, Mecânica Automóvel e Hotelaria e restauração, cursos financiados pelo POCH. Tal como é sublinhado pela direção administrativa, ao longo dos anos foi sempre preocupação melhorar as infraestruturas da escola, “para prestarmos o melhor serviço possível e, hoje, podemos orgulhar-nos das excelentes instalações que temos”. A Didáxis, instalada em Riba d’Ave, é constituída por cinco blocos com salas teóricas e salas práticas ou oficinas, que garantem o melhor funcionamento das aulas quer para o ensino regular quer para o profissional. Para além disso, a escola está apetrechada com espaços amplos, nomeadamente salas do aluno, salas de Informática e Robótica, salas de TIC, biblioteca, cantinas e bar. De salientar também os espaços desportivos, que constituem uma mais valia para o desenvolvimento das atividades da disciplina de Educação Física e, em particular, das turmas do Curso Profissional de Desporto. O projeto educativo da Didáxis irá continuar a aposta em três grandes marcas, “naturalmente alicerçadas nos Valores Humanistas que sempre constituíram a pedra angular da nossa missão educativa”: o desenvolvimento da Inovação Digital, a aposta no Integrat English e a promoção de metodologias ativas que enriquecem a aprendizagem dos nossos alunos. pub
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opiniãopública: 7 de maio de 2020
OFICINA
prepara-se para o futuro mantendo equipa coesa A Oficina – Escola Profissional do INA, celebra este ano o seu 30º aniversário. Há 30 anos atrás, quando o país percebeu a importância de formar técnicos competentes para o mercado de trabalho, e decidiu introduzir no sistema de ensino a via profissionalizante, o Colégio das Caldinhas não hesitou e criou a Escola Profissional - Oficina. “Sempre na linha da frente do Ensino Profissional, a Oficina é hoje uma escola de referência, com a uma presença muito ativa na comunidade e na região do Vale do Ave”, afirma Miguel Sá Carneiro, diretor pedagógico. Enquanto Escola Profissional, o que melhor caracteriza a Oficina, assegura o responsável, é o seu espírito inovador, o rigor no ensino técnico e profissional e o empenho na formação integral dos seus alunos. “Um técnico formado na Oficina deve ser reconhecido no mercado do trabalho, não apenas pela sua elevada competência técnica, mas também pela sua excelência pessoal e profissional”, defende Miguel Sá Carneiro que se mostra convicto de que na educação, o essencial é o desenvolvimento e formação do caráter da pessoa.
Por isso, explica, a Oficina - Escola Profissional do INA baseia a sua estratégia de ação em três eixos: dar resposta adequada às necessidades dos alunos e famílias (dimensão educativa e social); dar resposta rápida e eficaz às necessidades do tecido empresarial e económico da região (dimensão técnica e profissional); dar resposta às necessidades pró-
prias do ser humano como pessoa (dimensão espiritual e humana). No campo da educação e formação, para dar resposta aos desafios tecnológicos dos dias de hoje, são necessários meios adequados e, por isso, a Oficina tem feito um grande esforço para garantir infraestruturas modernas, como os estúdios de produção e pós-produção audiovisual/multi-
média, equipamento tecnológico adequado às novas necessidades das empresas e uma equipa de educadores motivados e competentes. Sendo uma escola especializada nas áreas de Multimédia, Audiovisuais e Comunicação/Marketing, com 30 anos de experiência e liderança nestas áreas de formação, nos últimos anos, a Oficina tem respondido a
novas necessidades do mercado com oferta formativa em novas tecnologias, como a Programação Informática (GPSI) e Desenho Digital 3D. Apesar do futuro se apresentar, hoje, como uma realidade muito instável e imprevisível, a Escola Profissional “está a prepararse para os desafios do futuro com a mesma atitude que sempre teve e que tem dado bons frutos”. Isto significa que a prioridade é manter uma equipa de educadores “estável, coesa e competente, investir na relação com os seus parceiros institucionais e empresariais e apresentar-se aos alunos do 9º ano e às suas famílias como a escola ideal para a sua educação e formação profissional”, sublinha o diretor pedagógico. “Queremos ajudá-los a encontrar o seu norte”. Apesar de ter consciência que cada projeto educativo é único, Miguel Sá Carneiro sublinha que a Oficina é uma das cinco escolas que constituem o Centro Educativo do Colégio das Caldinhas. “A reconhecida tradição educativa dos Jesuítas, com a ciência e experiência pedagógica assente numa cultura humanista e espiritual própria, é, sem dúvida, a marca mais determinante da Oficina”. pub
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ESPECIAL
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FORAVE
olha ensino à distância como uma oportunidade para a mudança “Se nos dissessem que em quatro dias tínhamos que inserir a Forave numa plataforma digital e mantê-la em funcionamento seria, no mínimo, difícil de acreditar”. É desta forma que Manuela Guimarães, diretora da Forave descreve as mudanças vividas nesta Escola Profissional por causa da pandemia de Covid-19. Com 290 alunos, 15 turmas, uma estrutura de 50 colaboradores, onde se incluem 35 professores, a Forave está a ministrar as aulas através do Google Classroom. Para que tudo tenha funcionado no timing exigido, Manuela Guimarães sublinha a cooperação e interajuda entre os colaboradores. “Foi o fator chave para conseguir em tão pouco tempo, colocar a escola on-line”, sublinha. Na verdade, as circunstâncias excecionais e temporárias relativas à situação epidemiológica, remeteu a Forave para a criação de uma solução rápida, que pudesse ir ao encontro do maior número de alunos possível e que permitisse o acom-
panhamento à distância duma forma lata. Entre outros fatores, para a responsável da Escola Profissional é também importante apoiar os alunos e minimizar receios e ansiedades resultantes de uma situação completamente nova e com grande impacto na vida escolar, pessoal, familiar e social dos jovens. Para que tudo desse certo, a equipa teve que proceder a novas planificações, redefinir objetivos e cronogramas possíveis e atender a situações prioritárias, tais como o término das cargas anuais letivas, os estágios e as PAP- Provas de Avaliação Profissional. “A adesão dos alunos à plataforma digital foi imediata e massiva”. Aos alunos com dificuldades tecnológicas a Forave entregou 25 equipamentos, incluindo 12 portáteis cedidos pela empresa Continental Mabor e cinco hot spots patrocinados pela Câmara Municipal de Famalicão. “Numa auscultação realizada aos alunos no final do 2º período, a avaliação à escola digital foi muito
positiva, reiterada pelo testemunho dos encarregados de educação, que consideram algumas vantagens neste sistema de ensino, para o desenvolvimento de determinadas competências nos alunos”, explica a diretora da Escola Profissional, situada em Lousado. Para comprovar essa avaliação positiva do ensino on-line, Manuela Guimarães dá como exemplo o testemunho do Encarregado de Educação do aluno Erick Medeiros. “Acho a melhor opção para o momento em que vivemos e acredito que além de ser uma obrigação neste momento o ensino à distância pode trazer uma nova aprendizagem para os alunos como a gestão do tempo a partir do próprio foco. Talvez alguns alunos tenham dificuldades neste novo método de ensino, mas também acredito que se torna mais fácil para os alunos mais tímidos tirarem dúvidas”. Ultrapassada esta fase de adaptação da escola, é tempo de enfrentar o desafio da preparação do próximo ano letivo e da oferta for-
mativa. Neste campo a Forave vai manter-se alinhada com as necessidades mais prementes do território, apostando nas áreas de Automação e Eletrónica; Manutenção Industrial; Gestão/Produção; Materias/Polímeros e Industrias Alimentares, contando com o apoio das empresas parceiras para manter a qualidade e a atualidade da formação dos alunos.
“Consideramos que a situação atual das escolas, ainda que forçada, foi encarada pela comunidade escolar como uma oportunidade, que favoreceu a adaptação rápida a novas ferramentas informáticas, quebrando resistências instaladas e criando abertura para uma realidade que iremos enfrentar, ou seja, a nova sociedade digital”, conclui Manuela Guimarães. pub
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Quais são os melhores desportos para crianças?
Promova exercícios físicos para crianças se divertirem a mexer…
As crianças e o desporto devem ser amigos inseparáveis. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 40 milhões de crianças no mundo inteiro sofrem de excesso de peso. Para remediar esta situação, não há melhor solução que a prática regular de exercício físico e uma alimentação adequada. Mas quais são os melhores desportos para crianças, tendo em conta a idade de cada um? No momento de escolher o desporto apropriado para os mais pequenos lá de casa, é necessário ter em consideração vários aspetos. Em primeiro lugar, será necessário avaliar a idade da criança. E, em segundo lugar, quais são os benefícios associados à prática de cada modalidade. Considerando esses critérios, estes seriam os 6 desportos mais completos para crianças: Natação (de 3 a 5 anos) A natação é um dos desportos com mais benefícios, não apenas para as crianças, mas também para os adultos. É uma prática ideal para que os mais pequenos se iniciem no maravilhoso mundo aquático e aprendam cada uma das técnicas, melhorando capacidades como a resistência e a coordenação. Artes marciais (a partir dos 4 anos) Entre os 5 e 7 anos de idade, pode ser uma boa ideia inscrever a criança num desporto individual, como o judo, karaté ou taekwondo. Estas atividades podem ser iniciadas em tenra idade, e são perfeitas para melhorar a coordenação de movimentos. Ténis (de 4 a 6 anos) A partir dos 4 anos é um bom momento para que a criança dê os primeiros passos num desporto como o ténis, responsável por favorecer especialmente a coordenação entre olhos e mãos, além do controlo da potência aplicada a cada movimento. Basquetebol (a partir dos 7 anos) O basquetebol é um bom exemplo de desporto de equipa ideal para começar a partir dos 7 anos. A coordenação é uma das capacidades trabalhadas nesta modalidade, mas não é a única. Também se melhora a agilidade e outras habilidades motoras, para além de promover a cooperação entre os companheiros de jogo. Futebol (a partir dos 7 anos) O futebol é outra das modalidades favoritas das crianças de 7 ou 8 anos. O desporto rei é frequentemente associado aos jogadores mais famosos, e praticamente qualquer criança sonha em vir a ser como eles algum dia. Mas, além de ser muito popular entre os mais pequenos, também é uma atividade extremamente benéfica, pois favorece a resistência aeróbica, a visão periférica e a velocidade. Atletismo (a partir dos 8 anos) Para crianças um pouco mais velhas, com idades próximas à préadolescência, o atletismo pode ser uma excelente opção. Este desporto não só aumenta a resistência das crianças. Também melhora o desenvolvimento físico e favorece o desejo de superação.
Artes Marciais A Academia de Artes Marciais Stat tem um programa, disponível no YouTube, com vários vídeos que variam consoante a idade da criança e a fase de treino em que se encontra. O programa é gratuito e qualquer criança pode fazê-lo, basta que escolha o vídeo adequado à sua idade e domínio desta arte marcial. Dançar Além de ser um exercício físico bastante completo, a dança permite que todos os elementos da família fiquem em boa forma física e se divertiam. Navegue até ao site do Just Dance Now, no computador ou smartphone e siga todas as instruções para selecionar uma música e entrar numa sala de dança. Depois é só seguir os passos dos bailarinos que estão no ecrã. Mais: se tiver o smartphone numa das mãos, o jogo avalia se está a dançar a coreografia como é suposto. Yoga E que tal toda a família experimentar fazer Yoga? Os canais Pri Leite Yoga (para adultos e crianças) e Smile and Learn (para crianças), iniciam os mais novos nesta atividade com conteúdos disponíveis em português e com explicações adequadas aos mais pequenos. Ginástica Na sua página de Facebook, a autarquia de Famalicão disponibiliza aulas de ginástica com professores. São já vários os vídeos disponíveis e contemplam exercícios para crianças, pais e avós. Cada aula tem a duração de 20 minutos e de segunda a sexta-feira são colocados novos vídeos na rede social da autarquia. Jogos Para as famílias que tiverem a Nintendo Wii, o exercício físico pode ser feito através dos videojogos ativos que estão disponíveis para esta consola. Para as famílias que preferem deixar a tecnologia de lado, sugerimos que se exercitem com os tradicionais jogos da macaca ou do elástico na sala, hall ou escritório. Desloquem os móveis, se possível, para ganharem espaço para estes jogos. Divirtam-se! Fonte: kidsmarketeer.sapo.pt pub
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ESPECIAL
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Antónia Oliveira presidente da Federação Concelhia das Associações de Pais (FECAPAF)
“O balanço global das aulas à distância é claramente positivo” Carla Alexandra Soares PINIÃOESPECIAL: Os alunos e os pais estão a viver uma situação muito especial por causa da pandemia de Covid-19, que, com o encerramento das escolas, afetou a vida das famílias. Qual é o feed-back que vocês, enquanto FECAPAF, têm tido das associações de pais do concelho em relação a esta dinâmica das aulas em casa? Antónia Oliveira: A perceção que temos é que o início foi, com toda a certeza, muito mais conturbado e tumultuoso do que a fase que nos encontramos agora. A decisão do encerramento das escolas acabou por ser muito rápida, o que levou a um término do segundo período muito problemático. Não houve tempo para dar orientações às escolas, aos professores e aos pais. Contudo, o início do terceiro período foi muito mais trabalhado, porque as escolas tiveram tempo para o preparar e as famílias foram tendo esse tempo para se adaptarem à nova realidade. Apesar de tudo creio que este terceiro período começou em paz e está agora numa fase muito mais tranquila. Nesse aspeto temos que saudar todos os intervenientes que estão a fazer o seu papel de forma imaculada.
O
Essa foi a perceção que as associações de pais do concelho, vossas associadas, vos deixou transparecer. Ou seja, os pais estão agora mais seguros, mais tranquilos… A FECAPAF está, desde o início, a par de tudo o que se está a passar. Fomos tentando manter o contacto junto das associações e fomos recebendo o feed-back. Ainda no passado sábado fizemos um plenário, via Zoom, com várias associações e fomos recolhendo vários testemu-
nhos. A nossa Federação é composta por 15 elementos e os nossos órgãos sociais distribuem-se pelos vários agrupamentos de escolas do concelho. Estamos à vontade para dizer que, sem descurar os casos que existem de situações menos positivas, o balanço global é claramente positivo. E, do vosso conhecimento, e apesar desse balanço positivo, o que está a correr menos bem? A escola, no regime normal, tem também uma função de criadora de igualdade entre os alunos, que este sistema de ensino à distância não permite. Pelo contrário, acentua algumas desigualdades. Assim, os alunos mais fragilizados economicamente estão a ter mais dificuldades a ter acesso a equipamentos, a toda a logística necessária. Depois, há a dificuldade dos pais em ajudarem os filhos na utilização das ferramentas informáticas. Por outro lado, há ainda casos de pais que estão dotados de todas as condições, mas sentem dificuldade em saber o que fazer perante os seus filhos nesta realidade, se os devem ajudar, se devem intervir. Temos ainda os casos daqueles alunos que, mesmo numa situação normal tinham muitas dificuldades económicas, e que agora, sem o controlo da escola, equipamentos informáticos para possam estar a enfrentar a falta de aqueles alunos que não tinham. A bens essenciais. FECAPAF está também, neste espírito da atuação das suas associaE nestes casos tão difíceis que papel ções de pais, a dotar os alunos de têm desempenhado as associações 5º e 6º ano com tablets para aquede pais? les alunos que estavam sinalizados Têm desempenhado um papel ma- e que ainda não tinham equiparavilhoso, imaculado. Temos tido vá- mento informático. Por outro lado, rios exemplos de várias associações estamos a financiar 25% dos tablets de pais do concelho que têm estado que as associações de pais do conmuito em cima do acontecimento celho estão a adquirir para os seus em todos os sentidos. Falamos da alunos nas mesmas condições. sinalização da distribuição de refei- Temos, por isso, vários exemplos ções escolares, entrega de cabazes que demonstram a tal cultura históde alimentos às famílias com mais rica comunitária, tal como disse o dificuldades, procura e oferta de senhor presidente da Câmara, que
sem equipamentos informáticos do que aqueles que imaginaríamos. São casos que só foram possíveis contornar graças ao esforço conjunto de todos. Percebemos que os pais têm, cada vez mais, uma voz muito ativa nas escolas e na vida escolar dos seus filhos. Qual é o papel/trabalho da FECAPAF nesta crescente intervenção? O nosso trabalho enquanto Federação é fazer a ponte. Foi ao que nos propusemos desde o nosso dia zero. Fazer a ponte entre os agrupamentos, associações, Juntas de Freguesia, Câmara Municipal. Por outro lado, temos também o papel de dinamizar o movimento associativo parental no concelho e dar voz às boas práticas. E devo dizer que somos uns sortudos porque em Famalicão as associações são maravilhosas e muito ativas. Fazemos também a ponte entre a Confederação Nacional de Associações de Pais (CONFAP) e as nossas associadas. É verdade que os pais têm cada vez mais poder nas escolas e às vezes não o usam porque não sabem sequer que o têm, ou como o usar. vivemos aqui no município. As associações de pais envolveram-se de forma intensa, apoiadas na sua comunidade, Câmara Municipal, Juntas de Freguesia e até empresas locais. No concelho de Famalicão existem muitos alunos sem as condições devidas para terem aulas à distância? Em Famalicão temos tido o município, que tem assumido o seu papel e feito o seu trabalho com as autarquias locais, nomeadamente, no âmbito da disponibilização de fotocópias das atividades. Mas sim, em Famalicão há muitos mais alunos
Em circunstâncias normais, sem a pandemia e aulas à distância, quais são as maiores preocupações dos pais e encarregados de educação em Famalicão? Nós somos uns sortudos em Famalicão porque muitas das preocupações dos pais acabam por ter acolhimento pelas medidas que, ao nível local, são desenvolvidas. E essas preocupações são transversais, o acompanhamento dos seus filhos, perceber o meio escolar onde estão inseridos, alterações que possam acontecer, a qualidade de ensino. E são nestas preocupações que a FECAPAF e as nossas associadas entram em ação. pub
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