Ano 28 | Nº 1462| De 14 a de 20 maio de 2020| Diretor: João Fernandes | Gratuito | www.opiniaopublica.pt
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Ponte da Minhoteira em Arnoso Santa Eulália vai ser alvo de intervenção p. 7
Joane
Esta semana ficou também a saber-se que o clube tem quatro jogadores infetados com o novo coranavírus
FC DE FAMALICÃO ACABA A ÉPOCA A JOGAR EM BARCELOS O Futebol Clube de Famalicão vai passar a disputar os restantes jogos da Liga NOS no Estádio Cidade de Barcelos. A Direção-Geral da Saúde pretende que os jogos sejam realizados em recintos considerados nível 1 pela Liga Portugal, sendo que o Estádio Municipal
de Famalicão não reúne as condições necessárias. A notícia surge numa semana em que quatro jogadores do clube testaram positivo para o Covid 19. Entretanto, o plano de treinos de preparação para o retomar da época prossegue com normalidade. p.14 e 15
Mundos de Vida sem casos positivos. Fomos conhecer o dia a dia do lar p. 9
Feira abre este sábado com regras p. 7
Ação social Câmara apoia 274 famílias no pagamento da renda da casa p.
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AF Braga CD Lousado e UD Calendário sobem de divisão, AD Ninense aguarda p. 15
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CIDADE
opiniãopública: 14 de maio de 2020
Atividades do 60º aniversário do Núcleo do CNE adiadas A Junta do Núcleo de Famalicão do Corpo Nacional de Escutas (CNE) adiou as atividades celebrativas do seu 60º aniversário. Em comunicado às redações, o chefe do Núcleo, Carlos Filipe Pereira, informou que todas as atividades relacionadas com o “ACANUC 60||20” estão adiadas para o próximo ano escutista. Este ano, o Núcleo de Famalicão do CNE celebra 60 anos de existência, mas devido à pandemia de Covid-19 todas as celebrações, cujo ponto alto seria um acampamento com o tema "Re(nascer) em Ti", estão canceladas. Além disto, o responsável informou que todas as atividades escutistas estão suspensas até ao mês de agosto. “Quanto ao valor das inscrições já pagas, serão naturalmente devolvidas aos agrupamentos. Solicitamos para esse efeito que nos enviem para o email sg.famalicao@escutismo.pt , o IBAN do vosso agrupamento", refere ainda o responsável, salvaguardando que para que a devolução do dinheiro aconteça, este procedimento deve ser cumprido.
AFPAD visitou jovens da instituição que estão em casa
Transporte público rodoviário em Famalicão com serviços mínimos Os serviços mínimos do transporte público rodoviário em Famalicão já estão disponíveis desde a passada segunda-feira, dia 11 de maio. Foram repostos, de segunda a sexta-feira, os serviços essenciais de transporte de passageiros das duas transportadoras que operam no concelho – a Arriva e a Transdev - mediante acordo estabelecido com a Câmara Municipal. Neste momento estão a ser asseguradas seis carreiras, de ida e volta e com horários de manhã e à tarde, e pelo menos até ao final do mês de maio não será necessária a validação do título de transporte. Da Transdev, circulam as carreiras que saem de Nine e Jesufrei em direção a Famalicão. Da Arriva, as carreiras que arrancam das freguesias de Riba de Ave, Fradelos, Portela e Pedome para Famalicão. Refira-se que a reposição dos serviços mínimos foi articulada entre a Câmara Municipal, a Arriva, a Transdev e a Comunidade Intermunicipal do Ave. Atendendo à pandemia foram
acauteladas algumas medidas, nomeadamente, a redução do número máximo de passageiros para 2/3 da lotação do veículo, de forma a garantir o distanciamento social necessário e a segurança do posto do motorista. É ainda obrigatório o uso de máscara e/ou viseira no interior do veículo, bem como respeitar todas as medidas
adicionais que forem adotadas, no sentido de preservar a saúde pública. Outra medida primordial passa pela constante limpeza e desinfeção dos veículos, tendo por base as diretrizes emanadas pelas autoridades de saúde. Horários e carreiras disponíveis para consulta no portal do município, em www.famalicao.pt.
Cior entrega mais viseiras a instituições famalicenses
A Associação Famalicense de Prevenção e Apoio à Deficiência (AFPAD), através projeto "AFPAD Vai a Casa", visitou os jovens que frequentam o centro de atividades da instituição, no sentido de dar continuidade ao trabalho realizado com eles e para eles. A AFPAD forneceu mais ferramentas, estratégias e metodologias de rotina que potenciem a capacitação e formação para uma verdadeira inclusão na comunidade que os envolve. A direção da associação ofereceu, ainda, uma máscara personalizada a cada jovem. O projeto tem como objetivo estabelecer a ponte com o reinício de novas rotinas que promovam a capacidade de readaptação e de recriação através da aptidão que cada um tem para se moldar a novas realidades. A Direção Técnica afirma que “estamos e estaremos sempre deste lado a trabalhar e a apoiar”. Acrescenta que, “nestes dias de incerteza e dúvida para todos nós, queremos partilhar com todos o espírito de fé, de esperança e de resiliência que se vive na AFPAD.” De salientar que a resposta social de Lar Residencial da instituição continua ativa e a manter as rotinas, dentro das contingências e medidas que se impõem, pois “é o essencial para garantir a estabilidade social emocional de todos”, justifica a responsável.
FICHA TÉCNICA
CONSELHO EDITORIAL: Alexandrino Cosme, António Cândido Oliveira, António Jorge Pinto Couto, Artur Sá da Costa, Cristina Azevedo, Feliz Manuel Pereira, João Fernandes, Manuel Afonso e Almeida Pinto. ESTATUTO EDITORIAL: disponível em www.opiniaopublica.pt
DIRETOR: João Fernandes (CIEJ TE-95) jfernandes@opiniaopublica.pt
CHEFE DE REDACÇÃO: Cristina Azevedo (CPJ 5611) cristina@opiniaopublica.pt
REDACÇÃO: informacao@opiniaopublica.pt Carla Alexandra Soares (CICR-248), Cristina Azevedo (CPJ 5611).
DESPORTO: Jorge Humberto, José Clemente (CNID 297) e Pedro Silva (CICR-220).
A Escola profissional Cior entregou, na passada sexta-feira, várias dezenas de viseiras a mais instituições de natureza social do município de Famalicão, nomeadamente ao Cen-
tro Social de Brufe, Cruz Vermelha de Ribeirão, Núcleo da Cruz Vermelha de Oliveira S. Mateus, Centro Social de Bairro, Centro Social de Pousada de Saramagos e ATC de
Joane. A Cior tem produzido e distribuído viseiras por várias instituições do município e, em nota á imprensa, afirma que, através dos seus professores e colaboradores, “está a preparar, para breve, novas ações dirigidas a pessoas em situação de vulnerabilidade, muito particularmente idosos dependentes e isolados”. Para o efeito, a Escola, em articulação com os seus parceiros, para além de tirar proveito da sua “capacidade instalada” e tendo por base um “diagnóstico de necessidades mais prementes e o evoluir da situação”, irá direcionar o seu apoio para “ações mais específicas e de âmbito social”, conforme adiantou Paula Pereira, da direção da Cior.
Partido Iniciativa Liberal cria núcleo em Famalicão O Conselho Nacional do partido Iniciativa Liberal (IL) aprovou a criação do Núcleo Territorial de Famalicão. Uma Comissão Instaladora, constituída por três membros, terá em mãos, nas próximas semanas, a responsabilidade de organizar o processo eleitoral, que conduzirá à eleição do Grupo Coordenador Local. Em nota à imprensa, Carlos Jorge Figueiredo, um
GRAFISMO: Carla Alexandra Soares e Pedro Silva.
OPINIÃO: Adelino Mota, Barbosa da Silva, Domingos Peixoto, Gouveia Ferreira, J. Mário Teixeira, José Luís Araújo, Sílvio Sousa, Vítor Pereira. GERÊNCIA: João Fernandes
CAPITAL SOCIAL: 350.000,00 Euros.
DETENTORES DE MAIS DE 5% DO CAPITAL António Jorge Pinto Couto
TÉCNICOS DE VENDAS: comercial@opiniaopublica.pt Maria Fernanda Costa e Sónia Alexandra
PROPRIEDADE E EDITOR: EDITAVE Multimédia, Lda. NIPC 502 575 387
dos elementos da Comissão Instaladora, refere que a criação do Núcleo da IL de Famalicão “foi uma resposta natural e esperada, pelo grande número de eleitores, cerca de seis centenas de famalicenses, que acreditam no liberalismo, como forma de conduzir os cidadãos a uma maior prosperidade económica e social”.
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opiniãopública: 14 de maio de 2020
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Obra continua sem financiamento garantido por parte do Governo
Famalicão assina novo protocolo para instalação da Loja do Cidadão A Câmara de Famalicão vai assinar com a Agência para a Modernização Administrativa (AMA) um novo protocolo para a instalação da Loja do Cidadão no concelho. O novo acordo a estabelecer com aquele organismo do Estado foi aprovado, na quintafeira da semana passada, por unanimidade, na reunião do executivo camarário, mas em nada altera a questão do financiamento da obra, que continua à espera de comparticipação do Governo. No final da reunião, em declarações aos jornalistas, o presidente da Câmara, Paulo Cunha, lembrou que o primeiro protocolo com a AMA foi assinado em 2015 e que, de lá para
cá, o próprio conceito de Loja do Cidadão evoluiu. “Este protocolo serve tão somente para refletir essa evolução”, referiu. A Loja do Cidadão vai ficar instalada num espaço no Centro Comercial D Sancho I, na cidade de Famalicão, que terá de sofrer obras de beneficiação. A empreitada já foi adjudicada à empresa NVE Engenharias por 1,8 milhões de euros, já teve o visto do Tribunal de Contas e a autarquia está agora na fase contratual de consignação. “Mal essa fase se cumpra, vamos avaliar o início da obra”, adiantou o autarca. E é aqui que reside a principal questão, já que neste momento dos 1,8 milhões de euros, apenas entre15 a 20% estarão
assegurados pelos Fundos Comunitários e Paulo Cunha não considera que tenha que ser o Município a suportar todo o restante. “O que nós reclamamos é que haja uma comparticipação maior de fundos comunitário e/ou do Orçamento do Estado. Achamos que injusto que os cofres do município suportem mais de 80% do custo da Loja do Cidadão, que vai albergar exclusivamente serviços do estado central”, conclui. Refira-se que a Loja do Cidadão acolherá os serviços estatais das Conservatórias do Registo Civil, Predial e Comercial, bem como da Segurança Social e das Finanças. C.A.
A Loja do Cidadão ficará instalada do Centro Comercial D. Sancho I pub
BV Famalicenses: seis bombeiros já recuperaram da Covid 19 Seis operacionais da Associação Humanitários do Bombeiros Voluntários Famalicenses já recuperaram da Covid19. A corporação foi atingida por um surto do novo coronavírus que infetou 10 elementos. Um já tinha recuperado da doença, agora outros seis também testaram negativo para o Covid-19, segundo adiantou à fonte da corporação ao OPINIÃO PÚBLICA. Entretanto, permanece internado nos cuidados intensivos do Hospital de Braga, Manuel Gomes, de 56 anos, elemento daquele corpo de bombeiros. Dos seis que recuperaram, três já regressaram ao serviço no quartel.
Clínica Oldcare fabrica viseiras
A Oldcare, clínica especializada em cuidados de saúde para idosos e pessoas em convalescença, com sede em Famalicão, reabriu as suas instalações, na Rua Ernesto Carvalho, com novas normas higiene e segurança e com um novo produto no mercado. A pensar no bem-estar e na saúde, começou a confecionar viseiras de proteção facial. “No mercado de materiais de proteção individual, tanto para profissionais de saúde como para a população, há necessidade deste produto”, explica Susana Dias, diretora da Clínica, para justificar a fabricação e venda de viseiras protetoras. Além da comercialização das viseiras, “parte da produção será oferecida a instituições de solidariedade social do concelho e aos pacientes da Oldcare tanto na clínica como nos cuidados domiciliários e também aos seus familiares”, esclarece Susana Dias.
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CIDADE
opiniãopública: 14 de maio de 2020
Este ano o aniversário foi assinalado com mensagens online
BV Famalicão recebem nova ambulância no dia em que completam 130 anos Cristina Azevedo sultou numa surpresa que quero partilhar com toda a comunidade: A Associação Humanitária dos uma nova com todo equipamento Bombeiros Voluntários (BV) de Fa- necessário para o socorro a situamalicão celebrou, no passado dia ções de emergência pré-hospita6 de maio, 130 anos de existência lar”, referiu o responsável. O comandante da corporação, e recebeu como prenda uma nova Sérgio Gomes, reconheceu que “as ambulância. Este ano, devido à pandemia últimas semanas não têm sido fádo novo coronavírus, a comemora- ceis”, mas sublinhou que “em tempos de grandes incerção do aniversário não teve a pompa e circunstância de outros tezas, dúvidas e até medos, os BV tempos, mas foi assinalada com Famalicão dizem presente na ajuda mensagens na rede social Face- ao próximo, conforme tem sido book e com a apresentação de uma apanágio ao longo destes anos”. nova viatura de emergência mé- “Obrigado pelo empenho, pela dedicação e pelo profissionalismo dica. A “prenda” foi anunciada na com que têm encarado as situapágina de Facebook dos BV Fama- ções”, acrescentou. Sérgio Gomes agradeceu ainda licão pelo presidente da Assembleia Geral da Associação o trabalho que tem feito ao longo Humanitária, Avelino Reis, que destes anos pela Direção “para que aproveitou para “agradecer a todos a nossa associação continue a ser A nova viatura de emergência médica dos BV de Famalicão os homens e mulheres que fizeram uma associação de referencia” e Quem também não esqueceu a parte da história destes 130 anos”. deixou uma palavra a todos aque- farra e do quadro de honra “para “Os tempos são difíceis, mas o es- les que estão ausentes do quartel, terem esperança que em breves data foi o presidente da Câmara de Famalicão, Paulo Cunha, que, atrapírito de missão desta Direção re- nomeadamente, elementos da fan- voltaremos a estar juntos”.
Centro Qualifica realizou sessão de certificação profissional
Apesar da pandemia, bombeiros do concelho apostam na qualificação Ainda que permanecendo ativos na linha da frente do combate à pandemia da Covid-19, os bombeiros do concelho de Famalicão não descuram a sua formação pessoal e apostam na certificação de competências. O Centro Qualifica de Famalicão realizou no passado sábado, dia 9 de maio, uma sessão de júri de certificação profissional dirigida a 14 bombeiros das corporações dos Bombeiros Voluntários de Famalicão e dos Bombeiros Voluntários de Riba Ave. Esta sessão contou com a participação de formadores qualificados nesta área de certificação, da Liga dos Bombeiros Portugueses e da Associação Comercial e Industrial de Famalicão. Mesmo nesta fase pandémica em que a exigência imposta é alta, estes bombeiros, demonstrando altos níveis de esforço, empenho e persistência, concluíram com sucesso os Processos de Reconhecimento, Validação e Certificação (PRVCC) de Competências na saída profissional de Bombeiro. A destacar que já tinham sido certificados 6 profissionais dos Bombeiros Voluntários de Riba Ave e encontram-se a desenvolver o processo de RVC Profissional de Bombeiro/a, 17 profissionais dos Bombeiros Voluntários Famalicen-
ses. Para além da certificação profissional, 30 bombeiros das três corporações do concelho estão a realizar o Processo RVC Escolar de nível secundário (12º ano). Durante esta fase pandémica, já foram também realizadas sessões de júri escolares que permitiram a vários adultos aumentarem o seu nível de qualificação, e acompanhados mais de 210 adultos, de 16 de março a 30 de abril, através dos recursos online. O processo de reconhecimento, validação e certificação de competências profissionais e escolares constitui-se como uma das di-
mensões de intervenção do Centro Qualifica, orientado por uma metodologia e instrumentos específicos, construídos com vista a possibilitar a evidenciação e a demonstração de competências formais, informais e não formais. O Centro Qualifica de Famalicão continua a desenvolver a sua atividade que viabiliza a continuidade das inscrições, do encaminhamento para formação qualificante ou do desenvolvimento e certificação dos processos de RVCC, no sentido de assegurar a resposta adequada aos adultos, utilizando os recursos online.
vés das redes sociais, deu os parabéns à corporação e agradeceu pelos 130 anos de serviço à população famalicense. “Muito fizeram na proteção das pessoas, dos bens, da nossa floresta, naquilo que é mais importante para cada um de nós”. O edil lembrou que “vivemos um contexto especial onde a Proteção Civil é um tema central no nosso quotidiano” e congratulouse por Famalicão ter nesta corporação “homens e mulheres que muito tem feito pelo concelho”. “Quero deixar votos para que assim continueis: a abdicar do conforto dos vossos lares, do convívio dos vossos amigos, para estares presentes, sempre disponíveis para servir o nosso concelho”, concluiu. Entretanto, o sorteio do automóvel inserido nas comemorações do 130º aniversário foi adiado para 29 novembro, devido à situação do Covid-19, informou a Direção dos BV Famalicão.
Projeto educativo é aposta do município famalicense há três anos
MyMachine nomeado para ‘óscar’ da Educação O Projeto MyMachine acaba de ser nomeado para o “The world's best education innovations for the WISE 2020 award (Word Innovation Summit Award)”, considerado um dos “óscares” internacionais no âmbito da Educação. Criado na Bélgica, o projeto está implementado em Portugal em três municípios: Famalicão, Óbidos e Campo Maior. No concelho famalicense, o MyMachine tem vindo a afirmar-se como um projeto educativo que promove a criatividade e interação entre os níveis de ensino, desde o 1º ciclo até à Universidade e Ensino Profissional. O projeto MyMachine envolveu no concelho, este ano letivo, cerca de 500 alunos, numa primeira fase, dando a todos os alunos do 3º ano de escolaridade a oportunidade de desenharem a máquina que lhes resolvesse um problema do dia-a-dia. Numa segunda fase e de uma forma democrática foram eleitas as 7 máquinas que, representando os 7 agrupamentos de escolas do concelho, serão construídas. Desta seleção e eleição surgiram: a Máquina da Amizade e dos Afetos representando a escola Dr. Nuno Simões, do agrupamento de escolas D. Sancho I; a máquina Re-
ciclagem Esmagadora da Escola de Landim, representando a agrupamento de escolas Camilo Castelo Branco; a Máquina de Coisas Perdidas, da Escola de Mões, agrupamento D. Maria II; a Maquina Oficina do Lixo, da Escola de Ribeirão, representado o agrupamento de Ribeirão; a Máquina Cofrique, da Escola de Outiz, agrupamento de escolas de Gondifelos; a Estufa, da Escola de Mogege, do agrupamento Padre Benjamim Salgado; e a Iogurtina, da Escola de Ruivães, do agrupamento de escolas de Pedome. Para a construção destas máquinas muito contribui a ajuda dos alunos da Universidade Lusíada de Famalicão, das escolas profissionais Forave e Cior, da Didáxis, do INA, e do ensino profissional dos agrupamentos de escolas D. Sancho I, Camilo Castelo Branco e Padre Benjamim Salgado. Desde o dia 1 de abril, a equipa do MyMachine Portugal está a implementar formas de mostrar o trabalho realizado, na sua página do Facebook. Assim, todas as terças, quintas e domingos sai o desenho de uma máquina, um desafio, vídeos de trabalho ou visitas realizadas nos três concelhos portugueses que trabalham o projeto.
opiniãopública: 14 de maio de 2020
Investimento ronda os 280 mil euros
Câmara Municipal apoia 274 famílias no apoio à renda A Câmara Municipal de Famalicão vai apoiar 274 famílias do concelho, ao longo de um ano, nas suas despesas com a habitação. A proposta para a atribuição dos apoios foi aprovada na passada quinta-feira, em reunião do executivo no âmbito do programa municipal “Casa Feliz – Apoio à Renda”. A medida implica um investimento municipal de 279.600 mil euros. Os apoios são divididos em três escalões A, B e C, correspondendo a 100 euros, 75 euros e 50 euros mensais. Com o escalão A foram beneficiadas 134 famílias, com o Escalão B 116 e com o Escalão C 24 famílias. Nos últimos dois anos, a autarquia aumentou o investimento municipal em 40 por cento passando de 200 mil euros em 2018, para quase 280 mil euros em 2020. Também o número de famílias beneficiadas teve um aumento significativo passando de 199 famílias para 274. Segundo o presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha, em nota enviada à imprensa, “este aumento de beneficiários tem a ver, em primeiro lugar, com a informação alargada sobre este apoio e sobre as várias medidas sociais da autarquia, as pessoas estão melhor informadas porque os nossos serviços fazem com que as informações cheguem a todas as freguesias e a toda a população”. Por outro lado, “houve nos últimos anos tendência nacional, que tem levado a um aumento do valor das rendas, o que tem provocado que mais pessoas procurem ajuda”. Refira-se que as candidaturas a este apoio municipal decorreram durante o mês de dezembro. Entretanto, com o surgimento da pandemia Covid 19, a autarquia lançou um apoio extraordinário às rendas para ajudar as famílias famalicenses que sofram perda de rendimentos por força do coronavírus. Por outro lado, a autarquia decidiu ainda prolongar o prazo para admissão de candidaturas ao regime do apoio à renda, no âmbito do projeto “Casa Feliz”. Recorde-se que a Câmara Municipal criou em 2005, o
programa Casa Feliz com apoio às obras, onde as famílias que mais precisam têm direito a uma ajuda financeira que pode chegar aos 5 mil euros, para reabilitar as suas casas, proporcionando as condições mínimas de bem-estar. Neste âmbito, já foram beneficiadas muitas centenas de famílias. Em 2012, o programa Casa Feliz foi alargado com o apoio à renda. Aqui o objetivo é, precisamente, apoiar as famílias famalicenses que se encontrem a viver em habitações arrendadas e que, de uma forma temporária e inesperada, se vejam sem condições financeiras para cumprirem os contratos celebrados com os seus senhorios.
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Covid-19: Famalicão com apenas quatro casos registados numa semana
Famalicão registou nos últimos sete dias apenas quatro novos casos de infeção por Covid-19, segundo o mais recente boletim epidemiológico da Direção Geral da Saúde publicado ontem, quarta-feira. Ao longo de sete dias consecutivos o concelho não registou qualquer caso. Depois, na passada terçafeira, dia 12, o boletim referiu quatro novas infeções em Famalicão. No dia seguinte, quarta-feira, o número manteve-se, com um total de 386 casos. Famalicão continua a ser o concelho do distrito com mais casos, depois de Braga (com 1153) e Guimarães (com 666). O concelho de Barcelos é o quarto com maior número de infeções, 279 no total. No todo nacional, Famalicão é o 17º concelho do país com maior número de casos. Referência ainda para Braga que é o quinto município com mais infeções no país. pub
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Movimento surgiu no Facebook e já conta com 8.000 membros
“Quarentena a Bulir” combate pandemia com propostas positivas Cristina Azevedo É mais um movimento que surgiu no Facebook, a partir de Famalicão, para responder ao atual momento que vivemos por causa da pandemia de Covid-19. Mas, no “Movimento Quarentena a Bulir” não se fala de Covid nem de doença. Fala-se de coisas positivas que podemos fazer nestes tempos de recolhimento. As sugestões são muitas e conquistaram, não só os famalicenses, mas muitos portugueses de norte a sul do país, de tal forma que o movimento conta já com quase 8.000 membros. Manuela Cunha, professora famalicense, mentora do projeto, contou ao OPINIÃO PÚBLICA, que o movimento começou por surgir como resposta ao término do ensino presencial nas escolas. “Comecei a pensar, desde logo, como íamos relacionar-nos com os nossos alunos, mas também no estado de espírito dos pais e dos filhos, nomeadamente, emoções de tristeza, de desorientação, de pânico”. Depois de se aperceber que toda a informação, quer na televisão, quer nas redes sociais, era gerada em volta do Covid-19, Manuela Cunha percebeu que teria de fazer algo de diferente. “Algo para a saúde mental das pessoas, porque uma mente bem ocupada tende a ter outro tipo de ferramentas para não cair no desânimo”.
mais carenciados. “É uma campanha de índole nacional, sabemos que em Famalicão praticamente todas as famílias já têm estes meios digitais – a Câmara e os diretores das escolas fizeram um trabalho exímio nesse sentido – mas nós percebemos que há famílias com duas ou três crianças, que têm apenas um computador, e é a essas famílias que nós queremos chegar”, explica a docente. As pessoas podem contribuir através da compra das pulseiras do “Quarentena a Bulir” ou através de uma conta bancária que foi aberta para o efeito e que pode encontrar na página do movimento. Surgiu, assim, a página do “Quarentena a Bulir”, que tem também como mentoras, outras duas famalicenses: Ângela Ferreira e Diana Pereira. “Escolhemos este termo ‘bulir’ que é muito minhoto, mas que estava em desuso, e que significa mexer, mexer no sentido positivo, de ter fé e esperança, de nos agarrar às coisas boas”, explica a administradora da página. No grupo podem ser encontrados vários tópicos, como atividades para os alunos e famílias, atividades para crianças do ensino especial, uma biblioteca com livros disponíveis para ler e até o cinema e o humor a bulir. Também se dão sugestões de culinária, de exercício físico e incentiva-
se à participação e à partilha de experiências Em pouco mais de mês e meio, o movimento chegou quase aos 8.000 membros, um número que surpreendeu os seus promotores. “Nunca esperávamos chegar aqui, mas a verdade é que este projeto teve um feedback muito positivo, são muitas as mensagens de incentivo”, afirma Manuela Cunha, sublinhando que o que as pessoas mais procuram é a interatividade. “Gostam que lancemos desafios em que elas possam participar”. Entretanto, o espírito solidário chegou também ao Movimento, que está neste momento com uma campanha para angariar computadores para crianças e jovens
Manuela Cunha, mentora do projeto
Período para as inscrições abriu na segunda-feira e decorre até 6 de outubro
Festival de Cinema Jovem Ymotion 2020 já arrancou Cristina Azevedo A edição de 2020 do Ymotion – Festival de Cinema Jovem de Famalicão já arrancou. O período de inscrições para a submissão das curtas-metragens abriu na passada segunda-feira, dia em que a edição deste ano foi apresentada no decorrer de uma conferência on line, que reuniu a vereadora da Juventude da Câmara de Famalicão, Sofia Fernandes; o argumentista e presidente do júri, Tiago R. Santos, e o comissário do festival, Rui Pedro Tendinha. Este ano, e devido ao atual contexto provocado pela pandemia da Covid-19, o Ymotion sofrerá alguns ajustes, mas sem nunca perder o seu principal objetivo: premiar o que de melhor se faz em Portugal na área do cinema jovem, como vincou Sofia Fernandes. “A minha ideia sempre foi continuar com a sexta edição do Ymotion porque queremos continuar a reconhecer os jovens, sobretudo nesta altura em que a classe artística tem sido muito
O Ymotion 2020 termina com a gala final a 7 de novembroo
fustigada por esta pandemia”, referiu a vereadora, acrescentando que a autarquia “não poderia deixar passar um ano sem premiar os talentos e, acima de tudo, sem dar os devidos estímulos para que os jovens continuem a produzir e a realizar”.
O Ymotion 2020 vai assim decorrer até 7 de novembro, dia em que se realizará a gala final, com a entrega de prémios aos vencedores e a exibição dos filmes premiados. Os promotores esperam que essa festa já se faça presencialmente, em Famalicão.
Até lá, os jovens, com idades entre os 12 e os 35 anos, podem submeter as suas curtas a concurso, que deverão ter uma duração máxima de 20 minutos e poderão ser submetidas até ao dia 6 de outubro. Além da vertente competitiva, o Ymotion promove também um ciclo formativo online que que arrancou na terça-feira e prolonga-se até a 22 de maio, nas páginas de Facebook da Juventude de Famalicão e do Ymotion. As sessões vão contar com figuras do cinema nacional, como Leonor Teles, Vera Casaca, Mariana Monteiro, Pedro Cabeleira ou o próprio Rui Pedro Tendinha. “Estas sessões costumam acontecer na Casa da Juventude e também descentralizadas pelas escolas do concelho, mas uma vez que isso não é possível, vamos recorrer às novas tecnologias porque não poderíamos deixar de fazer este ciclo formativo que é fundamental para a formação dos jovens, não só para os que se estão a candidatar ao festival, como para os que estão a
estudar nesta área”, refere Sofia Fernandes. Numa altura em que muitos festivais foram cancelados ou adiados, Tago R. Santos elogiou a autarquia famalicense por manter o Ymotion e, assim, continuar a apoiar o cinema os jovens cineastas. “É uma área que tem sido abandonada e esquecida nesta altura de crise, como se tivéssemos um fôlego gigantesco para aguentar a maior tempestade, e, portanto, é bom saber que a Câmara de Famalicão continua a apoiar o cinema jovem. Estou muito contente por continuar, mesmo remotamente, a fazer parte desta organização”, salientou o presidente do júri. Ao todo serão oito os prémios atribuídos pelo Ymotion, com destaque para o “Grande Prémio Joaquim de Almeida”, no valor de 2500 euros, que será entregue à melhor curta a concurso. Refira-se que o festival é promovido desde 2015 pelo pelouro da Juventude da Câmara Municipal de Famalicão.
opiniãopública: 14 de maio de 2020
Projeto da Casa de Delães apresentado online no Dia da Freguesia Delães celebrou o Dia da Freguesia, no passado sábado, de forma online, onde foram partilhadas pela Junta de Freguesia imagens do projeto da futura Casa de Delães que estará pronta em 2021. A obra, a realizar no antigo centro de saúde, irá albergar a sede da Junta, um posto dos CTT e um auditório para mais de 250 pessoas que “servirá de âncora ao tecido associativo de Delães”, refere o autarca Francisco Gonçalves. Recorde-se que o projeto da Casa de Delães, desenvolvido pelos serviços da Câmara Munici-
pal de Famalicão, implica a remodelação e ampliação do antigo centro de saúde. O edifício foi entregue ao município pela Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte, em contrapartida pela cedência do terreno e infraestruturas necessárias para a construção da nova unidade de saúde de Delães, por parte da Câmara Municipal. O novo Centro de Saúde de Delães foi inaugurado em 2007, mas só dez anos depois, em agosto de 2017, foi formalizada a contrapartida assumida pela ARS Norte. A obra da Casa de Delães arran-
cará em breve, segundo a autarquia delaense. Quanto à comemoração do Dia da Freguesia, na impossibilidade de realizar as habituais celebrações, que contariam com habitantes e membros da autarquia presentes, a Junta de Freguesia optou por colocar diversos conteúdos no seu feed do Facebook. Ao longo de todo o dia de sábado, foram partilhadas as associações e entidades que compõem a freguesia, assim como fotografias das comemorações do Dia da Freguesia dos anos anteriores.
Feira de Joane abre este sábado com regras A partir do próximo sábado, 16 de maio, a feira de Joane vai reabrir, mas com várias medidas de segurança e proteção, quer para feirantes como para compradores. Ao que o OPINIÃO PÚBLICA conseguiu apurar junto do autarca local, António Oliveira, a Junta de Freguesia de Joane já iniciou o processo de remarcação do espaço da feira para que os corredores estejam a uma maior distancia uns dos outros, para evitar ao máximo o ajuntamento de pessoas nas bancadas de cada feirante. Outra das medidas que irá ser implementada é a desinfeção das mãos por todos os que frequentem o
espaço. Irá ser disponibilizado álcool gel na entrada e saída da feira para garantir a proteção dos compradores. Quanto aos feirantes, estes também estão obrigados a disponibilizar, na sua bancada, o mesmo tipo de proteção. Por outro lado, a Junta de Freguesia, em colaboração com a GNR, está a organizar a presença continua de membros das duas entidades que terão como função alertar os visitantes para as normas impostas e intervir sempre que estas estejam a ser desrespeitadas. São elas o uso obrigatório de máscara, o uso singular de uma entrada e uma saída e a presença máxima de 100 pessoas no recinto da feira.
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Ponte da Minhoteira vai ser alvo de intervenção
A Ponte da Minhoteira, em Arnoso Santa Eulália, está encerrada ao trânsito automóvel, depois de se ter verificado, numa avaliação recente, que o quebra-mar do viaduto se encontra estruturalmente danificado. Face a esta situação, a Câmara Municipal de Famalicão decidiu avançar com uma intervenção de reparo no quebra-mar - estrutura que protege o pilar da ponte da fricção da água - e no apoio central da ponte, havendo ainda a necessidade de intervenção nos encontros das lajes. O arranque da obra ainda não tem data definida, mas deverá ocorrer num curto espaço de tempo. Situada na rua da Minhoteira, na freguesia de Arnoso Santa Eulália, a Ponte da Minhoteira é uma ponte medieval do século XVIII localizada sobre o rio Este, constituída por uma estrutura em alvenaria de pedra granítica de 6 vãos. É uma das vias de ligação ao concelho vizinho de Barcelos, ligando a freguesia famalicense de Arnoso Santa Eulália à freguesia barcelense de Couto de Cambeses. Refira-se ainda que após a conclusão da obra, o trânsito automóvel será restabelecido com interdição ao tráfego automóvel pesado. pub
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FREGUESIAS
opiniãopública: 14 de maio de 2020
Agrupamento D. Maria II distribuiu cabazes solidários e celebra Dia da Europa
Meias famalicenses WestMister chegam ao México
A marca famalicense de meias para homem WestMister deu mais um passo na sua estratégia de internacionalização. Depois de marcar presença em vários países da Europa, no Canadá e nos Estados Unidos da América, atravessa, mais uma vez, o Oceano Atlântico, agora para chegar ao México. A partir da próxima estação outono-inverno, as suas coleções estarão disponíveis na Liverpool, o maior grupo de department stores do México, com várias lojas espalhadas pelos diversos estados do país, anunciou esta segunda-feira a marca, em nota à imprensa. A WestMister foi criada em 2016 pelos famalicenses Luís Campos e Vanessa Marques, que contam com vastos anos de experiência na área têxtil. A empresa está sediada na zona industrial de Vilarinho das Cambas e as meias da marca são 100% Made In Portugal. Em 2018, a WestMister foi escolhida pelo primeiro-Ministro, António Costa, para presentear o seu homólogo canadiano, Justin Trudeau, numa visita oficial, como um exemplo da qualidade da produção nacional.
No âmbito do projeto “Miúdos Eco-Solidários”, o Agrupamento de Escolas D. Maria II distribuiu cabazes solidários a famílias carenciadas de estudantes. A iniciativa, coordenada com uma professora do agrupamento, Maria Manuel Azevedo, já conseguiu entregar 10 cabazes, mas o objetivo é que sejam 30 até ao final deste mês. Também os professores Ângela Carvalho, Elisa Saraiva, Celestino Ferreira e Jorge Araújo tiveram um papel ativo na iniciativa, conta o agrupamento em comunicado. De referir que os 10 cabazes já distribuídos foram oferecidos pelo hipermercado E. Leclerc. Entretanto, o Clube da Europa do Agrupamento D. Maria II assinalou, no passado dia 8 de maio, o Dia da Europa que se comemorou no dia 9, com duas videoconferências subordinada ao tema “História da União Europeia e Integração Europeia”. Em colaboração com o CIED Europe Direct e cumprindo o distanciamento social, as videocon-
ferências foram realizadas online, através da plataforma Zoom, tendo contado com cerca de seis dezenas de participantes, incluindo alunos dos 7º e 8º anos de escolaridade e professores das escolas D. Maria II e Conde de Arnoso, tendo sido proferida e orientada pelo José Ricardo Sousa, do CIED. “Num 2020 atribulado, o Dia da Europa tem um valor especial, na medida em que o combate à
pandemia da Covid-19 se tornou num desafio comum para todos os países. Além disso, celebramos também marcos importantíssimos da nossa história comum, como são os 70 anos da Declaração Schumann e o 75º aniversário do fim da II guerra Mundial, facto que nos leva a ter bem presente a necessidade de reforçar os ideais de união e solidariedade entre os povos”, refere o Clube Europeu da D. Maria II.
Mota roubada no Porto recuperada numa oficina em Ribeirão O Comando Territorial de Braga da GNR, através do Núcleo de Investigação Criminal (NIC) de Barcelos, recuperou no passado dia 6 de maio, em Ribeirão um veículo furtado. O motociclo, avaliado em dois mil euros, foi furtado na cidade do Porto no dia 14 de janeiro deste ano. No âmbito das investigações, os militares descobriram que o veículo se encontrava à venda online, com o número de chassis rasurado. “Foi possível localizar e recuperar o motociclo de uma oficina, tendo sido entregue ao seu legítimo proprietário”, refere o comunicado da GNR. Durante o processo, um homem de 30 anos foi constituído arguido por suspeita de recetação e viciação de motociclo e os factos remetidos ao Tribunal Judicial do Porto.
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Humanitave distribuiu 1500 refeições e 500 pães no fim de semana A associação famalicense Humanitave, sediada na freguesia de Pedome, tem levado a cabo a distribuição de refeições aos mais desfavorecidos. Só no passado fim de semana, a associação conseguiu confecionar e distribuir 1500 refeições acompanhadas de 500 pães. "Mais um fim de semana em prol de uma solidariedade mais ativa e abrangente", escreveu a Humanitave, na sua rede social de Faceboook.
Junta de Gavião recolhe alimentos para os que mais precisam No âmbito da atividade “Solidariedade ComJunta”, a autarquia de Gavião está a recolher alimentos para ajudar os, que nesta fase de pandemia, mais precisam. Junto à entrada do edifício da Junta de Freguesia, no seu horário de atendimento, há uma caixa onde todos os que queiram ajudar podem deixar os alimentos. A intenção da autarquia local, com a colocação da caixa, é evitar ajuntamentos de pessoas neste espaço.
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FREGUESIAS
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Instituição de Lousado já investiu mais de 95 mil euros em testes, obras e equipamentos de proteção
Mundos de Vida sem casos positivos. Fomos conhecer o dia a dia do lar Cristina Azevedo A Mundos de Vida é uma das instituições do concelho mais multifacetada, em termos de valências, no concelho de Famalicão. E se há algumas que deixaram de receber presencialmente os utentes, como a creche, o pré-escolar e as escolas do 1º e 2º ciclo, outras mantiveram-se sempre em funcionamento, como lar de idosos e o centro residencial para crianças e jovens em risco. Fomos conhecer o dia a dia desta instituição, que até ao momento não registou nenhum caso positivo de Covid-19, e também saber como se está a preparar para receber, de novo, as crianças. A Mundos de Vida cedo elaborou um plano de contingência para o surto do novo coronavírus. Por sua iniciativa fez rastreios sucessivos com 204 testes que envolveram todas pessoas idosas do seu Lar-Residência, todos as crianças do centro de acolhimento, todos os colaboradores do lar e serviço domiciliário, do serviço de acolhimento e também as educadoras e auxiliares do serviço da infância incluindo as que vão receber as crianças da creche quando reabrir no dia 18 de maio, tendo os resultados finais dos testes sido negativos. Os testes realizados também incluíram os principais prestadores de serviços regulares da instituição de Lousado: taxista, eletricista, picheleiro e carpinteiro. A própria equipa do OPINIÃO PÚBLICA também fez os testes dias antes da reportagem. “Isso foi muito importante para gerirmos a casa e termos dados suficientes para tomar decisões e criar um ambiente seguro”, avança Manuel Araújo, presidente da instituição. Por outro lado, foi dada formação às equipas e residentes. “Estiveram sempre muito informados para entender esta nova realidade, nomeadamente com exercícios sobre como atuar em situações que poderiam vir a acontecer”.
O presidente da Mundos de Vida quer que os idosos continuem a socializar, com regras
Muitas mudanças em nome da segurança Ao nível dos espaços do lar, também foram feitas modificações por forma “a garantir a segurança, mas, ao mesmo tempo, permitir algum nível de socialização para quem vive cá”, explica Manuel Araújo. Assim, as salas de convívio passaram a ter um número de utentes mais reduzido e mais distanciados entre si. Atualmente, o lar é frequentado por 30 utentes, mas a Mundos de Vida presta ainda apoio domiciliário a mais 80 idosos a que acresceram os que estavam na valência de centro de dia e que tiveram que permanecer nas suas casas. Os funcionários, sempre munidos dos equipamentos de proteção individual, também tiveram que se reorganizar e adaptar à nova realidade. Os que prestam cuidado direto aos idosos estão divididas em quatro equipas rotativas, enquanto o pessoal da cozinha e dos serviços gerais e de limpeza estão desdobrados em duas equipas. A instituição manteve sempre todos os colaboradores ao serviço e muitos deles viveram um mês na instituição, enquanto esperavam os
resultados do teste. Como gratificação, a Mundos de Vida, atribui-lhes complementos extra e prémios de dedicação, que totalizaram 16.500 euros em março e abril.
Ao longo deste tempo, em que as visitas de familiares estiveram proibidas, a instituição procurou colmatar esta carência com as videochamadas e, mais recentemente, com as visitas através das varandas. “Todos os quartos e salas têm varanda e estamos a convidar as famílias a virem cá, com horários e critérios, para estarem com os nossos utentes, fisicamente, embora com distância”, conta Sandra Faria, diretora técnica do lar. A responsável reconhece que esta é uma situação muito penosa para os utentes, que todos os dias nos questionam sobre o porquê desta situação. Há famílias que vinham cá todos os dias e eles sentem muita falta”.
Ver os familiares da varanda Mas há outros pormenores de medidas que foram tomadas, que podem justificar o facto de a instituição não registar, até ao momento, nenhum caso de Covid-19. Na sala de jantar, por exemplo, todas as pessoas são sentadas nas mesas por quartos, isto é, duas pessoas podem partilhar a mesa se partilham um quarto duplo, ou uma só pessoa por mesa quando o quarto é individual. Quem ajuda os utentes nas refeições são as mesmas cuidadoras que tratam deles nos quartos. Custos acrescidos “É uma espécie de bolha que se Todas estas medidas implicacria, dentro de uma convivência entre todos”, refere Manuel Araújo. ram custos para a Mundos de Vida,
Colégio prepara-se para começar a receber as crianças O colégio da Mundos de Vida ficou, de repente, vazio, com o fim das aulas presenciais para o 1º e 2º ciclo do ensino básico e com o encerramento das valências de creche e pré-escolar. Nesse sentido, foi criado o Telecolégio Mundos de Vida com educação à distância não só para o 1º e 2º ciclos, como também para a creche e jardim de infância, sendo que nesta última valência foi aplicado um desconto de 34% nas mensalidades por mês a todas as famílias. O colégio prepara-se agora para receber as crianças da creche, a 18 de maio, e as do jardim de infância, em junho. “Dentro das salas estamos a criar estruturas para ter grupos mais pequenos. Vamos privilegiar o uso do espaço exterior e também em grupos separados”, conta Andreia Cardoso, diretora técnica, referindo ainda a reorganização dos espaços, com a utilização e acrílico e molduras em madeira para efetivar as di-
Na sala de refeições são cumpridas várias normas de distanciamento e segurança
a que acresceram também os investimentos realizados nas valências destinadas à infância (ver texto nesta página). No total, foram gastos, entre março e abril, 95.100 euros em materiais, equipamentos, pessoal e obras relacionados diretamente com a pandemia. Só a construção de quatro quartos individuais de isolamento orçou os 21.000 euros, a que acresceram 1.800 euros na criação do mini-hostel para as duas equipas que viveram na instituição durante um mês. Há ainda os custos com separadores, mobiliário e segurança na creches e jardim de infância (13.800 euros) e com equipamento adicional para as aulas à distância no colégio (8.500 euros). Os custos extra de equipamentos de proteção individual e testes rondaram os 33.500 euros nestes últimos dois meses, sendo a maior fatia para os testes de rastreio (21.000 euros). Manuel Araújo adianta ainda que a previsão dos custos de material e proteção para os próximos 10 meses é de 65.000 euros. “O grande desafio é pensar que, mesmo que tudo melhore lá fora, aqui dentro, até haver uma vacina, o nível de rigor e exigência têm de ser os mesmos” porque, sublinha Manuel Araújo, “haverá milhares de entradas e saídas no lar de idosos, com os colaboradores que vêm trabalhar e têm a sua vida social e familiiar, idas ao hospital, tratamentos e consultas médicas dos residentes”. Por isso o responsável espera “um ano inteiro de um trabalho esforçadíssimo” e nota que “seria bom que a comunidade reconhecesse o mérito de quem trabalha e cuida na linha da frente de pessoas idosas e crianças que têm de viver aqui”.
visões. A responsável reconhece que, num universo de 215 crianças, “há pais que vão arranjar soluções porque têm muito receio deste regresso, mas uma grande parte vai trazer os filhos porque precisam de trabalhar”. Para o 1º e 2º ciclo, o Colégio Bilingue Mundos de Vida apresentou aos pais um novo Plano Educativo para complementar o Tele-Colégio com duas iniciativas inovadoras. O “English Summer Camp”, em julho, em que as crianças vão poder vir para o colégio e durante todo o mês apenas vão falar inglês com as professoras e os colegas. A outra iniciativa é a organização de um 4º período escolar extra”, no setembro para os alunos do 1º ao 5º anos poderem aprofundar, na sala de aulas, as matérias escolares deste ano letivo. Para este efeito, o próximo ano escolar começará oficialmente a 6 de outubro.
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opiniãopública: 14 de maio de 2020
Falecimentos
Maria da Conceição Alves da Silva, no dia 6 de maio, com 94 anos, viúva de Joaquim da Costa Azevedo, de Vale S. Cosme.
Mário de Campos Moreira, no dia 9 de maio, com 90 anos, casado com Maria Isabel Ramos Carreira, de Brufe.
Agência Funerária das Quintães Vale S. Cosme – Tel.: 252 911 290
Elízia da Silva Martins, no dia 9 de maio, com 92 anos, viúva de Fernando Mesquita, de Vilarinho das Cambas.
Manuel José de Almeida, no dia 5 de maio, com 91 anos, viúvo de Idalina da Costa e Silva, de Calendário.
Maria Margarida da Costa Carvalho, no dia 5 de maio, com 80 anos, solteira, de Delães.
António Joaquim Alves Soares, no dia 7 de maio, com 88 anos, viúvo de Maria Rosa Ferreira da Silva, de Brufe.
Palmira Rebelo da Silva, no dia 7 de maio, com 86 anos, viúva de Manuel Rodrigues Ferreira, de Vale S. Martinho.
António de Freitas Gouveia, no dia 5 de maio, com 73 anos, viúvo de Gertrudes Oliveira Amorim, de Delães.
Agência Funerária Palhares Balazar– Tel.: 252 951 147
Joaquim Alexandre Alves Pimenta de Castro, no dia 9 de maio, com 70 anos, casado com Maria do Couto Ferreira, de Joane.
Carlos António de Abreu Pacheco, no dia 7 de maio, com 53 anos, casado com Carla Paula Machado Barroso, de Roriz (Santo Tirso).
José Carlos Mendes Coelho, no dia 10 de maio, com 57 anos, solteiro, de Bairro.
Maria José Silva Moreira, no dia 12 de maio, com 99 anos, viúva de Domingues Pereira Júnior, de Bairro.
Clementina Vila Boas Alvelos, no dia 9 de maio, com 68 anos, casada com Manuel Ferreira de Freitas, de Lousado. Agência Funerária Guimarães Sousa Lousado– Tel.: 911 124 387
Idalina de Oliveira Gomes, no dia 10 de maio, com 92 anos, viúva de Joaquim Correia de Sá Fernandes, de Requião. Felismina Carmén Duarte Fernandes Ferreira, no dia 10 de maio, com 63 anos, casada com António Alves da Costa, de Antas S. Tiago. Agência Funerária da Lagoa Lagoa – Telf. 252 321 594
Manuel da Costa Almeida, no dia 1 de maio, com 67 anos, casado com Maria Emília Ferreira Almeida, de Riba D’Ave. Manuel Martins Moreira, no dia 2 de maio, com 82 anos, casado com Maria Albina dos Santos Peixoto, de S. Salvador do Campo (Santo Tirso). José Maria Vaz Mendes, no dia 2 de maio, com 69 anos, casado com Albina da Conceição Pereira, de S. Salvador do Campo (Santo Tirso). Rosa Coelho Pereira, no dia 3 de maio, com 83 anos, viúva de David de Sousa Costa, de S. Martinho do Campo (Santo Tirso). José Manuel de Sousa Andrade, no dia 3 de maio, com 51 anos, solteiro, de Palmeira (Santo Tirso). Maria Rosa Leite Pereira, no dia 4 de maio, com 51 anos, de Sequeirô (Santo Tirso). Luciano da Silva Moreira, no dia 5 de maio, com 71 anos, casado com Maria Isabel Moreira de Oliveira, de Santo Tirso. Alexandra Pedrosa de Oliveira, no dia 6 de maio, com 69 anos, casada com Armindo da Costa Martins, de S. Salvador do Campo (Santo Tirso). Maria Noémia Coelho Teixeira, no dia 6 de maio, com 79 anos, casada com Manuel Fernando Barbosa Rodrigues de Castro, de S. Martinho do Campo (Santo Tirso). Manuel da Silva Torres, no dia 7 de maio, com 95 anos, viúvo de Estela Celeste Correia, de S Martinho do Campo (Santo Tirso). Arminda da Silva Andrade, no dia 8 de maio, com 75 anos, viúva de Joaquim Teixeira Peixoto, de Vilarinho (Santo Tirso). Manuel Rodrigues Barbosa, no dia 10 de maio, com 88 anos, casado com Teresa da Graça Tomás, de Vila das Aves (Santo Tirso). Manuel de Paiva Cardoso, no dia 10 de maio, com 56 anos, casado com Maria da Glória Martins Mendes Cardoso, de Roriz (Santo Tirso). José Maria Cardoso Dinis, no dia 10 de maio, com 71 anos, casado com Maria de Fátima da Silva Martins Dinis, de Riba d’Ave. Agência Funerária Riba D’Ave Riba D’Ave – 917 586 874
Agência Funerária de Burgães Sede.: Burgães / Filial.: Delães Telf. 252 852 325
Nuno Azevedo Paredes, no dia 6 de maio, com 84 anos, casado com Maria da Conceição da Silva Lima Paredes, de Antas S. Tiago. Maria da Conceição Azevedo Dias, no dia 7 de maio, com 83 anos, casada com Manuel Afonso Freitas Peliteiro, de Mouquim. Júlio da Costa Fernandes, no dia 9 de maio, com 79 anos, viúvo de Maria José Moreira da Costa, de Vila Nova de Famalicão. Francisco Ferreira de Castro, no dia 10 de maio, com 89 anos, viúvo de Maria Almeida de Faria, de Antas S. Tiago. Ilda Pereira Antunes Nogueira, no dia 11 de maio, com 75 anos, casada com Manuel Carlos Vidal de Faria Pinto, de Vale S. Martinho. Agência Funerária Rodrigo Silva, Lda Vila Nova de Famalicão – Tel.: 252 323 176
Jorge de Azevedo Pinheiro, no dia 9 de maio, com 74 anos, casado com Maria José de Lima Fontes Pinheiro, de S. Martinho de Bougado (Trofa). Maria do Céu Dias Sousa, no dia 9 de maio, com 77 anos, casada com Cesário de Oliveira Torres, de S. Martinho de Bougado (Trofa). Alexandre de Jesus Linhares da Cunha, no dia 11 de maio, com 40 anos, de S. Martinho de Bougado (Trofa). Agência Funerária Trofense, Lda (S. Martinho de Bougado) Trofa – Tel.: 252 412 727
Augusto Vieira da Cunha, no dia 8 de maio, com 80 anos, de Nine. Manuel da Costa Faíscas, no dia 6 de maio, com 71 anos, casado com Maria Adelaide Marques de Sá, de Tebosa (Braga). Maria da Costa Pinto, no dia 6 de maio, com 91 anos, viúva de Adriano da Costa Ferreira, de Sezures. Agência Funerária Arnoso - José Daniel Pereira Arnoso Santa Eulália - Telf. 91 724 67 03
Eng.º José Manuel Pimenta Viana, no dia 6 de maio, com 52 anos, casado com Maria Natália Pereira Castro, de S. Simão de Novais. Agência Funerária Carneiro & Gomes Oliveira S. Mateus – Telm. 91 755 32 05
opiniãopública: 14 de maio de 2020
Jovens de Esmeriz levam transmissão da missa à casa dos idosos
O Grupo de Jovens da Paróquia de Esmeriz (JHA) levou, no passado fim de semana, a transmissão da eucaristia à casa dos idosos daquela comunidade. “Quisemos levar este momento especial àqueles que mais sentem falta da espiritualidade da eucaristia, ou seja, os idosos”, refere o JHA em nota á imprensa, acrescentando que “com todas as regras e cuidados de saúde, foi de sorrisos no rosto e computadores na mão que os jovens chegaram às diversas habitações e ajudaram os idosos a rezar neste tempo de pandemia”. Com a plataforma ZOOM ligada, os seniores que receberam os jovens em suas casas, assistiram à eucaristia celebrada pelo pároco, o padre Nuno Vilas Boas e estiveram on-
line com a comunidade. Refira-se que a Unidade Pastoral de Cabeçudos, Esmeriz, Palmeira e S. Paio está, neste tempo de pandemia, em contacto com as suas comunidades através da transmissão diária da oração do terço, neste mês de Maria, e também da eucaristia semanal. As transmissões ocorrem na plataforma ZOOM, sendo que cada família pode pedir o acesso na rede social da Unidade Pastoral. O objetivo é que cada paroquiano, em sua casa, viva as celebrações como se estvesse sentado no banco da igreja, com o amigo ao lado, que vê, através da câmara ligada na “janela” do ZOOM. Entretanto, o JHA promete repetir a ação no próximo fim de semana.
Festival Laurus Nobilis adiado para 2021 A 6ª edição do Laurus Nobilis Music Famalicão que se iria realizar de 23 a 25 de julho do presente ano, no Louro, será reprogramada para os dias 22, 23 e 24 de julho de 2021. A decisão foi anunciada pela direção do festival, depois de o Governo ter
proibido a realização de festivais de verão em Portugal até 30 de setembro, devido à pandemia de Covid-19. A Associação Ecos Culturais do Louro, entidade organizadora do Laurus Nobilis lamenta o sucedido, mas compreende a posição gover-
namental. “Sempre demos prioridade à segurança e, acima de tudo, à saúde pública de todos os visitantes, artistas, técnicos, expositores, parceiros, fornecedores, sócios e colaboradores do Laurus Nobilis”, refere, em comunicado. A Associação adianta que irá fazer todos os possíveis para manter o cartaz na íntegra, com as mesmas bandas que apresentaram até ao momento, e se possível reforçálo para 2021. Quanto à situação dos bilhetes já vendidos, são válidos para 2021. A organização “agradece todo o apoio recebido do público em geral, com destaque a quem faz do Laurus um dos festivais de verão de presença obrigatória", como, também aos parceiros e às bandas “que, de forma unânime, manifestaram a vontade em continuar a marcar presença no festival”.
FREGUESIAS/PRAÇA PÚBLICA
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Pelos quatro cantos da ca(u)sa Domingos Peixoto
Olhar para trás A expressão em título tem aplicação frequente no dia a dia. Por exemplo, se fugimos de um eventual perseguidor, polícia, inimigo - ou situações idênticas - e queremos certificar-nos que a distância que nos separa é segura, ou quando somos mal educados com os nossos pais e nos desviamos no limite de um chinelo que repentinamente voa na nossa direção... Todos temos bons e maus motivos para referir se quiséssemos – acho que deveríamos fazer sempre esse exercício - olhar para trás. Eu me “confesso”, se soubesse o que sei hoje (é sempre a mesma história), quantas coisas não fazia da mesma maneira! Porém, quero falar de quando a aplicação prática da frase pode – diria, deve - ter um sentido positivo e útil, individual e coletivamente. Olhar para trás, refletir no nosso passado, deve ser um ato pedagógico para projetar o futuro. Ora, o passado é História e esta, bem como a sua hermenêutica, por suas próprias naturezas são subjacentes ao sujeito. Pensemos na história que o Estado Novo fazia que fosse ensinada na escola primária e liceus; lembremo-nos da sua propaganda de justiça, paz, segurança, império, liberdade, pão. Imaginemos como essas partes de vida das populações eram díspares de cidadão para cidadão, de acordo com o estatuto: clero, nobreza e povo nas monarquias do reino… Olhemos para o que a História nos ensina das ditaduras, oligarquias, nepotismos alguns que ainda vigoram… Mas se a história que aprendemos, uns e outros, relata os mesmos acontecimentos nos mesmos espaços de tempo nos mesmos espaços geográficos – pensemos nos ensinamentos sobre as religiões -, qual o porquê de tanta diversidade? Porque se formam tantos radicalismos sobre o passado de forma a condicionar os presentes e os futuros? Repararam que agora não usei o singular? Tudo acontece assim subjacentemente à exegese do sujeito que tem a missão de nos ensinar os caminhos do passado. Pois, o problema é que, pre-
cisamente, são essas vias condicionadas ao intérprete de cada tempo, corporizados no poder de Estado, de Religiões, de Castas, de Seitas, de Corporações ou fanatismos que hão de programar a organização e interação da humanidade. Infelizmente sempre assim foi e, pior, é que assim continuará a ser. Não nos faltam exemplos, até com as pandemias e as guerras… que vão ao longo dos anos contribuindo para “equilibrar” a população mundial na difícil relação nascimentos/mortes… Mas nós queremos uma sociedade justa? Queremos, sem dúvida. Porém, apesar de haver um domínio avassalador das “leis de mercado” sobre a justiça social, todos os responsáveis em cada momento “asseguram” aos seus povos, aos seus crentes e a quaisquer dos dominados e governados, que o seu sistema é o mais adequado e justo… Contudo permanecem e crescem os paradoxos: riquezas escandalosas de muito poucos, pobreza e miséria extremas de muitos! Uma entre as muitas razões que podiam levar-me à presente reflexão é a pandemia covid19 e as medidas para lhe fazer face. Não resisto, embora, por certo, muitos já tenham lido, a transcrever um extrato de um texto inserto na revista Jornal de Notícias História, n.º 25: “Nos Estados Unidos terá nascido a pandemia de 1918-19. E é lá que vamos, ainda, buscar um exemplo de comportamentos que facilitaram a disseminação descontrolada da doença. No dia 28 de Setembro de 1918, em Filadélfia, Pensilvânia, um desfile militar juntou 200 mil pessoas na rua. O resultado foi desastroso.” O artigo continua com dados terríveis. Conclusão: Olhar para trás, não serviu para nada para muitos senhores do mundo. Por estes dias, o homem do gelo, do arado e do Whisky na Bielorrússia, promoveu um desfile idêntico. Desejo que os convocados não venham a fazer parte da história pelas piores razões… Por não olhar para trás… PS: O covid retém, em situação muito precária, familiar meu, famalicense, na Dominicana…
12 PRAÇA PÚBLICA
opiniãopública: 14 de maio de 2020
Psicologicamente falando
Tempos rotinados, maçadores
Ouvi nas Caminhetas João Afonso Machado
Maio vai a caminho de metade e este fim-de-semana apanha-me não especialmente bem disposto. Há de ser o vírus, rondando por aí, confinando as nossas ideias, quando veremos, de uma vez por todas, o F. C. Famalicão a jogar novamente? No dealbar desta macabra história, havia encontro agendado com o F. C. do Porto. As semanas entretanto corridas têm o peso enorme das décadas, dos séculos, e proporcionam a vaga lembrança de um tal Pinto da Costa, sempre polémico, ainda vivendo, o Presidente do clube que seguia à frente na Liga principal. Mais recordamos, dada a volatilidade com que os jogadores mudam de camisola, apenas os nomes de dois ou três dos seus craques. Quando valerá a pena regressar aos jornais, analisar cientificamente as tabelas classificativas, fazer cálculos, estimativas e estatísticas, sonhar com o FCF na Europa? Tudo isto às voltas com uma cerveja, numa roda barulhenta de amigos no café… Da televisão escapam-se notícias extraordinárias: parece que o
Marta Pamol
Uma mesma situação, várias reações válidas (...) será importante que não se julgue, nem pela vontade de agir, nem pelo medo que o retém. Ao invés disso, questione-se acerca daquilo que, dentro da sua realidade familiar e profissional, lhe é possível e está ao seu alcance para lidar com tudo isto com segurança. Não reagimos todos da mesma forma a todas as situações. Existem características e recursos pessoais e sociais que nos permitem dar significados diferentes a um comum acontecimento, alterando o modo como vamos reagir e lidar com o mesmo. O momento de pandemia que, atualmente, vivenciamos não foge a esta regra e, por isso, existem várias reações possíveis. Nesta fase de desconfinamento gradual têm-se verificado, frequentemente, dois principais tipos de reação: (1) o impulso para a ação, a vontade de procurar recuperar a normalidade acreditando que com os devidos cuidados as coisas se vão recompor; e (2) o receio, o medo e a desesperança, por vezes, incapacidade, assente no pensamento recorrente de que o perigo de contágio é iminente e está muito presente. Estes dois polos de reação não são os únicos, nem são mutuamente exclusivos. Além disso, são ambos válidos e nenhum representa a resposta certa ou errada. Posto isto, será importante que não se julgue, nem pela vontade de agir, nem pelo medo que o retém. Ao invés disso, questione-se acerca daquilo que, dentro da sua realidade familiar e profissional, lhe é possível e está ao seu alcance para lidar com tudo isto com segurança. Lembre-se: tudo é novo para todos, e somos todos tão diferentes
Governo se prepara para cercar Fátima, conquanto sem propósitos persecutórios; tratar-se-á, apenas, de colocar barreiras à vinda dos peregrinos. Do meu ponto de vista, esta República está a abusar um pouco do seu laicismo, mas estou pronto a retirar o que digo se a outras crenças, lá mais para o fim do verão, também recusarem as romagens respectivas… Chove. Os meus óculos não são dotados nem de desembaciador, nem de limpa-párabrisas. E o ir às compras impõe o uso da máscara, impossibilita-me a condução pedonal em dias assim molhados. Ainda por cima, isto é seca para permanecer, os números da expansão da Covid19 nada de bom pressagiam. Consegui marcar para uma semana depois o corte de cabelo na barbearia… Valem os livros, o papel e a caneta. Vale a terra mole de hoje para não escalavrar o bico desta com que escrevo, coisa macia, requintada, uma pechincha de há muitos anos em loja a liquidar… Assim se vai arrastando o fim-de-semana. Com um
Valentina, a memória dum sorriso
Chão Autárquico Vieira Pinto
O país ficou atónito. Atónito pelos acontecimentos que levaram à morte de uma linda criança, a Valentina. Mas, acima de tudo, pela desumanidade de procedimentos como o crime ocorreu, de uma forma tão cruel! Com efeito, a violência deste crime viola, desde logo e, em primeiro lugar, o primado dos valores, pela dignidade da pessoa humana. Mas, esta violência viola, ainda, os valores primeiros do núcleo da família, designadamente, na sua relação de parentesco. Mas, sobretudo, quando existe um vazio desses mesmos valores. Ou seja, um vazio por falta de afetos familiares, pela falta de sentimento. A âncora da vivência em família será o sentimento, pois é por ele
Marta Pamol Psicóloga Clínica e da Saúde Membro Efetivo da Ordem dos Psicólogos Portugueses CP nº 21679
PRECISA-SE
EMPREGADO/A DE MESA CONTACTO: 252 323 400
nico de sorte acompanhado dos perdigueiros (cujo faro não alcança coronas, felizardos deles) e da ultimamente tão desaproveitada máquina fotográfica. Enfim, para não terminar em desgraça completa, sempre lembrarei, Famalicão parece mais compostinha no capítulo dos números da doença. Estabilizou em trezentos e bastantes contaminados e vão lá semanas não sai daí. Mais: há cinco dias, dados oficiais de agora, não se verifica algum caso novo. Não sei de muito mais, nas caminhetas as vozes resultam abafadas pelas mascarilhas. A gente já nem conhece a gente! Mas não ouvi falar da morte de alguém, oxalá possamos dizer – pas de nouvelles, bonne nouvelles… É o que mais desejo aos meus conterrâneos, do fundo do coração, e, se contaminados, ao menos necessitem apenas de permanecer em casa. Assim também, claro, para todos os portugueses, arrumemos com esta porcaria daqui para fora o mais depressa possível, que muito há para carpinteirar…
que vêm os afetos. No caso da Valentina, o vazio de afetos traduziu-se num pleno de monstruosidade parental, com realce para o seu próprio pai que, tudo indica, matou sua filha! No filme de terror destes factos, constatamos toda esta realidade ocorrida naquele trágico dia seis de maio do presente ano: “um pai matou sua própria filha”, a Valentina, durante aquele dia. Depois deste ato macabro, esperou a noite, para ir esconder sua filha, tentando esconder o seu hediondo crime dos olhares da sociedade. Na verdade, aquela noite não trouxe, nem a sua brisa, nem o sereno vento, para mansamente agitar as folhas das árvores, a fim de, silenciosamente, murmurarem entre
elas, no silêncio dessa mesma noite. Antes pelo contrário, aquela noite chegou agitada, perturbada e relutante. Ela, aquela noite, negra como breu, não queria receber em seus braços, aquela beleza, aquela brancura, aquela alba cintilante. Não, aquela noite não queria colaborar com os monstros. Mas os autores da façanha, contudo, insistiram e esconderam mesmo a Valentina, no escuro daquela noite, no meio de uma mata, onde até os animais selvagens a respeitaram. Ficou, assim, coberta, naquele local de matagal, com o manto branco do gelo da total insensibilidade humana. Porém, o dia colaborou com a verdade e trouxe a luz necessária, para finalmente
descobrir a Valentina. E ela apareceu, sobressaindo assim a razão silente do finito que lhe foi imposto. A Valentina é, agora, um Querubim Celestial. Tudo assim. Por outro lado, os monstros que lhe provocaram a morte, viverão perturbados, com o ruído permanente das suas consciências, ao longo das suas vidas. Estes pagarão, passageiramente, no plano judicial, o merecido castigo de seus atos, de todo, juridicamente censuráveis. Mas, infinitamente terão que viver com as mãos manchadas de sangue transportando, no peso das suas consciências, a memória destes seus macabros atos. Da Valentina, fica-nos a memória de um lindo sorrir.
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Famalicão
Barbosa: Rua Santo António, Tel. 252 302 120 Calendário: Rua da Liberdade, Tel. 252 378 400/1 Cameira: C. Mouzinho Albuquerque, Tel. 252 323 819 Central: Praça D. Maria II, Tel. 252 323 214 Nogueira: Av. Marechal H. Delgado, Tel. 252 310 607 Valongo: Rua Adriano Pinto Basto, Tel. 252 323 294 Gavião - Av. Eng. Pinheiro Braga, 72 - Telef. 252 317 301 Marinho: Edif. S. José - Estalagem - Telf. 252 921 182 Martins Ventura: R. C. Cerejeira - Lousado - Telf. 252 493 142 Estação: Largo da Estação - Nine - Telf. 252 961 118 Ribeirão: Rua Quinta Igreja 9 - Ribeirão - Telf. 252 416 482 Joane: Rua S. Bento, nº 217 - Telf. 252 996 300 Landim: Estrada Nacional 204/5, nº 693 - 252321765
Famalicão Quinta,14
Serviço Central
Sexta, 15
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Sábado, 16
Valongo
Domingo, 17
Gavião/Ribeirão
Segunda, 18
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Central
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Vale do Ave
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Quinta, 14 Sexta, 15 Sábado, 16 Domingo, 17 Segunda, 18 Terça, 19 Quarta, 20
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Paula Reis: R. José Elisio Gonçalves Cerejeira, nº 629 Calendário - Tel. 252 378 057 Maceiras: Louro - Telf. 252 310 425 Marques: Largo da Igreja - Fradelos - Telf. 252 458 440 Oliveira Monteiro: Largo Igreja - Cabeçudos - Telf. 252 331 885 Pedome: Av. S. Pedro, 1139 - Pedome - Telf. 252 900 930 Pratinha: Largo do Cruzeiro - Cavalões - Telf. 252 375 423 S. Cosme: Vale S. Cosme - Telf. 252 911 123 Arnoso: Av. Joaq. Azevedo - Arnoso Sta. Maria - Telf. 252 916 612
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O clube está a reconstruir-se com um novo recinto desportivo
“Um dos objetivos é restruturar o FC Brufense 1957” Pedro Sousa* fase, estamos a colocar relvado natural e a renovar os balneários para Está a crescer um novo FC Brufense os miúdos iniciarem a próxima 1957. O clube anda desaparecido época. Vai estar concluída em sede casa há vários anos, mas há um tembro”, completou. plano para trazer de volta o emUma das imensas dificuldades blema às instalações de sempre. das pessoas que estão a liderar Uma equipa de pessoas com muito este projeto é a desconfiança da amor ao clube querem construir o população. Isso, está relacionado Centro de Formação D. Jorge Ortiga com o passado recente do clube. e já arrancaram com o desafio. Um “Falta ganhar a confiança das pesprojeto que ronda os 400 mil euros soas. O passado recente do Brue que, durante quatro fases, prevê- fense não é animador. O clube está se que esteja concluído em oito descredibilizado no concelho e é anos. difícil angariar verbas. Contudo, Davide Pereira, ex-atleta do tempos empresas que nos tem ajuclube e atual presidente, é o princi- dado com material”, reforçou. pal impulsionador deste projeto. Nesta primeira fase, para além Um projeto que “é para a comuni- do relvado e dos balneários, a sede dade”, segundo o dirigente. “Um do clube e o bar estão a merecer a dos objetivos é restruturar o FC Bru- atenção. “A Câmara já ajudou com fense. Vamos tentar reviver o nosso uma pequena verba, que não será tempo”, começou por dizer em en- suficiente, mas agradecemos o trevista à FAMA, aludindo ao pas- apoio”, prosseguiu. sado do clube enquanto jogador. O mais curioso é o facto de O projeto que está agora come- serem os próprios elementos da diçou, não teve o início desejado. reção e mais alguns amigos que “Está a dar os primeiros passos. In- estão a renovar o recinto desporfelizmente não conseguimos o tivo e torna-lo num Centro de Forvalor inicialmente pretendido, que mação. “Temos de poupar em eram 50 mil euros, mas não baixa- algum lado. São esses amigos que mos os braços”, sublinhou. Porém, nos têm ajudado em adquirir os o trabalho já começou a ser feito e bens para a construção. Assim, fica já há data para terminar a primeira mais fácil”, revelou o presidente. fase. “Já começamos a trabalhar e Porém, há mais motivos de ina renovar o campo. As instalações teresse nesta construção. O relestavam abandonadas e a situação vado que vai permitir aos jovens era bastante difícil. Nesta primeira mostrar os seus dotes futebolísti-
cos vai ser natural. Uma decisão que foi bem pensada, apesar de ter um custo de manutenção superior ao sintético. “Temos de cumprir algumas recomendações que a Câmara impõe por causa do relvado sintético e, neste momento, não temos as medidas exigidas pela Câmara Municipal para preencher um dos requisitos”, abordou a questão. Contudo, a AF Braga já aprovou as dimensões e o relvado natural “pode ser um chamariz para os miúdos irem jogar para o FC Brufense 1957”, segundo disse o presidente. Conhecido por um clube de futebol, a ideia passa para alargar para outros desportos. “Não queremos fazer só futebol. É uma academia para praticar atividade física. Nesta primeira fase, vamos tentar implementar a equipa de atletismo e já temos alguns atletas dispostos a vestir esta camisola. Queremos, no futuro, construir um ginásio para a comunidade”, prosseguiu. Davide Pereira esteve envolvido, nos últimos anos, na formação de um grande clube nacional. Esse conhecimento adquirido nessa experiência deu-lhe bases
AFSA dá por concluído os campeonatos que organiza A Associação de Futebol de Salão Amador (AFSA) comunicou, neste domingo, que deu por encerrado os campeonatos que organiza, devido à pandemia de Covid-19. Assim, as duas divisões do escalão sénior, a taça sénior, o campeonato e a taça de veteranos e a Taça Intermunicipal MKA, em seniores masculinos e femininos e veteranos masculino, estão terminadas. No comunicado, os responsáveis admitiram que “não estão reunidas as condições para que as competições prossigam o seu trajeto normal”. “Não resta outra alternativa que não seja dar por terminadas as provas para a
temporada em curso. Uma decisão que mereceu a aprovação unânime da direção da AFSA”, acrescenta no comunicado. Depois do encerramento das provas, a AFSA vai decidir se vão existir atribuições de títulos de campeões e a aplicação do regime de subidas e descidas de divisão. “Perante a complexidade desta matéria, a direção da AFSA decidiu, primeiro, auscultar as coletividades, dando-lhes assim a oportunidade para se pronunciarem sobre a mesma antes de tomar uma decisão definitiva, que deverá acontecer no decurso da próxima semana”, completou.
para estruturar o futuro do FC Brufense 1957 de uma maneia diferente. “Estive ligado a uma equipa dos três grandes do futebol nacional e aprendi metodologias de treino que muitas equipas aqui no concelho não tem”, sublinhou, adiantando que “há quem só acompanha os jogadores até aos 13 anos”. Essa falta de acompanhamento em idades jovens mais avançadas cria dificuldades na afirmação do jovem jogador. “Depois, os miúdos aprendem a chutar a bola só para a frente. Tem dificuldades na receção de bola e medo de a ter no pé. Queremos ajudar os miúdos a crescer e a aprender. Não pretendemos ser mais que ninguém. Tencionamos ser diferentes na maneira de ajudar”, completou. Contudo, o futebol sénior não está nos planos a curto prazo. “Neste momento, é só formação. Temos uma equipa de juvenis que vai passar agora a júnior. Equacionaremos formação sénior quando esta formação atingir esse patamar”, admitiu, sem querer entrar em ilusões. “Os seniores são muito difíceis de manter. Neste momento, não temos capacidade”, concluiu.
Por isso, para um projeto futuro, a segunda fase passa por ter as medidas suficientes para implementar um relvado sintético, reduzindo, assim, os custos de manutenção. “O relvado natural acaba por ficar insustentável, se tivermos demasiados equipas”, sublinhou. Chamado de Centro Formação D. Jorge Ortiga, Davide Pereira quis homenagear “um grande brufense”, mas pretendia “dar alguma credibilidade ao projeto”. “Surgiu o nome do D. Jorge Ortiga e fomos falar com ele. Aceitou e isso deixounos lisonjeados. Queríamos um nome diferente para o complexo”, completou. Devido às faltas de condições no atual complexo desportivo, o FC Brufense 1957, através das camadas de formação, tiveram de jogar fora de portas. Um facto que levou a um agradecimento especial do presidente. “Queremos agradecer ao Desportivo S. Cosme, nomeadamente, ao dr. Luís Ângelo. Ele abriu-nos as portas, quando muitos as fecharam”, concluiu. * com José Clemente
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O técnico mostra-se satisfeito e já prepara a I Divisão
“Fomos conquistando semana após semana o mérito da subida” Pedro Sousa* mos”, completou. Na próxima época, a I Divisão vai ser dispuUma temporada imaculada da tada por 20 equipas, divididas em equipa feminina do Futebol Clube duas séries de dez formações. Se(FC) de Famalicão esteve quase a gundo João Marques, este alargacair por terra. A interrupção for- mento vem fazer justiça às çosa das provas deixou o destino prestações das equipas. “O mérito indefinido das pupilas de João da subida foi conquistado pelas Marques. Contudo, a Federação equipas, mas o FC Famalicão, de Portuguesa de Futebol reformulou todas elas, tinha a melhor perfora I Divisão Nacional feminina e mance. Era o que estávamos à espermite ao clube famalicense dis- pera. Estávamos num impasse, putar o escalão máximo na pró- mas permanecemos confiantes. xima temporada. João Marques, Foi por mérito próprio”, completreinador da formação feminina, tou. em entrevista à FAMA, frisou que A temporada que passou deixa foi “tomada a decisão mais acer- o técnico satisfeito e orgulhoso na tada”. equipa que montou. “É sinal de “Foi uma resolução que demo- muito trabalho [subida de divirou a sair. Nós, dentro do campo, são]. Mérito das minhas jogadosabíamos da qualidade da nossa ras. É um grupo muito unido. equipa e do propósito que tínha- Fomos conquistando semana
após semana o mérito da subida. Obtivemos resultados que nos orgulham”, prosseguiu. A qualidade foi demonstrada logo na pré-temporada, quando o FC Famalicão mediu forças com algumas equipas da I Divisão. “Temos consciência que a minha equipa era a mais forte da II Divisão. Já para não falar de outras coisas”, afirmou. O projeto do futebol feminino no FC Famalicão foi elaborado com objetivos claros. “A subida de divisão era o principal objetivo. O segundo era sagrarmos campeã nacionais da II Divisão e o terceiro era ir o mais longe da Taça Portugal, se possível vencer”, prosseguiu, antes de revelar que a Taça de Portugal ainda não foi dada por concluída. “A competição ainda não terminou. Penso que a meiapub
final se vai realizar antes do início do próximo campeonato, mas sem certezas. Queremos estar na final. Sabemos a mais valia dos adversários, mas o FC Famalicão entra para todos os jogos da mesma forma, para ganhar”, concluiu. Já deitando para trás a temporada que findou, João Marques desvendou que o “foco já está na próxima temporada”. “A subida já é passada. Já estamos a preparar a próxima época”, afirmou. Já a olhar para a presença na próxima temporada, o técnico desvenda que vai ser “complicado” disputar o escalão máximo do futebol feminino. “Ninguém nos dá nada e vai ser complicado porque temos objetivos grandes”, revelou. A chegada de João Marques ao banco da primeira equipa feminina da história do FC Famalicão trouxe alguma perplexão. “Quando aceitei este desafio, tinha outros convites. A partir do momento que este projeto me foi proposto, vi um presidente que olhava para o feminino de forma diferente. Quer dar o mesmo ao fe-
minino e ao masculino”, revelou, deixando a certeza que as condições vão melhorar. “Estão a ser criadas que condições na academia que vão ser das melhores. Vejo um presidente que tudo faz pelo futebol feminino”, concluiu. Este regresso à sua terra, foi algo que o levou também a considerar a propostas. “Estou onde gosto de estar. Estou perto da minha família”, não escondendo que a aposta nele “foi forte”. “Foi a decisão mais acertada que podida ter. Estou apaixonado pelo trabalho que estou a desenvolver”, prosseguiu. O belo trajeto que já fez no futebol feminino deixa-o sempre debaixo dos holofotes. Contudo, João Marques revelou que está contente no clube. “Tenho tido outras propostas, mas enquanto este presidente estiver à frente do FC Famalicão, já disse a ele que não preciso de assinar nada. Enquanto ele me quiser aqui, eu vou estar”, revelou. * com José Clemente
FC Famalicão passa a disputar jogos da I Liga em Barcelos O Futebol Clube (FC) de Famalicão vai passar a disputar os restantes jogos da Liga NOS no Estádio Cidade de Barcelos. A Direção-Geral da Saúde (DGS) pretende que os jogos sejam realizados em recintos considerados nível 1 pela Liga Portugal, sendo que o Estádio Municipal de Famalicão não reúne as condições necessárias. Segundo o jornal O Jogo, há um acordo com o Gil Vicente FC para que os restantes jogos como visitado da equipa famalicense sejam disputados no Estádio Municipal de Barcelos. No entanto, ainda falta a aprovação final da DGS quanto aos estádios permitidos para receberem os jogos. A medida surge no âmbito da pandemia de Covid-19, na qual se prevê a limitação de alguns estádios para as últimas 10 jornadas. De relembrar que a Liga NOS regressa no próximo dia 4 de junho. Os homens liderados por João Pedro Sousa recebem o FC Porto, logo na primeira jornada após a retoma, o Braga (27ª jornada), Portimonense (29ª), Benfica (31ª) e Boavista (33ª). Nesta altura, o FC Famalicão encontra-se na sétima posição, com 37 pontos.
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Quatro jogadores do FC Famalicão infetados com Covid-19 O FC Famalicão tem quatro jogadores infetados com Covid19. Na tarde do passado domingo, foi informado que o clube famalicense tinha três atletas e dois elementos do staff com o novo coronavírus. Contudo, no dia a seguir, surgiu mais um caso. Os elementos do emblema famalicense estão assintomáticos, estando em casa em isolamento. Os testes de despistagem à Covid-19 foram efetuados na passada sexta-feira. Contatada pela FAMA, a assessoria da SAD do Famalicão não quis confirmar o número de casos, mas confirmou a realização dos testes na sexta-feira. A posição oficial do clube é que os resultados foram comunicados às entidades competentes, nomeadamente à Direção Geral da Saúde (DGS), e que nada mais vão adiantar, tendo em conta a confidencialidade dos testes. Assegurou ainda que "confirmando-se casos positivos serão seguidos todos os procedimentos indicados pelas autoridades de saúde, concretamente, o isolamento em casa". Entretanto, os jogadores vão continuar com o trabalho de treinos individual iniciado há duas semanas, referiu à FAMA a mesma fonte. O FC Famalicão junta-se assim ao Vitória SC, que anunciou no passado sábado à noite, através de um comunicado, que três jogadores do plantel acusaram positivo à Covid-19, ao Moreirense SC, que tem um caso num jogador, ao SL Benfica, que divulgou que David Tavares, elemento da equipa principal, está infetado com o novo coronavírus, e ao Belenenses SAD, que tinha anunciado, a semana passada, a presença de um atleta infetado. A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, já afirmou que, caso os testes às equipas de futebol derem um número elevado de casos positivos de covid-19, terá de ser equacionada pelas autoridades "a avaliação de risco".
CD Lousado e UD Calendário sobem de divisão. AD Ninense aguarda decisão A AF Braga anunciou, esta sexta-feira, que vão existir subidas de divisão nos campeonatos organizados pela associação. Num comunicado publicado no site, o órgão associativo revelou que não vai existir a atribuição de títulos de campeões, no entanto, vão haver promoções. Assim, o Clube Desportivo (CD) Lousado e a União Desportiva (UD) Calendário, com esta decisão, sobem de divisão. A Associação Desportiva (AD) Ninense aguarda, ainda, pelo comunicado oficial, mas deve seguir as pisadas das outras equipas famalicenses. Se for confirmada a decisão, o equipa de Nine vai disputar, na próxima temporada, a Pro-Nacional, que vai ser constituída por 24 equipas. Já o CD Lousado e a UD Calendário vão jogar na Divisão Honra, que vai passar a ser disputada por 36 equipas.
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O Pevidém SC terminou as 26 jornadas da Pró-Nacional em primeiro lugar
“Desde do primeiro minuto que o nosso objetivo era subir” Pedro Sousa* O Pevidém Sport Clube (SC) é o clube da AF Braga que foi selecionado, devido à classificação que obteve até à interrupção das provas, para disputar, na próxima época, o Campeonato de Portugal. A formação de Guimarães tem como treinador uma pessoa que já trouxe êxitos ao Grupo Desportivo de Joane. João Pedro Coelho levou, esta temporada, o Pevidém SC aos campeonatos nacionais e revelou que vai liderar os destinos do clube nesta nova fase. Em entrevista à FAMA, o técnico aguardou pela decisão da AF Braga com muita expectativa, mas com esperança. “Recebemos a notícia com muito agrado porque é algo que queríamos muito em Pevidém e que premeia a nossa regularidade. Concretizado não da forma que queríamos”, completou. Esta temporada foi estrutura só com um objetivo, que esteve sempre na mente de toda a equipa. “Desde do primeiro minuto que o nosso objetivo era subir. Transmitimos isso logo de forma clara”, afirmou. “Fizemos 26 jornadas e mostramos que fomos a equipa mais regular. Por mérito próprio, conseguimos um objetivo muito aliciante, porque é muito difícil subir de divisão. Estamos orgulhosamente satisfeitos”, completou o técnico. Este trajeto do Pevidém SC foi delineado desde de o começo e isso trouxe só um pensamento aos envolvidos no clube. A subida de divisão e o título estiveram sempre
nos planos. “Houve equipas que alteraram o objetivo, mas nós desde início determinamos o objetivo de sermos campeões e subir de divisão. Felizmente conseguimos colocar o Pevidém no patamar nacional, que é onde merece estar. Alcançámos, mas repito que não foi da forma que desejávamos. Queríamos ir ate ao fim”, revelou. A festa já foi feita da subida já foi feita, mas de uma forma diferente. “Já festejamos a subida pelas redes sociais, mas seu devido tempo vamos fazê-lo no lugar certo. Vamos voltar a festejar algo que é meritório”, divulgou. João Pedro Coelho escreveu uma publicação nas redes sociais que foi entendida de forma errada, levando muita gente a colocar em questão a continuidade do treinador à frente da equipa. “Muitos que leram a minha publicação no facebook pensaram que ia deixar o Pevidém SC. Contudo, isso nunca foi opção. Estávamos convencidíssimos, porque já estamos a prepa-
rar a próxima época, da presença nos campeonatos nacionais. Vamos continuar com esta ligação. Com muito orgulho, vou continuar a defender os interesses do clube”, mencionou. A reformulação no futebol nacional, na opinião do treinador, é vista com bons olhos. “Três divisão aproxima muito aquilo que é o futebol profissional e o distrital. Tinha de ser criado outro patamar para haver uma diferenciação em termos de capacidade, não só financeira como competitiva, para com algum tempo, cada clube se encaixar naquela divisão que merece”, explicou. “É muito fácil os clubes dizerem que querem estar nos campeonatos nacionais e que querem estar na terceira liga, como será chamada, mas depois não tem recursos para estarem enquadrados. Com estes moldes, vai ajustar os clubes ao patamar que devem estar”, completou. *com José Clemente
FPF reformula futebol e cria nova liga
Faleceu antigo jogador do FC Famalicão Faleceu, no passado dia 6 de maio, Nuno Paredes, antigo jogador do Futebol Clube de Famalicão. Nuno Paredes tinha 84 anos, destacou-se como lateral direito do clube nas décadas de 50 e 60. O clube famalicense recordou a prestação do jogador num jogo em Guimarães, uma finalíssima do Campeonato Nacional da 3ª Divisão frente ao Tirsense, em que o FC Famalicão haveria de garantir a subida de divisão. O FC Famalicão expressou ainda as condolências à família, agradecendo o contributo que Nuno Paredes deu ao clube.
DESPORTO
A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) anunciou esta quarta-feira uma reformulação no futebol. A III Liga vai ser criada e o Campeonato de Portugal passará a ser a quarta divisão nacional de futebol. O processo tem estado em relação há seis meses pelo órgão federativo. Com este plano e segundo o comunicado da FPF, os principais objetivos passam por “assegurar o maior número possível de projetos equilibrados, au-
mentar a competitividade, melhorar a qualidade de jogo, aproximar os adeptos do futebol local e criar espaços de desenvolvimento para o jovem jogador português na transição dos sub-19 para os seniores e garantir um formato adequado ao que se prevê venha a ser a próxima época, no quadro da pandemia Covid-19”. Assim, a FPF tomou a posição de criar em 2021/22 uma nova prova, que vai servir para dar acesso à Liga Pro. Esta competição, para já, terá a designação de III Liga. No comunicado, ficou-se a saber que “competirão no Campeonato de Portugal as seguintes 96 equipas: duas vindas da Liga Pro, 70 que permanecem, 20 que ascendem das competições regionais e 4 novas equipas B”. Gradualmente, a III Liga e o Campeonato de Portugal terão o número de clubes reduzidos até 76. Além disto, a FPF anunciou que acordou com o Sindicato de Jogadores que “os profissionais destas competições terão como valor de remuneração base o salário mínimo nacional”, acrescentando ainda que “taxa de jogo sofrerá uma redução significativa e haverá ajustes no valor de inscrição de jogadores”.
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Treinador do Riba D’Ave Hóquei Clube regressa a uma casa que conhece bem
“Foi um convite muito aliciante, que me deixou muito orgulhoso e satisfeito” Pedro Sousa* Uma nova era está a nascer no Riba D’Ave Hóquei Clube (HC). Hugo Azevedo deixou o comando técnico dos ribadavenses e Raúl Meca é o homem que se segue no banco do Pavilhão das Tílias. Em entrevista à FAMA, o novo timoneiro falou de um “sonho realizado”. “Foi um convite muito aliciante, que me deixou muito orgulhoso e satisfeito. É um clube por onde tenho uma simpatia muito grande”, começou por dizer. O desejo de regressar a uma casa que conhece bem pela porta de treinador da equipa sénior já tem largos anos. “. O sonho de ser treinador do Riba D’Ave HC já tem cerca de cinco/seis anos e começou quando treinava os escalões de formação do clube”, prosseguiu o antigo jogador da formação ribadavense. “Sempre defini como objetivo que treinar a equipa sénior. Chegou o dia. Chegou o projeto e será um prazer abraçar este projeto. Será um orgulho enorme abraçar este projeto, na função em que eu mais ambicionava”, completou. Esta é a primeira experiência como técnico de uma formação principal. Na temporada passada, Raúl Meca liderou as equipas de
sub-17 e sub-19 da AD Valongo, onde venceu o Campeonato Regional AP Porto de Sub-19. No currículo ainda conta com o título de campeão inter-regiões ao leme da formação sub-15 feminina da AP Porto. A estes cargos juntam-se os anos passados a liderar os escalões de formação do Riba D’Ave HC. “É primeira vez que vou treinar seniores, mas já sou treinador há oito anos. Há treinadores que chegam aos seniores e não têm estes
anos de treino. Tenho muitos anos de treino e, acima de tudo, tenho muitos anos de Riba D’Ave HC, aludiu. Com isto, Raúl Meca é da opinião que é importante trabalhar primeiro na formação. “É fundamental trabalhar na formação. No meu ver, é o caminho que o treinador deve fazer. Assim dá para entender como é o jogador no seu todo. Sem dúvida, que quem passa na formação está mais pre-
Formação da AD Oliveirense terminou temporada com subidas A Associação Desportiva (AD) Oliveirense passa por tempos de indefinição. Contudo, a formação tem mostrado que pode ter uma palavra a dizer no futuro do clube. Na temporada que agora findou devido à pandemia de Covid-19, as camadas jovens do clube de Oliveira Santa Maria mostraram que podem ser uma das chaves para a reabilitação do emblema. As equipas de juvenis e juniores obtiveram subidas de divisão e isso foi um marco importante para dar algum folgo à AD Oliveirense. A formação de juniores conseguiu realizar uma temporada quase irrepreensível e terminou em primeiro lugar na 1ª Divisão - Série C da AF Braga. Apesar de não ser atribuído o título de campeão, a equipa de Oliveira Santa Maria foi premiada com a subida de escalão. Aliás, a boa prestação dos jovens jogadores levou, inclusive, à chamada de alguns atletas ao plantel sénior. Já os juvenis da AD Oliveirense superaram a concorrência na 2ª Divisão – Série C da AF Braga. Os jovens atletas classificaram-se em primeiro lugar, mas não foram consagrados campeões, devido à decisão da AF Braga. Contudo, a subida de divisão ficou selada, recompensando a boa temporada dos pupilos de Oliveira Santa Maria.
parado”, salientou. A chegada ao comando técnico foi bem vista por toda a gente e à espera de Raúl Meca vão estar os adeptos. “A massa adepta é a grande força do clube. A minha notícia saiu há duas horas e o meu telemóvel ainda não parou”, reforçou. Este conhecimento que tem aos cantos da casa, segundo o treinador de 31 anos, faz dele capaz de trazer sucesso para o emblema de Riba D’Ave. “Sei o que jogador passa quando o clube está a ganhar. Sei exatamente o que se passa quando está a perder. Não tenho dúvidas que a exigência enquanto treinador será maior”, afirmou, antes de frisar que estar “desejoso de entrar no Parque das Tílias e ter o pavilhão ao rubro”. Este regresso, agora como treinador, vai permitir o recontro com alguns colegas que, na passagem enquanto jogador, partilharam o balneário consigo. “Vou reencontrar alguns companheiros de equipa, mas eles sabem que o formato de treinador não vai ser diferente daquele enquanto capitão e jogador”, aludiu. “O respeito é enorme e o carinho é enorme. Não venho com pretensão de chegar ao balneário e agora dizer que sou “o treinador”. Eles sabem como há de ser sempre
o Meca como jogador e treinador. Vamos ter funções diferentes, mas vamos lutar para que os objetivos sejam os melhores para o Riba D’Ave HC. Agora, é lutar pelo Riba D’Ave HC. Fiz isso enquanto jogador, enquanto treinador das camadas jovens e vou fazer isso, com mais força, como treinador principal”, prosseguiu. O trabalho feito por Hugo Azevedo foi muito positivo, levando o Riba D’Ave HC a duas Final Four da Taça de Portugal e isso merece o respeito de Raúl Meca. “A direção pediu para dar seguimento ao excelente trabalho que o Hugo fez nos últimos temos. A fasquia está alta. O trabalho tem de ser forte e acima de tem de ser com competência. É isso que o antigo treinador tinha. O Hugo Azevedo decidiu ir para outro clube e chegou a minha hora”, completou. A mensagem que o treinador deixa, para já, aos aficionados do emblema ribadavense é de muito trabalho e organização. “Isso vai levar com que os resultados do Riba D’Ave HC superem os dos últimos anos, não só a nível sénior, mas a nível da formação. A formação do Riba D’Ave HC tem tudo para ser grande e tem de ser vista como caso sério”, rematou. com José Clemente
Juniores do Desportivo São Cosme sobem de divisão Depois da tomada de posição da Associação Futebol de Braga, o Desportivo São Cosme viu a equipa de juniores subir de divisão. Os jovens atletas do emblema disputaram a II Divisão Série B da AF Braga e, assim, na próxima temporada, vão disputar a I Divisão da AF Braga. A formação de Vale São Cosme somou 43 pontos, nos 18 jogos disputados, perfilando-se em 2º lugar.
CD Lousado sub-15 sobem à Divisão de Honra O Clube Desportivo de Lousado viu a sua equipa de sub-15 subir à Divisão de Honra. Com esta subida, o clube fica com três formação (sub-15, 17 e 19) no patamar mais alto do futebol distrital. Um feito ao alcance de apenas dois clubes do concelho de Famalicão (FC Famalicão e o GD Joane). Recorde-se que o CD Lousado, nas últimas sete temporadas, obteve seis subidas de divisão, que comprovam o bom trabalho que está a ser feito no clube ao nível da formação.
Mário Jorge vai continuar na AD Ninense Equipa de juniores
É oficial. Mário Jorge vai continuar no comando técnico da Associação Desportiva (AD) Ninense. O anúncio foi feito através da página oficial do clube no Facebook. A equipa técnica que acompanhou o treinador na temporada passada também vai seguir ao lado de Mário Jorge. Duarte Sousa, Ricardo Correia e Carvalhinho continuam o trajeto ao lado do treinador. A AD Ninense está em vias de ser promovida à Pró-Nacional da AF Braga, faltando apenas o carimbo oficial da associação bracarense.
É tempo de mudança
Custos de construção desaceleram em março
Faça ou refaça a sua casa…
Já se sabe que, enquanto não for totalmente seguro, vamos ter que aprender a viver com o Covid-19. E isso significa, ainda significa, estar, o mais possível, em casa. Mas porque não aproveitar esse tempo que passamos dentro de portas para mudar o que não gostamos? Ou então, para os que tinham esse plano, pensar seriamente em mudar de casa logo que seja possível. Na verdade, é tempo de mudança em tantos aspetos da nossa vida. E no meio dessas mudanças porque não construir, ou reconstruir a nossa casa? É precisa a ajuda de profissionais da construção civil para determinados passos e intervenções e o tempo que tem em casa pode, precisamente, ser aproveitado para pedir orçamentos e conselhos aos que percebem da área. Por outro lado, a quarentena, além de fazer com que as pessoas observem melhor os seus
lares, está a ser aproveitada por muita gente para realizar pequenas reformas e tornar a casa ainda mais acolhedora para mitigar estes dias mais difíceis. Ao contrário do que dizem, repaginar a decoração não exige altos custos e uma grande equipa, esta tarefa pode ser executada de forma económica e por uma única pessoa. O período de isolamento social é, por isso, um momento para olhar para a casa (interior e exterior) e torná-la mais funcional, visto que é onde estamos, neste momento, o nosso tempo todo. É um passo importante e há diversos fatores a ter em conta, claro. Mas no concelho de Famalicão existem imensas empresas de construção civil que lhe podem dar a resposta que precisa. Para além disso existem dezenas de espaços com os materiais que procura para fazer a renovação que adia há imenso tempo.
Os custos de construção de habitação nova deverão ter desacelerado em março, aumentando 0,6% face ao mesmo mês de 2019, menos 1,5 pontos percentuais do que em fevereiro, estimou esta segunda-feira, dia 11 de maio, o Instituto Nacional de Estatística (INE). De acordo com o INE, em março, os preços dos materiais diminuíram 0,5% (-0,3% no mês anterior) e o custo da mão-de-obra aumentou 2,3% (5,7% em fevereiro) face ao período homólogo. O custo da mão-de-obra contribuiu com 0,9 pontos percentuais para a formação da taxa de variação homóloga do Índice de Custos de Construção de Habitação Nova (ICCHN), enquanto a contribuição da componente dos materiais foi de -0,3 pontos percentuais. Em março face a fevereiro, a taxa de variação mensal do ICCHN foi de -1,1%, com o custo dos materiais a registar uma variação nula e o custo da mão-de-obra a diminuir 2,6%. A componente de mão-de-obra contribuiu com -1,1 pontos percentuais para a formação da taxa de variação mensal do ICCHN, sendo nula a contribuição dos materiais. Segundo o INE, a informação deste destaque "reflete já parcialmente os efeitos da pandemia covid-19 no comportamento da atividade económica".
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opiniãopública: 14 de maio de 2020
Um novo lar
durante o tempo de quarentena
Pintura de paredes: dê uma nova cor à sua sala ou quarto. Há sempre aquela parede que há tanto tempo espera uma nova camada de tinta para se sentir como nova. Esta é uma boa oportunidade de pintar aos poucos as divisões da casa, com tempo e as ferramentas certas podemos dar uma nova vida ao nosso lar. Não aconselhamos a pintar casa de banho, pois pode vir a ser necessária, ou outras divisões que podem ser precisas em caso de emergência. Papel de parede: uma alternativa à tinta O papel de parede está de novo na moda e é mais uma vez uma alternativa à tinta que cada vez tem mais procura. Estes produtos são de aplicação fácil e há imensa oferta de diferentes tipos, padrões e cores. Dos padrões simples, a texturas complexas e até mesmo paisagens com-
Nos dias de hoje vivemos tempos peculiares, pois quem fica em casa está a contribuir ativamente para o bem coletivo. No nosso dia a dia, estamos tão envolvidos com o trabalho, filhos, entre muitas outras coisas, que por vezes deixamos a nossa casa para segundo plano. Apesar de ser difícil para muitos de nós, há todo um mundo por descobrir em casa. Nesse sentido, fique com algumas dicas de bricolage e decoração, que podem ajudar a dar um novo ar à sua casa durante o período da quarentena.
pletas, a variedade é deveras impressionante. Esta pode casa ou até mesmo na sua cozinha, como por exemplo, ser uma forma prática de decorar várias divisões da casa para um pequeno jardim de ervas aromáticas. Há muito personalizando um espaço de forma distinta. por onde escolher, apenas precisa de pensar bem e adaptar o espaço às suas necessidades. Jardinagem: trazer o exterior para dentro de casa Para quem vive num apartamento, é importante ter atenMuito bem, já está satisfeito com o interior da sua casa!? ção ao peso que coloca em vasos, pois vasos com demaBoa, vamos lá para fora! siada terra poderá levar a que placa que os sustenta não Se há algo que os portugueses estão aos poucos a redes- aguente o de peso colocado. cobrir, é o exterior das suas casas. As pessoas que residem vivendas com jardins têm, sem qualquer dúvida, a Crie um espaço de relaxamento vantagem de poder usufruir de uma vida ao ar livre! No Se sente falta de um momento de tranquilidade, é uma entanto, mesmo quem vive em apartamentos consegue excelente ocasião para colocar uma mesa e umas cadeiras na varanda, preparar umas bebidas, e desfrutar. Esta tamvalorizar as suas varandas e janelas. Pode ainda aproveitar para fazer algumas melhorias nesta bém pode ser a oportunidade ideal de conhecer a viziárea da casa, como por exemplo, através de hortas urba- nhança, provavelmente estarão a fazer o mesmo! nas. Consoante o espaço disponível, há soluções para E para quem tem uma varanda mais espaçosa, ou até produzir uma pequena horta numa varanda, dentro de mesmo um jardim, pode apostar numa espreguiçadeira. pub
opiniãopública: 14 de maio de 2020
Escolher a janela certa vai-lhe poupar dinheiro na fatura energética
Na requalificação de edifícios e apartamentos, a reabilitação em termos energéticos é um fator que está a ganhar uma crescente importância, numa perspetiva de torná-los mais confortáveis e adequados face à necessidade de redução custos. Partindo deste pressuposto, a reabilitação energética de janelas é uma medida fundamental, não só porque promove o isolamento térmico e sonoro, mas também por permitir ventilações controladas e uma otimização da utilização da iluminação natural. A reabilitação energética de janelas está relacionada com a melhoria das condições de conforto térmico, acústico, visual e de salubridade, contribuindo deste modo para o bem-estar de quem usufrui de espaços integrados em zonas de habitação e de trabalho. Esta é, de resto, uma prioridade face ao custo da energia em Portugal, nomeadamente porque 40% do aquecimento perde-se através das janelas, sendo que o custo de refrigeração é quatro É cada vez mais importante valorizar a janela como um fator de qualidade, no que concerne à reabilitação adequada e responsável de uma habita-
ção. Num país em que a pobreza energética é uma realidade, em que as famílias pouco consomem na climatização, a substituição das janelas é sinónimo de aumento de conforto, poupança energética, melhor insonorização acústica e maior isolamento térmico. Em relação às construções novas, deve passarse a considerar a incorporação de novos conceitos da sustentabilidade logo na fase de projeto, numa perspetiva de arquitetura bioclimática, que consiste em pensar e projetar um edifício tendo em conta a envolvência climática e as características ambientais do local, com a agregação de condições de conforto com o mínimo consumo de energia possível, reduzindo também os custos de manutenção destes edifícios. Uma construção passiva, ao implementar soluções sustentáveis, deve implicar a sua valorização pelo mercado, não significando que o promotor gaste mais dinheiro, mas sim que o projeto revele mais valor pelas inovações tecnológicas introduzidas e uma consequente diferenciação em termos económicos e ambientais
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O que é o alumínio e qual sua principal utilização? O alumínio possui o símbolo Al, sendo um metal leve e macio, mas resistente, utilizado em diversos produtos do dia a dia. A sua cor é um cinza fosco devido aos elementos presentes na sua composição. Para ter toda a resistência necessária nas suas utilizações mais comuns, o alumínio possui propriedades químicas: mais por questões científicas que explicam as diversas utilizações do alumínio, ele possui massa atómica de 27u, baixa densidade (aproximadamente um terço do aço ou do cobre) e baixo ponto de fusão; revestimento de óxido: sendo revestido por uma fina camada de óxido, o alumínio fica protegido por este elemento (que não é reativo) e não possui risco de corrosão; condutor de calor: não é a toa que as panelas, na sua maioria, são de alumínio, pois ele conduz o calor de maneira rápida e eficiente. Embora as utilizações do alumínio sejam diversas, a sua principal utilização é na fabricação de panelas, pois é um ótimo elemento condutor de calor, o que ajuda no preparo dos alimentos de maneira rápida. Além disso, como ele não é corrosivo (devido à presença de óxido), ele possui uma grande durabilidade.
Para além dos utensílios de cozinha, a utilização de alumínio na fabricação de janelas e portas aumentou nos últimos anos e muitas pessoas preferem trocar os produtos feitos de ferro por estes em alumínio. Aliás, a durabilidade e eficácia do alumínio nas portas, janelas, grades, portões e outros objetos para a casa tem sido comprovado com a sua massiva utilização em Portugal. Entre as diversas vantagens na utilização do alumínio nos produtos está o facto de ser reciclável, podendo ser reaproveitado para fazer novos produtos do mesmo material. Ou seja, além de muito útil, é ecológico. pub
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opiniãopública: 14 de maio de 2020
Estamos em maio, estamos no verão. E com as temperaturas altas, quem não sonha ter uma piscina em casa? Na verdade, tendo em conta as exigências do tempo em que vivemos, e que, por causa da pandemia de Covid-19, ainda não sabemos muito bem o que fazer nas férias, parece tudo alinharse para cumprir o sonho de ter uma piscina em casa. Porém, na hora de decidir construí-la surgem muitas dúvidas sobre assunto. E as seis questões que se seguem são as mais feitas pelos portugueses que têm um jardim com espaço para uma piscina. Se ainda não tomou a sua decisão, o que se segue é para si: 1. Piscina em casa dá muitas despesas? Quem acha que ter piscina em casa gera muitos gastos tem que reconsiderar algumas situações. A primeira delas é que hoje em dia já não é necessário recorrer a uma empresa especializada para fazer a sua manutenção. Existem diversos produtos no mercado que simplificam esta tarefa e tornam a limpeza da piscina possível de ser feita pelo proprietário. Ainda tendo em conta a questão financeira, ao pensar na construção de uma piscina, é interessante ter em mente a valorização do imóvel. Ter uma piscina no jardim representará um aumento de 20% a 30% no valor para uma futura venda. Então, na hora de colocar os custos na ponta do lápis, tenha estes fatores em consideração e, claro, pense na qualidade de vida que uma piscina trará à sua família, tornando-se um espaço para a realização de exercícios físicos, para receber os amigos e para ter momentos de muita diversão. 2. É muito trabalhoso limpar a piscina? Esta questão está diretamente relacionada com a anterior. Mas, atualmente, basta certificar-se de que os equipamentos estão com a manutenção em dia. Na maioria das vezes, devem ser vistoriados no começo da primavera para correções de pH e a limpeza necessária depois de um tempo sem uso, que acontece geralmente nas estações mais frias.
O sonho de ter piscina em casa…
está longe de ser uma regra. Os hábitos de utilização da piscina vão depender de cada proprietário, de sua rotina, seu estilo de vida e até mesmo do lugar em que vive. Algumas pessoas gostam de relaxar sozinhas, outras só se lembram da piscina quando recebem visitas. Enfim, o facto é que não existe uma regra.
4. A piscina é um perigo para crianças e animais de estimação? Uma piscina pode mesmo ser perigosa para crianças e animais de estimação. Mas diversas outras coisas que temos em casa também são. Basta pensarmos nos utensílios de cozinha ou nos produtos de limpeza, por exemplo. Então, assim como cabe aos adultos supervisionarem as crianças 3. Quem tem piscina em casa usa-a pouco? Provavelmente você já ouviu essa afirmação, que está ba- e os animais de estimação para que não sofram acidentes seada na crença de que desvalorizamos as coisas, objetos domésticos, é papel deles garantir que a área da piscina seja que temos e estão ali. Às vezes, pode até ser verdade, mas segura também.
E depois há diversos equipamentos essenciais para a segurança das piscinas, como a capa e cerca de proteção, alarme contra afogamento, ralos antiaprisionamento e piso antiderrapante. Além disso, certifique-se de que um adulto está sempre presente na hora da brincadeira das crianças na piscina, fazendo-as utilizarem boias ou coletes salva-vidas. 5. A piscina consome muita água? Um grande medo de quem pensa em construir piscina em casa é que isso vá acarretar um gasto enorme de água. Mas não é bem assim. A partir do momento em que a piscina foi cheia, logo após a sua construção, basta que algumas dicas sejam seguidas para economizar a água, como cobri-la com capa, reutilizar a água que é drenada, inspecionar frequentemente a estrutura para que não haja fugas, regular a bomba e o filtro e, ainda, fazer a manutenção corretamente. pub
opiniãopública: 14 de maio de 2020
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José Moreira Sampaio
“A pandemia pode trazer coisas boas ao futuro da construção civil” Sem rodeios, José Moreira Sampaio, construtor civil há 45 anos em Famalicão, diz que a pandemia não lhe trouxe grandes razões de queixa, já que as obras, que tinha em curso, continuaram, sem grandes atropelos. Consciente, porém, que a realidade não é a mesma para todos os construtores, o empresário sublinha que 70% das empresas de construção civil em Famalicão estão paradas. Hoje, com 71 anos, o homem que fundou esta empresa e que trabalha na área desde os seus 11 anos de idade, e que sabe do que fala porque conhece a realidade como as palmas da sua mão, tem as opiniões e convicções bem definidas acerca da pandemia de Covid-19 que parou o mundo e mudou a economia. Por exemplo, com uma visão otimista, defende que as condicionantes que a pandemia trouxe podem ser benéficas para o futuro da construção civil em Portugal. E explica: “Vai haver uma seleção da construção civil realmente boa. O nosso país terá condições para fazer voltar do estrangeiro a boa mão de obra, porque os melhores emigraram. Como no estrangeiro as obras também pararam eles vão ter que voltar. Temos boa mão de obra lá fora e que aqui nos faz falta”, explica José Moreira Sampaio, que não deixa, contudo, de lembrar os que ficaram cá e que “abraçaram com o coração o trabalho que fazem”. Aliás, o construtor defende que Portugal tem, sobretudo, condições para ser o melhor em três áreas nas quais se deve apostar: construção civil, agricultura e turismo. “É o que faz falta todos os dias, a toda a gente”. Cumprindo com todas as indicações da DGS, a empresa colocou, nos dias iniciais da pandemia no concelho, todos os trabalhadores em casa, durante duas semanas, com o valor do ordenado completo. “Têm
contas para pagar, têm família e tinha essa obrigação para com eles”. Hoje, a empresa José Moreira Sampaio emprega 25 funcionários e não sente falta de mão de obra com qualidade. Mas antes desta pandemia e do confinamento, dava trabalho a cerca de 100 pessoas, porque há trabalhos que são contratados e pagos ao metro. “Claro que o setor abrandou”, reconhece o empresário, que aponta o dedo ao Governo, que apesar de cobrar impostos “altíssimos” “que não apoiou o
setor num cêntimo, apesar de prometerem isso repetidamente”. A José Moreira Sampaio realiza todo o tipo de obras, desde construção, à reabilitação de edifícios, habitações e empresas e o seu fundador diz com orgulho que, em 45 anos de atividade, já construiu 3.766 edifícios. “Temos uma boa estrutura para responder às diferentes solicitações”, garante o empresário. Neste momento tem diversas obras a decorrer no concelho de Famalicão e projetos em andamento na Póvoa de Varzim e Vila do Conde, mas esta empresa, para além dos concelhos vizinhos, tem a sua marca em diversos pontos do país como Setúbal, Lisboa e Algarve. Quanto ao material que usa, não sentiu qualquer condicionamento com a pandemia de Covid-19 que se espalhou pelo mundo. A questão, defende, é organização e não pedir tudo à última hora. José Sampaio opta, sempre que possível, pelo material feito em Portugal pela sua inegável qualidade e, mais uma vez, sem rodeios, diz que, apesar do material feito na China ser muito mais barato, é completamente adverso à sua utilização nas obras que faz, precisamente pela falta de qualidade. “Se todos os empresários fechassem as portas aos produtos chineses as coisas seriam muito diferentes”. Perspetivando o futuro, José Moreira Sampaio, natural de Esmeriz, defende que as coisas nunca mais vão ser como antes e vamos, a partir de agora, viver com mais intensidade. “Com tudo isto que se está a passar, qualquer ser humano vai pensar duas vezes como vai viver. O dinheiro não é tudo e é preciso saber poupá-lo e saber gastá-lo. No fundo, é preciso saber fazer uma vida decente”.
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opiniãopública: 14 de maio de 2020
Materiais de construção: usos e finalidades A escolha dos materiais de construção para uma casa é uma decisão difícil. Isto porque estes vão influenciar no seu custo, durabilidade e design interior e exterior. Atualmente, a sustentabilidade dos materiais é também uma das apostas da construção civil. Depois de decididos os materiais a utilizar, é hora de proceder à sua compra. Por um lado, poderá ser mais rápido e seguro deixar esse passo para a empresa de construção responsável pela obra, ou mesmo para o arquiteto, uma vez que estes já possuem experiência na tarefa. Por outro lado, se optar por tomar essa responsabilidade, tem a vantagem de conseguir negociar os preços estabelecidos para os materiais e evitar, assim, as taxas preferenciais nas lojas ou retalhistas que estes profissionais normalmente usufruem. Madeira: O uso da madeira tem sido cada vez mais comum na construção de casas. É um excelente isolante e é muito mais eficiente que o tijolo e o betão. A eficiência térmica da madeira é bastante grande. Por exemplo, para uma espessura semelhante a um betão, uma casa com estrutura de madeira pode economizar até 50% do seu orçamento de isolamento. Este material é também bastante aplicado no exterior nomeadamente em deques e varandas. Para esta finalidade é importante ter em conta um tipo de tratamento diferente, para que a durabilidade da madeira esteja garantida mesmo com mau tempo. Aço: O metal mais comum na construção é o aço galvanizado. Este metal pode ser usado para criar estruturas de casas. Uma casa com uma estrutura de aço é rápida de montar e barata. No que diz respeito ao isolamento, o aço deve ser combinado com poliestireno para assegurar um isolamento
perfeitamente adaptado às condições climatéricas, sendo também necessário adicionar fibra de vidro e várias placas de gesso para aperfeiçoar o isolamento interior. Pedra: Pode considerar-se que este é o recurso, a nível de materiais de construção, mais utilizado em Portugal. O seu uso deve-se ao facto de ser um recurso inesgotável, ecológico, reciclável e esteticamente agradável. Além disso, a sua variedade de cores e formas faz com que se adapte a todos os estilos de arquitetura. Apesar de todas as vantagens, a pedra é mais cara do que o betão ou o tijolo, é menos fácil de aplicar, mas tem uma maior durabilidade e pode ser aplicada tanto ao nível interior, como exterior. Aliás, este é um material tão versátil que pode ser colocado no chão ou nas paredes de uma casa de banho, assim como aplicado no revestimento de paredes ou bancas de uma cozinha, ou mesmo num lugar de destaque num bal-
cão de bar ou de uma mesa. Tijolo: Feito de argila, areia e muitas vezes com adições de vegetais, o tijolo caracteriza-se em várias categorias diferentes: cru, tijolo de adobe, tijolo extrudado (não resistente à água) e tijolo de terra comprimido (usado para construir as paredes de uma casa). Este material não é tão forte como o betão, mas é caracterizado pela sua capacidade de absorver o calor e humidade, retém o calor no inverno e mantém a casa fria no verão, o que lhe faz poupar energia. O tijolo também é caracterizado pelo bom isolamento acústico. Azulejo: A tijoleira e o azulejo são materiais de construção que caíram durante algum tempo em desuso, mas que ultimamente têm ganho mais espaço na construção. O facto de existir uma adaptação nas cores e design das tijoleiras e dos azulejos faz com que seja mais fácil a sua aplicação, e a cons-
trução adapta locais onde a tijoleira e o azulejo passam a ganhar inclusivamente lugares de destaque. O local óbvio da aplicação da tijoleira numa casa é a casa de banho, ainda que a cozinha também possa surgir como concorrência. As cores e feitios são imensos, desde as praticamente lisas aos motivos mais modernos ou mais antigos. Betão: Composto por areia, cimento e água, o betão é um dos materiais de construção mais resistentes às várias condições climáticas. Em todas as suas formas, o betão é a melhor opção económica para a construção sustentável. A sua inércia térmica torna a casa confortável mesmo em tempos de calor elevado, o que gera poupanças de energia. Esta matéria prima permite que otimize o orçamento da sua construção e obtenha economias significativas a longo prazo. O betão oferece, ainda, grande resistência mecânica, independentemente da forma da sua futura habitação. pub
opiniãopública: 14 de maio de 2020
A construção de uma casa é um processo dispendioso. É lógico que, quando feita de raiz pelas mãos do proprietário, este tenha o desejo de colocar melhores materiais possíveis, quer pela sua durabilidade, quer pelo resultado final a nível de design. No entanto, é difícil manter sob controlo os gastos com a construção de um imóvel, sobretudo pelos gastos inesperados que surgem durante a empreitada. Para que este processo seja mais fácil e consiga poupar no orçamento estipulado, apresentamos alguns conselhos a ter em conta.
- Um arquiteto é uma ajuda preciosa. Existe o estigma de que estes profissionais cobram um elevado custo pelo seu serviço. No entanto, é preferível contar com a ajuda de um profissional que supervisione a execução dos serviços, e que potencialize a qualidade dos mesmos, evitando o desperdício de materiais e facilitando o término da obra dentro do tempo previsto. - Empresa de construção. Antes de entregar a construção da sua obra a uma empresa do ramo, é importante certificar-se da qualidade da mesma. Opte por recolher vários orçamentos e até visitar alguns dos trabalhos já realizados para posteriormente tomar uma decisão. É também importante averiguar o comprometimento da empresa com as datas fixadas para o término da obra, uma vez que, especialmente nesta área, é muito comum haver atrasos. - Faça a construção em etapas. Fazer vários serviços ao
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Vai construir casa? Saiba como economizar…
mesmo tempo pode comprometer o orçamento, a organização e o andamento dos trabalhos. O ideal, portanto, é ter em mente o que é essencial e o que é secundário. Aí, então, é aconselhável priorizar o que for fundamental, como as partes elétrica e hidráulica. Depois disso, será mais tranquilo controlar o orçamento para as etapas complementares, como os acabamentos, que poderão ser feitos de acordo com a disponibilidade financeira.
nomeadamente ao nível de materiais básicos, que são comprados em grande quantidade, como blocos, tijolos, areia e aço.
- Acerte na escolha do acabamento aliando preço e qualidade. Os itens de acabamento, como pisos, luminárias e tintas podem apresentar grande variação de preços. É importante pensar na necessidade, e na qualidade ideal para cada ambiente. Esse planeamento deve ser feito por - Negocie descontos efetuando compras volumosas. Ao um técnico, que sem dúvidas, indicará a compra do mafazer a cotação em cada loja, pergunte sempre quanto terial certo, economizando onde for possível. eles podem dar de desconto ao comprar todos os materiais ali. Essa estratégia, que também é uma boa alterna- - Acompanhe a obra de perto. É importante que acompativa para construtores e empreiteiros, pode render ótimos nhe a evolução da obra. Desta forma, não só se consedescontos e ainda economizar muito tempo. Vale a pena guirá facilmente aperceber-se se alguma coisa não estiver aproveitar as promoções mais interessantes de outras de acordo com o planeamento, como será muito mais fácil lojas. Para obter bons descontos em alguns produtos, corrigir esses mesmos erros durante a realização da própode optar por comprar diretamente dos fornecedores, pria obra. pub
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