Ano 28 | Nº 1463| De 21 a de 27 maio de 2020| Diretor: João Fernandes | Gratuito | www.opiniaopublica.pt
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Hospital encerra urgência complementar devido à diminuição de doentes Covid p. 3
Estacionamento Cidade vai ter informação com lugares disponíveis em tempo real p. 8
SERENIDADE NO REGRESSO À ESCOLA EM FAMALICÃO p. 5
Política Assembleia Municipal aprova contas de 2019 com chumbo p. 7 da oposição
Nas três escolas secundárias de Famalicão, o regresso dos alunos às aulas presenciais decorreu de forma tranquila, com os jovens a cumprirem as regras. Ao OP confessaram ter encontrado uma escola diferente, mas da qual já sentiam saudades. p. 5
Freguesias Oferta de máscaras e luvas praticamente concluída nas vilas do concelho p. 11
Ângelo Lopes é o novo FC Famalicão presidente do RAHC pode ser obrigado a mudar de estádio para jogos em casa Especial subidas de divisão
Famalicenses voltam ao Parque
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CIDADE
opiniãopública: 21 de maio de 2020
ACIF promove formação para ajudar a colocar negócios online A Associação Comercial e Industrial de Famalicão (ACIF) vai levar a cabo uma formação não financiada, inserida no E-Commerce Project, com o tema: Saiba como colocar o seu negócio online”. A formação presencial tem a duração de 40 horas e está prevista iniciar a 22 de junho na Casa do Empresário e Formação da ACIF, estando a cargo da formadora Elisabete Costa. “Mais do que nunca o E-Commerce ganha um destaque fundamental e com base em todas as restrições que iremos ter de adotar daqui para a frente é fulcral que todos os negócios/empresas tenham presença online, caso contrário continuarão a enfrentar dias muito difíceis”, explica a instituição, acrescentando que esta formação faz ainda mais sentido numa altura em que a ACIF e o Município, lançaram, em parceria, o Comércio da Vila, uma plataforma de venda online destinada ao comércio e serviços do concelho. A formação tem como objetivo apresentar as vantagens de um negócio online, bem como impulsionar a criação de um e-commerce através do desenvolvimento de um caderno de encargos que possibilitará aos formados desenvolverem e disponibilizarem o negócio online. A ação decorrerá às segundas e quartas-feiras, das 19h00 às 21h00, nas instalações da ACIF, sendo que estarão asseguradas todas as medidas de higienização do espaço. A entrada só é permitida com máscara. O valor é de 170 euros (isentos de IVA) e as inscrições podem ser efetuadas através do email inovacao@acif.pt ou do telemóvel 963896985. As vagas são limitadas.
Partteam desinfesta Mupis através de luz ultravioleta
Para dar visibilidade e incentivar ao consumo do que é produzido no concelho
Câmara atribui selo de qualidade a produtores locais A Câmara Municipal de Famalicão vai avançar com um programa de incentivo ao consumo de produtos locais e endógenos que serão reconhecidos com o “Selo Made IN Famalicão – Produto Que é Nosso”. Segundo a autarquia, pretende-se, desta forma, colar um selo de qualidade e de diferenciação à produção dos pequenos produtores e transformadores do concelho, abrindo-lhes a possibilidade para um maior escoamento das suas produções e, simultaneamente, levar ao conhecimento dos consumidores os produtos locais produzidos a partir de uma base não industrializada e intensiva. “Significa isto que dentro de pouco tempo o consumidor famalicense vai poder optar com facilidade por produtos com identidade famalicense e que ajudam famalicenses. É um programa que valoriza o que é feito na nossa terra e pelas mãos e saber dos nossos”, refere a propósito o presidente da Câmara, Paulo Cunha. Na implementação deste programa, o município conta com a colaboração das cooperativas agrícolas Fagricoop e Frutivinhos, ao nível do desenvolvimento, acompanhamento e promoção da iniciativa junto dos seus associados. Integram-se neste programa os produtos do setor agroalimentar, agrícolas e transformados, que se enquadrem na tipologia de produtos e nos critérios de avaliação e reconhecimento estabele-
cidos. Os objetivos passam pela dinamização da economia local através do incentivo ao consumo de produtos de Famalicão, contribuir para a mitigação das consequências económicas da atual crise de saúde pública, reconhecer e valorizar a produção local e estimular a emergência de novas ideias e conceitos para a região. O processo de candidaturas à obtenção do selo “Famalicão Made IN – Produto Que é Nosso” está disponível no site do Famalicão Made IN em www.famalicaomadein.pt.
Alunos da Cior concretizam projeto idealizado por crianças
A empresa famalicense Partteam & Oemkiosks inovou nos Mupis Digitais com a inclusão de proteção desinfetante através de luz ultravioleta (UV). Em nota á imprensa, a Partteam explica que “este seguro e poderoso sistema de desinfeção elimina os vírus e os germes do vidro do Mupi Digital”, anunciando que o modelo AVENUXYS beneficia do já deste novo sistema. “Mas tal não significa que este sistema de desinfeção não seja implementado noutros modelos, até porque já está a ser adaptado a outros quiosques também”, acrescenta. A razão de o sistema de desinfeção por UV ser implementado no AVENUXYS, prende-se com o facto de este modelo o facto de apresentar uma barra vertical deslizante, que terá um sistema de raios ultravioleta que passará pelo monitor de forma automática, desinfetando assim o display. A empresa explica ainda que este tipo de sistemas de desinfeção utiliza lâmpadas que emitem doses baixas e contínuas de luz ultravioleta, capaz de matar vírus e bactérias sem prejudicar a pele, olhos e outros tecidos humanos. Refira-se que a PARTTEAM & OEMKIOSKS fabrica quiosques multimédia, equipamentos self-service, mupis digitais, mesas interativas e outras soluções digitais, estando presente em mais de 35 países com produtos e soluções tecnológicas, para vários setores de mercado.
FICHA TÉCNICA
CONSELHO EDITORIAL: Alexandrino Cosme, António Cândido Oliveira, António Jorge Pinto Couto, Artur Sá da Costa, Cristina Azevedo, Feliz Manuel Pereira, João Fernandes, Manuel Afonso e Almeida Pinto. ESTATUTO EDITORIAL: disponível em www.opiniaopublica.pt
DIRETOR: João Fernandes (CIEJ TE-95) jfernandes@opiniaopublica.pt
CHEFE DE REDACÇÃO: Cristina Azevedo (CPJ 5611) cristina@opiniaopublica.pt
REDACÇÃO: informacao@opiniaopublica.pt Carla Alexandra Soares (CICR-248), Cristina Azevedo (CPJ 5611).
DESPORTO: Jorge Humberto, José Clemente (CNID 297) e Pedro Silva (CICR-220).
Alunos da Escola Profissional Cior, de Famalicão, a frequentarem os cursos de Eletrónica, Automação e Comando, Instalações Elétricas e Produção Metalomecânica, deram forma e funcionalidade à “Máquina de Coisas Perdidas”, idealizada pelos alunos da Escola do 1º Ciclo de Mões, do Agrupamento de Escolas D. Maria II, no âmbito do projeto “My Machine”. Esta iniciativa, que tem sido promovida pelos Serviços Educativos da Câmara Municipal com a colaboração da Universidade Lusíada, tem-se revelado uma “excelente oportunidade para promover a criatividade e a capacidade de inovação das crianças, orientando a sua atenção e o seu olhar para a resolução de problemas e necessi-
GRAFISMO: Carla Alexandra Soares e Pedro Silva.
OPINIÃO: Adelino Mota, Barbosa da Silva, Domingos Peixoto, Gouveia Ferreira, J. Mário Teixeira, José Luís Araújo, Sílvio Sousa, Vítor Pereira. GERÊNCIA: João Fernandes
CAPITAL SOCIAL: 350.000,00 Euros.
dades no contexto onde se inserem, nas suas comunidades e território”, reconheceu José Paiva, diretor pedagógico da Cior. O projeto “My Machine” é baseado numa metodologia simples e faseada em três etapas: ideia, design e construção do protótipo. Outro aspeto singular deste projeto, com origem na Bélgica e já implementado em vários países, está no facto de envolver alunos desde o ensino básico ao ensino universitário, permitindo que as crianças concretizem as suas ideias através da construção das suas “máquinas”. Estas são pensadas na fase da “Ideia” para resolverem problemas da escola reA Máquina das Coisas Pedidas” idealizada pelos alunos de Mões correndo à criatividade das crianças e à sua lhe depois o conheci- ções de ensino superior forma simples de enca- mento e a capacidade e empresas de base tecrar o mundo, juntando- tecnológica de institui- nológica.
DETENTORES DE MAIS DE 5% DO CAPITAL António Jorge Pinto Couto
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opiniãopública: 21 de maio de 2020
Unidade retoma também as consultas externas
Hospital encerra segunda urgência devido à diminuição de doentes Covid O Hospital de Famalicão encerrou, a semana passada, o polo 2 do Serviço de Urgência Médico-Cirúrgica, que foi criado em março, como urgência suplementar, devido ao surto de Covid-19. A partir de agora todas as admissões voltam a ser feitas pela porta principal do Serviço de Urgência, que terá, internamente, dois circuitos diferentes para acesso dos utentes. Fonte do Centro Hospitalar do Médio Ave CHMA), que tutela a unidade de Famalicão, disse ao OPINIÃO PÚBLICA que o fecho da urgência suplementar se deve ao facto de ter havido uma redução significativa no atendimento a doentes suspeitos de Covid-19. Nesse sentido, e tendo em conta que a segunda urgência estava instalada no edifício das consultas externas, o CHMA entendeu por bem voltar a “concentrar novamente todo o atendimento na urgência principal, embora criando circuitos autónomos, um só para os doentes com sintomas respiratórios (onde se incluem os suspeitos de Covid-19) e outro para os doentes com outras patologias”, adiantou a fonte próxima da administração da instituição. Desta forma, permite-se também libertar o espaço das consultas externas, que foram adiadas e vão começar agora a ser remarcação, retomando assim “alguma normali-
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Covid-19: Famalicão com 394 casos registados O concelho de Famalicão regista 394 casos de infeção por Covid19, segundo o último relatório epidemiológico da Direção Geral da saúde (DGS) divulgado ontem, quarta-feira. São mais oito casos numa semana. Famalicão continua a ser o terceiro concelho do distrito com mais casos, depois de Braga (com 1196) e Guimarães (com 695). O concelho de Barcelos é o quarto com maior número de infeções, 295 no total. No todo nacional, Famalicão é agora o 18º concelho do país com maior número de infeções pelo novo coronavírus. Já o concelho de Braga continua a ser o quinto do país com mais casos.
Câmara requalifica passadeiras na cidade Todas as admissões voltam a ser feitas pela porta principal do Serviço de Urgência
dade”. Refira-se ainda que o circuito de acesso à urgência em viatura (ambulâncias ou viatura própria) que foi definido para esta fase de contingência ficou também anulado, voltando a circulação a ser feita nos moldes que eram habituais. Também ao nível do internamento, o CMHA está a ponderar a redução do número de camas disponíveis para doentes infetados com o novo coronavírus. Ao longo dos últimos dois meses a capacidade de ocupação raramente exce-
deu os 60%, sendo que nos últimos dias a taxa de ocupação é inferior a 25%. A mesma fonte adiantou ainda ao OPINIÃO PÚBLICA que o Hospital de Famalicão é, desde a passada quinta-feira, autónomo na realização de testes ao Covid-19. Até aqui a unidade apenas fazia as colheitas que enviava para análise para o Hospital de S. João, no Porto. Agora, as análises e os resultados das mesmas passam a ser realizados no hospital famalicense. C.A.
A Câmara Municipal de Famalicão informa requalificou, esta semana, quatro passadeiras em ruas da cidade. Na segunda-feira a intervenção incidiu sobre duas passadeiras localizadas na Rua S. João de Deus e na Rua Conselheiro Santos Viegas. Já na terça-feira foram intervencionadas passadeiras na Rua Adriano Pinto Basto e na Rua Camilo Castelo Branco. Estas intervenções inserem-se no Plano de Segurança Rodoviária promovido pela autarquia famalicense. pub
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CIDADE
opiniãopública: 21 de maio de 2020
Câmara de Famalicão reabriu alguns equipamentos e espaços de forma condicionada
Famalicenses estavam ansiosos para voltar ao Parque da Devesa Carla Alexandra Soares* No âmbito do plano de desconfinamento municipal, a Câmara de Famalicão reabriu ao público, na passada segunda-feira, dia 18 de maio, alguns dos equipamentos e espaços municipais que foram encerrados durante o período critico de combate à propagação da Covid-19. Assim, em termos de espaço públicos, reabriu ao público o Parque da Devesa e o Cemitério Municipal. Os parques infantis e mobiliário urbano da cidade, nomeadamente bancos públicos e bebedouros, permanecem encerrados à utilização pública. O OPINIÃO PÚBLICA esteve no Parque da Devesa para perceber a primeira impressão dos utilizadores, que demonstraram ter muitas saudades do espaço, que já faz parte da rotina diária de milhares de famalicenses. “Estávamos ansiosos que abrisse, porque este pedaço de natureza faz tanta falta”, desabafou Paulo Pereira que, aproveitando o facto de estar, com a sua esposa, em lay-off, deu um longo passeio, tal como fazia antes de pandemia. “Foi muito difícil estarmos fechados durante dois meses. Teve que ser, mas foi terrível. Agora vamos desfrutar do parque”. De máscara, porque faz parte do grupo de risco, Luísa não quis deixar de dar, logo na primeira oportunidade, um passeio com a amiga Maria do Céu. “Sentia tantas saudades porque adoro caminhar”. O mesmo sentimento foi partilhado por Sandra Araújo que “já estava cansada de estar em casa”. “Estava mesmo a precisar de vir espairecer um bocadinho”, desabafou a famalicense que esteve, neste período de estado de emergência, em teletrabalho. “Por um lado, foi muito bom o confinamento, porque acho que nunca a família
pais, reabriram ao atendimento presencial, mas sujeito a marcação prévia, o Balcão Único Municipal, o Gabinete de Apoio ao Empreendedor (Espaço Famalicão Made IN), o departamento do Ambiente e a Casa da Juventude. A Biblioteca Municipal e polos entram numa segunda fase de reabertura dos serviços ao público com arranque dos empréstimos domiciliários sob reserva antecipada. O mesmo acontece com o Arquivo Municipal que reabre nesta fase o atendimento presencial apenas para a consulta de documentos e processos, para um utente de cada vez, e desde que previamente agendada a data e hora para esse efeito. A abertura dos serviços mais normalizada, para pesquisa e consulta presencial dos documentos nas diferentes O que abre a seguir salas está prevista para o dia 1 de junho. Em relação a equipamentos municiTambém para 1 de junho está prevista
esteve tanto tempo junta”. Manuela Araújo, a diretora do Parque da Devesa, sublinha que, tal como acontece a nível nacional, mantém-se a obrigatoriedade da regra de distanciamento social e estão proibidos os aglomerados de mais de dez pessoas. Os passeios, caminhadas e corridas devem ser de curta duração. “No Parque, para além de encerrados os bancos públicos e os bebedouros, também não é permitido usar as casas de banho e andar de bicicleta”, frisa a responsável, garantindo que tudo está a ser feito para evitar contaminações. Sem deixar de apelar ao bom senso de todos, Manuela Araújo sublinha, que no primeiro dia, as pessoas tiveram um comportamento exemplar.
a reabertura condicionada dos museus que integram a Rede Municipal de Museus, em moldes a anunciar oportunamente. Permanecem encerradas as piscinas, pavilhões municipais e os recintos desportivos públicos como o campo de futebol e de basquetebol do Parque da Juventude. O campo de ténis instalado neste espaço vai encerrar por motivo de obras, relacionadas com a colocação de um novo piso. O município, tal como é descrito em nota enviada à imprensa, vai garantir uma higienização permanente dos espaços e condicionar todo o atendimento presencial às regras que é preciso observar nesta fase de combate à pandemia da Covid – 19, nomeadamente, utilização obrigatória de máscara, distanciamento social de, no mínimo, dois metros , utilização de divisórias em acrílico no atendimento presencial, limitação do número de pessoas por sala, obrigatoriedade de desinfeção das mãos à entrada dos equipamentos, circulação condicionada à sinalética instalada para o efeito. *com Jorge Humberto
Medida permanecerá em vigor enquanto se verificarem restrições
Câmara isenta esplanadas de taxas e permite alargamento Procurando facilitar a retoma da atividade dos estabelecimentos horeca (hotéis, restaurantes e cafés), a Câmara de Famalicão decidiu adotar, em consonância com a lei, um conjunto de medidas, com efeitos imediatos, que procuram atenuar perdas ainda mais significativas para este setor económico. Assim, estão suspensas, até indicação em contrário, as taxas devidas pela ocupação de espaço público, com esplanadas, publicidade ou outros, bem como da publicidade colocada nos estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços, pelo período em que estes se encontrem a laborar com restrições legais. No caso de estabelecimentos encerrados estão igualmente suspensas as mesmas taxas.
Simultaneamente, está permitido o alargamento das áreas de esplanada já existentes, assim como é dada aos estabelecimentos que não as possuam a possibilidade de o requererem a titulo excecional e com os mesmos benefícios. Para o efeito, os comerciantes devem formalizar os seus pedidos através do Espaço Empresa do Município de Famalicão, instalado no Gabinete Famalicão Made IN, através do telefone 252320930, email madein@famalicao.pt ou através de reunião presencial com prévia marcação. Deste modo, a autarquia famalicense procura dar a mão a As esplanadas abriram ao público na passada segunda-feira hotéis, restaurantes, cafés, pastelarias e outros estabelecimentos regras impostas estão impossibiOs pedidos apresentados similares, apoiando a manuten- litados de ocupar mais de metade serão acompanhados por uma ção da sua atividade, que, pelas dos espaços interiores. equipa do Município, que dará
todo o apoio técnico necessário, e tratados tendo por base o Código Regulamentar da Urbanização e Edificação, Espaço Público e Atividades Privadas, em vigor. Os pedidos podem revestir a forma de mera comunicação prévia, nos casos mais simples, ou de pedido de autorização de licenciamento. São documentos necessários para formalização do pedido, o Cartão de Cidadão do representante da empresa, mais códigos pin cartão de cidadão ou chave móvel digital, registo de atividade nas Finanças, código da Certidão Permanente (no caso de empresas), descrito/memória descritiva da esplanada (m2 e equipamentos a colocar), fotos da esplanada e mera comunicação prévia do estabelecimento comercial.
opiniãopública: 21 de maio de 2020
Aulas presenciais do ensino secundário arrancaram com alunos a cumprir as regras
Serenidade no regresso à escola em Famalicão
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Todos os funcionários das creches de Famalicão testaram negativo Duzentos e setenta funcionários das creches de Famalicão foram testados no passado dia 14 de maio. Os resultados já são conhecidos e sabe-se que todos deram negativo. Desta forma, todos os colaboradores das creches do concelho puderam voltar à sua atividade profissional, na passada segunda feria, dia em que reabriram todas a creches do país. Entretanto, estando este grupo de pessoas mais exposto aos riscos da propagação de contágio da Covid-19, a Câmara Municipal o anunciou, na semana passada, que iria proceder à oferta de duas máscaras de proteção comunitária a todos os colaboradores das creches e do pré-escolar. A iniciativa integra-se no programa “Proteger Famalicão” que visa equipar os famalicenses, nomeadamente os profissionais que se encontram na linha da frente de combate à pandemia, com equipamentos de proteção individual, tal como máscaras, luvas e viseiras.
Município cria linha telefónica de apoio aos jovens Paulo Cunha foi saber como decorreu o regresso nas três escolas do concelho
Cristina Azevedo tório que a saúde e a segurança dos trabalhadores, dos professores e dos alunos têm de estar Os alunos do ensino secundário do 11º e do 12º sempre salvaguardadas e garantidas”. anos retornaram, na passada segunda-feira, às Assim, há circuitos de circulação na escola disuas escolas para ter aulas presenciais nas disci- ferenciados para as diferentes turmas, sendo que plinas de exame. Em Famalicão, este regresso foi cada turma está dividida a meio. Os alunos têm pautado pela tranquilidade e normalidade possí- aulas sempre na mesma sala e ocupam sempre a vel, como de resto fez questão de evidenciar o mesma carteira, que tem o seu nome escrito. presidente da Câmara Municipal que visitou as O bar dos alunos e dos professores estão entrês escolas secundárias do concelho: Padre Ben- cerrados; o refeitório funciona apenas em regime jamim Salgado, em Joane, e D. Sancho I e Camilo de take-away, se solicitado, e os alunos permaneCastelo Branco, em Famalicão. cem na sala de aulas, mesmo nos intervalos. Na“Nota-se um bom ambiente na escola e saio turalmente, é obrigatório o uso de máscaras e a muito satisfeito e muito otimista deste périplo desinfeção das mãos. Procurou-se ainda elaborar que fizemos”, disse ao autarca aos jornalistas, horários de forma a que os estudantes venham à lembrando que “o sucesso de cada etapa, que escola de forma alternada, sendo que “no máestá a ser percorrida neste contexto de desconfi- ximo temos 200 alunos em simultâneo na escola namento, é muito importante para que possamos e que só é atingido à quinta-feira”, adianta Carlos avançar com as outras etapas”. Teixeira. Paulo Cunha elogiou ainda o papel de toda a comunidade educativa, começando pelo “enorme “Já tínhamos saudades” sentido de responsabilidade” dos jovens e das É, assim, uma escola diferente, aquela que os suas famílias. “Vi-os cumprir não só a etiqueta jovens vieram encontrar, como eles próprios recorespiratória, o uso de máscaras e o afastamento nheceram à reportagem do OP. “Temos novas mesocial, como também as normas e os circuitos didas, que temos de cumprir, como é óbvio. Não que disciplinam o acesso à sala de aula”. foi difícil, mas é diferente… é esquisito”, referiu Depois, o edil deixou um sentimento de Gabriel Raposo, aluno do 12º ano da escola ca“grande apreço” aos diretores e ao pessoal não milo. docente “pela forma como organizaram a escola”, O colega, Diogo Azevedo, também fala de uma bem como aos professores “que souberam adap- “realidade nova”, à qual se têm que “habituar e tar-se e mostrar que têm uma grande capacidade adaptar”, mas não duvida de que a vinda para a de reinvenção e de recriação”. escola ajuda na preparação para o exame. “É sempre melhor tirar as dúvidas presencialUma escola diferente mente”. O OPINIÃO PÚBLICA acompanhou o primeiro Henrique Gonçalves, igualmente do 12º ano, dia de aulas na Secundária Camilo Castelo está contente por rever os amigos e confessa que Branco, que tem 630 alunos matriculados no 11º “já tinha saudades da escola”. “É bom pôr a cone 12º anos. No total, são 23 turmas que estão a versa em dia e ver que eles estão bem”. Quanto utilizar 46 salas. ao uso da máscara “o estudante reconhece que O processo não foi fácil, até porque foi preciso “ao início custa um bocado, a sala fica abafada, compatibilizar este regresso presencial com as mas temos que nos habituar”. aulas em casa que os alunos dos outros anos de De resto, o diretor da Camilo enaltece o escolaridade continuam a ter, bem como estes “grande sentido cívico dos alunos que, desde o alunos do secundário às disciplinas que não são primeiro momento, cumpriram as regras de forma sujeitas a exame. muito responsável”. De qualquer forma, Carlos Teixeira, diretor da Ao mesmo tempo, Carlos Teixeira deixa uma escola, garante que foram seguidas todas as mensagem de confiança às famílias, reforçando orientações da Direção Geral da Saúde e do Mi- que “o objetivo é só um: que os jovens tenham nistério da Educação, “tendo sempre como dire- melhor aprendizagem”.
De forma a prestar apoio os jovens famalicenses durante esta pandemia de Covid-19, o Município de Famalicão criou a “Linha J” que consiste num serviço de atendimento telefónico. O objetivo é "dar resposta às questões e inquietações dos jovens famalicenses" assim como "facilitar a manutenção dos serviços e programas prestados pela Casa da Juventude para os jovens com idades entre os 12 e os 35 anos", revela a autarquia em comunicado. Além disto, a Linha J também fornece informações no âmbito dos projetos municipais, nomeadamente relativas à bolsa de apoio à renda, empreendedorismo, voluntariado, bolsas de estudo, aconselhamento nutricional e ainda dúvidas relativas aos projetos de âmbito nacional e projetos de âmbito internacional. Também o agendamento de atendimento presencial, quando incontornável, assim como reuniões virtuais através de plataformas digitais, pode ser marcado através dessa linha telefónica. A linha telefónica está acessível através do número 252314582, funciona durante o horário de funcionamento do expediente normal do município, e permite que os jovens famalicenses continuem a ter acesso a todos os serviços disponibilizados na Casa da Juventude Famalicão. Relativamente a este projeto, o presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha, refere que é essencial “manter a Casa da Juventude juntos dos jovens e apoiá-los nas suas necessidades, com informação e consultadoria em várias áreas”. Para que esse objetivo seja concretizável, a linha telefónica assenta em três pilares, informar, aconselhar e encaminhar”.
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opiniãopública: 21 de maio de 2020 pub
Partido promoveu uma conferência de imprensa online
CDS assinala falta de “cultura de cooperação” na luta contra o Covid
Da esquerda para a direita) Armindo Gomes, Ricardo Mendes e Hélder Pereira
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Carla Alexandra Soares foi visível, numa primeira fase, na ausência de testes aos idosos dos O CDS de Famalicão assinalou, em lares e, posteriormente, “no encerconferência de imprensa online, o ramento coercivo de um lar ilegal, que apelida de falta de cultura de em que o município só teve conhecooperação, em análise à situação cimento no final”. pandémica no concelho. “Nós fomos a zona mais afetada A Comissão Política Concelhia do país e um dos antídotos para trado CDS/PP de Famalicão promoveu var a cadeia de infeção problemána passada sexta-feira, dia 15 de tica relacionada com os lares era a maio, uma conferência de im- realização de testes. Por mais soliprensa, via ZOOM, para análise da citações que fizéssemos à ARS situação pandémica em Famalicão Norte, elas foram sempre coartae das medidas tomadas no decurso das”, sublinha o líder, que não dos últimos meses, bem como a deixa de lembrar que Famalicão projeção das medidas de desconfi- terá sido o primeiro município a ofenamento previstas para as próxi- recer-se para realizar os testes por mas semanas. conta própria, “indiferente aos cusPara o líder do partido em Fama- tos”. Testes esses que seriam feitos licão, Ricardo Mendes, entre muitos a todos os colaboradores e idosos elogios às medidas tomadas tanto das residências seniores do concea nível governativo, como social, fa- lho. lhou, especialmente no início, o “Algumas Câmaras Municipais que chamou de “cultura de coope- conseguiram fazer estes testes faração” entre as entidades nacionais cilmente, sem reivindicar da forma e locais e que, no seu entender, dei- enérgica que nós reivindicamos”. xou de fora das decisões as estrutuRicardo Mendes sublinha ainda ras mais descentralizadas do que o papel da ARS Norte ou da SeEstado, referindo-se concretamente gurança Social foi tomado, em alàs autarquias locais. guns casos, pela Câmara Municipal Em Famalicão, para o presi- de Famalicão, para onde se centradente do CDS/PP, que é também ve- vam todas as atenções, quando reador na Câmara Municipal, essa surgiu algum problema: “É entendífalta de comunicação e cooperação vel pela proximidade aos cidadãos,
mas essa atenção e pressão era também feita pelos organismos públicos, que deveriam ter os meios e não tinham”. Mas na conferência, Ricardo Mendes fez também elogios aos famalicenses “que tiveram um elevado sentido de civismo”, aos empresários “que se reinventaram”, aos profissionais de saúde, Proteção Civil, forças policiais e autarcas “que desemprenharam um trabalho hercúleo”. Compreendendo a sensibilidade do momento, o presidente da Comissão Política Concelhia do CDS/PP mostrou-se seguro que a Câmara de Famalicão, a par das restantes, “foram exemplares nas soluções encontradas”. Ricardo Mendes, entre apelos ao bom senso dos jovens, que, entretanto, regressaram à escola na segunda-feira, e felicitações aos responsáveis das escolas e docentes, avaliou também a atuação do Governo no combate ao Covid-19 e considerou o papel do Primeiro-ministro “preponderante” ao fechar, as escolas em meados de março. “O despacho, contra até a recomendação do Conselho Nacional de Educação, foi a pedra de toque do conjunto das medidas tomadas”.
PS apoia associações através do comércio local Na sequência dos contactos efetuados junto da comunidade empresarial, que originaram a oferta de donativos financeiros e materiais ao Hospital de Famalicão, às três corporações de bombeiros do concelho e ao Núcleo da Cruz Vermelha de Ribeirão, o Partido Socialista de Famalicão obteve um apoio adicional para oferta a instituições de âmbito social. O donativo de 3.500 euros, oferecido pela empresa Jordão Cooling, foi destinado à Associação
de Moradores das Lameiras, Dar as Mãos, Engenho, Humanitave, Mundos de Vida e Re-Food. A oferta a estas entidades foi efetuada pela entrega de vales de compras adquiridos em empresas de cariz familiar localizadas na freguesia de cada instituição, nomeadamente minimercados e supermercados. O PS refere que, com esta ação, “apoia as instituições sociais, estimula a economia local e promove o bem-estar da comunidade famalicense”.
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Documento passa com os votos favoráveis do PSD e CDS, mas é chumbado por toda a oposição
Assembleia Municipal aprova contas de 2019 entre elogios e críticas Antes da votação, o presidente da Câmara quis ainda responder ao PS para dizer que “o aumento real das despesas com o pessoal não chega a 10 mil euros entre 2018 e 2019”. “O restante dos dois milhões de euros gastos diz respeito a remunerações face ao aumento do Salário Mínimo Nacional, a despesas com a saúde e à progressão nas carreiras”, completou.
Cristina Azevedo A pandemia de Covid-19 e as contas da Câmara Municipal relativas a 2019 foram os assuntos que dominaram a sessão da Assembleia Municipal (AM) de Famalicão, realizada na passada sexta-feira, em formato de videoconferência através da plataforma Zoom. O Relatório de Gestão e Prestação de Contas de 2019 foi aprovado pela maioria PSD/CDS-PP mas mereceu o voto contra dos partidos da oposição, PS, BE e CDU. O documento começou por ser apresentado pelo presidente da Câmara, Paulo Cunha, que considerou que Famalicão, no final e 2019, era “um concelho mais maduro e mais competente”. Referiu que o seu executivo foi ambicioso e acrescentou: “por isso, é natural que não tenhamos concretizado 100%, mas estivemos à altura dos pergaminhos de Famalicão”. Afirmando que 2020 será “um ano difícil, com medidas difíceis”, o edil disse mesmo que “se não tivéssemos começado bem 2020, fruto do trabalho desenvolvido no ano anterior, o concelho não estaria tão preparado, como está, para vencer este período”. Mas estes argumentos não convenceram o Partido Socialista que, pela voz do deputado Paulo Pinto, expressou várias críticas à gestão autárquica que classificou como “uma ilusão que se esfuma”. O socialista apontou sobretudo “o desvio brutal do previsto para aquilo que foi realmente executado, ou seja, “apenas 54%”, para concluir que “esta câmara continua a planear mal”. De resto, o socialista repetiu os reparos já efetuados em anos anteriores, “que os impostos cobrados aos famalicenses continuam a crescer”, assim como as despesas com o pes-
Desta vez, a sala da Assembleia Municipal ficou vazia porque a sessão foi realizada por videoconferência
soal. “Só as despesas com pessoal avençado já aumentaram um milhão de euros desde que este presidente assumiu a Câmara Municipal”, afirmou. Em sentido contrário, Germano Araújo, do PSD, veio elogiar a atuação do executivo no ano que passou, considerando que foi “abrangente, transparente e que não se desviou do que prometeu aos famalicenses”. Em resposta ao PS, referiu que as receitas dos impostos aumentaram não porque tenham “sido fruto do sacrifício dos famalicenses, mas fruto do desenvolvimento e da melhoria dos rendimentos das empresas e das pessoas”. Também Armindo Gomes do CDS-PP saiu em defesa do executivo liderado por Paulo Cunha enumerando os milhões investidos nas juntas de freguesia, no tecido associativo,
1200 pessoas perderam o emprego nos últimos dois meses O concelho de Famalicão registava no final de abril 1.200 novos desempregados face ao mês de fevereiro deste ano. O número foi avançado na passada sexta-feira à noite pelo presidente da Câmara de Famalicão, Paulo Cunha, na sessão da Assembleia Municipal. Paulo Cunha foi questionado pelo deputado do PSD, João Pedro Araújo, sobre” os danos colaterais” da epidemia de Covid-19 na economia e, concretamente, sobre o impacto no desemprego. O presidente da Câmara reconheceu que o desemprego “subiu bastante no concelho”, havendo 1200 novos desempregados. Ainda sobre esta matéria o deputado do BE, Paulo Costa, quis saber se os trabalhadores do município com contratos precários e a recibos verdes foram afetados. Na resposta, Paulo Cunha garantiu que não houve até ao momento “nenhuma rescisão, quer de avença quer em regime de tarefa, com prestadores de serviço ao município”. O edil ressalvou, contudo, que “se algum serviço deixar de ser necessário, naturalmente, as pessoas que o prestaram terão de deixar o vínculo à autarquia”.
PSD reúne-se em plenário extraordinário A Concelhia de Famalicão do PSD reúne, esta quinta-feira, dia 21, em sessão plenária extraordinária, em formato digital, com o objetivo de análise da situação política. Em comunicado, o partido esclarece que "a marcação extraordinária deste plenário de militantes é justificada pelo contexto de exceção em que vivemos provocado pela pandemia da Covid-19 que motiva novos desafios para os partidos políticos, assim como para
toda a sociedade". O início da sessão está marcado para as 21 horas e vai ser realizado através da plataforma Zoom e será transmitida em direto na página facebook do PSD Famalicão. O modelo irá também permitir a colocação de perguntas em tempo real, através do envio de mensagem privada para o Facebook, que serão colocadas pelo presidente da mesa ao presidente do partido, se for caso disso.
nas escolas, nas vias de comunicação na cultura, no desporto e no apoio às famílias. Já o deputado da CDU, Daniel Sampaio, corroborou as críticas feitas pelo PS, concretamente no que concerne à baixa execução orçamental, considerando que “quem programa um investimento de 26 milhões e executa 14 milhões” pratica uma “gestão casuística e rotineira”. No mesmo sentido foi Paulo Costa do BE.
Pandemia dominou o arranque dos trabalhos A sessão da AM ficou ainda marcada pela apresentação de 10 votos no período ante da ordem do dia, a maioria deles relacionados com a pandemia de Covid-19 e que foram todos aprovados. As bancadas do PSD, CDU e PS e CDS-PP apresentaram votos de saudação àqueles que trabalham na linha da frente do combate ao vírus, com o PSD e o CDS a elogiarem também o trabalho dos autarcas e da autarquia famalicense e o PS a elogiar igualmente a atuação do Governo. O PSD apresentou ainda um voto de saudação pelo trabalho desempenhado pelo Citeve e todos os partidos acabaram por reconhecer “o comportamento exemplar dos famalicenses” neste período. O PS apresentou ainda um voto de congratulação pela subida da equipa de futebol feminino do FC de Famalicão à I Divisão Nacional, que foi aprovado por unanimidade. pub
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CIDADE
opiniãopública: 21 de maio de 2020
Indicará o número de lugares disponíveis em cada parque
Estacionamento: Famalicão vai ter sistema de informação em tempo real Famalicão vai passar a dispor de um sistema de informação que indicará, em tempo real, o número de lugares disponíveis nos principais parques de estacionamento públicos da cidade. Adquirido no âmbito de um concurso lançado pelo Quadrilátero Urbano, este sistema contempla a instalação de um conjunto de painéis informativos nas principais entradas da cidade com o objetivo de informar os condutores e encaminhá-los para o parque mais adequado, evitando assim a acumulação de veículos no centro da cidade. Os trabalhos preparatórios para a implementação deste projeto no concelho já arrancaram e no total serão instalados nove
painéis com informações relativas a seis parques com mais de 2000 lugares de estacionamento gratuitos. Os painéis serão instalados na Avenida Eng. Pinheiro Braga e na Avenida 9 de Julho, com orientação para os parques de estacionamento do E.Leclerc e da Casa das Artes; na saída da Variante para a Nacional 206 e na Avenida do Brasil, com orientação para o parque de estacionamento da Devesa (Citeve e Casa do Território) e do Auchan; na Alameda Caminhos de Santiago e na Avenida Marechal Humberto Delgado com orientação para os parques de estacionamento do campo da feira e da Estação Rodoviária de Passageipub
ros; na Avenida dos Descobrimentos, na Nacional 204 (Santo Tirso-Sul2) e na Rua Alberto Sampaio, com orientação para o parque de estacionamento do campo da feira. Ainda no âmbito do Quadrilá-
tero Urbano, nota também para a aquisição e instalação em Famalicão de painéis informativos nos principais terminais e paragens de transporte público coletivo com vista à disponibilização de informação aos passageiros em
tempo real relativa aos serviços de transporte público rodoviário. Ao todo serão instalados em Famalicão 20 painéis: um no Centro Coordenador de Transportes e 19 espalhados nas paragens de autocarro da cidade.
Fundação Cupertino de Miranda reabriu ao público
Após o período de encerramento devido ao Covid 19, a Fundação Cupertino de Miranda reabriu ao público, na passada segunda-feira, em horário normal (das 10h00 às 18h00), com algumas regras de funcionamento. “Aplicamos o limite de lotação estabelecido pelas autoridades e controlamos o distanciamento social; é obrigatório o uso de máscara para o acesso a todos os espaços da Fundação, onde também dispomos de gel desinfetante; em alguns casos, é necessário o uso de luvas, como por exemplo para manusear livros na biblioteca e livraria”, informa a
instituição em nota à imprensa. No passado dia 13 de março, a Fundação Cupertino Miranda, tal como aconteceu com outras instituições, resolveu encerrar os seus serviços ao público. Agora, mais de dois meses depois, julga reunir as condições para retomar as atividades e possibilitar alguns momentos de descontração e lazer aos visitantes. Assim, a exposição “Isabel Meyrelles – Como a sombra a vida foge” é prolongada até dia 6 de junho. Foram também abertas quatro salas de exposição permanente dos artistas Mário Cesariny, Cruzeiro Seixas, Julio e Fernando Lemos.
opiniãopública: 21 de maio de 2020
CIDADE
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Autarquia fala em queda acentuada da receita e aumento da despesa
Impacto de 5 milhões nas contas da Câmara é já uma certeza No primeiro quadrimestre do ano, a Câmara de Famalicão teve uma variação negativa de receita de 1,2 milhões de euros, relativamente ao período homólogo de 2019, com o Imposto Municipal Sobre Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT) e com as taxas de licenciamento urbanístico. A abrupta queda de receita municipal evidencia uma travagem a fundo nos processos de licenciamento urbanístico e na compra e venda de imóveis provocada pela pandemia Covid-19, nos primeiros quatro meses do ano com impacto direto nas contas municipais. Segundo a autarquia, a situação é a confirmação de uma previsão avançada pelo presidente da Câmara, Paulo Cunha, aquando da apresentação do Plano de Reação à Situação Epidémica e de Intervenção Social e Económica, em março último, que apontava para um impacto municipal de cerca de cinco milhões de euros entre os gastos com as novas medidas de intervenção social e económica e a diminuição da receita. Ao nível das despesas extraordinárias com esse plano de intervenção e de reação, a autarquia já gastou 1 milhão de euros. Ao nível da intervenção social,
A distribuição de máscaras e luvas pela população é uma das medidas
na habitação, foram iniciadas 123 candidaturas de apoio à renda extraordinária para cidadãos que se viram a braços com quedas substanciais de rendimentos. Na Educação, estão a ser servidas diariamente, em regime de take away, 220 refeições a alunos que beneficiam dos escalões escolares A e B e foram disponibilizados, em conjunto com os agrupamentos de escolas, associação de pais e escolas profissio-
nais, 54 computadores portáteis, 393 tablets e 247 hotspots de internet a alunos necessitados. Ao nível do ambiente, a medida de alargamento de escalão excecional já diminui a fatura mensal da água de 2430 famílias famalicenses. Mais de uma centena de espaços comerciais estão com a taxa fixa da água suspensa, assim como todas as IPSS do concelho. Na juventude estão a ser analisadas perto de três dezenas de
No portal do Famalicão Made IN
Câmara divulga lista de empresas famalicenses que produzem materiais de saúde A Câmara Municipal de Famalicão está a divulgar, no portal do Famalicão Made IN, em www.famalicaomadein.pt, a lista das empresas famalicenses que estão a produzir materiais de saúde e outros dispositivos médicos para a prevenção e combate ao Covid-19. A listagem é atualizada permanentemente e tem já referenciados os artigos de saúde certificados produzidos por cerca de meia centena de empresas do concelho. Para além de promover e valorizar o empreendedorismo do tecido empresarial famalicense, que nos últimos meses se mobilizou para colaborar no esforço conjunto de combate ao novo coronavírus, a criação desta listagem pretende, sobretudo, facilitar a disseminação desta informação no país para que as entidades que necessitem deste tipo de material encontrem nas empresas de Famalicão uma resposta às suas necessidades.
Máscaras, batas cirúrgicas, luvas, viseiras, solução desinfetante das mãos e zaragatoas são alguns dos materiais que estão a ser produzidos pelas empresas do concelho. A Raclac, especializada na conceção, fabrico e comercialização de produtos descartáveis para a área da saúde, indústria e estética, e a Hidrofer, que dirigiu a sua produção para as zaragatoas para os testes da Covid-19, são algumas das empresas cujas informações já podem ser consultadas na listagem disponibilizada pela autarquia. “As empresas do concelho arregaçaram as mangas e estão a ajudar o país e o mundo no combate ao novo coronavírus. Esse esforço deve ser valorizado e ampliado junto da comunidade e é isso que pretendemos com a disponibilização desta listagem”, refere a propósito o presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha.
novos pedidos para a atribuição de bolsas de estudo aos estudantes do ensino superior. No domínio do apoio à atividade económica, foram realizadas moratórias durante 6 meses para pagamento de rendas e desagregação do valor em falta ao longo dos 12 meses seguintes para startups instaladas nas incubadoras Famalicão Made IN, foi dinamizado o atendimento personalizado com vias diretas de informação e
esclarecimento aos empresários e lançado o projeto Comércio da Vila. Para além disso, foi desenvolvido um conjunto de ações de reação à situação epidémica que distribuiu equipamentos de proteção individual pelas equipas de primeira linha de intervenção, procedeu à desinfeção de espaços públicos, proporcionou testes aos seniores residentes em lares e abriu um centro de rastreio móvel no concelho. A este nível foi ainda reforçado o apoio económico do município às corporações de bombeiros do concelho e, recentemente, entrou em desenvolvimento o programa “Proteger Famalicão” com a distribuição maciça de máscaras, luvas e viseiras, na sequência da nova fase de combate à pandemia. “São alguns exemplos de um exercício autárquico imprevisto que baralhou as contas do orçamento municipal para responder às necessidades do tempo de pandemia, de forma criteriosa e assertiva”, refere o presidente a Câmara, Paulo Cunha que viu já aprovada em reunião do executivo a sua proposta de alteração orçamental no valor de dois milhões de euros para fazer face às despesas com esta nova realidade.
Lançado “Crime e Castigo em Camilo Castelo Branco” “Crime e Castigo em Camilo Castelo Branco” é o tema do volume 13 da coleção “Estudos Camilianos” que o Município de Famalicão acaba de lançar através da Casa de Camilo. Com organização de Sérgio Guimarães de Sousa e João Paulo Braga, a publicação foi apresentada na passada segunda-feira, no âmbito das comemorações do Dia Internacional dos Museus, em conferência realizada on-line. “Os estudos aqui reunidos, demonstram a complexidade, a profundidade e a riqueza da problemática do bem e do mal, do crime e do castigo no autor de Anátema”, refere na nota introdutória o diretor da coleção e da Casa de Camilo, José Manuel de Oliveira. “Vasta é a galeria de criminosos de degenerados em Camilo, inúmeros são
as personagens brutais e desonestas, com tendências criminosas e instintos predadores. E as motivações do crime não se esgotam em questões sentimentais”, lê-se no mesmo texto. Colaboraram também neste trabalho os estudiosos Henrique Marques Samyn (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), Luciana Namorato (Indiana University, Estados Unidos), Maria João Dodman (York University, Toronto, Canadá) e Patrícia Silva Cardoso (Universidade Federal do Paraná, Curitiba, Brasil). A publicação encontra-se à venda ao público no Centro de Estudos Camilianos, em Seide, e na Casa do Território, em Famalicão, podendo ser requerida via digital através da loja on-line da Casa- Museu em www.camilocastelobranco.org.
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CIDADE/FREGUESIAS
opiniãopública: 21 de maio de 2020
Jovens detidos por tráfico de estupefacientes em Vermoim
A perspetiva é de Helena Marques, coordenadora da USF de São Miguel-O-Anjo, deixada no Dia Mundial do Médico de Família
“Cada vez mais, a população está a dar valor ao seu médico de família”
Dois jovens do sexo masculino, com 18 e 19 anos, foram detidos, na passada quinta feira, por tráfico de estupefacientes. A detenção, levada a cabo pela GNR de Joane, ocorreu na freguesia de Vermoim. Na sua posse, os indivíduos tinham 43 doses de haxixe. A detenção decorreu no âmbito de "uma ação de patrulhamento preventivo", sendo que os militares da GNR fiscalizaram os dois jovens quando estes se encontravam dentro de uma viatura, explicou a força de autoridade, em comunicado. Os factos foram remetidos para o Tribunal Judicial de Famalicão.
Recolha de sangue este domingo, em Joane No próximo domingo, 24 de maio, decorre mais uma recolha de sangue promovida pela Associação de Dadores de Sangue de Famalicão. A iniciativa terá lugar nas instalações do Centro Social de Joane, entre as 9h00 e as 12h30, com o apoio dos escuteiros e da paróquia. A colheita de sangue será realizada pelo Instituto Português do Sangue e da Transplantação e é aberta à população. pub
Helena Marques considera fulcral a proximidade entre paciente e médico
Carla Alexandra Soares* acompanhar, de facto, toda a família, não só pelas doenças transmissíveis por ADN, mas tamAssumem muitos importantes papéis nas vidas bém pelos hábitos familiares e por outras doendas famílias. São médicos antes de tudo, é certo, ças, que não sendo de ADN, têm uma mas são também confidentes, psicólogos, conse- preponderância em aparecer na mesma família. lheiros e, em muitos casos, amigos. “Dou o exemplo do colesterol que surge, muitas O Dia Mundial do Médico de Família celebrou- vezes, pelos maus hábitos alimentares. Para que se na passada terça-feira, dia 19 de maio, e este os membros mais jovens da família não venham ano teve como mote “Médicos de família na linha a padecer do mesmo mal nós, os médicos de fada frente”. mília, temos um papel muito importante”. O tema escolhido para 2020 surge em alusão ao “importante papel” que estes profissionais Pandemia fortaleceu ligação estão a desempenhar, à escala global, no comA coordenadora da USF já percebeu pela sua bate à pandemia de Covid-19, sem descurarem experiência que, duma forma geral, as pessoas todos os restantes cuidados de saúde essenciais estão com muito medo do Covid-19 e, pela cona milhões de pessoas. É sublinhado que a crise fiança e proximidade, “são muitos os que ligam de saúde pública provocada pela doença forçou ao seu médico de família”. E Helena Marques os serviços e os profissionais de saúde a modifi- sente que esta pandemia trouxe um sentido de carem a sua forma de trabalhar e de interagir com responsabilidade acrescido e “que o foco mana população e destacam que, em Portugal, os mé- teve nas famílias”. dicos de família têm-se revelado “peças indispen“Se temos um doente infetado temos obrigasáveis do sistema de saúde”. ção de o contactar, perguntar como está e fazerPrecisamente para ouvir a opinião de um mé- mos isto diariamente ou de dois em dois dias”, dico de família, e aproveitando a efeméride, o sublinha a médica que, ao mesmo tempo, lembra OPINIÃO PÚBLICA esteve à conversa com Helena o dever de acompanhar o restante agregado famiMarques, coordenadora da USF de São Miguel-O- liar. “Cabe-nos dar as indicações de proteção Anjo, que sublinhou a relação entre o especialista ajustadas a cada caso”. de Medicina Geral e Familiar e os doentes, famíNuma mensagem final, Helena Marques sublilias e comunidade. nha que o médico de família tem um “papel fun“Penso que cada vez mais a população está a damental como gestor da saúde do seu doente” dar valor ao seu médico de família”. É a convicção e que deve estar atualizado, quer ao nível da de Helena Marques que diz ter muitos utentes, saúde, quer ao nível dos hábitos. E deu um exemque tendo a possibilidade de ter outro tipo de as- plo: “Hoje em dia uma coisa que é muito fresistência, nomeadamente a ADSE, optam por quente são os jovens que frequentam ginásios e manter o seu médico de família. “Fazem questão, fazem consumos de algum tipo de “vitaminas”. inclusive, de alguns estudos que fazem de forma Esta situação deve ser partilhada com o médico privada, trazer para serem anotados nas suas fi- de família porque estas substâncias não são comchas clinicas e para o médico de família ter co- pletamente inócuas”. Assim, relembra, se o ménhecimento”, explica a médica. dico de família tiver este e outros conhecimentos Consciente que, em Portugal, a visão e opi- também terão mais facilidade de fazer um diagnião que existe dos médicos de família “mudou e nóstico. evoluiu aos longo dos anos”, Helena Marques sustenta que “é muito importante” o médico *com Jorge Humberto
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FREGUESIAS
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O OP foi saber como decorre a distribuição nas três vilas do concelho
Famalicenses agradecem a oferta de máscara e luvas Cristina Azevedo* O projeto “Proteger Famalicão” está no terreno, com a distribuição de máscaras e luvas à população do concelho, numa iniciativa da Câmara Municipal em colaboração com as juntas de freguesia. O OPINIÃO PUBLICA falou com os autarcas das três vilas do concelho sobre esta medida e ficou a saber que a distribuição foi feita com rigor, mas de forma a chegar a todas as pessoas. António Oliveira, presidente da Junta de Joane, explicou que a distribuição é feita porta a porta, “verificando quantas pessoas há em cada casa, para não haver nenhum desvio”, sendo que, no total, a vila tem 9.000 residentes. Para a distribuição dos equipamentos de proteção individual, a freguesia foi dividida em seis zonas. António Oliveira adianta que três já foram abrangidas, esperando ao longo desta semana, concluir a entrega nas outras três. “A recetividade tem sido ótima. Ainda há pessoas que perguntam quanto é que custa e ficam muito agradadas quando lhes dizemos que é oferta”, conta o autarca joanense, que acrescenta que, “de um modo geral, as pessoas estão a acolher bem o uso da máscara”.
A Junta de Freguesia nunca encerrou os serviços, mas sempre exigiu que os utilizadores entrassem com máscara. “Nos primeiros dias, alguns não traziam, mas depois de alguma insistência e pedagogia, todos acabam por cumprir. Ninguém gosta, é verdade, mas tem que ser”, afirma o autarca. António Oliveira assegura que à Junta não têm chegado pedidos de apoio de famílias, embora reconheça que haverá algumas a atravessar dificuldades, por questões de lay-off ou outras. “Creio que a partir deste mês de maio, esse problema se vai começar a sentir com mais intensidade e a Junta cá estará para ajudar”. De resto, a autarquia joanense tem um fundo de emergência social, “que no início do ano tinha um valor residual porque a Os kits entregues à população incluem máscaras e luvas economia estava em crescimento, agora, se a situação se alterar, tere- davense, está satisfeita com o com- dicas, e se tivéssemos fechado as mos que reforçar essa verba”, diz portamento dos seus concidadãos pessoas acabariam por ir para a ciporque tem verificado “que todos dade, o que seria ainda pior”, justiAntónio Oliveira. tentam cumprir ao máximo as reco- fica. “População é responsável mendações da Direção Geral da A autarca refere que na vila Saúde”. “Todos nos agradeceram a “ainda não há um alarme social moe está a cumprir” Em Riba de Ave a situação não é entrega das máscaras e mostraram- tivado pela crise da pandemia”, mas acredita que “estará para chemuito diferente. A Junta de Fregue- se muito recetivas”, conclui. Os serviços da Junta nunca en- gar”. “É verdade que já tivemos alsia começou por distribuir viseiras no comércio local e, no passado fim cerraram e, neste momento, já fun- gumas situações, que articulamos de semana, iniciou a distribuição cionam no horário normal. “Temos com o Centro Social de Riba d’Ave e das máscaras e luvas pela popula- aqui os serviços dos CTT, ajudamos com a associação Humanitave para ção. Susana Pereira, a autarca riba- na entrega do IRS, nas receitas mé- alguma ajuda alimentar”.
População de Portela e S. Cosme “assustada” com peditório suspeito A população das freguesias de S. Cosme e Portela estão assustadas. Em causa estão dois indivíduos que na passada sexta-feira à tarde, dia 15 de maio, andaram, nas diversas ruas destas freguesias, a pedir dinheiro e bens alimentares. Tal como é explicado por diversos moradores nas redes sociais, sempre que lhes eram dados bens alimentares, os homens deitavam fora na rua ou em descampados. Segundo é descrito por uma moradora no facebook, os homens, em algumas zonas das freguesias, terão repetido o peditório, ou seja, “bate-
ram na mesma porta duas vezes, uma ao início da tarde e outra já mais ao final”. Tendo em conta estes comportamentos suspeitos dos dois homens, que os moradores destas freguesias suspeitam que estivessem a sinalizar as casas para as assaltar, alertaram a GNR, que pediu a todos os moradores que verificassem se a sua casa tinha alguma marca/código suspeito. Foram também enviadas fotografias tiradas pelos moradores a esta força policial. Na mesma publicação, a moradora da freguesia de Vale S. Cosme
pede a todos “que virem alguém suspeito, liguem com a GNR, que imediatamente fará uma ronda”. Dada a intranquilidade dos moradores, a União de Freguesias de Vale S. Cosme, Telhado e Portela também publicou um comunicado sobre o assunto na sua página de Facebook. “Alertamos a todas as pessoas para terem atenção, não só com este caso, mas com vários outros que possam acontecer, sendo que estes tempos difíceis que estamos a viver são propícios a estas situações indesejadas”, refere o comunicado.
ACIP retoma serviços terapêuticos “com a máxima segurança” A ACIP – Ave Cooperativa Intervenção Psico-Social, uma cooperativa de Solidariedade Social, sediada em Joane, reabriu as portas para retomar os serviços terapêuticos. “Entramos numa nova fase do combate ao Covid-19, e a ACIP preparou-se com a máxima segurança para que possa receber os seus clientes, nos serviços de Psicologia, Terapia da Fala, Terapia Ocupacional, Integração Sensorial e Neurofeedback”, lê-se no comunicado enviado pela instituição. Para que os pais possam retomar as consultas com os seus filhos e de forma a dar uma resposta rápida aos pedidos, a ACIP implementou uma série de procedimento de segurança, respeitando todas as
normas e orientações da DGS. “Garantimos que apenas só serão realizadas consultas com marcação prévia e intervalo de segurança, atendimento no balção com proteção de acrílico, utilização de desinfetante e equipamento de proteção pelos profissionais, serviço com limitação de acesso ao interior, disponibilização de álcool gel na receção e salas de atendimento, limpeza e desinfeção de espaços a cada utilização”. As marcações poderão ser feitas pelo telefone 252 928 610 ou pelo telemóvel 966 039 224. “Continuaremos ao lado das famílias, adequados à realidade e às necessidades de cada um, por isso a tipologia de marcações online ainda vigora”, acrescenta o mesmo comunicado.
Em Ribeirão o projeto “Proteger Famalicão” também foi bem recebido pelos habitantes. “Regra geral, as pessoas são conscienciosas, têm noção da responsabilidade e sabem que a máscara vai fazer parte do nosso dia a dia”, conta o presidente da Junta de Freguesia, Adelino Oliveira. Quanto o surto chegou, a sede da Junta manteve as portas abertas, com restrições e cuidados, numa missão de “servir os ribeirenses, num momento em que mais precisavam”. “E assim fomos conseguindo resolver os problemas das pessoas”, afirma o autarca, que esteve também no atendimento todos os dias, juntamente com a funcionária da Junta “que tem feito um esforço extra”. Em Ribeirão a autarquia já tem recebido “várias pessoas a pedir ajuda” face às dificuldades económicas e sociais provocadas pela pandemia, que encaminha para instituições vocacionadas para esta área, como a ação social da Câmara, a Humanitave, o Centro Social e a Conferência Vicentina. “Juntos, conseguimos resolver os problemas que nos foram aparecendo e que vão continuar a aparecer”, finaliza Adelino Oliveira. *com Jorge Humberto
Humanitave compra carrinha financiada pela Calouste Gulbenkian
A Humanitave - Associação de Emergência Humanitária, com sede em Pedome, adquiriu uma carrinha com o financiamento da Fundação Calouste Gulbenkian. A Fundação atribuiu à Humanitave um apoio de 20 mil euros, no âmbito do projeto “Gulbenkian Cuida”, que pretende atribuir ajudas financeiras às associações que estão a ter um papel ativo, durante esta pandemia de Covid-19. Na sua rede social, a associação famalicense aproveitou para agradecer também a oferta da decoração em vinil da carrinha a uma das suas voluntárias, Patrícia Meira. Realça ainda que, com este este novo equipamento, verá agora mais fácil a sua missão de distribuição de bens alimentares e refeições pelos mais carenciados. Entretanto, no passado fim de semana, a Humanitave foi surpreendida pela doação de 500 quilos de legumes por parte da Dardico SA, uma empresa Alentejana. Os legumes entregues à associação foram ervilhas e brócolos que vão ajudar a que "centenas de famílias tenham uma refeição mais equilibrada", refere a associação.
12 PRAÇA PÚBLICA/PUBLICIDADE
opiniãopública: 21 de maio de 2020
Falecimentos Diário famalicense António Cândido Oliveira
Assembleia Municipal via zoom Apesar da crise, reuniu no dia 15 de maio de 2020, a Assembleia Municipal de Vila Nova de Famalicão em sessão ordinária, principalmente para aprovar relatório de atividades e contas de 2019. Principalmente, mas não só, pois foram 13 os assuntos da ordem de trabalhos de que a imprensa local desta semana dará conta, seguramente. Gostaria de escrever mais detalhadamente sobre esta sessão que foi transmitida pela primeira vez e a título extraordinário via zoom, mas faltamme elementos que ainda não obtive. De qualquer modo e desde já é de louvar esta iniciativa da Assembleia Municipal que não esgotou prazos que a lei prevê para reunir neste tempo excecional que vivemos e também de louvar a atuação da Câmara que elaborou em devido tempo as contas e os demais documentos que levou à sessão. Esta reunião da Assembleia esgotou e aprovou todas as matérias que estavam na agenda, demorando cerca de quatro horas e começariam aqui as críticas que, espero fazer, em próxima oportunidade. Não é preciso esperar mais tempo, no entanto, para dizer que no próximo
Joaquim de Oliveira Amorim, no dia 19 de maio, com 72 anos, casado com Carminda dos Prazeres Sequeira Amorim, de Lousado. Agência Funerária Guimarães Sousa Lousado– Tel.: 911 124 387
ano (2021) teremos eleições locais e é muito importante que haja o maior cuidado na escolha dos candidatos a este órgão do município, dadas as importantes tarefas que lhe cabem. A este propósito, acaba de sair a 3ª edição de uma publicação intitulada “Os Eleitos Locais” revista, ampliada e com índice ideográfico da autoria de Maria José Castanheira Neves, que além de professora na Faculdade de Direito de Coimbra lida diariamente com as matérias das autarquias locais na Comissão de Coordenação da Região Centro. Esta publicação é extremamente útil não só a quem é membro de uma assembleia como a quem a ela se candidatar. Deveria estar e está em muitas assembleias ao dispor dos seus membros. E do mesmo modo nas bibliotecas municipais e respetivos polos. Sucede o mesmo entre nós? E também a propósito recomendase a leitura de duas publicações bem recentes e facilmente disponíveis: “O Estatuto do Direito de Oposição nas Autarquias Locais” do Mestre Luís Almeida e “A Valorização do Papel e da Eficácia das Assembleias Municipais: um regimento tipo” do Professor Paulo Trigo Pereira e outros.
Sofia Nunes da Costa, no dia 13 de maio, com 89 anos, viúva de David Xavier Forte, de Joane. Agência Funerária da Portela Portela (Santa Marinha) – Tel.: 252 911 495
Belmira Ferreira de Oliveira, no dia 18 de maio, com 93 anos, viúva de José Ferreira Pinto, de Arentim (Braga).
Justina de Jesus Martins Machado, no dia 14 de maio, com 85 anos, viúva de Joaquim da Silva, de Roriz (Santo Tirso).
Casimiro Marques da Cunha, no dia 14 de maio, com 90 anos, casado com Helena Barbosa Ferreira, de Nine.
Flávio Vítor da Rocha Machado, no dia 16 de maio, com 22 anos, solteiro, de Lordelo (Guimarães).
Júlio Gomes Pereira, no dia 14 de maio, com 88 anos, casado com Emília da Conceição da Costa Azevedo, de Jesufrei.
Maria Alice Moreira Magalhães da Silva, no dia 18 de maio, com 56 anos, casada com Augusto Manuel Ferreira da Silva, de Monte Córvoda (Santo Tirso).
Agência Funerária Arnoso - José Daniel Pereira Arnoso Santa Eulália - Telf. 91 724 67 03
Maria de Lurdes Machado de Almeida, no dia 13 de maio, com 95 anos, viúva de José Pacheco, de Moreira de Cónegos (Guimarães). Felicidade Fernandes Azevedo, no dia 14 de maio, com 81 anos, solteira, de Riba D’Ave. Arnaldo Barbosa Leal, no dia 14 de maio (faleceu em França), com 86 anos, viúvo de Emília Martins, de Cepães (Fafe). António Mendes Ferreira, no dia 16 de maio, com 80 anos, viúva Rosa da Silva Ferreira, de S. João Caldas de Vizela. Maria Leite de Araújo, no dia 19 de maio, com 77 anos, viúva de Társico Ferreira Moreira Pimenta, de Oliveira S. Mateus. Joaquina da Silva Mansilhas Correia, no dia 18 de maio (faleceu em França), com 68 anos, casada com Manuel Lopes Correia, de Avidos. Agência Funerária Carneiro & Gomes Oliveira S. Mateus – Telm. 91 755 32 05
Maria Emília da Costa Dias, no dia 12 de maio, com 92 anos, casada com Leonel Armando Monteiro Ramos, de S. Martinho Bougado (Trofa). Agência Funerária Trofense, Lda (S. Martinho de Bougado) Trofa – Tel.: 252 412 727
António de Araújo Almeida, no dia 8 de maio, com 57 anos, casado com Josefa Maria Martins Teixeira, de Candoso S. Martinho (Guimarães). João Gonçalves Júnior, no dia 11 de maio, com 84 anos, casado com Ana Fernandes Pereira, de S. Cristóvão de Selho (Guimarães).
Agência Funerária de Burgães Sede.: Burgães / Filial.: Delães Telf. 252 852 325
Carlos Alberto Carneiro de Oliveira, no dia 14 de maio, com 87 anos, viúvo de Maria do Carmo Marques Ferreira, de Requião. Benilde da Conceição Oliveira Brito Andrade, no dia 18 de maio, com 73 anos, casada com Tomás Pereira Andrade, de Avidos. José da Silva, no dia 19 de maio, com 84 anos, casado com Maria da Conceição Carvalho Fernandes, de Gavião. Agência Funerária da Lagoa Lagoa – Telf. 252 321 594
António Joaquim Magalhães Alves, no dia 12 de maio, com 74 anos, casado com Maria Arminda Pereira da Silva, de Vila Nova de Famalicão. Agência Funerária Rodrigo Silva, Lda Vila Nova de Famalicão – Tel.: 252 323 176
Maria Amélia dos Santos Oliveira, no dia 10 de maio, com 78 anos, casada com Joaquim Moreira Dias, de Antas S. Tiago. Deolinda Pereira da Silva, no dia 10 de maio, com 91 anos, viúva de César Augusto Dias Rego, de Palmeira (Santo Tirso). António Moreira Neves, no dia 14 de maio, com 74 anos, casado com Maria da Conceição Maia de Carvalho Reis, de Santiago de Bougado (Trofa). Funerária Ribeirense Paiva & Irmão Lda Ribeirão – Telf. 252 491 433
Fernando Macedo Alves Machado, no dia 11 de maio, com 90 anos, viúvo de Maria Luísa da Cunha Guimarães, de Guimarães.
Rosa Vaz, no dia 13 de maio, com 99 anos, viúva de Manuel António Salgado, de Riba D’Ave.
José Leopoldo Cardoso dos Santos, no dia 11 de maio, com 80 anos, viúvo de Maria Adelaide Antunes Correia, de Brito (Guimarães).
Américo da Costa Neto, no dia 17 de maio, com 87 anos, casado com Inês da Costa Rodrigues, de Riba D’Ave.
Artur de Oliveira Antunes, no dia 13 de maio, com 83 anos, de Ponte (Guimarães). Joaquim da Silva, no dia 18 de maio, com 81 anos, casado com Orívia Pereira de Almeida, de S. Cristóvão de Selho (Guimarães). João da Costa e Silva, no dia 18 de maio, com 64 anos, casado com Maria das Dores Pereira Abreu Silva, de Pevidém (Guimarães). Agência Funerária S. Jorge Pevidém– Tel.: 253 533 396
Arnaldina Torres Serra, no dia 19 de maio, com 90 anos, viúva de José de Azevedo Santos, de Fradelos. Agência Funerária Palhares Balazar– Tel.: 252 951 147
Luís Elmano Lopes Ribeiro, no dia 13 de maio (faleceu na Suíça), de Landim. Ana da Conceição Ferreira, no dia 17 de maio, com 93 anos, viúva de José da Costa, de Lordelo (Guimarães). Bernardino Freitas da Silva, no dia 8 de maio (faleceu em França), com 79 anos, casado com Joaquina Ferreira da Silva, de S. Salvador do Campo (Santo Tirso). Agência Funerária Riba D’Ave Riba D’Ave – 917 586 874
Armindo Silva Mansilhas, no dia 14 de maio, com 70 anos, de Antas S. Tiago. Agência Funerária do Calendário Calendário – Tel.: 252 377 207
opiniãopública: 21 de maio de 2020
Pelos quatro cantos da ca(u)sa
PRAÇA PÚBLICA
13
Bússola José Leite
Domingos Peixoto
Sindicalismo O sindicalismo, do meu ponto de vista, é uma “arte” nobre. O seu exercício visa, na leitura mais positiva de como deve ser praticado, a defesa dos interesses dos trabalhadores seus representados, nos aspetos laborais e contratuais na conexão com os patrões respetivos ou seus representantes. Notese que as relações de trabalho estão devidamente legisladas, desde logo pela OIT – Organização Internacional do Trabalho, na constituição e numa panóplia de legislação: leis, portarias, regulamentos, contratos, acordos coletivos de trabalho, acordos de empresa e outros. Esta legislação é (devia ser sempre) objeto de negociação entre as partes e arbitrada pelo governo, que publica ou manda publicar, mesmo que em muitas matérias não haja acordo. Desde a escravatura – uma indignidade humana – as relações de trabalho têm evoluído muito, com altos e baixos muito significativos. Falando de Portugal, resumidamente, apesar das greves laborais no tempo do “reviralho” não houve liberdade sindical na ditadura, até ao 25 de Abril! Eu, que trabalhei alguns anos durante o Estado Novo, sem me ter inscrito em qualquer sindicato descontava para os metalúrgicos. As eleições e os órgãos eleitos eram uma farsa do corporativismo fascista. Com a revolução chegou o direito democrático da livre associação, a vários níveis, entre os quais o sindicalismo. Tendo-me sindicalizado livremente logo a seguir, apesar disso e durante vários anos, não senti “inclinação” para a militância ativa sindical e partidária. Mas era um “ativista” em termos de cidadania, o que me levou a passar muitos maus bocados, com tentativas – frustradas, felizmente – de envolvimento da minha família. Na “minha empresa” houve muitos e bons sindicalistas nunca foi o meu caso, que foram fazendo a Bonita História dos Trabalhadores da Mabor, logo na grande greve de 74, tendo passado depois para a Continental
Mabor, pelo menos enquanto estive na empresa. A minha ação foi, sobretudo, ao nível da Comissão de Trabalhadores, aqui, assim, muito ativa e, julgo, sem falsa modéstia, proveitosa para todos: Empresa, trabalhadores e economia local e nacional! Porém, apesar das muitas divergências político-sindicais, que se agravaram quando fui despedido, em 95, houve um sindicalista que me merece uma referência especial, pelo seu “apego” aos interesses dos trabalhadores, embora na leitura “cega” da letra da lei e do contrato coletivo vertical dos trabalhadores da indústria química do norte: de seu nome Armando Ferreira. Amado por muitos (químicos), incompreendido por outros tantos (todos os outros), a verdade é que na história laboral o seu nome está ligado a muitas lutas do (e pelo) sindicalismo. E muitos patrões, só de ouvirem o seu nome, já ficavam com os cabelos em pé… Ele continua a “sua cidadania”, agora nas redes sociais. É dele o texto que estes dias li no facebook: “A precariedade de emprego, e os direitos dos trabalhadores. A precariedade dos empregos constitui uma das principais componentes da ofensiva patronal contra os direitos dos trabalhadores, conquistados com a revolução, e consagrados na CRP A precariedade de emprego, não põe apenas em causa a segurança no emprego, mas o conjunto dos direitos dos trabalhadores (direito ao trabalho e ao salário, segurança social, direitos sindicais, etc.) e dos cidadãos (direito à habitação, saúde, etc). Os trabalhadores veem-se impedidos de exercer estes direitos, ou renunciam ao seu exercício, para não porem em causa os seus empregos”. Armando Moreira Ferreira Partilho de muitas das preocupações que o Armando manifesta. Confesso que é um “estranho” exercício que os trabalhadores têm que fazer entre os seus interesses pessoais e familiares e o emprego. Senti-o na pele…
2 pesos e 2 medidas Seis anos depois, aqui estou novamente… O período épico e dourado dos Descobrimentos portugueses não teria sido possível sem o uso da bússola, mesmo que os nossos avoengos, destemidos e imortais marinheiros navegassem com o auxílio do astrolábio ou do sextante. Mas afinal o que é a «Bússola» que irá intitular esta coluna nos próximos tempos? É um instrumento de orientação que aponta o sentido do norte magnético do Planeta. Este Norte que nos é tão querido, tão nosso, ao qual muito devemos o nosso orgulho, a nossa memória, os nossos hábitos, tradições ancestrais, usos e costumes, ou seja, a nossa identidade coletiva que nos distingue de todas as
outras regiões portuguesas. Este Norte que alavanca, trabalha, inova, acrescenta, impulsiona, inspira e transpira de vontade e de dor, que se sabe transformar e reinventar, com o seu ADN tão único e genuíno, ao ritmo das circunstâncias pandémicas atuais. Sim, é verdade! Este Norte é tão valente e capaz de ombrear com os melhores da Europa e do Mundo, este Norte que se vê subjugado ao centralismo da capital lisboeta, onde tudo se decide sem sondar os nossos, quase sempre por desprezo e em prejuízo da nossa “estrela polar”. Infelizmente e gritantemente, sempre com a conivência e a passividade do 4º poder nacional (lá iremos um dia…), vivemos num país a duas velocidades
onde há sistematicamente dois pesos e duas medidas, enfatizando-se a ideia de que nós (os do Norte) somos uns coitados, uns levianos e uns desterrados sem berço e qualquer urbanidade. Já na velha capital do “Império” e da Grande Lisboa tudo é tão civilizado, “higiénico” e urbano, sendo evidente e indisfarçável a sua inequívoca superioridade moral e altivez face aos “pacóvios” do Norte. Contudo, por estes lados de “Vila Nova”, no “apontar o dedo” e no chamar “os bois pelos Nomes”, sem reservas e tabus e guiados pelas nossas convicções e “Pronúncia do Norte”, alguns “saloios”, como eu, procurarão que a bússola não avarie e se desvie da estrela polar. Bem-vindos à “Bússola”!
Chão Autárquico Vieira Pinto
Vencimentos obscenos na banca, e não só… Todos sabemos dos chorudos vencimentos dos gestores bancários, tal como dos seus administradores. Mas, não são apenas estes privilegiados trabalhadores bancários a ganhar quantias perversas, em relação aos demais trabalhadores, em situações similares. Com efeito, há muitas outras empresas públicas, e não só, que têm vencimentos proibitivos, na conjuntura do país. Desde logo, temos o quase pornográfico Novo Banco que, veja-se, só, depois de o Estado ali injetar milhões de milhões de euros, pela via contratual, os seus gestores
pretendem, além dos seus pornográficos vencimentos, uma choruda verba, a título de prémios, pelos resultados obtidos no fim de cada ano. Ou seja, as injeções de infindáveis milhões dos nossos impostos, dão colorido aos resultados da gestão do Novo Banco; a partir daí, os seus gestores vão enriquecendo, à custa do erário público, com chorudas e vergonhosas somas de vencimentos. Mais, também a empresa GALP, onde existem igualmente vencimentos proibitivos, auferem, também eles, o direito a prémios. Aqui, devemos
Famalicão
Barbosa: Rua Santo António, Tel. 252 302 120 Calendário: Rua da Liberdade, Tel. 252 378 400/1 Cameira: C. Mouzinho Albuquerque, Tel. 252 323 819 Central: Praça D. Maria II, Tel. 252 323 214 Nogueira: Av. Marechal H. Delgado, Tel. 252 310 607 Valongo: Rua Adriano Pinto Basto, Tel. 252 323 294 Gavião - Av. Eng. Pinheiro Braga, 72 - Telef. 252 317 301 Marinho: Edif. S. José - Estalagem - Telf. 252 921 182 Martins Ventura: R. C. Cerejeira - Lousado - Telf. 252 493 142 Estação: Largo da Estação - Nine - Telf. 252 961 118 Ribeirão: Rua Quinta Igreja 9 - Ribeirão - Telf. 252 416 482 Joane: Rua S. Bento, nº 217 - Telf. 252 996 300 Landim: Estrada Nacional 204/5, nº 693 - 252321765
acrescer uma outra aberração, que consiste no seguinte: os gestores pretendem distribuir os dividendos, neste preciso ano de crise económica e financeira. Mas, não é só: há ainda, nesta empresa, uma situação aberrante que consiste no facto de esta ter despedido cerca de oito dezenas trabalhadores! Ou seja, os gerentes ganham chorudos vencimentos, recebem avultados prémios anuais pelos resultados obtidos, e, sem escrúpulos, despedem quase uma centena de trabalhadores! Mas, continuando, temos neste quadro bizarro, os gerentes da TAP,
Famalicão Quinta, 21
Serviço Calendário
Sexta, 22
Valongo/Ribeirão
Sábado, 23
Gavião
Domingo, 24
Barbosa
Segunda, 25
Cameira
Terça, 26
Central
Quarta, 27
Calendário/Ribeirão
Vale do Ave
Almeida e Sousa: Covas - Oliv. Stª Maria - Telf. 252 931 365 Bairro: Av. Silva Pereira, Telf. 252 932 678 Delães: Portela - Delães - Telf. 252 931 216 Riba de Ave: Av. Narciso Ferreira, Telf. 252 982 124
com mui semelhantes ambições da soberba pecúnia. Estes, claro, pretendem também chorudas verbas do Estado, ou da garantia deste, sobre os empréstimos bancários de cerca de mil milhões de euros, cuja beneficiada é a própria TAP. Sempre o Estado, a engordar os chorudos acionistas privados, à custa do zé povo. Este, o social, queixa-se; contudo o seu provedor não tem poder sobre o pomposo regulador do capital! Nas empresas do Estado, todos querem investir, mas com a garantia financeira da teta do Estado.
Vale do Ave
Serviço
Quinta, 21 Sexta, 22 Sábado, 23 Domingo, 24 Segunda, 25 Terça, 26 Quarta, 27
Delães Riba de Ave Almeida e Sousa Bairro Delães
Serviço de disponibilidade
Paula Reis: R. José Elisio Gonçalves Cerejeira, nº 629 Calendário - Tel. 252 378 057 Maceiras: Louro - Telf. 252 310 425 Marques: Largo da Igreja - Fradelos - Telf. 252 458 440 Oliveira Monteiro: Largo Igreja - Cabeçudos - Telf. 252 331 885 Pedome: Av. S. Pedro, 1139 - Pedome - Telf. 252 900 930 Pratinha: Largo do Cruzeiro - Cavalões - Telf. 252 375 423 S. Cosme: Vale S. Cosme - Telf. 252 911 123 Arnoso: Av. Joaq. Azevedo - Arnoso Sta. Maria - Telf. 252 916 612
14 MODALIDADES
opiniãosport: 21 de maio de 2020
FC Famalicão pode ser obrigado a mudar de estádio para jogos em casa
Equipa e staff do FC Famalicão livres do Covid-19 O Futebol Clube (FC) de Famalicão anunciou, no passado domingo, que toda a equipa e staff do clube testou negativo ao Covid-19. "Todos os jogadores, elementos da equipa técnica e staff de apoio à formação principal foram submetidos a testes de rastreio da Covid-19 na passada sexta-feira, através da pesquisa de SARSCoV-2, com zaragatoa nasofaríngea. Todos os referidos testes tiveram resultados negativos", escreveu o clube no seu website. Além disso, o FC Famalicão informou ainda que novos testes de rastreio serão feitos na próxima sexta feira, tal como previsto no plano de retoma da competição.
A Liga Portugal anunciou os estádios que, neste momento, estão disponíveis para acolher os jogos do restante campeonato. A DireçãoGeral da Saúde informou a Federação Portuguesa de Futebol, depois das Autoridades Regionais de Saúde terem inspecionado 15 estádios. A vistoria dos recintos desportivos permitiu aprovar, para já, nove estádios, sendo eles a Cidade do Futebol, Estádio D. Afonso Henriques, Estádio do Dragão, Estádio João Cardoso, Estádio José Alvalade, Estádio do Marítimo, Estádio Municipal de Braga, Estádio do Sport Lisboa e Benfica e Portimão Estádio. Os restantes estádios, incluindo o Estádio Municipal de Barcelos que ia receber os jogos caseiros do Futebol Clube de Famalicão, foram chumbados e necessitam de alterações para conseguirem receber os jogos que faltam da Liga NOS. Faltam 10 jornadas para a conclusão do campeonato e o calendário com os dias dos jogos vai ser revelado ainda esta semana, divulgou Sónia Carneiro, em entrevista à TSF, admitindo que vão existir “jogos praticamente todos os dias a partir de 4 de junho”.
Ângelo Lopes é o novo presidente do Riba d’Ave HC No passado sábado, decorreram as eleições do Riba D’Ave HC. Ângelo Lopes venceu e foi eleito o novo presidente do clube. Apenas uma lista se apresentou a eleições, sendo que o novo líder do clube ribadavense venceu com 62 votos. Registou-se ainda um voto em branco. A restantes direção é constituída pelos vice-presidentes Paulo Rodrigues Nelson Puga e Álvaro Oliveira, Bernardino Andrade (tesoureiro), Filipe Andrade (secretário) e Pedro Sá (secretário-adjunto). pub
Nélson Carvalho já não é treinador da UD Calendário A União Desportiva (UD) Calendário está à procura de novo treinador. Nélson Carvalho não vai continuar no comando técnico da formação que subiu à Divisão de Honra da Associação Futebol (AF) de Braga. O OPINIÃO SPORT sabe que o motivo da rutura foi o desacordo entre treinador e direção do clube, relativamente a questões de ajudas de custo. O jovem técnico, ainda, revelou que recebeu convites de outras formações, garantindo que, na próxima temporada, vai liderar uma equipa na Divisão de Honra.
AD Oliveirense analisa futuro do clube A Associação Desportiva (AD) Oliveirense vai analisar o futuro do clube. O clube que passa por um momento de grande indefinição vai realizar uma Assembleia Geral, no sábado, às 16h. O objetivo passa por analisar o futuro do clube com os associados. Os sócios que quiserem comparecer terão de ter as quotas em dia a 12/2019.
opiniãosport: 21 de maio de 2020
MODALIDADES
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O ciclista famalicense assinou, este ano, pela EFAPEL
“Trabalhar para a equipa é muito duro e pouco reconhecido cá para fora” Pedro Sousa ral de Vale S. Martinho, Famalicão, considerou algumas como falta de conheciA interrupção devido à pandemia de mento pelo desporto nacional, tendo Covid-19 condicionou todo o desporto. recebido críticas apontando como não “Estes tempos têm sido conturbados. Cá sendo atleta profissional. “A polícia em casa temos tido muita precaução. Eu quando estava a fazer o cerco para não e o meu filho somos asmáticos e perten- se puder do concelho, mandou-me cemos ao grupo de risco. As minhas saí- parar. Quando o comandante me recodas para a estrada, durante o nheceu, disse logo que podia continuar. confinamento, não foram as que eu mais Eu disse-lhe que se ele pretendesse que desejava”, relatou Tiago Machado, ci- eu parasse, eu parava e ia para casa”, clista da EFAPEL, em entrevista ao OPI- completou. NIÃO SPORT. Agora, no início da temporada, a EFAA preparação para a época foi condi- PEL propôs um desafio, que foi aceite cionada, quando no verão há o grande por Tiago Machado. “Já era um amor anevento do ciclismo português: a Volta a tigo. Eles já me tinham abordado Portugal. “Claro que estamos com medo quando vim para Portugal”, confessou. que não haja a Volta a Portugal. Acredito Como todas as formações do pelotão que vá para a estrada e espero que em português, a Volta a Portugal é o grande agosto possamos levar a festa às pes- objetivo. O corredor famalicense vai tensoas, mas vão haver cuidados extras”, tar ajudar Joni Brandão a conquistar a afirmou, revelando que “em Portugal, prova rainha. “Eu vou fazer um trabalho nunca, os ciclistas profissionais nunca para ajudar os líderes. Claro que durante foram impedidos a 100% de ir para a es- a Volta, há momentos para protagotrada”. nismo e acredito que posso ter. TrabaAs medidas de desconfinamento en- lhar para a equipa é muito duro e pouco traram em vigor e foi um alívio para os reconhecido cá para fora”, assumiu. ciclistas. “Quando surgiram estas novas O ciclista mantém a esperança de medidas de desconfinamento, saio para disputar a Volta a Portugal, mesmo saa estrada sem o peso na consciência. As bendo das possíveis limitações. “A fedevezes que, em confinamento, saí para a ração e a DGS estão a ver medidas novas estrada, apesar de ser permitido, saí para ver o que se pode fazer. A Volta a sempre com algum peso na consciência. Portugal é a festa de verão no país e Parece que fazia algo de errado”, admi- acho que toda a gente a quer ver na estiu. trada”, concluiu. Apesar de ser permitido, não conse*com Jorge Humberto guiu escapar a críticas. O ciclista, natu-
Ângelo Lopes, presidente do Riba d’Ave Hóquei Clube
“Nunca tive a ideia de ser presidente do clube” Pedro Sousa Uma nova história começou a ser escrita no Riba d’Ave Hóquei Clube (HC). Ângelo Lopes assumiu os destinos do clube, numa eleição onde concorreu sozinho. Contudo, ser presidente do clube ribadavense não estava nos planos. “Isto foi uma mera coincidência. Nunca tive a ideia de ser presidente do clube. A partir do momento em que os elementos da antiga direção disseram que não iam continuar, houve um grupo de associados e dirigentes da anterior direção que começaram a dizer que gostavam que eu fosse presidente. Eu não pude dizer que não”, declarou. O Riba d’Ave HC está a viver um momento. Conseguiu duas Final Four da Taça de Portugal e a manutenção nas duas épocas passadas. Factos que colocam a “fasquia alta”. “Este é um projeto que vai ser muito difícil devido aos anos anteriores. A nível desportivo, o clube teve dois anos irrepreensíveis. Vamos tentar fazer igual a nível desportivo”, afirmou, estabelecendo a manutenção da equipa sénior no primeiro
escalão como primeiro objetivo. “Depois temos outros objetivos. A formação é um deles. O hóquei em patins na nossa vila é das poucas modalidades existentes e o objetivo passa por cativar os jovens”, revelou. A primeira decisão desta nova direção foi a escolha do treinador
da equipa sénior. Uma opção que satisfaz as pretensões da aposta na formação. “” O treinador do escalão principal é uma aposta não só nos seniores, mas a pensar muito na formação. O Raul Meca e Bruno Edgar vão coordenar toda a formação. “O Raul Meca já foi uma
escolha minha. Escolhemos o Raul também por causa da formação. Ele faz parte do clube. É uma pessoa acarinhada pela terra e ambição não lhe falta”, garantiu. O clube já começa a cimentar a posição no principal escalão do hóquei português. Segundo o líder dos ribadavenses, a “massa
associativa eufórica e apaixonada pelo clube consegue manter o clube ativo”, acrescentando, ainda, a importância dos patrocinadores, junta de freguesia e da Câmara Municipal de Famalicão. “Sem eles, isto era impossível”, assegurou. Ângelo Lopes quer contruir o clube de baixo para cima e tornar a formação como viveiro para a formação sénior. Um plantel que, para esta temporada, “já se encontra fechado”. “Houve renovações que temos anunciado anunciando nas redes sociais. Posso só dizer que temos cinco contratações garantidas, que serão anunciadas a seu tempo”, afirmou. O trabalho desta direção já começou a ser feito e Ângelo Lopes apostou numa equipa diretiva “dinâmica e competente a nível organizacional”. “Formei uma lista de profissionais de excelente de qualidade. Fui buscar muita gente que não estava ligada ao hóquei, mas que tem dinamismo nas profissões”, concluiu. *com José Clemente
Jorge Silva, presidente do Futebol Clube de Famalicão
“O futebol feminino português não pode desperdiçar um projeto como este” O Futebol Clube (FC) de Famalicão feminino começou a fazer história. A equipa famalicense bateu recordes e consomou a subida à I Divisão Nacional. Um projeto que começou há um ano pela mão de Jorge Silva, presidente do clube. Apesar de se ter destacado perante a concorrência, a subida só foi consumada na secretaria. “A convicção era de que o FC Famalicão teria de estar na I Divisão. Agora, com a situação que estamos a viver, chegou a certo ponto que até eu duvidei da situação. No entanto, penso que é justo fazer referência à uma época desportiva dentro do campo, onde o FC Famalicão foi irrepreensível”, começou por dizer o líder do clube, em entrevista ao OPINIÃO SPORT. A decisão por parte da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) demorou a sair. “Foi terrível e desgastante [a ansiedade do plantel]. As primeiras notícias deram conta que tudo ficaria igual e isso arrasou-nos”, revelou. “Na altura,
reagi de imediato e fiz sentir junto da FPF o que poderia estar em causa”, completou, aludindo ao facto de que “o futebol feminino português não pode desperdiçar um projeto como este”. Como líder do clube, Jorge Silva tentou sempre passar uma mensagem positiva para o grupo de trabalho. “Eu sempre acreditei nesta decisão e tentava passar isso ao grupo. Acreditámos, mas é evidente que mexe na cabeça de uma atleta que tem contrato para a próxima temporada. Aliás, elas chegam ao FC Famalicão acreditando no projeto e sabendo o que ia acontecer. Ia ser difícil segurar algumas atletas sem ter contexto de I Divisão”, garantiu. Lideradas pelo “melhor treinador do futebol feminino”, segundo o presidente, o clube famalicense já está a preparar a próxima temporada, com João Marques ao leme. “O FC Famalicão já habituou os famalicenses, e agora os portugueses estão a ver, que onde entra não é
para fazer de conta. Onde está, é para estar de alma e coração”, garantiu, apontando baterias já para a próxima temporada. “O FC Famalicão, na próxima época, estará aí para ombrear com qualquer
fechado esse dossier e acredito que ainda pode acontecer. Caso aconteça, vamos estar preparados para honrar o emblema que envergamos e disputar a meia final e chegar ao jogo decisivo para ganhar”, completou. Jorge Silva, na entrevista, ainda aproveitou para falar do futuro da formação do clube, depois da pandemia. “Vai existir um mundo antes do Covid-19 e outro após. Agora, a vida vai ter de continuar e temos de encontrar as melhores soluções para continuar. Quando o regresso à competição foi autorizado, o FC Famalicão vai responder com tudo aquilo que a lei indicar”, abonou. Para isso, as obras da academia não pararam durante esta interrupção. “O Covid-19 não interferiu nas equipa”, afiançou. obras. A nossa espectativa é que no Contudo, ainda há um objetivo início da próxima época esteja a para ser conquistado. A Taça de Por- funcionar quase em pleno”, contugal feminina ainda pode ser dis- cluiu. putada e Jorge Silva revelou que quer estar na final. “Ainda não está Pedro Sousa/José Clemente pub
SUBIDA À PRIMEIRA DIVISÃO NACIONAL
FUTEBOL CLUBE FAMALICÃO
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opiniãopública: 21 de maio de 2020
ESPECIAL
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Amadeu Costa, presidente da AD Ninense
“Foi uma época muito boa a nível futebolístico” A época da Associação Desportiva (AD) Ninense não antevia grandes voos. A preparação foi feita “em cima do joelho” e Amadeu Costa, presidente do clube, não perspetivava uma grande época. “Quando assumi a liderança da AD Ninense e começamos a elaborar o plantel, já foi um pouco tarde. A perspetiva era fazer o melhor que pudéssemos”, começou por dizer em entrevista ao OPINIÃO SPORT. Contudo, depois de ter o plantel formado, o líder ninense viu que “a equipa tinha matéria para chegar a outros patamares”. Um dos segredos para o sucesso foi o “misto de jovens jogadores e atletas com experiência”, que formaram uma “grande família”. “Foi uma época muito boa a nível futebolístico. Correu bem e estamos na Pró-Nacional. Vamos tentar permanecer nessa divisão. Não vai ser fácil, mas é esse o objetivo”, apontou. A AD Ninense vai fazer 50 anos de existência e a subida de divisão é uma forma de festejar o aniversário. “A subida foi a cereja no topo do bolo. Só é pena não termos festejado da maneira que queríamos. Quando pudermos, vamos fazer uma festa com os associados. Os sócios merecem. São 50 anos e é uma data importante”, revelou. A próxima temporada já está a ser pre-
parada e o primeiro passo passou pela renovação do treinador que levou o clube de novo à Pró-Nacional. “Nós tínhamos em perspetiva que o Mário Jorge continuasse. Bastou um telefonema. Ele disse o que queria e nós o que pretendemos. Foi fácil. Ele é um senhor no futebol. Quando as coisas são assim, tudo é mais fácil de se fazer”, admitiu. Pedro Sousa/José Clemente
Mário Jorge, treinador da AD Ninense
“É obvio que preferimos subir dentro do campo” A Associação Desportiva (AD) Ninense arrancou tarde na preparação da temporada. Mário Jorge, treinador do clube, assumiu o comando técnico e muitas equipas já estavam a meio da preparação para a época. “A equipa técnica e os jogadores foram contratados em cima do campeonato. Porém, tive um grupo fantástico”, ressalvou. Contudo, a AD Ninense esteve quase todo o campeonato em posições de subida. Só no último jogo é que vacilou e foi ultrapassada. Portanto, a decisão da Associação Futebol de Braga em atribuir a subida foi recebida com um “sabor especial”. “É obvio que para nós, homens do futebol, preferimos subir dentro do campo. Contudo, esta subida teve um sabor enorme pelas dificuldades que tivemos”, justificou. O técnico abraçou este projeto, mas sem o objetivo de subir de divisão. “A vontade e o sonho são uma coisa. O objetivo é outra. Só aceitava o objetivo de subir de divisão quando não se tem uma estrutura feita, se não andasse no futebol ao tempo que ando”, apontou. No entanto, e segundo o treinador, “a forma como os jogadores abordaram todos os jogos, deixaram o sentimento de que podíamos ir mais longe do que fomos”. Mário Jorge assinou na semana passada a renovação de contrato, dando já espaço e tempo para preparar a próxima temporada. No entanto, não prevê facilidades para construir a
equipa. “Já perdemos alguns jogadores, que adorava que ficassem, porque não aceitam as reduções que o clube lhes dá. Por hábito, tenho conversas com eles para lhes mostrar que gostava que continuassem. Contudo, não tenho o direito de fazer isso quando estamos a falar em reduções de dinheiro”, revelou. Apesar das dificuldades, o treinador ressalvou que já não se sentia tão bem no futebol há muito tempo. Pedro Sousa/José Clemente pub
SUBIDA AO PRÓ-NACIONAL - AF BRAGA
ASSOCIAÇÃO DESPORTIVA NINENSE
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opiniãopública: 21 de maio de 2020
ESPECIAL
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João Cruz, treinador do Clube Desportivo (CD) Lousado
Carlos Aranha, presidente Clube Desportivo Lousado
“Queríamos subir em seniores e em iniciados” “O objetivo dos seniores, desde o início da época, era a subida de divisão”, começou por dizer Carlos Aranha, em entrevista ao OPINIÃO SPORT. Esta conquista foi confirmada na secretaria, mas o presidente do clube não tem dúvidas: “se o campeonato continuasse, íamos conseguir dentro do campo”. O trajeto do CD Lousado “não foi fácil”, mas o líder do clube considera que a equipa “foi regular” e merece a subida de divisão. “Na altura do final do campeonato, o CD Lousado estava a jogar melhor. Série vitoriosa e com futebol de qualidade. Por isso, isto terminou, mas estou convencido que, se o campeonato não terminasse, podíamos ter feito mais qualquer coisa”, continuou. No início da temporada, o clube de Lousado tinha a pretensão de colocar todas as equipas nas divisões de honra. “Nós tínhamos dois objetivos e conseguimos. Queríamos subir em seniores e em iniciados”, admitiu. A subida, principalmente, dos iniciados vem consolidar um processo que começou há cinco anos. “Tínhamos os juniores e os juvenis na honra e pretendíamos colocar lá os iniciados. É um trabalho que tem sido dedicado há cinco anos, apostando seriamente na formação”, reforçou. Esta aposta na formação tem um propósito. Carlos Aranha quer que a formação sé-
“Foi pena ter sido uma festa diferente” O objetivo no início do campeonato estava bem estipulado para o Clube Desportivo (CD) Lousado: subir de divisão. “Nós estávamos preparados e toda gente sabia que queríamos a subida. Sempre disse aos meus jogadores que, em maio, íamos estar a festejar a subida”, começou por afirmar João Cruz, em entrevista ao OPINIÃO SPORT. O técnico afirmou, ainda, que a Associação Futebol (AF) de Braga “premiou as melhores equipas do campeonato”, referindo também à prestação da União Desportiva (UD) Calendário na 1ª Divisão. A associação de futebol bracarense redigiu dois comunicados. No primeiro, só deu indicação que os campeonatos estavam terminados, não mencionando a questão da subida. “Quando a AF Braga mandou o comunicado, não mencionou que ia premiar as subidas de divisão e considerei isso uma precipitação. Neste momento, acho que foi encontrado o termo certo”, explicou. Os campeonatos vão sofrer remodelações. Uma reformulação que, segundo o técnico, “tinha de ser feita”. “Agora, na honra, vão passar a ser 18 equipas e acho que é o mais correto. Assim não há tantas paragens que só vinham a prejudicar o futebol apresentado. A AF Braga, neste aspeto, está de parabéns”, proferiu. A festa da subida foi feita de forma única. Devido às contingências, os jogadores, equipa técnica e estrutura festejaram através de vi-
nior seja alimentada, na maioria, por jogadores formados no CD Lousado. “70% do plantel sénior é constituído por atletas da formação. O trabalho é feito de cima para baixo e não ao contrário”, sublinhou. O futuro está assegurado e o presidente deixou uma garantia. As outras equipas “vão ter de levar com o CD Lousado”. Pedro Sousa/José Clemente pub
deoconferência. “Ainda não nos juntamos. Tinha prometido um prémio para eles, mas vai ficar sem efeito. Foi pena ter sido uma festa diferente”, admitiu, firmando, também, a satisfação pela subida da equipa de iniciados à Divisão de Honra. Contudo, o CD Lousado pode disputar esta nova versão da Divisão de Honra sem João Cruz ao leme. O treinador não confirmou a continuação e atirou a decisão da continuidade para mais tarde. Pedro Sousa/José Clemente pub
SUBIDA À DIVISÃO HONRA - AF BRAGA
CLUBE DESPORTIVO LOUSADO
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opiniãopública: 21 de maio de 2020
ESPECIAL
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Nélson Carvalho, ex-treinador União Desportiva Calendário
Rui Faria, presidente da União Desportiva de Calendário
“O nosso objetivo era subir em campo e sermos campeões”
“A subida acaba por assentar como uma luva” A desejada subida foi conseguida. A União Desportiva (UD) Calendário vai disputar a Divisão Honra na próxima temporada e Rui Faria, presidente do clube, garantiu, em entrevista à FAMA, que o “campeonato passava por uma subida” de escalão. Contudo, o objetivo não ficava pela subida. “Não fomos campeões e esse era o nosso objetivo, mas ficámos em primeiro com todo o mérito. A subida acaba por assentar como uma luva”, sublinhou. O CD Lousado e o Operário de Campelos lutaram com a formação de Calendário pela subida e o líder do clube não poupou elogios aos emblemas rivais. Porém, frisou que a equipa que lidera foi “superior”. A festa era para ser feito no campo, mas as contingências não permitem. Por isso, Rui Faria admite que ficou “um sabor amargo na boca”. A Associação Futebol (AF) de Braga decidiu reformular as competições, dando uma nova imagem aos escalões que dirige. O dirigente concorda com as alterações efetuadas, relembrando, no entanto, que ainda há questões por resolver. As instalações do clube foram renovadas quando o presidente assumiu o clube. “Colocámos dois relvados sintéticos. Renovámos cinco balneários e temos iluminação LED de excelência. Há sempre algumas coisas pontuais para fazer, mas o “núcleo duro”, está pronto”, prosseguiu.
Pedro Sousa/José Clemente
Segunda temporada ao leme da União Desportiva (UD) Calendário e objetivo cumprido. “Não vamos esconder que era isto que pretendíamos [subida de divisão].”, esclareceu Nélson Carvalho, em entrevista ao OPINIÃO SPORT. O campeonato foi cancelado e isso criou alguma expetativa e incerteza. “Enquanto a decisão não saiu, estivemos sempre com o pé atrás, na incerteza do que ia acontecer. Felizmente, a AF Braga deu valor às equipas que estavam nos lugares de subida”, sublinhou. Contudo, o desejo passava por consumar a subida dentro das quatro linhas. “O nosso objetivo era subir em campo e sermos campeões. Estávamos focados e comprometidos com esse objetivo”, admitiu, sem esconder que “a cereja no topo do bolo seria ir ao Estádio Municipal de Famalicão receber a taça de campeão”. Na próxima temporada, os campeonatos vão ser disputados com um novo forNélson Carvalho, abandonou, entretanto, mato. “Este alargamento acaba por o comando da UD Calendário. O treinador beneficiar muitas equipas e não considero não chegou a acordo com a direção do que seja excessivo”, justificou, aproveiclube, sabe o OPINIÃO SPORT. tando para dar os parabéns ao CD Lousado e à AD Ninense pelas subidas. A subida está confirmada, mas o fu- que pode trocar de clube, mas assegurou turo de Nélson Carvalho ainda não está que vai dirigir uma equipa na Divisão de decidido. “Tenho recebido alguns convi- Honra. Pedro Sousa/José Clemente tes, não vou esconder. O técnico admitiu
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Por isso, o futuro do clube “está assegurado”, apesar de Rui Faria não continuar na liderança dos destinos da UD Calendário. “Não me vou mais candidatar a presidente. Este vai ser o último ano. Já cumpri o meu dever”, divulgou, admitindo que vai deixar o clube sem dívidas para a próxima direção.
SUBIDA À DIVISÃO HONRA - AF BRAGA
UNIÃO DESPORTIVA CALENDÁRIO
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