Ano 28 | Nº 1465| De 4 a 9 de junho de 2020| Diretor: João Fernandes | Gratuito | www.opiniaopublica.pt
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Paulo Cunha realizou visita às obras de reabilitação
Novo Mercado Municipal abre ao público em janeiro de 2021 p. 5
MUITA GENTE NA REABERTURA DA FEIRA SEMANAL DE FAMALICÃO p. 3
FC Famalicão chega-se à frente na luta pela Europa
Missas Fiéis não esgotam capacidade no primeiro fim de semana Camilo Alunos lançam mais um livro, este ano, sem cerimónia
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Especial 90º aniversário do GD Joane pub
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opiniãopública: 4 de junho de 2020
Corte de trânsito no túnel da Avenida Marechal Humberto Delgado A Câmara Municipal de Famalicão informa que na sextafeira, dia 5 de junho, a circulação automóvel no túnel da Avenida Marechal Humberto Delgado estará cortada nos dois sentidos, entre as 9h00 e as 14h00, devido à realização de uma intervenção no túnel para a manutenção da estação elevatória da rotunda Bernardino Machado, reparação das tampas da rede de águas pluviais e manutenção das luminárias existentes. A Câmara Municipal pede a compreensão de todos pelos incómodos causados.
Tuna Masculina da Cespu doa bens aos bombeiros da cidade
Na passada segunda-feira, a Incognituna –Tuna Masculina da Escola Superior de Saúde do Vale do Ave da Cespu, em Famalicão, doou às duas corporações de bombeiros da cidade, 300 máscaras cirúrgicas e 40 litros de álcool desinfetante. Aliado a este gesto, a Tuna quis também prestar um “enorme agradecimento a todos aqueles que zelam diariamente pelo bem estar da nossa sociedade, nomeadamente aos BV Famalicã o e aos BV Famalicenses, que sã o um expoente máximo de altruísmo e de coragem, porque nem todos os heróis usam capa”, como salienta a Incognitina, em nota de imprensa.
FICHA TÉCNICA
CONSELHO EDITORIAL: Alexandrino Cosme, António Cândido Oliveira, António Jorge Pinto Couto, Artur Sá da Costa, Cristina Azevedo, Feliz Manuel Pereira, João Fernandes, Manuel Afonso e Almeida Pinto. ESTATUTO EDITORIAL: disponível em www.opiniaopublica.pt
DIRETOR: João Fernandes (CIEJ TE-95) jfernandes@opiniaopublica.pt
CHEFE DE REDACÇÃO: Cristina Azevedo (CPJ 5611) cristina@opiniaopublica.pt
REDACÇÃO: informacao@opiniaopublica.pt Carla Alexandra Soares (CICR-248), Cristina Azevedo (CPJ 5611).
DESPORTO: Jorge Humberto, José Clemente (CNID 297) e Pedro Silva (CICR-220).
Alunas da Cior animaram Dia Mundial da Criança em Famalicão Alunas da Escola Profissional Cior, do curso técnico de Animação Sociocultural, assinalaram na segunda-feira o Dia Mundial da Criança, associandose à reabertura do funcionamento da educação pré-escolar na Engenho, em Arnoso Santa Maria, e na Mais Plural, em Gavião. Respeitando as regras e boas práticas de contingência em vigor, proporcionaram às crianças, em espaços ao ar livre, momentos de animação através de várias e alegres canções. Para Carla Vale, coordenadora pedagógica da Engenho “é sempre uma grande alegria sermos surpreendidos pelos alunos da Cior e pelo que eles nos oferecem em termos de animação e criatividade”. Por sua vez, Carolina Pinto, diretora pedagógica da Mais Plural, reforçou o “bom serviço de proximidade desenvolvido pela Cior junto das comunidades locais e muito particularmente das instituições parceiras”. É de referir que ambas as instituições são das lização de estágios profissionais nas áreas da animuitas do município que têm acolhido, há vários mação sociocultural relacionadas com o apoio à inanos, jovens daquela escola profissional para a rea- fância.
Voluntários dos BV Famalicenses regressam ao quartel Os Bombeiros Voluntários (BV) Famalicenses vieram, esta semana, agradecer publicamente, o apoio que receberam durante este período de pandemia que atingiu 13 dos seus operacionais, anunciando também o regresso dos seus voluntários ao quartel, agora que entramos no período de desconfinamento. Neste momento, dos 13 bombeiros que ficaram infetados, apenas um permanece internado, mas em recuperação e com expectativa positiva. Os restantes já recuperaram da doença. Os BV Famalicenses lembram que o primeiro caso foi detado a 30 de março e que para travar este surto adotaram, desde o dia 14 de abril, a decisão de suspender o voluntariado e suportar todo o serviço operacional com o seu grupo de bombeiros profissionais. “Estes, durante 46 dias ininterruptos, estiveram 24 horas no quartel em turnos de sete em sete dias. A eles, o nosso muito obrigado por todo o esforço e sacrifício, físico e psicológico, longe da
família. Foram um exemplo de união e de superação”, escreve a corporação em comunicado à imprensa. Do mesmo modo, agradecem “o fantástico apoio” de todos aqueles que ofereceram e doaram à corporação equipamento de proteção individual, bens alimentares e, muitas vezes,” uma palavra de esperança”.
Ultrapassada essa fase, no passado sábado, os BV Famalicenses iniciaram uma “nova normalidade”. Os voluntários regressaram ao quartel, com os procedimentos de segurança necessários para poderem ajudar quem mais precisa. “Voltámos a respirar voluntariado, voltamos a sentir o sangue quente do toque da sirene”, referem.
Cursos profissionais com pré-inscrições abertas Está aberta a fase de pré-inscrição para os cursos profissionais em Famalicão. As inscrições são formalizadas através do recurso à Plataforma da Oferta Formativa, de forma a que os alunos não necessitem de se deslocar aos estabelecimentos de ensino promotores desta oferta formativa. Para isso, basta solicitar a colaboração do psicólogo da sua escola e. com a autorização do encarre-
GRAFISMO: Carla Alexandra Soares e Pedro Silva.
OPINIÃO: Adelino Mota, Barbosa da Silva, Domingos Peixoto, Gouveia Ferreira, J. Mário Teixeira, José Luís Araújo, Sílvio Sousa, Vítor Pereira. GERÊNCIA: João Fernandes
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gado de educação, a pré-inscrição é feita online. Em Famalicão, esta prática decorre há vários anos, tratando-se, segundo a autarquia, de uma ferramenta de extrema importância que garante tranquilidade e confiança aos alunos e encarregados de educação. Todas as informações disponíveis em www.famalicaoeducativo.pt.
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Paulo Cunha visitou o espaço e ficou satisfeito com o cumprimento das normas de segurança
Muita gente na reabertura da feira semanal de Famalicão Cristina Azevedo Depois de praticamente dois meses circunscrita ao setor alimentar, a feira semanal de Famalicão reabriu esta quarta-feira toda a atividade. E foram muitos os que regressaram a este mercado, que registou uma afluência semelhante à que exista antes da pandemia. Zulmira e Mário Silva, residentes em Cavalões, são frequentadores assíduos e não escondiam a sua satisfação por voltar à feira. “Já havia de ter aberto há pelo menos duas semanas. O confinamento é preciso, mas a economia também precisa de trabalhar e toda a gente necessita de ganhar dinheiro, porque isto está apertado demais”. O OPINIÃO PÚBLICA encontrou este casal na secção de calçado, Paulo Cunha visitou a feira para verificar o cumprimento das normas de segurança já com algumas sacas de compras na mão. “Aqui, temos um poder acontece nas lojas”, afirmava local que também considerou se- centração das pessoas e a ausênde escolha maior e não temos o Mário Silva, para justificar a prefe- guro. “Está tudo de máscara. Tudo cia de materiais de proteção. O presidente da autarquia, vendedor a pressionar, como rência por comprar na feira, um a cumprir”. O mesmo sentimento era ma- Paulo Cunha, fez questão de visinifestado por Narciso Oliveira que tar a feira no primeiro dia de reaveio de Airão, no concelho de Gui- bertura e fez um balanço positivo. marães, à feira de Famalicão. “Os procedimentos de segurança “Acho que está muito organizada estão a ser observados, o uso da e o pessoal está a cumprir rigoro- máscara é generalizado, não só samente”. Juntamente com a es- entre os feirantes, mas também posa, comprou algumas frutas, entre os consumidores, e o gel delegumes e hortícolas para plantar. sinfetante está acessível em múl“Achamos que o preço é melhor e tiplos espaços”, observou o edil, são coisas mais caseiras e não acrescentando que “há na feira tanto de estufa”, afirmou. todas as condições para que as De resto, a Câmara Municipal normas da DGS sejam cumpridas” preparou um plano de contingênFeirantes apreensivos cia para o funcionamento da feira, quanto às vendas que passou pelo alargamento do Da parte dos feirantes, havia espaço disponível para comércio e por um reforço da fiscalização, igualmente um desejo grande de tanto nas entradas como no inte- regressar, mas também um sentiEsta quarta-feira reabriu toda a atividade comercial rior da feira, para impedir a con- mento de incerteza quanto ao fu-
turo. Era o caso de Conceição Martins, que vende bonés, chapéus e outros adereços na feira de Famalicão há 30 anos e para quem estes últimos meses, em casa, “foram muito difíceis”. No entanto, “este primeiro dia está a ser muito fraco e não há clientes”. De igual forma, Sidónio Carvalho, feirante há 40 anos, também não estava muito otimista. “Neste período em que estivemos parados, ficamos sem rendimentos, porque não temos outro ofício”, contou o comerciante de vestuário que não perspetiva grandes melhorias num futuro próximo. “Para já, o movimento é pouco, mas com as comunhões e batizados parados, sem saber se os emigrantes vêm no verão, o negócio vai diminuir muito”. Mais animada estava Olívia Pereira, vendedora de fruta e legumes, um setor que nunca parou. “Hoje veio mais gente. Se todos cumprirem as normas, como hoje, penso que vamos levar o barco a bom porto”. Algumas destas preocupações foram transmitidas a Paulo Cunha, que prometeu ajudar os feirantes. “É um setor a que dificilmente os apoios estatais chegam e não vamos ficar indiferentes às suas dificuldades, apesar de não ser uma competência da Câmara Municipal”, assegurou. Uma das medidas a adotar poderá passar por alargar o regime excecional das taxas que os feirantes pagam. “Com o confinamento, já tínhamos isentando quem não podia estar da feira e reduzido 50% para a chamada feira alimentar. Admitimos, agora, a introdução de novas situações de exceção”.
Startup começou a vender este novo conceito no Dia Mundial da Criança
Baby Box nasce em Famalicão para colocar bebés a dormir em berços de cartão Chama-se Baby Box, ou seja, uma caixa de cartão que visa promover práticas de sono mais seguras de bebés no sentido de prevenir a síndrome de morte súbita do lactente. O produto foi lançado na passada segundafeira, Dia Mundial da Criança, e pode ser adquirido no site da startup famalicense Baby Box. Depois de seis anos em Inglaterra, Verónica Macedo e João Cortinhas decidiram voltar para Portugal quando souberam que iam ser pais. Consigo trouxeram esta ideia que conheceram naquele país e que transformaram em negócio. O conceito nasceu na Finlândia na década de 1930, e está
também presente noutros países como o Reino Unido, Austrália e Estados Unidos, mas é ainda desconhecido no nosso país. “A Baby Box é uma caixa de cartão certificada e muito confortável, especialmente desenhada para caber no interior de berços e camas de grades, embora também possa ser transportada para qualquer lugar da casa, quase como um ninho”, explica a enfermeira de 32 anos, Verónica Macedo. Pelas suas medidas (68 centímetros de comprimento por 42 de largura), a Baby Box reduz a tendência de pôr objetos, peluches, brinquedos e almofadas
no berço, uma prática que pode potenciar mortes por asfixia. João Cortinhas, de 34 anos, vê a caixa como “um meio para um fim, funcionando como um objeto educativo para os adultos”. Isolada suscita uma certa “estranheza”, mas, aliada à educação, “sente-se uma abertura completamente diferente” por parte dos pais portugueses, sublinha o responsável pelas operações e marketing da marca. Para além da caixa propriamente dita, que aguenta um peso até dez quilogramas, a Baby Box inclui ainda um colchão ajustável, uma cobertura impermeável e um lençol 100%
de algodão.Pode ser adquirida por 34,95 euros, sendo que o valor já inclui portes de envio e a marca envia para qualquer ponto de Portugal Continental (as ilhas estarão para breve, garantem Verónica e João). Em acompanhamento pelo Famalicão Made IN, através do seu Gabinete de Apoio ao Empreendedor, a startup Baby Box está instalada na Incubadora Famalicão Made IN - Polo Edifício Globus, em Vilarinho das Cambas. Vender em lojas com porta para a rua também está no horizonte da empresa, mas para já o casal dá prioridade ao site (www.babybox.pt).
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Acesso é ainda condicionado e nesta fase não permite o habitual horário alargado para estudantes
Biblioteca Municipal reabre portas e recebe quase 30 entradas só no primeiro dias Cristina Azevedo lações é condicionada à lotação de cada biblioteca e de cada A Biblioteca Municipal Camilo sala, respeitando as regras de Castelo Branco e os seus Polos distanciamento entre pessoas e de Leitura nas freguesias avan- com recurso ao uso obrigatório çaram, na passada segunda- de máscaras pelos leitores. Tamfeira, 1 de junho, para a terceira bém o tempo de permanência é fase do plano de reabertura con- limitado e o acesso às salas de dicionada e faseada dos servi- leitura e às estantes é também ços. condicionado ao estritamente Apesar de ser já possível fre- necessário e orientado pelos quentar presencialmente a Bi- técnicos da biblioteca. blioteca, Face a estas restrições, não é a entrada, circulação e per- possível prestar o habitual sermanência de leitores nas insta- viço aos estudantes que, por pub
Carla Araújo garante que os espaços foram preparados segundo as regras de segurança
esta altura, usavam a Biblioteca Municipal para estudar e se prepararem para os exames. “Infelizmente, as condicionantes são muitas e temos que garantir condições de segurança, quer para os funcionários, quer para os utilizadores”, referiu ao OPINIÃO PÚBLICA a diretora da Biblioteca Municipal, Carla Araújo. Nos últimos anos, foram alguns milhares os estudantes que passaram pela biblioteca em época de exames que, para o efeito, tinha um horário alargado até à meia-noite. Assim, nesta fase, a Biblioteca Municipal funcionará para atendimento presencial à segunda feira, das 14h00 às 18h00 e de terça a sexta feira, das 10h00 às 12h00 e das 14h00 às 18h00. Já os polos terão horários diferenciados. A permanência também é li-
mitada a uma hora por utilizador, na sala de leitura, e a 30 minutos nos postos de internet, sendo que apenas dois estão a funcionar. Carla Araújo reconhece que este é um atendimento limitador, face à frequência que a biblioteca regista, mas é aquele que é possível face ao período que vivemos. A verdade é que os leitores parecem já ter saudades da sua biblioteca, que fechou portas a 11 de março. E a comprova-lo está o facto de, no primeiro de reabertura, o espaço ter registado 29 entradas, no horário presencial, entre as 14 e as 18 horas “É um número que nos surpreendeu e que mostra que as pessoas estavam mesmo à espera que as portas se abrissem”, confessa Carla Araújo. De resto, no período em que a Biblioteca esteve encerrada ao
público, houve sempre trabalho a ser executado dentro de portas. “Aproveitamos para fazer alguns trabalhos, que no dia a dia de atendimento ao publico, não podíamos fazer, como reorganização e reestruturação das salas e catalogação retrospetiva de alguns acervos que estavam numa segunda fila de espera”, conta a responsável. Para evitar deslocações em vão, os interessados devem privilegiar o contacto prévio com a Biblioteca, através de telefone ou email, e solicitar as informações e os esclarecimentos que necessitar. Por outro lado, continua a funcionar o serviço de empréstimo de livros ao postigo, já iniciado a 18 de maio, e que permite ao leitor reservar um livro que esteja no catálogo disponível online e, depois levanta-lo na Biblioteca.
Colheitas de sangue em Famalicão e Oliveira Santa Maria A Associação de Dadores de Sangue de Famalicão vai promover duas colheitas de sangue. Durante a pandemia de Covid-19, o nível de doações diminuiu substancialmente e com a retoma das atividades cirúrgicas, torna-se imperativo repor os valores habituais nos bancos de sangue. A primeira colheita vai decorrer no domingo, dia 7 de junho, em Oliveira Santa Maria, na sede dos Escuteiros. Os dadores podem comparecer no local entre as 9h00 e as 12h30. Na quarta feira, dia 10 de junho, decorrerá outra colheita de sangue no Centro Pastoral de Santo Adrião, em Famalicão, com o apoio da Guias, da Paroquia santo Adrião e da União de Freguesias de Famalicão e Calendário, entre as 9h00 e as 13h00. Ambas as colheitas são abertas à população w serão realizadas pelo Instituto Português do Sangue e da Transplantação. pub
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Paulo Cunha foi ver como estão a decorrer as obras de reabilitação
Novo Mercado Municipal abre ao público em janeiro de 2021 Cristina Azevedo O novo Mercado Municipal de Famalicão deverá abrir ao público no início do próximo ano. A data foi avançada pelo presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha, que na passada sexta-feira realizou uma visita às obras de reabilitação que estão a decorrer naquele espaço. O edil concluiu que os trabalhos estão a decorrer “a bom ritmo e dentro dos prazos previstos”, pelo que perspetiva que a empreitada esteja concluída no próximo mês de agosto. “De qualquer forma, o mercado que estamos a construir é muito mais do que esta obra, há depois que fazer toda a instalação dos vendedores e dos lojistas, e a nossa expectativa é que no dia 1 de janeiro [2021] este mercado possa abrir ao público, como é por todos desejado”, referiu. A obra foi adjudicada à empresa Famaconcret por mais de três milhões de euros e é cofinanciada pelo FEDER. Neste momento, além da cobertura, já é possível verificar a reabilitação que foi feita nas lojas e também nas zonas onde vão ficar os ven-
As obras de reabilitação do espaço deverão ficar concluídas no próximo mês de agosto
dedores dos produtos hortícolas e frutícolas ou mesmo ter já uma ideia do espaço que será reservado ao convívio e restauração. Paulo Cunha sempre defendeu que o objetivo deste projeto era
fazer do Mercado Municipal um novo polo de atratividade para a cidade e um espaço onde se pudesse promover a produção local e os pequenos produtores locais. Depois de ver o andamento dos
trabalhos, não teve dúvidas em afirmar que “o que está aqui a acontecer é um enorme motivo de orgulho para todos os famalicenses”. De resto, o edil entende que o
atual contexto provocado pela pandemia de Covid 19 veio reforçar ainda mais a necessidade deste equipamento. “Os nossos hábitos mudaram, regressamos ao consumo de proximidade, e o mercado será um argumento muito forte para que, depois da pandemia, possamos manter esses bons hábitos”. O regulamento do novo Mercado Municipal já foi aprovado e publicado, estando, neste momento, a decorrer a seleção das candidaturas dos comerciantes e vendedores que pretendam comercializar aí os seus produtos. A este propósito, Paulo Cunha salienta que “o pressuposto é que todos os que cá estavam possam continuar”, apesar de o novo mercado ter requisitos, normas e regras e horários de funcionamento diferentes dos que existiam até agora. Relativamente à obra física, recorde-se que a fachada do mercado será preservada e as lojas de rua recuperadas, enquanto que o miolo está a ser alvo de uma profunda intervenção que vai permitir dotar o espaço de maior conforto e de melhores condições de funcionamento.
Reabertura aconteceu a 1 de junho com restrições e regras
Já é possível visitar os museus municipais e a Casa do Território Desde a passada segunda feira, dia 1 de junho, que reabriram ao público os museus municipais de Famalicão, entre eles a Casa de Camilo, o Museu da Indústria Têxtil e o Museu Bernardino Machado. A reabertura obedece a várias condições de segurança, inerentes à pandemia de Covid-19, quer para visitantes, como para colaboradores. Para isso, foram reforçadas algumas medidas tais como a "instalação de equipamento de proteção coletiva, o reforço da limpeza e desinfeção dos espaços, a suspensão do uso de folhetos e desdobráveis em papel, a desativação de equipamento multimédia e a definição de lotação máxima dos espaços expositivos e de circulação", explicou a autarquia em comunicado. Apesar das novas medidas, os horários de visita mantêm-se, assim como a obrigatoriedade de uso de máscara, higienização das mãos e distanciamento social. De relembrar que os museus estiveram encerrados desde o passado dia 11 de março na sequência das orientações da Comissão Municipal de Proteção Civil de Famalicão e da Direção Geral da Saúde. Apesar de fechados ao público, este período foi útil para levar a cabo "uma ação de reorganização interna que permitiu avançar no trabalho de projetos pendentes e no investimento de funções museo-
lógicas como a investigação e o inventário", assim como para desenvolver uma "estratégia programática digital, através do facebook da Rede de Museus de Famalicão", referiu o Município. Exemplo disso é a programação online que assinalou o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios e o Dia Internacional dos Museus. Com esta possibilidade de reabertura, a programação nos museus será revista para ser adaptada a atividades dirigidas para pequenos grupos, mas a restante programação online manter-seá. O dia 1 de junho ficou também marcado pela reabertura da Casa do Território, no Parque da Devesa. Em comunicado, a autarquia explica que o acesso ao espaço está condicionado pela higienização das mãos à entrada e uso obrigatório de máscara. Também "o número máximo de visitantes no interior do edifício não deverá ultrapassar as 10 pessoas e o tempo de visita de cada pessoa/grupo não deverá exceder os 30 minutos", acrescenta. As mesmas normas aplicam-se à Livraria Municipal, instalada no interior da Casa do Território, e aos Serviços Educativos da Devesa. Ambos não podem ter mais do que duas pessoas dentro do seu interior, salvo no caso de se tratar de uma família coabitante.
Casa de Camilo, que integra a Rede de Museus de Famalicão
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O OPINIÃO PÚBLICA acompanhou três eucaristias no concelho de Famalicão
Primeiro fim de semana de missas presenciais com metade da adesão prevista Juliana Machado* No âmbito do plano desconfinamento progressivo da pandemia de Covid-19, também as igrejas já começaram a receber os fiéis, depois de mais de dois de meses com as portas fechadas. No fim de semana passado, celebraram-se as primeiras eucarísticas presenciais. Para perceber como se deu esta reabertura, o OPINIÃO PÚBLICA (OP) acompanhou as celebrações religiosas na Igreja de Antas, que decorreu no sábado, assim como na Igreja Matriz Nova, no centro da cidade, e a missa campal no Santuário da Nossa Senhora do Carmo, em Lemenhe, ambas no domingo. As regras de prevenção e segurança ao Covid-19 foram comuns a todos estes espaços. Para comparecerem às eucaristias, os fiéis tiveram que respeitar o uso obrigatório de máscara, a desinfeção das mãos à entrada e saída da igreja e ainda o distanciamento social de dois metros. Para permitir que todas as normas fossem cumpridas, as igrejas disponibilizaram gel desinfetante e máscaras à entrada do espaço, apesar de quase todas as pessoas já estarem sensibilizadas para a sua obrigatoriedade e terem trazido as suas próprias máscaras de casa. Fulcral para a organização foi também a delimitação do espaço através de sinalização nos bancos e no chão. Apesar das normas de segurança impostas no setor, alguns fiéis ainda continuam apreensivos
Mesmo com capacidade reduzida, a Igreja Matriz Nova não esgotou os lugares
com o regresso às igrejas. Prova disso, foi a adesão verificada pelo OP, que mostra que nas três eucaristias a adesão foi de metade, ou até menos de metade, dos lugares reservados. Por exemplo, na Igreja de Antas, que mesmo com o distanciamento social de dois metros é capaz de albergar 150 pessoas, nesta primeira eucaristia apenas verificou a adesão de 50. “Senti-me perfeitamente segura. Se me sinto segura a ir ao supermercado, também me sinto segura a vir à igreja. Todas as regras foram cumpridas. Até para ler a leitura mantive a máscara”, disse Ana Maria, que compareceu à eucaristia na Igreja de Antas. “Como católico praticante, vi com grande alegria a reabertura
das igrejas. Foi com grande dificuldade que vivi estes últimos dois meses”, contou Guilherme Abreu, que compareceu ao mesmo espaço, e, para colmatar o vazio provocado pelo encerramento das igrejas decidiu dirigir-se sozinho à igreja romana, que continuou aberta durante a pandemia de Covid-19, para manter os seus momentos com Deus. O arcipreste de Famalicão, Francisco Carreira, que presidiu à eucaristia na Igreja Matriz da cidade, explicou que “a participação das pessoas foi normal e todas acataram bem as orientações”. Também este espaço estava preparado para receber 190 pessoas, apesar de só terem comparecido cerca de 100. Já o padre António Lopes, que
Em Lemenhe a missa foi realizada ao ar livre no Santuário da Senhora do Carmo
presidiu à missa campal na freguesia de Lemenhe, salientou que “estamos todos ainda num processo de aprendizagem, mas as pessoas têm cumprido todas as orientações, que não foram impostas, mas sim propostas”. O pároco considera ainda que “os fiéis ainda têm medo de comparecer às celebrações”, mas considera que a adesão vai aumentar de domingo após domingo. António Lopes caracteriza o regresso às celebrações presenciais como uma “alegria indiscritível”, depois de dois meses a celebrar as missas numa igreja vazia para que, pelo menos pela internet, os fiéis pudessem continuar a fomentar a sua fé. Um dos momentos mais marcantes das eucaristias passa pelo
momento da comunhão que ainda é encarado por muitos com algum receio. Para anular qualquer perigo de contágio, existem voluntários em todas as missas que disponibilizam gel desinfetante antes do momento da comunhão, enquanto se forma uma fila ordenada e com distanciamento social, antes dos fiéis chegarem aos ministros da comunhão, que também eles usam máscara e passam pelo mesmo procedimento. Este é o único momento em que as pessoas estão autorizadas a tirar a máscara, sendo que não devem responder o habitual “amém” quando recebem a hóstia, exclusivamente nas mãos, de modo a evitar uma possível propagação do vírus. *com Pedro Sousa
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Arciprestado assinala Dia do Corpo de Deus com celebração restrita No próximo dia 11 de junho, feriado nacional, a Igreja celebra o Dia do Corpo de Deus, uma festa móvel em que os católicos evocam a a presença de Cristo na eucaristia. O Arciprestado de Famalicão, apesar de todas as restrições impostas pela atual situação de pandemia, entendeu que não podia deixar de celebrar este dia, embora com diferentes contornos. Assim, no dia do Corpo de Deus, terá lugar um momento de adoração eucarística, às 17h00, na Igreja Matriz Nova de Famalicão, para a qual estão convocados todos os sacerdotes do arciprestado. Cada paróquia, para além da presença do seu pároco, estará também representada por um membro da comunidade. Apesar da participação, de modo presencial, ser limitada a um restrito número de pessoas, “esta celebração constituirá, certamente, um momento privilegiado de oração diante de Jesus Sacramentado”, refere o Arciprestado em nota à imprensa.
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Groove Spot dá aulas de dança grátis on line
Arquivo
A ENIF instalou um abrigo inovador com gel desinfetante. Em parceria com o Continente, a empresa famalicense de comunicação e publicidade pretende ajudar na proteção de todos os utilizadores de transportes públicos e não só. O abrigo está instalado na Avenida José Manuel Marques, junto ao recinto da feira semanal, e contém no interior gel desinfetante, que permite às pessoas desinfetar as mãos e precaverem-se contra a infeção de Covid-19. Para assegurar a total segurança da sua pub
A AEBA tem estado sempre atenta às preocupações dos empresários perante todo o ambiente de recessão provocado pelo governo em política nacional de proteção dos cidadãos e da salvaguarda dos valores potenciais da economia do país.
Assim, no após estado de emergência, em estado de calamidade pública, com o início programado pelo governo de retoma das atividades económicas, a AEBA vem relevar os seguintes pontos considerados muito importantes. 1) O sucesso progressivo e positivo do início da atividade económica em cada área de negócio tem regras e recomendações muito específicas, que cada dirigente deve conhecer e implementar. 2) O sucesso de não haver ou somente haver um efeito insignificante de uma segunda vaga da pandemia, depende principalmente da atuação de cada indivíduo e de cada organização em proteção social. 3) A disciplina no respeito das regras de proteção deverá manter-se e não aceitar facilitismos. 4) Cada pessoa é o elemento principal no combate à pandemia, pela sua autoproteção pessoal e individual, pelo seu comportamento em sociedade no meio dos outros indivíduos. 5) Os procedimentos dentro das empresas ou dentro de espaços, pequenos ou grandes, de atividade profissional, devem ter um sentido de melhoria contínua ao nível das medidas de proteção. 6) Cada um de nós, ao nos protegermos, estamos a proteger os outros, estamos a proteger o emprego, estamos a proteger as empresas, estamos a proteger o futuro.
O Presidente José Manuel Fernandes, Eng.º
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ENIF coloca abrigo com gel desinfetante junto ao recinto da feira
A Groove Spot - Clube de Danças Urbanas de Famalicão está a dinamizar um ciclo grátis de aulas online, com 18 professores, na plataforma Instagram Live da Groove Spot, que decorrem todas as quartas-feiras de junho, entre as 18h00 e as 20h15. Nesta atividade online também se apela ao sentido solidário da comunidade famalicense, publicitando, durante as aulas, o Nib e o MbWay de quatro entidades de Famalicão de solidariedade social. São elas a Humanitave, a Dar as Mãos, a AFPAD e a Refood. Em nota à imprensa, a Groove Spot refere que “espaço cultural comunitário, também se viu abalada” pela situação de pandemia, tendo vindo a reformular possibilidades pedagógicas e criando novas pontes, que continuam a manter vivo este sonho da dança como mais valia na comunidade”. Com as aulas on line, a associação diz que quer “retornar à comunidade famalicense todo o carinho recebido ao longo destes anos de existência e tentar ajudar quem mais necessita”.
A AEBA recomenda continuar a proteger-se e a proteger os outros, assim derrotamos a pandemia, o COVID-19.
CIDADE
utilização, este abrigo tem um doseador de grandes dimensões que está colocado no seu interior e que pode ser ativado com o pé. “Na ENIF promovemos a inovação de forma constante, procurando soluções que sirvam os nossos parceiros e os seus clientes. Fruto da relação de mais de 30 anos que temos com o Continente e sabendo que o Continente tem a inovação no seu ADN, desafiámos a marca a estar connosco neste projeto e felizmente o Continente aceitou” refere Alberto Gomes, CEO da ENIF. pub
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Falecimentos Emília Moreira Vilaça, no dia 1 de junho, com 98 anos, viúva de Américo Gomes da Silva, de Arnoso Santa Maria. Paulo Manuel Araújo e Silva, no dia 28 de maio, com 44 anos, casado com Paula Cristina Fernandes Arantes e Silva, de Couto Cambeses (Barcelos). Agência Funerária Arnoso - José Daniel Pereira Arnoso Santa Eulália - Telf. 91 724 67 03
José Ferreira, no dia 25 de maio, com 86 anos, viúvo de Emília Guimarães Dinis, de Oliveira Santa Maria. Maria Elisa de Oliveira, no dia 28 de maio, com 84 anos, viúva de Justina da Costa, de Moreira de Cónegos (Guimarães). Ana Conceição da Silva Ribeiro, no dia 31 de maio, com 74 anos, casada com José Fernando Mendes da Costa, de Vilarinho (Santo Tirso). Maria de Jesus Gonçalves de Abreu, no dia 1 de junho, com 66 aos, casada com Domingos da Costa Gomes, de Mogege. Agência Funerária Carneiro & Gomes Oliveira S. Mateus – Telm. 91 755 32 05
Júlio Araújo Bessa, no dia 27 de maio, com 74 anos, de Delães. António Pereira de Oliveira, no dia 27 de maio, com 63 anos, casado com Maria Filomena Andrade Pereira Oliveira, de Bairro. Maria Joana Fernandes Correia Araújo (Mariazinha), no dia 28 de maio, com 80 anos, viúva de Manuel de Faria Gonçalves, de Landim. Franklim Pimenta Araújo, no dia 30 de maio, com 69 anos, casado com Maria do Carmo Oliveira Martins, de S. Miguel do Couto (Santo Tirso). Agência Funerária de Burgães Sede.: Burgães / Filial.: Delães Telf. 252 852 325
António Simões Salazar, no dia 26 de maio, com 57 anos, solteiro, de Portela Santa Marinha. António Ribeiro de Oliveira Barroso, no dia 27 de maio, com 67 anos, casado com Aurora Barbosa Mendes, de Telhado. Carolina Pereira Marques, no dia 28 de maio, com 91 anos, viúva de Jerónimo da Silva Ribeiro, de Castelões. Maria Júlia Gonçalves Pereira, no dia 28 de maio, com 47 anos, de Antas S. Tiago.
Maria Vera Machado Ferreira, no dia 26 de maio, com 87 anos, solteira, de Ribeirão. Lia Apolinária Pinto Marta Moreira, no dia 2 de junho, com 88 anos, viúva de Manuel Joaquim Moreira, de Vila Nova de Famalicão. Agência Funerária Rodrigo Silva, Lda Vila Nova de Famalicão – Tel.: 252 323 176
Joaquim Alexandrino Daniel Gomes Martins, no dia 29 de maio, com 81 anos, casado com Maria Luísa Rodrigues de Sousa Daniel Gomes Martins, de S. Martinho de Bougado (Trofa). Paula Cristina Pereira Cardoso, no dia 26 de maio, com 48 anos, casada com Luís Guilherme da Costa Pereira, de S. Tiago de Bougado (Trofa). Clemente do Vale Pereira, no dia 28 de maio, com 68 anos, de S. Martinho de Bougado (Trofa).
Amélia de Jesus Caldeira, no dia 29 de maio, com 86 anos, viúva de Camilo da Costa Osório, de Areias (Santo Tirso). Fernando Moreira de Faria, no dia 29 de maio, com 79 anos, casado com Idalina da Costa e Sousa, de Cabeçudos. Manuel Oliveira Ribeiro, no dia 29 de maio, com 76 anos, casado com Maria Alice Ferreira da Silva, de Cabeçudos. Orlando Pereira de Almeida, no dia 2 de junho, com 83 anos, casado com Almerinda Carvalho Marques, de Antas S. Tiago. Agência Funerária da Lagoa Lagoa – Telf. 252 321 594
Maria Helena Maia Oliveira, no dia 27 de maio, com 74 anos, casada com José da Silva Fontes, de Lousado. Rosa de Jesus Maia Reis, no dia 1 de junho, com 89 anos, viúva de Joaquim Moreira, de Santiago de Bougado (Trofa). Funerária Ribeirense Paiva & Irmão Lda Ribeirão – Telf. 252 491 433
Agência Funerária Trofense, Lda (S. Martinho de Bougado) Trofa – Tel.: 252 412 727
Maria do Carmo de Oliveira Santos, no dia 25 de maio, com 90 anos, viúva de Carlos Augusto da Costa Andrade, de Cavalões.
Hélder Roberto Ribeiro Coelho, no dia 23 de maio (faleceu na Suíça), com 40 anos, casado com Sara Marina Bessa da Silva, de S. Mamede de Negrelos (Santo Tirso). Bernardino Nunes da Cunha, no dia 1 de junho, com 85 anos, viúvo de Conceição da Silva Avidos, de Santo Tirso.
Maria Augusta Gonçalves Vila Nova, no dia 29 de maio, com 84 anos, viúva de Joaquim Domingues de Azevedo Costa, de Fradelos.
Manuel Bernardino Ferreira da Cunha, no dia 2 de junho, com 90 anos, viúvo, de Roriz (Santo Tirso).
José Manuel Oliveira da Silva, no dia 28 de maio, com 48 anos, casado com Teresa Elisa Lopes Moreira, de Gondifelos.
Agência Funerária Riba D’Ave Riba D’Ave – 917 586 874
Manuel da Costa e Silva, no dia 2 de junho, com 72 anos, casado com Maria Alice Oliveira Santos, de Gondifelos. Agência Funerária Palhares Balazar– Tel.: 252 951 147
Maria Cândida Ferreira Machado, no dia 26 de maio, com 86 anos, viúva de Manuel Pereira Machado, de Vale S. Cosme. Agência Funerária das Quintães Vale S. Cosme – Tel.: 252 911 290
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CIDADE
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Alunos do 4º ano lançaram mais um livro de contos, este ano sem cerimónia de apresentação
“A Mulher Fatal” de Camilo inspira “Heróis improváveis” Se não fosse a pandemia da Covid -9, a Casa de Camilo, em Seide, ter-se-ia enchido, na passada segunda-feira, de várias dezenas de crianças do concelho, para apresentar o livro de contos que tinham escrito inspirado numa obra de Camilo Castelo Branco. Não sendo possível a sessão de apresentação, o Município de Famalicão lançou nesse dia, no seu portal oficial, o livro “Heróis Improváveis”, da autoria dos pequenos escritores. A obra está disponível também na plataforma issuu. Este livro é o resultado do trabalho final do Atelier de Escrita Criativa e de Ilustração, deste ano letivo, promovido pelo serviço educativo da Casa de Camilo, com a colaboração do escritor Pedro Chagas Freitas e da ilustradora Gabriela Sotto Mayor. Tendo como mote de inspiração a obra “A Mulher Fatal”, de Camilo Castelo Branco, o projeto envolveu 91 alunos e cinco professores das turmas do 4º ano das seguintes escolas: Centro Escolar Luís de Camões (turma: 4º BB), EB Barranhas (turma BA1), EB Lousado (turma L4B), EB Nuno Simões (turma NS4) e EB Requião
No ano passado, o livro apresentado foi “Os Brilhantes”
(turma D). As crianças, sob a orientação de Pedro Chagas Freitas, deram largas à imaginação e criaram uma narrativa inspirados no romancista de Seide. Finda a com-
posição dos textos, as crianças participaram no Atelier de Ilustração, da responsabilidade da ilustradora Gabriela Sotto Mayor. Aqui, porém, os trabalhos acabaram interrompidos pela pandemia
e foi preciso reinventar para se concluir a publicação. O presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha, mostra-se “satisfeito por se ter finalizado o atelier que, na sua opinião, corpo-
riza uma das dinâmicas do Serviço Educativo do Museu de S. Miguel de Seide: a promoção da leitura e da escrita, desenvolvida, neste caso, com o seu público mais jovem”. Neste sentido, o autarca deixou “palavras de vivo agradecimento” a todos os que deram o seu contributo no desenvolvimento deste atelier e na edição do livro tornado público, afirmando “estar perfeitamente consciente do que esta atividade cultural representa para a valorização da memória patrimonial camiliana no nosso concelho, para reavivar a memória de Camilo Castelo Branco e para fortalecer os laços dos mais novos com a literatura”. Paulo Cunha deixou ainda a garantia que, antes do encerramento das aulas, serão entregues exemplares do livro nas escolas dos alunos participantes, para que cada um dos pequenos escritores guarde o seu primeiro livro escrito e impresso. O Atelier de Escrita Criativa e de Ilustração continuará no próximo ano letivo e a obra a trabalhar será “Amor de Salvação”, a primeira que Camilo Castelo Branco escreveu em Seide. pub
Jorge Paulo Oliveira questiona Governo sobre combate aos incêndios
O deputado famalicense, Jorge Paulo Oliveira, juntamente com outros deputados do PSD, questionaram o ministro da Administração Interna e o ministro da Defesa Nacional sobre o combate a incêndios rurais em várias zonas do país, incluindo o distrito de Braga, alertando para a “grave violação dos prazos previstos e dos calendários estipulados pelo próprio executivo”.
Segundo os parlamentares social democratas, no nível II do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR), que vigora “entre 15 e 31 de maio”, estava previsto que “estivessem operacionais no combate aos incêndios 14 helicópteros ligeiros, 12 helicópteros médios, oito aviões bombardeiros, dois aviões de reconhecimento e um helicóptero reconhecimento, mas muitos desses meios
não estão ainda operacionais deixando alguns distritos “sem qualquer meio aéreo de combate aos incêndios”, sendo disso exemplo o distrito de Braga. Segundo as contas dos deputados do PSD, “faltam os helicópteros previstos para Fafe (Braga), Ourique (Beja), Cernache (Coimbra), Portalegre, Grândola (Setúbal), Santa Comba Dão (Viseu), Vila Real e Alfandega da Fé (Bragança)”, exigindo que o Governo informe se estes meios, pelo menos a partir de 1 de junho, vão estar operacionais. Os deputados frisam que os meios aéreos são “um dos elementos fundamentais de qualquer estratégia de combate” aos incêndios e criticam os “recorrentes atrasos na colocação de meios aéreos no terreno e a violação constante do planeamento previsto no DECIR dos últimos três anos”.
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FREGUESIAS
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Imagem da Senhora da Fátima percorreu as ruas de Cabeçudos, Esmeriz e Seide S. Paio A imagem de Nossa Senhora de Fátima percorreu, na noite do passado domingo, várias ruas da Unidade Pastoral de Cabeçudos, Esmeriz, Palmeira e S. Paio de Seide, numa peregrinação mariana adaptada a estes tempos de pandemia. Esta foi a forma encontrada por aquelas paróquias de reformular as tradicionais procissões de velas, de modo a levar algum conforto e alento a todos os fiéis daquelas comunidades. A imagem da Senhora de Fátima saiu da paróquia de S. Paio de Seide pelas 20h30, passando por algumas ruas e zonas das paróquias de Esmeriz e de Cabeçudos, antes de terminar o seu percurso na igreja paroquial de Palmeira (Santo Tirso). passagem da imagem foi acompanhada por muitos fiéis, dentro e à porta de suas casas, e foi também transmitida online, na plataforma ZOOM para que todos os paroquianos pudessem acompanhá-la na segupub rança do seu lar. Nas casas, janelas, varandas e muros, dezenas de paroquianos colocaram velas, flores, colchas ou panos brancos, para aclamar e louvar Maria, no simbolismo do adeus ao mês a Ela dedicado. Segundo a organização, foi um momento de grande simbolismo e de profunda emoção para as quatro paróquias, que puderam assim, ainda que à distância, reinventar uma tradição comunitária com muitos anos e celebrar de forma simples e alegre a sua fé.
Serviços essenciais de autocarros reforçados em Famalicão A Arriva voltou a redimensionar, na passada segunda-feira, os serviços essenciais de autocarros no concelho de Famalicão, com a reposição da circulação, de segunda a sexta-feira, de mais seis linhas: Ribeirão-Famalicão; Lemenhe-Famalicão; Bairro-Famalicão; Landim e Seide-Famalicão; Famalicão-Lage-Famalicão e Vale S. CosmeFamalicão. Para além deste acréscimo, a Câmara Municipal informa que foram ainda reforçados os horários das linhas repostas a 11 de maio: da Transdev, as carreiras que saem de Nine e Jesufrei em direção a Famalicão; da Arriva, as carreiras que arrancam das freguesias de Riba d’Ave, Fradelos, Portela e Pedome para Famalicão. Refira-se ainda que durante todo o mês de junho continuará a não ser necessária a validação do título de transporte e que deverão ser respeitadas as medidas adotadas em virtude da pandemia, nomeadamente, o uso obrigatório de máscara e/ou viseira no interior do veículo. As linhas Guimarães – Famalicão - Póvoa de Varzim e Famalicão -Santo Tirso, da responsabilidade da CIM do Ave e que servem em parte do território famalicense, também continuam a circular sem necessidade de validação de bilhética. As linhas e os horários estão disponíveis para consulta no portal do município.
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FREGUESIAS
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Iniciativa decorreu no passado sábado, junto à igreja paroquial de Antas
“Projeto Solidário” angariou mais de 150 kg de bens para as famílias carenciadas Juliana Machado “Juntos cuidamos, ajudamos e criamos sorrisos”, foi este o mote da iniciativa solidária promovida por Carina Barroso, no passado sábado, dia 30 de junho, na Igreja de Antas. Integrada no âmbito do “Projeto Solidário”, o objetivo desta recolha manteve-se fiel às linhas matrizes do projeto, que pretende ajudar as famílias carenciadas da Paróquia de Antas, através da doação de bens alimentares, roupas, entre outros. “Os pedidos de ajuda por parte das famílias aumentaram muito, muitas delas com crianças. Sabemos que a tendência é que os pedidos de ajuda aumentem ainda mais porque a quebra a nível de rendimentos ainda não parou”, explicou a responsável do projeto, em declarações ao OPINIÃO PÚBLICA. Os famalicenses têm-se sensibilizado para apoiar o projeto da jovem famalicense, que deu os primeiros passos no Natal de 2019 e ganhou agora uma nova importân-
Voluntários do “Projeto Solidário” e da Conferência Vicentina
cia com a situação pandémica que atravessamos atualmente. “A recolha está a correr muito bem. Já conseguimos mais de 150 kg de alimentos, roupas e brinquedos. Algumas pessoas já enviaram
mensagens a dizer que não iam conseguir estar presentes, mas que estão a deixar bens nos pontos de recolha ou vão encontrar-se connosco para doar mais alimentos”, revelou a Carina Barroso, numa al-
tura em que a recolha ainda não estava concluída. A Danniel Sampaio Barbearia, o bar dos Bombeiros Voluntários de Famalicão e o café O Gula, são alguns dos pontos de recolha, na ci-
dade de Famalicão, que estão a colaborar com o projeto. Depois de angariados, os bens são distribuídos pelas famílias carenciadas de Antas pela Conferência Vicentina. “Fazemos sempre uma análise à família em questão, que tem de cumprir uma série de requisitos para ter direito a estes apoios. Se a família está a passar por necessidades, nós fazemos uma visita onde averiguamos a situação. Só se a família se enquadrar é que a ajudamos, muitas vezes no próprio dia, porque chegamos a alguns lares em que não há alimentos nas prateleiras, no frigorifico, nem refeições na mesa há dois ou três dias”, revelou Nuno Pacheco, voluntário da Conferência Vicentina. Por último importa referir que o trabalho desta associação dobrou desde o início da pandemia de Covid19. Se antes ajudavam cerca de 45 famílias, agora são já 90, consequência da perda de rendimentos, nomeadamente a situação de lay-off, e, em muitos casos, o emprego.
A comemoração da data foi fortemente condicionada devido à pandemia
Engenho celebrou 26 anos juntando os seus colaboradores A Engenho - Associação de Desenvolvimento Local do Vale do Este – celebrou, na passada quarta-feira, dia 27 de maio, o seu 26º aniversário. Fortemente condicionada pelo seu plano de contingência, a instituição assinalou esta data juntando os seus colaboradores, uma vez que têm sido eles que, “neste tempo duro e difícil e na linha da frente, têm mantido o ânimo e coragem”, relevou, em nota enviada à imprensa, o presidente da direção, Manuel Augusto de Araújo. “Nesta crise que enfrentamos, a Engenho tem cumprido com muito esforço a sua missão ao serviço das comunidades e é fundamental que
todos se concentrem no essencial, pois impõe-se capacidade de organização, ação, determinação e sentido de responsabilidade individual e coletiva”, reforça o responsável. Não obstante, Manuel Araújo referiu ainda que deverá chegar um momento em que será necessário “refletir, debater, mudar e aprender,” pois daqui para a frente “tudo será diferente e que seja para melhor”. A Engenho, no decorrer desta crise e com base num plano de contingência “robusto” em todos os seus serviços, tem em funcionamento o Lar, Serviço de Apoio Domiciliário, Centro de Dia com serviço ao domicílio, Creche, Serviço de Atendimento e Acompanha-
mento Social e Pré- Escolar, que foi reaberto no passado dia 1 de junho. Refira-se que, ao contrário do que acontece todos os anos, por causa da pandemia, a Engenho não pode organizar a sua habitual Festa Comunitária, no último domingo de maio, onde se reúnem dirigentes, colaboradores, associados, autarcas, parceiros e amigos. Nesta Festa previam-se iniciativas de encerramento das comemorações dos 25 anos da Associação, com destaque para a apresentação do livro já escrito, mas não editado “Engenho – 25 Anos – Um Projeto e uma Obra”, com uma mensagem de abertura do Presidente da República.
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Famalicão
Barbosa: Rua Santo António, Tel. 252 302 120 Calendário: Rua da Liberdade, Tel. 252 378 400/1 Cameira: C. Mouzinho Albuquerque, Tel. 252 323 819 Central: Praça D. Maria II, Tel. 252 323 214 Nogueira: Av. Marechal H. Delgado, Tel. 252 310 607 Valongo: Rua Adriano Pinto Basto, Tel. 252 323 294 Gavião - Av. Eng. Pinheiro Braga, 72 - Telef. 252 317 301 Marinho: Edif. S. José - Estalagem - Telf. 252 921 182 Martins Ventura: R. C. Cerejeira - Lousado - Telf. 252 493 142 Estação: Largo da Estação - Nine - Telf. 252 961 118 Ribeirão: Rua Quinta Igreja 9 - Ribeirão - Telf. 252 416 482 Joane: Rua S. Bento, nº 217 - Telf. 252 996 300 Landim: Estrada Nacional 204/5, nº 693 - 252321765
Famalicão Quinta, 4
Serviço Valongo
Sexta, 5
Barbosa
Sábado, 6
Cameira/Ribeirão
Domingo, 7
Central
Segunda, 8
Calendário
Terça, 9
Nogueira
Quarta, 10
Valongo
Vale do Ave
Almeida e Sousa: Covas - Oliv. Stª Maria - Telf. 252 931 365 Bairro: Av. Silva Pereira, Telf. 252 932 678 Delães: Portela - Delães - Telf. 252 931 216 Riba de Ave: Av. Narciso Ferreira, Telf. 252 982 124
Vale do Ave
Serviço
Quinta, 4 Sexta, 5 Sábado, 6 Domingo, 7 Segunda, 8 Terça, 9 Quarta, 10
Bairro Delães Riba de Ave Almeida e Sousa Delães
Serviço de disponibilidade
Paula Reis: R. José Elisio Gonçalves Cerejeira, nº 629 Calendário - Tel. 252 378 057 Maceiras: Louro - Telf. 252 310 425 Marques: Largo da Igreja - Fradelos - Telf. 252 458 440 Oliveira Monteiro: Largo Igreja - Cabeçudos - Telf. 252 331 885 Pedome: Av. S. Pedro, 1139 - Pedome - Telf. 252 900 930 Pratinha: Largo do Cruzeiro - Cavalões - Telf. 252 375 423 S. Cosme: Vale S. Cosme - Telf. 252 911 123 Arnoso: Av. Joaq. Azevedo - Arnoso Sta. Maria - Telf. 252 916 612
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PRAÇA PÚBLICA
Bússola
Rés-pública
José Miguel Silva
Célia Menezes
Vírus SARS-CoV-2 “A Saga contínua…” Não… não estamos a falar de um novo vírus. A doença provocada pelo SARS-CoV-2 foi designada pela OMS por Covid 19 (do inglês Coronavirus disease 19), aquele vírus que veio alterar os nossos hábitos, que entrou nas nossas vidas sem pedir autorização! Durante meses Portugal fechou portas… os portugueses fecharam-se nas suas casas; a prioridade era salvar vidas e o distanciamento social a principal arma de combate à doença. Suspenderam-se os ataques políticos e a “democracia não ficou suspensa”. Assistimos a um crescimento rápido da utilização dos meios digitais. O recurso ao teletrabalho, a utilização da plataforma Zoom para dar as aulas, fazer conferências, reuniões, foram uma constante. Todavia, o equilíbrio entre as vantagens e desvantagens destes recursos são difíceis de conseguir. No caso do teletrabalho e das aulas à distância, por exemplo, é necessário uma grande adaptação dos horários a serem cumpridos quer pelos pais, quer pelos filhos estudantes. O ano 2020 está definitivamente marcado pela pandemia e todas as suas implicações a nível de natureza social, política e económico. A saga continua e as desigualdades acentuam-se! E se o Covid 19 nunca desaparecer? Segundo afirmou Michael Ryan, diretor executivo da Organização Mundial de Saúde (OMS), “o coronavírus pode tornar-se num vírus endémico e jamais desaparecer.” Efe-
tivamente, ainda é muito difícil prever quando o coronavírus poderá ser vencido. Ainda há um longo caminho a percorrer para que tudo volte à normalidade. Além de ser uma doença nova, que pouco se sabe a respeito, uma outra dificuldade é o próprio vírus em si. O HIV, por exemplo, não desapareceu e ainda não existe uma vacina, apenas existe tratamento e métodos de prevenção. A malária é outra doença endémica há décadas e para a qual ainda não existe uma vacina amplamente eficaz. Certo é que, as pessoas encontraram uma maneira de viver com elas. No caso do Covid 19, a vacina aceleraria o controlo da doença, mas importa ressalvar que mesmo com a vacina, a imunização da doença levaria o seu tempo. E quanto à capacidade de distribuição? A quantidade de doses disponíveis nos próximos anos poderá ficar muito aquém da procura mundial. Há também, o risco dos países mais ricos as açambarcarem para protegerem os seus cidadãos. Onde ficaria Portugal? Não conseguimos prever exatamente quanto tempo mais vai durar esta pandemia, como vai acabar a crise sanitária que vivemos e quais as repercussões que terá a todos os níveis, mas podemos minimizar o seu impacto negativo se agirmos com serenidade e bom senso e se tomarmos em cada momento as medidas emanadas pela DGS. celiamenezes.opiniao@gmail.com
António Cândido Oliveira
Serviços Públicos Locais: A Biblioteca Municipal interessante contar), a recolha regular de resíduos sólidos (que não é tão antiga como isso), a recolha e tratamento de águas residuais (mais recente ainda), o abastecimento de energia elétrica (serviço público centenário que nos dias de hoje é feito, no nosso concelho, por concessão de duas cooperativas e pela EDP), os transportes urbanos, entre muitos outros. Abordamos hoje um serviço público de mais de um século que se traduz na leitura de livros, revistas e jornais e que hoje está muito desenvolvido no nosso concelho. Tem o nome de Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco e o seu edifício principal está no Parque de Sinçães para onde se transferiu da cave dos Paços do Concelho em 1992. Para além do edifício principal,
Numa altura em que o Primeiro-Ministro António Costa tenta condicionar a comunicação social com uma oferta de 15 milhões de um Governo de Esquerda, copiando aquilo que José Sócrates tentou fazer, e sendo eu uma pessoa grata devo aqui um agradecimento ao Jornal Opinião Publica pelo convite que me endereçou, bem como aos meus amigos José Leite e Hugo Mesquita, por quem tenho estima e consideração (o que na política dos dias de hoje é cada vez mais difícil) para aqui escrevermos, sendo de direita e politicamente "incorreto", ou seja, sendo livre e com a capacidade de pensar
pela própria cabeça. Nos últimos anos, principalmente de 2015 em diante, muita coisa mudou na política portuguesa, gente que perdeu eleições conseguiu governar, o país esqueceu-se de quem o salvou do abismo e a direita que ganhou eleições no ano de 2015, em 2019, conseguiu autoimplodir-se. Entretanto, quando à direita havia alguma esperança, e aqui refirome diretamente à nova liderança do CDS, veio uma pandemia que tudo mudou. Ser de direita, passou de ser oposição ao Governo de esquerda para ser solução para o país.
Estivemos calados, colaboramos com o Governo, demos o exemplo ficando em casa, como por exemplo no 1º de Maio. Haverá certamente tempo para acatarmos as responsabilidades a quem é devido. De uma coisa não nos podemos esquecer, ser de direita popular e patriótica em Portugal é combater as Catarinas, os Jerónimos e os Costas desta vida, mas, principalmente, os Venturas e os Marcelos populistas desta vida. Da minha parte, estarei sempre na fronteira da direita com os extremismos e populismos. Até já.
Chão Autárquico Vieira Pinto
Desafios dos tempos de mudança
Diário famalicense
Não devemos perder a ideia de que um município é antes de mais um prestador de serviços. Presta numerosos serviços públicos de forma direta ou indireta (nomeadamente por concessão) aos seus munícipes e frequentemente não damos por isso. É certo que o município tem outras tarefas e uma delas manifesta-se por um poder de autoridade como é, por exemplo, o dos licenciamentos e o da fiscalização do cumprimento de numerosos regulamentos. Muitos famalicenses não têm, entretanto, uma consciência clara de alguns dos numerosos e importantes serviços públicos que se traduzem em prestações de interesse para os cidadãos. A título de exemplo lembremos o abastecimento domiciliário de água (que tem uma longa história que seria
Ser de Direita em tempos de Pandemia
formam parte deste serviço público 5 polos: um, em Rida d’Ave, com 66 lugares sentados; outro, em Ribeirão com 30 lugares; também um polo em Joane; outro, em Lousado; e em Pousada de Saramagos com 32 lugares sentados. Estão a trabalhar neste serviço público 26 funcionários, dos quais 18 na sede. Muito haveria a dizer deste serviço público que tem dezenas de milhar de volumes, centenas de leitores e acolhe também meios audiovisuais. Iremos dando informação mais detalhada à medida que a obtivermos. Vale a pena visitar o site da Biblioteca facilmente disponível E contamos falar de outros serviços públicos, pois trata-se de uma matéria sempre em evolução e com muito interesse.
A crise que assolou o mundo com o Covid.19 trouxe-nos a necessidade de muitas mudanças, umas institucionais, outras voluntárias, da iniciativa de cada um de nós. Voltamos, assim, ao normal, o qual, com segurança, ninguém, poderá dizer que o novo normal será o que passou. Uma coisa é certa, tal mudança vai requerer uma maior responsabilidade cívica de cada um, no fazer social. O mundo mudou de forma repentina. Desta feita, ficamos sujeitos, entre outras, a novas intervenções políticas, económicas e sociais. O que muito vai mudar em cada pessoa. O Covid19 bateu forte, em toda a sociedade. E foi, por isso, que mereceu uma resposta económico-financeira e social das instituições europeias, designadamente, para os países, seus membros, mais afetados pela pandemia. Esta atitude das instituições tem um nome: solidariedade. Ela chegou, finalmente! Mas, esperemos mesmo, que sim. A própria Igreja reiniciou a as suas atividades, com diversas restrições quanto ao culto de reuniões. Mas, a Igreja terá que valorizar e promover outras formas de comunicação e presença, no sentido de que a mensagem cristã melhor possa chegar aos seus fiéis. Na verdade, com as restrições, atendíveis, não se vislumbra, para já, as igrejas cheias e, muitas vezes, com multidões nos atos religiosos, o que muito agrada aos celebrantes e pregadores, naturalmente. De fato, a igreja, face aos desafios que se lhe apresentam na socie-
dade de hoje, não poderá deixar de contar com as tecnologias do mundo digital, colocando este, ao serviço da evangelização dos fiéis. Se Cristo caminhasse, pregando, hoje, por terras do Oriente, ou outras, e, pretendendo chegar a todos os povos, com certeza que Ele não se faria transportar num jumento. Utilizaria, para tal, qualquer meio de transporte existente na sociedade de hoje, para chegar a todos. E, para muito melhor, levar a sua mensagem a todos, utilizava, com certeza, o mensageiro digital. A Igreja, estou convencido, vai usar estes meios de comunicação em força para fazer chegar a mensagem evangélica aos seus fiéis. Na sequência das instruções dos poderes públicos, a hierarquia da Igreja, por sua vez, procedeu a orientações para o funcionamento das atividades do culto, sobretudo, nesta fase inicial do confinamento. Assim, a administração concreta no quotidiano de tais atividades, vão sendo administradas, pelos respetivos párocos, em obediência àquelas orientações. Em nossa modesta opinião, a nossa paróquia vai orientado, e bem, de forma acolhedora os féis, que preferem participar, de facto, nas celebrações de culto, na sua própria igreja. Sobretudo, no que concerne ao distanciamento social e outras normas de segurança, utilizando também a pedagogia dos atos rituais, das mesmas celebrações. Tudo, assim, para que todos estejam em segurança. Tempos de mudança!
opiniãopública: 4 de junho de 2020
DESPORTO
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A equipa famalicense aguentou a pressão portista nos primeiros 30 minutos de jogo num ritmo lento e sem grandes ocasiões
FC Famalicão saca do “Pote d’Ouro” e anseia pela Europa 2-1 Estádio Municipal de Famalicão Árbitro: Nuno Almeida Aux: André Campos e Venâncio Tomé VAR/AVAR: Luís Ferreira / Nelson Cunha
FC Famalicão Rafael Defendi (C) Ivo Pinto Roderick Miranda Nehuén Pérez Alex Centelles (Walterson 80’) Uros Racic Pedro Gonçalves Diogo Gonçalves Rubén Lameiras (Patrick William 64’) Fábio Martins (Guga 74’) Toni Martínez
FC Porto Marchesín Tecatito Corona Pepe Mbemba Manafá Danilo (C) (Zé Luís 72’) Sérgio Oliveira Otávio Marega Luís Díaz Tiquinho Soares (Aboubakar 80’)
Treinadores João Pedro Sousa
Sérgio Conceição
Golos: Fábio Martins (48’); Tecatito Corona (74’); Pedro Gonçalves (77’) Cartões Amare los: Nehuén Perez (4'); Toni Martinez (39'); Otávio (45+2’); Alex Centelles (63'); Rafael Defendi (88') Cartões Vermelhos: Nada a registar
Pedro Sousa A espera finalmente acabou. O futebol regressou ao Estádio Municipal de Famalicão e trouxe também um grande resultado
para a equipa do Futebol Clube (FC) de Famalicão. A primeira meia hora de jogo foi complicada, mas na segunda parte, o emblema famalicense marcou e controlou a partida. Fábio Martins e Pedro Gonçalves receberam as prendas e deitaram fora. Três pontos que dão alento ao Vila Nova na luta pela Europa. A equipa da casa entrou em campo sem o pendulo do meio campo. Gustavo Assunção não entrou na ficha de jogo e a fórmula Racic – Pedro Gonçalves funcionou mais uma vez. Fábio Martins encarnou o papel de “número dez”, enquanto Diogo Gonçalves e Rúben Lameiras preencheram as alas do ataque. Um setor ofensivo diferente e talvez, por isso, não funcionou na primeira meia hora. A formação de Sérgio Conceição entrou forte e a pressionar em zonas muito ofensivas. O FC Famalicão começava a construir com cinco homens e os portistas pressionavam, em muitos casos, com seis elementos. Estavam em superioridade numérica no momento da pressão alta e condicionou o jogo de passe da formação da casa. Nos primeiros 30 minutos, o FC Porto teve as
melhores ocasiões de toda a partida. A primeira nasceu de um passe em profundidade para Marega, mas o remate foi travado por uma defesa de Defendi. Pouco tempo depois, foi a vez de Racic vestir o papel de guarda-redes. Luís Díaz, solto na grande área, teve tempo para ajeitar a bola, rematar, mas apareceu Uros Racic a vestir o fato de guardião e evitar o tento portista. Com o FC Porto a todo o gás, Defendi voltou a ser chamado e correspondeu com mais uma grande defesa. Cabeceamento de Tiquinho Soares e o guardião brasileiro foi ao relvado evitar o golo.
O FC Famalicão começou, aos poucos, a sacudir a pressão e a chegar à baliza de Marchesín. Contudo, ao intervalo, o resultado estava empatado a zeros. Foi então que, já na segunda parte, começaram a chegar as prendas para a equipa da casa. Marchesín foi o primeiro a distribuir. Atraso de Manafá e o guardião argentino bateu mal na bola e passou-a para Fábio Martins. No interior da grande área e de baliza aberta, o camisola 11 só teve de encostar para o primeiro golo. Os comandados de Sérgio Conceição voltaram a pressionar alto, mas sem a mesma eficácia outrora. O Vila Nova ia contro-
MELHOR FC FAMALICÃO:
Rafel Defendi Pedro Gonçalves foi o herói, mas as duas defesas de Defendi na primeira parte deram folgo ao FC Famalicão. Uma com o pé esquerdo e outra cheia de reflexos, impediram que o FC Porto se adiantasse no marcador na primeira etapa do encontro. Na restante partida, mostrou-se sereno e seguro nas saídas.
lando os lances ofensivos forasteiros, mas numa bola lançada por Sérgio Oliveira para a grande área, encontrou Corona sozinho e o mexicano teve tempo para rececionar e rematar para o fundo da baliza famalicense. Quando muita gente esperava o ataque final do FC Porto em busca dos três pontos, Pedro Gonçalves teve outra intenção. O camisola 28 tabelou com Racic e depois aproveitou a avenida dada pelos jogadores do clube portista. Correr vários metros sem oposição e depois rematou colocado, não dando hipóteses de defesa a Marchesín. O coroar de uma bela exibição do “Pote d’Ouro” famalicense. Até ao final, o desespero portista foi insuficiente para responder. Este triunfo deixa o FC Famalicão com 40 pontos e permite continuar a sonhar com um lugar europeu. Na próxima terça-feira, os comandados de João Pedro Sousa deslocam-se ao terreno do Gil Vicente FC. O jogo da 26ª jornada começa às 21h. O Vila Nova, para esse jogo, não vai puder contar com Fábio Martins e Alex Centelles que viram o 5º cartão amarelo na partida frente ao FC Porto. pub
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DESPORTO
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Ribeirão FC apresenta dois reforços
O Ribeirão Futebol Clube (FC) começa a formular o plantel para a próxima temporada. John Ofotsu Twasan e Djaty Ivan Landry foram apresentados na manhã desta quinta-feira pelo emblema ribeirense. John Ofotsu Twasan tem 24 anos e é defesa central. O ganês chega proveniente do MSK Povazka, Eslováquia. Já Djaty Ivan Landry é ponta de lança e representou o Oliveira do Douro. O jovem jogador de 20 anos nasceu na Costa do Marfim. Depois de anunciar Luís Merêncio como técnico para a próxima temporada, o clube ribeirense anunciou também as saídas de André Gomes, Afonso, Serginho, Lucas, Gonçalo Guimarães, Sócrates, Simão Oliveira, Vitó, Hélder Araújo e João Cruz.
Terras é o novo diretor desportivo do Operário FC O Operário Futebol Clube (FC) anunciou o novo diretor desportivo. Terras vai assumir o cargo e já está a preparar a próxima temporada. No anúncio no Facebook, o clube aponta o novo diretor desportivo como sendo alguém com “grande profissionalismo, determinação e muita ambição”. “A identidade do Operário FC é a cara do nosso diretor desportivo”, finaliza.
Xavier Silva e equipa técnica continuam no Operário FC
João Leal Amado “aplaude” a decisão da Autoridade da Concorrência
Acordo na Liga para limitar a contratação de futebolistas vale "zero" O advogado João Leal Amado, especialista em direito laboral e desportivo, defendeu a liberdade de contratação de futebolistas que rescindam contrato unilateralmente devido à pandemia de covid-19, considerando que promover o contrário desrespeitar a lei. “Estes são acordos limitativos da concorrência entre os clubes no mercado de trabalho desportivo, típicos de um cartel, que sacrificam um direito fundamental dos trabalhadores, de qualquer trabalhador, que é a liberdade de trabalho – e cujo valor jurídico é, portanto, equivalente a zero”, justificou o jurista, no espaço de reflexão no sítio do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF) na Internet. Neste artigo, o professor da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra ‘aplaudiu’ a decisão da Autoridade da Concorrência (AdC) em impor terça-feira uma medida cautelar à Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) para pôr fim ao impedimento de contratação destes futebolistas, conforme acordado entre os clubes. “Pela minha parte, não posso senão aplaudir esta decisão da AdC. O acordo interclubes em causa é rotundamente ilegal. Viola, como referi, o disposto no art. 138.º do Código do Trabalho, em matéria de liberdade de trabalho. E viola também, como a AdC indicou, a legislação da concorrência”, reforçou
Na terça-feira, a AdC impôs uma medida cautelar para pôr fim ao impedimento de contratação de jogadores que rescindam contrato unilateralmente devido à pandemia de covid-19. Em 7 de abril, os clubes da I Liga portuguesa de futebol comprometeram-se a não contratar qualquer jogador que tenha rescindido ou rescinda unilateralmente o contrato de trabalho devido à pandemia da covid-19. "Nenhum clube irá contratar um jogador que rescinda unilateralmente o seu contrato de trabalho evocando questões provocadas em consequência da pandemia de covid-19 ou de quaisquer decisões excecionais decorrentes da mesma, nomeadamente da extensão da época desportiva", escreveu a LPFP, em co-
municado. No artigo de opinião, com o título “Jogadores, trabalho e concorrência: a mesma luta?”, João Leal Amado considerou “estranho que tais práticas anticoncorrenciais tenham sido difundidas e publicitadas como o foram”. “Normalmente, quem viola a lei fá-lo de forma discreta ou clandestina. Tenta que ninguém saiba, que ninguém detete, que ninguém se aperceba, que ninguém descubra, que ninguém, sequer, desconfie. Mas nada disso, verdade seja dita, aconteceu aqui: os clubes divulgaram e publicitaram amplamente o conteúdo das suas práticas concertadas ilegais. Quiçá, mais uma especificidade desportiva… A AdC, com tamanho ruído, terá sido obrigada a intervir. Fez bem”, concluiu.
Nelson Carvalho assina pelo CD Lousado
Depois do anúncio da contratação de Terras como diretor desportivo, o Operário Futebol Clube (FC) comunicou a continuidade de Xavier Silva à frente da equipa sénior. Juntamente com o treinador, a restante equipa técnica vai dar seguimento ao trabalho desenvolvido no clube. Marco Ferreira e Tiago Coelho vão continuar a desempenhar a tarefa de treinadores adjuntos e Pedro Moreira continua com a responsabilidade de ser o treinador de guarda-redes. No Facebook, o Operário FC revelou que “Xavier Silva e restante equipa técnica demonstraram-se desde o primeiro dia comprometidos com o Operário Futebol Clube e em dar continuidade ao trabalho iniciado na temporada anterior”.
Momentos após o anúncio da saída de João Cruz do Clube Desporto (CD) do Lousado, o clube comunicou a contratação de Nelson Carvalho para ser o novo técnico da formação. O técnico esteve, na época passada, ligado à União Desportiva (UD) Calendário, tendo subida a equipa à Divisão de Honra. Depois da boa prestação, o CD Lousado, que também subiu para a Divisão de Honra, contratou o treinador que não chegou a acordo para continuar na equipa de Calendário. Com o técnico, chega também Sérgio Pereira e o Cláudio Costa.
A história do Grupo Desportivo (GD) de Joane começou a ser escrita a partir de 10 de junho de 1930. Primeiro como Futebol Clube (FC) de Joane, passando por Grupo Desportivo da JOC de Joane, Flechas e Clube Futebol “Os Águias”, o emblema da vila de Joane reescreveu as páginas no ano de 1969, quando adotou o nome atual. Desde então, são presenças na II Divisão Nacional de futebol, as três Taças da AF Braga e uma presença nos oitavos de final da Taça de Portugal que enriquecem o histórico de um símbolo perto de celebrar 90 anos de existência. Pelo meio, são tantas as vivências e momentos marcantes que estão gravados nos livros, mas principalmente na memória das pessoas que participaram nesta imensa vida do clube.
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CRONOLOGIA
1976
1930 O ano da criação do Futebol Clube de Joane. Jovens com ligações fortes à freguesia de Joane decidiram criar uma equipa de futebol. Nos primeiros tempos, esta formação disputou campeonatos da antiga INATEL, mas sempre sem grande relevo. Contudo, este foi o ano onde a história começou a ser escrita.
1969 Uma nova era nasceu. O Grupo Desportivo de Joane foi criado, com o objetivo de alargar o leque de modalidades no clube. Para além do futebol 11 masculino, Custódio Ribeiro, Joaquim Martins, Padre Benjamim Salgado, Dr. Artur Melo e Artur Mesquita decidiram criar uma equipa de futebol 11 feminina, pesca desportiva, atletismo, entre outras. A formação sénior masculina continuou a disputar a FNAT (antiga INATEL).
1972
Estreia nos campeonatos nacionais. O GD Joane subiu à III Divisão e permaneceu durante três temporadas, voltando aos campeonatos distritais em 1979.
1984 Na década de 80, o GD Joane viveu os melhores momentos até agora. Em 1984, o clube joanense venceu a segunda Taça AF Braga, afirmando-se cada vez mais no panorama do futebol distrital.
1985 O GD Joane, depois de realizar temporadas regulares, conseguiu subir de divisão. O emblema joanense venceu a Divisão da AF Braga, sagrando-se campeão e voltando, assim, à III Divisão Nacional.
1988
O primeiro título do GD Joane. A conquista da Segunda Série do Campeonato Corporativo da FNAT trouxe a primeira felicidade ao renovado clube.
1976 Conquista da Taça AF Braga. Já a disputar os campeonatos da associação bracarense há três temporadas, o GD Joane consegue vencer o primeiro dos três trofeus da AF Braga que possuiu no palmarés.
Um dos momentos mais altos da história do clube. O segundo lugar na III Divisão permitiu a subida à II Divisão Nacional, disputando-a com emblemas consagrados do futebol nacional. A I Divisão estava perto. pub
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1989
17
2012
O GD Joane faz a estreia na II Divisão Nacional e consegue atingir a melhor classificação de sempre. A equipa joanense terminou a época na 10ª posição. Permaneceu nesta divisão por quatro temporadas.
1999
Algumas épocas a disputar a III Divisão Nacional, o GD Joane sagrou-se campeão do escalão e foi promovido, novamente, à II Divisão B. Fica duas épocas, estreouse no Campeonato de Portugal, que surgiu depois de uma reformulação dos campeonatos, mas desceu em 2014 para a Pró-Nacional AF Braga, voltando, vários anos depois, ao futebol distrital.
2018 Depois do regresso à III Divisão Nacional em 1992, o GD Joane ficou sete temporadas neste escalão. Em 1999, terminou em segundo lugar e voltou, então, para a II Divisão Nacional – Zona Norte. Permanece uma temporada e desceu a descer para a III Divisão Nacional.
2001 Voltou a brilhar na III Divisão, alcançando o segundo lugar e a promoção à II Divisão B (equiparada, atualmente, ao Campeonato de Portugal), entretanto criada. Fica apenas uma época e volta a descer.
Último grande título do GD Joane. Depois da final da Taça AF Braga perdida em 2015/2016, o GD Joane voltou a ir ao jogo decisivo e venceu o terceiro trofeu da associação do palmarés. pub
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ANTIGOS PRESIDENTES
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Custódio Batista, presidente Grupo Desportivo de Joane
“O GD Joane tem uma grande história em termos de futebol” “Aquilo que eu sei, é que o GD Joane tem uma grande história em termos de futebol”, foi assim que Custódio Batista, atual presidente do Grupo Desportivo (GD) de Joane, começou a conversa com o OPINIÃO SPORT. O líder do clube joanense recordou algumas histórias que já viveu como presidente, mas sobretudo como adepto. “Recordo-me de quando assumi os destinos do GD Joane, no ano anterior, subimos à II Divisão B e foi quando entraram aqui uns investidores, destruindo um bocado o clube”, relembrou. A equipa de Joane voltou aos campeonatos distritais e Custódio Batista considera que o trabalho, até a este momento, “tem sido bem feito”. Já no segundo ano de presidência, o emblema joanense começou a dar sinais desse bom trabalho desenvolvido, alcançando a final da Taça AF Braga. “Não ganhámos, mas foi muito disputada. Foi resolvida em dez penáltis para cada equipa”, lembrou. Contudo, dois anos após a derrota nas grandes penalidades, o GD Joane regressou ao jogo decisivo e o resultado foi diferente. “Dois anos depois, voltamos à final e ganhámos. Foi uma festa bonita. São momentos que não se consegue esquecer. Vamos tentar repetir na próxima época para dar uma alegria aos adeptos”, completou. O futuro já está a ser lançado e a aposta na formação é uma realidade, mas com o
objetivo de regressar ao futebol nacional. “Foi sempre um objetivo regressar aos campeonatos nacionais. Pensava que isso seria mais fácil, mas relativamente à parte financeira... Há equipas com mais possibilidades e que têm mais condições”, revelou, afirmando que a equipa técnica vai continuar no GD Joane. Pedro Sousa
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Hélder Azevedo, coordenador da formação do Grupo Desportivo de Joane
“O GD Joane pode olhar para a formação como um futuro” O Grupo Desportivo (GD) de Joane faz 90 anos de vida e, principalmente, o passado é sempre o mais falado. Contudo, no clube há quem prepare o futuro há oito anos. Hélder Azevedo é o coordenador da formação do GD Joane e revelou, em entrevista ao OPINIÃO SPORT, que os joanenses podem contar ver atletas da vila na equipa principal. “O GD Joane pode olhar para a formação como um futuro. Desde que cheguei, houve uma evolução muito grande na qualidade dos atletas. Isso tem-se refletido na equipa sénior”, completou. A equipa joanense, na temporada passada, já contava com alguns jogadores formados no clube. “Todos os anos temos conseguido que vários atletas cheguem à equipa principal. Trabalhamos para isso ou até para outros clubes com maior dimensão. Nos últimos anos, tem havido um aproveitamento muito superior. Isso demostra a qualidade dos atletas e das equipas técnicas”, comentou. O trabalho desenvolvido, quer no Campo de Barreiros, quer no Campo de jogos na Riopele, passa por “por formar homens e atletas com valores e princípios, alimentado, assim, a formação sénior para que não precise de andar a procurar jogadores fora de portas”. “Queremos, de alguma forma, suprir algumas lacunas que a equipa sénior possa ter, levando-a aos campeonatos nacionais”, prosseguiu.
São cerca de 200 atletas divididos por onze equipas que constituem a formação do GD Joane. O protocolo realizado com a Riopele, segundo o coordenador, foi “crucial”. “Com esse acordo, a Câmara conseguiu fazer remodelação no campo e de facto é uma valia enorme porque sem ela o GD Joane estaria muito limitado, completou. Pedro Sousa pub
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António Oliveira, presidente da Junta de Joane
Orlando Oliveira, antigo presidente da junta de Joane
“Joane tem no clube os máximos representantes a nível desportivo” O Grupo Desportivo (GD) de Joane vai celebrar 90 anos de existência. São nove décadas a levar o nome da vila de Joane a todo o país. “Joane tem no clube os máximos representantes a nível desportivo. Tem levado, ao longo destes 90 anos, o nome da vila a todos os cantos de Portugal e estrangeiro”, começou por referir António Oliveira, presidente da junta, em entrevista ao OPINIÃO SPORT. O autarca joanense sempre acompanhou o clube. “Lembro-me de estar a comentar com uns amigos de ver os jogos da II Divisão Nacional. O GD Joane estava nessa divisão e assistia aos jogos frente a equipas de grande nomeada nacional”, revelou, acrescentando que os tremoços e o sumo não faltavam. Foram várias as histórias lembradas por António Oliveira que, mais recentemente, recorda a conquista da Taça AF Braga. “Foi um jogo memorável. Estava muita gente da vila de Joane e foi um grande orgulho”, rematou. Por fim, o presidente da junta deixou uma mensagem aos sócios e adeptos do GD Joane, ressalvando a importância da caderneta de cromos criada pelo clube. Segundo o autarca, essa foi uma forma de “perpetuar a sua história”. “Não são só os jovens que veem ver o futebol. São os jo-
vens, os pais, os avós e os tios. Toda a gente gosta de ver um familiar numa caderneta. Folgo muito em ver o GD Joane a continuar a sua história. Não esquece o passado, mas já está a lançar o futuro”, afirmou, concluindo que os sócios “podem confiar nas pessoas que estão no clube porque dão sempre o melhor para a ajudar”. Pedro Sousa
“GD Joane só tem de agradecer às pessoas que construíram estes 90 anos de história” A história do Grupo Desportivo (GD) de Joane tem o principal foco o final da década de 80 e o início dos anos 90. Aqui, o clube joanense conseguiu atingir a II Divisão Nacional e surgiu uma necessidade: a colocação de relva no Estádio de Barreiros. Foi, então, que entrou em ação Orlando Oliveira, o presidente da junta na altura. “Metemos mãos à obra e com o apoio do, então, presidente Agostinho Fernandes foi possível chegar a bom porto. Ainda hoje, passados mais de 30 anos, nesta relva fantástica, jogam, em especial, a equipa sénior do GD Joane”, completou. Portanto, a vida do GD Joane não é só construída por feitos desportivos. Para Orlando Oliveira, existe momentos que são, também eles, grandes conquistas. “Agora, mais recentemente, a conquista do espaço do Campo de Jogos José Dias de Oliveira, Riopele, foi importante. Mais do que os feitos desportivos, ganhar competições e taças, é necessário dotar infraestruturas para que a juventude possa praticar desporto. O GD Joane tem futuro e tem pessoas capazes de levar em diante o do clube”, afirmou. O clube joanense sobrevive há 90 anos e Orlando Oliveira aponta mais méritos do emblema. “Fui presidente da Assembleia Geral do clube e costumava dizer: “Bom,
bom é o GD Joane chegar às assembleias gerais e não dever nada a ninguém. Contas sempre a zero, vários mandatos consecutivos, quando muitas equipas da regional, como o Joane, tinham dificuldades financeiras”, afirmou, antes de referir que o “GD Joane só tem de agradecer às pessoas que construíram estes 90 anos de história”. Pedro Sousa pub
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PLANTÉIS
GD Joane 72_73
GD Joane 1991
GD Joane 1992
Plantel 89_90 II Divisão
GD Joane vs Tirsense II Divisão Zona Norte
GD Joane_2º lugar III Divisão 98_99
GD Joane 12_13
GD Joane 15_16
GD Joane Campeões 17_18
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24 opiniãopública: 4 de junho de 2020
Vítor Martins, antigo presidente do GD Joane
“O meu pai era uma pessoa impulsiva. Jogava fora e dentro do campo” Pedro Sousa A história do Grupo Desportivo (GD) de Joane está muito presente na vida de Vítor Martins, antigo presidente do clube e filho de um dos fundadores. O pai, Joaquim Martins, ajudou a fundar o emblema joanense e desde cedo que o filho assistiu aos trabalhos do progenitor. “Era uma pessoa polivalente. Foi jogador, dirigente, presidente, marcador de campo…”, revelou, acrescentando, ainda, que também chegou a marcar o campo com um altifalante às costas. Vítor Martins sempre viu o pai a desempenhar muitas funções, dizendo que via o “a jogar dentro e fora do campo”. “O meu pai era uma pessoa impulsiva. Jogava dentro e fora do campo. Dentro do campo, tinha de o campo para os jogos. Fora dele, controlava as situações que surgiam durante uma partida de futebol”, completou. A paixão que o pai sempre teve pelo GD Joane passou para o filho. Por isso, Vítor Martins sente-se “em casa” quando está no Campo de Barreiros. “Este terreno onde está o campo, pertencia à minha família. Quando venho aqui, sinto que isto também faz parte de mim”, proferiu. Contudo, para o antigo presidente do clube, o sentimento de bairrismo vivido ou-
trora foi-se perdendo. “Hoje, já não se passa o que se passava. O GD Joane era uma família. Recordo-me do tempo do meu pai e do Custódio Ribeiro que quando um era presidente, o outro era vice-presidente e viceversa. Funcionaram sempre bem e foram duas pessoas que levaram o GD Joane em frente”, revelou. O trabalho feito pelo pai e por Custódio
Ribeiro também foi relembrado por Vítor Martins. No entender do antigo dirigente do GD Joane, ainda não houve a homenagem merecida aos homens que construíram o emblema joanense. “Penso que aqui em Joane, até ao momento, ainda não se fez a devida homenagem aos fundadores”, lamentou. Passados alguns anos da liderança do
pai, Vítor Martins assumiu a presidência. “Na altura, a atual direção caiu e tivemos de formar uma comissão administrativa, que duravam um/dois meses. Contudo, durou mais tempo”, afirmou, revelando que pode voltar ao cargo no futuro. “Posso voltar a ser presidente, não nego, mas as coisas vão ter de ser feitas como eu quero porque este é o meu clube”, completou. Vítor Martins tem muitas histórias, mas há uma que guarda especialmente. “Tenho uma história que foi passada em três campos de futebol. Foi no GD Joane vs Prado. Fomos a casa deles ganhar 1-2 e eles vieram cá ganhar 1-2. Tivemos de fazer uma finalíssima em campo neutro. Sei estávamos empatados ao intervalo e garanto que, nas bancadas, houve tanta confusão como nunca vi. Acabamos por ganhar nos penáltis. É uma memória triste, mas também alegre porque o GD Joane venceu. Foi uma enorme festa noite a dentro”, recordou. Por fim, o antigo presidente deixou uma mensagem aos sócios e adeptos, apelando à presença dos mesmos no Estádios de Barreiros para apoiar o clube. “Apoiar este clube. Dar força ao clube e não criticar este presidente porque só quem cá passa é que sabe o quanto custa gerir um clube”, finalizou. pub
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A parceria importante com a Riopele No Grupo Desportivo (GD) de Joane há a tradição e o objetivo de cada vez mais apostar na “prata da casa”. Para isso ser uma realidade, o clube joanense teve de encontrar alternativas para colocar as formações mais jovens a praticar futebol. O Campo de Barreiros é pequeno e é impossível acolher todos os jogadores no recinto. Foi, então, que surgiu o protocolo com a Riopele, de forma a utilizar o Estádio José Dias de Oliveira. Esta ligação tem a duração de 20 anos e em 2017 o campo foi equipado com um relvado sintético. Antes da colocação do relvado, o antigo estádio da Riopele era pelado e a colocação do sintético foi uma forma de incentivar os
mais jovens a representar o clube joanense, facilitando, de igual forma, o trabalho de todas as equipas técnicas. Na inauguração estiveram pre-
sentes os principais responsáveis pela concretização deste objetivo, que se mostraram bastante satisfeitos pela expansão do GD Joane para o complexo desportivo.
Nadjack e Dinis Almeida: os primeiros internacionais pelo GD Joane A equipa do Grupo Desportivo (GD) de Joane nunca disputou a I Divisão Nacional. Porém, isso não impediu que passassem pelos quadros do clube jogadores com qualidade acima da média para a realidade das provas que o emblema joanense disputou. Nesse sentido, os expoentes máximos são Eliseu Cassamá (agora mais conhecido por Nadjack) e Dinis Almeida. Os dois atletas, na altura que representaram o GD Joane, disputaram encontros pela seleção sub-20 de Portugal. Ambos jogaram juntos na época 2012/2013 ao serviço do emblema famalicense. Nadjack agora representa a seleção da Guiné-Bissau e representa o Rio Ave FC. Já Dinis Almeida conta com passagens pelo Mónaco, SC Braga e Belenenses, sendo que agora joga nos búlgaros do Loko Plovdiv.
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A caderneta para perpetuar o presente O Grupo Desportivo (GD) de Joane celebra 90 anos de existência. São muitas histórias que ficaram gravadas no passado. Jogos vividos nos campeonatos distritais e aventuras percorridas nas divisões nacionais. Para celebrar e eternizar o presente, o clube joanense decidiu lançar uma caderneta de cromos com todas as equipas da formação e equipa sénior. Esta coleção está disponível no bar do clube, situado no Campo de Barreiros. O preço da caderneta é de cinco euros e depois pode comprar saquetas com os cromos calões que representam o dos jogadores de todos os es- clube joanense.
Agradecimento Bernardino Nestes 90 anos de história, muitas pessoas contribuíram para que o Grupo Desportivo (GD) de Joane tivesse sucesso. Muitas delas trabalharam ou trabalham na sombra, longe dos holofotes. Uma dessas pessoas é o Sr. Bernardino. Graças ao seu contributo, a história do clube joanense está bem guardada e quase todas as tardes desloca-se ao Campo de Barreiros para tratar dos assuntos do GD Joane. A equipa do OPINIÃO SPORT agradece a contribuição importante que teve na elaboração deste especial dedicado ao 90º aniversário da instituição. pub
26 opiniãopública: 4 de junho de 2020
Custódio Ribeiro antigo presidente e fundador do Grupo Desportivo de Joane
“Fomos os mentores da continuidade do FC Joane” “O Padre Benjamim Salgado disse que íamos ter a mesma cor do Arsenal de Braga”
Pedro Sousa ão se pode falar do Grupo Desportivo (GD) de Joane e não mencionar o nome de Custódio Ribeiro. Um dos fundadores do atual clube e sócio número um do emblema joanense, o antigo presidente e os restantes quatro fundadores decidiram criar um novo formato na equipa da vila de Joane. “Começamos a pensar na criação do GD Joane de forma a congregar várias modalidades dentro de um clube que existia, o Futebol Clube (FC) de Joane”, começou por revelar em entrevista ao OPINIÃO SPORT. Com o ano de fundação remetido para 1930, o FC Joane foi criado, entre outros, pelo pai de Custódio Ribeiro. Em 1969, depois de regressar da Guiné, a paixão do futebol puxou por ele e levou-o à criação do GD Joane. “Houve um grupo de joanenses, o Padre Benjamim Salgado, o Dr. Artur Melo, o Artur Mesquita, Joaquim Martins e eu que nos juntámos para dar um nome ao clube. Na altura, o Padre Benjamim Salgado era uma figura preponderante a nível famalicense e nacional. Então, a palavra do pároco era como a palavra da salvação. Então, disse: “vamos criar um grupo desportivo de
N
Joane para tirar a ideia do futebol e fazer um clube mais diversificado e criar mais modalidades”, revelou, indicando que o GD Joane, no passado, já teve pesca desportiva, atletismo, futebol feminino e masculino, entre outras. “Fomos os mentores da continuidade do FC Joane”, completou. “Na altura, tinha a mania que era jogador, presidente, treinador. Fazia tudo”, divulgou. Nessa altura, o clube começou por disputar a FNAT (antiga INATEL), mas houve um fator que impediu o progresso da equipa e Custódio Ribeiro, juntamente com Joaquim Martins, tiveram de procurar um novo campo para disputarem jogos. “Corremos quase a freguesia inteira para verificar se tínhamos um campo com 90x45 metros e tivemos muitas dificuldades. Então, encontramos este terreno, que hoje em dia é do GD Joane. Não tinha 90x45, mas 80x40. Contudo, fomos conseguindo aumentar o campo. Tirávamos um metro hoje, um metro noutro dia aos terrenos à beira, e conseguimos as medidas”, admitiu. Na altura da criação do GD Joane houve logo uma decisão importante a ser tomada. Qual seria a cor do equipamento? Ora, para Custódio Ribeiro, a opção não era o vermelho, mas
“Começamos a pensar na criação do GD Joane de forma a congregar várias modalidades dentro de um clube que existia, o Futebol Clube (FC) de Joane”
a palavra do Padre Benjamim Salgada falou mais alto. “O Padre Benjamim Salgado disse que íamos ter a mesma cor do Arsenal de Braga. Então, ainda tentei, ao longo dos anos que estive no Joane, meter um azul lá pelo meio, mas como a palavra do padre era sagrada, não houve volta a dar”, aludiu. O efeito desportivo da decisão da mudança do nome e a boa gestão por parte dos dirigentes na altura, transportou o GD Joane para patamares altos. O clube chegou à II Divisão Nacional e só uma reformulação do campeonato impediu que o emblema joanense passasse mais tempo no segundo escalão do futebol português. Para Custódio Ribeiro, o espírito vivido no GD Joane sempre foi “muito forte” e não atribui o sucesso apenas às pessoas que estavam a comandar o clube. O antigo presidente recorda com carinho um grupo de mulheres que trabalhava em prol do GD Joane e que não deixava faltar nada a ninguém. Para além de fazer parte da lista dos fundadores, Custódio Ribeiro tem o privilégio de ser o sócio número um do clube, mas revelou que, na teoria, não devia ser assim. “Ser sócio número um do GD Joane é um bocado mentira porque devia de o
ser meu pai. Ele devia de ser o número um. Depois fiquei com esse título e hoje, o meu filho é o número dois”, divulgou. “Numa reunião de direção, quando o meu pai faleceu, e como fazia parte do GD Joane, pedi autorização para que o Miguel ficasse com o número de sócio do avô. Depois, em assembleia geral, foi aprovado o sócio número dois ao meu filho. Aliás, os meus filhos, que são gémeos, são associados do GD Joane desde o dia que nasceram”, completou. A paixão pelo futebol e pelo emblema joanense ficou sempre presente na família e Custódio Ribeiro recordou que a primeira equipa de iniciados foi criada para que o filho pudesse jogar futebol. O passado do GD Joane deixa-o orgulhoso e o futuro descansado. “Vou fazer uma menção ao presidente atual. O Custódio quando entrou no GD Joane não percebia muito de futebol. Agora, já se safa bem. Teve a coragem e é um bom gestor. Tem de ser ajudado e peço que ele dê continuidade ao belo trabalho que está a fazer à frente do GD Joane”, complementou. Para isso, contribuiu a “boa gestão” feita pelo atual líder. “Tenho a certeza que ele não dá o passo maior que a perna. Tenta jogar com os orçamentos que tem. Tiro-lhe o chapéu e tenho muito admiração por ele. O Batista é um bom elemento do GD Joane”, prosseguiu. Por fim, o fundador do clube deixou uma mensagem de esperança relativamente ao futuro do GD Joane. “Que haja continuidade. Quem o viu pequenino e vê como ele está agora e sendo sua propriedade, acho que é invejável para qualquer clube adversário. É um estímulo servir esta casa”, finalizou.
Paulo Cunha, presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão
“Com o ADN empreendedor dos famalicenses, vamos conseguir dar a volta por cima” Apesar da recessão económica provocada pela pandemia de Covid-19, o edil famalicense, Paulo Cunha, está confiante na capacidade de resiliência dos famalicenses e da recuperação da economia local. Apesar da preocupação com o aumento do desemprego no concelho, Paulo Cunha sublinha que a Câmara Municipal está do lado dos famalicenses e que o futuro passa por contribuir para a valorização e atratividade do território.
da realidade. Também aqui sentimos os efeitos da pandemia. Apesar disso, como já referi anteriormente acredito que, com o ADN empreendedor e inovador próprio dos famalicenses, vamos conseguir dar a volta por cima e superar estes números. Para já, cada um dos desempregados é uma preocupação. Temos razões históricas fortes para acreditarmos na nossa capacidade.
Carla Alexandra Soares
OPINIÃO ESPECIAL: Apesar do desconfinamento, ainda há muito caminho a percorrer até ser retomada a total normalidade, a todos os níveis. Mas o retomar da economia é, nos próximos tempos, a grande preocupação. Em Famalicão como está a decorrer esse retomar da economia? PAULO CUNHA: Está a decorrer com a normalidade possível. O comércio e a restauração ainda de forma condicionada e faseada, mas seguindo todas as regras de saúde pública e de segurança e higiene, o que é fundamental nesta fase. Felizmente, antes da eclosão desta pandemia a economia famalicense apresentava excelentes resultados e isso dá-nos alguma segurança neste período. A indústria famalicense já deu provas, ao longo da história, da sua capacidade de resiliência e superação perante os desafios e acredito muito sinceramente que a economia famalicense tem a possibilidade e a capacidade de, perante esta crise pós-Covid, posicionar-se num caminho de desenvolvimento, inovação e criatividade. Para isso, os famalicenses podem contar com o apoio da autarquia, nomeadamente através dos programas do Famalicão Made In na captação de investimentos para o território, na atratividade do concelho e valorização dos nossos empresários.
que obrigou muitas empresas e lojas a encerrarem, quais foram as principais medidas que a Câmara Municipal tomou para ajudar os empresários, comerciantes, produtores…? O município de Vila Nova de Famalicão tem estado sempre ao lado dos empresários, dos comerciantes, dos produtores e também das famílias famalicenses. E durante o período de confinamento foram muitas as medidas de apoio que desenvolvemos, nomeadamente na valorização das atividades económicas locais, na divulgação dos vários negócios e na informação constante sobre os programas de ajuda nacional. O próprio município através do Famalicão Made In desenvolveu programas de ajuda económica para as empresas e empresários. Lançamos, por exemplo, o programas Comércio da Vila, Take Away Famalicão, Made In Talks e a uma Linha de Apoio às Empresas.
Uma dessas medidas foi a criação e implementação de um Programa de Incentivo ao Consumo de Produtos Locais e Endógeno. Durante estas semanas de confinamento, Qual está a ser a recetividade por parte dos
comerciantes, produtores e consumidores famalicenses? Tem sido muito boa. Até ao momento recebemos perto de 40 candidaturas ao “Selo Made IN Famalicão – Produto Que é Nosso”, que vai reconhecer e evidenciar os produtos do território famalicense. Com a atribuição desta distinção estamos a permitir que as empresas se diferenciem umas das outras, contribuindo para a promoção e alargamento da distribuição e comercialização dos seus produtos, com garantia de qualidade. Por outro lado, o programa vai permitir que o consumidor famalicense opte com facilidade por produtos com identidade famalicense e que ajudam famalicenses. Entretanto já se fazem sentir, no concelho de Famalicão, os efeitos sociais e económicos da pandemia do novo coronavírus. O número de desempregados aumentou de 3.500 em fevereiro para os 4.200 nos primeiros dias de abril. É um dado que, naturalmente, o preocupa. Claro que me preocupa. O concelho de Vila Nova de Famalicão não é uma ilha isolada
São muitos os especialistas de economia que dizem que o pior ainda está para vir. Certamente que a Câmara Municipal vai continuar a acompanhar a evolução da situação no concelho… Claro que sim. Neste momento, vivemos ainda tempos de incerteza quanto à evolução da pandemia. Mas julgo que, com o desenvolvimento tecnológico, económico e social, hoje estamos mais preparados para enfrentar esta crise, do que qualquer outra que tenhamos vivido no passado. Os famalicenses são um povo consciente, responsável e civilizado e isso já ficou demonstrado durante o período de confinamento e durante esta fase de desconfinamento. Continuo a contar com o empenho de todos para os dias que virão. Que projetos futuros para a economia local? Da parte da Câmara Municipal, vamos continuar a contribuir para a valorização e atratividade do território. Como já referi temos desenvolvido diversos programas de estímulo ao desenvolvimento económico do concelho, de que é exemplo o projeto Made2IN, que contribuiu ainda recentemente para a instalação no nosso território de um novo investimento do grupo Tryba, que vai criar mais de 200 postos de trabalho. Por outro lado, estamos empenhados em mobilizar e reter talentos, especialistas, empreendedores e conseguir que trabalhadores e empresários se sintam mobilizados para o sucesso da economia. pub
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Apoios aos empresários famalicenses multiplicam-se
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Desde cedo se percebeu que esta pandemia, que levou ao confinamento de milhões de pessoas em todo o mundo, traria graves problemas financeiros em praticamente todas as áreas. Também, desde cedo muitos organismos começaram a tomar medidas para apoiar empresários, comerciantes e produtores. E Famalicão não foi exceção. Logo em finais de março, a Câmara aprovou, em reunião de Câmara, uma série de apoio aos empresários famalicenses. A primeira foi a criação de um Gabinete de Crise, que inclui uma linha para as dúvidas mais prementes, nomeadamente no que diz respeito ao lay-off e aos apoios disponibilizados pelo Governo. Já em meados de abril surgiu um ciclo de videoconferências orientado para empresários, gestores e empreendedores, com o objetivo de apoiar as empresas do concelho na reação ao novo paradigma que a pandemia Covid-19 criou nos mercados. As quatro sessões em “live streaming” do “Famalicão Made IN Talks: Caminhos para a recuperação e o crescimento” foram transmitidas em direto na página de Facebook do Famalicão Made IN, e foram conduzidas por especialistas de várias áreas, abordando temas centrais na resposta à atual crise. Uma das áreas mais afetadas com o
confinamento foi a restauração. Em meados de abril a Câmara Municipal divulgou através do portal www.famalicao.pt/restaurantes-take-away a lista de todos os restaurantes do concelho que estiveram a funcionar em serviço de takeaway ou com entregas ao domicilio. Esta medida teve como objetivo apoiar a restauração, um dos setores económicos mais afetados pela pandemia do Covid 19, bem como facilitar o contacto por parte dos consumidores. O Centro Qualifica de Famalicão também continua a apoiar os famalicenses que pretendem aumentar as suas qualificações, mas agora, em tempos de pandemia Covid-19, à distância. “É uma oportunidade para muitos cidadãos se prepararem para os desafios que serão colocados depois desta crise epidémica”, foi sublinhado pelo Município de Famalicão, que gere o Centro, em nota enviada à imprensa. Assim o Centro Qualifica de Famalicão viabiliza a continuidade das inscrições, do encaminhamento para formação qualificante ou do desenvolvimento dos processos de Reconhecimento e Validação de Competência (RVCC), no sentido de assegurar a resposta adequada aos adultos, utilizando os recursos online. As inscrições podem ser feitas em www.famalicaoeducativo.pt.
Número de desempregados sobe de 3.500 para 4.200 Já se fazem sentir, no concelho de Famalicão, os efeitos sociais e económicos da pandemia do novo coronavírus. O número de desempregados aumentou de 3.500 em fevereiro para os 4.200 nos primeiros dias de abril. Os números foram dados pelo presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha. O edil reuniu, recentemente, com responsáveis do Centro de Emprego de Famalicão e ficou a saber que o desemprego subiu, como seria expetável, “embora só uma empresa tenha encerrado no concelho neste período”. Significa isso, sustenta Paulo Cunha, que o aumento do desemprego no concelho se deve, sobretudo, “a não renovações de contratos a prazo ou à extinção do posto de trabalho de pessoas que estão próximo da idade da reforma”. “Não há ainda casos de despedimentos em massa ou de despedimento coletivo”, acrescenta. De qualquer forma, o edil perspetiva que, relativamente ao desemprego, “só dentro de dois ou três meses é que teremos números que nos possam dar sinal do caminho que aí vem”. Os trabalhadores do setor têxtil são, para já, os mais afetados, sendo que a empresa que encerrou era precisamente deste setor. “Será, talvez, um dos setores que mais irá sofrer com esta circunstância que estamos a viver, desde logo pela sua grande presença do ponto de vista exportador”, afirma Paulo Cunha, que, porém, nota que “ainda é cedo para fazer uma leitura do desemprego por setores”.
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“Comprar em Famalicão” já tem mais de 4.500 seguidores do Facebook Em pouco tempo, o Grupo "Comprar em Famalicão - Fomentar a economia local entre empresas" chegou aos 4.500 seguidores e continua a dar as boas vindas a todos aqueles que acreditam que grande parte da resposta à crise económica estará na promoção do fortalecimento da economia famalicense. Foi em finais de março, ou seja, em plena fase de confinamento, que a FAMA – Rádio e Televisão de Famalicão lançou na rede social Facebook um Grupo que pretendeu, desde o primeiro momento, ser um contributo para o alavancar da economia famalicense nos difíceis tempos que se vivem. “As pessoas começaram a questionarse sobre o que iria ser dos seus negócios, que viam as suas portas a ser obrigadas a fechar. Se em muitas áreas foi possível uma readaptação do trabalho à nova realidade de confinamento, muitas houve em que esse reposicionamento era quase inalcansável”, explicou ao OP, Arcindo Guimarães. Houve uma resposta quase que imediata a este desafio. Com produtores, comerciantes e clientes em casa, o grupo rapidamente cresce e se transforma numa plataforma de contacto, com empreendedores a trabalhar a partir de casa. “A maior parte deles nem um website tinham e o grupo torna-se bastante importante para as suas vendas”, acrescenta. No arranque da pandemia vários foram os economistas que alertaram para aquela que poderia vir a ser a pior crise econó-
mica de todos os tempos, ao mesmo tempo que estabeleciam um consenso generalizado: “as economias que privilegiarem o consumo local, as empresas que criarem laços e parcerias com fornecedores e clientes locais, irão conseguir recuperar mais rapidamente das perdas que esta pandemia provocou”. É com base nesse prossuposto que surgiu “Comprar em Famalicão - Fomentar a economia local entre empresas", uma iniciativa que não partiu de nenhuma organização política, religiosa ou associação deste ou daquele grupo de empresários ou comerciantes. Partiu, sim, de uma em-
presa de comunicação social que está no mercado há 30 anos, conhecida por todos pelas marcas Fama Rádio e Televisão e Jornal Opinião Pública. “Enquanto órgão de comunicação social multiplataforma, sabemos que temos os meios privilegiados para passar a palavra, assim como um papel crucial na defesa e promoção dos interesses dos interesses da nossa terra, sendo este o único motivo que nos move”, conclui Arcindo Guimarães, que refere ainda que, apesar da sociedade estar a regressar ao ativo, o grupo contnuará disponível para o comércio e para a troca de ideias entre todos os membros.
“Atrevo-me a dizer que é a partir de agora que a mensagem que pretendemos difundir fará mais sentido do que nunca. É a partir de agora que muitos comerciantes voltam aos seus negócios, reabrindo portas aos clientes, respeitando e fazendo respeitar, claro, todas as normas de segurança que a pandemia ainda nos obriga. Não vai ser agora que vamos querer deitar tudo a perder. Vai ser uma luta difícil como já era de esperar, mas será o tempo em que poderemos provar que, também na economia, a solidariedade entre famalicenses é mais forte do que qualquer vírus. Temos de continuar a passar a palavra”. pub
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SIBS: Consumo aproxima-se de valores pré-confinamento A SIBS, que gere a rede Multibanco, anunciou na passada terça-feira, dia 2 de junho, dados que apontam que a média de gastos dos consumidores portugueses está a aproximar-se dos valores registados antes do período de confinamento. Os dados respeitam à quarta semana de desconfinamento, entre 25 e 31 de maio, e indicam que a evolução do consumo não é uniforme em todas as regiões do país, registando-se uma recuperação mais lenta na região de Lisboa e Vale do Tejo. Segundo a SIBS, a média de compras em loja na semana passada está já a 82 pontos face ao período pré-pandemia, “aproximando-se cada vez mais da frequência de compra antes do registo do primeiro caso de covid-19 em Portugal”, uma subida de sete pontos face à semana anterior, equivalendo à quinta semana consecutiva de tendência de crescimento. “Também as compras online registaram um crescimento acentuado de sete pontos face à semana anterior, de 89 para 96 pontos – partindo de uma base de index 100, na qual 100 é equivalente à média diária do número de compras antes de ser registado
o primeiro caso de infeção – praticamente ao nível do período antes da primeira infeção”, indicou em comunicado. A SIBS destacou que a utilização do MB Way “continua a bater valores recordes semana após semana: no período em análise, de 25 a 31 de maio, a média de compras em loja através do MB Way ficou 90% acima da média anterior ao início da pandemia, praticamente duplicando a frequência de utilização”. Por regiões, “Lisboa e Vale do Tejo é a região, entre Continente e Regiões Autónomas, que continua a registar o maior abrandamento no consumo desde que foi decretado o estado de emergência, com os valores mais baixos do país no que se refere às compras físicas”. O estado de emergência foi declarado em Portugal no dia 18 de março e arrastouse até ao dia 2 de maio, encerrando empresas, comércio e serviços, e criando uma das maiores crises económicas de sempre. O desemprego disparou tal como o recurso à suspensão dos contratos de trabalho – lay-off. A medida foi adotada para tentar travar a epidemia do novo coronavírus que origina a doença covid-19.
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Este é o tempo de comprar português Em tempo de pandemia e de emergência, em que a crise está em todo o lado, é hora de comprar e consumir aquilo que se faz em Portugal. Seja na roupa, no calçado, na produção agrícola, produtos de primeira necessidade, no turismo… São várias as campanhas que apelam ao consumo do que é nacional e as razões que apontam para tal atitude são várias e muito importantes. Começa logo por, ao erguer a economia, ser possível garantir emprego aos muitos portugueses que estão ainda em situação de lay-off, à espera de dias melhores. Mas muitas são as áreas que têm lançado campanhas, precisamente para sensibilizar os portugueses para valorizar o que é nacional. A mais recente é da indústria do calçado que, habituada a exportar 95% do que produz, lançou recentemente a campanha "português comprar". Num momento inédito para marcas e consumidores, a APICCAPS, associação dos industriais do calçado, lança a nova campanha de sensibilização direcionada ao mercado nacional assumindo que "se até aqui, pela dimensão e viabilidade, o setor esteve vocacionado para a exportação, chegou o momento de se apoiar centenas marcas de calçado portuguesas, responsáveis por 40.000 postos de trabalho". O apelo é direto: "Está na hora de comprar calçado português" e surge num momento em que a fileira se debate com a quebra a pique das exportações, marcada pela descida de 5,7% nas vendas ao estrangeiro, para os 1,7 mil milhões de euros, em 2019. Outro apelo que se tem feito repetidamente é que, especialmente este ano, os portugueses optem por fazer férias no país, ajudando, dessa forma, a erguer o turismo nacional.
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“Comércio da Vila” ganhou terreno e veio para ficar O projeto online “Comércio da Vila” foi mais um que surgiu no contexto económico e social atual, sendo uma das medidas do Plano de Reação à Situação Epidémica e de Intervenção Social e Económica, dinamizada pela Câmara Municipal de Famalicão e pela Associação Comercial e Industrial de Vila Nova de Famalicão (ACIF). O projeto arrancou a 31 de março, com a apresentação oficial, e tendo como principal objetivo a promoção e venda de produtos e serviços do comércio local em canais digitais. A aposta vem no seguimento de uma nova tendência de consumo de proximidade, pela via digital e com entregas em casa do consumidor final, criando uma série de novas oportunidades e desafios para os comerciantes famalicenses. Sobretudo também uma forma de iniciação no meio online para muitos deles, que poderá ser também uma resposta estratégica de futuro para o
designado comércio local. Nesta fase de arranque e para uma resposta imediata à urgência do tecido comercial, o “Comércio da Vila” privilegia as redes sociais, estando já criadas as páginas do projeto no Facebook e no Instagram, onde são inseridos os produtos/serviços que se pretendem divulgar e comercializar. O consumidor pode analisar a oferta de cada aderente, ver as condições para adquirir determinado produto ou serviço, estabelecer o contacto e fazer o negócio com o comerciante, para depois o produto ser entregue em casa, recorrendo a um parceiro da área da distribuição. Até ao momento, e volvidos cerca de dois meses da criação do projeto, são 16 os aderentes, das mais diversas áreas de atividade, desde a moda até à restauração, passando pelos serviços na área da saúde, pela estética e formação, pichelaria, papelaria, fotografia ou
artigos para animais. Tal como é sublinhado pela ACIF o projeto pretende combinar esforços e colocar o comércio de rua em canais digitais, evoluindo para uma plataforma exclusiva e desenhada para a venda online. “Aponta-se a um futuro que já está a acontecer e em que todos os famalicenses sairão a ganhar”. É muito simples aderir Todos os que se queiram juntar ao “Comércio da Vila”, não precisam de ter muitos conhecimentos dos meios digitais e online. Cada comerciante deve fotografar os seus produtos ou desenvolver uma criatividade relativa aos seus serviços e compilar esta informação num ficheiro, que terá de enviar, posteriormente, ao administrador da página. Este ficheiro tem de ser identificado com o nome do comerciante e nele deve conter: lo-
gótipo, fotografia em fundo neutro ou ambientes que transmitam a utilidade dos artigos, breve descrição do artigo, preço (opcional), valor dos portes (opcional) e contactos (telefone ou telemóvel, e-mail). O sucesso da iniciativa depende de quem a promove, mas também de todos os aderentes e do seu grau de empenho. É preciso cuidado na seleção dos artigos e respetivas fotografias, porque a imagem é fundamental para apelar à compra, por um lado, e o “Comércio da Vila”, por outro, precisa que a sua força e credibilidade venha da parte de todas as lojas que o compõem. Para mais informações ou aderirem ao projeto, os comerciantes devem recorrer ao e-mail comunicacao@acif.pt, “na certeza de que o mundo das vendas digitais estará a um pequeno passo e ao dispor de todos os comerciantes do concelho de Famalicão”. pub
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