OP TESTE

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Ano 28 | Nº 1466| De 10 a 17 de junho de 2020| Diretor: João Fernandes | Gratuito | www.opiniaopublica.pt

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Trabalhadores da Continental Mabor protestam contra corte nos salários p. 5

ANTONINAS: VÍRUS IMPEDIU A FESTA MAS NÃO A MEMÓRIA No próximo sábado celebra-se o dia de Santo Antóno. Por esta altura, a cidade de Famalicão estaria em festa, mas a pandemia de Covid 19 impediu que as Antoninas se realizassem. Apenas a missa em honra do santo se mantém. Nesta edição, dedicamos um especial às centenárias festas do concelho, revivendo os seus momentos mais significativos. p. 5

FC Famalicão vence Gil Vicente e continua em lugar europeu Hóquei Riba d’Ave HC reforça-se com campeão europeu

Campanha “Todos Por Todos” ajuda famílias afetadas pela pandemia p. 9

Joane Paulo Cunha promete para breve obra na antiga estamparia Rafael

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Obras Câmara aprova mais de um milhão de euros para as freguesias p. 3 pub


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CIDADE

Agora já é possível apresentar os documentos em formato digital

Câmara implementa E-paper para desmaterializar processos urbanísticos A circulação dos processos em papel, no departamento de gestão urbanística da Câmara Municipal de Famalicão, tem os dias contados. A autarquia implementou, na passada segunda-feira, uma nova plataforma, designada por E-Paper, que vai permitir a desmaterialização dos processos urbanísticos, ou seja, a partir de agora a tramitação de todo o tipo de processos será feita de uma forma digital. Segundo a autarquia, a plataforma que será gerida pelos serviços irá facilitar o trabalho dos cidadãos, libertando-os das constantes deslocações ao departamento de urbanismo, e irá melhorar a eficiência e rapidez dos serviços municipais, tornando os procedimentos menos burocrá-

ticos e mais transparentes, a análise mais rigorosa e segura dos documentos. Por outro lado, a medida é também amiga do ambiente uma vez que irá reduzir o consumo de papel, contribuindo para a sustentabilidade ambiental. Assim, a partir de agora já é possível apresentar em formato digital requerimentos ou comunicações de operações de loteamento, legalizações ou realizações de operações urbanísticas, apresentação dos levantamentos topográficos e plantas de implantação georreferenciados, entre outros. “Trata-se de mais um imporA circulação dos processos em papel tem os dias contados tante passo no processo de modernização autárquica, com o todos, tornando os serviços muni- res”, refere o presidente da Câobjetivo de simplificar a vida a cipais mais eficientes e mais céle- mara Municipal, Paulo Cunha.

Hortas Urbanas fornecem legumes para famílias carenciadas As Hortas Urbanas de Famalicão, existentes no Parque da Devesa, tem dois talhões de cem metros quadrados que são exclusivos para formação e cujo resultado da produção vai todo para a loja social e para a ACB - Associação Cultural, Beneficente e Desportiva dos Trabalhadores do Município. Neste ano de pandemia, mesmo sem cursos a funcionar, mas com o apoio de voluntários, as hortas conseguiram uma boa colheita de alfaces, courgettes, couves, entre outros legumes que já começaram a entregar à loja social, que faz a respetiva distribuição pelas famílias mais carenciadas do concelho.

Rotary assinala 50 anos com exposição na Devesa De 13 de junho a 13 de setembro, a Casa do Território, no Parque da Devesa, vai acolher a Exposição “Rotary – 50 anos em Famalicão”. Esta iniciativa, inserida no programa das comemorações do cinquentenário do Rotary Club famalicense, está aberta à comunidade que queira conhecer melhor este clube e todo o seu percurso ao longo deste meio século. “Será uma oportunidade para conhecer melhor o movimento rotário implantado em mais de 200 países de todo o mundo e testemunhar, in loco, todo o processo e o percurso deste clube rotário famalicense desde o ano de 1970 até ao momento presente”, salienta o Rotary.

FICHA TÉCNICA

CONSELHO EDITORIAL: Alexandrino Cosme, António Cândido Oliveira, António Jorge Pinto Couto, Artur Sá da Costa, Cristina Azevedo, Feliz Manuel Pereira, João Fernandes, Manuel Afonso e Almeida Pinto. ESTATUTO EDITORIAL: disponível em www.opiniaopublica.pt

DIRETOR: João Fernandes (CIEJ TE-95) jfernandes@opiniaopublica.pt

CHEFE DE REDACÇÃO: Cristina Azevedo (CPJ 5611) cristina@opiniaopublica.pt

REDACÇÃO: informacao@opiniaopublica.pt Carla Alexandra Soares (CICR-248), Cristina Azevedo (CPJ 5611).

DESPORTO: Jorge Humberto, José Clemente (CNID 297) e Pedro Silva (CICR-220).

A informação está disponível no site do município através do l i n k https://www.famalicao.pt/instrucao-de-processos. Os processos devem ser instruídos com os novos formulários disponíveis para o efeito em: https://www.famalicao.pt/formularios-famalicao e organizados segundo as normas técnicas referidas. Os documentos dos processos devem ser enviados para o e-mail: balcaounico@famalicao.pt Refira-se ainda que a autarquia avança com esta medida numa altura em que as deslocações à Câmara Municipal com atendimento presencial estão condicionadas, em consequência da pandemia da Covid-19.

O objetivo é criar bandos de pássaros de papel e colocálos à janela

Casa das Artes desafia famílias a criar Cidade Orizuro A Casa das Artes de Famalicão lança um desafio às famílias de todo o concelho, especialmente às crianças: transformar Vila Nova de Famalicão na Cidade Orizuro. Durante cerca de dois meses, todos são chamados a criar em suas casas bandos de pássaros de papel e a colocá-los à janela de casa, complementando a dinâmica criada pelo arco-íris, durante o período de confinamento gerado pela pandemia Covid-19. Esses pássaros executados com recurso à técnica de dobragem japonesa origami migrarão depois para os espaços verdes da cidade, um momento, que posteriormente será anunciado e que será celebrativo e comunitário, cumprindo a missão da Casa das Artes de fomento à criação artística, do apoio aos artistas e do envolvimento da comunidade, concretamente, através do programa Casa das Artes Envolvente. Para ajudar todos a saber como fazer os orizuros, está disponível um tutorial, passo a passo, em vídeo, nas redes sociais da Casa das Artes (Facebook, Instagram e Youtube). Quando as famílias tiverem os seus pássaros feitos, são convidadas a enviar fotos das suas criações colocadas à janela para o email: casadasartes@famalicao.pt , que partilhará a todos a beleza das criações realizadas. Desde há vários anos que a Casa das Artes de Famalicão, em coprodução com a Companhia de Música Teatral (CMT), desenvolve o projeto “Orizuro” qu,e através de modelos inovadores de formação de profissionais e de intervenção junto da comunidade escolar,

GRAFISMO: Carla Alexandra Soares e Pedro Silva.

OPINIÃO: Adelino Mota, Barbosa da Silva, Domingos Peixoto, Gouveia Ferreira, J. Mário Teixeira, José Luís Araújo, Sílvio Sousa, Vítor Pereira. GERÊNCIA: João Fernandes

CAPITAL SOCIAL: 350.000,00 Euros.

DETENTORES DE MAIS DE 5% DO CAPITAL António Jorge Pinto Couto

TÉCNICOS DE VENDAS: comercial@opiniaopublica.pt Maria Fernanda Costa e Sónia Alexandra

PROPRIEDADE E EDITOR: EDITAVE Multimédia, Lda. NIPC 502 575 387

implementou um conjunto de boas práticas artísticas para a infância aprofundando a relação entre a CMT a Casa das Artes e a intervenção educativa do Município. Neste momento, aproveitando os condicionalismos e, sobretudo, as dinâmicas geradas pelo confinamento da pandemia COVID-19, surge a ideia de levar o projeto “Orizuro” à casa de todas as famílias famalicenses. Refira-se que o origami “Orizuru” – que na cultura tradicional do Japão é um símbolo de felicidade e paz – inspirou este projeto que visa ajudar a olhar e a escutar o mundo de forma poética desde a primeira infância.

SEDE, REDACÇÃO E PUBLICIDADE: Rua 8 de Dezembro, 214 Antas S. Tiago - 4760-016 VN de Famalicão

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Famalicão com um total de 404 casos de Covid 19 O concelho de Famalicão registava um total 404 casos de infeção por Covid 19, segundo o último boletim epidemiológico da Direção Geral da Saúde (DSG) divulgado ontem, terça-feira. Face à semana passada, o concelho registou quatro novos casos e continua a ser o terceiro do distrito com maior número de infeções, atrás de Braga, com 1256 infetados, e de Guimarães, com 725. O concelho de Barcelos surge em quaro lugar com 307 casos. No todo nacional, Famalicão é o 23º concelho do país com mais infetados pelo novo coronavírus.

Prisão preventiva para suspeito de assaltar 16 farmácias em Famalicão O Tribunal de Instrução Criminal do Porto decretou, no passado sábado, a medida de prisão preventiva para um homem de 39 anos, residente em Famalicão, por suspeitas da prática de 16 assaltos a farmácias no concelho de Famalicão. Em comunicado, o comando territorial do Porto da GNR conta que o homem foi detido na passada sexta-feira, numa ação de investigação levada a cabo pelo do Núcleo de Investigação Criminar (NIC) de Santo Tirso. O homem estava ainda indiciado por roubos no distrito do Porto e em outros concelhos do distrito de Braga e já tinha cadastro por este tipo de crime. Apesar de ter sido detido fora de flagrante delito, as evidências dos crimes foram suficientes para que o juiz de instrução decretasse a medida de coação mais gravosa, pelo que o suspeito vai aguardar julgamento na prisão. Da operação policial, resultou também a apreensão de um motociclo, um capacete, duas doses de canábis, um telemóvel e 190 euros.

PSP detém homem que tentava entrar num apartamento na cidade A PSP deteve, na madrugada de domingo, na cidade de Famalicão, um homem de 33 anos que tentava entrar num apartamento, alegadamente para o assaltar. Em comunicado enviado à imprensa, aquela força policial conta que, pelas 00H47, teve conhecimento através de uma chamada telefónica que se encontravam dois indivíduos a escalar os andaimes existentes nas traseiras de um prédio, na Rua Luís Barroso, em pleno centro da cidade. “De imediato, os elementos policiais deslocaram-se para o local, tendo sido informados que um dos suspeitos já tinha abandonado o local, encontrando-se apenas um nos andaimes, que nesse momento encontrava-se a entrar na janela de uma habitação do referido prédio”, lê-se no comunicado. Foi então que os agentes percorreram todos os andares, vindo a intercetar o suspeito nas garagens do referido prédio, debaixo de um dos automóveis ali estacionado. O homem acabou por ser detido e notificado para comparecer no Tribunal Famalicão.

Prémio de Ensaio Eduardo Prado Coelho com candidaturas abertas Encontra-se aberto o Grande Prémio de Ensaio Eduardo Prado Coelho, instituído pela Associação Portuguesa de Escritores com o alto patrocínio da Câmara Municipal de Famalicão. A presente edição destina-se a galardoar anualmente uma obra de ensaio literário, em português e de autor português, publicada em livro, em primeira edição, no ano anterior ao da sua entrega e o seu regulamento pode ser consultado aqui. O prazo das candidaturas decorre até ao próximo dia 30 de junho. O valor monetário é de 7.500 euros.l

Nova campanha solidária arranca este fim de semana no concelho

“Todos Por Todos” ajuda famílias afetadas pela pandemia O Município de Famalicão vai avançar com nova uma campanha solidária. “Todos Por Todos” vai ser desenvolvida ao nível das freguesias e pretende dar apoio alimentar a famílias afetadas pela pandemia de Covid 19. A campanha vai arrancar no próximo fim de semana, 12 e 13 de junho, e será desenvolvida pelas 10 Comissões Sociais Inter-Freguesias. A ideia é que os donativos sejam feitos com produtos adquiridos nos supermercados e lojas de cada freguesia. Essa doação pode ser feita diretamente com bens de primeira necessidade ou através de vales de compras nesse comércio de proximidade, que serão depois encaminhados pelas instituições socias para as famílias necessitadas, de cada freguesia. Deste modo, a campanha

terá duas vertentes, como explicou o vereador do Empreendedorismo Augusto Lima, no final da reunião de Câmara da semana passada, onde a medida foi aprovada. “É uma campanha com cariz social – e apelava aos famalicenses e ao tecido empresarial para participarem –, mas é também uma campanha que pretende envolver e promover o comércio local”. “Através dos vales, as famílias afetadas pela pandemia poderão, no imediato, adquirir os bens que realmente lhes fazem falta, estimulando ao mesmo tempo o comércio e o consumo local”, acrescentou Augusto Lima. A campanha "Todos Por Todos" arranca, então, a 12 de junho e vai prolongar-se até setembro, sendo expectável que este período possa ser sufi-

ciente para as famílias se reorganizarem. Caso isso não aconteça, a campanha poderá ser alargada. “Tem havido mais procura por parte de famílias carenciadas e esta iniciativa visa dar resposta a este aumento, mas também visa preparar o futuro a curto prazo, adianta Augusto Lima, que lembra que o desemprego em Famalicão está a aumentar. “Veremos qual será o seu percurso nos próximos tempos, mas temos que estar preparados”, acrescenta. Refira-se ainda que a campanha se enquadra no Plano de Reação Epidémica e de Intervenção Social e Económica do município como forma de contribuir para a mitigação das consequências da pandemia da Covid 19. C.A.

Município antecipa subsídios

Câmara apoia associações culturais e artistas locais A Câmara Municipal de Famalicão está a reforçar o apoio às associações culturais do concelho e artistas locais, através da atribuição antecipada de apoios e subsídios referentes à implementação dos planos de atividades anuais ou desenvolvimento de projetos. As medidas têm sido levadas à apreciação do executivo municipal e já abrangeram várias instituições culturais do concelho. Neste momento, a autarquia famalicense já transferiu cerca de 420 mil euros para os parceiros culturais locais. A somar a este valor, o município tem apoiado ainda financeiramente os artistas, grupos de música e companhias de teatro, que têm proporcionado online (através das redes sociais) espetáculos ligados à dança, teatro, poesia e literatura e oficinas temáticas. Neste âmbito, a autarquia investiu cerca de 14 mil euros. “Com a pandemia da Covid 19, as associações culturais e os artistas foram os primeiros a parar e a fechar portas. Foram obrigados e interromper todo o seu trabalho. Apesar de tudo, não baixaram os braços e deram o exemplo à comunidade, continuaram em casa a criar e a oferecer-nos a sua arte”, adianta o presidente da Câmara Munici-

pal, Paulo Cunha, explicando que “a arte e a cultura foram fundamentais durante o período de confinamento pois ajudaram as pessoas a não se sentirem sozinhas, a terem companhia, a divertirem-se e a continuarem ligadas à cultura”. Por outro lado, o autarca refere a importância deste apoio do município para a continuidade de muitas instituições e artistas.

Refira-se que durante o período de confinamento, foram promovidos através da página de facebook “Famalicão Comunitário” cerca de 60 eventos culturais, que atingiram mais de 70 mil visualizações, segundo números avançados pela autarquia. Apesar da área predominante ser a música, também decorreram espetáculos de dança, teatro, poesia e oficinas temáticas.


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Autarquia diz que se limitou a cumprir as regras da Administração Pública

BE acusa Câmara de cortar subsídio de alimentação a funcionários Cristina Azevedo tuindo os pagamentos e garantindo que os seus trabalhadores Alguns funcionários da Câmara de não percam direitos nem capaciFamalicão perderem o subsídio de dade orçamental numa fase de direfeição nos meses de abril e ficuldade”. Os números são, no entanto, maio, quando estiveram em casa. O Bloco de Esquerda (BE) fala em contestados pela Câmara Municicerca de mil funcionários, a Câ- pal. “No mês de março foram dessubsídios de mara diz que não chegam a 250 e contados que a culpa é do despacho apro- alimentação a 59 trabalhadores. vado em Conselho de Ministros No mês de abril foram descontapara regulamentar o teletrabalho. dos subsídios de alimentação a O caso foi denunciado pelo BE 189 trabalhadores. Não foi desde Famalicão que veio esta se- contado subsídio de alimentação mana, em comunicado, exigir que aos trabalhadores que se encona Câmara Municipal restitua o pa- travam em regime de teletrabagamento do subsídio de alimenta- lho”, afirma a autarquia, também ção aos trabalhadores municipais em comunicado. A autarquia esclarece ainda que estiveram em casa nos meses de abril e maio, adiantando que que se limita a cumprir as regras “a estimativa é de cerca de 1000 da Administração Pública”, lemfuncionários terem perdido cerca brando que o nº1 do Despacho de 100 euros mensais relativos ao nº3614-D/2020 do Conselho de Ministros estabeleceu, em matésubsídio de alimentação”. Nesse sentido, a Concelhia do ria de teletrabalho, que o trabaBloco exige ao município “que lhador mantinha sempre o direito adote também medidas de prote- ao equivalente ao subsídio de reção dos seus trabalhadores resti- feição a que teria direito caso es-

Segundo a Câmara, são menos de 250 os trabalhadores afetados

tivesse a exercer as suas funções no seu posto de trabalho, mas não estabeleceu disposição semelhante para os trabalhadores em escalas de rotatividade. “Nes-

tes casos, nos dias em que os trabalhadores não se encontrem escalados para o trabalho presencial, apesar de se encontrarem em regime de disponibili-

Vegetação no Parque da Devesa

PS fala em descuido, Câmara alega proteção da fauna

O Partido Socialista de Famalicão veio, na passada quinta-feira, em comunicado, apelar ao presidente da Câmara, Paulo Cunha, que promova a renovação do Parque da Devesa e dos restantes espaços ajardinados do concelho com a máxima celeridade possível. Eduardo Oliveira, líder da Concelhia famalicense do PS diz que “dá voz pública ao que lhe tem sido transmitido por vários munícipes que usufruem de alguns espaços verdes do concelho” e apela que "a Câmara Municipal intervenha para a manutenção dos espaços com a dignidade que merecem para usufruto de todos". O comunicado surge depois da vereadora do PS, Célia Menezes,

ter questionado Paulo Cunha sobre o assunto, na reunião do executivo camarário que também decorreu na quinta-feira, de manhã. Na altura, o presidente da Câmara explicou que o Parque da Devesa “não é só o espaço pedonal, mas tem múltiplas dimensões, sendo uma delas a sua fauna e flora”. “O parque já tem uma fauna considerada rica e a vegetação ajuda a proteger essas espécies, pelo que o facto de não ser cortada não significa desleixo, mas é um ato propositado”, acrescentou. O edil considerou que pode existir uma ou outra situação pontual “que necessite de ajustes” e que prometeu verificar, mas vincou

que “a estratégia da gestão do parque passa, por um lado, por garantir as melhores condições a quem o frequenta, mas por outro, preservar e proteger a sua biodiversidade”. O OPINIÃO PÚBLICA falou com a diretora do Parque da Devesa, Manuela Araújo, que explicou que a erva de prado de sequeiro, “em certos sítios, tem de cumprir o seu ciclo de vida para promover a biodiversidade”. A responsável adiantou que nas zonas mais baixas do parque o prado é cortado para permitir que as pessoas usufruam desses espaços, mas nas zonas mais altas e inclinadas, normalmente, isso só acontece duas vezes por ano (no inverno e no final do verão). O mesmo acontece nas margens do rio, onde a vegetação não é cortada. “Há aves, anfíbios e mamíferos que dependem dessas plantas, por exemplo para se alimentarem ou construir abrigo”, sublinha Manuela Araújo, acrescentando que “os parques urbanos mais avançados do mundo seguem esta estratégia”. A diretora lembra ainda que a Devesa “não é um jardim, mas um parque com todo um ecossistema que se quer equilibrado”. C.A.

dade e sujeitos a serem chamados a todo o tempo para substituir outros colegas, não foi estabelecido o direito ao recebimento do subsídio de refeição”, acrescenta. Assim, o Município, “no cumprimento das regras estabelecidas pela administração central, pagou subsídio de alimentação a todos os trabalhadores em regime de teletrabalho, não o fazendo aos que estavam em casa em regime de disponibilidade”, pesar de reconhecer que a situação era geradora de injustiças entre os trabalhadores. E a este propósito, acrescenta que o presidente da Câmara, Paulo Cunha, solicitou por escrito à ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública, “uma correção, aditamento ou alteração ao Despacho nº 3614-D/2020, de 23 de março, no sentido dos trabalhadores em escalas de rotatividade manterem o direito ao subsidio de refeição”.

Paulo Cunha candidata-se à liderança da Distrital de Braga do PSD

O autarca de Famalicão e atual presidente da Concelhia famalicense do PSD, Paulo Cunha, vai candidatar-se às eleições para a liderança da Distrital de Braga do partido, marcadas para o próximo dia 11 de julho. Em nota à imprensa, Paulo Cunha diz que quer ajudar o PSD no distrito “a construir soluções que dignifiquem a causa pública e reforcem o seu entrosamento social” e também “contribuir para que o mérito das ações dos nossos agentes tenha o merecido relevo no contexto nacional”. “O esforço, o trabalho e os resultados que construímos no nosso distrito de Braga merecem o justo reconhecimento das diversas instâncias nacionais”, acrescenta. O presidente da Câmara de Famalicão considera ainda que os atos eleitorais a ocorrer no futuro próximo, concretamente as eleições presidenciais e as autárquicas, “reclamam a intervenção de todos os militantes do distrito e exigem que cada um tenha a máxima disponibilidade para que, ao serviço dos ideais do PSD, contribua para vencer aqueles referidos desafios”. Afirmando que, ao longo do passado recente, os militantes do PSD no distrito “souberam cerrar fileiras em torno dos seus propósitos e conseguiram envolver a sociedade civil nas suas propostas eleitorais”, Paulo Cunha, espera contar com o apoio dos militantes, autarcas, deputados eleitos à Assembleia da República, líderes das secções concelhias e de núcleo, bem como com a JSD, os TSD e as MSD.


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PCP alerta para direitos dos trabalhadores junto a empresas do concelho

Centro de rastreio móvel à Covid-19 desmobilizado

O centro de diagnóstico móvel à Covid-19 de Famalicão, em funcionamento desde o início do mês de abril no parque de estacionamento do Parque da Devesa, deixa de estar em funcionamento a partir desta quarta-feira, dia 10 de junho, em virtude da evolução positiva da pandemia. Recorde-se que a criação deste centro de rastreio à Covid-19 foi uma das medidas anunciadas pelo presidente da Câmara de Famalicão, Paulo Cunha, no âmbito do plano de ação de combate ao novo Coronavírus. A estrutura, que funcionava em formato drive-trough, foi criada em parceria com a ARS Norte e a UNILABS. Em caso de sintomas, os utentes deverão contactar a linha SNS24, através do número 808242424.

A Organização Concelhia de Famalicão do Partido Comunista Português (PCP) associou-se à jornada que o partido promoveu, na semana passada, junto de trabalhadores de várias empresas e intitulada “Nem um Direito a Menos – Valorizar o trabalho dos trabalhadores”. Nesse sentido, a Concelhia comunista marcou presença em várias empresas do concelho, entre elas, a ACO, a Riopele, a Continental Mabor, a Lima & Companhia, a Leica, a Tesco e a Coindu. “Entendemos que é tão importante evitar a propagação deste surto como, também fundamental esta luta dos trabalhadores que, nos últimos meses, viram a sua vida pessoal e profissional afetada pela chantagem, ameaça e coação”, afirma o PCP de Famalicão, acrescentando que “foram várias as denúncias contra o grande patronato, que recorreu escandalosamente ao layoff, mesmo com os seus lucros milionários, ou pressionando os seus trabalhadores a anteciparem dias de férias, aceitarem ‘banco de horas’, e ainda, destruindo postos de trabalho, através de despedimentos abusivos”. A propósito, o PCP salienta que nos últimos dois meses “só no concelho de Famalicão, o desemprego registou uma subida de cerca de 37% face ao mês de fevereiro”. Proibir despedimentos dos trabalhadores com vínculos efetivos e precários; garantir a todos os trabalhadores uma remuneração de 100%, incluindo subsídio

de refeição; aplicação imediata dosubsídio de risco para todos os profissionais dos setores público e privado que exerçam funções de risco; adotar medidas extraordinárias de apoio a quem ficou sem qualquer rendimento; cumprir regras de higiene, saúde e segurança no trabalho, foram alguma das medias que o PCP apresentou junto dos trabalhadores com quem contactou.

Regresso das crianças à Gerações “foi sereno e tranquilo”

Alunos da Cior assinalam Dia do Ambiente com um concerto online Alunos da Escola Profissional Cior, a frequentarem o Curso de Cuidador de Crianças e Jovens, assinalaram o Dia do Ambiente, a 5 de junho, com um concerto online. “Apesar das circunstâncias e dos condicionalismos impostos pela pelo estado de crise que todos vivemos, os alunos brindaram-nos com um concerto online improvisado, onde passaram mensagens de sensibilização ambiental com alegria e criatividade”, afirmou a propósito Arcélio Sampaio, coordenador dos Cursos de Educação e Formação da Cior. As mensagens centraram-se na importância da politica e boas práticas de sustentabilidade ambiental dos 4R(s): Reduzir, Reutilizar, Reciclar e Restaurar. Estes e outros desafios no âmbito da educação ambiental enquadram-se no programa Eco-Escola implementado na Cior e nas práticas da sociedade Ponto Verde, sendo reveladores da grande “capacidade mobilizadora e de intervenção dos alunos que frequentam os Cursos de Educação e Formação”, modalidade de formação cada vez mais procurada por parte dos jovens, segundo referiu Arcélio Sampaio.

No passado dia 1 de junho, as crianças que frequentam a creche e o ensino pré-escolar da Associação Gerações regressaram à instituição, depois de dois meses de ausência, devido á pandemia de Covid 19. “Foi um regresso sereno e tranquilo porque devidamente preparado e testado” afirma a instituição, em nota á imprensa, acrescentando que “as exigentes normas de segurança foram bem acolhidas pelos pais, de acordo com um plano de contingência minucioso e exigente”. A este nível, nomeadamente, quanto à higienização dos espaços e dos brinquedos das crianças, a Gerações diz que a sua atuação “se pauta sempre por grandes padrões de exigência e de qualidade”, pelo que “houve apenas necessidade de,

tanto quanto possível, adequar os comportamentos e os procedimentos às diretivas da DGS”. De resto, a Gerações sublinha que a ligação com as suas crianças e seniores “não foi quebrada durante os dois meses e meio de interrupção”. Educadoras, técnicas e direção pedagógica “mantiveram sempre uma ligação estreita” às crianças e às famílias, através de videochamadas, encontros virtuais coletivos e videoconferências. Também editou e distribuiu um jornal para os pais e para as crianças com o título “Construímos memórias de felicidade”. Uma “árvore colorida”, decorada com fotografias das colaboradoras da Gerações vai ficar a lembrar estes tempos de pandemia. Nas fotos, vêem-se os rostos

de todas sem máscaras e, noutras fotos, os rostos cobertos com máscaras, simbolizando um antes normal e um agora de alguma anormalidade.

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Famalicão

Barbosa: Rua Santo António, Tel. 252 302 120 Calendário: Rua da Liberdade, Tel. 252 378 400/1 Cameira: C. Mouzinho Albuquerque, Tel. 252 323 819 Central: Praça D. Maria II, Tel. 252 323 214 Nogueira: Av. Marechal H. Delgado, Tel. 252 310 607 Valongo: Rua Adriano Pinto Basto, Tel. 252 323 294 Gavião - Av. Eng. Pinheiro Braga, 72 - Telef. 252 317 301 Marinho: Edif. S. José - Estalagem - Telf. 252 921 182 Martins Ventura: R. C. Cerejeira - Lousado - Telf. 252 493 142 Estação: Largo da Estação - Nine - Telf. 252 961 118 Ribeirão: Rua Quinta Igreja 9 - Ribeirão - Telf. 252 416 482 Joane: Rua S. Bento, nº 217 - Telf. 252 996 300 Landim: Estrada Nacional 204/5, nº 693 - 252321765

Famalicão Quinta,11

Serviço Gavião

Sexta, 12

Cameira

Sábado, 13

Central

Domingo, 14

Calendário

Segunda, 15

Nogueira

Terça, 16

Valongo/Ribeirão

Quarta, 17

Gavião

Vale do Ave

Almeida e Sousa: Covas - Oliv. Stª Maria - Telf. 252 931 365 Bairro: Av. Silva Pereira, Telf. 252 932 678 Delães: Portela - Delães - Telf. 252 931 216 Riba de Ave: Av. Narciso Ferreira, Telf. 252 982 124

Vale do Ave

Serviço

Quinta, 11 Sexta, 12 Sábado, 13 Domingo, 14 Segunda, 15 Terça, 16 Quarta, 17

Bairro Riba de Ave Almeida e Sousa Bairro Delães Riba de Ave

Serviço de disponibilidade

Paula Reis: R. José Elisio Gonçalves Cerejeira, nº 629 Calendário - Tel. 252 378 057 Maceiras: Louro - Telf. 252 310 425 Marques: Largo da Igreja - Fradelos - Telf. 252 458 440 Oliveira Monteiro: Largo Igreja - Cabeçudos - Telf. 252 331 885 Pedome: Av. S. Pedro, 1139 - Pedome - Telf. 252 900 930 Pratinha: Largo do Cruzeiro - Cavalões - Telf. 252 375 423 S. Cosme: Vale S. Cosme - Telf. 252 911 123 Arnoso: Av. Joaq. Azevedo - Arnoso Sta. Maria - Telf. 252 916 612


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FREGUESIAS

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Terrenos deverão ficar disponíveis até agosto

Paulo Cunha promete para breve obra na antiga estamparia Rafael Cristina Azevedo Em visita à vila de Joane, o presidente da Câmara de Famalicão, Paulo Cunha, anunciou que está para breve o acordo com os proprietários dos terrenos da antiga estamparia Rafael, o que vai permitir a reabilitação urbana de todo aquele espaço com a construção de habitação, mas também serviços públicos e áreas de lazer. Paulo Cunha, que iniciou na passada quarta-feira, em Joane, um novo ciclo de visitas às freguesias do concelho, adiantou que o diferendo com os proprietários da antiga estamparia, que tem décadas, deverá ficar resolvido até agosto. “É um processo com muitos anos, que atravessou vários executivos municipais e locais. Neste momento, remos um entendimento com o proprietário e há um anteprojeto já consensualizado e antes de agosto, estou convicto que teremos novidades concretas”, referiu. Deste modo, a vila joanenses ganhará uma nova área central destinada à habitação, comércio e serviços, com um novo espaço verde para utilização recreativa, desportiva e de lazer com ligação ao Parque da Ribeira.

Na visita a Joane, Paulo Cunha passou pelo Centro Social Paroquial

Paulo Cunha avançou ainda a possibilidade do espaço vir a receber a nova Unidade de Saúde Familiar de Joane, referindo que existe já “um principio de entendimento com a Administração Re-

Escola de Ribeirão vence concurso Matemáticas na Raia 2020

O Agrupamento de Escolas de Ribeirão venceu o “Matemáticas na Raia”, um concurso de resolução de problemas por turmas que se realiza na Galiza e na Região Norte de Portugal. Os resultados foram conhecidos no passado dia 2 de junho e, pela primeira vez na história do concurso, duas turmas de Portugal tiveram todos os problemas completamente corretos. Foram elas, a turma do o 9º A da Escola Básica de Ribeirão e a turma 9º B do Colégio Nossa Senhora da Paz, distrito do Porto, que se sagraram as vencedoras portuguesas do “Matemáticas na Raia 2020”. Organizado conjuntamente pela Asociación Galega do Profesorado de Educación Matemática (AGAPEMA) e a Associação de Professores de Matemática (APM) de Portugal, este concurso realiza-se anualmente e nele podem participar turmas completas do 9.º ano da região norte de Portugal (Aveiro-Norte, Braga, Bragança, Porto, Viana do Castelo, Vila Real, Viseu-Norte) e de 3.º ESO da Galiza. O concurso consiste em resolver, em hora e meia, cinco problemas, realizando-se em simultâneo nas escolas participantes dos dois países, com o mesmo enunciado na Galiza e em Portugal, escrito nas duas línguas. A edição deste ano realizou-se no dia 5 de março.

gional de Saúde do Norte para aí sediar a nova USF”. “Os joanenses podem estar seguros de que vão ter uma solução ótima que vai permitir que aquele espaço tenha a atratividade que merece”, acres-

centou. Naturalmente satisfeito com o desfecho deste processo está também o presidente da Junta de Freguesia de Joane, António Oliveira. “O problema tem décadas, atormentou-nos durante muito tempo e este projeto é essencial para que o centro de Joane ganhe mais dignidade”, referiu. Na deslocação à vila de Joane, Paulo cunha foi também conferir as obras mais relevantes realizadas nos últimos tempos na freguesia e os pontos onde estão priorizadas intervenções, além de visitar algumas instituições locais, nomeadamente o Centro Social e Paroquial e o recinto do Grupo Desportivo de Joane. No final, o edil fez ainda questão de deixar uma nota pública de agradecimento aos autarcas de freguesia, “que no atual quadro pandémico tiveram e têm um desempenho relevante”. De resto, quer em Joane, quer nas outras freguesias do concelho que vai agora visitar, Paulo Cunha diz que o objetivo é o mesmo: “sinalizar e identificar as necessidades das várias freguesias, visitar a obra feita e tomar o pulso à cidadania e associativismo na sociedade, face ao atual momento que atravessamos”.

Continental Mabor

Trabalhadores em protesto contra corte nos salários A Continental Mabor pretende implementar uma redução de 38,5% nos salários de 675 dos 2400 funcionários da empresa de Lousado, diz a comissão de trabalhadores. Ao que o OPINIÃO PÚBLICA conseguiu apurar em causa estão os trabalhadores do turno do fim de semana. Na segunda e terça-feira, os trabalhadores afetados reuniram em plenários e concentraram-se em protesto junto aos portões da fábrica de pneus. Sobre este assunto, a Continental Mabor diz apenas que as negociações “ainda estão a decorrer” e que “o processo ainda não está fechado”, escusandose a fazer mais comentários. Vítor Sampaio, coordenador da Comissão de Trabalhadores adianta, contudo, que em causa estão “reduções no salário que podem ir de 480 a 780 euros por mês e que atingem aqueles que trabalham ao fim de semana". Já Fernando Costa, do SITE Norte, sindicado do setor afeto à CGTP, diz que esta intenção da administração é “injustificável,

Os trabalhadores concentraram-se à porta da empresa

face aos lucros de milhões de euros” que a multinacional alemã” tem tido nos últimos anos”. Recentemente, Pedro Carreira, administrador da Continental Mabor, também em declarações ao OP, fez saber que a empresa está a ser fortemente

afetada pelas quedas abrutas da indústria automóvel e que 2020 “vai ser o ano mais difícil da sua história”. No entanto, Fernando Costa não aceita que “a reboque da pandemia”, a fábrica de pneus “corte com os direitos dos trabalhadores”. C.A.


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FREGUESIAS

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Didáxis constrói jardim para proteger insetos polinizadores A escola Didáxis, de Riba d’Ave, elaborou este ano letivo um projeto em prol da diversidade ambiental, com a construção de um jardim que é agora um espaço privilegiado para os insetos polinizadores. Tudo começou em setembro passado, quando a turma 9.3 da Didáxis, decidiu abraçar um projeto que permitiu sair da sala de aula e agir em prol da biodiversidade no planeta. Sabendo que o declínio dos insetos polinizadores é uma ameaça real à existência de muitas espécies e à alimentação humana, este grupo de alunos transformou radicalmente um dos jardins da escola. Ao longo deste ano letivo, 130 metros quadrados de terreno forrado com seixos brancos, e deram lugar a uma explosão de flores e cores. “A nossa escola une-se, assim, a um movimento de consciência ambiental que está a crescer um pouco por todo o mundo, contribuindo para a biodiversidade do planeta. Estamos a dar espaço à flora selvagem para que os insetos polinizadores se possam alimentar”, refere a Didáxis em nota à imprensa.

Agrupamento D. Maria II substitui Open Day por visitas guiadas Devido à pandemia de Covid 19, este ano o Agrupamento de Escolas D. Maria II, de Famalicão, não vai realizar o habitual “Open Day”, iniciativa destinada à apresentação do agrupamento aos alunos que iriam para o 5° ano e que incluía uma série de atividades. Assim sendo, para os estudantes que vão frequentar as escolas do Agrupamento do 2º e 3º ciclo pela primeira vez, os alunos monitores das Biblioteca Escolar decidiram fazer visitas guiadas, previamente marcadas. Os futuros alunos que tenham curiosidade em saber como são as instalações e como funciona o Agrupamento podem marcar a visita pelo número 912900496.

Coleção de joias “Brilho de Esperança” ajuda a Humanitave

A associação Humanitave e a empresa famalicense Kantelegante lançaram uma coleção de joias solidária, em que por cada peça vendida, 10 euros serão doados à Humanitave. A coleção intitula-se “Brilho de Esperança” e é desenvolvida pela Kantelegante, que nasceu com a ideia de revolucionar as joias portuguesas e dar-lhes um significado especial. Refira-se que a Humanitave, associação famalicense com sede em Pedome, tem apoiados várias famílias em dificuldades económicas nestes tempos de pandemia, nomeadamente no fornecimento de alimentos e refeições.

Para a realização de mais de 10 de intervenções

Câmara aprova mais de um milhão de euros para as freguesias A Câmara de Famalicão aprovou, na última reunião do executivo, um pacote financeiro de mais de um milhão de euros para a realização de várias intervenções, sobretudo na rede viária, em mais de uma dezena de freguesias do concelho. Das obras contempladas nesta tranche, destaque para o alargamento da Estrada Municipal 571/1, na União de Freguesias de Mouquim, Lemenhe e Jesufrei, no valor dos 158 mil euros; a beneficiação da Rua dos Caçadores, em Nine, no valor de 141 mil euros; e a requalificação do adro da igreja de Gavião, no valor de 127 mil euros. O pacote financeiro disponibilizado pela autarquia prevê também a atribuição de um apoio à Junta de Fradelos, no valor de 95 mil euros, para a beneficiação das ruas 5 de Outubro, D. Maria II e D. Sancho I; e de um apoio de 85 mil euros à Juntas de Seide e de Vale S. Martinho para a repavimentação da Rua da Boavista e para a construção de um parque de estacionamento junto à igreja paroquial, respetivamente. A freguesia de Brufe foi também contemplada com um apoio financeiro no valor de 75 mil euros destinado a comparticipar as obras na Travessa Manuel Moreira Maia, que irá permitir aumentar a fluidez de trânsito nesta zona da freguesia. A requalificação da Rua Joaquim

Maioria das obras são na rede viária

Teixeira de Melo e da Avenida do Pinheiro Torto, em Landim, no valor de 62 mil euros; a beneficiação da Rua dos Combatentes, no Louro, no valor de 51 mil euros; a primeira fase das obras de requalificação da Rua dos Moinhos, da Rua António Gomes Oliveira, da Rua da Resistência e da Rua do Folão, na União de Freguesias de Arnoso Santa Maria, Santa Eulália e Sezures, no valor de 40 mil euros; a pavimentação da Rua da Igreja, em Telhado, no valor de 32 mil euros; a beneficiação da Rua do Pombarinho, em Vilarinho das Cambas, no valor de 28 mil euros; a primeira fase da ampliação do adro da igreja paroquial de Oliveira Santa Maria, no valor de

23 mil euros e o alargamento da Rua Capitão Fonseca, em Ruivães, no valor de 17 mil euros são outras das obras contempladas neste pacote de apoios financeiros. Na última reunião do executivo municipal foram também atribuídos dois apoios não financeiros: um no valor de 3444 euros destinado à elaboração de projetos de iluminação pública para as freguesias de Gavião, Landim, Ribeirão, Oliveira Santa Maria e União de Freguesias de Lemenhe, Mouquim e Jesufrei, e outro no valor de 2.300 euros para a cedência de material destinado às obras de construção do parque de lazer de Cavalões.

Era natural de Riba d’Ave estava emigrado em França

Faleceu o empresário Manuel Cândido Faria Faleceu, no passado domingo, em Paris, o empresário famalicense Manuel Cândido Faria, mecenas da comunidade portuguesa em França. Manuel Cândido Faria era originário de Riba d’Ave e chegou a França aos 12 anos. Começou a trabalhar no ramo da construção civil aos 16 anos e aos 22 comprou a empresa que o empregava. Com sucesso no mundo dos negócios, o empresário português dedicava-se nos últimos anos a apoiar projetos da comunidade portuguesa. “Foi graças a ele que foi possível renovar as salas Fernando Pessoas e Vieira da Silva que acolhem mais de 100 eventos culturais por ano. Recentemente, durante a pandemia, ligou-me a perguntar se algum residente da casa precisava de algum tipo de apoio”, afirmou Ana Paixão, diretora da Casa de Portugal na Cidade Universitária Internacional de Paris, em declarações à Agência Lusa. “Era uma pessoa extremamente interessada no apoio à cultura na comunidade portuguesa e apoiou imensos projetos nesse sentido. Mesmo após a conclusão das obras na Casa, manteve-se sempre disponível para continuar a ajudar”, lembrou Ana Paixão, referindo que a Casa de Portugal fará, assim que possível, uma homenagem a esta figura da comunidade. Em 2016, Manuel Cândido Faria, foi reconhecido pelo Presidente da República aquando a celebração do 10 de junho em Paris, tendo o empresário recebido o grau de oficial da Ordem de Mérito.

Manuel Cândido Faria foi para França aos 12 anos

O empresário ajudou também na construção da Casa de Portugal em Plaisir, nos arredores de Paris, inaugurada a 25 de abril de 1995, que acolhe as atividades do Centro Cultural e Recreativo dos Portugueses de Plaisir, e ainda a Casa do Benfica em Paris. “A generosidade desinteressada dele sempre falou mais alto e, ao mesmo tempo, era uma pessoa que não gostava de aparecer”, contou Ana Paixão. O seu mais recente projeto era a renovação da igreja da paróquia portuguesa de Gentilly, nos arredores da capital francesa, com a doação de mais de 5 toneladas de tinta e andaimes para a conclusão das obras.


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DESPORTO

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A equipa famalicense vai continuar em lugar europeu até ao final da jornada

Sonho da Europa teve escala em Barcelos Segundo jogo após a retoma, segundo triunfo do Futebol Clube (FC) de Famalicão. Depois da vitória Estádio Cidade de Barcelos frente ao FC Porto e a chegada ao Árbitro: Hélder Malheiro Aux: Bruno Jesus e Rui Cidade VAR/AVAR: João Bento / Carlos Covão quinto lugar da Liga NOS, o Vila Nova entrou com vontade de continuar o bom momento de forma. Gil Vicente FC FC Famalicão Chegou ao primeiro golo de penálti, Vaná Denis o segundo foi de tiro e o terceiro Ivo Pinto Alex Pinto oferecido. Pelo meio, o Gil Vicente Roderick Miranda (Zakaria Naidji 82’) FC ainda assustou, mas os três Riccieli Rúben Fernandes (C) pontos viajaram até ao concelho faPatrick William Edwin Banguera malicense. Uros Racic Henrique Gomes Não se adivinhava um jogo fácil Pedro Gonçalves Soares (Racine Coly João Afonso e João Pedro Sousa frisou-o na con90+4’) (Vítor Carvalho 68’) ferência de imprensa de antevisão Diogo Gonçalves Kraev da partida. O FC Famalicão entrou Rubén Lameiras (Hugo Vieira 68’) em campo apenas com alterações (Guga 71’) Lourency na defesa. Os castigados Nehuén Fábio Martins (Baraye 82’) Pérez e Alex Centelles deram lugar (Walterson 79’) Arthur Henrique a Riccieli e Patrick William e Vaná Toni Martínez (Samuel Lino 46’) Sandro Lima Alves assumiu as redes da baliza em detrimento de Rafael Defendi, Treinadores que acusou positivo à Covid-19. A Vitor Oliveira João Pedro Sousa equipa da casa apostou numa forGolos: Fábio Martins (12’); Diogo Gonçalves (42’); Hugo Vieira mação mais contida, apostada, cla(77’); Edwin Banguera ag (90+1’) ramente, no contra-ataque. Por Cartões Amarelos: Pedro Gonçalves (45+1’); Roderick isso, nos primeiros minutos, não (47’); Fábio Martins (51’); Henrique Gomes (88’) e Vítor foi de estranhar a maior posse de Carvalho (90+6’) bola do Vila Nova e Diogo GonçalCar tões Vermelhos: Nada a registar ves deu o primeiro sinal de perigo junto da baliza de Denis. O cruzaPedro Sousa mento não encontrou nenhum companheiro de equipa. Contudo,

1-3

minutos após o lance de perigo, Toni Martínez, lançado por um companheiro, rompeu pela esquerda e só foi travado, em falta, por Banguera. Hugo Malheiro apontou para a marca dos onze metros e Fábio Martins atirou a contar para o primeiro golo da partida. Os gilistas tentaram subir um pouco a pressão, mas o FC Famalicão tinha a lição estudada e conseguiu sair, muitas das vezes, muito bem da pressão. Depois de uma bela jogada coletiva, Fábio Martins teve a oportunidade de aumentar a contagem, mas Denis, com uma excelente intervenção, negou o tento ao capitão. Já com o intervalo a aproximar-se, o guardião da turma de Vítor Oliveira já nada conseguiu

fazer após um remate de primeira de Diogo Gonçalves. Mais uma vez, Toni Martínez foi lançado em profundidade, captou a bola dentro das quatro linhas, cruzou e Diogo Gonçalves, sem deixar a bola cair no relvado, desferiu um tiro que só parou no fundo das redes barcelenses. No segundo tempo, o técnico da casa mexeu logo na equipa, mas o resultado foi o mesmo: muito desacerto na hora do passe por parte dos homens do Gil Vicente FC. A formação liderada por João Pedro Sousa desceu um pouco as linhas, deu iniciativa de jogo ao adversário e, mesmo assim, dispôs da grande ocasião do segundo tempo. Cabeceamento de Toni Martínez que

MELHOR FC FAMALICÃO:

Toni Martinez Não marcou, mas esteve nas duas jogadas dos golos do FC Famalicão. Foi sobre ele o penálti do primeiro golo e fez a assistência para Diogo Gonçalves. Lutou muito durante a partida e jogou quase sempre no limite do fora de jogo com muita eficácia. Às vezes, os avançados não necessitam de marcar para ajudarem a equipa.

passou perto do poste de Denis. Quando o Gil Vicente FC estava todo balanceado para o ataque, Hugo Vieira, no meio dos defesas, conseguiu dar o melhor seguimento a um belo cruzamento de Henrique Gomes. Os gilistas reduziram a vantagem famalicense e ganharam nova esperança. Contudo, foram novamente traídos por Banguera. O central colombiano já tinha borrado a pintura quando cometeu a grande penalidade, originando o primeiro golo do Vila Nova, e nos descontos introduziu a bola na própria baliza, após cruzamento de Diogo Gonçalves, fechando a contagem favorável à turma famalicense em 1-3. Com este triunfo, o FC Famalicão passa a somar 43 pontos e encontra-se na quinta posição, em igualdade pontual com o Sporting CP, que está no quarto lugar, mas que tem menos um jogo. Próxima partida é no Estádio Municipal de Famalicão, no dia 19 de junho, às 21h15, frente ao SC Braga. Para este jogo diante dos homens liderados por Custódio, João Pedro Sousa não vai puder contar com Pedro Gonçalves. O camisola 28 viu a quinta cartolina amarela na Liga NOS diante dos gilistas.


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DESPORTO

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Amigos do Pedal de Famalicão anunciam nova prova e data do duatlo A associação Amigos do Pedal de Famalicão apresentaram uma nova prova e anunciaram a data do Duatlo de Famalicão. As duas provas vão acontecer em outubro e novembro, com regras muitos específicas, face às contingências. As 24h BTT e o triatlo de Famalicão foram canceladas. O BTT Aventura Rali é a nova prova que vai ser organizada pelos Amigos do Pedal. A competição está agendada para o mês de novembro e foi “pensada para mesmo com as condicionantes da pandemia, se realizar de forma segura para todos”. Paulo Machado Ruivo, presidente da associação, explicou a forma como a prova vai decorrer, na vertente BTT. Os atletas vão sair em grupos de três, separados por 30 segundos. “Com as regras que implementamos, garantimos o distanciamento ao fazer uma partida fracionada”, relatou o líder da as-

sociação. A nova prova vai ter início e fim na Avenida Centenário, em Calendário. Relativamente ao Duatlo, a associação divulgou que vai acontecer no dia 5 de outubro. “O Duatlo exigirá um longo planeamento e adaptação do espaço da Devesa, naquilo que será a zona de partida/chegada e de transição. É um desafio a que saberemos, nos próximos meses, dar resposta e a 5 de

Riba d’Ave HC reforça-se com campeão europeu

outubro voltaremos a ter aqui o maior Duatlo do país, muito competitivo e exemplarmente organizado”, acrescentou Paulo Machado Ruivo. As inscrições para as duas provas vão estar disponíveis nos próximos dias. “Espero que todos voltem para disfrutar do que nos dá tanto prazer, que é andar de bicicleta e partilhar esta paixão”, concluiu Paulo Machado Ruivo.

O Riba d’Ave Hóquei Clube (HC) continua a anunciar reforços para a próxima temporada. Desta feita, o clube ribadavense anunciou a contratação de Gustavo Pato. O avançado de 19 anos tem passagens pelos escalões jovens do Sporting CP e na temporada passada representou o SL Benfica. Com presença nas camadas jovens da seleção nacional, Gustavo Pato participou na caminhada triunfante da equipa das quinas no Campeonato Europeu de sub-17, em Fanano, Itália, no ano de 2017. Em 2019, participou nos World Roller Games de Barcelona, tendo ajudado a seleção portuguesa arrecadar a medalha de Bronze final.

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Pedro Ribeiro é o novo treinador da UD Calendário Está conhecido o novo treinador da União Desportiva (UD) Calendário. Pedro Ribeiro vai ser o técnico da formação famalicense na Divisão de Honra da AF Braga. O antigo treinador adjunto do clube abraça, assim, a primeira experiência como técnico principal de uma equipa sénior. No comunicado no facebook, a equipa menciona as duas subidas consecutivas atingidas por Pedro Ribeiro. “O bom filho a casa volta”, pode ler-se na mensagem publicada na rede social.

CRP Delães e GD Fradelos apresentam equipas técnicas O Centro Recreativo e Popular (CPR) de Delães e o Clube Desportivo (CD) Fradelos apresentaram as equipas técnicas que vão liderar as formações na próxima temporada. José Alberto Pereira é o novo técnico do CRP Delães e vai ser acompanhado por Vítor Silva (treinador adjunto), Anísio Alves (treinador adjunto) e Miguel Maia (treinador de guarda-redes). Já o GD Fradelos vai ser orientado por Fernando Martins. Juntamente com o técnico foi apresentado também o diretor desportivo, Berto. A restante equipa técnica é constituída por Bi (treinador adjunto), Daniel Oliveira (preparador físico) e Serafim Pinheiro (treinador de guarda-redes).


ANTONINAS SEM FESTA

mas com memória

Num ano normal, Vila Nova de Famalicão estava, esta semana, a viver em pleno as festas mais importantes do concelho: as Antoninas. Sábado é dia 13 de junho, Feriado Municipal, o dia em que se celebra o Santo António. Por estes dias a cidade seria o epicentro para onde confluíam milhares de famalicenses e de visitantes para celebrarem as centenárias Antoninas, as maiores festas do concelho de Famalicão e um dos grandes cartazes turísticos do Norte de Portugal. A pandemia da Covid-19 anulou os divertimentos, as marchas, os desfiles, os concertos, as provas desportivas e as sardinhadas, mas não anulou a memória e a nossa identidade. Este especial tem essa intenção. Dar a conhecer a nossa história, recordar alguns momentos desta festa e manter presente o espírito das An-

toninas através da evocação histórica de muitos dos momentos, registos e histórias que fizeram destas o grande ponto de encontro e reunião dos famalicenses. A Câmara Municipal também, ao longo desta semana, está a manter, nas suas redes sociais, o espirito das maiores festas do concelho. Para além dos dados históricos e memórias, na grande noite das Antoninas, 12 de junho, que seria dia das Marchas Populares, o Município de Famalicão transmite um best off dos últimos anos com a prestação das três melhores marchas de cada ano. Será apenas um dos muitos momentos que ao longo desta semana são evocados para que, apesar das contingências, as Antoninas também façam pulsar o coração dos famalicenses este ano. pub


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ESPECIAL

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MARCHAS INFANTIS o momento mais acarinhado por todos

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As Marchas Infantis já contam com mais de três décadas e são sempre um dos momentos mais acarinhados das Antoninas e um dos pontos altos do primeiro dia das festas. A Câmara Municipal foi ao baú resgatar algumas imagens dos anos 80 e 90 e a avaliar pelas fotografias, ternura e criatividade é coisa que nunca faltou aos marchantes de palmo e meio. Muitas destas crianças são, hoje, adultos e ao ver as imagens podem recordar aquele que é considerado um dos pontos altos das Antoninas.

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ESPECIAL

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MISSA SANTO ANTÓNIO com transmissão online e sem distribuição do pão Este ano, já se sabe, as Festas Antoninas, em Famalicão, estão a viver-se de forma diferente devido à Pandemia de Covid 19. Mas a habitual missa em honra de Santo António vai realizar-se, no próximo sábado, dia 13 de junho, embora em moldes diferentes do habitual. A missa vai ser celebrada na Capela de Santo António, na Rua Alves Roçada, pelas 9h00, e será presidida pelo arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga. Devido à necessidade de manter o distanciamento social dentro dos locais de culto, a paróquia de S. Tiago de Antas informa que a lotação da capela está reduzida ao máximo de 50 pessoas. Também não será possível admitir fiéis em pé no espaço fora da igreja e não será permitida a aglomeração de pessoas na rua. Haverá uma equipa de acolhimento à entrada da capela para acolher as pessoas nos lugares que a mesma dispõe. A eucaristia será transmitida online nas redes sociais da Câmara Municipal de Famalicão, da paróquia de S. Tiago de Antas e da Arquidiocese de Braga. Nesse sentido, a paróquia pede aos fiéis que “evitem deslocar-se à capela, optando por participar na celebração, através das

redes sociais, na tranquilidade e segurança dos seus lares”. Devido á situação de saúde pública, este ano também não haverá a tradicional bênção e distribuição pública do pão. Durante a eucaristia será feita a bênção de apenas um pão, a título simbólico, e serão distribuídos alguns por famílias carenciadas. A este propósito, a paróquia de Antas recorda que “o pão de Santo António simboliza a solidariedade e atenção para com quem passa por momentos de dificuldade na vida, por conseguinte, alguns pães serão distribuídos pelas Conferências Vicentinas a famílias que recebem apoio destes grupos socio-caritativos”. Para quem não puder aceder à capela de S. António e desejar participar presencialmente na missa deste dia, haverá outra celebração eucarística, na igreja paroquial nova de Antas às 11h00. A lotação máxima nesta igreja é de cerca de 150 pessoas. Da parte da tarde não haverá a habitual procissão de Santo António pela cidade visto que todas as procissões estão suspensas até ao final do verão. pub

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ANTONINAS TAMBÉM É DESPORTO

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A festa do desporto tem contribuído, desde sempre, para alegrar as festas Antoninas, através do envolvimento das associações do concelho e da mobilização dos seus atletas, num ambiente de saudável competição. Atletismo, desportos radicais, raids todo-o-terreno, corridas de carros de rolamentos, ciclismo, matraquilhos, basquetebol, tiro aos pratos e desfiles de motas e automóveis são apenas algumas das iniciativas de cariz desportivo têm animado as Festas. Partilhamos aqui algumas das imagens do desporto ao longo dos anos.

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Como se construíram as Antoninas que hoje conhecemos Os dados foram recolhidos, de forma muito simples, na página criada pela Câmara Municipal de Famalicão, o “Famalicão ID”. Lá, na pasta da Identidade Imaterial, estão todas as datas importantes para se saber, ao pormenor, a história que constrói as Festas Antoninas tal como as conhecemos. A primeira referência é de 1650, em que é inaugurada na Devesa da Feira (atual Praça D. Maria II) a Ermida de Santo António, pelos Oficiais da Confraria de Santo António. E foi neste pequeno templo que a comunidade devota deste Santo português começou a praticar os seus ritos religiosos que, no século XIX, deram origem às

atuais Festas Antoninas. Mas tudo viria a mudar em 1765. A ermida de Santo António, com o passar das décadas, tornou-se pequena para acolher o número de fieis que a ela ocorriam para prestar devoção ao seu padroeiro. A solução encontrada passou pela sua demolição e construção de um novo templo. Assim, em 1775, nasceu a Capela de Santo António, que veio substituir a ermida de Santo António, erguida 125 anos antes. Foi edificada no topo norte da atual Praça D. Maria II, no local onde hoje se situa o monumento em homenagem a Cupertino de Miranda. Além de se tornar no principal templo de devoção a Santo Antó-

nio no concelho de Famalicão, foi aqui que surgiram as Festas Antoninas, nos moldes em que atualmente são realizadas. As primeiras referências documentais a esta festa surgem em 1867. Neste ano o Abade do Louro, Domingos Joaquim Pereira, na sua obra - Memória Histórica da Villa de Barcellos, Barcellinhos e Villa Nova de Famalicão, refere que a "capela erecta no lugar da Granja, tem sido festejada por muitos devotos desde a sua fundação". É a primeira referência documental sobre a festividade a Santo António na capela do qual é padroeiro, situada no centro da Vila.

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Primeira grande celebração Foi em 1895, no âmbito do sétimo centenário de nascimento de Santo António, que Famalicão celebrou o seu padroeiro com umas “grandíssimas festas”, sendo ainda as primeiras festas documentadas, com o respetivo programa. As Festas Antoninas, como as conhecemos atualmente, encontram aqui a sua matriz embora já antes se celebrava o Santo António nesta capela. Entre os anos de 1895 e 1905, as Festas Antoninas eram organizadas por indivíduos da comunidade, integrados em comissões de festas ou por iniciativa de alguns comerciantes. A componente religiosa estava a cargo da Irmandade de São Francisco de Assis, instalada na capela de Santo António. Tinham uma duração de dois dias e o programa já constava de missa e sermão (componente religiosa), além da atuação de bandas de musica, fogo de artificio, corridas de bicicletas e cascatas. As ruas eram decoradas e iluminadas durante a noite. Nas festividades de 1906 é introduzido no programa a distribuição de um "avultado número de borôas de pão aos pobres do concelho, pela humanitária instituição de caridade «O Pão de Santo António»" no final da Eucaristia. Este ritual, que inicialmente não era exclusivo das Festas Antoninas, tornou-se, com o tempo, uma das iniciativas com mais simbolismo destas festividades, sendo atualmente, um dos momentos mais esperados pelos devotos de Santo António. O “Grupo dos 29” Entre os anos de 1906 e 1912, as Festas Antoninas são celebradas com todo o esplendor pelos famalicenses. Durante estes sete anos, as festividades foram organizadas por uma comissão inicialmente constituída por 29 homens pertencentes à elite da sociedade famalicense, que adotou a designação de Grupo dos 29. Tinham também uma duração de dois dias, embora o programa fosse mais vasto, com inúmeras iniciativas que hoje fazem parte da matriz das Antoninas. A Procissão solene em honra de Santo António entrou pela primeira vez no programa das Festas Antoninas no ano de 1908. No entanto, é provável que a sua realização seja mais antiga, pelo facto de ter existido um cruzeiro desde o ano de 1654 (contemporâneo da antiga ermida de Santo

António), junto à bifurcação das ruas de Santo António e Adriano Pinto Basto, que, entre várias funções, funcionaria como ponto de viragem das procissões saídas deste templo. Atualmente, este ritual reveste-se de grande significado para a comunidade, sendo um dos pontos mais altos das Antoninas. No dia 13 de junho, dia de Santo António, do ano de 1924, é inaugurada, embora não estando totalmente concluída, a atual capela de Santo António. Para o pagamento das obras de trasladação e construção foi aberta uma subscrição pública que durou, pelo menos, entre os anos de 1922 e 1926, sendo concorrida por muitos famalicenses, demonstrando a importância que este templo dedicado a

Santo António, no centro da Vila, tinha para a comunidade famalicense. Feriado Municipal declarado em 1979 Em 1979, a Câmara Municipal consagrou o dia 13 de junho, dia de Santo António, feriado municipal. Nesse mesmo ano, as Festas Antoninas renascem por iniciativa da Câmara Municipal de Famalicão, após ter aprovado, em 30 de janeiro desse ano, uma proposta, em reunião de vereação, para que seja ela a organizar, promover e realizar as Festas Antoninas, considerando-as, ao mesmo tempo, de interesse concelhio. É o inicio da municipalização destas festividades, que duram até à atualidade. pub


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As marchas populares entraram pela primeira vez no programa destas festividades no ano de 1984. Inicialmente eram realizadas em moldes diferentes das atuais, essencialmente por vários grupos folclóricos que desfilavam pelas ruas da cidade com os trajes habituais. Com o tempo, casa grupo participante começou a produzir a sua própria roupa, diferente de todos os anos, as letras e as músicas, além de uma coreografia que enquadrava todos estes fatores. Atualmente, é a manifestação de cariz profana mais relevante destas festividades. Quatro anos depois da introdução das marchas populares no programa das Festas Antoninas, as crianças tiveram também direito a marchar, numa iniciativa que perdura até aos nossos dias. Deste modo, anualmente, centenas de crianças de diversas instituições de ensino do pré-escolar e do ensino básico do concelho desfilam pelas ruas da cidade, trazendo a estas festividades um ambiente colorido e mágico, revestindo-se ainda como uma espécie de batismo e introdução destas crianças nas Festas Antoninas. "Santo António" o Padroeiro de Famalicão Em 1989 Santo António é declarado "Padroeiro do Concelho de Vila Nova de Famalicão" por D. Eurico Dias Nogueira (na altura, Arcebispo de Braga). A declaração surgiu no dia de Santo António, aquando das Comemorações dos 800 anos do seu nascimento. Para assinalar esta efeméride, foi erigida "nesta encruzilhada de caminhos, por onde passa Portugal inteiro", uma estátua de Santo António. O cortejo histórico e etnográfico surgiu no programa das Festas Antoninas no ano de 1990, integrado nas comemorações do primeiro centenário da morte de Camilo Castelo Branco, sendo constituído por diversos carros alegóricos que prestavam culto a este vulto da literatura nacional. Ao longo dos anos sofreu diversas mutações, quer ao nível da designação, quer da composição. Atualmente, o programa contempla um desfile etnográfico e alegórico, retratando diversos quadros ligados aos usos e costume. No ano de 1995, a comissão organizadora das Festas Antoninas entendem comemorar o centenário destas festividades, afirmando que as mesmas tiveram inicio em 1895. No entanto, segundo investigações recentes, já em 1867 havia festejos a Santo António, na sua capela situada no Campo da Feira. pub


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Antoninas, Festas de Santo António Nem de propósito... a propósito 1 Nem de propósito... Depois de vencido o record de 40 anos ininterruptos de Antoninas, e quando se rasgava no horizonte o meio século, eis que a maldição se abate sobre o percurso multissecular das Festas de Santo António, e impõe o seu cancelamento, (este ano?). Faz parte da sua sina. Com esta particularidade, fica-se a dever a razões alheias, e imperiosas de saúde pública, e não a opções tomadas ou a inabilidades próprias. (O caso presente só tem paralelo ao ocorrido no tempo da primeira Grande Guerra). Foi assim, e para mencionarmos apenas a época moderna, nos anos seguintes a 1895, quando se realizaram as ‘importantes e dignas ´(O Porvir, 19-06-1985) Antoninas, que de acordo com Vasco de Carvalho, pela ‘intensidade excecional’ marcaram fundamentalmente o início das nossas grandes festas (Estrela do Minho, 1936). Sol de pouca dura. Não foram além de 1897. Regressam em força em 1906, aguentando-se até 1912. Apagam-se com a 1.ªGrande Guerra, reerguendo -se nos anos de 1920 e 1921, tendo como palco, não o Campo da Feira, junho à Capela de Santo António, mas na rua da Liberdade. Segue-se um longo período (o maior) de hibernação, só interrompido em 1959, quando os presidentes da Associação Comercial e do Atheneu Comercial, dinamizam o seu ressurgimento, em parceria com a Câmara Municipal, liderava por José Pinto de Oliveira. Vão até 1966. Benjamim Salgado, o presidente da câmara, dá-lhe a estocada final. Desta feita, o interregno foi mais curto, durando até ao final da década de 70. Era presidente da câmara José Carlos Marinho, quando propôs em 1979, que a própria câmara organizasse o ressurgimento das Antoninas. A maioria de todos nós vive e festeja, cada um à sua maneira, há 40 anos, este ciclo – o mais longo – do seu historial.

2 A propósito... Em 2011, tive oportunidade (Opinião Pública, 01-06-2011) de escrever, que a crença popular no Santo taumaturgo Santo António perde-se na fundura do tempo, acrescentando, que as manifestações e inscrições – religiosas e profanas – no território famalicense remontam ao século XVII, com a construção da primeira ermida na ‘devesa onde se faz a feira de Vila Nova’. Transcrevo: “corria o ano de 1650 e o abade de Santa Maria Madalena recebe em 8 de junho autorização para benzer aquela e por isso, suponho que a 13 imediato, dia de Santo António, Vila Nova de Famalicão inaugurou solenemente a capela do Taumaturgo. E talvez fosse agora a primeira festa antoniana de Famalicão”. Este tempo sombrio, também ele um interregno no nosso quotidiano, é propício à reflexão, com que gostaria de terminar este apontamento. Não sem antes sublinhar. Será um erro perder de vista, que as Festas de Santo António de Vila Nova, mais tarde Antoninas, fazem parte dos genes culturais de cada um de nós, e do município que somos. Antecedem em séculos a fundação do município moderno e liberal que resgatamos a Barcelos. São um elemento estruturante da nossa identidade territorial e histórico-cultural. Sendo certo, que a devoção religiosa se perpetua num ritual de milénios, já a festa popular flutua nas contingências e circunstâncias da história e da vontade dos homens. Em todo caso, não entendo a facilidade como se decide interrompêlas, excetuando os casos de força maior, como o presente. Não foi, como vimos, o que se passou com quase todas as situações que aconteceram no último século. Para o fim, deixei uma questão pertinente e de plena atualidade. Refiro-me ao modelo de festas, que temos e queremos ser, e ao seu perfil programático. Direi apenas, que as flutua-

ções, descontinuidades e mudanças, por que passaram, desfiguraram-nas, e neutralizaram a construção de uma singularidade e identidade próprias. Perderam-se referências vindas dos primórdios, e deixaram-se pelo caminho, iniciativas e números de grande sucesso, que andam no imaginário popular, e incorporam a sua identidade. Por exemplo, as ornamentações e iluminações das ruas e janelas (hoje tipo standar), as bandas filarmónicas (desvalorizadas), são pontos altos na viragem do século; a Batalha das Flores dos anos 60, e já no ciclo atual, o Cortejo Histórico, na forma introduzida, neste século, de teatro na rua. A natureza e a simbologia das Antoninas não nos permitem deixar cair o que nos parece fora de moda. O segredo está em fazer evoluir e ajustar ao tempo o que se tornou obsoleto ou desinteressante. Não fora a decisão, tomada em 1993, de alterar profundamente o regulamento das ´Marchas´, incorporando algumas ideias das Marchas da Bica, que fomos buscar a Lisboa, e, ou já tinham desaparecido, ou eram mais um desfile folclórico.

Artur Sá da Costa, historiador pub


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ESPECIAL

opiniãopública: 9 de junho de 2020

Manjerico à venda nas ruas

Apesar de não termos as festas a encher as ruas da cidade, há algo que não mudou. O cheiro a manjerico no ar sente-se no centro da cidade, até porque a pandemia não afastou as vendedoras da erva aromática dos Santos Populares. O manjerico é conhecido como a “erva dos namorados” porque, segundo uma velha tradição, os rapazes davam pequenos manjericos, em vasos, às namoradas, por altura do Santo António, o santo casamenteiro. Esta oferta funcionava, em tempos, praticamente como um compromisso tão forte como um pedido de casamento. Já compraram o vosso?

Temporal de 2006 transformou uma noite de festa em pesadelo Ao longo da sua história mais recente, não foram raros os casos em que algumas atividades das Festas Antoninas – inclusive alguns dos seus momentos altos como o desfile infantil, as marchas ou concertos – foram adiados ou cancelados por causa do mau tempo. Mas, na memória de muitos ficará para sempre a noite de 12 para 13 de junho de 2006. Um forte temporal abateu-se sobre Famalicão, precisamente na altura em que as Marchas Antoninas desfilavam no Estádio Municipal. No palco atuava a sétima marcha. Dez minutos de chuva torrencial, trovoada, vento forte e granizo foram suficientes para gerar o pânico entre milhares de pessoas que assistiam ao desfile. A intempérie provocou 17 feridos, um dos quais em estado grave, destruiu o trabalho de meses das associações do concelho que participam nas marchas e provocou ainda outros estragos na cidade, como quedas de árvores, uma das quais, de grande porte, no Parque 1º

de Maio. Quem estava no Estádio Municipal viveu momentos de grande aflição. O pânico instalou-se quer entre o público, quer entre os marchantes que, entre a correia e a confusão, precipitaram-se para debaixo da bancada coberta e para as saídas do estádio. Muitos refugiaram-se no Pavilhão Municipal. A tenda onde estava o júri e também os convidados de

honra, entre os quais o presidente da Câmara Municipal de então, Armindo Costa, abanou de tal forma que a lona se desprendeu da cobertura e foi arrastada. Diverso material de som e de luzes ficou danificado pela intempérie. Crianças em lágrimas, muitos gritos e o toque das ambulâncias foram os sons que encerraram aquela noite, que deveria ser de festa. pub


opiniãopública: 9 de junho de 2020

MARCHAS ANTONINAS o momento mais esperado por todos

ESPECIAL

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Foi certamente um momento triste para as diversas associações que, este ano, iam participar nas Marchas Antoninas em Famalicão quando, por causa da pandemia, se anularam as Festas. Estamos a falar de muitos meses de trabalho e enorme dedicação. De ano para ano este momento, o mais aguardado por todos, ganhou maior dimensão, beleza e qualidade. As Marchas de Famalicão são, aliás, consideradas, por muitos, como sendo das melhores a nível nacional. Para o ano deverão regressar, concerteza, ainda com maior vigor, luz, cor e paixão.

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ESPECIAL

opiniãopública: 10 de junho de 2020

Sabia que...

A Batalha das Flores integrou o programa das Festas Antoninas?

A FESTA DO POVO Ao longo dos anos as Antoninas criaram memórias, fortes memórias nos famalicenses. E são vários os motivos.Por entre as sardinhadas, fogo de artificio e concertos, há sempre tempo e espaço para os divertimentos, com os carrosséis, carrinhos de choque, matraquilhos e farturas. As imagens falam por si e são mais um registo da memória da festa do povo.

Começou em 1959 e até ao ano de 1966 foi a principal atração destas festas. Organizadas pelo Grémio do Comércio e Ateneu Comercial e Industrial, os participantes, maioritariamente grupos folclóricos do concelho, eram convidados a decorar um carro alegórico com flores, que, no dia do desfile pelas ruas da cidade, traziam às festas um colorido especial. Nos dias de hoje, a Batalha das Flores continua a ser realizada no concelho, embora fora do programa das Antoninas e inserida na Festa de Maio.

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opiniãopública: 10 de junho de 2020

Camilo é figura assídua nas Antoninas Camilo Castelo Branco é uma das figuras históricas mais amadas pelos famalicenses. Por isso, não pode nunca faltar às suas festas! Camilo marca presença das mais variadas formas! Também a Câmara Municipal integrou nas festividades o que apelidou de Caminhada Camiliana. O ano passado cumpriu-se a 14ª edição e ligou a cidade à freguesia do escritor: Seide S. Miguel. A iniciativa pretende avivar a história de Famalicão nas Festas Antoninas.

ESPECIAL

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Quem é Santo António? Ao longo da sua história mais recente, não foram raros os casos em que algumas atividades das Festas Antoninas – inclusive alguns dos seus momentos altos como o desfile infantil, as marchas ou concertos – foram adiados ou cancelados por causa do mau tempo. Mas, na memória de muitos ficará para sempre a noite de 12 para 13 de junho de 2006. Um forte temporal abateuse sobre Famalicão, precisamente na altura em que as Marchas Antoninas desfilavam no Estádio Municipal. No palco atuava a sétima marcha. Dez minutos de chuva torrencial, trovoada, vento forte e granizo foram suficientes para gerar o pânico entre milhares de pessoas que assistiam ao desfile. A intempérie provocou 17 feridos, um dos quais em estado grave, destruiu o trabalho de meses das associações do concelho que participam nas marchas e provocou ainda outros estragos na cidade, como quedas de árvores, uma das quais, de grande porte, no Parque 1º de Maio. Quem estava no Estádio Municipal viveu momentos de grande aflição. O pânico instalou-se quer entre o público, que entre os marchantes que, entre a correia e a confusão, precipita-

ram-se para debaixo da bancada coberta e para as saídas do estádio. Muitos refugiaram-se no Pavilhão Municipal. A tenda onde estava o júri e também os convidados de honra, entre os quais o presidente da Câmara Municipal de então, Armindo Costa, abanou de tal forma que a lona se desprendeu da cobertura e foi arrastada. Diverso material de som e de luzes ficou danificado pela intempérie. Crianças em lágrimas, muitos gritos e o toque das ambulâncias foram os sons que encerraram aquela noite, que deveria ser de festa. pub


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opiniãopública: 10 de junho de 2020


opiniãopública: 10 de junho de 2020

Falecimentos Maria Amélia de Sousa Pereira (Pereirinhas), no dia 3 de junho, com 88 anos, viúva de Avelino Lopes Pereira, de Rebordões (Santo Tirso). Maria Adelaide Lopes Pereira, no dia 4 de junho, com 91 anos, viúva de Arnaldo Ferreira da Silva, de Rebordões (Santo Tirso). Maria Adília Gonçalves Maia Martins, no dia 5 de junho, com 66 anos, viúva de Francisco Manuel Martins, de Santa Cristina do Couto (Santo Tirso). Maria da Assunção da Costa, no dia 8 de junho, com 84 anos, viúva de Aires Figueiras de Oliveira, de Santo Tirso. Agência Funerária de Burgães Sede.: Burgães / Filial.: Delães Telf. 252 852 325

Isaura Carvalho Costa e Silva, no dia 2 de junho, com 79 anos, viúva de António da Costa, de Requião. Armando Teixeira, no dia 3 de junho, com 81anos, casado com Clotilde Torres de Azevedo, de Ruivães. Bruno Miguel Machado de Oliveira, no dia 4 de junho, com 32 anos, solteiro, de Landim. Júlia da Conceição Liberato, no dia 4 de junho, com 81 anos, solteira, de Ruivães. Agência Funerária da Lagoa Lagoa – Telf. 252 321 594

Manuel de Castro, no dia 5 de junho, com 95 anos, viúvo de Delfina da Cunha, de Moreira de Cónegos (Guimarães). Diamantina da Silva Moreira, no dia 6 de junho, com 82 anos, viúva de Amílcar Pereira da Silva, de Vilarinho (Santo Tirso). Firmino Martins Ribeiro, no dia 6 de junho, com 54 anos, solteiro, de S. Martinho do Campo (Santo Tirso). José Maria Torres Pereira, no dia 7 de junho, com 66 anos, casado com Maria Manuela Ferreira Miranda Pereira, de Delães.

José Maria Ferreira Fernandes, no dia 7 de junho, com 74 anos, casado com Emília do Nascimento Salgado Faria, de Moreira de Cónegos (Guimarães). Joaquim Fernando Alves Ferreira, no dia 8 de junho, com 77 anos, casado com Ana Isabel Dias Machado, de Vilarinho (Santo Tirso). Agência Funerária Carneiro & Gomes Oliveira S. Mateus – Telm. 91 755 32 05

Maria Olívia Alves, no dia 24 de maio, com 91 anos, viúva de Joaquim Ribeiro da Costa, de Ronfe (Guimarães).

Agência Funerária Rodrigo Silva, Lda Vila Nova de Famalicão – Tel.: 252 323 176

Olívia Marques Pereira, no dia 29 de maio, com 85 anos, viúva de Adão Ribeiro, de Ponte (Guimarães).

Agência Funerária Trofense, Lda (S. Martinho de Bougado) Trofa – Tel.: 252 412 727

Maria Alice Amaral da Costa Gonçalves, no dia 3 de junho, com 84 anos, viúva de José David Oliveira Gonçalves, de Ruílhe (Braga).

Agência Funerária Palhares Balazar– Tel.: 252 951 147

Ana Martins Vilaça, no dia 2 de junho, com 98 anos, viúva de José Joaquim Vieira Pinto, de Ruílhe (Braga).

Blandina Ferreira de Azevedo, no dia 5 de junho, com 100 anos, viúva de José António Pinto, de Lousado.

Agência Funerária Arnoso - José Daniel Pereira Arnoso Santa Eulália - Telf. 91 724 67 03

Agência Funerária Guimarães Sousa Lousado– Tel.: 911 124 387

Joana Lima Carneiro, no dia 2 de junho, com 87 anos, viúva de Agostinho Pereira Machado, de Requião.

Manuel Fernando de Azevedo Simões, no dia 6 de junho, com 50 anos, de Airão S. João (Guimarães).

Armando João da Silva Leite, no dia 30 de maio, com 92 anos, casado com Severina Ribeiro, de Pevidém (Guimarães).

Manuel Alcino Alves Ferreira, no dia 4 de junho, com 47 anos, casado com Maria da Conceição Oliveira da Silva, de Ribeirão.

António Barbosa Gonçalves, no dia 2 de junho, com 71 anos, casado com Maria Alice Leitão Correia da Silva, do Louro.

Cármen Rosa Alves Sampaio, no dia 7 de junho, com 63 anos, solteira, de Oliveira S. Mateus.

Hélder José Pinheiro Lopes da Conceição, no dia 4 de junho, com 70 anos, casado com Maria Judite da Fonseca Abreu da Conceição, de Antas S. Tiago.

Funerária Ribeirense Paiva & Irmão Lda Ribeirão – Telf. 252 491 433

António Ferreira Portela, no dia 3 de junho, com 85 anos, casado com Margarida da Costa e Castro, de Nine.

Manuel Avelino Carvalho Moreira, no dia 6 de junho, com 74 anos, casado com Custódia de Jesus da Silva Nogueira, de Ronfe (Guimarães).

Francisco de Araújo, no dia 27 de maio, com 83 anos, viúvo de Ana da Silva Alves, de S. Cristóvão de Selho (Guimarães).

António Manuel Miranda Moreira, no dia 5 de junho, com 47 anos, casado com Arlete Maria de Sousa Pereira, de Ribeirão.

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João Marques Rodrigues, no dia 7 de junho, com 75 anos, casado com Maria Gomes Pereira, de Gondar (Guimarães).

José Joaquim Pedrosa Moreira, com 67 anos, solteiro, de Vila Nova de Famalicão

Olinda da Silva Ferreira, no dia 2 de junho, com 62 anos, casada com Joaquim Gomes de Azevedo, de Ribeirão.

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Maria Joaquina Ferreira de Andrade, no dia 1 de junho, com 93 anos, viúva de Cândido Pereira Machado, de Ronfe (Guimarães). Augusto Fernandes, no dia 1 de junho, com 91 anos, casado com Rosa Mendes de Freitas, de S. Cristóvão de Selho (Guimarães). Guilherme Mendes, no dia 3 de junho, com 87 anos, casado com Josefa Pinheiro, de Candoso (Guimarães). Manuel Ribeiro Marques, no dia 4 de junho, com 64 anos, casado com Maria de Lurdes de Oliveira Pereira Marques, de Brito (Guimarães). Agência Funerária S. Jorge Pevidém– Tel.: 253 533 396

Agência Funerária da Portela - Portela (Santa Marinha)– Tel.: 252 911 495


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PRAÇA PÚBLICA

opiniãopública: 10 de junho de 2020

Chão Autárquico

Bússola

Vieira Pinto

José Leite

Os novos tempos As cidades vão-se enchendo, pelas ruas e pelos comércios locais. Aqui, em Vila Nova de Famalicão, tal como nas demais cidades do país. Mais, o mesmo vai acontecendo pelas cidades de quase todo o mundo, designadamente onde a pandemia viral bateu forte. Com efeito, voltamos ao que, aqui temos dito, o viver e o como viver já nada vai ser como era. A sociedade vai exigir, e está já a impor, novos hábitos de convívio social. Regressando à nossa cidade, ela vai triste. Mas, mais triste se pensarmos na agitação do que era a cidade com as suas festividades das antoninas, com todo o seu colorido e barulho, diurno e noturno. Mas, também com o seu cheirinho proveniente dos grelhados, designadamente das sardinhadas, a estalar, entre a saborosa boroa, mais um copo do verde tinto, na mão. Os tempos de hoje impuseram a anulação das festividades. No concelho de Famalicão a economia desacelerou, tal como em quase todos os demais concelhos do país. Ora, observando bem de perto, o que se passa com a ausência total das festas antoninas, tendo em linha de conta as atividades económicas destes setores lúdicos, bem melhor percebemos, a queda económica, ao longo de todos os demais concelhos freguesias e paróquias do país. Na verdade, também por ali, naturalmente não vão existir as festas que ocupavam a alegria de vá-

rios dias da semana. Prejudicados imediatos são o comércio, tal como a indústria, designadamente, a lúdica, da restauração, do vestuário e do calçado. Como supra dizemos, muitas outras festas, vão ser suspensas, e mesmo anuladas, no decurso do presente ano, sempre com a mesma causa do covid.19. Lembremos, entre outras tantas, as festas nacionais, como as antoninas de Lisboa, a S. Joaninas do Porto e Braga, as festas de S. Pedro, na Póvoa do Varzim, as festas da Agonia de Viana do Castelo, as Festas da Senhora do Remédios em Lamego. Estas, entre tantas outras, mesmo de caráter não religioso. Esta mudança obriga, a tudo e a todos, novas formas de vida que, todos saberemos, com o colo pedagógico as instituições e a responsabilidades dos cidadãos, passar, além da taprobana. Passada esta, estaremos no novo tempo do viver e do conviver social. P.S. Mais que cobarde, foi um ataque de fundamentalismo talibã o apedrejamento ao autocarro da equipa do Benfica, onde foram feridos, dois jogadores. E, poderíamos estar hoje, perante uma desgraça maior, caso aquela pedra, tivesse atingido o motorista. Estas gentes no futebol, não servem o seu clube. Mas infelizmente, há neste meio, gente de fundamentalismo guerreiro que não merece sequer ser adepta do futebol.

Psicologicamente falando

Marta Pamol

“Ninguém nasce racista” Esta é a frase que está a atravessar continentes no digital e não só. A sua leitura remete para o ser humano na sua forma mais livre de ideais e conceções, quer políticos, sociais ou culturais: a criança. Podemos então afirmar que é nesta etapa do ciclo vital que reside a principal oportunidade de construção de uma sociedade que não descrimina pela diferença, que aceita a diferença e que é livre na sua expressão? É certo que sim. É seguro dizer que o foco das nossas escolhas, dizeres e fazeres, o foco dos grupos sociais e culturais, deverá ser este mesmo: a educação das nossas crianças. Contudo, reconheçamos que, com frequência, impedimos que isto aconteça quando lhes impomos ideais, cores, equipas, estereótipos, sejam eles de que tipo for. Operacionalizemos então as nossas forças neste sentido. Ao invés da promoção da divisão, por meio de guerras, conflitos, imposições e equipas, façamo-lo com um só propósito, um objetivo comum. Comecemos pelo nosso próprio pensamento em debates entre nós e as nossas próprias conceções. Discutamos a descriminação, seja de que tipo for, à mesa, nas nossas casas. Alteremos hábitos e rotinas nas nossas próprias famílias. Falemos sobre assuntos tabus em almoços de amigos. Desenvolvamos e fomentemos a inteligência emocional. Só assim as gerações vindouras poderão conhecer um mundo livre.

1 vírus e 2 imunidades?

É um fato indesmentível que o racismo perdura no tempo e tem tendência, até pelo crescente exacerbar das correntes nacionalistas, a tornar-se cada vez mais um problema trágico e nefasto para o equilíbrio das sociedades contemporâneas que vêem, no incitamento ao ódio e à distinção, um dínamo para potenciar o seu número de partidários e seguidores. O recente episódio do atroz e brutal assassinato do afroamericano George Floyd, vítima de tão bárbaro ato, perpetrado por um polícia branco, sem escrúpulos e coração, reflete esta situação dramática que se vive e nos invade quase diariamente, seja em Portugal, no Brasil ou em qualquer outro ponto planetário. Infelizmente, os EUA sempre foram um país racista, mesmo antes da declaração da sua independência face à Inglaterra, em 1776, vejamos a Guerra da Secessão ou Civil Americana (1861-1865) cujo fim último era a abolição da escravatura e que opôs os estados do Norte (União), libertários e tolerantes, aos do Sul (“Os confederados”), esclavagistas e conservadores, tendo dizimado a vida a cerca de 600 mil americanos, cujos resquícios ainda

estão bem vivos. Contudo, para regozijo da humanidade, no final desta "batalha" terminava o esclavagismo americano, através da redação e aprovação da 13ª Emenda Constitucional, durante a presidência de Abraham Lincoln. Nada terminaria aqui, pois, ainda hoje e lamentavelmente, as lutas de Martin Luther King ou de Nelson Mandela, entre outras, foram insuficientes para vitoriar definitivamente a emancipação racial negra. É verdade, sim. Mas, não menos verdade, do lado negro também há quem não tolere os brancos, vejamos, por exemplo, a repulsa, o olhar fulminante e os vociferos discursos da nossa deputada Joacine Moreira. Foram inúmeras, deveras justas e compreensíveis as manifestações de solidariedade e revolta em memória de George Floyd, incluindo em Portugal. Contudo, a nossa liberdade de manifestação, protesto e expressão acaba quando começa a do nosso próximo. Quando muitos se aproveitam de um inocente para incutir ainda mais ódio, ofensas ("Policia bom é Policia morto") anarquia, vandalismo, violência, insegurança, guerra e desrespeito pelas regras sociais, sobretudo, pelas nor-

Pelos quatro cantos da ca(u)sa Domingos Peixoto

Enquanto meninos teremos passado por ocasiões boas e más. Falo da minha geração, mas sempre assim foi, é e será. As boas seriam de esperar, as más não lembraria ao diabo… Da meninice à juventude, aliás até hoje nunca resolvidos, ficaram-me os “terrores” da matança de animais para a alimentação da família: o coelho pendurado pelas patas traseiras com pancadas atrás das orelhas à mão ou com um pau, agora também se corta a cabeça; as aves enfiadas num funil e um corte na cabeça – os perus previamente embebedados para não resistirem tanto; o vitelo com o cutelo no cachaço era das mortes mais rápidas e menos barulhentas; mas a do porco era aflitiva, porque tinha de segurar numa das mãos, normalmente manhã cedo ou ao fim do dia. Eram precisos uns valentões, a menos que fosse um pequeno “reco”, para dominar o animal atando-lhe uma pata traseira, deitá-lo em cima da banca de morte, um alguidar por baixo da gorja - para apanhar o sangue quente que daí a pouco jorraria em abundância, para depois cozer e fazer o “verde” com os rojões -, os valentões para segurar a pata e as mãos soltas e as orelhas, mantendo a cabeça do animal encostada ao cabeçalho, para que o artista espetasse o facalhão no local certo atravessando-lhe a garganta, gritos horrendos do animal ouvidos até muito longe, que aos poucos se

mas internacionais de saúde face ao Covid 19, é hora de reprovação e lamento para com aqueles que no diaa-dia lutam para salvar vidas e pelos que seguem prudentemente as recomendações emanadas pela OMS e DGS, no caso português. Ou será que existe apenas 1 vírus e 2 sistemas imunitários humanos diferentes...os que se manifestam desta forma irresponsável e imprudente serão imunes e os outros não? É hora de dizer basta a estas manifs desorganizadas (por muito legítimo que seja o seu fim, embora gostasse de ver também estas pessoas quando polícias e brancos são assassinados por negros, em Portugal e no mundo inteiro), às cerimónias do 25 de abril e às manifestações do 1° de maio ( mesmo sabendo bem do seu significado para a nossa democracia), aos espetáculos do Campo Pequeno, à confirmada Festa do Avante e por aí fora… Portugal virou um "forrobodó" onde ninguém é culpado. Assumam a culpa e tomem a palavra o Governo e o Sr. Presidente da República. Como escrevi no meu último artigo, em Portugal, há sempre 2 pesos e 2 medidas e agora há também 1 vírus e 2 sistemas imunitários.

Matança do porco

iam desvanecendo, à medida da perda de sangue e das forças até ficar inerte, com a “vitória “humana”. Ao que vem esta história? É muito simples, mas horrendo… O mundo animal tem, desde sempre, dominadores e dominados. Em tratando-se de animais irracionais a “coisa” é menos perturbadora; diz-se, aliás, que é em nome da manutenção e equilíbrio das espécies. Já tratando-se de racionais, ou seja, do homem, a tal coisa é mesmo muito feia. Mas é assim o nosso mundo, mesmo nos países democráticos. Democracia à maneira de quem exerce o poder. O cidadão, de pleno direito, é estatuto social relativamente recente no contexto mundial, e tem, como sabemos, muitas limitações. Todos conhecemos como são tratadas as minorias, mas a escravatura foi, em conjunto com o racismo, porventura, os atos mais execráveis praticados pelo homem sobre o seu semelhante e não estão resolvidos, longe disso! O assassínio de George Floyd é disso significativo exemplo. Não se creia num ato isolado, de simples abuso da autoridade. É uma atuação treinada pelas forças de segurança e só o pode ser para o fim posto em prática por Derek Chauvin… Note-se a sua frieza, mão no bolso, quem sabe se pronta a disparar, óculos seguros na cabeça, bem fardado, aliás sinal de que quatro “gorilas”

eram força bruta desproporcional para qualquer resistência do algemado, deitado no chão, joelho firme no seu pescoço até ao último suspiro, sem um laivo de arrependimento ou de tentativa de impedimento da morte pelos outros três coautores! Percebem, agora, caros leitores, a referência à forma como se mata(va) o porco? Bem se sabe que quando não se vêm as imagens é difícil de acreditar, como alguns querem fazer crer em relação ao extermínio dos judeus, bem como de muitas minorias étnicas um pouco por todo o mundo, desde há muito até aos nossos dias: Birmânia, Índia, Médio Oriente, algures na Europa, um pouco por toda a África, na Amazónia e outras partes da América do Sul! Será uma utopia da minha parte esperar uma igualdade entre os homens? Talvez. Bem sei que o homem é, por natureza, insaciável. Bem sei que da história das igrejas e das crenças temos relatos de guerras terríficas e constantes, tudo em nome da “verdade” expressa por cada uma. E bem sei que o dinheiro tem muita força e é apetitoso. Mas lutar por uma causa “justa” será o mínimo que se deve esperar de um crente cristão, mesmo tendo presente os apoios de algumas igrejas às políticas segregacionistas e xenófobas de Trump, Bolsonaro e outros lideres que, aos poucos e de tempos a tempos, vão aparecendo por aí!


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