Ano 28 | Nº 1468| De 25 a 30 de junho de 2020| Diretor: João Fernandes | Gratuito | www.opiniaopublica.pt pub
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Empreitada orçada em 1,8 milhões de euros
Biblioteca Municipal vai ter obras de ampliação e modernização p. 3
TEATRO NARCISO FERREIRA ABRE PORTAS EM MARÇO DE 2021 p. 7
Pandemia Comportamento dos famalicenses homenageado no Dia da Cidade p. 3 Cidade Obras na Central de Camionagem obrigam lojistas p. 5 a sair Escolas Alunos da EB 2,3 Júlio Brandão vencem concurso p. 4 nacional Empresas Câmara aprova nova linha de financiamento p. 5 excecional
FC Famalicão empata com o Moreirense mas mantém-se firme rumo à Europa Voleibol: Equipa do FAC desiste do Campeonato Nacional pub
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CIDADE
opiniãopública: 25 de junho de 2020
Abertas inscrições para Ciclo de Conferências em Educação O Ciclo de Conferências em Educação, promovido pela Câmara Municipal de Famalicão, retoma no próximo dia 30 de junho, às 21h30, via plataforma Zoom, com o tema “Transformar a Educação: os princípios e a metodologia da Escola da Floresta”. A iniciativa terá como orador convidado Rafael Bettencourt, licenciado em História pela PUC do Rio de Janeiro, Mestre em História pelo ISCTE de Lisboa e especialista em Direitos Humanos pela Universidade de Coimbra. Como educador, trabalha com metodologia de projetos e educação democrática em comunidades de aprendizagem e na formação de educadores. É coordenador pedagógico da Comunidade de aprendizagem 7 Pétalas em Fafe e é membro fundador da Associação de Escola da Floresta de Portugal. Esta conversa com pais, educadores formais, não formais e informais será sobre a importância da Floresta no desenvolvimento da criança e na reconexão com os seus processos de aprendizagens naturais. As inscrições podem ser feitas no Portal da Educação, em www.famalicaoeducativo.pt/.
Final do “Elevador” decorre esta quinta-feira Está marcado para esta quinta-feira, 25 de junho, o evento final da segunda edição do “Elevador”, um programa de aceleração de startups promovido pela Câmara Municipal de Famalicão em parceria com a TecMinho que tem vindo a apoiar 16 novas empresas com potencial de crescimento e de internacionalização. A final deste programa decorrerá às 15h00, em live streaming na página de Facebook do Famalicão Made IN, com pichs das startups e comentários dos consultores. Recorde-se que o Elevador pretende reconhecer, apoiar e acelerar startups inovadoras e diferenciadoras que demostrem elevado potencial de crescimento e internacionalização. Apoiar o crescimento e desenvolvimento das empresas nos primeiros tês anos de vida com vista à sua consolidação e sustentação no mercado; promover a cultura empreendedora através da exemplaridade de projetos inovadores e diferenciadores e estimular a emergência de novas ideias e conceitos de negócio são os principais objetivos do programa.
Raias Poéticas decorrem online de 19 de julho a 7 de agosto As Raias Poéticas, que todos os anos colocam a cidade de Famalicão na rota internacional da arte e do pensamento, regressam de 19 de julho a 7 de agosto para uma nona edição totalmente online. Serão vinte dias, com vinte painéis que contarão com a participação de académicos, ensaístas, escritores e investigadores oriundos de diversas geografias ibero-afro-americanas. Os debates serão transmitidos através da plataforma StreamYard e da página de Facebook da Associação Raias Poéticas. A iniciativa é organizada pela Associação Raias Poéticas, com o apoio da autarquia famalicense, e conta com curadoria do famalicense Luís Serguilha e do poeta, crítico e performer brasileiro, Marcelo.
FICHA TÉCNICA
CONSELHO EDITORIAL: Alexandrino Cosme, António Cândido Oliveira, António Jorge Pinto Couto, Artur Sá da Costa, Cristina Azevedo, Feliz Manuel Pereira, João Fernandes, Manuel Afonso e Almeida Pinto. ESTATUTO EDITORIAL: disponível em www.opiniaopublica.pt
DIRETOR: João Fernandes (CIEJ TE-95) jfernandes@opiniaopublica.pt
CHEFE DE REDACÇÃO: Cristina Azevedo (CPJ 5611) cristina@opiniaopublica.pt
REDACÇÃO: informacao@opiniaopublica.pt Carla Alexandra Soares (CICR-248), Cristina Azevedo (CPJ 5611).
DESPORTO: Jorge Humberto, José Clemente (CNID 297) e Pedro Silva (CICR-220).
Entrada é livre, mas sujeita ao levantamento de ingresso e condicionada às normas da DGS
Devesa Sunset regressa com o dobro dos concertos Sílvia Pérez Cruz, Noiserv, Samuel Úria e Márcia são alguns dos nomes que compõem o cartaz do Devesa Sunset, uma iniciativa cultural promovida pela autarquia de Famalicão que este ano está inserida no programa de verão “Anima-te” e vai contar não com um, mas com dois meses de concertos ao pôr do sol. Em julho e agosto os famalicenses vão poder entrar no fim de semana de forma descontraída ao som de boa música e com o pôr-dosol e o verde do Parque da Devesa como cenário. O arranque da iniciativa está marcado para 10 de julho, com um concerto de Noiserv, nome de palco de David Santos e um dos mais criativos e estimulantes projetos musicais surgidos em Portugal nos últimos anos. Uma semana depois, no dia 17, é a vez da voz de Márcia se fazer ouvir no palco do Devesa Sunset, num concerto que marca o regresso da cantora e compositora portuguesa a Famalicão. A 24 de julho, o cantor e compositor Janeiro traz o seu segundo álbum de originais “Com Tempo, Sem Tempo”. Quem também tem novo álbum na calha é o músico Benjamim, a quem caberá encerrar o mês de julho, com um concerto marcado para o dia 31. O mês de agosto arranca com um concerto, no dia 7, de Edu Mundo, músico conhecido de projetos como Souls of Fire ou Terra-
Os concertos decorrem junto ao lago, a partir das 19 horas
kota, mas também por ter composto para António Zambujo e Ana Moura. No dia 14, o Devesa Sunset recebe a cantora catalã Sílvia Pérez Cruz, num concerto onde apresentará o seu último projeto, “Farsa”, que a artista criou a partir de conversas com outras disciplinas artísticas como o teatro, o cinema, a dança, a poesia, a pintura ou o cinema de animação. Sílvia Pérez Cruz já colaborou com artistas como o pianista Júlio Resende e os cantores António Zambujo e Salvador Sobral. André Júlio Turquesa sobe ao palco do Devesa Sunset no dia 21 de agosto para apresentar o seu primeiro disco a solo, “Orgônio”, um
disco que se pressente como um álbum de viagens, de travessias por terras e personagens. O encerramento da edição deste ano da iniciativa estará a cargo do músico Samuel Úria, com o último concerto da edição de 2020 a acontecer no dia 28 de agosto. Os concertos decorrerão às 19h00, junto ao lago do parque, numa área limitada, com assistência condicionada às condições impostas pela Direção-Geral da Saúde. A entrada é livre, mas sujeita ao levantamento obrigatório de ingresso. Os ingressos poderão ser levantados na bilheteira no período das três horas que antecedem o evento.
Alunos da D. Sancho desenvolvem aplicação de voluntariado inovadora O Clube de Programação e Robótica do Agrupamento de Escolas D. Sancho I, de Famalicão, desenvolveu um inédito projeto de voluntariado, denominado SANVO. Neste projeto, desenvolveu-se uma aplicação que permite aos alunos do ensino secundário, o acesso a várias ofertas de atividades de voluntariado, essencialmente de Famalicão. No final do Ensino Secundário, o projeto certificará os alunos envolvidos, identificando as várias atividades e horas despendidas no âmbito do voluntariado. Esta participação significará uma valorização da vertente humanista e académica dos alunos e do seu currículo, sendo de re-
GRAFISMO: Carla Alexandra Soares e Pedro Silva.
OPINIÃO: Adelino Mota, Barbosa da Silva, Domingos Peixoto, Gouveia Ferreira, J. Mário Teixeira, José Luís Araújo, Sílvio Sousa, Vítor Pereira. GERÊNCIA: João Fernandes
CAPITAL SOCIAL: 350.000,00 Euros.
DETENTORES DE MAIS DE 5% DO CAPITAL António Jorge Pinto Couto
gisto obrigatório no seu percurso escolar. A aplicação SANVO permite, assim, gerir diferentes tipos de utilizadores, desde os gestores às entidades promotoras e aos alunos. Desta forma, os jovens podem consultar e aderir aos diferentes tipos de projetos pro-
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postos, consoante a sua disponibilidade e as suas aptidões. No futuro, esta aplicação pode ser alargada para além do espaço escolar e disponibilizada para utilização de um público mais vasto, refere a equipa responsável pelo projeto, em nota à imprensa.
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opiniãopública: 25 de junho de 2020
CIDADE
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Empreitada está orçada em 1,8 milhões de euros
Biblioteca Municipal vai ter obras de ampliação e modernização Cristina Azevedo A Câmara de Famalicão lançou a concurso a obra de ampliação e renovação da Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco. A empreitada, orçada em mais de 1,8 milhões de euros, prevê uma intervenção de fundo no edifício, que tem já cerca de 30 anos. A ampliação não pressupõe um aumento do edificado, mas o aproveitamento e remodelação de espaços já existentes e que estavam subaproveitados. Além disso, serão realizadas obras de conservação e beneficiação, por forma a tonar a biblioteca municipal num equipamento “capaz de responder aos desafios atuais”, referiu o presidente da Câmara, Paulo Cunha, no final da reunião do executivo, realizada a semana passada, na qual foi deliberado lançar o concurso para a obra. Assim, nesta intervenção será valorizada a receção no primeiro piso, será reO edifício da Biblioteca Municipal tem quase 30 anos vista a localização do fundo local, aumentada a sala de leitura de adultos e entre outros melhoramentos. biblioteca para estudar para os exames e serão criados novos espaços de leitura de A propósito, o presidente da autarquia, que é necessário reformular esta área deaudiovisuais, de depósitos de livros, de Paulo Cunha, sublinha que hoje em dia, dicada ao estudo. Por outro lado, o edil recafetaria e de garagem do bibliomóvel, são muitos os estudantes que procuram a corda o espólio que vários autores doaram
Dia da Cidade vai reconhecer “comportamento exemplar” dos famalicenses
Famalicão vai homenagear quem esteve no combate à pandemia O Município de Famalicão vai homenagear, no Dia da Cidade, os profissionais que estão na linha da frente no combate à Covid 19 e todos os famalicenses “pelo seu comportamento exemplar durante a pandemia”. A proposta foi aprovada, a semana passada, por unanimidade, em reunião do executivo camarário. O Dia da Cidade celebra-se a 9 de julho, altura em que a autarquia aproveita para homenagear cidadãos e instituições famalicenses com a atribuição de galardões municipais, mas este ano, a situação provocada pela Covid 19 não deixa ninguém indiferente e o Município decidiu homenagear de forma simbólica, mas solene, os profissionais que “que têm estado na primeira linha do combate ao novo coronavírus, e também os famalicenses que têm contribuído para esta luta diária”, conforme se lê na proposta. Assim, no ano em que Famalicão celebra 35 anos de elevação a cidade, serão homenageados os profissionais de saúde, forças de segurança, proteção civil, farmácias, serviços sociais e lares, cuidadores e trabalhadores de bens e serviços essenciais. “Mas também
As medalhas do Dia da Cidade são este ano para todos os famalicenses
todos aqueles que ficaram em casa, que souberam recolher-se ao confinamento familiar e ajudar, desta forma, para que esta pandemia não tivesse no nosso concelho e no nosso país números que tiveram noutras latitudes”, afirma o presidente da Câmara, Paulo Cunha. Para o edil, os cidadãos do concelho “têm tido um comportamento exemplar”, por isso, “este ano, o mais justo é medalhar todos os famalicenses”. A proposta prevê a “realização de uma sessão solene de homenagem “aos heróis desta pandemia”,
que “trabalharam abnegadamente em prol dos concidadãos, correndo os riscos inerentes a quem está na frente da batalha e sacrificando a sua família e a sua vida, assim como reconhecer o papel cívico e resiliente da comunidade famalicense”. Paulo Cunha adiantou que a cerimónia deverá ser realizada ao ar livre – e não na Casa das Artes como é habitual -- com respeito pelas normas de segurança, faltando ainda definir o local e o modo em que a mesma vai acontecer. C.A.
à biblioteca e que é necessário, “não só preservar, como dar-lhe dignidade e condições para que possa ser consultado e usufruído pelos utentes da biblioteca”. Porém, para o autarca, a necessidade mais urgente tem a ver “com o estado de degradação do edifício que apresenta infiltrações e fissuras em diversos locais, sendo por isso necessário proceder à sua reabilitação”, lembrando que “em quase 30 anos, o edifício nunca beneficiou de melhoramentos”. O projeto de remodelação é da autoria do arquiteto João Eduardo Marta, o mesmo que assinou o projeto de construção do edifício, em 1988. A obra agora a concurso tem um prazo de execução de 365 dias, sendo que Paulo Cunha espera que arranque até ao final deste ano. Refira-se que a Biblioteca Municipal de Famalicão nasceu em 1913, na cave dos Paços do Concelho. Em 1987, entra para a Rede Nacional de Bibliotecas Públicas e um ano depois é lançada a primeira pedra para a construção do novo edifício. Passados quatro anos, a 1 de junho de 1992, é inaugurado o edifício com 2400m2, situado no Parque de Sinçães.
GNR recupera viaturas furtadas em Famalicão numa oficina em Barcelos
A GNR e a Polícia Judiciária desmantelaram, na quinta-feira da semana passada, uma suposta rede de venda de peças de carros furtados, num armazém de oficina situado em Vila Frescaínha, no concelho de Barcelos. Durante a operação, foram detidas duas pessoas em flagrante delito. Em comunicado, o Comando Distriral de Braga da GNR explica que são dois homens, de 25 e 26 anos, suspeitos de furtos, desmantelamento e recetação de veículos. A operação foi levada a cabo no âmbito de uma investigação que durava há cerca de um mês. Da operação resultou a apreensão de 25 veículos furtados em Barcelos, Braga, Famalicão, Esposende, Maia, Porto, Vila Franca de Xira e Almada. Foram ainda apreendidos diversos componentes de automóveis, nomeadamente motores, centralinas, chapas de matrículas, certificados de matrícula, assim como objetos e documentos pertencentes às vítimas dos furtos. A apreensão dos veículos tem um valor comercial de 537 mil euros. O proprietário do armazém, um homem de 34 anos, também foi constituído arguido. Os factos foram remetidos para o Tribunal de Braga.
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Câmara de Famalicão atribui mais 15 bolsas de estudo A Câmara de Famalicão aprovou, a semana passada, a atribuição de mais 15 bolsas de estudo a alunos famalicenses que frequentam o ensino superior. Estas novas bolsas são atribuídas como medida excecional e contemplam estudantes de famílias que viram o seu rendimento diminuído por causa da pandemia da Covid 19. Assim, sete alunos foram contemplados com bolsas no valor de 500 euros, um aluno com o valor de 600, três no valor 750 euros, outros três no valor de 1000 euros e um no valor de 1100 euros. O apoio da autarquia totaliza, assim, o montante de 10.450 euros. Recorde-se que as candidaturas a este apoio extraordinário terminaram na passada segunda-feira, dia 15 de junho, mas as bolsas de estudo agora aprovadas dizem respeito a candidaturas apresentadas até final de maio, pelo que podem surgir novas aprovações, segundo informou a vereadora da Juventude, Sofia Fernandes na reunião do executivo camarário.
Cinema ao ar livre regressa ao parque da Devesa em julho e agosto
O filme “Variações” abre o cartaz, a 8 de julho
As sessões de cinema ao ar livre regressam ao Parque da Devesa, em Famalicão, de 8 de julho a 19 de agosto, com muitos e bons filmes para assistir no espaço junto ao lago. De acordo com o Cineclube de Joane, que desde 1999 organiza o Cinema Paraíso em Famalicão, “a edição do verão de 2020 enquadra-se nas limitações que todos vivemos por estes dias, mas não quisemos abdicar de concretizar uma programação de cinema ao encontro de um público vasto e transversal, concentrando as sessões no Parque da Devesa, junto ao lago, para que possamos estabelecer distâncias seguras entre espectadores e entre grupos de espectadores”. As sessões decorrerão nas noites de quarta-feira, com inicio às 22h00. A entrada é livre, mas é obrigatório o levantamento de ingresso duas horas antes do inicio. A abrir o programa será exibido o filme “Variações” de João Maia, já no próximo dia 8 de julho. A 15 de Julho, segue-se MR. LINK (versão portuguesa) de Chris Butler e a 22 de julho, será exibida a película “1917” de Sam Mendes. Agosto começa no dia 5 com “O Meu Vizinho Totoro” de Hayao Miyazaki. A 12 de agosto é apresentado “Mulherzinhas” de Greta Gerwig e a 19 “Parasitas” de Bong Joon Ho. A iniciativa é promovida em parceria entre o município de Famalicão e a Casa das Artes. Realiza-se desde 1999 e, este ano, surge enquadrado no programa “Anima-te”, o programa de animação sociocultural que a autarquia preparou para os meses de verão em Famalicão.
Obtiveram o primeiro prémio relativo 2º Ciclo de Ensino
Alunos da Júlio Brandão vencem concurso ‘No Poupar Está o Ganho’ A turma 10 do 6º ano da EB 2,3 Júlio Brandão, do Agrupamento de Escolas Camilo Castelo Branco, venceu o 1º Prémio do 2º Ciclo no concurso final “No Poupar Está o Ganho”, promovido pela Fundação Dr. António Cupertino de Miranda, com o projeto “€UROGEST – ‘carteira’ digital”. Destacaram-se entre os 5.792 alunos que participaram nesta edição do concurso. “Este prémio representa o culminar de um trabalho feito ao longo deste ano letivo. Um ano bastante peculiar”, refere o professor Carlos de Castro, acrescentando que “é com satisfação que recebemos este prémio que toca nas mais variadas áreas do conhecimento”. O professor aponta que “os alunos aderiram muito bem ao projeto, sobretudo à plataforma online que os torna mais autónomos, pois esta tem fichas e filmes a que eles podem aceder, cada um ao seu ritmo”. Realça ainda que, “para além das vantagens que os alunos retiram deste projeto, também os próprios professores beneficiam da formação ministrada através da plataforma online”. A Sessão de encerramento da 10ª edição do Projeto de Educação Financeira “No Poupar
A turma vencedora do concurso nacional
Está o Ganho”, decorreu, na passada sextafeira, em formato online, através dos canais Facebook e do Youtube, e deu a conhecer os grandes vencedores do concurso final de trabalhos e contou com a participação do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. Quanto aos restantes níveis de ensino, no 1º ciclo venceu uma turma da Escola Básica de Agudela, Matosinhos: no 3º ciclo a grande vencedora foi a Escola Básica e Secundária Santos Simões, de Guimarães; e no ensino secundário, foi distinguida ama turma do 10º ano, da Escola Profissional Alto Minho Interior,
em Monção. O júri do concurso foi constituído por representantes da Faculdade de Economia da Universidade do Porto, do Banco de Portugal, da Direcção-Geral dos Estabelecimentos Escolares e da Associação Portuguesa de Seguradores. O projeto ‘No Poupar Está o Ganho’ é apoiado pelo Portugal Inovação Social, através do Fundo Social Europeu e formou, ao longo destes 10 anos, mais de 30 mil crianças e jovens de todos os ciclos de ensino. Refira-se que a 7 de maio foram publicados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico
(OCDE) os dados relativos ao Programa Internacional de Avaliação de alunos, que evidenciam a necessidade de se continuar a apostar na educação financeira nas escolas. As conclusões do estudo indicam que um em cada quatro estudantes, com 15 anos de idade, não consegue tomar decisões simples sobre os seus gastos diários e apenas 10% são capazes analisar questões financeiras complexas. Os dados apontam ainda que alunos com maior nível de literacia financeira têm maior probabilidade de concluir um curso superior e de terem empregos mais qualificados.
Jovem Orquestra de Famalicão com mais de 100 candidaturas Mais de cem jovens músicos concorreram às 67 vagas da segunda edição da Jovem Orquestra de Famalicão (JOF), que este ano decorrerá de 31 de agosto a 6 de setembro com a direção artística do maestro José Eduardo Gomes. O estágio de orquestra sinfónica de curta duração promovido pela Câmara Municipal está este ano inserido no “Animate”, o programa de Verão promovido pela autarquia para os meses de julho, agosto e setembro, e culminará com três concertos agendados para os dias 4 (21h30) e 6 (17h00) de setem-
bro, na Casa das Artes, e para o dia 5 de setembro (19h00), no Parque da Devesa. A JOF integra jovens instrumentistas oriundos do concelho e/ou com formação pré-universitária em Famalicão. Segundo a autarquia, muitas das candidaturas chegaram de fora de Portugal, com a presença de artistas de conceituadas instituições de Ensino Superior da Alemanha, Suíça, Países Baixos e Reino Unido. As 67 vagas disponíveis estão divididas pelos instrumentos de cordas (violinos, violas, violoncelos, contrabaixos);
sopro (flautas, oboés, clarinetes, fagotes, trompas, trompetes, trombones tenor, trombone baixo e tuba) e instrumentos de percussão. Para além da Direção Artística, composta pelo maestro José Eduardo Gomes e por um maestro convidado, a JOF conta também com a colaboração de um Conselho Consultivo constituído por representantes das direções das instituições de ensino artístico especializado e de ensino profissional de música do concelho, ou seja: Centro de Cultura Musicial, Arteduca e Artave.
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Novo apoio resulta de protocolo entre o Município e a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo
Startups e microempresas com linha de financiamento excecional As startups e microempresas de Famalicão vão beneficiar de um Fundo de Emergência e Solidariedade com o objetivo de propiciar condições financeiras mais atrativas para que os empreendedores e empresários associados ao projeto Famalicão Made IN possam desenvolver os seus projetos mesmo em tempos de pandemia. A medida excecional e temporária foi aprovada na última reunião do executivo e surge na sequência de um protocolo celebrado entre o município e a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Médio Ave disponibilizando um total de 4 milhões de euros para apoio dos projetos de investimento encaminhados pelo município : um milhão de euros para startups e 3 milhões de euros para Micro e Pequenas Empresas. Esta linha de financiamento é complementar às linhas de financiamento nacionais, sendo inclusivamente cumulável com outros apoios comunitários em vigor. Linha de apoio vai beneficiar empresas seguidas pelo Famalicão Made IN No caso das startups, a Linha de Financiamento de Apoio à Criação de meses e um spread entre 1,75% e 3,5%. euros para as pequenas empresas e até Novos Negócios, prevê um montante máNo caso do apoio às microempresas e 200 mil euros para as médias empresas. ximo de financiamento de 50 mil euros, PME’s o financiamento pode ir até 50 mil Com um período de carência até 12 com um período de carência até 18 euros nas microempresas, até 100 mil meses, o spread está neste caso fixado
Câmara diz que está a tentar encontrar solução. PS critica demora
Obras na Central de Camionagem obrigam lojistas a sair Cristina Azevedo O Centro Coordenador de Transportes de Famalicão, vulgarmente designado de Central de Camionagem, vai entrar em obras de requalificação, que obrigarão os lojistas daquele espaço a ter que abandonar o local enquanto decorrerem os trabalhos. Na passada segundafeira, dia 15, a vereadora da Mobilidade informou os lojistas que tinham um mês para abandonar o local, por força de obras a realizar, que terão a duração prevista de um ano. Os vereadores do Partido Socialista (PS), face a esta situação, alertaram, na reunião da Câmara Municipal, para esta realidade, solicitando informações sobre o assunto. A vereadora da Mobilidade, Sofia Fernandes, e o presidente da Câmara, Paulo Cunha, informaram que o processo não está fechado e que esta semana iriam reunir novamente
A Central de Camionagem vai beneficiar de obras
com os comerciantes daquele espaço, no sentido de “encontrar uma solução”. “Vamos encetar um processo de conversações por forma a perceber qual que tipo de alternativas poderão ser dadas a estes lojistas, até porque queremos que continuem na Central de Camionagem depois
das obras”, referiu Paulo Cunha. No entanto, o PS lamenta que “tenha decorrido todo este tempo, já que a obra está prevista há meses, para que a autarquia decida dialogar com os lojistas, com o objetivo de encontrarem as soluções mais adequadas para minimizar os problemas
destes comerciantes”. Em comunicado, a Concelhia socialista diz mesmo que “o que se espera de um executivo camarário é que, no respeito pelos cidadãos, elabore os projetos, defina a sua execução, planifique e coordene todas as ações, de forma atempada e numa permanente cooperação e diálogo com os diversos intervenientes”. Nesse sentido, o PS Famalicão aguarda que “seja encontrada a solução mais adequada a esta situação, sabendo que obras de requalificação dos espaços públicos são necessárias e se devem destinar à valorização da qualidade de vida dos famalicenses”. Refira-se que a intervenção prevê uma reabilitação profunda do Centro Coordenador de Transportes, orçada em 2,8 milhões de euros. A infraestrutura que conta já 27 anos – foi inaugurada em 1992 – passará a chamar-se Estação Rodoviária de Passageiros.
entre 1,5% a 2,5% (até 1 ano), 2% a 2,50% (de 1 a 3 anos) e até 3,00% (de 3 a 5 anos). Neste caso, o financiamento poderá estar relacionado com necessidades de financiamento de tesouraria e/ou investimentos de remodelação, recuperação e/ou expansão dos negócios em qualquer setor de atividade. “São vantagens altamente competitivas que são disponibilizadas aos empresários de Famalicão para que possam fazer face aos tempos difíceis que vivemos e assim ajudarem o concelho e o país a ultrapassar a crise económica e social provocada pela pandemia da Covid-19”, refere o Presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha. Recorde-se que, atá à data, desde a sua abertura, em 2014, o Gabinete de Apoio ao Investidor de Famalicão já apoiou a criação de 117 startups, representado um volume de investimento de 1 milhão e 680 mil euros e 162 postos de trabalho (Eixo MadeINcubar) e deu Incentivos à instalação e expansão de 60 empresas num volume de investimento de mais 267 milhões de euros abrangendo 1.452 postos de trabalho (Eixo MadeINvestir).
Hotel Moutados investe 1,5 milhões de euros em remodelação
É o mais antigo hotel instalado em Famalicão. Inaugurado em 1985, o Hotel Moutados está em processo de renovação de marca e da unidade hoteleira. O novo hotel terá 35 quartos, cinco suites, sala de conferências, restaurante e bar, espaço lounge e um remodelado espaço de estacionamento, num investimento a rondar 1 milhão e 500 mil euros. A apresentação do projeto está marcada para esta quinta-feira, 25 de junho, numa cerimónia que contará com a presença do presidente da Câmara de Famalicão, Paulo Cunha, e do vereador da Economia, Empreendedorismo e Inovação do município, Augusto Lima, assim como dos responsáveis do projeto. Refira-se que, ao longo de 30 anos, o Moutados, gerido pela família Silva, foi a única referência hoteleira da cidade e pelo hotel e restaurante passaram ilustres figuras de sociedade, sempre que visitavam Famalicão.
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Iniciativa desportiva acontecerá no Parque da Devesa e em várias freguesias
Move-te vai animar Famalicão em julho O programa municipal “Move-te” está de regresso a Famalicão. Entre 1 e 31 de julho, o Parque da Devesa é o palco principal das aulas de Pilates, Zumba, Hip Hop, Crossfit, Yoga, Hidroginástica, entre outras, mas o desporto irá também chegar a várias freguesias do concelho. A iniciativa estará adaptada às regras de segurança devido á pandemia. Assim, para além da distancia social de três metros entre cada participante, recomendase ainda a não participação de grávidas, idosos, ou pessoas com doenças crónicas, pelo seu risco acrescido. Haverá gel desinfetante para aplicar antes de cada aula e é obrigatório a utilização de toalha própria. “É fundamental que as pessoas sejam conscienciosas e responsáveis. Se cada um cumprir as regras, é possível de forma faseada voltarmos a estar juntos e a participar em iniciativas conjuntas”, refere a propósito o presidente da Câmara MuniciLinha de apoio vai beneficiar empresas seguidas pelo Famalicão Made IN pal, Paulo Cunha. Entretanto, a autarquia disponibilizará das-feiras, pelas 20h00, os professores de Assim, as aulas na Devesa, irão decorrer às segundas e sextas-feiras e serão di- uma carrinha que irá percorrer diversas desporto irão estacionar em na Alameda vididas em dois blocos de 30 minutos, a freguesias, promovendo aulas de 30 minu- da Igreja de Seide S. Paio e pelas 21h00 tos com o seguinte itinerário: às segun- na Casa de Esmeriz/Monte Sta. Catarina, iniciar às 19h30 e às 20h15.
Câmara já distribuiu mais de 120 mil equipamentos de proteção individual
Auchan reforça combate ao desperdício alimentar nas suas lojas A parceria da Auchan Retail Portugal com a Too Good To Go, a aplicação com selo B Corp que pretende incentivar a um consumo mais consciente e sustentável, chegou às lojas Auchan de Famalicão, Guimarães, Santo Tirso e Vila Real. Agora, com a Too Good To Go serão disponibilizadas Magic Boxes. Estas caixas surpresa contêm produtos alimentares cujo prazo de validade está perto do fim, como iogurtes, queijos, fiambre, pão, salgados, refeições frias, sandes e sumos do dia, e podem ser recolhidas nos balcões de atendimento, perto do horário de fecho da loja. “Como militante do Bom, São e Local, o compromisso com a prevenção e redução do desperdício alimentar leva a Auchan Retail Portugal a procurar sempre novas soluções, que permitam combinar este objetivo com a conveniência do melhor preço para o consumidor, sem prejuízo da qualidade dos produtos. Foi assim que surgiu esta parceria com a Too Good To Go, que se junta a
em Esmeriz/Cabeçudos. Às terças-feiras, as aulas irão decorrer pelas 20h00, no Largo Nossa Sra. do Amparo, em Vermoim, e pelas 21h00, na Avenida do Rio Veirão, em Ribeirão. Às quartas-feiras, a carrinha chegará à Junta de Nine, pelas 19h30, e à Praia Fluvial Arnoso Santa Eulália/Passal Arnoso Santa Maria pelas 21h00. Às quintas-feiras, as aulas decorrem às 20h00 no Adro da Igreja de Riba d´sAve e pelas 21h00 na sede da Junta de Seide S. Miguel. Por fim, às sextas-feiras, o desporto chega às 20h00 ao Parque Lazer da Carreira e às 21h00 à Avenida do Rio Veirão, em Ribeirão. Paralelamente, serão montados vários palcos desportivos em várias freguesias. Em Mogege, o palco ocupará a Praça de Santa Marinha, onde haverá aulas, aos sábados pelas 10h30. Em Ruivães, as aulas decorrerão no Parque Ruivanense Atlético Clube às quartas-feiras, pelas 21h00. O Parque da Corredoura, em Novais, será o epicentro do desporto, às sextas-feiras pelas 21h00. E por fim, em Joane, o palco ocupará o Parque da Ribeira, onde decorrerão aulas às sextas e sábados pelas 19h30 e 11h00, respetivamente.
uma série de outras iniciativas que desenvolvemos no âmbito da nossa estratégia Desperdício Zero”, explica Ricardo Macedo, diretor de Oferta e Dinâmica Comercial de Produtos Frescos. Assim, além desta parceria com a Too Good To Go, a Auchan já tem vindo a implementar outras medidas, como a venda a preços reduzidos de produtos perto do fim da data de validade, ou da área de self-discount, onde podem ser comprados, a preços mais baixos, frutas e legumes de boa qualidade alimentar, mas com características estéticas que retirariam estes produtos do circuito comercial. Ou ainda a implementação da venda avulso, que permite ao cliente comprar apenas a quantidade que necessita. Também neste contexto, a Auchan estabeleceu parcerias com diferentes empresas e associações, a quem oferece os seus excedentes alimentares. Em 2019, a marca doou 2,4 mil toneladas de produtos alimentares, num total de mais de 2,5 milhões de euros.
A Câmara Municipal de Famalicão já fez chegar às unidades de saúde, forças de socorro e segurança, IPSS’s e Juntas de Freguesia do concelho mais de 120 mil equipamentos de proteção individual (EPI) para fazer frente à pandemia da Covid-19. Os números do material de proteção fornecido pela autarquia até à data de 8 de junho foram dados a conhecer, a semana passada ,na reunião do executivo municipal, e englobam não só os EPI que foram doados por empresas e particulares, como também os que foram adquiridos pelo município. Da lista de EPI distribuídos pela autarquia às várias entidades do concelho constam aventais, botas,
cobre botas, fatos (descartáveis e reutilizáveis), luvas, manguitos, máscaras, óculos, toucas e viseiras. Esta ação de doação de equipamentos de proteção individual decorre desde março e é uma das várias medidas do plano de reação à situação epidémica
adotado pela Câmara Municipal. Só metade deste material – mais de 60 mil – foi entregue para equipar as unidades de saúde do concelho, concretamente, Centro Hospitalar do Médio Ave, Agrupamento de Centros de Saúde e Hospital Narciso Ferreira.
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Famalicão
Barbosa: Rua Santo António, Tel. 252 302 120 Calendário: Rua da Liberdade, Tel. 252 378 400/1 Cameira: C. Mouzinho Albuquerque, Tel. 252 323 819 Central: Praça D. Maria II, Tel. 252 323 214 Nogueira: Av. Marechal H. Delgado, Tel. 252 310 607 Valongo: Rua Adriano Pinto Basto, Tel. 252 323 294 Gavião - Av. Eng. Pinheiro Braga, 72 - Telef. 252 317 301 Marinho: Edif. S. José - Estalagem - Telf. 252 921 182 Martins Ventura: R. C. Cerejeira - Lousado - Telf. 252 493 142 Estação: Largo da Estação - Nine - Telf. 252 961 118 Ribeirão: Rua Quinta Igreja 9 - Ribeirão - Telf. 252 416 482 Joane: Rua S. Bento, nº 217 - Telf. 252 996 300 Landim: Estrada Nacional 204/5, nº 693 - 252321765
Famalicão Quinta,25
Serviço Cameira
Sexta, 26
Calendário/Ribeirão
Sábado, 27
Nogueira
Domingo, 28
Valongo
Segunda, 29
Gavião
Terça, 30
Barbosa
Quarta, 01
Cameira/Ribeirão
Vale do Ave
Almeida e Sousa: Covas - Oliv. Stª Maria - Telf. 252 931 365 Bairro: Av. Silva Pereira, Telf. 252 932 678 Delães: Portela - Delães - Telf. 252 931 216 Riba de Ave: Av. Narciso Ferreira, Telf. 252 982 124
Vale do Ave
Serviço
Quinta, 25 Sexta, 26 Sábado, 27 Domingo, 28 Segunda, 29 Terça, 30 Quarta, 01
Delães Riba de Ave Almeida e Sousa Bairro Delães
Serviço de disponibilidade
Paula Reis: R. José Elisio Gonçalves Cerejeira, nº 629 Calendário - Tel. 252 378 057 Maceiras: Louro - Telf. 252 310 425 Marques: Largo da Igreja - Fradelos - Telf. 252 458 440 Oliveira Monteiro: Largo Igreja - Cabeçudos - Telf. 252 331 885 Pedome: Av. S. Pedro, 1139 - Pedome - Telf. 252 900 930 Pratinha: Largo do Cruzeiro - Cavalões - Telf. 252 375 423 S. Cosme: Vale S. Cosme - Telf. 252 911 123 Arnoso: Av. Joaq. Azevedo - Arnoso Sta. Maria - Telf. 252 916 612
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FREGUESIAS
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Paulo Cunha visitou as obras em curso no equipamento cultural e Riba d’Ave
Teatro Narciso Ferreira abre portas até março de 2021 Cristina Azevedo No primeiro trimestre de 2021, Riba d’Ave vai ter um espaço cultural renovado. O Teatro Narciso Ferreira está a ser alvo de uma intervenção de fundo e, na passada esta terça-feira, o presidente da Câmara de Famalicão, Paulo Cunha, visitou as obras em curso, anunciado que a expetativa é que a reabilitação do teatro fique concluída no primeiro trimestre de 2021. “Foi importante termos vindo cá, sobretudo para perceber a complexidade da obra. A intervenção que está aqui em curso é muito mais do que fazer uma remodelação no edifício que existia; há uma parte nova que está a ser construída, que é absolutamente essencial para que este teatro venha a ser no futuro um equipamento multiusos e polivalente, com espaços para teatro, cinema, artes performativas, música e outras expressões artísticas”, referiu o edil. Orçada em 3,5 milhões de euros, dos quais 2,9 milhões são cofinanciados pelo FEDER, a obra de reabilitação, projetada pelo ar-
O presidente da Câmara de Famalicão foi ver como decorrem os trabalhos
quiteto ribadavense Noé Dinis, está a ser executada pela empresa Costeira – Engenharia e Construção, SA. Paulo Cunha não tem dúvidas de que, despois de concluída, a vila ficará com um espaço “com condições para rece-
ber o que de melhor se faz no domínio cultural”. “Queremos, com a intervenção que está em curso, dotar a vila e a comunidade de Riba d’Ave, assim como os territórios vizinhos, de um polo cultural de referência”, assegurou.
Instituição aprovou Relatório de Atividades e Contas
Engenho movimentou 1,8 milhões de euros em 2019 Os associados da Engenho - Associação de Desenvolvimento Local do Vale do Este aprovaram, por unanimidade, o Relatório de Atividades e Contas de 2019, em assembleia geral, realizada no passado domingo, no Centro de Apoio Comunitário da Associação. “Apesar de processos de financiamento, por parte do Estado, desajustados com as realidades e contextos que as instituições como a Engenho enfrentam, o trabalho e os resultados foram muito positivos”, referiu o presidente da direção, Manuel Augusto Araújo, perante os associados. Para este responsável, de forma “realista e pragmática”, o fundamental é saber assegurar o bom funcionamento das várias respostas sociais e serviços com níveis de qualidade, pagar os vencimentos no fim do mês aos 85 colaboradores, honrar compromissos assumidos perante terceiros e amortizar a dívida de médio prazo assumida há anos para a construção Lar. “Fizemos tudo o que estava ao nosso alcance e o que dependia de nós”, sintetizou o presidente da direção. No decorrer de 2019, a Enge-
nho teve rendimentos e gastos na ordem de 1,8 milhões euros, verificando-se um resultado líquido se 2.9573 euros. “Substituindo o Estado em áreas que são da sua esfera de responsabilidade, prestando serviços de proximidade de forma eficaz e mais baratos às comunidades locais, as comparticipações e apoios recebidos pelas organizações sociais ficam muito aquém dos custos reais”, alertou Manuel Augusto Araújo. Para este dirigente associativo os Compromissos de Cooperação, sucessivamente celebrados entre o
Governos e os representantes da economia social, estão cada vez mais desfasados e ultrapassados das realidades e contextos nacionais, regionais e locais, aspeto que é “urgente mudar”. Por proposta da direção, a assembleia aprovou um voto de reconhecimento e louvor aos colaboradores da Engenho, muito particularmente aos que têm enfrentado na linha da frente, a crise pandémica que se tem vivido. Por sua vez, a direção recebeu, por parte da assembleia, um voto de louvor pelo trabalho e resultados alcançados.
Construído em 1944, o Teatro Narciso Ferreira encontrava-se em estado de ruína, depois de ter vivido tempos áureos. Desde a década de 1990 que se fala na sua reabilitação, mas foram precisos quase 30 anos para a obra avan-
çar. “É uma obra muito ansiada, que está na memória de todos os ribadavenses, e ver que isto, finalmente, se está a concretizar é uma grande alegria”, referiu a presidente da Junta de Freguesia, Susana Pereira, que acompanhou a visita. Para a autarca local, “é uma página que se está a virar na história de Riba d’Ave”, convicta de que o renovado equipamento cultural “será um polo de desenvolvimento para a vila, capaz de atrair público da região e, com isso, atrair também investimento”. A nova sala de espetáculos ribadavense vai ter gestão municipal. O modelo ainda está a ser estudado, mas Paulo Cunha deixa já algumas garantias: “cada equipamento quem que transpirar aquilo que for a vocação do seu território e este equipamento vai ser muito o que Riba d’Ave quiser”. Deste modo, além de uma programação própria, o edil assegura que o Teatro Narciso Ferreira será sobretudo um espaço para “dar oportunidade ao tecido associativo e aos grupos da comunidade”.
Junta de Castelões denuncia descarga ilegal no rio Pele O rio Pele foi alvo, na passada quinta-feira, dia 18, de mais uma descarga poluente, segundo denunciou a Junta de Freguesia de Castelões na sua página de Facebook. A água tingida de branco e rosa não passou despercebida à autarquia que, de imediato, tomou as devidas diligências. No local esteve uma equipa dos serviços de fiscalização da Câmara Municipal, juntamente com o presidente da Junta, que atestou “a existência de mais uma descarga no rio Pele, sita na Rua da Ribeira, na freguesia de Castelões”. Os serviços de fiscalização da Câmara de Famalicão informaram ainda a Junta de Freguesia que o assunto” já está a ser tratado na Direção do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente”.
Jovem perde a mão em acidente de trabalho Um acidente de trabalho, na manhã da passada sexta-feira, dia 19, numa carpintaria, em Gavião, provocou um ferido grave. Tratou-se de um jovem, na casa dos 20 anos, que ficou com uma mão amputada. O ferido foi transportado para o Hospital de S. João do Porto com acompanhamento da VMER de Famalicão. O alerta foi dado às 8h15 e no socorro à vítima estiveram os Bombeiros Voluntários Famalicenses.
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FREGUESIAS
Acidente que vitimou motard famalicense chega à AR
Rua do Campo de Tiro em Esmeriz com obras em curso As obras na Rua do Campo do Tiro, em Esmeriz, arrancaram esta terça-feira. A Junta de Freguesia anunciou o início das obras, numa artéria que se encontrava em muito mau estado. Os trabalhos de requalificação passam pela colocação de rede de águas pluviais e de pavimentação. “O objetivo da intervenção é assegurar a mobilidade e a segurança de quem circula naquela via, recuperando e melhorando
as condições de acessibilidade de uma via cuja utilização se tem intensificado ao longo dos tempos”, indica a nota publicada nas redes sociais da Junta de Freguesia. Recorde-se que em março último, o OPINIÃO PÚBLICA, noticiou o mau estado de conservação na Rua do Campo de Tiro de Esmeriz e registou as queixas do administrador da empresa AMG, que é servida por aquela via. pub
Há uma petição a circular na Internet a exigir a georreferenciacão de chamadas de emergência para o 112. A iniciativa surge depois do acidente que provocou a morte a José Manuel Silva, um famalicense, de 49 anos, residente em Gondifelos. O acidente aconteceu na circular interna de Braga, no passado mês de maio. A petição surgiu por iniciativa de um cidadão de Gondomar, Rui Sá Carneiro, que foi o primeiro a tentar socorrer o motard famalicense, no dia do acidente. Rui Carneiro parou para prestar auxílio e ligou para o 112, mas afirma que o socorro demorou tempo a chegar porque não conseguiram entender onde era o local do acidente. Em declarações ao jornal Diário do Minho, este cidadão de Gondomar recorda que “o processo de georeferenciação das chamadas de emergência é algo já anunciado pelo Governo mas que nunca foi implementado”. Nesse sentido, decidiu avançar com a petição “Exigir o acesso dos serviços de emergência (112) à localização de cidadãos que precisam de auxílio” para levar à Assembleia da República e que conta já com 1700 assinaturas. Recorde-se que o acidente aconteceu a 28 de maio, ao final da tarde, na saída para a A11 e A3 da Circular Interna de Braga. José Manuel Silva, conhecido por “Zeca”, conduzia uma moto, quando entrou em despiste depois de se ter envolvido numa colisão com um carro. Acabou por ter morte imediata no local.
Arruada solidária em Delães a 4 de julho As ruas da freguesia de Delães vão receber uma arruada solidária, no próximo dia 4 de julho, numa iniciativa do grupo de Zés P’reiras Os Divertidos e da Conferência Vicentina, apoiada pelo Espaço Cultural da Junta de Freguesia. Assim, nesse sábado, entre as 9 e as 20 horas, Delães voltará a ter animação, tradição e cultura pelas suas ruas, de mão dada com a solidariedade. A população vai poder consumir cultura nas suas casas, podendo ainda ajudar com géneros alimentares, que reverterão para a Conferência Vicentina apoiar os mais necessitados da freguesia. Em comunicado, a organização garante que a iniciativa está a ser preparada “respeitando todas as recomendações da Direção-Geral da Saúde, para segurança de voluntários e da população”.
Festa de S. Marçal em Esmeriz celebrada só com missa A festa em honra de S. Marçal, realizada em julho, em Esmeriz, teve de cancelar toda a programação pensada pela Comissão de Festas, devido à pandemia de Covid 19. A exceção é a missa de festa que manter-se-á na manhã de domingo, dia 12 de julho, às 11h00, no adro da Capela de S. Marçal, cumprindo este ano todas as regras emanadas pela Direção Geral da Saúde. No sábado, entre as 10 e as 18 horas e no domingo, das 9 às 18horas, a capela de S. Marçal estará também aberta para que o Bispo de Limoges e patrono dos nossos soldados da paz, possa ser venerado em segurança Em comunicado, a comissão de festas de S. Marçal 2020, agradece a todos que desde o início contribuíram para que a festa se pudesse realizar, informando que o grupo de trabalho se manterá no próximo ano de 2021. Também os bilhetes já vendidos para os prémios a sorteio se manterão em vigor, sendo o seu sorteio realizado na Festa de S. Marçal do próximo ano.
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DESPORTO
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Equipa de Moreira de Cónegos adiantou-se no marcador, mas Toni Martínez marcou na resposta
Jogo elétrico termina com divisão de pontos 1-1 Estádio C. Joaquim de Almeida Freitas Árbitro: António Nobre VAR/AVAR: João Bento / Carlos Covão
Moreirense FC Matheus Pasinato D’ Alberto Halliche Iago Santos Abdu Conté Sori Mané Nuno Santos (Alex Santos 62’) Filipe Soares (Ibrahima 83’) Bilel (Luís Machado 62’) Gabrielzinho (Luther Singh 78’) Nenê (Fábio Abreu 62’)
FC Famalicão Vaná Alves Ivo Pinto (Walterson 74’) Nehuén Pérez Roderick M. Alex Centelles (Racine Coly 74’) Uros Racic Pedro Gonçalves Fábio Martins (C) Diogo Gonçalves Rúben Lameiras (Gustavo A. 65’) Toni Martínez (Anderson 85’)
Treinadores Ricardo Soares
João Pedro Sousa
Golos: Fábio Abreu (69’) e Toni Martínez (74’) Cartões Amare los: Mané (23'); Nehuén Pérez (40'); Coly (81'); Diogo Gonçalves (88'); Abdu (90'); Halliche (90+5') Cartões Ver melhos: Nada a registar
Pedro Sousa muito pressionante nos primeiros 30 minutos da partida. Com Filipe Soares e Nuno Santos, a desempeA deslocação até ao terreno do Mo- nhar as funções de médios interioreirense Futebol Clube (FC) não se res, não deixavam os jogadores da adivinhava fácil. João Pedro Sousa formação famalicense sair a jogar tinha dito que a formação de Mo- por zonas do centrais do terreno. reira de Cónegos era uma das me- Quando os comandados de João lhores equipas do campeonato e Pedro Sousa tentavam contruir por provou-o durante os 90 minutos. fora, Gabrielzinho e Bilel foram os Pressão intensa na primeira meia homens responsáveis por tapar os hora de jogo confundiu os jogado- caminhos às intenções do Vila res do emblema famalicense, mas Nova. os golos só acontecerem no seUma equipa bem montada por gundo tempo. Primeiro foi Fábio Ricardo Soares e com capacidade Abreu a adiantar a formação da de tirar a assumir a posse de bola. casa, mas Toni Martínez, num movi- Contudo, os homens da equipa da mento à ponta de lança, igualou a casa não conseguiram criar situacontenda. Divisão de pontos no ções de perigo e até foi o FC Famalifinal dos 90 minutos, depois de cão a dispor das melhores chances uma partida intensa de futebol. para chegar ao golo. Na primeira, Com os regressos de Fábio Mar- Toni Martínez recebeu um passe de tins e Pedro Gonçalves ao onze do Racic, rodou e disparou forte. A bola FC Famalicão, João Pedro Sousa vol- saiu a centímetros da barra, mas o tou a utilizar o duplo pivô, com o ca- espanhol deixou o aviso. No minuto misola 11 a desempenhar a funções seguinte, Fábio Martins isolou o cade médio mais ofensivo. Roderick misola 19, que só pecou na finalizarecuou no terreno em relação à par- ção. Grande movimentação do tida anterior e voltou a fazer dupla avançado, mesmo no limite do fora com Nehuén Pérez. de jogo, mas perante a saída rápida Já Ricardo Soares mudou quatro de Pasinato, o remate saiu ao lado peças em relação ao dérbi frente ao da baliza defendida pela equipa de Vitória SC e a equipa mostrou-se Moreira de Cónegos.
Nuno Santos respondeu para a formação da casa, mas os forasteiros já estavam mais confortáveis na partida. A pressão cónega já não era tão forte e os pupilos de João Pedro Sousa já conseguiram ter mais posse de bola na reta final do primeiro tempo. Mais perigosos, os jogadores do Vila Nova tentaram por mais duas vezes o golo inaugural. Fábio Martins não acertou bem na bola e o lance perdeu-se nas mãos do guardião da casa e Diogo Gonçalves seguiu as pisadas do companheiro de equipa, falhando no momento do remate. Já nos segundos 45 minutos, o FC Famalicão entrou melhor e mais
forte. O Moreirense FC já não conseguiu ser eficaz na pressão adiantada e os jogadores do conjunto famalicense respiraram melhor, tendo mais capacidade para ter a bola. Para isso, também contribuiu a maior velocidade na circulação de bola, com Pedro Gonçalves e Racic a terem um papel chave nessa fase de jogo. Fábio Martins também esteva mais ativo e o FC Famalicão ganhou com isso. Porém, tal como o Moreirense FC na primeira parte, apesar do maior domínio, as ocasiões de golo não apareceram. Perto do minuto 61, Ricardo Soares não estava contente com a redução da intensidade da sua
MELHOR FC FAMALICÃO:
Toni Martinez O avançado voltou aos golos. Ainda não tinha marcado na retoma do campeonato, e apontou o nono golo da conta pessoal no campeonato. Para além disso, Toni Martínez foi importante na manobra ofensiva famalicense, apoiando sempre o jogo de posse da sua equipa. Saíram dos seus pés, as melhores ocasiões do FC Famalicão.
equipa e procedeu a três alterações de uma assentada. As mexidas trouxeram nova alma aos cónegos e Fábio Abreu, um dos homens que entrou na partida, adiantou a formação de Guimarães, aos 69 minutos. Precipitação de Fábio Martins na cobrança de um livre, Gabrielzinho recuperou a bola, entregou-a a Filipe Soares, que só teve de assistir o avançado angolano para o golo inaugural. As alterações melhoram a formação da casa, mas foi de pouca dura. Praticamente na resposta, Toni Martínez mostrou dotes de ponta de lança, desmarcou-se e, num remate à meia volta, bateu Pasinato. Uma grande jogada pelo corredor direito, que terminou na bela finalização do espanhol. Com a igualdade novamente no marcador, o FC Famalicão, na fase final da partida, mostrou que queria mais vencer a partida e Toni Martínez obrigou Pasinato a uma bela intervenção. O camisola 19 arrancou com a bola ainda antes do meio campo e disparou forte e rasteiro à entrada da área. O emblema famalicense estava melhor na reta final da partida e Pedro Gonçalves voltou a testar o guardião contrário. Remate colocado e mais uma bela intervenção de Pasinato. Já depois de o árbitro da partida ter dado a indicação do tempo de compensação, Roderick, depois de um canto, cabeceou o esférico, fazendo-o passar a milímetros da baliza contrária. Foi o último suspiro da partida e os 90 minutos terminaram com a divisão de pontos. Com este resultado, o FC Famalicão continua na quinta posição, lugar que dá acesso à Liga Europa na próxima temporada, com 45 pontos, mais um que o Rio Ave FC. Na próxima partida, os comandados de João Pedro Sousa defrontam o Portimonense SC, no Estádio Municipal de Famalicão, terça-feira, às 17h00. Duelo anterior com o SC Braga terminou sem golos Na jornada anterior, o FC Famalicão recebeu o Sporting Clube (SC) de Braga e a partida terminou com um nulo no marcador. A formação bracarense foi mais perigos durante os 90 minutos, mas o Vila Nova resistiu à pressão bracarense. pub
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DESPORTO
opiniãopública: 25 de junho de 2020
Ténis de mesa: A2D apura-se para fase de qualificação nacional
Equipa de voleibol do FAC desiste do Campeonato Nacional A formação de voleibol do Famalicense Atlético Clube (FAC) comunicou à Federação Portuguesa de Voleibol (FPV) a desistência da equipa do Campeonato Nacional I Divisão, apurou a FAMATV junto de fonte da direção do clube. O motivo da desistência prende-se com questões financeiras. O FAC estava a disputar a I Divisão Nacional, tendo ficado em 11º lugar do Campeonato Honda, antes da interrupção da competição devido à Covid-19.
Hóquei em Patins: Vítor Silva continua no FAC O Famalicense Atlético Clube (FAC) anunciou a continuidade de Vítor Silva no comando técnico da formação de hóquei em patins. O treinador da equipa vai tentar colocar o FAC na I Divisão Nacional, disputando a Liguilha antes do início da próxima época. Com passagens no OC Barcelos, HC Braga e Candelária, o timoneiro de 53 anos vai cumprir a segunda temporada consecutiva ao serviço do clube famalicense.
CSCD S. Cláudio vai a eleições O Centro Social Cultural Desportivo S. Cláudio vai a eleições no próximo domingo. O ato eleitoral vai decorrer na sede da associação, entre as 10h e as 12h, e há apenas uma lista candidata.
Ricardo Costa segue no SC Cabeçudense O Sporting Clube (SC) Cabeçudense anunciou a continuidade de Ricardo Costa no comando técnico da formação de futsal. Esta vai ser a quarta temporada consecutiva ao leme da equipa. Juntamente com o treinador, Ivo Ortiga, atual treinador-adjunto, vai continuar ao lado de Ricardo Costa. pub
A equipa de ténis de mesa da A2D apurou-se para a fase de qualificação nacional, depois da direção da Associação de Ténis de Mesa de Braga (ATMB) ter dado por concluída a época em curso. Assim, as formações da A2D, da ACTM Navais e do CP Alvito B qualificaram-se para a fase nacional, por se encontrarem nas três primeiras posições do campeonato distrital. Carla Machado, David Esteves, Luís Viana e Manuel Marques, atletas que participaram nas 14 jornadas com mais regularidade, qualificaram a equipa para a fase nacional.
AF Braga: famalicense Tiago Cunha deixa cargo de selecionador A Associação Futebol de Braga comunicou que Tiago Cunha já não é selecionador distrital. O comunicado foi publicado no site da associação, agradecendo, ainda, “todo o empenho e profissionalismo” que o treinador famalicense teve na liderança da seleção distrital bracarense. Juntamente com o técnico, Eduardo Silva e Joel Mendes também deixam a equipa técnica.
Ribadavense campeão da Ucrânia pelo Shakhtar Donetsk José Costa, natural de Riba d’Ave, foi campeão ucraniano pelo Shakhtar Donetsk, no passado fim de semana. O observador faz parte da equipa técnica de Luís Castro, que conseguiu conquistar o título de campeão nacional de futebol, o quarto consecutivo para o clube. O ribadavense acompanhou Luís Castro na transferência do treinador português do Vitória SC para o leste da Europa.
Ténis de Clube de Famalicão elege Carlos Loureiro O Ténis Clube de Famalicão na Assembleia-Geral, na passada sexta-feira, elegeu Carlos Loureio como presidente da direção para o biénio 2020/2021. Os vice-presidentes Adelino Leitão e Rufino Marques, o secretário Manuel José Mendonça e o tesoureiro Sérgio Oliveira compõem a direção. Nos restantes órgãos, a presidente da Assembleia Geral tomou posse João Paulo Borges, a vice-presidente Miguel Sousa e a secretário José Mesquita. No Conselho Fiscal, a presidente Miguel Machado e os vogais André Castro e Miguel Costa completam os órgãos sociais.Para além da eleição, foram também aprovados o relatório e contas do exercício de 2019.
Joane, a vila que respira desenvolvimento a todos os níveis
A poucos dias da vila de Joane festejar o 34º aniversário de elevação, recordamos a sua história de desenvolvimento e as alterações que sofreu até aos dias de hoje. Na verdade, a vila de Joane tem referência muito antigas, que provam a riqueza histórica e a importância desta vila, situada no extremo Este do concelho e que faz fronteira com o concelho vizinho de Guimarães. A vila de Joane está, de momento, muito desenvolvida do ponto de vista económico e social e, por esse motivo, pode ser considerada de grande importância para o concelho de Famalicão. É, aliás, um grande foco de desenvolvimento e um importante ponto de passagem. Mas vamos à história. As referências à atual vila de Joane são antigas, nomeadamente ao ano de 1065. De proveniência latina, o topónimo Joannem está associado e, historicamente relacionado, a um primitivo possuidor da vila do mesmo nome, existindo ainda a casasede e o local (aldeia de Joane), o qual se considera ter sido um dos mais respei-
táveis proprietários do período românico. Joane indicará, por isso, uma antiga unidade agrária dimensionada pelos romanos, atribuindo-se a estes a organização da primitiva agricultura da Península Ibérica. Atualmente, das atividades económicas desenvolvidas, a indústria é, sem dúvida, a dominante seguindo-se o setor dos serviços que se tem implantado e desenvolvido na vila. Assim, Joane, assume-se como um pólo de desenvolvimento em plena expansão. Por esse motivo, pode ser considerado como um dos centros mais desenvolvidos do concelho de Vila Nova de Famalicão. Foi precisamente no dia 3 de julho de 1986 que Joane foi elevado à categoria de vila. Com um território na ordem dos 7,25 km² e com cerca de 8 mil habitantes, Joane, que dista 11 quilómetros da cidade de Famalicão, prima pelas boas acessibilidades e representa um importante ponto de passagem de tráfego rodoviário nomeadamente através da via Inter-Municipal que liga a vila a Vizela em poucos minutos.
Ribeirão, pólo industrial de vital importância Falar de indústria e empresas com dimensão nacional e internacional é falar de Ribeirão. A poucos dias do 34º aniversário de elevação a vila, é importante recordar as linhas que fazem a história de Ribeirão e as alterações que sofreu até aos dias de hoje. No que diz respeito à história, Ribeirão aparece pela primeira vez documentada em 1097, com o nome de “Sancti Mammetis de Ribolo Arian”, conforme testemunha Avelino de Jesus Costa. Na opinião deste sacerdote e historiador, o nome Ribeirão surgiu do ribeiro de Beleco também conhecido por “ribeiro Arian”. Nos dias de hoje, esse ribeiro é conhecido por Rio Veirão, que atravessa a vila e que nasce nas Pedras Negras em Vilarinho das Cambas e desagua no Ave e esta divisão territorial perdura na memória dos tempos através das expressões “Aquém Rio” e “Além Rio”. Ribeirão foi uma das freguesias iniciais da Terra ou Julgado de Vermoim. Segundo as Inquirições de 1220 havia nesta freguesia quinze casais reguengos que pagavam à Coroa a terça do pão, a quarta do vinho e direituras (imposto anual por uso de bens pertencentes ao rei).
Tal como Fradelos e Vilarinho das Cambas, Ribeirão manteve no passado importantes laços de ruralidade, mas foi na sua ligação às indústrias de Lousado e Trofa que se desenvolveu de forma acentuada com uma população que aliava à pequena agricultura de minifúndio com trabalho nas empresas. Falar da história recente de Ribeirão é relembrar o progresso que a partir das décadas de 60 e 70 se deu nesta freguesia que de uma terra de agricultores e pequenos industriais de têxteis, confeções e metalurgia se foi transformando num importante pólo industrial, que emprega milhares de pessoas. Foi este dinamismo que impulsionou o crescimento demográfico e económico que permitiu a criação de condições para a sua elevação à categoria de vila a 3 de julho de 1986. Atualmente, a vila de Ribeirão, localizada no extremo sul do concelho, conta com 10,91 km² de área e cerca de 10 mil habitantes e posiciona-se como uma terra de grande importância no concelho de Famalicão pelo seu constante desenvolvimento a nível habitacional, empresarial e escolar.
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ESPECIAL
opiniãopública: 25 de junho de 2020
António José Oliveira, presidente da Junta de Freguesia de Joane
“A vila de Joane é marcadamente urbana, com doces traços de ruralidade” Em entrevista ao OPINIÃO ESPECIAL, António Oliveira, em tempos de pandemia e confinamento, sublinha o seu orgulho em relação ao comportamento dos joanenses. A esse propósito, explica que a Junta ativou, neste momento especial, o fundo de emergência social para ajudar os que mais precisam. O autarca joanense fala ainda das obras em curso e dos projetos futuros. Carla Alexandra Soares OPINIÃOESPECIAL:Vivemos tempos difíceis, diferentes, desafiadores com a pandemia da Covid-19. Como sente que a população da sua freguesia está a viver esta fase? ANTÓNIO OLIVEIRA: Eu creio que esta pandemia apanhou a todos de surpresa, causou muitos receios e mesmo algum pânico.
A população de Joane foi, na fase de confinamento, exemplar, respeitando de um modo fantástico todas as determinações de todas as autoridades. A população foi tão ordeira e respeitadora, que nos permitiu, com medidas de contingência, manter em funcionamento os serviços da Junta de Freguesia e até o nosso cemitério se manteve sempre aberto. Na fase de desconfinamento, a população de Joane tem respeitado todas as indicações, o que permitiu, desde logo, proceder também à abertura de algumas valências e inclusive abrir o recinto da feira semanal com regras, mas que permitem o seu funcionamento. Tal como refere o nosso Presidente da República, a população de Joane, vivendo no melhor país do mundo, no melhor concelho de melhor país, portou-se como a melhor população de fre-
guesia do mundo. Já se sabe que esta pandemia vai trazer muito desemprego e dificuldades económicas. Já teve algum reflexo dessas dificuldades na vila de Joane? Na verdade, se numa primeira fase as iniciativas como o lay-off simplificado permitiram mitigar os efeitos no desemprego, a verdade é que neste momento já se começa a notar um desemprego em maior número. Temos auxiliado todos os cidadãos no preenchimento de uma série de modelos e formulários on-line para obtenção dos seus benefícios sociais. Não sentimos ainda na verdade um aumento exponencial dos pedidos de ajuda sociais, e por outro lado vão chegando notícias de empresas que com o retomar da atividade começam lentamente a readmitir os funcionários que dispensaram. pub
opiniãopública: 25 de junho de 2020 Que iniciativas tem para as famílias que apresentem alguma dificuldade social? Já desde 2014 que a Junta de Freguesia de Joane criou o chamado fundo de emergência social, que permite acudir e auxiliar as famílias na satisfação de necessidades básicas, como alimentação, eletricidade e gás, despesas médicas e medicamentosas, auxilio no pagamento de viagens para efetuar tratamentos, entre outras ajudas. Além disso, nesta fase, temos incrementamos o apoio prestado através do gabinete de psicologia. A pandemia e o confinamento alteraram algum plano da Junta de Joane, nomeadamente na concretização de obras? Esta pandemia apanhou todos de surpresa. Tivemos de canalizar meios e recursos para auxiliar a população, as instituições. Tivemos de canalizar recursos para adquirir meios de proteção para instalações e pessoas, coisa que nunca no passado tivemos de fazer, e claro que tudo isso se vai refletir, porventura, na falta de concretização de outros projetos. Mas a nossa estratégia tem sido, ao longo dos anos, preparar até maio as obras a realizar no ano, de modo a aproveitar sobretudo as condições climatéricas e, porque não dizê-lo, permitir obter uma almofada financeira para proceder aos pagamentos de imediato. Como tal, a pandemia alterou a realização de algumas pequenas obras, mas para já não alterou os nossos planos a nível global,
sendo certo que se tal for necessário, não hesitaremos em prescindir de obras desde que tal permita auxiliar as pessoas e os joanenses, que são a razão do sucesso da nossa comunidade. Enquanto autarca, como caracteriza a vila de Joane? A vila de Joane é, atualmente, marcadamente urbana, dotada de excelentes escolas. Tem médicos, enfermeiros e auxiliares que prestam um serviço de alta qualidade, tem comércio em grande escala preservando comércio de proximidade com grande qualidade, tem excelente restauração, é servida por múltiplas agências bancárias, tem instituições sociais, culturais e desportivas de nomeada qualidade. Tem espaços públicos e habitação de qualidade, além de empresas e empreendedores, que permitem catapultar o nome de Joane como uma referência de qualidade e sucesso, tudo isto, repito, numa comunidade marcadamente urbana, mas que ainda, e bem, conserva muitos traços de ruralidade, que permite adocicar a vida de quem vive, por exemplo, em apartamentos. Quais as necessidades mais urgentes da vila de Joane neste momento? Atualmente, a maior urgência de Joane é a construção de uma Unidade de Saúde Familiar de raiz. Temos uma excelente unidade de saúde familiar a nível de cuidados médicos e de enfermagem. Se estes profissionais conseguem
“Atualmente, a maior urgência de Joane é a construção de uma Unidade de Saúde Familiar de raiz...”
obter estes resultados no edifício que os serve, imagine-se o que poderiam conseguir num edifício moderno, altamente equipado e central na freguesia. Por outro lado, não descuramos o alargamento do parque da Ribeira e a constante construção de novas vias, como foi o caso recente na rua de Romão, assim como o arranjo urbanístico e repavimentação de muitas artérias. No que toca a água e saneamento, ainda existe algo a melhorar? Existe sempre. Joane foi, provavelmente, das primeiras freguesias a ter uma cobertura a 100% tecnicamente de rede de água e saneamento. Isto não quer dizer que existam pequenos troços ou locais que ainda não estejam servidos pela rede, pois eles existem. Mantemos contactos com o município para, paulatinamente, ir resol-
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vendo e executando esses peque- cimento em alguns fatores. Desde logo, a centralidade de Joane e a nos troços em falta. sua curta distância para cidades Ao nível da Educação, como se po- como Famalicão, Braga, Guimasicionam as escolas da freguesia? rães, Santo Tirso e mesmo Porto. As escolas de Joane prestam um O poder viver num centro urbano excelente serviço e são dotadas de preservando traços de ruralidade excelentes professores e auxilia- e em que, apesar do número cresres, que permitem, com o esforço cente de pessoas que aqui habidos alunos e auxilio dos pais, e tam, facilmente se poder travar uma direção atenta, altamente relações e laços humanos e de qualificada e dedicada, que, su- confraternização (os vizinhos cocessivamente, as escolas de Joane nhecem-se). A capacidade emse posicionem nos primeiros luga- preendedora dos nossos res dos rankings nacionais e empresários e, não menos imporsendo, quase sempre, aquela que tante, uma Junta e uma Câmara, se posiciona em primeiro lugar a que cumprindo todos os preceitos nível concelhio. A nível do edifi- legais, potenciam e incentivam o cado se a Escola Básica é nova e investimento. tem excelente qualidade, o edifi- Estamos muito perto do aniversácado da Bernardino Machado e da rio da vila, alguma mensagem que Padre Benjamim Salgado necessi- gostasse de deixar aos joanenses? tam de intervenções que permi- Sim. Este ano o aniversário celetam melhorar as suas condições brado de uma forma diferente, de físicas, para proporcionar ainda uma forma contida. Mas, apesar disso, estamos cá para festejar a melhor qualidade no ensino. vida, festejar um aniversário de Joane tem tido sucesso na capta- uma terra com muita história, feita ção de mais famílias e empresas pela mão de todos e cada um dos para a freguesia? joanenses ao longos dos séculos Felizmente sim. Os negócios têm e, como tal, não posso deixar de crescido, o número de empresas agradecer a todos os joanenses tem subido anualmente e a popu- por, neste período tão critico e dilação também, tem crescido a fícil, terem dado uma grande mosbom ritmo, tanto que, tenho a per- tra de civismo e compreensão, na ceção que o número de habitantes certeza que com a ajuda de todos vai novamente aumentar como, continuaremos a elevar bem alto o espero, o poderão documentar os nome e sucesso da nossa vila, para que esta continue a ser como censos do ano de 2021. é uma referência, sendo certo que A construção de edifícios habita- os joanenses sabem que como cionais em Joane tem sido grande. sempre, eu, nós, Junta de FregueO que potencia esse crescimento? sia estamos sempre cá para os Creio que se pode resumir tal cres- servir e auxiliar. pub
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opiniãopública: 25 de junho de 2020
Adelino Oliveira, presidente da Junta de Ribeirão
“Ribeirão é uma vila dinâmica, viva e com gente hospitaleira” Em entrevista ao OPINIÃO ESPECIAL, Adelino Oliveira, destaca o desenvolvimento habitacional e empresarial da vila. O autarca fala ainda dos tempos especiais que Ribeirão também tem vivido por causa da pandemia, o que obrigou a Junta a tomar novas medidas de apoio aos que sentem maiores dificuldades.
teve algum reflexo dessas dificuldades na vila de Ribeirão? Esta pandemia colocou muitas empresas em dificuldade, umas encerraram e estão numa situação muito difícil, outras entraram em layoff. Em resultado disso várias famílias ficaram em dificuldade, ou viram os seus rendimentos diminuírem ou até ficarem suspensos. Mas Carla Alexandra Soares também penso que o problema do desemprego só se vai colocar daqui em diante, aquando do momento de as empresas iniciaOPINIÃO ESPECIAL: Vivemos tempos difíceis, rem as suas atividades. diferentes, desafiadores com a pandemia da Covid-19. Como sente que a população da sua Que iniciativas tem para as famílias que aprefreguesia está a viver esta fase? sentem alguma dificuldade social? ADELINO OLIVEIRA: Vivemos, de facto, tempos Algumas pessoas procuraram a Junta de Fredifíceis e novos devido à pandemia da Covid- guesia e nós, conforme as situações, encami19. Esta foi uma situação que, de um dia para nhámos para a Ação Social da Câmara o outro, nos apanhou a todos desprevenidos, Municipal ou para instituições com recursos e pois chegou de repente, não avisou e por vezes vocacionadas para os fins desejados. Em siacabamos por ficar em pânico. tuações pontuais a própria Junta também ajuTodos nós ribeirenses, como a generalidade dou a resolver. Até ao momento, com mais ou dos portugueses, fomos reagindo e, com sen- menos dificuldades, temos encontrado respostido de responsabilidade, atuando conforme tas para as necessidades. as informações da DGS. O que por vezes desgasta é a falta de rapidez em alguns casos, mas reconheço que os resJá se sabe que esta pandemia vai trazer muito ponsáveis tudo fazem para que os processos desemprego e dificuldades económicas. Já sejam céleres. pub
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opiniãopública: 25 de junho de 2020 A pandemia e o confinamento alteraram algum plano da Junta de Ribeirão, nomea“Ribeirão, sendo hoje uma damente na concretização de obras? vila de sucesso é evidente Em termos do que é o dia-a-dia da Junta de Freguesia, pouca coisa alterou. Os serviços que mais empresários administrativos e o atendimento do Presioptem por construir aqui dente sempre funcionaram normalmente, cumprindo as indicações da DGS à risca e as suas empresas com grande responsabilidade e profissioe desenvolvam nalismo. No que diz respeito às obras, tudo decoros seus projetos. reu, sensivelmente, como o previsto, mas admito que algumas obras estão a desenvolver-se a um ritmo um pouco mais lento, Quando falamos das necessidades mais porque a prevenção assim o determina. urgentes, temos de pensar que cada cidaEnquanto autarca, como caracteriza a vila dão tem a sua prioridade e um autarca tem de ambicionar resolver sempre o que cada de Ribeirão? Ribeirão é uma vila dinâmica, viva, onde se cidadão necessita. Mas para além disso, sente o pulsar não só dos seus habitantes, tem de ter uma visão mais ampla das nemas também de todos os que por aqui, cessidades mais urgentes. Nesta perspediariamente, passam e trabalham. É bom tiva não posso deixar de dizer que gostava viver em Ribeirão. É uma terra de gente que a situação da nova ponte sobre o Rio Ave, já tivesse sido resolvida. É minha conhospitaleira. Ribeirão fica situada na margem direita do vicção que uma nova travessia terá uma inrio Ave, outrora uma freguesia rural, hoje fluência muito significativa no trânsito, uma vila semi-urbana. Para esta mudança, não só na N14, mas muitas outras vias inmuito contribuíram as enumeras empresas teriores que, pela falta desta obra, contique se instalaram no Parque Empresarial nuam com excesso de trânsito e que de Sam, mas não só porque existem mui- dificultam o dia a dia das pessoas. tas outras distribuídas por todo o território Também entendo que o atual edifício da ribeirense. Temos vários locais de inte- sede da Junta de Freguesia precisa de uma resse para visitar, como o Santuário do Se- requalificação para criar outras condições nhor dos Perdões, o Souto de Santa Ana, e oferecer mais serviços à população. caminhar nos montes em Aldeia Nova e avistar o mar, passear no centro da vila na Existem, neste momento, e depois do renova Avenida e ainda visitar a nossa Igreja gresso a alguma normalidade, algumas Paroquial e observar o belíssimo Retábulo obras a decorrer? do Altar. Por tudo isto costumo dizer tome Mesmo em tempo de pandemia temos obras em andamento. Exemplo disso é a a melhor opção e venha viver connosco. requalificação da Casa Mortuária, com amQuais as necessidades mais urgentes da pliação do espaço, o alargamento da Rua vila de Ribeirão neste momento? A situa- S. Cristóvão na parte que não circulavam ção do trânsito na EN14 e da ponte sobre o veículos automóveis porque não tinha largura necessária. Temos também a interRio Ave continua por resolver…
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confortáveis e obtenham maior sucesso. Ribeirão tem tido sucesso na captação de mais famílias e empresas para a freguesia? Ribeirão, sendo hoje uma vila de sucesso, é evidente que mais empresários optem por construir aqui as suas empresas e desenvolvam os seus projetos. Há cada vez mais empresários a procurarem o seu espaço em Ribeirão. Como temos já instalados vários serviços é normal e tem acontecido que mais pessoas decidam vir para cá e acabam por fixar residência, o que nos deixa muito satisfeitos.
venção na Rua de S. Mamede que foi interrompida, mas que muito brevemente vai reiniciar. Por isto peço desculpa e compreensão aos ribeirenses. No que toca a água e saneamento, ainda existe algo a melhorar? No que diz respeito à água e saneamento já temos uma boa cobertura, embora existam alguns casos pontuais por resolver, o que nos continua a preocupar. Ao nível da Educação, como se posicionam as escolas da freguesia? Em relação à Educação, ao nível do pré-escolar e do 1º ciclo, temos boas condições, pois possuímos um Centro Escolar que foi construído há menos de 10 anos e que oferece aos alunos, aos docentes e auxiliares ótimas condições. Depois temos a Escola EB 2/3 de Ribeirão que está a ser requalificada e que quando as obras forem concluídas, ficará uma escola nova, com as condições ideais para que alunos, professores e todo o pessoal de apoio se sintam
Estamos muito perto do aniversário da vila, alguma mensagem que gostasse de deixar aos ribeirenses? Gostava que as comemorações do 34º aniversário fossem assinaladas com um programa recheado de eventos e de vários momentos de interesse para todos nós. Este ano devido à pandemia que se abateu sobre o país e o mundo, não podemos celebrar como gostaríamos. Apenas faremos a sessão solene com limitação de presenças, para cumprir as regras definidas pela DGS. Quero aproveitar para agradecer aos ribeirenses o comportamento responsável que têm tido neste tempo difícil que estamos a atravessar. É difícil para todos não manifestar os afetos com os familiares e amigos. Este novo comportamento faz doer e sentir tristeza porque nós, ribeirenses, somos gente de afetos. Procuramos ajudar os que estão a passar por grandes dificuldades e praticar a solidariedade não nas palavras, mas nos atos. Vamos ter esperança de que com a ajuda de todos esta epidemia vai passar e vamos ficar bem! Estamos juntos nesta luta e assim vamos continuar sempre. pub
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opiniãopública: 25 de junho de 2020
Falecimentos Carlos Alberto Lima Mendes, no dia 23 de junho, com 64 anos, viúvo de Maria da Assunção Araújo Ribeiro, de Viatodos (Barcelos).
Manuel da Costa Gonçalves, no dia 22 de junho, com 75 anos, casado com Maria Clara Martins Machado Gonçalves, de Vila das Aves (Santo Tirso).
Camilo Areias Veloso, no dia 20 de junho, com 82 anos, casado com Maria de Lurdes Simões Freitas, de Lemenhe.
Agência Funerária de Burgães Sede.: Burgães / Filial.: Delães Telf. 252 852 325
Maria do Carmo de Araújo Coutinho da Silva, no dia 17 de junho, casada com Manuel Augusto Meneses da Silva, de Nine. Emília do Carmo da Costa Vieira, no dia 16 de junho, com 45 anos, solteira, de Priscos (Braga). Agência Funerária Arnoso - José Daniel Pereira Arnoso Santa Eulália - Telf. 91 724 67 03
Maria da Conceição da Silva Vilaça, no dia 20 de junho, com 69 anos, casada com José da Conceição Araújo da Costa, de Mouquim. Idalina Lopes Machado, no dia 23 de junho, com 92 anos, solteira, de Vila Nova de Famalicão. Agência Funerária Rodrigo Silva, Lda Vila Nova de Famalicão – Tel.: 252 323 176
Eduardo Pereira da Silva, no dia 20 de junho, com 77 anos, casado com Deolinda Rodrigues dos Santos, de S. Martinho de Bougado (Trofa). Maria Olinda Ferreira da Silva, no dia 23 de junho, com 90 anos, viúva de Aires Reis Marambal, de S. Romão do Coronado (Trofa). Agência Funerária Trofense, Lda (S. Martinho de Bougado) Trofa – Tel.: 252 412 727
Guilhermina Ferreira da Silva, no dia 8 de junho, com 93 anos, de Ribeirão. Augusto Silva, no dia 15 de junho, com 83 anos, de Calendário. Ricardo José Moreira Torres, no dia 17 de junho, com 39 anos, casado com Catarina Filipa Carneiro Leal, de Ribeirão. Manoel Carneiro de Azevedo, no dia 19 de junho, com 88 anos, viúvo de Maria Benilda Azevedo, de Ribeirão. Carlos Manuel de Azevedo Castro, no dia 22 de junho, com 46 anos, solteiro, de Ribeirão. Funerária Ribeirense Paiva & Irmão Lda Ribeirão – Telf. 252 491 433
Dora Conceição da Silva Oliveira, no dia 16 de junho, com 67 anos, casada com José Maria da Costa Vieira, de Vila Nova de Famalicão. Palmira da Rocha Carneiro, no dia 16 de junho, com 88 anos, viúva de Manuel Azevedo, de Avidos. Reinaldo Filipe Cardoso Curvelo, no dia 16 de junho, com 39 anos, casado com Gabriela Passos Sequeira, de Calendário. António Manuel Curval Neto, no dia 17 de junho, com 67 anos, casado com Maria de Fátima Araújo Areal, de Santiago da Carreira (Santo Tirso). Maria Ferreira de Carvalho Lobo, no dia 18 de junho, com 86 anos, viúva de Delfim da Silva, da Palmeira (Santo Tirso). Maria Amélia Ferreira, no dia 19 de junho, com 92 anos, viúva de Manuel António Azevedo Vilas Boas, de Gavião. António de Oliveira e Costa, no dia 21 de junho, com 69 anos, casado com Joaquina Arminda de Andrade de Oliveira, de Gavião. Natália Correia de Vasconcelos, no dia 21 de junho, com 76 anos, casada com João Pedro de Almeida Costa Júnior, de Vila Nova de Famalicão. João Maria Freitas Ferreira, no dia 22 de junho, com 13 anos, filho de José Manuel da Costa Ferreira e de Sílvia Maria de Sousa Freitas, de Antas S. Tiago. Agência Funerária da Lagoa Lagoa – Telf. 252 321 594
Marco Alexandre Moreira Gomes, no dia 16 de junho, com 25 anos, solteiro, do Louro. Agência Funerária do Calendário Calendário – Tel.: 252 377 207
António Silva Ferreira Aguiar, no dia 20 de junho, com 80 anos, casado com Maria Adelaide Ferreira de Oliveira Aguiar, de Cavalões. José Manuel Marques Cardoso, no dia 19 de junho, com 56 anos, casado com Maria Alice da Silva Gouveia Cardoso, de Calendário. Agência Funerária Palhares Balazar– Tel.: 252 951 147
Maria Emília Oliveira Cardoso 3º Aniversário de Falecimento Vimos, deste modo, convidar todos os familiares e amigos a participar na missa, no próximo Domingo 28/6/2020, pelas 12h15, na Igreja Matriz Nova para recordar com saudade a memória da nossa ente querida.
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Diário famalicense António Cândido Oliveira
No princípio dos anos oitenta do século passado a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão colocava, na imprensa local, um anúncio que dizia mais ou menos isto: “Você não tem o direito de criticar a Câmara, tem o dever!”. Julgo que o mentor deste anúncio foi o assessor do presidente de então, Custódio de Oliveira. Este anúncio era bonito e é próprio da democracia local, mas é, em regra, uma treta. A experiência disse-me que o poder não gosta de ser criticado e, quando surgem críticas, o autor é mal visto e corre o risco de ser prejudicado ou pelo menos marginalizado. Ao longo destes mais de 40 anos da nossa democracia local, tenho criticado, sempre procurando ter respeito pelos visados, aspetos da gestão do nosso concelho, pensando estar a servir o município, mas as críticas são mal vistas e, por tabela, também o visado. Nos anos oitenta e seguintes, criticava várias decisões e omis-
PRAÇA PUBLICA
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A difícil aceitação da crítica
sões da Câmara de então e a atitude desta era fazer de conta que não ouvia. A regra era esta: se respondemos, se damos conversa, damos mais visibilidade à crítica, podemos ficar mal e assim, vendo que nada dizemos, ele acaba por se cansar e cala-se. De vez em quando, especialmente se a crítica era persistente e mais dura, a reação era um comunicado da Câmara ou dos seus membros mais duro do que a crítica, sentindo-se muito ofendidos e acusando-me frequentemente de ter dito coisas que não disse e de colocar em causa a honorabilidade da Câmara ou dos seus membros. A situação não se modificou quando a Câmara passou para a mão de outras forças políticas no início do presente século. O comportamento continuou o mesmo. Silêncio perante as críticas e particularmente a atitude de ignorar o autor das mesmas. Não é de admirar, pois, que muitas pessoas, muitos famalicenses, estejam calados. Ganham
a vários títulos: não se cansam a escrever (dá trabalho), são bem vistos e estão muito mais à vontade para tratar dos assuntos que lhes dizem respeito e que precisam de decisão favorável do município. Estarei a ser excessivo? Julgo que não. Se quiserem saber as críticas que tenho feito basta procurar em mais de quarenta anos nos seguintes títulos da imprensa local: Notícias de Famalicão, Estrela da Manhã (ambos já extintos), Vila Nova (já extinto também), Opinião Pública, Povo Famalicense e de novo Opinião Pública. Vejam os problemas sérios que a nossa terra (cidade, vilas e freguesias) têm e o silencio à volta deles. Abrem-se os jornais impressos ou digitais e estão inundados de elogios à ação da Câmara. Acrescem as fotografias. Impressiona! O que acabei de dizer foi a título individual e assumo a correspondente responsabilidade. Mas o que costumam fazer nesta matéria os partidos da oposição?
Ouvi nas Caminhetas João Afonso Machado
Pintassilgos Fui e vim. De Chaves a Faro, pelo interior do País. Quase diria, através de um outro país, tão mais calmo, tão mais saudável. Foram seis cansativos dias de estrada que muito valeram a pena. Curiosíssimo o culto, sempre crescente, em torno do marco do km 0 do percurso, em Chaves. Já com direito a uma rotunda só para ele. O mesmo acontece em Faro, no meco do km 738, igualmente venerado num altarzinho, um espaço em calçada de calcário, com o número célebre a negro gigantesco no chão. E, ao lado, ao restaurante, as sardinhas esplendidamente assadas, o repouso após a travessia. Por toda a estrada percorrida bem se notavam as viaturas equipadas para esta “chegadela” ao fim do mundo; e, sobretudo, dezenas e dezenas de grupos de motards, quer para norte, quer para sul, firmando a natureza turística da EN2, cativando já as atenções dos comerciantes locais. No Pedrogão Pequeno, por exemplo, muito lá no fundo da Beira, o hotel “era deles”. De uma quantidade incontável de motas de grande cilindrada, estacionadas no seu parque. Aquilo era bando internacional, romaria maior do que a da Senhora da Agonia. Claro que este roteiro, este passeio, não é só estrada. A estrada será mesmo o de menor im-
portância, recordando tanta terrinha onde parei, peguei na máquina fotográfica e me entretive umas horas conhecendo ou reconhecendo. Assim aconteceram momentos, às vezes pormenorzinhos, que me encheram e me fizeram sentir tão distante do quotidiano. Referiria, para ilustrar, as bôlas de Lamego, as vistas do Douro, os filetes de polvo de Tondela… A maravilha que é a pequena, esquecida, vila de Góis; as belezas de Castelo de Vide e os pintassilgos dos seus jardins. E fico-me por aqui, dispensando comentários acerca da imensidão alentejana, a travessia do mundo perdido que é a serra do Caldeirão, a marcar a fronteira com o Reino dos Algarves. Prosseguirei retornando a Castelo de Vide e aos seus pintassilgos. Um dos mais alegres e coloridos pássaros canoros, uma maravilha por lá tão frequente quanto por estas bandas o nosso pardal. Foi essa a minha imediata comparação, uma lástima!, afortunadas as terreolas apintassilgadas. E havia-os cá. Recordo sempre a minha Avó referindo os pintassilgos, a sua mescla de negro, amarelos e vermelhos, a arte de os apanhar vivos com visco – uma espécie de cola espalhada nos ramitos das árvores onde poisavam, e já não levantavam voo, agarrados àquele grude. Depois,
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o seu destino era a gaiola e o dever de trinar até envergonhar os canários. Outros tempos. Engaiolá-los seria uma maldade. Gozá-los à solta, nos nossos espaços arborizados, um privilégio. Lembro também um falecido vizinho dos meus tempos no Porto, em plena cidade apanhando-os com redes quase invisíveis que embatucavam o seu voar. Depois, era dinheiro contado a sua venda ou a dos “traçados”, os filhos dos amores entre canários e pintassilgos. Continuo na minha: para nada disso eu os queria cá. Queria-os somente para os ouvir, os fotografar, os apreciar, fosse na Praça 9 de Abril, fosse em Sinçães, acima de tudo houvesse-os na Devesa, com a todas as condições de sossego, alimentação e reprodução. Famalicão, a capital nortenha do pintassilgo! Além dos têxteis, a riqueza minhota única dos pintassilgos. Hei de consultar os entendidos. Mas estou em crer, umas dezenas deles soltos na Devesa tornariam a nossa terra muito mais vistosa e cantante. Com passarinhos do tamanho de um badego, mas imensamente mais bonitos. Que nem uns loucos de volta das sementes de girassol – outra componente de cenário à maneira… – agora que a polícia apreende as fisgas e puxa as orelhas à catraiada sua detentora…
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PRAÇA PÚBLICA
Bússola
Rés-pública Célia Menezes
José Miguel Silva
Racismo: “Uma questão de cor” Nas últimas semanas, assistimos a uma onda de protestos em todo mundo do movimento ativista antirracista. Protestos estes, fundados pela morte de George Floyd, o afro-americano assassinado por um polícia nos Estados Unidos. Portugal não ficou indiferente. Milhares de portugueses juntaramse nesta causa nobre, manifestaram-se contra o racismo e por sua vez homenagearam George. Todavia, o racismo é um problema de todo mundo e não só de um país. Todos sabemos que no mundo há grandes diferenças entre pessoas e que, por estupidez e ignorância, originam preconceitos, que geram muitos conflitos e desentendimentos, afetando muita gente. Por mais que se diga que todas as pessoas são iguais, independentemente da condição social, da religião e, neste caso especial da cor da pele, o racismo continua a ser uma realidade. Claro está, que em Portugal essa realidade não é diferente muito embora, consideramos que não seja um racismo tão explícito comparado com outros países… Rejeitam-se os sintomas quotidianos do racismo, que se disfarçam de outras formas, é um racismo silencioso. Na nossa sociedade, e não só na nossa sociedade, se uma pessoa assumir que é racista
é ridicularizada como alguém que não evoluiu, que é ignóbil e, por isso, poucas pessoas admitem o seu racismo abertamente. Existe ainda muita hipocrisia e preconceitos estereotipados em relação a este tema. A expressão, “não se nasce racista” é muito comum entre nós, em boa verdade não nascemos racistas, não faz parte do nosso ADN. Trata-se de uma questão histórica enraizada, há um contexto sociopolítico herdado. Aboliu-se a escravatura, porém, a forma como continuamos a olhar para uma pessoa de cor preta, perdura. Quantos de nós, irrefletidamente usou a expressões, como por exemplo: “a coisa está preta”, sem nos apercebermos no entanto, que o uso do termo “preto” tem um valor pejorativo, de que ser de cor preta é uma coisa ruim. Coloca-se a questão – então somos racistas? Não propriamente, porque, o que aqui está em causa é a forma como o dizemos e o contexto em que o fazemos. Efetivamente, a importância dada à cor do outro começa a ser alarmante e, não é ignorando que a discriminação existe que a conseguimos combater, bem pelo contrário, sabemos que o racismo existe em alguns círculos, é um racismo escondido merecedor de repulsa. A pessoa que discrimina,
geralmente, quer valorizar-se e diminuir os demais mesmo que por “brincadeira”. Já se deram passos importantes no combate ao Racismo, mas estamos muito longe de atingir uma igualdade definitiva nos direitos civis para todas as comunidades. Há um dito popular que diz “o seu direito acaba onde começa o dos outros”, que envolve bom senso, a ética, os valores morais e, também, os direitos e os deveres previstos na Lei, ou seja, não existe o exercício de direito, da justiça e da equidade sem a prática de normas éticas a orientar os comportamentos. Devemos pois, respeitar o espaço e os direitos alheios, da mesma forma que desejamos que os nossos sejam respeitados. Uma população que conhece os seus direitos e pratica os seus deveres fica mais unida e capaz de lutar contra esta resiliência que se apelidamos de Racismo. Haveria muito mais a escrever sobre este assunto, mas como o leitor pode constatar, neste artigo não me referi a todas as formas de racismo, nem a casos desumanos que por aí subsistem, apenas referi uma de muitas realidades que podem e se devem conhecer – o crime de ódio e discriminação social simplesmente por “uma questão de cor”.
Chão Autárquico Vieira Pinto
Cultura de destruição Está na ordem do dia, a cultura da destruição do património cultural, levado a cabo pelos extremismos de esquerda e de direita. Com efeito, tudo aconteceu, sobretudo, a partir da morte do afroamericano, George Floyd, na América. Na verdade, hoje constatamos, por todo o mundo, tal destruição de bens por fundamentalistas de credos vários, designadamente políticos, religiosos e sociais, que muito vão destruindo, não só bens patrimoniais, mas também valores e virtudes que a história nos legou. Não, não se trata apenas de racismo, mas também de situações várias, relacionadas com a as questões sociais dos povos. Por outro lado, hoje, as gentes vivem em conflito permanente com os seus Estados. Isto, assim, porque, além de outros aspetos, não vêm empenho institucional em muitas questões, designadamente, relacionados com a ausência de políticas de carater ecológico, a cultura neocolonial, neoliberal e outras que respeitam diretamente ás pessoas. Entre nós, além de outros danos, materiais, morais e cívicos, realçamos, aqueles que recaíram, sobre a estátua do Pe António Vieira. Um diplomata, o melhor pregador de todos os tempos da Igreja Católica, onde pregou a igualdade entre os homens. Uma das incompreensões, possíveis, em algumas mentes, poderá consistir no facto de ele defender o comércio de escravos. Porém, fê-lo, por
uma mera questão de estratégica política e teológica. Lembremos que um dos objetivos primeiros das nossas façanhas nos descobrimentos era espalhar a fé. No dizer de um dos nossos ilustres historiadores, Pedro Calafate, António Vieira fazia dos sermões, na sua tribuna, um eco de revolta, um eco de pregação crítica em relação aos poderes públicos instituídos. Num dos seus emblemáticos sermões, realizado à Confraria dos Pretos da Bahia, no Brasil, com população negra escravizada ou já livre, Vieira faz uma forte crítica às condições laborais do trabalho escravo e compara o que os mandantes faziam aos escravos com o que os fariseus e Pilatos fizeram a Cristo: dizia, então: “Cristo despido e vós despidos”; “Cristo, sem comer e vós famintos”; “Cristo, em tudo maltratado e vós maltratados em tudo”. Com efeito, assim pregou, este Tribuno, cfr. sermões, Vol.XI, sermão XIV. Por causa das suas posições político-religiosas este génio da cultura, este eminente pregador do reino, por terras d”além, foi encarcerado, pela Inquisição, em outubro de 1665. Por diversas vezes admoestado pelas régios do reino, pelas suas pregações subversivas, quer em relação à própria Igreja, quer em relação ao próprio Estado. Alice Vieira, professora universitária de literatura e escritora, disse da seguinte forma, referindo-se ao que aconteceu à estátua desta figura ímpar da cultura religiosa: É Ignorância. Não sabem quem foi Pe António Vieira.
"Credibilidade e Seriedade" O poder político anda a brincar com o fogo. Em plena pandemia, sim porque a diferença de Março para agora é nula, ou até podemos constatar que agora estamos um passo atrás daquilo que estávamos em Março. Estamos porque em Março os portugueses estavam assustados (e bem), e como consequência disso voluntariamente recataramse nas suas casas para evitar que a pandemia se propagasse. Como é lógico, esta mudança repentina na nossa vida social e nas nossas rotinas duraria no máximo 2 a 3 meses. Custou e ainda custa a todos. O que qualquer cidadão podia pedir á nossa classe política era coerência e responsabilidade. Não aconteceu e não está a acontecer. Passaram pouco mais de 3 meses desde que o primeiro Es-
tado de Emergência foi decretado. Se por um lado a nossa vida hoje é "mais normal" que aquela que tínhamos em Março, a verdade é que hoje o número de casos diários é maior que naquela altura. O PR, o PM, alguma extrema-esquerda e até o Chega em vez de darem o exemplo e incitarem as pessoas a ficar em casa optaram por fazer circo na praia, irem a concertos ou até organizar manifestações. Não é desse exemplo que precisamos. Esta há-de ser a diferença da direita responsável patriótica e popular (qie veja-se lá recentemente até tirou o país da bancarrota), sendo esta o CDS e algum PSD e a esquerda irresponsável e populista com Marcelo que mais parece uma barata tonta no meio de tanto circo. Cá estaremos mais tarde para exigir responsabilidades. Até já.
Educação para a Saúde Cuidados de Saúde em Tempos de Pandemia... Filipa S. Carvalho
O ano de 2020 tem-se revelado singular, face a uma crise de saúde pública sem precedentes, pela sua abrangência e globalidade, forçando os serviços e os profissionais de saúde a modificarem a sua forma de trabalhar e de interagir com a população. Os últimos meses têm exigido muita resiliência e uma atitude quase camaleónica, a fim de dar resposta às necessidades em saúde, impostas aos mais diversos níveis. Nos hospitais, os profissionais revezaram-se em turnos e horas extraordinárias, com equipas dedicadas ao tratamento de casos suspeitos de COVID-19 mas, também, com equipas para assegurar o normal funcionamento do serviço de urgência, do internamento e das cirurgias urgentes. Nos cuidados de saúde primários, mantivemos o acompanhamento prioritário de crianças (até aos 2 anos, assim como aos 5 e 10 anos de idade, privilegiando o cumprimento da vacinação) e grávidas. Criaramse espaços para atendimento exclusivo de doenças agudas, suspeitas ou não de COVID-19, de forma a manter os critérios de segurança estabelecidos. A maioria da atividade assistencial passou a realizar-se de forma não presencial, evitando deslocações desnecessárias
dos utentes, minorando assim contactos de risco e aumentando a acessibilidade por via telefónica ou por e-mail. Assim que possível, foi retomada a vigilância de todos os utentes, dando prioridade aos grupos de risco (doentes hipertensos, diabéticos ou com múltiplas comorbilidades e maior grau de dependência), assim como doentes com sinais e sintomas prioritários que necessitem de uma avaliação clínica precoce. A adaptação à mudança é uma condição indispensável à sobrevivência das pessoas, das organizações e da sociedade em geral, em que os mais aptos prosperam e se fortalecem. Convém lembrar, que o mundo não é só COVID-19 e que esta se mantém longe de ser a principal causa de doença e mortalidade no nosso país. Apesar de o medo se ter instalado na sociedade, este não pode ser motivo para a não procura de auxílio médico. Mantenha a vigilância regular dos seus problemas de saúde. Procure o seu Médico de Família sempre que necessário e, se a situação clínica for emergente, não receie ir ao hospital. Os cuidados de saúde estão preparados para responder com segurança e com a qualidade que sempre lhes foi característica. Nós, “continuamos cá”. Para cuidar, de todos.
opiniãopública: 25 de junho de 2020
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opiniãopública: 25 de junho de 2020