Ano 29 | Nº 1475| De 2 a 8 de setembro de 2020| Diretor: João Fernandes | Gratuito | www.opiniaopublica.pt
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Dados do IEFP
Famalicão com mais 1300 desempregados entre fevereiro e julho
p. 3
Valência localizada em Vermoim acolhe jovens portadores de deficiência
UTENTES DO LAR DA AFPAD INFETADOS COM COVID 19 Os 12 utentes do lar residencial da AFPAD, que acolhe jovens com deficiên- o novo coronavírus. Alguns utentes tiveram que ser internados, mas o seu cia, em Vermoim, estão infetados com Covid 19. O surto foi detetado a se- estado de saúde é estável. Este surto acontece precisamente numa semana passada e também há funcionários que terão testado positivo para mana em que o concelho de Famalicão registou 44 novos casos. p. 7
Cidade Construção da Rede Pedonal e Ciclável já arrancou p. 5 Solidariedade Banco de Móveis já distribuiu 2000 peças de mobiliário p. 3
Feira das Cebolas cumpriu tradição, apesar da pandemia p. 7
FC Famalicão quer igualar ou superar os resultados da época passada
PJ Detido suspeito de provocar incêndios e explosões em Famalicão p. 5
Ténis Mafalda Guedes conquista título de campeã no nacional de juniores pub
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CIDADE
opiniãopública: 2 de setembro de 2020
“Produto que é Nosso” mostra-se no Intermarché
Depois do E. Leclerc, chega agora a vez do Intermarché de Calendário receber a montra “Produto que é Nosso” e dar a conhecer e comercializar as marcas de cerca de 30 produtores famalicenses. A nova campanha do projeto promovido pela Câmara Municipal de Famalicão arranca quinta-feira, dia 3, no hipermercado de Calendário, onde permanecerá até ao dia 16 de setembro. Recorde-se que a ilha “Produto que é Nosso” oferece ao consumidor desde produtos frescos ao fumeiro, queijos e carnes frescas, passando pela padaria e doçaria, pelos vinhos e licores e pelas compotas, geleias e mel. Tudo produtos com o selo “Made IN Famalicão – Produto que é Nosso”. Depois do Intermarché, a campanha segue para o Supermercado Bandeirinha, onde ficará de 17 a 30 de setembro. Ao todo, a este projeto já estão associados 65 produtos de 27 produtores locais.
BE promove encontro com Catarina Martins A líder do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, vem a Famalicão no próximo sábado, 5 de setembro, para participar no encontro “Vencer a crise: as respostas da esquerda", organizado pelo partido, e que via decorrer no Parque da Juventude, a partir das 17 horas. O programa inicia com artes circenses e, meia hora depois, tem lugar a sessão com Catarina Martins. O encontro dos bloquistas inclui ainda um piquenique, pelas 19 horas, seguido de uma sessão de cinema e terminando, pelas 22 horas, com um debate. Em nota à imprensa, o BE assegura que a iniciativa cumprirá as normas da Direção Geral de Saúde e está a ser organizado em articulação com a Administração Regional de Saúde do Norte.
PAN questiona Câmara sobre campanha de esterilização A Comissão Política Concelhia do PAN – Pessoas, Animais, Natureza de Famalicão, solicitou esclarecimentos à Câmara Municipal relativamente ao anúncio da campanha “Cuidar é esterilizar”, que consiste na entrega de um cheque veterinário para esterilização. Afirmando desconhecer as especificidades sobre a referida campanha, o PAN pretende saber “quando e como se vai desenvolver esta campanha, assim como a verba alocada para a mesma”, informa o partido em nota à imprensa. Também pretende saber se esta campanha invalida o cheque veterinário já existente ou funcionará como apoio extra. “Os casos de abandono são uma realidade preocupante e a esterilização é uma das palavras chave para a resolução deste problema, nomeadamente para a redução significativa dos animais alojados nos canis ou associações”, começa por dizer Sandra Pimenta, porta voz da Concelhia do PAN de Famalicão. E acrescenta: “caso as políticas no concelho nos últimos 10 anos tivessem sido orientadas nesse sentido, não estaríamos perante o atual panorama do Centro de Recolha Oficial Animal”.
FICHA TÉCNICA
CONSELHO EDITORIAL: Alexandrino Cosme, António Cândido Oliveira, António Jorge Pinto Couto, Artur Sá da Costa, Cristina Azevedo, Feliz Manuel Pereira, João Fernandes, Manuel Afonso e Almeida Pinto. ESTATUTO EDITORIAL: disponível em www.opiniaopublica.pt
DIRETOR: João Fernandes (CIEJ TE-95) jfernandes@opiniaopublica.pt
CHEFE DE REDACÇÃO: Cristina Azevedo (CPJ 5611) cristina@opiniaopublica.pt
REDACÇÃO: informacao@opiniaopublica.pt Carla Alexandra Soares (CICR-248), Cristina Azevedo (CPJ 5611).
DESPORTO: Jorge Humberto, José Clemente (CNID 297) e Pedro Silva (CICR-220).
Encontro nacional GEO 2020 reuniu 40 participantes
Jovens da PASEC discutem estratégia europeia para a juventude
Participantes no Geo 2020 da PASEC
Durante este mês de agosto teve lugar o Geo 2020, Seminário Nacional sobre a estratégia europeia Juventude 19.27, que determinará todas as políticas de juventude da União Europeia até ao ano de 2027. Organizado pela associação de Famalicão, PAESC, e dividido entre o Gerês e Abrantes, o trabalho teve por base vários encontros regionais que permitiram eleger os jovens delegados deste encontro nacional final. Foram 40 os jovens delegados que através da Simbologia Grupal, trabalho de pares, visitas temáticas, trabalhos na comunidade e mesas redondas foram “mestres e aprendizes” (denominação dada aos participantes durante a semana de formação) na discussão dos temas da Democracia Participativa, do papel dos jovens na
nova estratégia europeia para a juventude e o poder das más e boas decisões que cada um toma ou deixa por tomar. Para a presidente da PASEC, Sara Gomes, “foram dias de trabalho muito intensos em que ficou claro que mais importante que as boas decisões que tomamos são as que por vezes deixamos de tomar. Por outras palavras, não podemos adiar mais o envolvimento real dos jovens nos processos de decisão política.” O Geo 2020 foi o culminar do projeto Discovery EU que ao longo de dois anos teve como principal objetivo levar centenas de jovens a descobrir e experimentar o seu primeiro projeto de Diálogo Estruturado com os decisores políticos regionais e nacionais, acentuando a importância dos processos de
diálogo estruturado e ao mesmo tempo alertar para importância da participação política das comunidades juvenis. O que tornou este projeto único foi o facto de fazer coabitar três contextos de exclusão à partida antagónicos: jovens com poucas oportunidades oriundos de bairros sociais; jovens com necessidades especiais; jovens retirados aos pais e que habitam em Casas de Acolhimento. Este projeto, nos últimos 20 meses, envolveu diretamente mais de 100 jovens de todas as regiões de Portugal e mais de 500 jovens que nas suas comunidades participaram nos diversos grupos de reflexão e medidas de disseminação. O projeto Discovery EU foi apoiado pelo Programa Erasmus +.
Cinema do Cineclube regressa à Casa das Artes A programação semanal de cinema do Cineclube de Joane regressa neste mês de setembro à Casa das Artes de Famalicão, seguindo as recomendações Direção Geral da Saúde, nomeadamente a redução da lotação da sala, lugares marcados de modo a manter-se a distância física adequada, uso de máscara no interior das instalações, desinfeção regular e reforço da limpeza nas áreas de contacto manual e disponibilização de gel desinfetante aos espectadores. Como habitualmente, todas as sessões decorrem às quintas-feiras, pelas 21h45, sendo que a primeira está agendada já para amanhã, 3 de setembro, com o filme “A Vida Invisível”, de Karim Ainouz. A ação passa-se no Rio de Janeiro, década de 1950. Apesar de terem personalidades muito dife-
GRAFISMO: Carla Alexandra Soares e Pedro Silva.
OPINIÃO: Adelino Mota, Barbosa da Silva, Domingos Peixoto, Gouveia Ferreira, J. Mário Teixeira, José Luís Araújo, Sílvio Sousa, Vítor Pereira. GERÊNCIA: João Fernandes
CAPITAL SOCIAL: 350.000,00 Euros.
DETENTORES DE MAIS DE 5% DO CAPITAL António Jorge Pinto Couto
TÉCNICOS DE VENDAS: comercial@opiniaopublica.pt Maria Fernanda Costa e Sónia Alexandra
PROPRIEDADE E EDITOR: EDITAVE Multimédia, Lda. NIPC 502 575 387
rentes, as irmãs Eurídice e Guida têm uma relação de grande proximidade. Ambas vivem com os pais, dois portugueses muito tradicionalistas, que pouco ou nada compreendem as suas necessidades. Um dia, farta de se sentir reprimida, Guida foge de casa. Com o passar dos anos, sem nunca perderem a esperança num reencontro, cada uma delas vai superando os desafios das suas vidas, sempre acreditando que o destino da outra é mais feliz. Depois, a 10 de setembro, é exibido o filme “Pássaros de Verão” realizado por Cristina Gallego e Ciro Guerra, um drama baseado em factos verídicos sobre a origem do narcotráfico na Colômbia. No dia 17, chega “Mosquito”, de João Nuno Pinto (sessão Traz Outro Amigo Também), e a 24 de setembro é exibido “Liberté” de Albert Serra.
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opiniãopública: 2 de setembro de 2020
CIDADE
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Dados do IEFP revelam que o número total de inscritos subiu para 4.810
Famalicão com mais 1300 desempregados entre fevereiro e julho No mês de julho estavam inscritos no Centro de Emprego de Famalicão 4.810 desempregados, segundo dados divulgados a semana passada pelo Instituto de Emprego e Formação profissional (IEFP), o que representa mais 1300 pessoas sem emprego face a fevereiro, o mês anterior ao início da pandemia de Covid 19. Já se sabia que o número de pessoas que ficou sem emprego estava a aumentar no concelho devido à pandemia – o próprio presidente da Câmara Municipal vinha alertando para esse facto – mas agora os números mais recentes do IEFP confirmam essa tendência. Entre fevereiro e julho de 2020 inscreveram-se no Centro de Emprego 1300 pessoas, elevando o total de desempregados em Famalicão para 4.810, o que corresponde a um aumento de 37,04%, acima da média nacional para o mesmo período (30,37%). Se comparamos julho de 2020 com
julho de 2019 o cenário no concelho é ainda pior. Num ano, o número de desempregados inscritos em Famalicão aumentou 50,45%, passando de 3.197 para 4.810, ou seja, mais 1613 pessoas sem emprego. A nível nacional, de acordo com os dados do IEFP, em fevereiro, estavam registados nos serviços de emprego do continente cerca de 293 mil indivíduos. Cinco meses depois, esse universo já ultrapassou os 380 mil desempregados, uma subida de 30,37%. Face a julho de 2019, o agravamento é ainda mais severo: 38,78%, ou seja, mais 106.758 desempregados. Foi em Lisboa e Vale do Tejo que se verificou uma subida mais significativa do número de desempregados inscritos no IEFP, entre fevereiro e julho: 46,27%. Segue-se o Norte, com um aumento de 24,39%, e logo atrás aparece o Centro, com um crescimento de 22,28%. C.A.
Projeto criado em 2013 pela Câmara lança nova campanha
Banco de Móveis Solidário já distribuiu 2000 peças de mobiliário “Os móveis que não precisa podem ser valiosos para alguém”. É este o mote da nova campanha lançada pela Câmara Municipal de Famalicão para promover o Banco de Móveis Solidário, que desde a sua criação, em 2013, já distribuiu perto de duas mil peças de mobiliário devolvendo o conforto a mais de 300 famílias do concelho. Através desta nova campanha, o projeto de solidariedade social promovido pela autarquia em parceria com o espaço comercial Lago Discount volta assim a apelar à veia solidária dos famalicenses, lembrando-os que podem doar ao Banco os móveis, eletrodomésticos e colchões que ainda estão em bom estado e que já não são necessários, mas que ainda podem fazer a diferença na vida de outras famílias. Para isso, basta contactar os Serviços de Ação Social do Município, através do número 252320940 ou do email bancodemoveis@famalicao.pt, para agendamento da recolha e eventual desmontagem das peças a doar. Os móveis entregues serão depois distribuídos pelos agregados familiares sinalizados e encaminhados pelas várias instituições que integram a Rede Social de Famalicão, de forma a garantir que são entregues a quem realmente necessita. “Este é daqueles projetos que não pode cair no esqueci-
Famalicão com mais 44 casos de Covid 19 na última semana Na última semana, e segundo o boletim epidemiológico da Direção Geral da Saúde (DGS), Famalicão registou mais 44 infetados por Covid-19, o que eleva para 550 o numero total de casos no concelho desde o início da pandemia. Famalicão continua a ser o quarto concelho do distrito com mais pessoas infetadas pelo novo coronavírus, sendo que Braga continua a ser aquele que regista mais casos desde o início da pandemia (1379). Segue-se Guimarães com 825 casos, depois Famalicão com 550, e Barcelos aparece em quarto com 351. Relevância ainda para o aumento de número de infeções no concelho de Vila Verde, nas últimas semanas, o que eleva já para 308 o número total de pessoas infetadas.
Fama Rádio consolida segunda posição no distrito Em apenas de três meses de emissões regulares, a Fama Rádio consolidou o segundo lugar do top de audiências do distrito de Braga, com base no Radios.com.br, o maior portal de rádios de língua portuguesa. A estação que emite a partir de Famalicão fecha assim o mês de Agosto em clara liderança entre as rádios do distrito destinadas ao público adulto e na segunda posição entre todas elas, logo atrás da Nove3Cinco, uma rádio temática destinada a um público mais jovem, que emite a partir da Póvoa de Lanhoso. No online e a nível nacional, a Fama Rádio mantém-se entre as 20 rádios mais ouvidas do país, num universo de 250 emissoras registadas no maior portal de rádios de língua portuguesa do mundo. O projeto já beneficiou 300 famílias do concelho
mento na nossa comunidade e cuja existência continua a fazer todo o sentido. Obviamente que o Banco de Móveis se destaca pela sua vertente solidária e pela ajuda que representa para as famílias mais carenciadas do concelho, mas não nos podemos esquecer que com este projeto estamos também a otimizar o ciclo de vida destas peças dando-lhes uma nova vida”, afirma o presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha, que
apela também aos famalicenses para que continuem a contribuir. Para além desta nova campanha, a Câmara Municipal anunciou também que o Banco de Móveis vai avançar, ainda este ano, com um projeto de voluntariado para restauro de móveis, em parceria com o Banco Local de Voluntariado de Famalicão. O objetivo é corrigir e recuperar alguns móveis que possam chegar com algum tipo de dano.
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CIDADE
opiniãopública: 2 de setembro de 2020
Com obras inéditas de Duarte Lobo
Deputado Jorge Paulo Oliveira interpelou a ministra da Saúde
Grupo vocal Cupertinos lança segundo álbum O grupo vocal Cupertinos, de Famalicão, lançou a semana passada o seu s e g u n d o álbum, editado pela Hyperion e composto por 18 obras inéditas do célebre mestre português Duarte Lobo. Este segundo álbum sucede o disco de estreia do grupo com a Capa do novo álbum Hyperion, que explorou um reportório único e exclusivo de Manuel Cardoso e que foi distinguido nos “Gramophone Classical Music Awards 2019”, vencendo na categoria de melhor álbum de “Música Antiga”. O novo disco foi produzido por Adrian Peacock e as gravações decorreram em julho de 2019 na Basílica do Bom Jesus, em Braga. “Duarte Lobo é um dos incontestáveis Mestres da Idade do Ouro da Polifonia Portuguesa, contudo a falta de conhecimento sobre a sua obra faz com que apenas um número reduzido dos seus trabalhos tenha sido gravado e apresentado”, começa por referir, em comunicado, Luís Toscano, diretor musical do grupo Cupertinos. “As duas Missas presentes no disco pertencem à produção relativamente desconhecida de Duarte Lobo, que temos vindo, gradualmente, a recuperar para fruição pública”, explica ainda Luís Toscano, acrescentando que o objetivo é “trazer uma nova consciência e interesse pelo legado de Duarte Lobo e, num sentido lato, difundir o conhecimento sobre o Património Musical Português dos séculos XVI e XVII”. Fundado em 2009, o grupo vocal Cupertinos tem-se afirmado como um verdadeiro embaixador da Polifonia Portuguesa, dando vida à música dos maiores compositores renascentistas de Portugal. O grupo continua a revelar património amplamente desconhecido da Música Portuguesa daquela época, auxiliado pela forte ligação à Universidade de Coimbra, que contém um dos mais ricos arquivos da música renascentista do mundo. O grupo já apresentou, até ao momento, mais de 100 obras inéditas, muitas das quais foram transcritas das fontes originais por membros do grupo com o apoio de Luís Toscano, e do musicólogo José Abreu.
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O deputado famalicense, Jorge Paulo Oliveira, quer explicações da ministra da Saúde sobre denúncias que têm chegado ao conhecimento do Grupo Parlamentar do PSD descrevendo ilegalidades cometidas no Centro Hospitalar do Médio Ave (CHMA), quer na unidade de Famalicão, quer na de Santo Tirso, que atentarão contra direitos laborais, mas que acabam por ter igualmente “repercussões na acessibilidade e na qualidade da prestação dos serviços de saúde às populações”. Na interpelação escrita que os deputados do PSD remeteram a Marta Temido, é referido que muitas das denúncias não serão novas e “arrastar-se-ão há vários anos apesar dos protestos dos trabalhadores, das suas associações representativas e das ordens profissionais, que esbarrarão numa invocada indiferença do Conselho de Administração do CHMA, da ARS Norte e do próprio Ministério da Saúde”. As denuncias recaem sobre violação das regras da mobilidade entre serviços, feita sem a concordância dos trabalhadores e na elaboração das escalas dos turnos mensais, onde nem estará a ser cumprida a regra da rotatividade, nem as mesmas estarão a ser afixadas com a antecedência obrigatória de modo a permitir que cada os trabalhadores possam organizar a sua vida ao nível familiar. As denuncias apontam também para o direito a horas de descanso entre turnos não estar a ser cumprido de forma sistemática e das avaliações das progressões não cumprirem os preceitos legais. São também feitas acusações quanto ao “não pagamento de horas extra, e de coação psicológica para as executar, bem como da suspensão de férias e do não pagamento das mesmas para quando estavam previs-
O deputado famalicense do PSD, Jorge Paulo Oliveira
refuta as acusações e afirma que “quanto aos exemplos de não cumprimento dos direitos laborais (não pagamento de horas extras ou não pagamento de férias), as afirmações não correspondem à verdade”, lamentando que “tenham merecido eco sem qualquer tentativa de confirmação prévia”. A administração diz ainda que a realidade do CHMA “é a do empenho extraordinário dos seus profissionais em prestarem cuidados de saúde a quem deles necessita, mesmo perante as dificuldades que têm enfrentado nos últimos meses e que são do conhecimento público”. A direção do CHMA reconhece, contudo, que “essa resposta tem sido assegurada, por vezes, com o sacrifício de quem sente, acima de tudo, a indeclinável responsabilidade de enfrentar uma inesperada pandemia, assegurando os melhores cuidados e segurança aos doentes que nos Administração do CHMA procuram”, uma postura que refuta acusações “tem merecido o reconhecimento Contatado pelo OP, o Conse- da população e de todos os dirilho de Administração do CHMA gentes do CHMA”.
tas”, dizem os social-democratas. “As tolerâncias concedidas na sequência das resoluções de Conselhos de Ministros, por ocasião do Natal, Ano Novo, Páscoa e Carnaval, não estarão a ser usufruídas pelo menos desde 2018 pelos assistentes operacionais, que trabalham por turnos”, pode igualmente ler-se na interpelação. Jorge Paulo Oliveira quer que a ministra da Saúde esclareça se as acusações são verdadeiras, entendendo que, a sê-lo, “as mesmas configuram violações graves de direitos laborais a que é necessário pôr termo imediatamente”. O deputado famalicense, aproveita ainda para lembrar a Marta Temido que “a taxa de absentismo no CHMA tem vindo a aumentar de forma muito significativa”, passando de 6,97% em 2014 para 11,65% para em 2018, “com consequências inevitáveis na qualidade dos serviços de saúde prestados às populações”.
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Empresa de Construção Civil (Famalicão), pretende contratar Trolha ou Pedreiro com as seguintes características:
- Execução de finos
PSD pede explicações sobre alegada violação de direitos laborais no CHMA
Famalicão
Barbosa: Rua Santo António, Tel. 252 302 120 Calendário: Rua da Liberdade, Tel. 252 378 400/1 Cameira: C. Mouzinho Albuquerque, Tel. 252 323 819 Central: Praça D. Maria II, Tel. 252 323 214 Nogueira: Av. Marechal H. Delgado, Tel. 252 310 607 Valongo: Rua Adriano Pinto Basto, Tel. 252 323 294 Gavião - Av. Eng. Pinheiro Braga, 72 - Telef. 252 317 301 Marinho: Edif. S. José - Estalagem - Telf. 252 921 182 Martins Ventura: R. C. Cerejeira - Lousado - Telf. 252 493 142 Estação: Largo da Estação - Nine - Telf. 252 961 118 Ribeirão: Rua Quinta Igreja 9 - Ribeirão - Telf. 252 416 482 Joane: Rua S. Bento, nº 217 - Telf. 252 996 300 Landim: Estrada Nacional 204/5, nº 693 - 252321765
Famalicão Quarta, 2
Serviço Calendário
Quinta, 3
Nogueira
Sexta, 4
Gavião/ Ribeirão
Sábado, 5
Barbosa
Domingo, 6
Cameira
Segunda, 7
Central
Terça, 8
Calendário
Vale do Ave
Almeida e Sousa: Covas - Oliv. Stª Maria - Telf. 252 931 365 Bairro: Av. Silva Pereira, Telf. 252 932 678 Delães: Portela - Delães - Telf. 252 931 216 Riba de Ave: Av. Narciso Ferreira, Telf. 252 982 124
Vale do Ave
Serviço
Quarta, 2 Quinta, 3 Sexta, 4 Sábado, 5 Domingo, 6 Segunda, 7 Terça, 8
Bairro Delães Riba de Ave Almeida e Sousa Bairro Delães
Serviço de disponibilidade
Paula Reis: R. José Elisio Gonçalves Cerejeira, nº 629 Calendário - Tel. 252 378 057 Maceiras: Louro - Telf. 252 310 425 Marques: Largo da Igreja - Fradelos - Telf. 252 458 440 Oliveira Monteiro: Largo Igreja - Cabeçudos - Telf. 252 331 885 Pedome: Av. S. Pedro, 1139 - Pedome - Telf. 252 900 930 Pratinha: Largo do Cruzeiro - Cavalões - Telf. 252 375 423 S. Cosme: Vale S. Cosme - Telf. 252 911 123 Arnoso: Av. Joaq. Azevedo - Arnoso Sta. Maria - Telf. 252 916 612
opiniãopública: 2 de setembro de 2020
Obras implicam alterações ao trânsito junto à Escola D. Sancho I
Construção da Rede Pedonal e Ciclável já arrancou As obras da Rede Urbana Pedonal e Ciclável de Famalicão arrancaram esta semana, com a construção do corredor que vai ligar a Estação de Caminhos de Ferro às escolas e aos parques de Sinçães e da Devesa. Os primeiros trabalhos decorrem na envolvente do Parque 1º de Maio em frente à Escola Secundária D. Sancho I, com um prazo de execução de 120 dias, sendo que a empreitada está orçada em um milhão de euros. A intervenção implica algumas alterações ao trânsito nesta zona da cidade, que está condicionado na Avenida 25 de Abril, desde o cruzamento com a Rua António Sérgio (junto à PSP) até à Rotunda 1º de Maio. Para chegarem até à Escola D. Sancho I e continuarem a circular pela Avenida 25 de Abril, os automobilistas têm de seguir pela Rua Barão da Trovisqueira que, ao longo da obra, sofrerá uma alteração no seu sentido de trânsito. Recorde-se que esta intervenção marca o arranque do Lote 1 da construção dos primeiros quatro quilómetros da rede de ciclovias urbanas. A área envolvente do Parque 1º Maio é a que, de resto, sofrerá mais alterações para que seja possível compatibilizar com segurança a rede ciclável e pedo-
Os primeiros trabalhos decorrem na envolvente do Parque 1º de Maio
nal nesta zona de acesso às escolas e de elevado tráfego automóvel. Entre as novidades está, por exemplo, a construção de uma rotunda na Avenida 25 de Abril, entre o parque 1º de Maio e a estação da CP, que permitirá circular para a Rua José Carvalho (antiga Reguladora), sem ter que contornar o parque. Será ainda criado um novo acesso à zona escolar, de forma a assegurar uma maior fluidez do trânsito e que as paragens do
transporte público e privado junto à escola não interfiram na restante circulação automóvel. Quanto ao segundo lote da empreitada, a obra está a decorrer e vai garantir que o corredor previsto no lote 1 tenha ligação à via ciclo-pedonal Famalicão-Póvoa, através da Rua António Sérgio, do viaduto sobre a linha férrea, que também será alvo de uma intervenção, e da Rua Daniel Rodrigues. Este lote 2 está igualmente orçado em um milhão de euros.
Caso das aulas de Educação Para a Cidadania gera abaixo-assinado
Cavaco e Passos apoiam alunos "chumbados" na Camilo Dois alunos do Agrupamento de Escolas Camilo Castelo Branco que tinham sido reprovados por terem faltado às aulas obrigatórias de Educação para a Cidadania e Desenvolvimento inspiraram a criação de um abaixo-assinado, a favor da vontade dos seus pais, para que não frequentassem estas aulas por motivos de objeção de consciência. Segundo a noticiou o jornal Observador, Cavaco Silva e Pedro Passos Coelho são algumas das quase 100 personalidades que subscreveram o documento que agrega consenso, sobretudo, junto da direita conservadora. Disciplinas como Sexualidade, Igualdade de Género e Interculturalidade estiveram na base da providência cautelar interposta por Artur Mesquita Guimarães, pai de ambos alunos, que aponta ao Estado uma intrusão na educação dos seus filhos. O secretário de Estado da Educação, em resposta ao documento, salientou que “a componente de Cidadania e Desenvolvimento é obrigatória, não sendo diferente nem de Matemática, nem de História nem de Educação Física” e apelida de "ilegal" a decisão tomada pelo conselho de turma que visava a transição de ano dos dois alunos. João Costa acrescenta ainda que “quando um aluno não frequenta uma disciplina não pode ser aprovado, mas podem ser aprovados planos de recuperação que não seriam impeditivos da progressão dos alunos”. E conclui: “A escola apresentou todos os instrumentos e desencadeou os vários procedimentos normais. Uma coisa é eu poder passar com perspetiva de recuperação, outra é sem frequência da disciplina”.
O abaixo-assinado, que terá sido elaborado pelos professores da Universidade Católica Manuel Braga da Cruz e Mário Pinto, refere que é “imperativo que as políticas públicas de educação em Portugal respeitem sempre escrupulosamente, neste caso e em todos os demais casos análogos, a prioridade do direito e do dever de as mães e pais escolherem ‘o género de educação a dar aos seus filhos’, como diz, expressamente por estas palavras, a Declaração Universal dos Direitos Humanos“ acrescentando que “o Estado não pode programar a educação e a cultura segundo quaisquer diretrizes filosóficas, estéticas, políticas, ideológicas ou religiosas”. Outros nomes importantes do PSD e CDS como Bagão Félix e Manuela Ferreira Leite juntaram-se ao manifesto que conta apenas com um subscritor do PS, Sérgio Sousa Pinto.
CIDADE/FREGUESIAS
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Suspeito de provocar incêndios e explosões detido pela PJ A Polícia Judiciária (PJ) deteve, a semana passada, o “presumível autor de crimes de incêndios, explosões e outras condutas especialmente perigosas", ocorridos entre 17 e 24 de agosto, no concelho de Famalicão. Em comunicado, a PJ diz que o detido, de 46 anos, "terá atuado por sentimentos de vingança e ciúmes", ao cometer os crimes numa freguesia de Famalicão. "Por duas vezes, e através de chama direta, provocou incêndio em anexo da residência da ofendida, nomeadamente na zona onde se encontravam botijas de gás. Noutra ocasião, após se ter introduzido na residência da ofendida, abriu uma boca de saída de gás de um fogão, assim pretendendo que fosse provocada uma explosão, facto que só não aconteceu por motivos alheios à sua vontade", relata a PJ. Com tais condutas, acrescenta a nota, "o arguido criou perigo para a vida da ofendida e terceiros, e para bens patrimoniais de elevado valor, já que a habitação onde ocorreram os factos confina com outras habitações". As diligências realizadas pela PJ, através do Departamento de Investigação Criminal de Braga, permitiram "a recolha e consolidação de substanciais elementos de prova, que conduziram à detenção fora de flagrante delito" do suspeito. O homem foi presente a primeiro interrogatório judicial para aplicação de medidas de coação.
Associação Humanitave alimenta 500 pessoas no Porto A associação famalicense Humanitave alimentou, na passada sexta feira, cerca de 500 pessoas na Porta Solidária, no Porto. Desta vez, a associação sediada Pedome levou o seu trabalho ainda mais longe e prestou auxílio no projeto Porta Solidária cujo objetivo é fornecer ajuda alimentar diária a pessoas sem meios próprios de subsistência. Desde 2009 que o projeto tem vindo a crescer e, antes da pandemia, eram já 270 as pessoas que se reuniam na Igreja Senhora da Conceição, no Porto, para usufruir deste apoio, que contou agora com a colaboração da Humanitave.
S. Cláudio convoca sócios para votar mudança de denominação O Centro Social, Cultural e Desportivo de S. Cláudio, em Antas, quer mudar a sua denominação. Para concretizar esse objetivo está marcada uma assembleia extraordinária para o dia 13 de setembro, às 11 horas, na sede da coletividade, para que os associados se pronunciem sobre “alteração da denominação da associação”, como consta da ordem de trabalhos.
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opiniãopública: 2 de setembro de 2020
Falecimentos António Pinto Vilela, no dia 28 de agosto, com 72 anos, casado com Maria de Lurdes Marques Vilaça, de Tebosa (Braga).
Maria da Conceição Gaspar da Costa, no dia 26 de agosto, com 81 anos, casada com Horácio Alves da Costa, de Delães.
Maria das Dores Gomes de Almeida, no dia 27 de agosto, com 94 anos, viúva de Serafim Rodrigues Oliveira, de Lemenhe.
Raúl Vilas Boas Neiva, no dia 31 agosto, com 79 anos, casado com Maria Rosa Carvalhosa Carvalho, de Bairro.
Maria de Jesus Gomes Vilaça, no dia 27 de agosto, com 98 anos, viúva de Custódio Campos de Faria, de Ruílhe (Braga).
Agência Funerária de Burgães Sede.: Burgães / Filial.: Delães Telf. 252 852 325
Agência Funerária Arnoso - José Daniel Pereira Arnoso Santa Eulália - Telf. 91 724 67 030
Luís Paulo Ferreira Alves, no dia 28 de agosto, com 49 anos, casado com Marisa Sónia Gomes Lopes da Silva, de Gavião.
Maria Helena Nunes Paulo e Sá, no dia 25 de agosto, com 74 anos, viúva de Amândio de Araújo e Sá, de Calendário. Agência Funerária do Calendário Calendário – Tel.: 252 377 207
Agência Funerária da Lagoa Lagoa – Telf. 252 321 594
José Ferreira da Costa, no dia 24 de agosto, com 65 anos, casado com Maria Fernanda Jesus Ribeiro, de S. Martinho de Bougado (Trofa).
António Ferreira Barbosa, no dia 28 de agosto, com 92 anos, viúvo de Arminda Martins Leite, de Sezures.
Agência Funerária Trofense, Lda (S. Martinho de Bougado) Trofa – Tel.: 252 412 727
Agência Funerária Rodrigo Silva, Lda Vila Nova de Famalicão – Tel.: 252 323 176
Rosa de Neiva Rodrigues, no dia 27 de agosto, com 68 anos, viúva de António Maria Teixeira Coelho, de Ribeirão. Rosa da Costa Campos, no dia 30 de agosto, com 92 anos, viúva de Manuel de Sá Dias, de Ribeirão. Funerária Ribeirense Paiva & Irmão Lda Ribeirão – Telf. 252 491 433
Rolinda Maia de Campos, no dia 23 de agosto, com 71 anos, viúva de Avelino da Silva Pereira, de Fradelos. Rosa de Vilas Boas Carvalho, no dia 24 de agosto, com 97 anos, viúva de António Vilhena, de Cavalões. Domingos Miranda Laranjeira, no dia 27 de agosto, com 39 anos, de Lemenhe. Agência Funerária Palhares Balazar– Tel.: 252 951 147
Laurinda Ferreira de Oliveira, no dia 23 de agosto, com 76 anos, solteira, de Telhado. Maria da Silva Pinto Ferreira, no dia 26 de agosto, com 85 anos, viúva de António Barroso da Silva Costa, de Telhado. Agência Funerária das Quintães Vale S. Cosme – Tel.: 252 911 290
Arnaldo José Pereira Ribeiro, no dia 24 de agosto, com 53 anos, solteiro, de Vilarinho (Santo Tirso). Ricardo Joaquim Ferreira de Castro, no dia 24 de agosto, com 40 anos, casado com Andreia da Conceição Oliveira Peixoto, de Conde (Guimarães). Adélia Ribeiro da Costa, no dia 25 de agosto, com 92 anos, casada com José Correia Rodrigues Guimarães, de Pevidém (Guimarães). Maria de Lurdes Pereira Alves, no dia 28 de agosto, com 86 anos, viúva de José Luís da Silva Andrade, de Lordelo (Guimarães). Agência Funerária Carneiro & Gomes Oliveira S. Mateus – Telm. 91 755 32 05
opiniãopública: 2 de setembro de 2020
FREGUESIAS
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Certame agradou a compradores e venderes, apesar das regras impostas pela pandemia
A cebola voltou a ser rainha em Gondifelos Cristina Azevedo Apesar da pandemia, a tradição cumpriu-se em Gondifelos E a Feira das Cebolas voltou a atrair, no passado domingo, vendedores e compradores ao Parque de Lazer da freguesia. Com um formato mais reduzido, sem a habitual componente lúdica, e cumprindo as normas de segurança por causa da Covid19, concretamente o uso obrigatório de máscara e a desinfeção das mãos, o certame não deixou de atrair compradores, para satisfação de produtores e vendedores que confessaram à reportagem do OPINIÃO PÚBLICA que as vendas superaram as expetativas. Paula Maria, produtora da Aguçadoura (Póvoa de Varzim), presença habitual na feira há vários anos, ainda ponderou não participar este ano por receio de que as pessoas não “viessem por causa do vírus”. “Mas tradição é tradição e pensei: se não compensar, ao menos vamos marcar presença. E afinal compensou”. A vendedora reconhece que se “trouxesse mais artigo, mais vendia”. Manifestando-se muito satisfeita com a adesão das pessoas e com as vendas. De resto, houve produtores que, logo às primeiras horas da manhã esgotaram o stock, que tiveram depois necessidade de reforçar. Este ano a produção tem estado “fraca”, segundo confidenciaram os agricultores, mas nem
por isso, o preço do quilo subiu. Mantém-se o do ano passado: 70 cêntimos a cebola vermelha e 60 cêntimos a branca. Entre os compradores estavam, naturalmente, pessoas de Gondifelos e freguesias vizinhas, mas houve também quem viesse de mais longe, atraído pela fama que o certame tem na região, não fosse a feira de Gondifelos, uma das mais antigas do género no país. Manuel Fontes, residente da Trofa, foi um desses casos. Cliente habitual, fez questão de marcar presença também este ano, lamentando apenas o facto de “não haver ranchos”. Mas é, sobretudo, pelas cebolas, que vem. “São de boa qualidade e de
Crianças mantêm a tradição Uma das características da feira de Gondifelos é a presença de crianças a encabar as cebolas e este ano não foi exceção. O OP encontrou o Tiago Ferreira, de 10 anos, “a fazer cabos e mouças”, algo que aprendeu com Maria Margarida Meira, habitante da freguesia que faz questão de transmitir este costume antigo às novas gerações. “Gosto muito de fazer isto, é diferente e é uma forma de sair de casa”, acrescenta o jovem Tiago. A seu lado, estava Ana Campos, de 11 anos, orgulhosa por contribuir para que “a tradição não se esqueça”. “Além disso, é divertido, porque estamos todos em conjunto”, completou. Quem passava, não ficava inconfiança”, assegura. que esta tradição parasse, pre- diferente e muito faziam questão Com mais de 100 anos de his- servando esta feira que é tão im- de elogiar as crianças pelo seu tória, a Feira das Cebolas é, atual- portante para toda esta região”. trabalho. mente, organizada pela Junta de Freguesia. O ano passado recebeu alguns milhares de visitantes, fruto da animação associada à Mostra Comunitária, que decorreu em simultâneo. Este ano, a mostra teve que ser cancelada, mas o autarca local, Manuel Novais, estava muito satisfeito com o resultado conseguido. “Conseguimos evitar grande aglomeração de pessoas, porque estas estão sempre a entrar e a sair, num típico movimento de feira”. E concluiu: “Os vendedores estão satisfeitos, porque os clientes apareceram e conseguimos evitar
Estrutura localizada em Vermoim acolhe jovens portadores de deficiência
Utentes do lar da AFPAD infetados com Covid 19 Os 12 utentes do lar residencial “A Minha Casa”, em Vermoim, estão infetados com Covid 19. A estrutura, que acolhe jovens portadores de deficiência ou incapacidade, é propriedade da Associação Famalicense de Prevenção e Apoio à deficiência (AFPAD). O surto foi detetado a semana passada e, ao que o OPINIÃO PÚBLICA conseguiu saber, além dos utentes, também há funcionários infetados, não tendo sido possível apuar quantos ao certo. O caso está a ser acompanhado pelo Município de Famalicão, pelas entidades de saúde e pela Segurança Social. Fonte próxima do processo confirmou ao OP que todos os utentes deram positivo e que, até ao momento, não foi colocada a hipótese de transferência das instalações, uma vez que todos têm o vírus. Na sexta-feira havia alguns utentes hospitalizados mas, segundo a mesma fonte, o seu estado de saúde não inspirava cuidados e a qualquer momento, logo que situação estivesse estabilizada no lar residencial, poderiam ter alta. O primeiro caso de infeção foi detetado na quarta-feira da semana passada,
Sede da AFPAD em Famalicão
dia 25 de agosto, e, depois de realizados os testes, no dia seguinte confirmou-se que todos os 12 utentes estavam infetados. O OPINIÃO PÚBLICA contatou a Câmara de Famalicão, que disse estar a
acompanhar a situação e disponível para ajudar no que for preciso, embora não tenha recebido ainda solicitações nesse sentido. O OP tentou também contatar a direção da AFPAD, sem sucesso até ao fecho
desta edição, sendo que no lar residencial a resposta que obtivemos foi que “ninguém está autorizado a prestar declarações”. De qualquer forma, em nota publicada no Facebook da instituição, a Direção informa que foram “efetuadas as diligências adequadas e tomadas as medidas necessárias, estando a situação a ser acompanhada pelas entidades competentes”. Aproveita ainda para agradecer “a colaboração das colaboradoras e das entidades públicas que estão a acompanhar e em permanente contacto com a Associação”. A AFPAD é uma Instituição Particular de Solidariedade Social, criada em Famalicão, em 1995, para prestar Apoio Técnico Precoce a crianças com necessidades educativas especiais ou em risco grave de atraso no desenvolvimento e suas famílias. O lar residencial “A Minha Casa” abriu portas em 2001, na freguesia de Vermoim, tendo celebrado acordo de cooperação com o agora Centro Distrital de Solidariedade e Segurança Social de Braga.
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DESPORTO
opiniãopública: 2 de setembro de 2020
Ténis: Mafalda Guedes conquista título no nacional de juniores
AFSA abre inscrições para os campeonatos de futsal
A tenista famalicense, Mafalda Guedes, ainda do escalão sub-16, sagrou-se campeã em pares mistos no nacional de juniores (sub-18), que decorreu no passado fim de semana, no Lousada Ténis Atlântico. Em pares mistos, Mafalda Guedes conquistou o título no Campeonato Nacional Individual de Júnior, juntamente com o seu par Tiago Filipe Silva, cuja final de disputou no sábado. Tendo como adversários Inês Oliveira e Salvador Salema, Mafalda Guedes e Tiago Filipe Silva fecharam com os parciais favoráveis de 6-3 e 6-1 revalidando o título de campeões nacionais. Em singulares femininos, Mafalda Guedes foi eliminada nas meias-finais pela atleta do centro de alto rendimento, Maria Inês Fonte, pelos parciais de 6-4. 2-6 e 1-6, que viria a sagrar-se campeã nacional, perdendo apenas um set durante todo o percurso, precisamente contra a Mafalda Guedes. o par do centro de alto rendimento, Maria Inês Fonte Em pares femininos, Mafalda Guedes e Matilde e Matilde Jorge, que viriam a sagrar-se campeãs naMorais perderam nas meias finais por 6-4, 7-5 com cionais.
A Associação de Futebol de Salão Amador de Famalicão (AFSA) abriu as inscrições das equipas para os campeonatos de futsal de seniores e veteranos masculinos, época 2020-2021. A decisão surge depois de divulgadas as orientações para o desporto federado da Direção Geral da Saúde (DGS). A inscrição deve ser feita em formulário próprio, fornecido pela AFSA, até ao próximo dia 19 de setembro. A direção da AFSA apela ainda que as coletividades associadas providenciem no sentido de respeitar e cumprir escrupulosamente as normas emanadas da DGS (Orientação n.º 036/2020 de 28/08/2020) para minimizar o risco de contágio durante a prática da atividade física ou da respetiva competição. Entretanto a associação promete divulgar em breve novidades sobre o arranque dos campeonatos da próxima época.
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Rali do Tâmega: Pedro Almeida soma pontos para o CPR 2RM
Pedro Almeida e Hugo Magalhães concluíram o Rali do Alto Tâmega, que decorreu no passado fim de semana, com a sensação de que o resultado final poderia ter sido melhor. “Ficamos satisfeitos com os pontos amealhados para o Campeonato de Portugal de duas rodas motrizes (CPR 2RM), mas com a sensação de que poderíamos ter chegado ao pódio na Peugeot Rally Cup Ibérica”, começou por dizer o piloto de Famalicão no final da corrida. A dupla conseguiu o 2ºLugar no CPR 2RM e 4ªposição na estreia da Peugeot Rally Cup Ibérica. À geral, terminou o Rali do Alto Tâmega na 11ªposição. Pedro Almeida não entrou bem na manhã do segundo dia de prova e num rali com apenas 6 classificativas, o tempo aí perdido acabou por ser determinante para as contas finais. “Apanhamos um susto na pri-
meira especial da manhã e isso retirou-me toda a confiança para as especiais seguintes, o que num trofeu tão competitivo e onde todos os pilotos dão tudo, acabou por nos penalizar”, explicou. A estreia na Peugeot Rally Cup Ibérica foi outra nota positiva na análise do piloto. “Foi a primeira vez que entramos numa competição deste género, com carros muito iguais e onde não há margem de gestão ou de erro. É uma lição que levamos e os indicadores de tempo da última clasiifcativa do dia, onde tivemos necessidade de atacar para não perder a posição, dão-nos a convicção de que podemos andar mais à frente”. A próxima prova da dupla Almeida/Magalhães é o Rally Princesa das Astúrias, a disputar na região espanhol entre os dias 10 e 12 de Setembro, pontuável para a Peugeot Rally Cup Ibérica.
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opiniãopública: 2 de setembro de 2020
O objetivo da equipa é atingir ou superar a prestação da última temporada
FC Famalicão quer igualar os resultados da época passada
Paulo Couto na primeira jornada da nova época, o técnico da equipa famaO Futebol Clube (FC) de Famalicão license diz que “gostava de ter o parte para a nova temporada com estádio cheio. São jogos que nós o objetivo de fazer pelo menos gostamos e que a cidade gosta”. uma época igual à transata. O trei- Sobre o adversário, “vamo-nos nador, João Pedro Sousa, espera, preparar como para qualquer jogo a jogo, obter resultados idên- outro desafio”, asseverou. ticos aos do ano passado. João pedro Sousa falava no “Nós sabemos que temos de primeiro treino aberto à comunimelhorar. Apesar dos excelentes cação social onde esteve também resultados do ano passado, quer presente Miguel Ribeiro. O diretor ao nível do jogo que ao nível clas- executivo do FC Famalicão SAD sificativo, temos consciência que voltou a acentuar a marca FC Fapodemos e devemos melhorar”, malicão. “Olhamos para o que foi referiu o técnico, acrescentado a época passada e para onde que “é com naturalidade que rece- foram os jogadores e isso atesta bemos novos jogadores [face à uma marca do Famalicão e dasaída de atletas que atingiram de- quilo que pretendemos”, referiu. terminado rendimento] mas E acrescentou: “Queremos que os temos a certeza que são jogado- jogadores cresçam aqui, se torres de qualidade que nos vão aju- nem cada vez melhores e sejam dar a fazer um bom trabalho”. referência. Quem leva jogadores Quanto à receção ao Benfica, do Famalicão sabe que leva qua-
lidade. E esse é um desafio que lançamos desde o primeiro dia ao nosso treinador”. À mesma roda de imprensa foram chamados os jogadores João Neto e Patrick William. O jovem médio, que ascendeu agora à equipa principal, “vai dar o máximo” para conseguir a sua estreia e “dar nas vistas, como aconteceu a época passada com o Pedro ou o Diogo Gonçalves”, referiu. Já o central Patrick William, conhecedor da equipa, espera fazer esta temporada ainda melhor que a época anterior “até porque já há uma boa base e trabalhando bem é possível conseguir algo melhor”. A equipa do Famalicão pode não estar ainda fechada já que a janela do mercado de transferências decorre este ano até ao final do mês de setembro.
FC Famalicão inicia época a defrontar o Benfica O sorteio das jornadas da I Liga de Futebol para a época 2020/21 ditou que o Futebol Clube de Famalicão vai receber o SL Benfica, logo na primeira jornada do campeonato, marcada para 20 de setembro. Ao Estádio Municipal de Famalicão chegam
ainda o Sporting FC na 9ª jornada, a 6 de dezembro, e o FC Porto na 13ª jornada, a 10 de janeiro de 2021. Do calendário, destaque ainda para os dérbis minhotos SC Braga-FC Famalicão, na 6ª jornada, e FC Famalicão-Vitória SC, na 15ª jornada.
Ruivanense vai receber novos equipamentos e bolsa desportiva O Ruivanense Atlético Clube (AC) é um dos três clubes das Associação de Futebol (AF) Braga que vai receber equipamentos novos e uma bolsa de desenvolvimento desportivo, no âmbito do projeto “Futebol Bonito”, promovido pela Beltic. O clube de Ruivães, Famalicão, está entre os 20 vencedores a nível nacional e entre os três vencedores no distrito daquele projeto, pelo que vai receber um conjunto de equipamentos, principal e alternativo, bem como uma bolsa de desenvolvimento despor-
tivo, que ajudará a cobrir as mais variadas despesas do clube. O sorteio decorreu a 25 de agosto, no complexo do Airfut, em Lisboa. Entre julho e agosto o “Futebol Bonito 2020” recebeu 143 candidaturas válidas. A entrega dos equipamentos aos vencedores acontece até 14 de setembro pelo embaixador do projeto, o ex-internacional A, Simão Sabrosa. O projeto, pioneiro no futebol nacional, teve como objetivo aliar a sustentabilidade desportiva,
através do apoio aos clubes amadores, à sustentabilidade ambiental. Nesse sentido, além dos equipamentos e do valor monetário, foi também entregue a cada clube vencedor um saco de lavar a roupa eco-friendly que reduz o derramamento de fibras, protege as roupas e filtra as poucas fibras que podem soltar-se durante a lavagem. Além do Ruivanense AC, os outros dois clubes da AF Braga contemplados foram o Brito Sport Clube e o Futebol Clube de Roriz.
DESPORTO
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Riccieli confiante numa excelente época O central brasileiro Riccieli acredita que o Futebol Clube (FC) Famalicão pode melhorar a classificação que conseguiu em 2019/2020. Riccieli, que foi dos elementos mais utilizados na época passada, elogia os reforços do conjunto famalicense, que perdeu alguns “jogadores importantes, mas também estão a chegar jogadores bons”. Sobre a pré-época, Riccieli diz que “está a ser uma preparação muito boa, todos os dias o mister conversa com a gente que quer coisas melhores para esta época”. O central promete agora “trabalhar duro” na certeza de que “o objetivo é ganhar sempre… fazer bons jogos e fazer uma campanha excelente”. “Quere-
mos mais esta época e vamos trabalhar para isso”, afirma o central, acrescentando que esta á principal mensagem que João pedro Sousa tem passado ao plantel.
Henrique Trevisan e Srdan Babic assinam pelo FC Famalicão
Henrique Trevisan é o mais recente reforço do FC de Famalicão. O defesa central, de 23 anos, que representava o Ponte Preta, vinculou-se ao clube até ao final da temporada e junta-se ao plantel orientado por João Pedro Sousa. O brasileiro estreou-se ao mais alto nível com apenas 19 anos. Henrique Trevisan atuou no Brasileirão com a camisola do Figueirense, clube ao qual esteve ligado até 2018. Nas duas últimas temporadas vestiu as cores do Ponte Preta. “Estou muito empolgado por representar o FC de Famalicão. Espero retribuir a confiança demonstrada pelo clube e encaro este novo desafio com a expectativa de ajudar a equipa a realizar mais uma excelente temporada no campeonato português”, disse o jogador. A SAD do FC de Famalicão chegou, também esta semana, a acordo com o jogador sérvio Srdan Babic. O defesa central, de 24 anos, rubricou um contrato válido até ao tér-
mino da temporada 2020/2021. Srdan Babic surgiu ao mais alto nível com apenas 17 anos, idade com que cumpriu a estreia na Liga Sérvia ao serviço do FK Vojvodina. A qualidade do central teve eco em Espanha, onde viria a representar a Real Sociedad e o CF Reus. O regresso ao país natal deu-se em 2017 e pela porta grande. Srdan Babic foi contratado pelo Estrela Vermelha, clube pelo qual se sagrou tricampeão sérvio e teve a oportunidade de disputar a fase de grupos da Liga dos Campeões e da Liga Europa. O currículo do sérvio foi ainda enriquecido com a conquista do Mundial de sub-20 em 2015, prova na qual se cotou como uma das figuras da seleção dos Balcãs. “Sinto-me muito feliz por este novo desafio na minha carreira. Assim que surgiu a possibilidade de assinar pelo FC Famalicão recolhi muitas informações e todas elas foram muito positivas”, assumiu o defesa central.
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PRAÇA PÚBLICA
opiniãopública: 2 de setembro de 2020
Avante: Não há farsa como esta!!
Bússola José Miguel Silva
No dia 4 de agosto a Entidade das Contas e Financiamentos Políticos (ECFP) apresentou o relatório que fez as contas anuais de 2017 dos partidos políticos. Nele, a ECFP identificou “deficiências” nas contas da Festa do Avante, nomeadamente nos rendimentos com bilhetes e restauração. Esta situação já não é nova, dado que em 2012, o Tribunal Constitucional já sinalizava “situações anómalas” nas contas do partido. Em sua defesa, o partido, reage… à PCP, contraria as críticas e acusa a Entidade da Contas de aplicar a lei vigente, à realidade Festa do “Avante!”, de forma “cega e grosseira”. No entanto, e apesar de tal reação, a ECFP queixa-se que “à semelhança do ano transato, não foi apresentada pelo partido informação adicional que identifique e decomponha cada uma das parcelas dos rendimentos auferidos com a Festa do Avante e dos correspondentes gastos (pagamento de serviços e bens)”, afirma ainda que, “assim sendo, as deficiências documentais identificadas impedem a aferição do respeito pelas exigências contabilísticas”. Resumindo, é permitido ao PCP, não prestar contas a ninguém, nem mesmo quando é confrontado com irregularidades. Privilégio único. Desta vez, e usando como subterfugio a constituição impedir a proibição de atividades polí-
ticas, o PCP quer realizar uma festa. O PCP poderia, em nome da situação epidemiológica atual, rever a sua posição e fazer apenas um comício, ou até uma rentrée diferente, mas não, o PCP não cede a nada nem a ninguém e mantém -se firme na sua ortodoxia estalinista e ditatorial (desculpem a redundância) e realiza o seu ajuntamento. Uma festa que, por razões de saúde, foi negada a tantos portugueses, impedidos de celebrar por exemplo a Páscoa em família, de se reunir em aniversários e datas festivas, limitados nas celebrações religiosas, e sem direito por exemplo a festejar os santos populares, ou de se reunirem em grupo nas praias deste país. As festas populares são também fonte de rendimento para muitas famílias, muitos portugueses viram, de repente, as suas vidas viradas de pernas para o ar. No meio disto tudo, o PCP, avança de forma cega e incúria, subvertendo as regras de um estado de direito à sua vontade. A exemplo da manifestação do 1ª de Maio, quando qualquer cidadão português estava impedido de cruzar municípios, a CGTP, braço armado do PCP, fretava autocarros oriundos de vários pontos do país. Numa altura em que as pessoas mais velhas eram aconselhadas, às vezes até de forma coerciva a ficarem em
Diário famalicense António Cândido Oliveira
Resolvam o problema do Registo Civil! Custa ver a organização e funcionamento da Conservatória do Registo Civil de Vila Nova de Famalicão a começar, desde logo, pelas instalações. Não é que estejam num edifício mal situado ou sem dignidade. A Conservatória ocupa uma parte dos Paços do Concelho que é um edifício nobre. O problema é o resto. Internamente, o espaço é pequeno para albergar os funcionários. Quanto ao público, então, é muito pior. Os cidadãos que precisam de ser atendidos, têm de vir para fora para debaixo de uma arcada, pois lá dentro não têm lugar. E cá fora o espaço é muito desconfortável, constituindo aquilo que vulgarmente se chama um vazadouro de ar, perigoso para a saúde. Salvo alguns dias do ano é um sítio desabrigado, virado a norte, onde as pessoas passam frio e até chuva quando o vento é mais forte. Aquilo não tem condições para funcionar com a dignidade que os cidadãos e os funcionários merecem. A Conservatória já deveria ter saído dali para umas instalações adequadas há muitos anos. Desde logo o prédio é (ou deve ser) do município e aquela é uma repartição do Estado. Por isso o Ministério competente (Justiça) deve arranjar novas instalações. Mas, se a Câmara Municipal não se mexe, se não reivindica aquele espaço e não ajuda a encontrar outro melhor age mal. É que embora a obrigação principal seja do Estado (dos diversos e sucessivos governos) quem sofre aquele mau funcionamento são muitos famalicenses e por eles deve o município pôr-se em campo. Custa a acreditar que não haja na cidade local amplo e adequado para que os funcionários possam trabalhar e os cidadãos poderem ser bem atendidos. E trata-se de um serviço cada vez mais procurado. Passem por lá e apreciem!
Opinião Liberal Carlos Figueiredo
casa, Jerónimo de Sousa passeava-se na Alameda Dom Afonso Henriques, curiosamente no mesmo local onde se encontra a sede da Direção Geral de Saúde. Este é o Portugal do seculo XXI, vergado ao poder dos comunistas. Um país onde ser comunista permite privilégios não permitidos a mais ninguém. Talvez seja altura, antes que seja tarde, de como sociedade, limitarmos estes atos déspotas da extrema-esquerda, senão qualquer dia, por este caminho será a extrema esquerda a limitar-nos a nós. Foi curiosamente, após a realização do 1º de Maio em Lisboa, bem como de outras manifestações realizadas em Lisboa, onde o distanciamento social foi uma miragem, que os números dos infetados nos concelhos da região de Lisboa deu um grande salto, colocando Portugal na lista negra de diversos países, como por exemplo o Reino Unido, importantíssimos para o turismo Português. A realização desta "festa" de alguns, é um sinal errado para fora, poderá colocar Portugal novamente na lista negra, o que a confirmar-se significará a perda de emprego e de esperança de muitos outros, principalmente dos jovens. Da próxima vez que o PCP, falar em Liberdade e na defesa dos trabalhadores, pense nisto.
Liberais e provedores do munícipe No dia 4 de julho de 2020, foi constituído o Núcleo local, da Iniciativa Liberal. Pensamos ter sido um dia muito importante para Famalicão, sobretudo para aqueles que acreditam numa sociedade, mais liberal. Muitos de nós, já tínhamos perdido a esperança, em o País se tornar uma sociedade menos socialista, que o mesmo é dizer, menos dependente do Estado. Há mais de 20 anos, que o País não cresce, atrasando-se relativamente aos países mais ricos, mas sobretudo, crescendo menos que os países que há 20 anos eram muito mais pobres do que nós, Lituânia, Estónia e Republica Checa, por exemplo. A situação é tão preocupante em termos de empobrecimento da sociedade, que daqui a 4 anos seremos ultrapassados por mais 4 países, entre eles a Roménia, e em 2030, só a Bulgária, será mais pobre que Portugal, apesar do “Crescimento superior à média” que nos tem vendido. A nível do país o que é urgente fazer? A nosso ver, aumentar rapidamente a Produtividade! E porque razão temos de criar mais riqueza? - Não é só para não sermos ultrapassados por países como a Hungria ou a Roménia. É porque temos uma dívida astronómica, a 5.ª maior do Mundo, e também porque somos o 6.º País mais Envelhecido do Mundo! Esta situação é insustentável! Temos uma dívida enorme para pagar e temos cada vez menos gente dispo-
Pelos quatro cantos da ca(u)sa
nível para trabalhar e criar riqueza, por via da demografia. E quais foram as respostas dos últimos anos para disfarçar o empobrecimento? Mais Socialismo, tudo depende cada vez mais do Estado; o Estado sufoca cada vez mais os cidadãos e as empresas, com mais impostos; e por fim, até propõem mais nacionalizações. A realidade do país, é que há uma rigidez na despesa do Estado (cortes nos salários e despedimentos estão proibidos, continuam as 35H e outros tantos privilégios); há escola para ricos e para pobres; e os tribunais pura e simplesmente, não funcionam. Chamamos a isto, empobrecer alegremente! Estamos a festejar os 200 anos do Liberalismos em Portugal, passando Portugal de uma Monarquia absoluta para uma Monarquia Liberal, cujos princípios eram igualdade dos cidadãos perante a lei fosse qual fosse a sua origem social, acabando-se desta forma com os privilégios do clero e da nobreza…. Em Famalicão, o concelho é criado em 1835, fruto da Revolução Liberal! Enquanto liberais e defensores da diminuição dos impostos, queremos que seja explicado cada cêntimo que se gasta no concelho! Queremos também confirmar que não há compadrio, nem clientelismo, muito menos corrupção! Concluindo, pretendemos tornarnos, o Provedor do Munícipe!
Prenúncio de crise
Domingos Peixoto
Antes das últimas eleições escrevi que defendia a vitória do PS, mas não era favorável a uma maioria absoluta. A razão era, é, simples: essa maioria no parlamento podia não corresponder à maioria dos portugueses. Pois é, são coisas diferentes! Nessa altura expressei a opinião de que o chamado “bloco central – direita e esquerda moderadas -” PPD/PS, é o que abrange o maior número de portugueses. Isso é verdade, apesar de haver quem diga que dessa maioria o CDS também faz parte. Mas são coisas diferentes. Na verdade, este partido fez parte da área da governação, mas é de direita e não do centro, embora no PPD uma franja significativa também o seja. E disse mais: “…mas para meu gosto preferia uma maioria de esquerda na AR…”. Esta “ladainha” para dizer o quê? Que não sou favorável a que um governo possa tomar quaisquer medidas sem que o parlamento tenha voz ativa! Então um governo de um partido com maioria absoluta não tem de se submeter ao controlo do órgão deliberativo? Tem, nos termos da lei, mas não é a mesma coisa… Um partido do governo (ou da câmara) é “sempre levado” a deixar passar as suas decisões, como se compreende pela “obrigatoriedade” dos seus eleitos seguirem a decisão da direção. Aliás, por que é que “muito boa
gente lutou” contra uma certa aspiração política, num determinado momento da nossa democracia: um governo, uma maioria, um presidente? Nos dias que correm paira a ameaça de uma crise política, na minha opinião absolutamente desnecessária e contraproducente, para Portugal e para os portugueses. Os sinais são contraditórios, nomeadamente porque as sondagens parecem que dão nova vitória ao PS. Então por que será que o senhor Presidente da República abordou, há dias, o tema? E não tinha “melhor resposta” a dar à sua “interpelante” na feira do livro do Porto? E por que se “atirou” à DGS (o mesmo é dizer governo) na questão da festa do Avante? Se tem a opinião, aliás legítima, contrária à realização do evento, não seria mais adequado afirmá-la? Ou está, agora, finalmente (!), a “puxar a brasa” para a sua família partidária, já que a esta não convêm nada eleições neste momento? Ou já tinha “sido informado” pelo Primeiro Ministro que ia “ameaçar” os partidos à esquerda que abria uma crise política caso não aprovassem o OE? O “estado de graça” do governo do PS parece estar a desvanecer-se. A sua base de apoio foi muito abalada pela crise do covid19. Algumas forças partidárias estão agora a aproveitar esta crise para colherem dividendos, pelo menos
como muita gente se pronuncia nas redes sociais, seguindo os populismos da extrema direita. A expectativa de que esses extremistas vão resolver os problemas de Portugal e dos portugueses é errónea. Se é verdade que a extrema esquerda sempre foi ditadura onde exerceu o poder, o mundo, hoje, na minha opinião, não corre riscos desses, pelo contrário, as ameaças de ditaduras à direita são muito reais e os seus povos (estão ou) regressarão à miséria e à subserviência como destino inelutável. Aqueles que acham e manifestam, de várias formas, que sob a gestão do atual governo os pobres (o povo) é que pagam a crise, é porque já não se lembram ou não querem reconhecer, que no governo de Passos e Portas, para além de pagarem a crise financeira ainda viram os seus rendimentos significativamente reduzidos. É estranho que, tendo o governo respondido às solicitações da “economia”, na presunção de que estava a salvar postos de trabalho, agora “pague as favas” precisamente porque a iniciativa privada, enfim o mercado, não resolva os seus problemas sem que seja o Estado a pagar. E mais estranho é que haja pessoas a defender que ainda se “abra mais a economia”, quando o vírus parece atacar ainda mais a cada instante. Há prenúncios de crise, e de morte… da democracia. Lutar é preciso…
Região dos Vinhos Verdes, uma das maiores e mais antigas do mundo A Região dos Vinhos Verdes, ocupando o Noroeste de Portugal, é uma das maiores e mais antigas regiões vitivinícolas do mundo. Movimenta milhares de produtores, e contribui solidamente para o desenvolvimento do Minho e do país. Aqui se produzem os vinhos com denominação de origem Vinho Verde que se afirmam e valorizam como únicos no mundo. Vinho Verde é sinónimo de diversidade, porque o clima e as castas autóctones permitem produzir uma infinidade de vinhos diferentes, de todas as cores e estilos. O resultado: uma ampla variedade de vinhos diferentes, elegantes e gastronómicos, os companheiros perfeitos para uma refeição. Aqui nascem vinhos jovens, leves e frescos, mas também vinhos estruturados, com grande potencial de guarda, aromas e sabores complexos, intensos e minerais. A Região Demarcada dos Vinhos Verdes estende-se pela zona tradicionalmente conhecida como Entre-Douro-e-Minho. Tem como limites a Norte o rio Minho, que estabelece parte da fronteira com a Espanha, a Sul o rio Douro e as serras da Freita, Arada e Montemuro, a Este as serras da Peneda, Gerês, Cabreira e Marão e a Oeste o Oceano Atlântico. Em termos de área geográfica é a maior Região Demarcada Portuguesa, e uma das maiores da Europa. Orograficamente, a região apresenta-se como "um vasto anfiteatro que, da orla marítima, se eleva gradualmente para o interior", expondo toda a área à influência do oceano Atlântico, fenómeno reforçado pela orientação dos vales dos principais rios, que
Frutivinhos espera boas colheitas
correndo de nascente para poente facilitam a penetração dos ventos marítimos. Esta influência atlântica, os solos na sua maioria de origem granítica, o clima ameno e elevada precipitação, traduzem-se na frescura, leveza e elegância dos vinhos desta região. Famalicão integra sub-região do Ave Dentro da Região demarcada de Vinho Verde existem nove sub-regiões, nomeadamente a sub-região do Ave. Esta integra os concelhos de Vila Nova de Famalicão, Fafe, Guimarães, Santo Tirso, Trofa, Póvoa de Lanhoso, Vieira do Minho, Póvoa de Varzim, Vila do Conde e o concelho de Vizela, com exceção das freguesias de Vizela (Santo Adrião) e Barrosas (Santa Eulália). Na sub-região do Ave, a vinha está implantada um pouco por toda a bacia hidrográfica do rio Ave, numa zona de relevo bastante irregular e baixa altitude, pelo que fica mais exposta a ventos marítimos. Assim, o clima caracteriza-se por baixas amplitudes térmicas e índices médios de precipitação. Neste contexto, esta sub-região é sobretudo uma zona de produção de vinhos brancos, com uma frescura viva e notas florais e de fruta citrina. Por toda a sub-região encontram-se as castas Arinto e Loureiro, adequadas a este tipo de clima ameno, devido a maturação média, nem precoce nem tardia. Há ainda a considerar a casta Trajadura que, por amadurecer precocemente, é mais macia, completando na perfeição um lote de vinho com Arinto e Loureiro. Fonte: vinhoverde.pt
Apesar da pandemia e dos prejuízos que trouxe também para os produtores de uvas, a Adega Cooperativa Frutivinhos, de Famalicão, prevê um bom ano em termos de qualidade e quantidade de vinho a produzir no concelho. A Adega Cooperativa registou a entrada de novos associados e assegura que, “como é nosso apanágio esperamos ter qualidade e quantidade na entrega das uvas”. Aliás, a Frutivinhos acredita mesmo que este ano haja um aumento na entrega das uvas, resultado da adesão de novos produtores. No concelho de Famalicão, o destino das uvas que chegam à Cooperativa será a produção de vinho verde e espumantes. A atual direção da Frutivinhos está à frente daquela entidade desde há quatro anos e assegura que a mesma está de boa saúde financeira, “neste momento temos todos os pagamentos aos associados em dia, assim como também aos fornecedores”. Questionada sobre os seus objetivos para os próximos tempos, a direção afirma que irá “continuar a apostar na qualidade dos nossos produtos e na entrada de novos produtores”. A Frutivinhos produz atualmente a marca de vinho D. Sancho I proveniente das vinhas do concelho e é objetivo da atual direção promover esta marca a nível nacional e internacional. A Rússia é um dos países onde chega o vinho D. Sancho I mas a direção avança que a sua prioridade é promover e consolidar, cada vez mais, o vinho a nível local. Por este motivo, este é um produto MADE IN, e a direção da Frutivinhos deixa o apelo aos famalicenses para, sobretudo em tempo de pandemia, consumam cada vez mais produtos locais e nacionais. pub
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Manuel Pinheiro, presidente da Comissão Executiva de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes
“O Vinho Verde é único no mundo e devemos defendê-lo como um património” A Região dos Vinhos Verdes, é uma das maiores e mais antigas regiões vitivinícolas do mundo. Tal como sublinha o presidente da Comissão Executiva de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes, em entrevista ao OPINIÃO ESPECIAL, movimenta milhares de pessoas, numa atividade económica geradora de riqueza e postos de trabalho. Por esta altura começam as vindimas por todo o norte do país, para se chegar ao final com 100 milhões de quilos de uvas, o que significará 70 milhões de litros de vinhos. Para Manuel Pinheiro este deverá ser um ano positivo já que a qualidade das uvas é muito boa.
O que faz do Vinho Verde tão especial e único no mundo? Isso acontece pela combinação de três ou quatro fatores. Por um lado, a influência do mar. Os vales dos rios fazem com que o clima marítimo entre na região. E, ao contrário do Douro que tem um clima mais continental, o Vinho Verde tem um clima muito influenciado pelo mar. Também a influência do solo, que é sobretudo de granito e um bocadinho de xisto. Depois as nossas castas, loureiro, alvarinho, vinhão, azal, trajadura, que há sobretudo aqui e não há na maior parte dos sítios. Finalmente, a forma como fazemos o vinho. Tudo isto faz com que o Vinho Verde seja, de Carla Alexandra Soares facto, diferente dos demais.
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OPINIÃO ESPECIAL: O que é a Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes? Manuel Pinheiro: O vinho verde foi demarcado há 112 anos, data que celebramos no dia 18 de setembro. Quando se demarca uma região é para que os vinhos dessa região sejam garantidos, genuínos, únicos no mundo. Depois de demarcar a região foi necessário criar uma entidade qualquer que certificasse esses vinhos. É isso que nós fazemos. A Comissão dos Vinhos Verdes faz a certificação dos vinhos, que vemos através dum selo que está em cada garrafa. Ao mesmo tempo, fazemos a promoção, ações de formação para os agricultores e uma série de outras atividades. Mas a central é esta: garantir ao cliente que está efetivamente a beber vinho verde, único no mundo. Na verdade, nos últimos anos começou-se a falar cada vez mais dos Vinhos Verdes, através, por exemplo, da publicidade. Este este é certamente um dos vossos desafios? Promover a marca? Exatamente. É uma marca muito importante para a região e para o país. O Vinho Verde vende-se bastante em Portugal, cerca de metade do nosso negócio está no nosso país. Em Portugal os nossos amigos do Alentejo são os líderes do mercado nacional, nós somos o número dois. A outra metade do nosso negócio está em mais de 100 países pelo mundo fora. Portanto, esta promoção é essencial. Para além da promoção, da proteção da marca, existe também um contacto próximo com os produtores? Sim. Temos 15 mil produtores de uvas e cerca de 600 engarrafadores e, naturalmente em articulação com eles, seja em ações de controle de qualidade, seja numa outra série de ações, o objetivo é garantir a genuinidade do vinho. Temos outras ações que fazemos mais em mercados externos que é a defesa das marcas. O Vinho Verde é único no mundo e pertence a Portugal, por isso, devemos defendê-lo como um património.
Existe uma região demarcada de Vinho Verde, mas com nove sub-regiões, nomeadamente a sub-região do Ave, onde se inclui Famalicão. Estas nove sub-regiões tem caraterísticas diferentes? A nossa região é muito grande. Se experimentar dar uma volta de carro entre Melgaço e Vale de Cambra, vão quase duas horas de viagem. E nesses quilómetros também temos vários climas. Uma coisa são os vinhos em Esposende, ali perto do mar e outra coisa são os vinhos em Celorico de Basto, que fica mais no interior. Esta diferença de solos e climas faz com os vinhos sejam ligeiramente diferentes, o que traz diversidade ao vinho verde, o que torna possível harmonizá-lo com a gastronomia. Como descreveria o Vale do Ave, a nível de vinhos? O Vale do Ave é uma região que está em grande mudança, porque tradicionalmente não tinha castas ou vinhas próprias com grande expressão. Agora as vinhas estão-se a renovar, há um novo investimento e estão a aparecer novas marcas e novos vinhos, que são, aliás, premiados, seja aqui em Famalicão, seja nos concelhos em redor. Julgo que não há nenhuma casta específica do Vale do Ave, há um sim, um conjunto de castas que aqui se comportam bem. Recentemente tem-se dado mais destaque, e foi o que aconteceu em Famalicão, ao Enoturismo, com rotas temáticas, visitas a adegas e quintas. O Norte de Portugal proporciona, com a sua beleza natural, passeios e visitas maravilhosas… Precisamente. Estamos a promover, no dia 5 de setembro, um evento que é o Dia de Portas Abertas em que temos uma série de produtores que vão estar abertos de manhã à noite para receber a visita de clientes. Cada vez mais os produtores estão vocacionados para receber clientes e promover atividades. Aqui, na região, temos algo muito interessante e que devemos aproveitar que é o facto de as
opiniãopública: 2 de setembro de 2020 quintas estarem integradas em zonas onde existem bons hotéis, bons restaurantes, museus, ecovias, parques naturais, o que permite que uma família, um grupo de amigos venha para aqui e consiga fazer várias coisas ao mesmo tempo. E isto também acontece em Famalicão. Estamos a poucos dias do início das vindimas. Falemos das expetativas para a colheita de uvas deste ano. A produção vai aumentar ou diminuir? E a qualidade? O ano vinícola tem corrido bem, o que é bom, porque tivemos vários anos difíceis. Este ano tem corrido bastante bem. Ao longo do confinamento os trabalhos de campo continuaram porque a agricultura não pode parar, ao contrário do que muitos pensam. Nas últimas semanas tivemos um par de dias de chuva que nos ajudaram um bocadinho. Estamos convencidos que vamos ter uma colheita próxima da do ano passado, o que andará pelos 70 milhões de litros de vinho. Temos uvas muito boas e agora o que precisamos é que o tempo continue seco e bem-disposto e teremos um mês de setembro muito bom para as vindimas.
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se vendiam na grande distribuição sofreram menos. Vamos ver como vão ser os últimos três meses do ano. Estamos com as vendas um bocadinho abaixo do ano passado, mas a chave deste ano não é uma enorme perda de vendas. É, sobretudo, uma enorme disparidade entre produtores que conseguiram manter o seu negócio, seja nas grandes superfícies ou nalguma exportação e outros que tiveram perdas muito grandes. Em números gerais no branco perdemos cerca de 3%, no rosado aumentamos mais de 10% e no tinto perdemos 3 ou 4%.
São os nortenhos que mais consomem vinho verde? São. Mas um ponto interessante é que as pessoas distinguem bem o que é vinho verde. Dentro do país somos mais fortes no Norte, o que é natural. Precisamos de crescer em Lisboa, no Algarve e no Funchal. Na região devemos ter orgulho no vinho que fazemos. Não estamos a falar só de uma realidade económica, porque daqui a umas semanas vamos ter tratores na rua com uvas e famílias a vindimar. Por isso é também uma realidade social, familiar, histórica. Está na arquitetura, está na forma como o nosso De alguma forma a pandemia de Covid-19 afetou território está organizado e faz parte da nossa a quantidade ou a qualidade do vinho? cultura. Eu julgo que não. Na produção não terá afetado. Desde que o saibamos consumir com moderaOs trabalhos agrícolas continuaram, o número de ção, o Vinho Verde é um parceiro maravilhoso. pessoas que estiveram infetadas foi baixo, portanto a maior parte dos trabalhadores de campo E quanto ao futuro? Quais as expetativas? estava disponível. Claro que afetou o mercado e Esperamos, em primeiro lugar, que a economia que este é um ano difícil para o vinho, como para recupere em Portugal e em todo o mundo e que não haja tentações de fechar as fronteiras ao cotodos os produtos. mércio. O comércio internacional é essencial para É verdade que enquanto as pessoas estiveram nós. Depois esperamos que o Enoturismo cresça. confinadas o consumo de vinho aumentou? Esta integração do turismo no vinho é, para nós, O meu aumentou (risos)… Todos assumem que muito importante e este ano foi de descoberta, foram abrindo as garrafas que estavam guarda- porque muita gente está a descobrir a região, que das e eu também fiz isso. Toda a gente foi à tem muito para oferecer. Por fim, perceber que o vinho é um produto de cultura que tem que ser adega e deu cabo da garrafeira que lá tinha. Os restaurantes sofreram imenso, e com isso, so- consumido com moderação, mas também com freram todos os vinhos, todas as marcas que es- grande orgulho porque faz parte da nossa cultavam na restauração e nos hotéis. Os vinhos que tura.
O Vale do Ave é uma região que está em grande mudança (...). Agora as vinhas estão-se a renovar, há um novo investimento e estão a aparecer novas marcas e novos vinhos, que são, aliás, premiados, seja aqui em Famalicão, seja nos concelhos em redor. pub
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Como servir vinho verde pub
As garrafas de vinho devem ser armazenadas num local escuro com temperatura constante, de preferência entre 12 e 14°C, por exemplo, numa adega. O local de armazenamento também não deve ser muito húmido. As garrafas devem conservar-se deitadas de forma a manter a rolha sempre em contacto com o vinho. A temperatura recomendada para o consumo é: - Vinho Verde Branco 8 a 12 °C; - Vinho Verde Rosado 10 a 12 °C; - Vinho Verde Tinto 12 a 15 °C. - Espumantes de Vinho Verde 6 a 8 °C. Se a garrafa estiver a uma temperatura de 20 °C, serão necessárias cerca de 2 a 3 horas no frigorífico para que o vinho fique à temperatura adequada. Mas tão importante como servir o vinho à temperatura adequada é mantê-lo a essa mesma temperatura, recorrendo por exemplo a um balde com gelo e água ou frapé. Os copos são outro dos elementos-chave do serviço do vinho. O mesmo vinho servido em copos diferentes transmite uma perceção diferente do sabor e aroma. O copo deve ser incolor e não possuir ornamentos, de modo
a permitir a perceção da cor e da limpidez do vinho. Deve ainda ter um pé para se segurar o copo, evitando assim que a mão aqueça o líquido e suje o copo. Os copos do tipo Bordalês são elegantes e adequados para os vinhos brancos, rosés e tintos jovens. O flûte, alto, estreito e elegante é ideal para os espumantes. Quem abre a garrafa deverá servir-se primeiro, no sentido de verificar o estado do vinho e, sobretudo, para ficar no seu copo os eventuais resíduos de rolha. Os copos não devem ser cheios (meio copo é suficiente), a fim de se poder agitar o vinho, com um movimento giratório, e apreciar os seus aromas. É difícil apreciar um bom vinho seco, se antes tiver bebido um vinho doce, pelo que a ordem usual de serviço é o seco antes do doce, o novo antes do velho (em alguns casos, pode interessar inverter esta ordem), o branco antes do rosado e este antes do tinto. Quando o conteúdo da garrafa não é todo consumido, esta pode ser guardada, em geral, durante um ou dois dias no frigorífico. A garrafa deve ser fechada, de preferência, com um sistema de vácuo para preservar as características do vinho.
Vindimas em segurança Entramos no mês de setembro, altura em que começam as vindimas. Este ano, derivado à Covid-19, foi lançado um guia de recomendações para os produtores e trabalhadores das vinhas. O guia foi lançado pela Associação Nacional das Denominações de Origem Vitivinícolas, ANDOVI, um trabalho que foi traduzido e adaptado da região de Champanhe, em França. Com este guia, a Associação pretende contribuir para uma vindima mais segura para todos os intervenientes, protegendo a saúde individual e as melhores condições de trabalho durante a vindima que se vai iniciar. No contexto da crise epidémica da Covid-19, a ANDOVI julga conveniente apresentar medidas específicas que podem ser implementadas e que vão ao encontro das recomendações da DGS. Favorecer o uso individual de ferramentas como tesouras, cestos e veículos é um dos conselhos dados neste guia, sem esquecer as recomendações gerais como uso de máscara, quando não for possível respeitar a distância de segurança, lavagem de mãos, desinfeção de materiais e a etiqueta respiratória.
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Famalicão aposta no Enoturismo Com o intuito de aproveitar a força industrial do concelho e abrir portas aos novos segmentos do turismo, a Câmara Municipal lançou, no final do ano passado, uma nova rota turística. A rota é constituída por três museus, quatro adegas, duas empresas têxteis, uma fábrica de chocolate e o Centro de Investigação e Desenvolvimento da Industria Têxtil e Vestuário, Citeve. O objetivo é promover e valorizar a dinâmica industrial do concelho e desenvolver experiências únicas. No que diz respeito ao Enoturismo, que promove o método de produção de “Verdes de Eleição”, e convida a conhecer as caraterísticas da região, as suas castas, o processo de produção, a degustação dos seus vinhos, em Famalicão há quatro espaços que se podem visitar:
situada em Cavalões, nasceu da paixão da família em criar vinhos únicos, singulares, e com diferenciação no mercado. Para além de uma empresa produtora de vinhos, é um espaço que proporciona inúmeras experiências. Adega Casa da Torre - O projeto vitivinícola da Casa da Torre começou em 1977 com a compra da propriedade por Manuel de Sousa Lopes, um industrial de botões do Norte de Portugal. No início dos anos 80 iniciou-se a plantação de 5 hectares de vinha, bem como o restauro da adega existente, sendo batizada como “Adega Casa da Torre”. Fica situada na freguesia do Louro.
Casa de Compostela – situada em Requião, a Casa Agrícola de Compostela, com 40 hectares de vinha, nasceu nos anos 60 pela mão do Comendador Manuel Gonçalves, obreiro da estrutura que ainda prevalece.
Casal de Ventozela – Em Mogege fica a Casal de Ventozela, umaa empresa familiar que se dedica à produção de Vinhos Verdes desde 1983. A sua missão é clara: revelar o melhor do terroir da região dos Vinhos Verdes através da produção de vinhos de castas tradicionais e com grande foco para os vinhos monovarietais.
Castro – Vinhos de Portugal - A Castro,
Fonte: Câmara Municipal
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