Opinião Pública edição nº 1483

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Ano 29 | Nº 1483| De 28 de outubro a 3 novembro de 2020| Diretor: João Fernandes | Gratuito | www.opiniaopublica.pt

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Obras no centro urbano

Corte de árvores gera protestos, Câmara promete duplicar área arbórea p. 4

Pandemia de Covid 19 coloca pressão sobre o hospital

FAMALICÃO BATE RECORDE EM NOVOS CASOS E INTERNAMENTOS O CHMA, que abrange os Hospitais de Famalicão e Santo Tirso, tinha, na passada se- da pandemia. Dados revelados pelo Ministério da Saúde, num dia em que Famalicão gunda-feira, 53 doentes internados com Covid 19, o número mais elevado desde o início também bateu novo recorde de novos infetados: 174 na última semana. p. 3

Segurança Famalicão vai reforçar Polícia Municipal com 10 novos agentes

Gonçalves Oliveira fala ao OP sobre a aposentação e projetos futuros

“Os famalicenses podem confiar no Serviço de Pediatria do Hospital”

p. 3

Vermoim Nova sede da Junta já tem projeto e deverá ficar concluída em 2021 p. 9

p. 5

Empresas Nova incubadora estimula a sustentabilidade

FC Famalicão empata ao cair do pano

Câmara lança concurso para pista de atletismo

p. 6

Hóquei: FAC foi mais forte no dérbi concelhio pub


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CIDADE

opiniãopública: 28 de outubro de 2020

BV Famalicão recolhem bens para distribuir por famílias carenciadas no Natal

Memorando de entendimento foi firmado a semana passada

Famalicão e Fort Collins reforçam relação de cooperação

A primeira campanha decorreu no Auchan de Famalicão A sessão decorreu online

Os Bombeiros Voluntários (BV) de Famalicão já arrancaram com a campanha de recolha de alimentos para os cabazes de Natal. Esta é uma iniciativa que aquela associação humanitária tem vindo a promover nos últimos anos, sendo que os cabazes serão distribuídos, a 19 de dezembro, por famílias carenciadas do concelho com a ajuda das juntas de freguesia. Os bens podem ser entregues diariamente no quartel da corporação, mas também vão decorrer campanhas de recolha em super e hipermercados do concelho, como foi o caso do Auchan no passado fim de semana. As próximas campanhas vão decorrer no Bandeirinha a 31 outubro; Intermarché/ Minipreço e 7 e 8 novembro; Bolama/ Henrique (Joane) a 14 e 15 novembro; Pingo Doce I e II (Famalicão) a 21 e 22 novembro; e Belita (Lagoa e Delães) a 28 e 29 novembro.

Oficina conquista 2º lugar no concurso “Cantas-me Histórias”

O Município de Famalicão e a cidade norte-americana de Fort Collins formalizaram, na passada quinta-feira, a relação de parceria que têm vindo a desenvolver desde 2018 no âmbito do Programa Internacional de Cooperação Urbana (IUC). “Estamos muito contentes com a cooperação que temos tido nos últimos dois anos, mas ainda mais entusiasmados com as relações que vamos estabelecer no futuro”, disse o city manager de Fort Collins, Darin Atteberry, na assinatura do memorando de entendimento entre as duas cidades. A sessão, que decorreu online e pôde ser acompanhada nas redes sociais do Município, con-

tou com a participação de altos responsáveis de várias cidades parceiras do município famalicense, tais como Gary Miller, vice mayor de Liverpool, e Carlos Calvelo, alcaide de Arteixo. Apesar da distância, o presidente da autarquia famalicense não tem dúvidas de que Famalicão e Fort Collins estão mais próximas do que nunca pela sua estratégia e visão de futuro. Paulo Cunha apontou as políticas de Fort Collins para a mobilidade como uma “inspiração” para Famalicão, que neste momento tem no terreno um conjunto de intervenções nesta área, como é o caso da requalificação do centro urbano e da construção da Rede Urbana Pedonal e Ciclável.

Com a assinatura deste memorando de entendimento, as duas cidades comprometem-se a manter o diálogo sobre os temas de cooperação nos domínios da mobilidade de baixo carbono, participação social e economia circular, bem como a partilhar conhecimento e a identificar oportunidades de financiamento externo para a cooperação em áreas de mútuo interesse. Recorde-se ainda que também Fort Collins já se inspirou nas boas práticas promovidas pelo município famalicense. A cidade do Colorado inspirou-se no “sofá amarelo” para mobilizar a sua comunidade e envolvê-la no debate do Plano para as Alterações Climáticas.

Agrupamento de Escolas D. Sancho celebrou o “Erasmus Days”

Com o vídeo “Pessoa Viver”, os alunos do 3.º ano do curso Técnico de Desenho Digital 3D da Oficina - Escola Profissional do INA alcançaram o 2º lugar no concurso “Cantas-me Histórias”, promovido pela associação social e humanitária Ajudaris. Desenvolvido no contexto da disciplina de Português, o projeto teve a orientação da professora Daniela Silva e pretendeu não só desenvolver as competências pessoais dos alunos no âmbito da língua portuguesa, mas também transmitir uma mensagem de regeneração pessoal. Interpretado pelo aluno Fábio Sousa e Afonso Carneiro, a produção do vídeo contou ainda com os professores Henrique Silva, Joel Fonseca, Sandra Campos e Paula Martins.

FICHA TÉCNICA

CONSELHO EDITORIAL: Alexandrino Cosme, António Cândido Oliveira, António Jorge Pinto Couto, Artur Sá da Costa, Cristina Azevedo, Feliz Manuel Pereira, João Fernandes, Manuel Afonso e Almeida Pinto. ESTATUTO EDITORIAL: disponível em www.opiniaopublica.pt

DIRETOR: João Fernandes (CIEJ TE-95) jfernandes@opiniaopublica.pt

CHEFE DE REDACÇÃO: Cristina Azevedo (CPJ 5611) cristina@opiniaopublica.pt

REDACÇÃO: informacao@opiniaopublica.pt Carla Alexandra Soares (CICR-248), Cristina Azevedo (CPJ 5611).

DESPORTO: Jorge Humberto, José Clemente (CNID 297) e Pedro Silva (CICR-220).

O Agrupamento de Escolas D. Sancho I assinalou, nos dias 15, 16 e 17 deste mês, o “Erasmus Days”, à semelhança do que aconteceu por toda a Europa, com um conjunto de ações que envolveram t a comunidade educativa. A iniciativa destinou-se a promover o Programa Erasmus+ e a dar visibilidade às atividades organizadas pelos beneficiários destes projetos. O programa celebrativo incluiu a publicação, no site do Agrupamento e nas redes sociais, de testemunhos e experiências de alunos, encarregados de educação e professores que participaram nas mobilidades dos diferentes projetos em que a escola está envolvida. Nas salas de aula, de forma virtual e numa verdadeira dinâmica à escala europeia, foram estabelecidos contactos com escolas parceiras de outros países, num espírito de partilha de experiências. Todos os momentos foram captados num vídeo promocional que o Agrupamento continua a transmitir nos seus canais de comunicação. Para o coordenador dos Projetos Europeus, Artur

GRAFISMO: Carla Alexandra Soares e Pedro Silva.

OPINIÃO: Adelino Mota, Barbosa da Silva, Domingos Peixoto, Gouveia Ferreira, J. Mário Teixeira, José Luís Araújo, Sílvio Sousa, Vítor Pereira. GERÊNCIA: João Fernandes

CAPITAL SOCIAL: 350.000,00 Euros.

DETENTORES DE MAIS DE 5% DO CAPITAL António Jorge Pinto Couto

TÉCNICOS DE VENDAS: comercial@opiniaopublica.pt Maria Fernanda Costa e Sónia Alexandra

PROPRIEDADE E EDITOR: EDITAVE Multimédia, Lda. NIPC 502 575 387

Passos, tratou-se de uma “verdadeira campanha de sensibilização e disseminação do que melhor o Agrupamento faz neste âmbito, quer nos Erasmus escolares como nos estágios profissionais, o que permitiu divulgar o grande impacto e as melhorias que estes projetos têm vindo a gerar nos alunos e respetivas famílias, tanto na nossa escola como nas escolas parceiras”.

SEDE, REDACÇÃO E PUBLICIDADE: Rua 8 de Dezembro, 214 Antas S. Tiago - 4760-016 VN de Famalicão

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opiniãopública: 28 de outubro de 2020

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É o maior número até à data, embora capacidade ainda não esteja esgotada

CHMA tem 53 doentes internados com Covid 19 Cristina Azevedo a restante atividade hospitalar”. Segundo responsável, essa capaO Centro Hospitalar do Médio Ave cidade poderá ir até 75 ou 80 (CHMA), que abrange os Hospi- camas. António Barbosa não deixa, tais de Famalicão e Santo Tirso, tinha, na passada segunda-feira, contudo, de reconhecer que a si53 doentes internados com Covid tuação é preocupante, sobre19, o número mais elevado desde tudo, porque os internamentos o início da pandemia. O número por Covid 19 estão a acontecer “a foi revelado pelo Ministério da um ritmo mais elevado do que Saúde, num dia em que Famali- inicialmente expectável”. De cão também bateu novo recorde resto, esse crescimento acelede infetados na última semana: rado é percetível se compararmos entre 19 e 25 de outubro, o con- o número atual de doentes com o celho registou 174 novos casos. registado no pico da primeira Na segunda-feira, a ministra vaga da pandemia. Nessa altura, da Saúde, Marta Temido, divul- o máximo que o CHMA registou gou a situação dos internamen- foram 43 doentes internados em tos por Covid 19, nos hospitais do simultâneo. No início desta seServiço Nacional de Saúde. O mana, já registava 53. CHMA tinha em agosto uma capaEntretanto, antecipando já a cidade total de 195 camas em en- continuidade do aumento dos infermaria médico-cirúrgica e 53 ternamentos – Marta Temido recamas alocadas para enfermaria feriu na passada segunda-feira, Covid 19, que foram ocupadas na que poderão chagar aos três mil totalidade na passada segunda- em todo o país a 4 de novembro feira, com 53 doentes infetados –, o Centro Hospitalar já tomou outras medidas para responder a com o novo coronavírus. Isso não quer dizer que o Cen- esse previsível crescimento, tro Hospitalar tenha esgotado a como a suspensão de férias dos sua capacidade de internamento profissionais de saúde. Covid. Em declarações ao OPISegunda urgência NIÃO PÚBLICA, o presidente do em preparação Conselho de Administração do Tal como aconteceu na priCHMA, António Barbosa, referiu que a capacidade para doentes meira fase da pandemia, o CHMA Covid “tem vindo a ser sucessiva- está igualmente a preparar a enmente alargada”, nas últimas se- trada em funcionamento de uma manas, à medida das segunda urgência hospitalar, por necessidades, havendo ainda ca- forma a separar os utentes que pacidade para “alocar mais algu- ocorram a este serviço com sintomas camas, sem perturbar muito mas suspeitos de Covid dos res-

O número de internamentos tem crescido mais rápido do que o previsto

tantes. A nova estrutura está neste momento a ser montada e equipada, numa zona exterior do Hospital de Famalicão, em parceria com a Câmara de Municipal. Não há ainda uma data concreta para a sua abertura, prevendo-se que possa acontecer na segunda semana de novembro. Refira-se que, com os 174

novos casos de Covid 19 registados na última semana, Famalicão regista, desde o início da pandemia um total de 1195 infetados, mantendo-se o terceiro concelho do distrito com mais casos registados. A nível distrital, realce também para o crescimento acelerado no número de casos em Guimarães, que já ultrapassou o

Famalicão reforça Polícia Municipal com 10 novos agentes A Câmara de Famalicão aprovou, a semana passada, o recrutamento de 10 novos agentes para a Polícia Municipal. A autarquia já tinha aprovado um procedimento para a contratação de cinco agentes, mas decidiu duplicar esse número, face àquilo que o presidente Paulo Cunha classificou de “desinvestimento nacional nas forças de segurança”. No final da reunião do executivo, em declarações aos jornalistas, o edil famalicense disse que “há cada vez menos agentes da PSP e da GNR a patrulhar o território” e que isso o deixa “muito preocupado”. Recentemente, Paulo Cunha reuniu com o secretário de Estado da tutela e ficou a saber que “não está previsto reforço de efetivos para a PSP e GNR” e também “não há formações em curso, o que pressupõe que não cedo não teremos novos agentes a entrar nas forças de segurança, pelo menos, para fazer face àqueles que vão saindo, por exemplo, por aposentação”, referiu. Sublinhando que a Polícia Municipal não se pode substituir à PSP e à GNR, o

autarca refere que com esta medida espera “mitigar, dentro do possível, a falta de forças policiais na rua de forma permanente e rotineira”. Refira-se que a Polícia Municipal iniciou funções em fevereiro de 2004. Atual-

mente este corpo de segurança conta com um comandante, 19 agentes, um funcionário administrativo e um técnico superior, encontrando-se em fase de recrutamento esta entrada dos dez novos agentes.

concelho de Braga no número total de infeções. Guimarães regista agora um total de 2.168 casos, sendo o concelho do distrito com maior número desde o início da pandemia. Braga, que até aqui registava o número mais elevado, tem agora um total de 2.049 pessoas que foram infetadas com o SARSCov2.

PS Famalicão debate poder local e a descentralização O Partido Socialista (PS) de Famalicão vai promover um ciclo de conferências subordinado a temas da ação política. A primeira conferência realizar-se-á no próximo dia 6 de novembro, pelas 21 horas, no auditório da Escola Secundária de Camilo Castelo Branco, e será subordinada ao tema “O poder local e os desafios da descentralização”. Susana Amador, deputada à Assembleia da República, ex-secretária de Estado da Educação e ex-presidente da Câmara de Odivelas, é a oradora convidada. A conferência terá lotação limitada de acordo com a imposição sanitária à data de realização e será transmitida em direto nos canais digitais. Com estas conferências, o PS pretende fomentar o debate “centrado na consolidação de conhecimentos e no alargamento de competências para o exercício de uma política ativa, nomeadamente, ao nível do poder local”, afirma a Concelhia, em nota à imprensa.


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CIDADE

opiniãopública: 28 de outubro de 2020

IL critica falta de um parque subterrâneo nas obras da cidade

Ação inseriu-se nas obras de reabilitação da cidade

Derrube de árvores gera protestos, mas Câmara promete duplicar área arbórea Cristina Azevedo

A Iniciativa Liberal (IL) de Famalicão defende que as obras que estão previstas para o centro da cidade, no valor de vários milhões de euros, esqueceram a construção de um parque subterrâneo para o local onde continuará a existir estacionamento à superfície. “É do conhecimento geral, que o estacionamento de viaturas no centro da cidade é um problema que poderia muito bem ser resolvido, com um parque subterrâneo, com maior capacidade de parqueamento”, diz o partido em comunicado à imprensa. A IL considera, assim, que “uma intervenção que poderia transformar a Praça D. Maria II num local fantástico para o lazer, deixando toda a superfície livre para as pessoas, não irá acontecer, porque continuará a existir um parque de estacionamento, tal como acontecia até aqui”. Os liberais famalicenses entendem também que um parque subterrâneo, com maior capacidade de aparcamento, “favorecia o comércio local, já que atrairia mais gente para o centro da cidade”. Por isso, concluem que a intervenção que está a ser levada a cabo pela Câmara Municipal no centro da cidade “acaba por ser uma oportunidade perdida” e “ma obra incompleta, realizada à pressa, para mostrar aos famalicenses, antes das eleições autárquicas do próximo ano”.

PSD debate “Justiça social, práticas e políticas”

Esta quarta-feira, dia 28, realiza-se a última sessão de outubro do “Quartas na Sede”, o ciclo de tertúlias temáticas semanais promovidas pelo PSD de Famalicão. O tema que encerra este mês é "Justiça social, práticas e políticas”, numa conversa que contará com a intervenção da socióloga, investigadora e deputada do PSD à Assembleia Municipal Famalicão, Paula Peixoto Dourado. A iniciativa é aberta à participação de todos e vai decorrer exclusivamente online, através da plataforma Zoom, a partir das 21h30. Os interessados devem inscrever-se através de mensagem privada enviada para o Facebook do PSD de Famalicão, onde será transmitida a conferência. Paula Peixoto Dourado é doutorada em Sociologia pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto e desenvolve atividade profissional no domínio da análise das políticas públicas, e da conceção e implementação de projetos de desenvolvimento urbano, de internacionalização e de cooperação.

O derrube de várias árvores no antigo campo da feira e no parque D. Maria II, no âmbito das obras de reabilitação do centro urbano de Famalicão, provocou uma onda de protestos nas redes sociais e também do núcleo do PAN – Pessoas, Animais Natureza, que veio a público condenar aquele ato. Também no sábado à noite um grupo de jovens realizou uma vigília de luto pelas árvores abatidas, junto à Praça D. Maria II. Entretanto, a Câmara de Famalicão veio esclarecer que, depois de concluídas as obras de requalificação em curso, o centro da cidade vai ter perto de 300 novas árvores, que se vão juntar às 116 que permanecerão. “Apenas duas dezenas das árvores existentes serão abatidas pelo seu estado de conservação, enquanto que outras 67 serão transplantadas”, acrescenta. A autarquia refere ainda que “será um centro com uma mancha arbórea muito superior à existente, a que se juntará os vários ajardinamentos que se vão espalhar pelos 3000m2 de área de intervenção e que vai incluir ainda a recuperação da margem ribeirinha do Rio Pelhe, junto à antiga Ponte Românica, no extremo nascente Praça Mouzinho do Albuquerque”. A Câmara Municipal lembra ainda que o plano das obras agora em curso esteve “pormenorizadamente disponível para análise pública, durante o período de consulta pública, tanto nas sessões de esclarecimento organizadas, como através da publicação de todos os documentos ao longo do processo no portal do município”. Mesmo assim, as vozes de descontentamento não se fizeram esperar, com a PAN à cabeça. “Apesar do PAN não ter representação na Assembleia Municipal, isso não nos inibe de solicitar esclarecimentos ao executivo municipal sempre que assim consideramos necessário. Relativamente a esta matéria, já o fizemos em setembro do último ano e na altura as palavras foram as que politicamente ficam bem dizer, mas a realidade está à vista”, referiu a dirigente do PAN, Sandra Pimenta. O partido lamenta ainda que “estes abates de árvores adultas e saudáveis se estejam a tornar

As árvores foram derrubadas no antigo campo da feira e na Praça D. Maria II

Autarquia diz que a cidade ficará com mais 300 novas árvores

cada vez mais recorrentes”, nomeadamente “para dar lugar a cimento e a outras árvores que não cumprem as funções das anteriores”. Já os jovens que promoveram a vigília de sábado referiram, no Facebook do evento, que "o Município de Famalicão cometeu um ato intolerável no que diz respeito à requalificação do Parque D. Maria II", pois "o primeiro passo para essa mesma requalificação foi o abate de diversas árvores que nenhuma problemática causaria à sociedade”. A Câmara Municipal, por seu turno, assegura que a questão ambiental esteve sempre presente na conceção do projeto. “A redução da poluição atmosférica,

o aumento da área arbórea, o aumento da permeabilidade do solo e o controlo da biodiversidade como fator de resiliência e de valorização ambiental, são objetivos que estiveram na base de conceção do projeto”, pode ler-se no comunicado da autarquia. Refira-se que as obra em curso implicam um dos maiores investimentos públicos na requalificação no centro da cidade e, segundo a autarquia, “os efeitos esperados são a melhoria da qualidade de vida das populações residentes, uma maior atratividade da cidade, reforço da rede pedonal e ciclável, melhoria ambiental e qualificação dos espaços de utilização pública”.


opiniãopública: 28 de outubro de 2020

CIDADE

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Pediatra Gonçalves Oliveira fala ao OP, numa altura em que se aposenta do SNS

“O Serviço de Pediatria é de excelência e vai continuar a ser” Sim, porque ainda há muitos casos de pobreza, nas suas diversas vertentes, não só económica. Ainda na maternidade, sempre que há um caso desses, os pais e a criança são encaminhados para essa consulta.

Cristina Azevedo O médico-pediatra José Manuel Gonçalves Oliveira, que durante os últimos 18 anos dirigiu o Serviço de Pediatria da Unidade de Famalicão do Centro Hospitalar do Médio Ave (CHMA), acaba de se aposentar. Em entrevista ao OPINIÃO PÚBLICA, o clínico fala do seu percurso na unidade hospitalar, na pediatria social, da política, dos livros e dos projetos que quer ainda desenvolver.

Recentemente, lançou um livro de poesia para crianças, intitulado “Lições Rimadas”. É algo a que quer dar continuidade? Esse meu livro foi uma agradável surpresa. São 12 fábulas em verso, cada uma com uma lição para as crianças, e foi muito bem aceite. Neste momento, tenho já um projeto na cabeça e faço intenção de continuar a escrever para crianças.

Acabou de se aposentar da função pública e de deixar o cargo de diretor de Pediatria do CHMA. Mas vai continuar ligado ao hospital? Sim. Fui convidado pelo Conselho doe Administração e pela direção clínica a manter a minha ligação ao hospital, através da Comissão de Ética, de que sou presidente, e faço-o com todo o gosto. Quando me aposentei, a 9 de outubro, enviei mensagens a todos os meus colegas, enfermeiros, todo o pessoal do hospital, a dizer isso mesmo: que estou disponível para continuar a colaborar numa casa onde estive 38 anos, cinco meses e sete dias. Deixou um Serviço de Pediatria muito diferente daquele que encontrou? Sim. Quando cheguei a Famalicão o Serviço estava no início, fui a terceira pessoa a entrar, como interno da especialidade. A partir daí, com a chegada de novos internos e especialistas, fomos construindo o Serviço, que deu um passo importante aquando da inauguração da nova Urgência Médico-Cirúrgica, porque permitiu-nos ter idoneidade formativa. Foi um passo de gigante para a afirmação do serviço a nível local, regional e nacional. Agora, com a abertura da Clínica da Mulher e da Criança, o Serviço ganhou ainda melhores condições? Não só o Serviço de Pediatria, como também a Obstetrícia e Ginecologia. É um espaço moderno, com outra capacidade, com mais consultórios e onde as pessoas podem aceder sem entrar no hospital. É uma mais-valia para a área materno-infantil.

De resto, não foi a primeira vez que publicou obras… Sim, há uns anos publiquei um pequeno livro de poesia, com a cancela da Quasi edições, uma editora de Famalicão que, entretanto, fechou. Depois, surgiu a possibilidade de ir publicando as crónicas que fui fazendo no Diário do Minho. E como sou um apaixonado pela escrita e como agora tenho mais tempo livre, vou começar a fazer uma recolha do que fui escrevendo em termos de prosa e de poesia, para lhes dar corpo.

“Recordo-me de uma mãe me levou um filho com asma moderada a grave e que vivia num casebre com chão em terra”

E um livro de memórias, está previsto? Para já, não. Apesar de reconhecer que tive sempre uma vida muito preenchida.

Mesmo na política… é militante do CDS/PP e foi deputado na Assembleia Municipal de Braga… todas essas dificuldades. me. Isto, para dizer que muitas vezes é pre- Ainda hoje tenho um cargo no partido e ciso ir além do consultório. sempre gostei da intervenção política e soOs famalicenses podem confiar no Serviço cial, porque entendo a política como uma de Pediatria do seu hospital? E ainda há muita gente a recorrer a essa coisa nobre. Infelizmente, não é isso que Completamente. É um serviço de excelên- consulta? vemos muitas vezes… cia e vai continuar a ser. Tenho confiança plena em todos os meus antigos colaboradores e nos novos internos de formação, que curiosamente são todas mulheres, à semelhança do que se passa noutras áreas.

Homenageado por colegas na Casa das Artes

E ao nível dos recursos humanos. Sabemos que há especialidades que carecem de profissionais, a pediatria é uma delas? A Pediatria não está mal, mas num serviço tem que haver renovação geracional. Neste momento, o Serviço tem já uma dimensão razoável, com várias valências na sua estrutura, como Perinatologia (onde temos idoneidade formativa), Medicina do Adolescente ou Imunoalergologia. Mas as pessoas envelhecem, deixam de poder fazer certos trabalhos, como a urgência, e, de facto, há necessidade de renovação.

Presta assistência, em regime de voluntariado, às crianças do Centro Social Padre David de Ruílhe e criou uma consulta gratuita no hospital para crianças desfavorecidas e de etnia cigana. O que o motivou ao longo de todos estes anos para exercer esta cidadania altruísta? Quando passei pelo Hospital Maria Pia, ainda como interno, conheci um saudoso colega, o dr. Carlos Siderais, que me falou da pediatria social e eu fiquei com aquilo na mente. Mais tarde, como especialista, surgiu a oportunidade de criar essa consulta de pediatria social, que é uma consulta muito especial porque exige uma ligação muito grande à sociedade, às instituições, à Câmara Municipal, para conseguir dar resposta.

Como foi gerir o Serviço nestes meses de pandemia? Não foi fácil, porque havia muito pouco conhecimento sobre este vírus e, como tal, as medidas foram sendo tomadas em cima da hora. A grande dificuldade, muitas das vezes, era coadunar as medidas que iam saindo com a nossa realidade. Mas com a equipa que tinha conseguimos resolver as situações, porque é uma equipa onde os laços de afetividade estão bem vivos e onde o esforço e o voluntarismo superam

Como assim? Recordo-me, por exemplo, de uma situação já vivida há muito anos, em que uma mãe me levou um filho com asma moderada a grave e que vivia num casebre com chão em terra, sem o mínimo de condições de habitabilidade. A viver naquelas condições, não havia tratamento que se pudesse fazer com sucesso. Liguei para o serviço social da Câmara e eles conseguiram arranjar uma habitação. Passado uns tempos, a mulher entrou no meu consultório e abraçou-

José Manuel Gonçalves Oliveira dirigiu, durante os últimos 18 anos o Serviço de Pediatria da unidade de Famalicão do Centro Hospitalar do Médio Ave (CHMA). A altura em que se aposenta e deixa este serviço, o médico-pediatra foi alvo de uma homenagem promovida pelos seus colegas, na Casa das Artes, na quarta-feira da semana passada, que contou também com a presença do presidente da Câmara de Famalicão. “Ainda estou muito sensibilizado com essa homenagem. Estou de coração cheio e estou convicto que o Serviço de Pediatria está para continuar com toda a força e com todas as características que lá deixei”, referiu o médico. Gonçalves Oliveira nasceu há 70 anos em Guimarães, reside em Braga e

exerce a sua atividade profissional em Famalicão, onde além do trabalho no hospital, tem também consultório médico. “Costumo dizer que sou vimaranense de raiz, bracarense de coração e famalicense por adoção”, afirma.

Em 2017 foi condecorado com a Comenda de Benemerência pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. Antes, em 2011, já tinha recebido a Medalha de Benemerência Municipal da Câmara de Famalicão.


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CIDADE

opiniãopública: 28 de outubro de 2020

Obra alerta para a importância das energias renováveis

Mário Passos e Joaquim Carneiro lançam livro sobre Sistemas Fotovoltaicos Cristina Azevedo As energias renováveis são de importância vital para o país e este livro pretende ser um contributo para essa sensibilização. Foi desta forma que Mário Passos e Joaquim Carneiro resumiram a obra sobre sistemas fotovoltaicos que acabam de publicar e que foi apresentada na Casa das Artes de Famalicão, na passada sexta-feira. O livro, intitulado “Sistemas Fotovoltaicos – Fundamentos sobre Dimensionamento”, começou a ser pensado há quatro anos pelos dois autores: Mário Passos, vereador na Câmara de Famalicão, licenciado em Física e Química, e Joaquim Carneiro investigador da Universidade do Minho, doutorado em Engenharia Mecânica. “Eu e o professor Joaquim Carneiro, como amigos e colegas de curso, sempre debatemos a questão da energia em Portugal e o quanto seria importante alterar o paradigma do mixe energético em Portugal”, começou por contar Mário Passos ao OPINIÃO PÚBLICA, acrescentando que foi dessas conversas, e de outras com outros intervenientes, que “começou a germinar a ideia de se escrever um livro que contribuísse para a mudança desse paradigma”. A obra, além de versar aspetos de ín-

A obra foi apresentada na Casa das Artes

dole geral sobre Sistemas Fotovoltaicos (SFV), contém informação sobre materiais semicondutores e as suas propriedades optoelectrónicas apresentam, com detalhe, metodologias de cálculo adstritas ao di-

mensionamento de SFV autónomos, SFV ligados à rede e SFV para bombagem de água, através da resolução numérica de casos de estudo específicos. “Queríamos um livro de espectro largo,

Estrutura e vai acolher 10 novas empresas

Famalicão tem nova incubadora que estimula a sustentabilidade A sustentabilidade é a palavra de ordem da nova incubadora de empresas Famalicão Made IN, cuja abertura foi assinalada, a semana passada, pelo presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha. Localizada no Centro de Investigação, Inovação e Ensino Superior, (CIES) em Vale S. Cosme, a estrutura está preparada para acolher de imediato 10 startups que vão beneficiar de um ecossistema potenciador da inovação, uma vez que, no mesmo espaço está instalado o novo Centro Tecnológico das Carnes, o Instituto Politécnico do Cávado e do Ave e o laboratório de formação, investigação e conhecimento da Universidade do Minho. “Deram-nos todas as condições que precisamos para termos sucesso no nosso projeto” diz Rita Duro, uma das primeiras inquilinas da incubadora, criadora da IDuro, marca que se dedica à criação e comercialização de calçado e outro vestuário com aplicação de novos materiais, tendo em vista a reutilização dos produtos. Entretanto, as candidaturas à ocupação do espaço estão abertas a partir do portal oficial do Famalicão Made In. “Queremos que esta incubadora estimule o surgimento de projetos que sejam sustentáveis, mas queremos também que os projetos que aqui nasçam ajudem à sustentabilidade de outras empresas”, afirmou o Paulo Cunha explicando que “infelizmente, sabemos que muitos projetos empresariais provocarão o esgotamento dos recursos natu-

O espaço foi inaugurado por Paulo Cunha

rais e nós temos que combater esta tendência criando no mercado condições para que esses projetos possam conviver com esses mesmo recursos naturais assegurando a longevidade dos mesmos”. Refira-se que a rede Incubadora Famalicão Made IN pertence à Rede Nacional de Incubadoras e pretende fixar, apoiar e promover novos negócios que acrescentem valor à indústria do concelho, com projetos inovadores, competitivos e com vocação internacional. A inauguração da incubadora dedicada à sustentabilidade surge no contexto de comemoração do 6º

aniversário de instauração do projeto Famalicão Made In, a grande aposta do Município para promover o crescimento económico e social do concelho, através da promoção de um contexto municipal facilitador da iniciativa empresarial. Recorde-se que para além desta incubadora localizada no CIIES, o município tem mais duas, uma localizada no polo da Riopele, dedicada aos serviços para a indústria e outra localizada no polo Edifício Globus dedicada aos serviços gerais. No total, as duas incubadoras já receberam a instalação de 33 startups e a criação de 54 postos de trabalho.

que se dirigisse não só a académicos, estudantes e profissionais da área, como também ao cidadão comum já que tem uma parte em que se podem familiarizar com os sistemas fotovoltaicos, tão importante para a mudança do paradigma energético no vosso país”, explica Mário Passos. Joaquim Carneiro corrobora as palavras do vereador, até porque “as energias renováveis estão em crescendo e serão, seguramente, a energia do futuro”. “Os cenários estão estimados para que, dentro de uma década, cerca de 85 % de toda a energia consumida em Portugal pelos consumidores e unidades industriais provem das energias renováveis: fotovoltaico, eólico e hídrica”, completa. O presidente da Câmara de Famalicão esteve presente no lançamento e elogiou os autores por partilharem conhecimento. “Se todos partilhássemos aquilo que cada um dos nós sabe, teríamos uma sociedade e um mundo melhores. Por isso, felicito os autores pela forma como aqui dão uma demonstração inequívoca do exercício da cidadania, uma postura certa na relação com a comunidade”, referiu. O livro tem a chancela da Quântica Editora.

Porminho vacina colaboradores contra a gripe

A empresa famalicense Porminho decidiu disponibilizar vacinas gratuitas contra a gripe a todos os colaboradores que pretendam ser vacinados. A decisão é explicada pela empresa de Famalicão pelo facto de a época da gripe sazonal poder, este ano, vir a ser potencialmente crítica em termos de carga viral, dado decorrer em paralelo com a Covid19. Para isso, a empresa de transformação de carnes preparou um plano com uma equipa de enfermagem, em que as vacinas são ministradas nas instalações da empresa. Tânia Freitas, administradora da Porminho, afirma que “com esta ação, pretendemos contribuir, de uma forma direta, para a segurança e saúde dos nossos colaboradores e indireta, para a saúde e bem estar das suas famílias e da comunidade em que estamos inseridos”. A responsável garante que a Porminho está “profundamente comprometida e atuando, de forma ativa, na implementação das normas e medidas recomendadas pela DGS” e que, com esta medida, pretende ainda “contribuir positivamente para a forma como a comunidade aborda a situação sanitária que o país enfrenta.” Segundo a empresa, a iniciativa conta “com uma adesão significativa dos colaboradores”.


opiniãopública: 28 de outubro de 2020

FREGUESIAS

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Objetivo é concluir a obra em 2021

Junta de Pedome vai avançar com construção da Casa mortuária projeto já está a ser elaborado. Entretanto, até ao final deste ano, a Junta de Pedome vai realizar o arranjo do Largo da Aldeia, “É um espaço que ainda está em terra batida, que junta muita água o que leva ao protesto dos moradores. Estava no domínio privado agora passou para domínio público, o que nos dá a possibilidade de intervir”.

Cristina Azevedo A construção da casa mortuária de Pedome deverá arrancar no próximo mês de janeiro e ficar concluída em 2021. Esta é, pelo menos, a expetativa do presidente da Junta de Freguesia, José Luís Alves, que, em entrevista à Fama TV, sublinhou que quer concretizar a obra até ao final do mandato, que termina em outubro do próximo ano. “É uma obra prioritária, o projeto já está concluído, foi entregue ao pároco para a Igreja dar o seu aval e já temos a garantia de apoio o financeiro da Câmara Municipal”, conta José Luís Alves, que quer ainda aproveitar a edificação da cada mortuária para realizar também um arranjo urbanístico na zona envolvente á igreja paroquial “Vamos intervir desde a igreja até ao Pedreiro e criar ali uma zona mais bonita, um novo centro cívico, com mais lugares de estacionamento porque na hora da missa é difícil estacionar”, explica o autarca, adiantando que o

José Luís Alves vai recandidata-se em 2021

Centro Social de Esmeriz confirma caso de Covid numa criança

Recandidatura decidida Eleito pela coligação PSD/CDS-PP, José Luís Alves já decidiu que vai recandidatar-se nas eleições autárquicas do próximo ano, até porque “tem outros projetos que gostaria de concretizar” e que terão “de ficar para um outro mandato”. É o caso da reabilitação do edifício da Junta de Freguesia, “que já tem muitos anos e que precisa de uma intervenção de fundo, para termos uma Junta mais moderna e condizente com as necessidades atuais”. Em relação ao momento atual, a pandemia de Covid 19 provocou um ligeiro aumento de famílias

em dificuldades económicas na freguesia, mas o autarca esclarece que “foram apenas alguns casos a que a Junta, em conjunto com instituições sociais, acompanha e procura dar resposta”. Já a atividade cultural – uma das grandes apostas de José Luís Alves – ficou bastante condicionada, como presidente da Junta a lamentar que o cancelamento do Festival Calça-Ferros, “numa altura em que se estava a consolidar, assim como a Caminhada e Corrida de Pedome, que nos últimos anos tinha vindo a crescer”. “É triste ver a freguesia parada e estamos a preparara uma atividade uma atividade para o Natal, por forma a que, sem fazer ajuntamentos, criamos algo para por a freguesia a mexer”, anuncia. José Luís Alves não quer, para já, divulgar muito mais sobre essa iniciativa, “para não estragar a surpresa”, mas refere que o objetivo é “passar uma mensagem positiva à população”. “Penso que vai ser bonito e a população de Pedome bem o merece”, conclui.

Centro Social Paroquial de Brufe com 22 infetados

A direção do Centro Social da Paróquia de Esmeriz (CSPE) confirmou, na quarta-feira da semana passada, o aparecimento de um caso positivo de Covid-19 numa criança que frequenta o ensino pré-escolar na instituição. Em comunicado, o Centro Social afirma que "a resposta social foi sujeita ao isolamento profilático determinado pelo delegado de saúde de Famalicão". O CSPE refere ainda que todos os encarregados de educação foram atempadamente informados da situação pela instituição, sendo-lhes solicitado "a auto vigilância dos sintomas dos seus educandos" até que se recebam orientações concretas pela parte da Delegação de Saúde responsável. "Desde então, já foram efetuadas as diligencias adequadas e tomadas as medidas necessárias para suspender a frequência do pré-escolar desde dia 19 outubro por precaução", finalizam.

O Centro Social e Paroquial de Brufe está a braços com um surto de Covid 19, que afeta, neste memento, 17 utentes do lar e 5 funcionários, embora todos assintomáticos. Contatada pelo OP, a diretora da instituição referiu que o primeiro caso foi detetado no início da semana passada, quando um utente foi internado no Hospital de Famalicão e testou positivo para o novo coronavírus. Foram então realizados testes, sendo que 17 utentes e cinco funcionárias testaram positivo. A diretora refere que todos estão bem e assintomáticos. As funcionárias estão em cada, em isolamento. Já os 17 utentes perma-

necem no lar, mas isolados dos restantes. A instituição continua a funcionar normalmente, segundo a diretora, já que o número de funcionários infetados não põe em causa a prestação dos cuidados e serviços no lar. O caso está, de resto, a ser acompanhada pela Delegação de Saúde de Famalicão. Refira-se que o Centro Social e Paroquial de Brufe, é uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS), com acordos de cooperação com o Centro Distrital de Solidariedade e Segurança Social. Desenvolve as respostas sociais de Creche, Lar de Idosos, Centro de Dia e Serviço de Apoio Domiciliário.


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FREGUESIAS

opiniãopública: 28 de outubro de 2020 pub

Reabilitação da zona envolvente ao Mosteiro avança em Oliveira Santa Maria

O presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha, visitou, a semana passada, as obras de reabilitação e ampliação da zona envolvente ao Mosteiro de Oliveira Santa Mari, que estão a decorrer e que vão tornar esta área num cartão de visita

OLDTRADING

Ribeirão instala nova caixa multibanco após saída de agências bancárias pub

Empresa têxtil de artigos para desporto, com sede em

Cabeçudos, Vila Nova de Famalicão, pretende admitir:

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O presidente a Junta de Freguesia de Ribeirão, Adelino Oliveira, garantiu, na última semana, a instalação de uma nova caixa multibanco na vila, após três instituições bancárias terem deixado Ribeirão no espaço de cerca de um mês. Segundo o presidente, a nova caixa será montada numa zona adjacente à sede da Junta de Freguesia. De acordo com Adelino Oliveira, a autarquia ribeirense tem mantido comunicação com alguns bancos, nomeadamente a Caixa Geral de Depósitos, com o intuito de abrirem balcões na vila. "Queremos que os ribeirenses saibam que desde a primeira hora estamos a desenvolver todos os esforços para que esta penosa situação seja o menos prejudicial possível para todos", conclui.

Parque de Gondifelos ganha bar de apoio

Excelente ambiente de trabalho Remuneração acima da média

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obrigatória da freguesia. O edil famalicense foi acompanhado pelo presidente da Junta de Freguesia, Delfim Abreu, para quem “esta é a obra do século para Oliveira Santa Maria”. Acompanhado também pelo ve-

reador das freguesias, Mário Passos, o presidente da Câmara percorreu vários espaços locais e abordou novos investimentos e projetos para o futuro. A garantia de um investimento municipal de quase 150 mil euros para a segunda fase das obras na zona envolvente à igreja paroquial deixou o Delfim Abreu satisfeito. Na primeira fase a autarquia investiu 23 mil euros. Os trabalhos incidem essencialmente na pavimentação do espaço com granito amarelo, na plantação de dezena e meia de árvores, entre outros melhoramentos. Paulo Cunha elogiou a obra “que para além da sua utilidade, corresponde a uma ansiedade da população que vê assim esta importante intervenção concretizada”. Para além desta obra, o município investiu no último ano cerca de 40 mil euros na rede viária com destaque para as obras de pavimentação na rua Vista Alegre, Avenida do Mosteiro e Cruz da Estrada.

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O Parque de Lazer de Gondifelos, localizado junto ao Rio Este, ganhou um novo equipamento, um bar de apoio, que permitirá dotar aquele espaço de melhores condições para todos os que o frequentam. O bar de apoio foi apresentado este mês e resulta da reabilitação de uma antiga ruína, num trabalho de preservação do património e da arquitetura original do parque. Na sua página de Facebook, a Junta da União de Freguesias de Gondifelos, Cavalões e Outiz promete continuar “a criar novos espaços para o bem estar de todos”.

Famalicão

Barbosa: Rua Santo António, Tel. 252 302 120 Calendário: Rua da Liberdade, Tel. 252 378 400/1 Cameira: C. Mouzinho Albuquerque, Tel. 252 323 819 Central: Praça D. Maria II, Tel. 252 323 214 Nogueira: Av. Marechal H. Delgado, Tel. 252 310 607 Valongo: Rua Adriano Pinto Basto, Tel. 252 323 294 Gavião - Av. Eng. Pinheiro Braga, 72 - Telef. 252 317 301 Marinho: Edif. S. José - Estalagem - Telf. 252 921 182 Martins Ventura: R. C. Cerejeira - Lousado - Telf. 252 493 142 Estação: Largo da Estação - Nine - Telf. 252 961 118 Ribeirão: Rua Quinta Igreja 9 - Ribeirão - Telf. 252 416 482 Joane: Rua S. Bento, nº 217 - Telf. 252 996 300 Landim: Estrada Nacional 204/5, nº 693 - 252321765

Famalicão Quarta, 28

Serviço Calendário

Quinta, 29

Nogueira

Sexta, 30

Gavião

Sábado, 31

Barbosa/Ribeirão

Domingo, 1

Cameira

Segunda, 2

Central

Terça, 3

Calendário

Vale do Ave

Almeida e Sousa: Covas - Oliv. Stª Maria - Telf. 252 931 365 Bairro: Av. Silva Pereira, Telf. 252 932 678 Delães: Portela - Delães - Telf. 252 931 216 Riba de Ave: Av. Narciso Ferreira, Telf. 252 982 124

Vale do Ave

Serviço

Quarta, 28 Quinta, 29 Sexta, 30 Sábado, 31 Domingo, 1 Segunda, 2 Terça, 3

Almeida e Sousa Bairro Delães Riba de Ave Almeida e Sousa Bairro

Serviço de disponibilidade

Paula Reis: R. José Elisio Gonçalves Cerejeira, nº 629 Calendário - Tel. 252 378 057 Maceiras: Louro - Telf. 252 310 425 Marques: Largo da Igreja - Fradelos - Telf. 252 458 440 Oliveira Monteiro: Largo Igreja - Cabeçudos - Telf. 252 331 885 Pedome: Av. S. Pedro, 1139 - Pedome - Telf. 252 900 930 Pratinha: Largo do Cruzeiro - Cavalões - Telf. 252 375 423 S. Cosme: Vale S. Cosme - Telf. 252 911 123 Arnoso: Av. Joaq. Azevedo - Arnoso Sta. Maria - Telf. 252 916 612


opiniãopública: 28 de outubro de 2020

Homem detido por suspeita de tráfico de droga em Arnoso Santa Eulália

Um homem de 58 anos foi detido, na quinta-feira da semana passada, em Arnoso Santa Eulália, por cultivo e tráfico de estupefacientes, anunciou a GNR. O Núcleo de Investigação Criminal de Barcelos terá apanhado o homem em flagrante delito, após uma investigação que decorria há um mês e que culminou com uma busca ao domicílio e viatura do suspeito. Na altura, a GNR apreendeu diverso material, concretamente, 264 doses de cannabis folhas, uma balança de precisão, uma faca de corte de estupefaciente, um telemóvel, duas soqueiras e um aerossol. O detido, com antecedentes criminais por tráfico de estupefacientes, foi constituído arguido, e os factos foram remetidos ao Tribunal de Famalicão.

Firmino Costa preside ao Núcleo do PSD de Gondifelos, Cavalões e Outiz

FREGUESIAS

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Projeto foi apresentado publicamente no passado sábado

Vermoim vai ter uma nova sede de Junta em 2021 A comunidade de Vermoim, em Famalicão, já conheceu aquela que será a futura sede da Junta de Freguesia. O projeto de construção do novo edifício foi publicamente apresentado no passado sábado, no salão paroquial da freguesia. O novo edifício, cuja construção deverá estar concluída no próximo ano, ficará localizado numa zona mais central da freguesia, junto ao Centro Cívico, e é composto por dois pisos. De acordo com a memória descritiva do projeto, no piso inferior é feito o acesso principal ao edifício com um espaço de foyer e de secretaria para os serviços de atendimento ao cidadão. Neste piso será ainda instalada uma biblioteca com ligação ao exterior através de um jardim de inverno.

Já no piso superior funcionarão os vários gabinetes de trabalho e ainda uma sala multiusos que estará ao serviço da população. O presidente da Junta de Freguesia, Manuel Carvalho, fala num “projeto arrojado, cuja beleza, centralidade e funcionalidade deixou feliz a comunidade de Vermoim”. O presidente Câmara

Municipal também assistiu à cerimónia e referiu que o projeto permite já antecipar a importância que a obra representará a freguesia. “Esta intervenção resultará, inequivocamente, numa melhoria das condições de vida da comunidade de Vermoim, mas também numa maior eficiência dos serviços que a Junta de Freguesia presta aos seus concida-

dãos”, disse Paulo Cunha. Refira-se que a Câmara Municipal já aprovou a concessão de um apoio no valor de 85 mil euros para a primeira fase da obra, nomeadamente para a execução de trabalhos de movimentos de terras necessários para execução da parte referente à estrutura e alvenarias do futuro edifício.

Objetivo foi sensibilizar a população para a importância de preservar o local

Autarcas e moradores promoveram ação de limpeza em S. Miguel-o-Anjo No passado sábado, decorreram as eleições para o Núcleo do PSD da União de Freguesias de Gondifelos, Cavalões e Outiz. A sufrágio apresentou-se uma lista com o lema "Unidos pelo Futuro", liderada por Firmino Costa, que foi eleito presidente do Núcleo. Para vicepresidente foi eleito Miguel Miranda e para tesoureiro Nelson Pereira. "Esta eleição é um motivo de orgulho para mim para toda a equipa, visto que, servir a União de Freguesias de Gondifelos, Cavalões e Outiz é algo que nos motiva e que nos traz uma enorme vontade de dar o nosso melhor”, referiu Firmino Costa. O dirigente partidário prometeu “defender as causas e as políticas que possam trazer bem-estar aos cidadãos” das três freguesias. “Estamos cientes do desafio que temos em mãos, do trabalho que temos de desenvolver para implementar o núcleo do PSD. Estou rodeado das melhores pessoas para construirmos um PSD forte, capaz e credível, para continuar a obtenção de bons resultados na nossa União de Freguesias”, acrescentou. Firmino Costa afirmou ainda que "um dos principais objetivos passa por reeleger o presidente de Junta da União de Freguesias, Manuel Novais, e o presidente de Câmara Paulo Cunha, reforçando os seus resultados”. Estaremos aqui para servir e para ajudar a reforçar o papel do PSD junto das bases, junto da população", concluiu. Após o ato eleitoral, a sessão de tomada de posse contou com a presença do presidente do PSD Famalicão, Paulo Cunha, e do executivo da Junta da União de Freguesias, liderado por Manuel Novais.

Vários serviços da Câmara Municipal, responsáveis da União das Freguesias de Famalicão e Calendário e membros da Associação de Moradores da Cal uniram esforços e procederam à limpeza e remoção de lixos, no Monte de S. Miguel-oAnjo, no passado dia 17 de outubro. A ação ambiental teve como principal objetivo “dar um sinal à comunidade da importância de manter o território limpo de forma a preservar e valorizar o património natural e cultural”, referiu a propósito o vereador da Cultura, Leonel Rocha, que também participou na iniciativa. O responsável mostrouse satisfeito com a “união de esforços das várias entidades, lamentando a atitude dos cidadãos que depositam lixo, incluindo monstros domésticos num espaço de grande riqueza ambiental e patrimonial”. Refira-se que o terreno com cerca de 80 mil metros quadrados foi adquirido pela autarquia em 2017, com o objetivo de salvaguardar e preservar este património, permitindo o estudo e a investigação sobre o passado histórico deste local.

Entre o lixo, foram encontrados os chamados “monstros domésticos”

Neste âmbito, a autarquia está a elaborar um plano estratégico, donde sobressai a prospeção arqueológica do local e respetivo levantamento topográfico. Mas para já estão a ser desenvolvidos trabalhos, que permitirão, segundo a edilidade, “disponibilizar em breve um espaço verde, cuidado e qualificado ao serviço população”. Esse espaço está classificado como imóvel de interesse público desde 1990, acolhe as ruínas de um povoado fortificado cujos acha-

dos arqueológicos apontam para uma datação que se situa entre o séc. I a.C. e o séc. I d.C.. O Castro de S. Miguel -o -Anjo goza de uma ampla vista em todo o seu redor (360º). Da sua plataforma central (acrópole) é possível avistar a cidade de Famalicão, o Monte do Facho e de quase todo o concelho; quando as condições atmosféricas são favoráveis também são visíveis os concelhos vizinhos (Trofa, Santo Tirso, Guimarães e Vila do Conde) e o mar.


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PRAÇA PÚBLICA

opiniãopública: 28 de outubro de 2020

Pelos quatro cantos da ca(u)sa

Diário famalicense António Cândido Oliveira

Domingos Peixoto

Desenvolvimento Sustentável Um dos graves problemas do planeta é o desenvolvimento “à balda”. Não é por falta de avisos; pelo contrário é pela falta de respeito às melhores regras profusamente vertidas em todos os fóruns mundiais, até pela Igreja Católica, através de Francisco, que “não precisava nada” destas questões para desempenhar a sua missão evangelizadora. Isto só demonstra o quanto nos encontramos à beira do abismo! Logo no 1º ou 2º ano do Ciclo Preparatório, na Escola Industrial e Comercial, na disciplina de Ciências Naturais (atente-se na designação), com a senhora Dona Irene – um mulherão (que rivalizava, noutro estilo, com a Dona Berta, de Português), que vivia ali pertinho da passagem de nível do Vinhal com o Dr. Áureo, ensinava a fotossíntese: Função das árvores verdes (na verdade todas as plantas) que, com a luz solar, fixa o anidrido carbónico à sua volta enquanto liberta oxigénio de que a vida tanto precisa e está cada vez mais em risco! Não sendo um ecologista, não tendo as mínimas bases sobre a matéria, ficou-me desde menino esta sabedoria: então é necessário proteger as árvores! Lembro-me de duas outras características desse tempo. Um período que qualquer caminho (tantas vezes tipo de cabras), qualquer pequena leira dos milhares em que as terras à minha volta eram constituídas, estavam ladeados de ramadas, uveiras, muitas árvores de outros frutos

(que às escondidas) procurávamos comer, que em si mesmas eram a delimitação de propriedade. A outra era a grande profusão de bouças encostadinhas a muitas casas (quase sempre as dos mais pobres), onde produzia madeira e, sobretudo, mato para roçar e fazer o lastro das cortes do gado. Os tempos eram outros, é certo, e não me lembro de então se falar em crise ambiental, muito menos de grandes incêndios. Chegou o desenvolvimento com a procura do lucro económico sem olhar a meios. No início praças e jardins e, nalguns casos já parques, eram sempre embelezados a árvores não vistas nas aldeias, que passaram a ser os motivos fortes desses locais e avenidas. A Vila de Famalicão, até aos anos 60 do século XX, encaixada no meio de muitas quintas e quintinhas era um exemplo daquele paradigma. O Campo da feira, a Rotunda, a Av., da Estação, os lados sul e nascente do Campo dos Bargos, o jardim do novo edifício municipal. A partir daí tudo se foi alterando, o rústico foi desaparecendo (resta a quinta do Vinhal) e chegou em força o betão. Eram precisas ruas, habitações, equipamentos sociais, educativos e de justiça para responder a novas exigências. As leis “impunham” a criação de espaços verdes proporcionais. E fizeram-se. As ruas de Famalicão tornaram-se “avenidas” ladeadas de frondosas árvores de muitas espécies. A mim fazia-me

lembrar África (a natureza crua), na minha breve passagem por algumas das “nossas” grandes cidades e Timor. Era linda e acolhedora, a esse nível. Está na moda outro tipo de desenvolvimento: as mesmas características quanto aos edifícios, talvez às ruas, mas quanto a praças, espaços pedonais, nada que se pareça, pelo contrário, é arrancar árvores, eventualmente substitui-las por uns arbustos, betão a rodos, “equipamentos” apenas de interesse comercial que “derrotam” outros mais tradicionais em toda a cidade, manutenção do automóvel, o grande amigo das cidades (do interesse comercial)! Não tenho legitimidade para falar do projeto “da cidade do futuro”… Não fui à discussão pública tomar posição. Mas insurgi-me contra o corte de árvores no Louro. Há muito que verbero a desflorestação ruinosa do concelho e tenho a certeza, aliás absoluta, de que o PDM não trouxe mais verde a Famalicão. Sou frontalmente contra o abate sanguinário das árvores nos parques e ruas da cidade. Famalicão perde muito e não vai ser melhor viver aqui! Salva-se, a este nível, entre alguns pequenos exemplos, da “mais Famalicão” o Parque da Devesa, mesmo com muito menos árvores do que podia e deveria ter. O desenvolvimento sustentável, a inversão de paradigma que urge em muitos aspetos para salvar o planeta são miragem em Famalicão…

Chão Autárquico Vieira Pinto

Dia de Todos os Santos e a pandemia Aproxima-se o dia de Todos os Santos, cuja celebração ocorre, na igreja, no dia 1 de novembro de todos os anos. É, pois, um dia Santo, não um dia feriado. Neste dia, acontecem, não só as celebrações respeitantes à santidade da própria igreja, católica, com todos os seus Santos, mas também, as celebrações referentes, ao dia de finados, com romagens aos cemitérios, onde se encontram sepultados todos os nossos entes queridos. Celebram-se, assim, simultaneamente dois eventos de alto pendor religioso. Mas, o dia próprio de finados, em condições normais, e no seguimento do que é a tradição, ocorre, efetivamente, no dia 2 de novembro de cada ano. Porém, é no próprio dia de todos os Santos, 1 de novembro, que normalmente as pessoas participam, nas respetivas aldeias, vilas e cidades, quer nas celebrações litúrgicas do dia de Todos os Santos, quer nas romagens aos cemitérios, onde se encontram seus entes queridos. A maioria das pessoas das cidades cosmopolitas deslocam-se, então, para as respetivas terras, para, aí, se juntarem aos seus, nas celebrações e romagens destes eventos.

Acontece que, o dia de Todos os Santos consiste estritamente numa celebração litúrgica, como se fosse um domingo, e, portanto, toda a organização compete à igreja e na própria igreja. Mas, o dia de finados é da competência dos órgãos municipais, e de freguesia, podendo, então, acontecer que estes órgãos decidam abrir ou encerrar os cemitérios, dadas as circunstâncias de pandemia que se vive. Coloca-se, então, a questão de se saber se, pretendendo a igreja, naquele(s) dia(s) realizar alguma cerimónia religiosa no cemitério respetivo, o cemitério estará aberto, ou não. Face a tal questão, na falta do melhor, resultará uma solução da melhor sensatez, tendo e linha de conta o bem público, chamado, saúde, que em primeiro lugar interessa ao Estado, às pessoas e às instituições proteger, a bem de tudo e de todos. Do que sabemos, foi já dado a conhecer aos seus fiéis que algumas dioceses do país, designadamente, a de Braga, Guarda e outras, declararam que, no presente ano pandémico, não decorrerão, nos cemitérios, quaisquer celebrações, o que, a nosso ver, será de todo mui prudente e avisado, dadas as consequências do seu contrário, no que á pandemia diz respeito.

Precisamos de confiança! Os famalicenses podem saber notícias do concelho (e não só) através de meios da comunicação social locais e um deles que costumo acompanhar é a FAMATV e o OPINIÃO PÚBLICA. Através da FAMATV fiquei a saber hoje (27.10.2020) que temos 53 camas do nosso Hospital de Famalicão ocupadas com doentes da Covid-19. É um número muito elevado e o presidente do Hospital, Dr. António Barbosa informa que estamos perto do limite. Esta situação deve merecer toda a atenção dos famalicenses e dos órgãos do município e urge tomar, desde já, todas as providências necessárias e possíveis para o caso de a situação se agravar. Sabemos que, neste domínio, a responsabilidade principal é do Governo e dos seus serviços periféricos, mas todos devemos fazer o que estiver ao nosso alcance para prevenir em vez de remediar. Neste aspeto, a responsabilidade parte desde logo de cada um de nós, tomando os cuidados recomendados, não

desleixando qualquer deles, e parte também dos órgãos concelhios, desde logo a Câmara Municipal, pois certamente também pode fazer algo e sem demora. Sabemos o que podem fazer os cidadãos, através dos meios de comunicação nacionais, mas é de todo o interesse termos quem nos lembre, a nível local, os cuidados a ter e precisamos de saber, através nomeadamente da câmara municipal, o que se está a fazer para ajudar a combater esta grave crise sanitária, que poderá ter uma evolução que desconhecemos e poderá ser ainda mais grave. Os meios de comunicação local devem ser e serão certamente os nossos mais próximos prestadores de informação. Estamos num tempo que deve ser, a nível local e nacional, de união e não de críticas ou acusações que, porventura, nada resolvem. Precisamos de confiança, segurança e tratamento adequado, se for o caso.

Psicologicamente falando

Marta Pamol*

É urgente parar, sentir e desfrutar Quantos dias, semanas, meses e até anos viveu em que, no fim, ficou com a sensação de que o tempo voou? Atente no dia que ainda agora começou e já vai chegar ao fim. Repare nas semanas que se repetem e se perdem em rotinas transformando-se em meses. Observe os meses que se sucedem e sem se dar conta se tornam anos. Recorde os anos para os quais fez resoluções, que não se concretizaram, porque o tempo passou a correr. É-lhe familiar? Numa era em que tudo se vive com pressa, em que somos movidos pela ideia futura, sem, por vezes, saborearmos o presente, nem sempre é fácil estarmos aqui e agora. Contudo,

se leu até aqui estas palavras, é sinal de que está a tirar um pouco do seu dia para parar. Vá então um pouco mais longe. Sinta o presente através dos seus sentidos e conecte-se consigo mesmo/a. Faça isso pelo menos uns minutos no seu dia. Respire e atente nisso mesmo, na sua respiração. Observe, cheire, ouça, saboreie e toque. É através dos nossos cinco sentidos que nos ligamos ao agora. O agora é fugaz, porém é o único lugar onde realmente estamos. Assim, para que o tempo não passe sem que o possa viver, pare, sinta e desfrute. *Psicóloga Clínica e da Saúde


opiniãopública: 28 de outubro de 2020

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2-2 Estádio Municipal de Famalicão Árbitro: Tiago Martins Aux: Pedro Mota e Hugo Ribeiro VAR/AVAR: Rui Oliveira e Tiago Costa

FC Famalicão Boavista FC Zlobin Patrick William (Dani Morer 85’) Riccieli Srdar Babic Gil Dias Gustavo Assunção (C) Bruno Jordão (Iván Jaime 70’) Joaquín Pereyra (Campana 82’) Rúben Lameiras Valenzuela (Jhonata Robert 85’) Dyego Sousa (Trotta 70’)

Léo Jardim Regi Cannon Cristian Castro Chidozie Hamache Javi Garcia (C) Miguel Reisinho Nuno Santos (Mangas 90+2’) Sauer (Show 79’) Paulinho Elis (Yusupha 88’)

Treinadores João Pedro Sousa

Vasco Seabra

Golos: Hamache (69’); Javi Garcia (75’); Rúben Lameiras (g.p.85’); Jhonata Robert (90+3). Cartões Amarelos: Fernando (21'); Javi Garcia (38' e 83’); Babic (48'); Chidozie (65'); Gustavo Assunção (78'); Paulinho (90+3'); Cannon (90+6').

Desta vez foi o FC Famalicão a sorrir ao cair do pano

Cartões Vermelhos: Javi Garcia (83’).

Pedro Sousa conjunto famalicense ia esbarrando na defensiva boavisteira. A quinta jornada da Liga NOS ditou Pouco depois da meia hora de novo empate para o Futebol Clube jogo, uma recuperação de bola de (FC) de Famalicão. O embate diante Gil Dias, proporcionou ao defesa esdo Boavista FC terminou empatado querdo mais um lance de perigo. O a duas bolas, o mesmo resultado al- camisola 28 rompeu pela esquerda cançado na penúltima jornada da e rematou forte e rasteiro, com a época transata. bola a passar a rasar o poste da baPara esta partida diante da liza de Léo Jardim. equipa axadrezada, João Pedro A resposta da equipa forasteira Sousa mexeu em duas peças da de- não surgiu e foi o FC Famalicão a fesa, dando a titularidade a Gil Dias chegar com perigo à baliza contrá(substituiu Calvin Verdonk) e a Pa- ria. Babic cabeceou, livre de marcatrick William (entrou para o lugar do ção, com a bola a passar perto da castiga Edwin Herrera). De resto, foi barra da baliza do Boavista FC. Pouusada a mesma formula utilizada na cos momentos após o lance, foi a partida no Algarve. Por sua vez, vez dos axadrezados rondarem as Vasco Seabra mexeu mais no onze. redes de Zlobin. Contudo, um corte O técnico, com passado ligado ao de Riccieli retirou a chance aos jogaemblema famalicense, apostou dores forasteiros. Com o jogo divinuma frente de ataque mais móvel, dido, apesar de mais posse de bola dando, na parte inicial do jogo, ini- para a equipa da casa, na segunda ciativa à formação da casa. parte, foi a turma de Vasco Seabra a O encontro entre famalicenses e ter a primeira ocasião para faturar. boavisteiros começou com Srdar De livre direto, Hamache testou os Babic a ter a primeira grande oca- reflexos do guardião russo do Vila sião para estrear o marcador. O gi- Nova. O jogo entrou numa fase de gante sérvio não conseguiu parada e resposta, quando Dyego emendar com sucesso um livre ba- Sousa não chegou a tempo de tido por Joaquín Pereyra. Com mais emendar um cruzamento da esposse bola e investidas ofensivas, o querda. Pouco tempo após o lance,

Rúben Lameiras teve no pé esquerdo a possibilidade de abrir o marcador. O camisola 10 desperdiçou uma grande penalidade e na recarga enviou a bola ao travessão da baliza de Léo Jardim. Na resposta, o Boavista FC chegou à vantagem. Hamache rematou forte à entrada da área e a bola só parou no fundo da baliza famalicense, colocando os axadrezados na frente do marcador. Em desvantagem, João Pedro Sousa agitou as coisas e colocou peças frescas dentro das quatro linhas. No entanto, foi o conjunto do Porto a dilatar a contagem. Javi Garcia, de ca-

beça, correspondeu bem a um livre cobrado da direita. O FC Famalicão tentou reagir e Rúben Lameiras teve, mais uma vez, uma grande penalidade para tentar bater Léo Jardim. Desta feita, o extremo não deu hipóteses ao guardaredes contrário e reduziu a contenda. Do lance, resultou a expulsão de Javi Garcia. Motivados pelo tento, os jogadores do clube famalicense partiram para cima do adversário e chegaram ao empate, mesmo ao cair do pano. Jhonata Robert, na cobrança de uma livre, bateu o

guarda-redes brasileiro da equipa axadrezada, dando o empate ao Vila Nova. Este resultado coloca o resultado FC Famalicão na nona posição da Liga NOS, com seis pontos. Na próxima jornada, o emblema famalicense desloca-se ao terreno do SC Braga, com a partida agendada para segunda-feira, às 18h45.

MELHOR FC FAMALICÃO:

Gil Dias Adaptado a defesa esquerdo, o internacional pelas camadas jovens portugueses foi o principal impulsionador do jogo ofensivo famalicense, principalmente, no primeiro tempo. Foi perdendo fulgor com a passagem dos minutos, mas na retina ficam os bons pormenores de Gil Dias. João Pedro Sousa ganhou, assim, mais uma opção para o lado esquerdo da defesa. pub


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FC Famalicão defronta Oriental na Taça de Portugal O sorteio da 3ª eliminatória da Taça de Portugal ditou o duelo entre FC Famalicão e Oriental. O jogo será no Estádio Engenheiro Carlos Salema, no fim de semana de 22 de novembro. Restante sorteio: Arouca – Vitória SC; Real – B SAD; FC Felgueiras 1932 vs Valadares Gaia – CD Tondela; Monção – Rio Ave FC; União de Leiria – Portimonense SC; Sacavenense – Sporting CP; União Paredes – SL Benfica; Penafiel – CS Marítimo; Trofense – SC Braga; UD Oliveirense – Paços de Ferreira; Fabril Barreiro – FC Porto; Beira-Mar – CD Santa Clara; FC Vizela – Boavista FC; Casa Pia – Nacional; Merelinense – Moreirense FC; Oleiros - Gil Vicente FC; CF Estrela – SC Farense; Estoril Praia – Lusitânio Ginásio; Vilafranquense – Sanjoanense; Montalegre – Vitória FC vs Académico Viseu; Vilaverdense / Lourinhanense vs União Santarém – Olímpico Montijo; Anadia – Pinhalnovense; Académica Coimbra – Rebordelo vs Varzim; Oriental Dragon – Leixões; Feirense – Amora; Espinho – Gondomar; Os Limianos – Fontinhas; Pedras Rubras vs Salgueiros – Covilhã; Marinhense – Cova da Piedade; União Torriense – Alverca; Fafe – Vilar Perdizes.

FC Vermoim entra a vencer na época O Futebol Clube (FC) Vermoim entrou a vencer no Nacional da I Divisão Futsal. A equipa famalicense recebeu e derrotou o Póvoa Futsal, por 3-0, no Pavilhão Municipal Terras de Vermoim. A partida começou com um golo de Patrícia Magalhães. Logo aos três minutos, a jogadora do FC Vermoim abriu a contagem. Apesar da boa entrada, os restantes golos só chegaram na reta final do segundo tempo. Catarina Silva apontou o segundo tento e Patrícia Magalhães bisou, fechando a contagem. No próximo jogo do FC Vermoim é diante do Santa Luzia, fora de portas, no sábado, às 17h.

DESPORTO

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GD Joane vence e Ribeirão FC empata A Pro-Nacional começou no passado fim de semana. O Grupo Desportivo (GD) de Joane venceu o primeiro jogo, enquanto o Ribeirão Futebol Clube (FC) empatou, fora de portas. Já a partida da Associação Desportiva Ninense foi adiada devido a um caso de infeção de Covid-19, no plantel do FC Amares. O GD Joane teve o primeiro jogo da temporada 2020/2021 no Estádio dos Barreiros. A Jogo entre GD Joane e Torcatense turma liderada por Nélson Silva entrou a vencer na prova, vencendo o Torcatense por 1-0. O golo foi apontado por Fabinho, aos 56 minutos. Já O Ribeirão FC foi ao terreno do Vieira SC empatar a zero bolas. No próximo fim de semana, o GD Joane desloca-se a casa do GD Serzedelo. O Ribeirão FC tem um duelo no Estádio do Passal frente ao “Os” Sandinenses. Já a AD Ninense vai ter o primeiro jogo oficial desta temporada, com a deslocação ao terreno do GFC Pousa. As partidas são todas no domingo, às 15h.

ADJ Mouquim e FC Famalicão B vencem na 2ª jornada

AVC Famalicão perde em casa frente ao Clube K O Atlético Voleibol Clube (AVC) de Famalicão perdeu, no passado domingo, diante do Clube K. A formação famalicense saiu derrotada do Pavilhão Municipal das Lameiras por 1-3. Para além desta partida, o AVC Famalicão tinha outra agendada para sábado, mas foi adiada devido à equipa do Leixões SC estar em isolamento profilático. No primeiro parcial, a equipa liderada por Vítor Oliveira (na foto) perdeu por 20-25, tendo pedido, novamente, no segundo por 16-25. No terceiro set, o AVC de Famalicão reagiu e venceu por 25-19. Porém, no quarto parcial, a equipa forasteira fechou o jogo, venceu o último set por 22-25. No próximo jogo, o conjunto famalicense mede forças com o SL Benfica, fora de porta, no domingo, às 14h45. Na classificação, o AVC Famalicão segue oitava posição, com oito pontos.

Na segunda ronda do Campeonato Nacional da III Divisão de futebol feminino, Associação Desportiva Juventude (ADJ) Mouquim e Futebol Clube (FC) de Famalicão B venceram os respetivos encontros. A turma de Mouquim estreou-se na prova à segunda jornada. Após ter folgado na primeira, a ADJ Mouquim recebeu e venceu o Bragalona FCA, por 4-0. Bia, aos seis minutos, Cláudia, aos 13 e aos 18, e Lili, aos 94, foram as autoras do golo. Já o FC Famalicão B foi ao terreno do ADC Correlha vencer por 0-1. Soraia Gome foi quem marcou e garantiu os três pontos para a formação famalicense. No próximo jogo para o campeonato, a ADJ Mouquim vá a casa da AD Ponte da Barca e o FC Famalicão B recebe o CDC Viatodos. Os jogos são no próximo dia 7 de novembro, às 15h.

FamaBasket vacila frente ao CD Póvoa Depois da 1ª vitória fora de portas, a equipa do FamaBasket recebeu o CD Póvoa, por 52-74. Após um primeiro período com algum desacerto na finalização, o placard encontrava em 14-24. Já no 2º período, fruto de uma maior entrega defensiva, a equipa do famalicense conseguiu superiorizar-se, terminando com uma diferença de cinco pontos (30-35, parcial de 16-11). O terceiro período terminou com a maior diferença num parcial (7-23), sendo que no último quarto, o FamaBasket voltou a melhorar no aspeto ofensivo, onde perdeu pela margem mínima de 1 ponto (parcial de 15-16).


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DESPORTO

opiniãopública: 28 de outubro de 2020

Bilhar: Carlos Veloso segue para a ronda seguinte

Basquetebol: FAC perde em casa O Famalicense Atlético Clube (FAC) perdeu na receção ao GDB Leça, em jogo da 2ª jornada do Campeonato Nacional da 1ª Divisão, por 50-69. A equipa forasteira entrou melhor, vencendo o primeiro período por 11-15. No segundo, o FAC reagiu e partiu para o intervalo a vencer por 30-29. Na segunda parte, a equipa de Leça foi mais eficaz, triunfando no terceiro e quarto períodos por 8-17 e 12-23, respetivamente. Na próxima jornada, o FAC deslocase a Barcelos para defrontar a equipa local, num jogo que está agendado para esta sexta-dia, às 21h15. pub

A Federação Portuguesa de Bilhar iniciou o calendário competitivo, com o arranque do 1º Open Nacional, na variante de carambola. O Famalicense Atlético Clube teve nesta fase três atletas em competição, destacando-se Carlos Veloso, que neste novo modelo “estilo Taça do Mundo”, carimbou a presença na ronda seguinte. Os outros dois atletas que não tiveram o mesmo sucesso foram Amândio Marinho e Paulo Oliveira. Ainda sem data de entrada em prova, Artur Figueiredo é o outro atleta com presença neste Open. A competição coletiva tem data marcada apenas para 2021, onde o FAC se encontra na primeira divisão nacional.

FAC nas provas de badminton nas Caldas da Rainha Decorreu no passado fim de semana a quinta jornada nacional das categorias de Não Seniores, no Centro de Alto Rendimento das Caldas da Rainha. Nesta prova marcaram presença sete atletas do Famalicense Atlético Clube, distribuídos pelos escalões de sub-13, sub-17 e sub-19. No escalão de sub-13, Beatriz Araújo alcançou a meia-final da prova de singulares e juntamente com Leonor Silva ganharam um jogo na prova de pares senhoras. Nos sub-17 participaram as atletas Inês Silva, Beatriz Campos e Carolina Veloso, com a dupla Beatriz e Inês a atingir a meia final de pares. O sub-19 Tiago Araújo foi semifinalista em singulares e Mafalda Morais também participou na competição.


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DESPORTO

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O FAC obteve a primeira vitória

Dérbi do concelho cai para o lado do FAC A quinta jornada da I Divisão do Campeonato Nacional de Hóquei em Patins ditou um confronto entre o Famalicense Atlético Clube (FAC) e o Riba d’Ave Hóquei Clube (HC). Uma partida que reatou o dérbi do concelho, no principal escalão da modalidade a nível nacional. A partida terminou com o triunfo do FAC por 6-1, no Pavilhão Municipal de Famalicão. O desafio entre dois clubes famalicenses começou equilibrado. O FAC, ainda em busca da primeira vitória na prova, tentou chegar ao golo nos instantes iniciais, mas pecou na finalização. O Riba d’Ave HC reagiu e perto dos últimos 10 minutos, teve uma grande ocasião para abrir a contagem. Pedro Silva recebeu cartolina azul e os ribadavenses tiveram um livre direto a favor. Contudo, Andrés Zapata não foi eficaz. Com a partida empatada perto do final do primeiro tempo, foi a vez do FAC ter um livre direto a favor. Juan López foi mais eficaz que o adversário e colocou o emblema liderado por Vítor Silva em vantagem. Ainda antes do apito para o descanso, o FAC dilatou a vantagem. Hugo Costa aproveitou

a passividade defensiva dos forasteiros e fez o segundo tento do encontro. No segundo tempo, o Riba d’Ave HC foi em busca de diminuir a desvantagem, mas foi novamente o FAC a marcar. Juan López

GDNatação de Famalicão participou na 1ª prova da época O nadador Xavier Campos, do Grupo Desportivo de Natação de Famalicão, participou no Torneio de Abertura da Associação de Natação do Minho, nos dias 24 e 25 de outubro, realizado nas piscinas municipais da Rodovia, em Braga. Para o treinador Famalicense, Pedro Faia, “a natação de Famalicão teve a oportunidade de participar neste Torneio de Abertura da época desportiva, sentindo, novamente, o pulsar de uma competição e preparando da melhor forma possível as próximas competições, nomeadamente, o Campeonato Zonal de Juniores e Seniores a realizar nos dias 14/15 de novembro de 2020 na Mealhada”. “Os atletas estão muito motivados e concentrados para realizarem mais uma excelente época desportiva”, concluiu.

estava com a eficácia a 100% nos livres diretos e colocou o placard em 3-0. A meio do segundo tempo, o espanhol e camisola 3 do FAC recebeu a cartão azul, foi excluído e o Riba d’Ave HC teve direito a

um livre direto. Contudo, na cobrança, Dinis Abreu permitiu a defesa de Joaquim Peixoto. Apenas cinco minutos volvidos, os ribadavenses tiveram uma grande penalidade, com os mesmos intervenientes envolvidos e com

o desfecho a ser igual: defesa do guardião do FAC. Já com o jogo nos últimos 10 minutos, a equipa da casa teve outro livre direto, após Nuno Pereira ter recebido cartão azul e, consequente, exclusão. Desta feita, Juan López não foi eficaz e o jogo prosseguiu com a vantagem do FAC por três golos. Contudo, os comandados de Vítor Silva chegaram ao quarto tento. Gabi Silva foi o autor do tento que quase acabou com as esperanças ribadavenses. Até ao final, o FAC ainda dilatou mais a vantagem. Pedro Mendes, em duas ocasiões, fez balançar as redes contrárias. Pelo meio, Miguel Fortunato marcou o tento de honra para o Riba d’Ave HC. Após cinco jornadas disputadas, FAC e Riba d’Ave HC encontram-se abaixo da linha de água. As duas equipas têm três pontos. No próximo fim de semana, há nova jornada para o campeonato. O FAC desloca-se ao pavilhão do SC Tomar, com o jogo agendado para sábado, às 18h. O Riba d’Ave HC recebe o HC Turquel, no mesmo dia, mas às 18h30.

Obra orçada em dois milhões de euros deverá estar pronta no próximo verão

Câmara lança concurso para a construção do Centro de Atletismo A Câmara Municipal aprovou, a semana passada, o lançamento do concurso público para a construção do Centro de Atletismo de Famalicão, pelo valor de cerca de dois milhões de euros e um prazo de execução de 210 dias. A obra deverá arrancar no início do próximo ano e ficar concluída no verão de 2021, segundo perspetivou o presidente da autarquia, Paulo Cunha, no final da reunião, em declarações aos jornalistas. O edil reconhece que foi necessário “realizar uma serie de trabalhos preparatórios devido o à enorme complexidade técnica das condições geológicas do terreno, que acabaram por atrasar a obra”, mas espera que no verão do próximo ano já possa estar ao serviço dos praticantes da modalidade. Este novo equipamento desportivo, que vai nascer no lugar de Talvai, em Famalicão, será dedicado exclusivamente à modalidade de atletismo, em todas as suas vertentes, permitindo aos atletas treinar de forma sustentada, com bases infraestruturais e apoio técnico. O projeto prevê a construção integral da pista de atletismo, que inclui relvado interior com áreas para lançamento de dardo, lançamento de peso, salto à vara, salto em com-

A pista estará preparada para receber competições nacionais e internacionais

primento, entre outros. O espaço também terá bancadas de acesso pedonal para atletas e publico, edifício photo-finish, bem como vedações e drenagem e águas pluviais. A pista conta com oito corredores em piso sintético, que respeitam as exigências técnicas do Instituto Português do Desporto e Juventude e seguem as orientações standard da Associação Internacional de Federações de Atletismo, estando assim preparada para receber competições nacionais e internacionais da moda-

lidade. O Centro de Atletismo de Famalicão contará ainda com um edifício de apoio, que será construído posteriormente que albergará as áreas administrativas, assim como todo o suporte à prática desportiva, desde balneários, bar, salas de fisioterapia e cuidados médicos e salas de prática desportiva. Refira-se que Famalicão tem cerca de 200 atletas federados, além dos atletas amadores. C.A.


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opiniãopública: 28 de outubro de 2020

Falecimentos António Oliveira Moreira, no dia 24 de outubro, com 78 anos, casado com Eulália dos Santos Araújo, de Arnoso Santa Maria. Aurora de Sá Neiva, no dia 22 de outubro, com 96 anos, viúva de Alcino Ferreira Barbosa, de Arnoso Santa Maria. Emília Ferreira Vilaça, no dia 20 de outubro, com 97 anos, viúva de Armando Ferreira Martins, de Tadim (Braga). Agência Funerária Arnoso - José Daniel Pereira Arnoso Santa Eulália - Telf. 91 724 67 03

José da Costa Meireles, no dia 21 de outubro, com 81 anos, casado com Carolina da Costa Figueiredo Meireles, de Vila das Aves (Santo Tirso). Cecília da Cunha, no dia 21 de outubro, com 89 anos, de Selho S. Cristóvão (Guimarães). Joaquim Pereira Machado, no dia 22 de outubro, com 80 anos, casado com Maria da Conceição de Abreu Pereira, de Oliveira Santa Maria. Maria Rosa Machado, no dia 23 de outubro, com 85 anos, viúva de António da Costa Freitas, de Vilarinho (Santo Tirso). Glória Machado, no dia 25 de outubro, com 89 anos, viúva de António Alves Teixeira Pinto, de Serzedelo (Guimarães). Agência Funerária Carneiro & Gomes Oliveira S. Mateus – Telm. 91 755 32 05

Fernando André da Trindade Fernandes, no dia 25 de outubro, com 91 anos, casado com Maria de Lurdes Moura Lopes, de Calendário. Maria Arminda Martins dos Santos Gaspar, no dia 23 de outubro, com 85 anos, viúva de Fernando Alfredo de Oliveira Gaspar, de Vila Nova de Famalicão. Agência Funerária Rodrigo Silva, Lda Vila Nova de Famalicão – Tel.: 252 323 176

Manuel Mesquita Gomes da Costa, no dia 20 de outubro, com 84 anos, casado com Maria Laura da Costa Oliveira, de S. Martinho de Bougado (Trofa). Francisco Fernando da Silva Machado, no dia 25 de outubro, com 85 anos, viúvo de Palmira Nogueira da Silva, de S. Martinho de Bougado (Trofa). Agência Funerária Trofense, Lda (S. Martinho de Bougado) Trofa – Tel.: 252 412 727

José Luís Ribeiro da Silva, no dia 19 de outubro, com 77 anos, casado com Maria Rosa Morais Pereira Monteiro, de Riba D’Ave. Maria Alice Fernandes, no dia 20 de outubro, com 94 anos, solteira, de S. Tomé de Negrelos (Santo Tirso). Emília Dias Ferreira da Silva, no dia 21 de outubro, com 91 anos, viúva de Américo Moreira dos Santos, de S. Miguel do Couto (Santo Tirso). Idalina Gomes de Azevedo, no dia 22 de outubro, com 89 anos, casada com António Ferreira Cardoso, de Burgães (Santo Tirso). Joaquim Coelho Machado (Sousa), no dia 22 de outubro, com 86 anos, casado com Maria Nunes Pedroso, de S. Tomé de Negrelos (Santo Tirso). Idalina da Costa Nunes, no dia 22 de outubro, com 92 anos, viúva de Avelino Magalhães, de Burgães (Santo Tirso). Bernardino Carneiro Guimarães, no dia 21 de outubro, com 82 anos, casado com Maria Glória Gomes Costa, de Burgães (Santo Tirso). Francisco Barbosa Machado Castro, no dia 24 de outubro, com 61 anos, casado com Maria Alice da Silva Rodrigues, de Bairro. Agência Funerária de Burgães Sede.: Burgães / Filial.: Delães Telf. 252 852 325

Jorge Camilo Ribeiro Machado, no dia 19 de outubro, com 64 anos, casado com Rosa Anna Maria Teichl Machado, de Avidos. Manuel Moreira dos Santos, no dia 19 de outubro, com 87 anos, casado com Maria Alcina Gomes de Almeida, de Ruivães. Joaquim Cortinhas de Oliveira, no dia 20 de outubro, com 65 anos, casado com Maria Amélia Rocha Castro, de Brufe. Irmã Élia Maria Pinto Mira, no dia 21 de outubro, com 79 anos, de Vale S. Martinho. Maria Arminda Sá da Silva, no dia 22 de outubro, com 82 anos, viúva de Adriano Santos Fonseca, de Esmeriz. Júlia Dias Martins, no dia 22 de outubro, com 87 anos, solteira, de Gavião. Maria Alice da Silva Faria, no dia 23 de outubro, com 91 anos, viúva de Manuel Fernandes, de Bente. Maria Fernanda Marques Ferreira, no dia 24 de outubro, com 74 anos, solteira, da Carreira. António Costa Pinheiro, no dia 25 de outubro, com 87 anos, casado com Lucinda Pereira da Silva, de Esmeriz. Manuel Osório Castro Pereira, no dia 13 de outubro, com 69 anos, de Delães.

Joaquim Gonçalves dos Santos, no dia 25 de outubro, com 89 anos, casado com Maria da Conceição Mendes de Magalhães, de S. Martinho de Bougado (Trofa).

Maria da Conceição Torres, no dia 26 de outubro (faleceu na Suíça), com 96 anos, viúva, de Pousada de Saramagos.

Funerária Ribeirense Paiva & Irmão Lda Ribeirão – Telf. 252 491 433

Manuel Moniz de Azevedo, no dia 26 de outubro, com 63 anos, casado, de Vila Nova de Famalicão.

Manuel Pereira de Oliveira Teixeira, no dia 23 de outubro, com 76 anos, casado com Maria Silva Martins, de Airão Santa Maria (Guimarães). Alberto José Rodrigues Machado, no dia 24 de outubro, com 77 anos, casado com Maria da Luz dos Santos Ferreira, de Oleiros (Guimarães). Agência Funerária da Portela Portela (Santa Marinha)– Tel.: 252 911 495

Agência Funerária da Lagoa Lagoa – Telf. 252 321 594

Joaquim de Araújo Loureiro, no dia 21 de outubro, solteiro, de Gondifelos. Joaquim Gomes Ferreira, no dia 25 de outubro, com 90 anos, casado com Maria Adelina Faria Pinheiro, de Gondifelos. Agência Funerária Palhares Balazar– Tel.: 252 951 147


Dia de Todos os Santos: lembr os que já ptiram

Vivemos tempos sem paralelo. O luto por estes dias, em tempos de Covid-19, não é só o luto pelos que nos morrem. É o luto pelas palavras que não dissemos, pela última imagem que não tivemos, pela homenagem que não fizemos, pelos abraços que não demos. O distanciamento social impõe-se até na hora da morte. É um luto que são vários. E que se negligenciado nos pode ficar perigosamente colado à pele. Sem poder confortá-los em afetos, os párocos disponibilizam-se para ministrar uma cerimónia exequial quando a Covid se for. Para que se amoleçam mágoas. Os agentes funerários, numa posição delicada, vestem uma pele diferente e sentem-se pequenos perante tanta dor. E não podem confortar ninguém, como sempre fizeram. E para proteção de todos há tantas novas regras. Mesmo que não haja proteção possível para o vazio que a pandemia traz. Mas o Dia de Todos os Santos pode ser o elixir para acalmar a dor. Para a Igreja Católica o dia que se celebra no domingo, dia 1 de novembro, é precisamente para ajudar no processo de perca, porque permite que nos lembremos dos que já não estão entre nós. No domingo assinala-se o Dia de Todos os Santos, que homenageia todos os santos, todos os que já partiram. No entanto, a tradição de muitos anos fez com que neste dia fosse também celebrado, por antecipação, o dia dos Fiéis Defuntos, que se celebra, originalmente, a 2 de novembro. Para a Igreja Católica este feriado é uma oportunidade de rezarmos pelos nossos entes queridos. Mas este ano será diferente. A maior parte dos cemitérios estarão encerrados por força desta pandemia que nos tem roubado tanta coisa. O desafio deste ano é, tal como têm sublinhado os líderes da Igreja, rezar e lembrar-nos dos entes queridos doutras formas. Duma forma ou doutra, com ou sem Covid, a verdade é que estes dias não são fáceis para quem perdeu alguém. São momentos de muita saudade. Mas este dia pode ser visto como uma oportunidade para lembrar essa pessoa de forma positiva e até reveladora, fazendo um balanço da nossa própria vida. Pararmos e pensarmos, sobretudo, se somos felizes. Se damos o nosso tempo aos que amamos, se olhamos com atenção, se abraçamos, se dizemos “amo-te” vezes suficientes. Se chegar à conclusão que sim, então está a celebrar a vida de quem ama e de quem já partiu.

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Igreja celebra “os eleitos que se encontram na glória de Deus” A Igreja celebra no domingo, dia 1 de novembro, a solenidade litúrgica de Todos os Santos, na qual lembra conjuntamente “os eleitos que se encontram na glória de Deus”, tenham ou não sido canonizados oficialmente. As Igrejas do Oriente foram as primeiras (século IV) a promover uma celebração conjunta de todos os santos quer no contexto feliz do tempo pascal, quer na semana a seguir. No Ocidente, foi o Papa Bonifácio IV a introduzir uma celebração semelhante em 13 de maio de 610, quando dedicou à Santíssima Virgem e a todos os mártires o Panteão de Roma, dedicação que passou a ser comemorada todos os anos. A partir destes antecedentes, as diversas Igrejas começaram a solenizar em datas diferentes celebrações com conteúdo idêntico. A data de 1 de novembro foi adotada em primeiro lugar na Inglaterra do século VIII acabando por se generalizar progressivamente no império de Carlos Magno, tornando-se obrigatória no reino dos Francos no tempo de Luís, o Pio (835), provavelmente a pedido do Papa Gregório IV (790844). Segundo a tradição, em Portugal, no dia de Todos os Santos, as crianças saíam à rua e juntavam-se em pequenos grupos para

pedir o ‘Pão por Deus’ de porta em porta: recitavam versos e recebiam como oferenda pão, broas, bolos, romãs e frutos secos, nozes, amêndoas ou castanhas, que colocavam dentro dos seus sacos de pano. Em algumas aldeias chama-se a este dia o ‘Dia dos Bolinhos’. Em contraste com esta festa católica está o ‘Halloween’, vindo dos Estados Unidos da América, mas agora também muito celebrado na Europa, no dia 31 de outubro, véspera do dia 1. A comemoração veio dos antigos povos celtas que habitavam a Grã-Bretanha há mais de 2000 anos. Já no dia 2 de novembro tem lugar a comemoração de todos os Fiéis Defuntos, que remonta ao final do primeiro milénio: foi o Abade de Cluny, Santo Odilão, quem no ano 998 determinou que em todos os mosteiros da sua Ordem se fizesse nesta data a evocação de todos os defuntos, desde o princípio até ao fim do mundo. Este costume depressa se generalizou: Roma oficializou-o no século XIV e no século XV foi concedido aos dominicanos de Valência (Espanha) o privilégio de celebrar três Missas neste dia, prática que se difundiu nos domínios espanhóis e portugueses e ainda na Polónia. Durante a I Guerra Mundial, o Papa Bento XV generalizou esse uso em toda a Igreja (1915) Fonte: www.agencia.ecclesia.pt


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D. Jorge Ortiga pede a “revitalização de coisas já esquecidas” O Arcebispo Primaz de Braga pediu, na mensagem por ocasião da celebração dos Fiéis Defuntos, que “o aglomerado de familiares à volta das sepulturas” seja substituído “pela revitalização de coisas já esquecidas” e por “novos hábitos que sublinhem as verdades em que acreditamos”. D. Jorge Ortiga afirma que a circunstância atual deve ser aproveitada para “refletirmos mais profundamente” e refere a redescoberta da família “como Igreja doméstica” para falar da oração – como da caridade – como uma forma de “revitalizar” a devoção. O prelado diz que a ligação aos entes falecidos “passa pela oração, na eucaristia e na vida pessoal e familiar, pelas esmolas e por todas as experiências de caridade” – mais valiosas “que todas as flores, círios ou sepulturas ornamentadas”, alertando também para as “alminhas” que hoje estão abandonadas e que esta é uma oportunidade para as recuperar, “restituindo o significado que sempre tiveram: o convite à oração”. D. Jorge Ortiga estabelece, na mensagem, o cancelamento das celebrações comunitárias nos cemitérios – assim como relembra a proibição de procissões e romagens –, mas pede aos sacerdotes que, sem aviso prévio, se desloquem aos cemitérios para que, “pessoalmente e como pastores das comunidades, rezem por todas as pessoas falecidas”. Para o Arcebispo Primaz, todo o mês de novembro “deveria ser aproveitado para frequentes visitas aos cemitérios”, sempre a evitar os

aglomerados, “com a consciencialização de que, com eles, teremos de percorrer um caminho de santidade”. D. Jorge recordou, também, que a vida “deve ser encarada como um projeto de santidade” e que “estes momentos de alguma anormalidade” devem ajudar a ultrapassar a questão da “preponderância do culto dos mortos sobre a vocação à santidade” que os dois primeiros dias de novembro “deveriam sublinhar”. Por outras palavras, “celebrar os mortos terá de ser sempre um apelo à santidade”.

“A ligação aos entes falecidos passa pela oração, na eucistia e na vida pessoal e famili, pelas esmolas e por todas as expiências de cidade, mais valiosas que todas as flores, círios ou sepultas ornamentadas”

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opiniãopública: 28 de outubro de 2020

Como fazer um testamento? Um testamento pode ser feito por qualquer pessoa maior de idade, ou menor mas emancipada, que não esteja impedida por uma anomalia psíquica. É possível preparar o documento em qualquer cartório notarial público, em Portugal. Caso viva no estrangeiro, poderá deslocar-se aos consulados de Portugal. O documento pode ser preparado em qualquer momento, mas é necessário fazer um agendamento, conforme informa o Portal do Cidadão. Para preparar o testamento é preciso ir a um cartório, acompanhado de duas testemunhas. É necessário apresentar os documentos de identificação, do testador e das testemunhas. O notário pode dispensar a intervenção das testemunhas, em caso de urgência ou dificuldade de as conseguir. E essa referência deve ser feita no documento, como indica a Ordem dos Notários. Também podem intervir no processo peritos médicos para garantirem a sanidade mental do testador, a pedido do próprio ou do notário. Qualquer pessoa pode escrever um testamento e não existe um modelo rígido para o fazer. Distinguem-se dois tipos mais comuns, de acordo com o Código Civil (artigo 2204.º e seguintes): o testamento público é um documento escrito pelo notário no seu livro de notas, enquanto o testamento cerrado é um documento manuscrito e assinado pelo testador, ou por outra pessoa a seu pedido. Também pode ser manuscrito por outra pessoa a pedido do testador e assinado por ele. De salientar que o testador só pode não assinar o testamento cerrado quando não saiba ou não possa fazê-lo. O documento tem de ser depois submetido à aprovação de um notário. Se assim o entender, o testador pode depositar o testamento cerrado no Cartório Notarial. Mas este pode ser posteriormente retirado pelo próprio ou por um procurador com poderes especiais.

Agentes funerários: ajuda e conforto num momento de dor Apesar do momento do falecimento de uma pessoa querida ser muito difícil, é também necessário tomar uma série de decisões. Por isso mesmo é importante que as famílias tenham ao seu lado profissionais capazes e de confiança. Não será por acaso que existem muitas famílias que mantêm com as suas agências funerárias uma relação que se prolonga durante muitos anos. Uma agência funerária contratada consegue sugerir e muitas vezes antecipar o que é necessário, tendo em conta sempre a vontade das respetivas famílias. É essencial que, respeitando as fragilidades emocionais da família, as agências funerárias se encarreguem de todos os trâmites relacionados com o funeral, do registo do óbito nas conservatórias, passando pelas diligências necessárias à obtenção de uma certidão de óbito (que é passada por um médico), até à marcação das capelas mortuárias e dos serviços religiosos. O agente funerário tem, na verdade, uma função imprescindível na condução ética e humana dessa cerimónia para que os familiares possam viver a dor da perda, sem terem de lidar com muitas preocupações. Para começar, a atividade funerária deverá ser exercida no mais estrito respub

peito pelas disposições legais em vigor, devendo os responsáveis de cada empresa pugnar pelo cumprimento pontual das disposições legais e deontológicas vigentes por parte de todos os seus funcionários e colaboradores. A tudo isto soma-se o sigilo profissional. Nos termos legalmente previstos, todas as tarefas devem ser exercidas com discrição relativamente a todas as condições dos serviços prestados. As empresas funerárias deverão pugnar pela boa qualidade dos produtos e serviços por si oferecidos, bem

como pela correta adequação dos seus meios técnicos, humanos e operacionais às necessidades e especificidades dos serviços prestados. Muito importante é o esclarecimento, à partida, do valor a pagar pelas famílias. Assim, os agentes funerários deverão, sempre, dar aos clientes informações bem explícitas sobre preços e demais condições dos serviços prestados, defendendo a boa organização e detalhe das suas tabelas de preços, em cumprimento das normas legais em vigor, bem como pela sua correta e rigorosa aplicação. pub


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Cemitério Municipal encerrado a 31 de outubro e 1 de novembro Dada a situação de pandemia que se vive no país e o evoluir negativo da situação epidemiológica, a Câmara Municipal de Famalicão decidiu encerrar o Cemitério Municipal nos dias 31 de outubro e 1 de novembro. A medida tem como objetivo evitar aglomerados de pessoas no mesmo espaço, salvaguardando a saúde pública, numa altura em que os casos de infeção por covid19 estão a crescer de forma exponencial no país. “Depois de consultada a Comissão Distrital da Proteção Civil e os vários serviços municipais que dão apoio nesta área considerou-se que não seria possível assegurar as normas de segurança emitidas pela DGS nem no interior, nem nas zonas envolventes do cemitério, pelo que se decidiu pelo seu encerramento naqueles dois dias em que, tradicionalmente, as pessoas se deslocam aos cemitérios", explica o presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha. Para minimizar as consequências da medida e possibilitar o acesso das pessoas, a Câmara Municipal vai prolongar o horário de abertura de verão do Cemitério Municipal até ao dia 8 de novembro, o que significa que pode ser visitado diariamente (com exceção dos dias 31 de outubro e 1 de novembro) entre as 7h00 e as 20h00. A autarquia está ainda a recomendar os presidentes das juntas de freguesia do concelho a adotarem a mesma medida nos cemitérios locais.

Flores que expressam sentimentos As flores acompanham-nos ao longo da vida para exprimir os mais variados sentimentos e assinalar as mais diversas datas. As flores alegram qualquer espaço e diz-se que protegem das vibrações negativas. Para os primeiros cristãos a coroa de flores simbolizava o próprio Deus. A forma de círculo representa o infinito, já que esta figura geométrica é, justamente, usada nas culturas gregas na antiguidade para simbolizar o eterno. Nos primeiros dias de novembro, os cemitérios estarão cheios de flores de todas as cores e haverá muitas coroas nos jazigos, numa homenagem a quem partiu. É verdade que, ao longo do ano, as famílias vão cuidando e asseando os jazigos dos seus entes queridos, mas é por esta ocasião que os cemitérios estão realmente mais bonitos. Durante o ano, muitas famílias optam por colher flores dos seus próprios jardins para decorar as floreiras das campas, mas nesta ocasião, até porque há menos flores, as floristas são muito solicitadas para realizarem trabalhos mais específicos, com arranjos florais mais pormenorizados e especializados. Porque nestes dias de novembro a azáfama é muita, procure uma florista profissional da sua confiança para estipular quais as suas opções e, é claro, quais as flores que pretende para oferecer aos que ama, mesmo não estando na presença deles fisicamente.

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Prestações por morte Os familiares de um beneficiário do Regime da Segurança Social que faleça têm direito a receber dois apoios sociais: o subsídio por morte e a pensão de sobrevivência. A pensão de sobrevivência não tem prazo para ser pedida. Se for pedida nos 6 meses seguintes ao falecimento, a família pode contar com a pensão de sobrevivência desde o mês seguinte ao da morte. Se for pedida após os 6 meses, ela só tem direito à pensão a partir do mês seguinte ao do pedido. Para esta pensão ser atribuída, é requerido que o falecido tenha descontado um mínimo de 36 meses. O valor a receber corresponde a uma percentagem do valor da pensão de velhice ou de invalidez a que o beneficiário tinha ou teria direito. O subsídio por morte deve ser pedido até 6 meses desde o falecimento e o reembolso das despesas de funeral até 3 meses após essa data. O subsídio por morte visa compensar a família pelos encargos tidos com o falecimento. Esta prestação única equivale a um valor igual a três vezes o IAS (Indexante dos Apoios Sociais): 1263,96 euros. O subsídio por morte e a pensão de sobrevivência são atribuídos ao cônjuge ou pessoa com quem o falecido vivia em união de facto, e aos filhos menores, se

existentes. Caso o cidadão falecido não tenha sido abrangido por um regime de proteção social, com direito ao subsídio por morte ou, caso ele tenha sido abrangido por um regime com direito a este subsídio, mas o montante deste tenha sido inferior a 50% do valor mínimo estabelecido para o subsídio por morte, pode-se recorrer a outro apoio: o subsídio de funeral. O subsídio de funeral é uma prestação monetária única, destinada a compensar o requerente das despesas com o funeral de qualquer membro do seu agregado familiar, incluindo os nascituros (fetos), ou de qualquer outra pessoa, desde que tenha sido residente em território nacional e não tenha recebido subsídio por morte. O subsídio de funeral tem o valor de 217,72€ (2018) sendo atualizado todos os anos. A quantia é paga de uma só vez por transferência bancária, ou por cheque não à ordem (não pode ser endossado a terceiros, só pode ser levantado pelo próprio ou depositado numa conta do próprio). O valor recebido de subsídio de funeral não necessita de ser declarado para efeitos de IRS. Se da morte decorrer o direito a uma indemnização por despesa de funeral, o valor de Subsídio de Funeral tem de ser devolvido.

E as contas bancárias? Os depósitos bancários em caso de morte de um dos titulares da conta suscitam muitas dúvidas entre os cônjuges, unidos de facto, descendentes e ascendentes. Talvez por essa razão, o instinto da maioria é rapidamente tentar transferir os valores monetários da conta do falecido para outras contas, com receio de perda desses valores ou de pagamento de impostos. No entanto, saiba que os depósitos bancários em caso de morte, estão isentos de imposto quando se tratam de familiares diretos, ou seja, pais, filhos ou cônjuges não vão ter de pagar qualquer imposto pelo dinheiro ou bens transmitidos. Todavia, a regra não é aplicável a outros beneficiários. Assim, o primeiro procedimento a dar após o falecimento de um titular de uma conta de depósito é a pronta comunicação à instituição de crédito onde está sedeada a mesma. Assim que comprovem a sua qualidade junto da respetiva instituição bancária, e se devidamente habilitados legalmente, os herdeiros poderão ter acesso à conta. Cabe à instituição bancária indicar quais os documentos a ser apresentados pelos herdeiros (certidões de óbito e de habilitação de herdeiros, entre outros, por exemplo). As instituições bancária que, por qualquer via, tenham conhecimento do falecimento de um titular de conta de depósito estão forçadas a não autorizar o levantamento de quaisquer depósitos, até que os herdeiros atestem, se aplicável e pelos meios legais exigidos, que se encontra liquidado o imposto do selo referente à transmissão dos depósitos bancários ou segundo o artigo 63.º - A do Código do Imposto do Selo - quando se trate de um caso de isenção do imposto do selo, que se encontra cumprida a obrigação de declaração da transpub

missão junto da Autoridade Tributária e Aduaneira - AT. Cumpridos os requisitos acima mencionados os herdeiros podem aceder aos depósitos bancários em caso de morte do titular da conta. Fonte: www.e-konomista.pt pub


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Cemitérios fechados na maioria das freguesias de Famalicão a 1 de novembro Por causa da pandemia da Covid 19, a Igreja já cancelou as celebrações religiosas que acontecem nos cemitérios nesse dia. Mesmo assim, e tendo em conta que são muitas as pessoas que aproveitam para visitar os jazigos dos seus ente-queridos no Dia de Todos os Santos, com verdadeiras romagens aos cemitérios, a maioria das juntas de freguesia do concelho já decidiu pelo encerramento ao público daqueles locais.

Encerramento dias 30 e 31 de outubro e 1 novembro: Mogege

Encerramento dia 31 outubro e 1 novembro: Ribeirão Riba d’Ave Joane Brufe Castelões Delães Fradelos Gavião Landim Lousado Nine Oliveira Santa Maria Pedome Pousada de Saramagos Requião Vermoim Vilarinho das Cambas Vale S. Martinho UF Antas e Abade Vermoim, UF Arnoso e Sezures, UF Avidos e Lagoa UF Carreira e Bente UF de Lemenhe, Mouquim e Jesufrei UF de Ruivães e Novais UF de Seide UF de S. Cosme Telhado e Portela

Encerramento dia 1 novembro: Oliveira S. Mateus UF Gondifelos, Cavalões e Outiz Calendário S. Tiago da Cruz

ABERTOS: UF Esmeriz e Cabeçudos Louro

Proibido circular entre concelhos de 30 de outubro a 3 de novembro

Entre as 00h00 de 30 de outubro e as 06h00 de dia 3 de novembro vai ser proibido circular entre concelhos, como forma de reduzir a propagação do novo coronavírus, tal como foi decidido pelo Conselho de Ministros. Porém, há várias execeções previstas na lei - como o facto de as pessoas que trabalham nos concelhos limítrofes da residência ou nas Áreas Metropolitanas não precisarem de uma declaração da entidade patronal, bastando uma "declaração de compromisso de honra". A resolução do Conselho de Ministros foi publicada na segunda-feira em Diário da República.

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