Opinião Pública nº 1497

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Ano 29 | Nº 1497| De 3 a 9 de fevereiro de 2021| Diretor: João Fernandes | Gratuito | www.opiniaopublica.pt

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Segundo o Anuário Estatístico da Região

Famalicão continua a ser o concelho mais exportador do Norte p. 4

Unidade de Riba d’Ave nega existência de fraude, mas Ministério Público está a investigar

MULHER E FILHA DO DIRETOR DO HOSPITAL NARCISO FERREIRA VACINADAS CONTRA A COVID 19 A polémica com a vacinação contra a Covid 19 de não prioritários chegou ao Hospital Narciso da mulher com o facto de as mesmas se terem disponibilizado para auxiliar doentes Covid, Ferreira, de Riba d’Ave. O administrador, Salazar Coimbra, justifica a vacinação da filha e depois da vacina produzir efeitos. O Ministério Público está a investigar o caso. p. 9

Hortas urbanas saem da Devesa para o Citeve poder crescer p. 3

FC Famalicão Silas é o novo treinador

Centro de Atletismo de Famalicão sofre novo atraso

Obras Solidariedade Dar as Mãos que aumentar resposta Câmara investe 1,6 milhões de euros na remodelação da Biblioteca Municipal p. 5 social aos sem-abrigo p. 6 pub


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CIDADE

opiniãopública: 3 de fevereiro de 2021

Primeiro prémio foi para consumidor de Lousado

Sorteio de Natal da ACIF já tem vencedores Realizou-se na última quarta-feira o sorteio dos premiados no Grande Sorteio de Natal da Associação Comercial e Industrial de Famalicão (ACIF), inserido na Campanha de Natal 2020. O primeiro prémio, uma bicicleta elétrica, foi para Armanda Silva, de Lousado, enquanto o segundo prémio teve como premiada Mónica Maia, de S. Tiago de Antas, e o terceiro prémio foi para Diana Terroso, de Famalicão. Ao todo, foram registados 5,892 bilhetes de consumidores do comércio tradicional famalicense. O objetivo desta iniciativa foi o de dinamizar as compras no comércio tradicional associado da ACIF, habilitando os respetivos clientes a um dos prémios do sorteio. Por compras em valor mínimo a definir por cada comerciante, cada cliente recebia um bilhete que o habilitava a um dos três prémios finais. Cada A Ourivesaria Augustos venceu o concurso de montras bilhete tinha um código a ser inserido Este concurso decorreu entre os dias por cada pessoa no website exclusivo da pessoais, ficando automaticamente insiniciativa, juntamente com alguns dados crito e habilitado ao sorteio dos prémios. 1 de dezembro de 2020 e 6 de janeiro de

Conselho Municipal de Cultura aprovou voto de louvor

Associações culturais reconhecem apoio do Município durante a pandemia

O programa “Anima-te” foi um dos exemplos apontados pelos agentes culturais

As entidades culturais e artísticas de Famalicão reconheceram publicamente “todo o apoio, dinâmica e empenho que o Município de Famalicão teve para com as estruturas, associações e movimentos culturais do concelho em 2020, durante a pandemia”. Os 23 representantes de associações culturais participaram, a semana passada, na reunião extraordinária do Conselho Municipal de Cultura e aprovaram, por unanimidade, a atribuição de um Voto de Louvor à Câmara Municipal pelo apoio que a autarquia prestou

FICHA TÉCNICA

CONSELHO EDITORIAL: Alexandrino Cosme, António Cândido Oliveira, António Jorge Pinto Couto, Artur Sá da Costa, Cristina Azevedo, Feliz Manuel Pereira, João Fernandes, Manuel Afonso e Almeida Pinto. ESTATUTO EDITORIAL: disponível em www.opiniaopublica.pt

DIRETOR: João Fernandes (CIEJ TE-95) jfernandes@opiniaopublica.pt

ao setor durante o contexto pandémico. De acordo com a proposta apresentada ao grupo pela CAISA – Cooperativa de Artes, Intervenção Social e Animação C.R.L, “mais do que apoio financeiro, são as boas palavras e a humanização municipal em relação aos agentes e associações culturais que nos fazem ganhar forças”. A dinamização de uma programação cultural online, através do projeto “Há Cultura em Casa”, e o programa de verão “Anima-te” foram dois exemplos apontados

CHEFE DE REDACÇÃO: Cristina Azevedo (CPJ 5611) cristina@opiniaopublica.pt

REDACÇÃO: informacao@opiniaopublica.pt Carla Alexandra Soares (CICR-248), Cristina Azevedo (CPJ 5611).

DESPORTO: José Clemente (CNID 297) e Paulo Couto.

pelos agentes culturais do concelho de iniciativas desenvolvidas pela Câmara Municipal para mitigar os efeitos da pandemia no setor. Na reunião foi também apresentado e aprovado, por unanimidade, o Plano Municipal de Cultura. O documento assume como missão “a promoção da cultura como meio de consolidação da coesão social e comunitária, valorização da identidade e do território e integração no diálogo com outros povos”, através da implementação de uma dinâmica cultural assente na diversidade, com projetos que atravessem todos os géneros e estejam em todo o território, chegando assim a um maior número de pessoas. O vereador da Cultura lembrou que se trata “de uma base de trabalho aberta aos contributos de todos os agentes culturais do concelho”. Para Leonel Rocha, mais do que um plano elaborado com o intuito de iniciar e fomentar processos de dinamização cultural no território, o Plano Municipal de Cultura “resulta da constatação e potenciação do trabalho já existente no concelho na área da Cultura, fruto da ação conjunta e do trabalho em rede realizado com os diferentes agentes e parceiros culturais e artísticos”.

GRAFISMO: Carla Alexandra Soares

OPINIÃO: Adelino Mota, Barbosa da Silva, Domingos Peixoto, Mário Teixeira, José Luís Araújo, Sílvio Sousa, Vítor Pereira.

GERÊNCIA: João Fernandes

CAPITAL SOCIAL: 175.000,00 Euros.

DETENTORES DE MAIS DE 5% DO CAPITAL

António Jorge Pinto Couto João Fernado da Silva Fernandes Voz On, Lda.

Academia de Bailado de Famalicão com 9 alunas apuradas para o Dançarte

A Artis - Academia de Bailado Famalicão apurou nove das suas alunas solistas para a Competição Internacional Dançarte, considerado o "concurso de elite português". Seleciona apenas cerca de 60 bailarinos de todo o país, após audição por vídeo avaliada pela jurada Barbora Hruska. O evento está este ano na sua 17ª edição e vai decorrer na cidade de Faro no próximo mês de março. De todos os bailarinos selecionados estão as alunas de Famalicão da Artis, com idades entre 8 aos 18 anos. São elas: Maria Dias, Ana Pedro Costa, Lara Vieira, Margarida Lopes, Ana Roberta Fonseca, Diana Leal, Sabrina Mora, Sara Rodrigues e Maria Carrasco, que subirão a palco na categoria de solistas de Ballet Clássico e Contemporâneo. Recorde-se que este é o terceiro ano consecutivo que a Artis, inaugurada em setembro de 2018, é apurada para o Dançarte. Além de uma medalha de ouro na última participação, duas alunas da escola receberam ainda Bolsas de Estudo para estudarem dança em Munique e em Florença.

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2021. Devido ao confinamento e ao estado de emergência que vigora em Portugal, os prémios serão entregues quando a situação epidemiológica assim o permitir, em data e local a definir pela ACIF, esclarece a associação. Também o concurso de montras levado a cabo pela ACIF na Campanha de Natal 2020 já tem um vencedor. Neste caso, a fotografia da montra mais votada pertenceu à Ourivesaria Augustos, que desta forma repete a vitória naquela que foi a segunda edição desta iniciativa. No concurso, que decorreu entre 1 e 30 de dezembro de 2020, estiveram a concurso 28 fotografias de montras de lojas famalicenses, num total de oito lojas concorrentes. O prémio para a montra vencedora é uma noite para duas pessoas em hotel 4 estrelas, com pequeno almoço incluído. A entrega terá também lugar quando melhorar a situação epidemiológica em Portugal.

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opiniãopública: 3 de fevereiro de 2021

CIDADE

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Câmara vai criar novo espaço de cultivo junto ao Campo da Feira semanal

Hortas urbanas deixam a Devesa para o Citeve poder crescer Cristina Azevedo A Câmara Municipal de Famalicão anunciou, na passada segundafeira que as hortas urbanas vão deixar o Parque da Devesa e vão ser reinstaladas nos terrenos situados entre a Avenida dos Descobrimentos e o leito do Rio Pelhe, no centro da cidade, junto ao Hospital de Dia da Trofa e ao campo da Feira de Famalicão. Depois de na passada sextafeira, na Assembleia Municipal, o presidente da Câmara ter aventado como “muito provável” a saída das hortas da Devesa, para que o Citeve possa executar o seu plano de crescimento e ampliação, na segunda-feira surgiu a confirmação, que foi também dada a conhecer por Paulo Cunha aos hortelãos. Em causa está a vontade do Citeve – Centro Tecnológico da Indústria Têxtil e do Vestuário em construir instalações próprias para o CeNTI – Centro de Nanotecnologia e Materiais Técnicos, Funcionais e Inteligentes. Fundado em 2006, o CeNTI tem como membros associados fundadores o Citeve, a Universidade do Minho, a Universidade do Porto, a Universidade de Aveiro. “É uma grande notícia para Famalicão”, diz Paulo Cunha, depois da Câmara Municipal ter garantido a execução do projeto ao aceitar reverter uma área de terreno no Parque da Devesa, com cerca de 9 mil metros quadrados, de que tinha direito de superfície por um período de 51 anos, mas que são propriedade do Citeve. “Famalicão vai fixar e desenvolver uma infraestrutura de vanguarda mundial, que vai dar mais força e amplitude ao notável trabalho que o Citeve tem desenvolvido em Portugal a partir de Famalicão”, refere ainda o autarca. Os cerca de 9 mil metros quadrados de terreno que vão ser devolvidos ao proprietário, e que correspondem grosso modo à área de instalação das hortas urbanas, fazem parte de uma área total de perto de 51 mil metros quadrados que são do Citeve e

Terreno onde vão ser criadas as novas hortas urbanas

os hortelãos atuais a continuidade da sua atividade, mas que abre a porta a novos utilizadores, pois haverá mais talhões, e a fruição do espaço ribeirinho a todos os cidadãos”, explica Paulo Cunha. Numa carta dirigida aos hortelãos, Paulo Cunha informa-os individualmente do facto da autarquia não poder ficar insensível “à necessidade de expansão de instituições como o Citeve e o CeNTI, que muito contribuem para a nossa dinâmica concelhia, responsáveis pelo sucesso de muitos projetos têxteis e diretamente relacionados com a criação de emprego na nossa comunidade”. Pede ainda aos hortelãos compreensão para a sua “inevitabilidade” e deixa-lhes a garantia de que “todos quantos têm o seu talhão terão direito assegurado a novo talhão em idênticas condições ao atual” e que “os serviços municipais prestarão toda a ajuda necessária para que se proceda à deslocação de construções e à rápida instalação no novo espaço”.

“Teremos, assim, um novo es- dãos que as fazem, com um perque são parte integrante do Parque da Devesa pelo contrato de paço verde de proximidade na ci- curso pedonal ecológico novo. É cedência feita ao município em dade, com mais hortas urbanas, um espaço central com múltiplas 2009. Um contrato que, agora, ao igualmente próximas dos cida- capacidades, que garante a todos abrigo deste novo acordo, vai ser prolongado para um período de 100 anos, ficando assim salvaguardada para as próximas gerações de famalicenses a existência do Parque da Devesa tal como é hoje, assegura a autarquia. Nas últimas semanas já circulava entre os hor- disponibilizar condições ao Citeve com os inteNovas hortas vão ter telãos que as hortas urbanas iriam sair do Par- resses dos famalicenses que utilizam as hormais talhões que da Devesa, com alguns a manifestarem o tas”, criticando, sobretudo, aquilo que disse ser A construção deste equipaseu desagrado nas redes sociais. a falta de diálogo com os utilizadores das hormento estratégico para o concelho O assunto foi abordado na sessão da Assem- tas. e para o país implica, contudo, a bleia Municipal realizada na passada sextaJá o deputado do PSD, João Pedro Araújo suinevitável transferência das hortas feira, durante o debate da proposta de alteração blinhou que o Citeve “leva o nome de Famalicão urbanas para uma nova localizadas condições do direito de superfície do ter- para a Europa e para o mundo” e que o proção na cidade, o que vai permitir reno onde estão as hortas, entre o Município e blema “não é deslocar a hortas, mas por em a ampliação do corredor verde uro Citeve. A proposta – que foi aprovada com os causa o desenvolvimento do Citeve e todo o bano para sul de Famalicão à marvotos favoráveis do PSD, CDS, CDU e a absten- contributo que tem dado ao desenvolvimento gem do leito do Rio Pelhe. ção do PS e do BE – confere ao presidente da da indústria têxtil do concelho e do país”. As novas hortas urbanas vão Câmara poderes para outorgar a escritura desTambém o deputado da CDU, Daniel Samocupar uma área total superior a ses terrenos a favor do Citeve. paio defendeu a decisão da Câmara de dar con21 mil metros quadrados (as Paulo Pinto, deputado municipal do PS, la- dições ao Citeve, mas alertou para a atuais estavam numa zona de immentou que se “esteja a por em causa tudo o necessidade de “serem acautelados os interesplementação com 11,7 mil metros que foi o trabalho dos famalicenses no desen- ses dos usufrutuários das hortas”. quadrados) que inclui a criação volvimento das hortas, mesmo que sejam trans“É uma decisão que somos forçados a tomar de uma zona pedonal ribeirinha feridas para outro local”. Já o seu colga de porque está em causa o progresso de uma insde utilização pública, entre a Avebancada, Paulo Folhadela disse ter consciência tituição muito importante para Famalicão e para nida Rebelo Mesquita e a Avenida de que o Citeve “não é um centro qualquer”, o país”, justificou, por seu lado, o presidente da dos Descobrimentos. mas defendeu o equilíbrio entre “o interesse de Câmara.

Assembleia Municipal aprova restituição do terreno ao Centro Tecnológico

Famalicão é o 2º concelho do distrito com mais casos de violência doméstica O distrito de Braga foi o único no país que registou uma subida da criminalidade doméstica em 2020 e o concelho de Famalicão foi o segundo com mais os casos, só superado por Barcelos. A informação foi dada pelo chefe da secção de Investigação Criminal do Comando de Braga da GNR, major Fernando Martins, no arranque, a semana passada, de um ciclo de conferências online, organizado pela Cáritas Diocesana de Braga, em parceria com a Escola

de Direito da Universidade do Minho. De acordo coma informações prestadas por aquele responsável, o crime de violência doméstica passou de 1226 casos em 2018, para 1306 casos em 2019 e para 1346 em 2020, no distrito, sendo que a maioria referese a violência contra conjugue (1172). Dos 14 concelhos do distrito de Braga, foi em Barcelos que se registou o maior número de queixas, 230 no total. O concelho de Famalicão surge em segundo lugar, com 217 casos

seguido de Guimarães com 188 e de Braga com 140. O concelho com menos casos registados (9) foi Terras de Bouro. Quanto ás vítimas, o major Fernando Martins referiu que a grande maioria são mulheres (78%), com idades entre os 31 e os 64 anos. O número de detidos por este tipo de crime também aumentou. Em 2020 foram detidas 123 pessoas, mais 18 que em 2019. Foram ainda apreendidas 127 armas e presas preventivamente cinco pessoas.


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CIDADE

opiniãopública: 3 de fevereiro de 2021

PS Famalicão felicita empresários e trabalhadores A Concelhia de Famalicão do Partido Socialista veio, a semana passada, felicitar ospatrões e trabalhadores famalicenses pelo facto do concelho continuar a ser o maior exportador do Norte e o terceiro do país, segundo a mais recente edição do Anuário Estatístico da Região Norte. “Em 2019, mais uma vez, o nosso concelho aparece em posição de destaque em alguns indicadores económicos: terceiro concelho com o maior volume de exportações do país e uma balança comercial positiva num valor superior a 900 milhões de euros”, começa por dizer o partido, em comunicado. Depois, o PS de Famalicão dá os parabéns “a todos os que no seu dia-a-dia tornam possíveis estas notícias encorajadoras”. Destaca “o esforço de todos os envolvidos nesta construção coletiva” e reconhece “a importância e o relevo fundamental que empresários e trabalhadores, em conjunto, possuem na obtenção destes números”. “O mérito é todo vosso. Que ninguém vos retire esta conquista e se promova com o vosso trabalho”, atira ainda o PS.

Covid 19: número de novos casos volta a subir em Famalicão Os dados da Direção-Geral da Saúde referentes à incidência de novos casos da covid-19, das duas últimas semanas, referentes ao concelho de Famalicão mostram uma subida de mais de 252 casos por cada 100 mil habitantes. Com uma taxa de 1406 casos por cada 100 mil habitantes revelada na última semana, o novo boletim da DGS, publicado na segunda-feira, atribui a Famalicão uma taxa de 1658 novas infeções por cada 100 mil habitantes. Mantendo-se na lista dos concelhos de risco extremamente elevado, o concelho acompanha a tendência de subida de infeções registada em Portugal de forma transversal, nas últimas semanas.

PARQF desativou parquímetros na cidade

Volume das exportações ultrapassou os dois mil milhões de euros em 2019

Famalicão continua a ser o concelho mais exportador do Norte Famalicão consolidou em 2019 a posição de município mais exportador da região Norte, ultrapassando mais uma vez a barreira dos dois mil milhões de euros em volume de exportações e reforçando o terceiro lugar como município mais exportador do país, logo a seguir a Lisboa e Palmela. Os dados são da edição 2020 do Anuário Estatístico da Região Norte, editado no final do ano, e mostram ainda um saldo da balança comercial muito positivo em Famalicão, com as exportações a valerem praticamente o dobro das importações. A saúde da balança comercial é, de resto, um dos fatores que merecem maior destaque, com Famalicão no pódio dos municípios portugueses mais bem posicionados, com a proeza de um saldo positivo de quase 915 milhões de euros, resultado de uma diferença entre as exportações (2.029.890,175) e as importações (1.115.344,46). “Somos um município

que faz, que produz e que contribui para a economia nacional”, refere a propósito o presidente da Câmara Municipal. Paulo Cunha não fica surpreendido com os números do anuário estatístico e afirma que “é conhecido o ADN empresarial de Famalicão, formado ao longo de várias gerações de grandes empresários, que foram sucessivamente legando às gerações subsequentes um território forte-

mente marcado pelo saber-fazer e pela apetência para o investimento industrial”. Apesar de os números se referirem ao ano de 2019, ainda antes da pandemia provocada pela Covid 19, os dados mais recentes, revelados pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional Norte (CCDRN) relativos ao terceiro trimestre de 2020 (julho, agosto e setembro) continuam a colocar

Famalicão como primeiro nas exportações, relativamente à região Norte. Refira-se que o concelho de Famalicão tem perto de 15.000 empresas, que representam um volume de negócios na ordem dos cinco mil milhões de euros. Destas, perto de duas mil sociedades são da indústria transformadora que dão um contributo líquido importante para as contas nacionais e para a empregabilidade do país.

Iniciativa está agendada para maio deste ano

ACIF e Famalicão Made In promovem cimeira de negócios na Guiné Equatorial A PARQF, a empresa concessionária do estacionamento pago na via pública da cidade de Famalicão, suspendeu o pagamento dos parquímetros em virtude da atual situação pandémica que o país atravessa. A decisão da empresa, que é responsável pelo estacionamento tarifado em Famalicão há cerca de duas décadas, foi sensível ao apelo feito pela Câmara Municipal, diz a auatrquia em nota à imprensa. A medida entrou em vigor na passada segunda-feira. A PARQF informa ainda que “o serviço será retomado quando houver o levantamento das atuais restrições à circulação de pessoas e à atividade económica”.

A Associação Comercial e Industrial de Famalicão (ACIF), em parceria com o Famalicão Made In, está a organizar uma participação na Cimeira de Negócios Confederação Empresarial da Comunidade dos países de Língua Portuguesa (CECPLP), que decorrerá de 5 a 7 de maio deste ano, na Guiné Equatorial. A organização pertence à CECPLP que escolheu a Guiné Equatorial como país anfitrião para esta primeira cimeira que tem por objetivo levar ao país empresas internacionais da Comunidade CPLP, nove países, quatro continentes e países observadores associados. A parceria ACIF/Made In pre-

tende levar as empresas famalicenses interessadas em promover a sua atividade na Guiné Equatorial, permitindo a entrada noutros mercados e estabelecer novos negócios com outras empresas. Ao mesmo tempo, visa fortalecer o papel da Guiné Equatorial no seio da Comunidade CPLP, demonstrar o seu potencial, recursos e abertura ao investimento externo. Desta forma, serão apresentadas oportunidades de negócio, bem como instituições de suporte ao investimento internacional, indo de encontro às diretrizes de desenvolvimento do país nas seguintes áreas: energia, pesca, agricultura, transformação alimentar, forma-

ção, turismo e hotelaria, meio ambiente, saúde, transportes e indústria. A Confederação Empresarial elegeu a Guiné Equatorial para o país anfitrião, com o propósito de consolidar a integração deste país na esfera da comunidade e, demonstrar o seu enorme potencial, enquanto país de recursos e oportunidades, colocando-o na rota do investimento estrangeiro. As empresas famalicenses interessadas em marcar presença nesta cimeira de negócios devem consultar as condições de acesso junto da ACIF. Para mais informações podem recorrer aos seguintes contactos: inovacao@acif.pt ou 963896985.


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Obra já foi adjudicada e deve arrancar em maio

Câmara investe 1,6 milhões de euros na remodelação da Biblioteca Municipal A Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco, de Famalicão, vai ganhar novos espaços, com a criação de uma sala para audiovisuais, uma sala de leitura informal para estudo de grupos, uma nova área para albergar o espólio de Eduardo Prado Coelho e ampliação da sala de leitura. As obras de ampliação serão realizadas através da construção de um prolongamento do edifício, em pleno Parque de Sinçães, em direção à Casa das Artes, com ligações para circulação em vidro tratado do ponto de vista acústico e térmico. Para além das obras de ampliação, todo o edifício, que conta quase com 30 anos de existência, será remodelado, modernizado e adaptado às novas exigências tecnológicas. Assim, nesta intervenção será valorizada a receção no primeiro piso, será revista a localização do fundo local, aumentada a sala de leitura de adultos e serão criados novos espaços de leitura de audiovisuais, de depósitos de livros, de

O edifício da Biblioteca Municipal tem quase 30 anos

cafetaria e de garagem do bibliomóvel. A obra deverá arrancar em maio próximo e foi adjudicada, a semana passada, à empresa Costeira – Engenharia e Construção SA por 1,6 milhões de euros,

com prazo de execução de um ano. Para o presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha, trata-se de uma obra de “grande relevo para o concelho, que trará melhores condições de comodi-

dade e espaço à sala de leitura, mas também novas tecnologias para os seus utilizadores”. “Hoje uma biblioteca já não é só a consulta dos livros, há outras dimensões, nomeadamente, a digital, que importa acautelar”,

salientou. Porém, para o edil, a necessidade mais urgente tem a ver “com o estado de degradação do edifício que apresenta infiltrações e fissuras em diversos locais, sendo por isso necessário proceder à sua reabilitação”, explicou lembrando que “em quase 30 anos, o edifício nunca beneficiou de obras de melhoramento”. Refira-se que a autoria do projeto de remodelação pertence ao arquiteto João Eduardo Marta, o mesmo que assinou o projeto de construção do edifício, em 1988. A Biblioteca Municipal de Famalicão nasceu em 1913, instalada na cave dos Paços do Concelho. Em 1987, entra para a Rede Nacional de Bibliotecas Públicas e um ano depois é lançada a primeira pedra para a construção do novo edifício. Passados quatro anos, a 1 de junho de 1992, é inaugurado o edifício com 2.400m2, situado em pleno espaço verde do centro da cidade, o Parque de Sinçães. pub


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Associação já procura um novo espaço de acolhimento, em conjunto com a Câmara

Dar as Mãos que aumentar a resposta social aos sem-abrigo Cristina Azevedo comida a 18 sem-abrigo que, devido à pandemia, “já não fazem a A Associação Dar as Mãos quer refeição quente na nossa cantina, aumentar a resposta social aos mas vão lá buscar a refeição”, exsem-abrigo em Famalicão. Esta plica Bacelar Ferreira, adiantando instituição de solidariedade já que, também devido à Covid 19, a presta apoio a essas pessoas atra- Dar as Mãos teve que suspender vés da sua cantina social, com o os banhos que também disponibifornecimento de refeições, e dá lizava na sua sede, localizada albergue a seis sem abrigo numa junto ao mercado municipal. casa que lhe foi disponibilizada “Estamos a ver se conseguipela Câmara Municipal de Famali- mos um espaço, com outras concão. dições, para albergar essas Bacelar Ferreira, dirigente da pessoas. Estamos em conversaDar as Mãos, reconhece, porém, ções com a Câmara Municipal, que a resposta não é suficiente. porque terá que ser um espaço “Dizia-se que não havia sem-abri- central, localizado da cidade”, gos em Famalicão, mas a verdade afirma o responsável, acrescené que eles foram aparecendo. tando que a associação “já está a Temos gente a dormir em carros e juntar dinheiro para isso”. na rua, como por exemplo junto Entretanto, a Dar as Mãos vai Sede da Associação Dar as Mãos ao Largo dos Eixidos”, disse o res- prosseguindo com o seu trabalho ponsável, em entrevista à Fama de apoio e integração social e co- trabalho que, por um lado teve “Continuamos a distribuir aliTV. munitária às pessoas em situação que ser reinventado, tendo em mentação confecionada, entre 17 Atualmente, a associação dá de carência socioeconómica. Um conta as regras de segurança im- e as 18 horas, na nossa cantina. pub postas pela pandemia, e que, por São 40 pessoas que apoiamos, outro lado, teve que ser reforçado, onde se incluem os 18 semdado o aumento de pedidos de abrigo”, conta Bacelar. ajuda. Em simultâneo a Dar as Mãos

distribuiu ainda 42 cabazes com produtos alimentares a outras tantas famílias do concelho, que recebe do banco Alimentar Contra a Fome. A estes, juntam-se mais uma dezena que a própria associação compõe com donativos que lhe vão chegando de particulares e empresas. Apesar da crise sanitária e até económica provocada pela pandemia, Bacelar Ferreira reconhece que os famalicenses “continuam a ser generosos e a dar”. Já o trabalho dos voluntários, “vai-se fazendo, sempre com muito cuidado, com todas as regras de proteção, embora notamos que a disponibilidade dos nossos voluntários tem vindo a diminuir, o que é natural”. A necessidade mais urgente, no entender do responsável, é mesmo a casa para acolher os sem-abrigo. Até lá, a associação vai distribuindo ainda medicamentos, roupas e até móveis aos mais necessitados. *com Jorge Humberto

Primeiro conto elaborado por alunos da EB de Gondifelos

Biblioteca Municipal lança coleção de livros digitais centrados nos ODS A Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco, de Famalicão, já tem disponível, na versão de livro digital interativo, o primeiro conto de uma coleção composta por 17 contos representativos dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Este primeiro livro, intitulado “As inquietações de Mariana” é da autoria dos alunos Alexandre Alves, Ana Rita, Guilherme Santos, Mariana Carvalho e Mariana Maciel, da Escola Básica de Gondifelos, e resulta na interpretação dos autores sobre a temática do ODS1 "Erradicar a Pobreza". O conto foi um dos vencedores do Concurso de Escrita Criativa intitulado “tODoS por um mundo melhor”, promovido pela Biblioteca Municipal. Já em processo de adaptação para a versão de livro digital interativo encontram-se mais dois contos, também vencedores da edição 2019/2020, referente ao ODS2 "Erradicar a Fome", que será tornado público no próximo mês de março, e ao ODS3 "Saúde de Qualidade", que será tornado público mês de maio. O livro pode ser acedido através do site da Biblioteca Municipal, seguindo o link ODS – Contos interativos Digitais. Entretanto, já está também disponível, nas versões papel e digital, a brochura “A tua Europa sustentável”, como resultado da parceria entre a Antena de Informação Europeia de Famalicão, sediada na Biblioteca Municipal, e o Centro de Informação Europe Direct Minho, sediado no Instituto Politécnico do Cávado e Ave. A brochura pretende ser fonte informativa e de consciencialização sobre a temática dos ODS. O leitor identificará as grandes metas de cada Objetivo de Desenvolvimento Sustentável e encontrará alguns exemplos de boas práticas implementados a

nível europeu e a nível local. Existem ilustrações ainda que pretendem retratar “um cenário ideal” para cada ODS por forma a que o leitor possa percecionar aquilo que os líderes mundiais se comprometeram a ver alcançado até 2030. Refira-se que a Rede Municipal de Leitura Pública de Famalicão tem vido a dinamizar o projeto “ODS: juntos mudamos um mundo”, com o pretexto de dar a conhecer e disseminar junto da comunidade famalicense a temática dos 17 ODS, quer seja através de iniciativas educativas direcionadas para as escolas, quer seja através de iniciativas informativas direcionadas à população em geral.


opiniãopública: 3 de fevereiro de 2021

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Município participou num webinar promovido pela Turismo do Porto e Norte de Portugal

Famalicão elogiado pelas políticas de promoção do Turismo Industrial O presidente da Turismo do Porto e Norte de Portugal, Luís Pedro Martins, apontou Famalicão como exemplo de um município onde se desenvolve o Turismo Industrial “assente numa estratégia diferenciadora, que privilegia experiências autênticas e descobertas originais”. O responsável falava durante o “Webinar: Turismo industrial: Partilha de boas Práticas - Desafios e Oportunidades”, que decorreu na passada sexta-feira e contou ainda com a intervenção da secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, que encerrou o evento Luís Pedro Martins referiu que “o turismo industrial que se desenvolve em Vila Nova de Famalicão no âmbito da marca “Famalicão Cidade Têxtil”, é complementado, numa perspetiva de ‘cross selling’ , com o enoturismo e com os produtos locais ‘made in Famalicão – Produto que é Nosso, que inclui mais de 80 produtos reconhecidos”. O responsável entende que a região tem um “enorme potencial” para se afirmar como destino do turismo industrial, podendo ser um caminho para reerguer o setor pós Covid-19. “O Norte de Portugal tem um enorme potencial para se afirmar como destino por excelência do turismo industrial, contribuindo para o seu prestígio

Museu da Indústria Têxtil em Famalicão

e notoriedade. Estamos a trabalhar em rede, a nível nacional em estreita ligação com o Turismo de Portugal, e também a nível regional de forma muito próxima e com o envolvimento direto e ativo dos municípios e parceiros, para edificarmos e

consolidarmos um produto devidamente estruturado com o contributo de todos”, afirmou. O vereador do Turismo da Câmara de Famalicão, Augusto Lima, que também participou no webinar, destacou, por seu lado,

Propostas devem ser apresentadas até 15 de fevereiro

Estão abertas as candidaturas ao Orçamento Participativo Jovem

Casa da Juventude de Famalicão

Estão a decorrer até 15 de fevereiro as candidaturas ao Orçamento Participativo Jovem de Famalicão, designado “OP – Impulsa Jovem”. A iniciativa promovida pela Câmara Municipal destina-se a todos os jovens com idades entre os 15 e os 35 anos, residentes, trabalhadores ou estudantes em Famalicão, com ideias inovadoras e vontade de

participar ativamente na vida do concelho através da apresentação de projetos de investimento. A candidatura pode ser apresentada a nível individual ou em grupo, até ao máximo de cinco jovens, e deve ser feita através do preenchimento dos formulários próprios de candidatura, disponíveis através do site da Juventude de Famalicão.

Todas as candidaturas devem depois ser enviadas para o email do Balcão Único de Atendimento, balcaounico@famalicao.pt. A proposta vencedora terá um limite orçamental de cinco mil euros sendo que o projeto será implementado pelos serviços municipais em e colaboração com o seu proponente. O regulamento encontra-se disponível no site da Juventude de Famalicão. Para o presidente da autarquia, Paulo Cunha, “é muito importante ouvir a voz dos jovens e as suas ideias no planeamento do nosso concelho para o futuro”. Assim, o Orçamento Participativo Jovem “pretende também representar uma nova abordagem de trabalho com os nossos jovens e reforçar o compromisso entre o Município e a juventude”. Refira-se que podem ser apresentadas propostas nas áreas de competência do Município, concretamente, Cultura, Ação Social, Voluntariado, Turismo, Urbanismo / Obras, Associativismo, Educação, Desporto, Empreendedorismo, Ambiente, Saúde e Inovação Social.

o papel “ativo e imprescindível” de cada um dos agentes que integra o Roteiro Famalicão Turismo Industrial afirmado que autarquia “é um facilitador neste processo” nomeadamente, “com um importante papel na animação da rede e promoção do produto”. O vereador referiu aina que esta rota integra áreas onde há um enorme potencial turístico para ser conhecido e visitado e sublinhou que sendo Famalicão “uma verdadeira referência a nível industrial, detentora da marca Cidade Têxtil, tem todas as condições para fazer desta nova aposta um projeto de grande sucesso turístico”. Refira-se que Famalicão é um dos municípios que integra o Grupo Dinamizador da Rede Nacional de Turismo Industrial, criado em 2020 pelo Turismo de Portugal. Este grupo tem vindo a trabalhar na estruturação da oferta, na capacitação dos agentes e na sinalização e partilha de boas práticas, e foi neste âmbito que se realizou este Webinar. A iniciativa contou com mais de 600 participantes, nacionais e internacionais, sendo de destacar as participações internacionais do Brasil, de várias regiões de Espanha e do Canadá.

PS propõe novas medidas de apoio ao comércio local

O Partido Socialista (PS) de Famalicão veio esta semana, em comunicado, defender a implementação de medidas de apoio direto ao comércio local e à restauração do concelho, por parte da Câmara Municipal. A Concelhia do partido apresenta algumas propostas que “caso fossem implementadas, minimizavam graves problemas económicos no futuro pós-pandemia, e cujo custo será seguramente inferior aos custos de nada fazer”, afirma. Assim, o PS propõe que a autarquia crie um mecanismo de apoio aos agentes da cultura penalizados pelo cancelamento de festas e eventos organizados pelo município; que apoie o comércio tradicional e a restauração na despesa com a renda mensal, numa percentagem proporcional à perda de faturação decorrente da pandemia; e que eduza os impostos e taxas municipais de âmbito empresarial. Os socialistas sugerem que se efetue, sempre que possível, a compra de bens produzidos no concelho nas aquisições da responsabilidade da Câmara e que se criem cabazes alimentares, com produtos adquiridos no comércio do concelho, com o objetivo de ajudar famílias com perda significativa de rendimento. O PS entende ainda que as “festividades programadas, devem ser devidamente ponderadas”, por forma a reduzir o investimento das que não possam ser canceladas e de canalizar a verba disponível das que foram canceladas para estas medidas de apoio.


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CIDADE

opiniãopública: 3 de fevereiro de 2021

Em missiva enviada à ministra da Justiça

Deputados do PSD denunciam “justiça adiada” no TAF de Braga Os deputados do PSD, eleitos pelo distrito de Braga, questionaram a ministra da Justiça sobre os atrasos no Tribunal Administrativo e Fiscal (TAF) de Braga, que, em seu entender “adiam a justiça” e prejudicam os cidadãos. Num documento endereçado a Francisca Van Dunem, os social-democratas realçam que “é de conhecimento público que os Tribunais Administrativos e Fiscais em geral (e o TAF de Braga em particular), padecem de um seriíssimo problema de pendências e moras processuais” “Esta situação tem gerado atrasos de décadas na tramitação e decisão dos processos intentados. Não só os processos ficam parados quando entram nos tribunais em apreço, como aqueles, poucos, que avançam ficam a aguardar por uma sentença que tarda em chegar", acusam os deputados. “Concretamente no Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga, há processos a aguardar tramitação há mais de 10 anos, bem como, existem processos em que a prova já foi produzida, assim como as alegações finais escritas e a sentença tarda, igualmente, há cerca de 10 anos”, afirmam. Para os parlamentares do PSD, uma justiça com “delongas deste calibre é tudo menos justiça, ferindo de forma gravís-

No TAF de Braga há processos com atrasos de mais de 10 anos

sima o Estado de Direito, bem como o prestígio e dignidade do próprio Estado”. Os deputados alertam que “acresce ainda que, no plano dos processos fiscais pendentes, atendendo a que os sujeitos passivos devem primeiro pagar os seus

impostos aguardando depois a decisão das impugnações das suas liquidações (sob pena de serem executados), esta mora na decisão faz com que os mesmos estejam a ser privados de recursos financeiros, que no período de exceção que vi-

vemos é causa de dificuldades acrescidas”. “Não é dramatismo algum dizer-se que estes atrasos colocam uma pressão acrescida e desmesurada sobre os sujeitos passivos e as empresas, o qual pode, no limite, conduzir mesmo às suas insolvências pessoais e empresariais. O que é algo que não pode ser tolerado”, acrescentam. Os deputados lembram que, em fevereiro de 2018, a secretária de Estado Adjunta da Justiça, em visita ao TAF de Braga, “garantia que o assunto estava em vias de resolução e que já tinham feito os ajustamentos que havia a fazer relativamente aos quadros dos juízes dos Tribunais Administrativos e Fiscais, incluindo o de Braga”. No entanto, chegados a 2022, os deputados do PSD dizem que, “não só o problema não foi solucionado, como se tem agravado de forma considerável”, Recorde-se que, por iniciativa da delegação de Famalicão da Ordem dos Advogados, a antiga sala de audiências localizada nos Paços do Concelho de Famalicão, passou a receber, em janeiro último, julgamentos do TAF de Braga, por falta de condições nas instalações deste tribunal na cidade bracarense, que se agravaram com a pandemia.

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Marca famalicense é especializada em design para mobiliário de escritório

NU-London lança solução para proteger locais de trabalho A marca famalicense NU-London, especializada no desenvolvimento de soluções de design para mobiliário de escritório, lançou no mercado uma solução para proteger os postos de trabalho nesta altura de pandemia. Para isso, a marca criou aquela que é a sua primeira gama de produtos de produção própria. Chamase CoVis e consiste numa "barreira invisível” de proteção em acrílico transparente, 100% reciclado e 100% reciclável, para aplicação em postos individuais de trabalho. A aposta inicial centrou-se na criação de soluções para o mercado londrino, mas neste momento um conjunto alargado de empresas de vários países da Europa já adotou este produto nos seus escritórios. “CoVis foi especialmente desenvolvida com base em estudos científicos, em particular sobre como as partículas e nuvens respiratórias se propagam no ar. Funciona em conjunto com o monitor do computador, fazendo com que a proteção esteja o mais próximo possível do utilizador e permitindo ser ajustada de forma ergonómica em função da posição do mesmo. A partir desta solução, surgiu toda a família de produtos CoVis com va-

A barreira em acrílico funciona em conjunto com o monitor do computador

riadas aplicações”, explica Nuno Correia, diretor de design e fundador da marca, um famalicense de 35 anos que em 2013 se estabeleceu em Londres, onde tem escritório. Em acompanhamento pelo programa municipal Famalicão Made IN, a NU-London presta serviços que vão do desenvolvimento de novos produtos, consultoria na escolha de soluções de mobiliário e space planning, até ao branding e marketing.

Contudo, a missão da marca não é a produção própria. A NULondon procura estabelecer parcerias estratégicas, nomeadamente em Portugal e no Reino Unido. “Através do design pretendemos identificar e associar-nos a fabricantes de mobiliário com capacidade técnica, acrescentando valor com soluções de design que permitam entrar de forma eficaz no mercado global do mobiliário de escritório”, remata o designer famalicense.


opiniãopública: 3 de fevereiro de 2021

FREGUESIAS

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Salazar Coimbra diz que não houve qualquer fraude, mas Ministério Público está a investigar

Diretor do Hospital Narciso Ferreira vacina mulher e filha contra a Covid 19 Cristina Azevedo A polémica com a vacinação contra a Covid 19 de não prioritários chegou ao Hospital Narciso Ferreira, de Riba d’Ave. O administrador e diretor clínico desta unidade, pertencente á Santa Casa da Misericórdia ribadavense, Salazar Coimbra, vacinou a filha, a mulher e outros familiares. A notícia foi avançada na passada segunda-feira pelo jornal Correio da Manhã, segundo o qual, para que os familiares e o próprio Salazar Coimbra (que é médico de formação) fossem vacinados, o hospital teria deixado de administrar a vacina a cerca de 20 enfermeiros, médicos e outros profissionais da unidade. Em comunicado, a administração do Hospital Narciso Ferreira e a Misericórdia de Riba d’Ave negam a existência de qualquer fraude e justificam a vacinação da filha e da mulher do administrador com o facto de as mesmas se terem disponibilizado para prestar auxílio a doentes Covid, logo que a vacina produza efeitos. Contudo, o caso já está a ser investigado pelo Ministério Público. A filha e a mulher de Salazar Coimbra receberam a vacina a 14 e 15 de janeiro. A filha é medica no Hospital de Guimarães, mas não exerce há cerca de um ano. Já a mulher não é médica nem funcionária do Hospital Narciso Ferreira, mas foi colocada nas listas para vacinação com se fosse médica do serviço de internamento Covid. Além destas duas pessoas, foram inda inseridas na lista uma prima de Salazar Coimbra, que é rececionista, bem como um porteiro e um empregado de armazém.

Salazar Coimbra

Hospital Narciso Ferreira, Riba de Ave

As explicações Contatado pelo OPINIÃO PÚBLICA, Salazar Coimbra não quis prestar declarações. As explicações surgiram em comunicado, no qual o Hospital e a Santa Casa da Misericórdia de Riba d’Ave começam por referir que Salazar Coimbra, “além de administrador é o diretor clinico da Instituição, razão pela qual foi vacinado”. Argumentam também que a esposa e a filha do administrador, ambas irmãs da Misericórdia, se ofereceram “para reforçar e participar no auxílio a doentes Covid no

respetivo departamento que se encontra em funcionamento no Hospital Narciso Ferreira”, daí a razão de terem sido vacinada. Adiantam, contudo, que as mesmas só iniciarão essa colaboração “logo que a vacina produza o efeito”. Hospital e Misericórdia falam “num processo de total transparência” e justifica a identificação errada da mulher de Salazar Coimbra como “médica”, com “um mero lapso dos serviços administrativos”. No que respeita aos trabalhadores que exercem funções de motorista e portaria,

estão incluídos na lista de trabalhadores das alas de tratamento Covid, encontrandose nas prioridades indicadas pelo Ministério da Saúde, esclarece a unidade. Assegura também que, ao contrário do que foi noticiado, “todos os enfermeiros da ala Covid, urgência, gastreontologia, anestesia, pneumologia, otorrino e bloco operatório foram vacinados”. “Apenas os enfermeiros que prestam serviço nos cuidados continuados não foram vacinados logo de imediato, em resultado de um surto de que foram alvo. Na semana passada foram também estes todos vacinados. Em suma, estão todos os enfermeiros vacinados”, conclui. O hospital informa que atualmente tem 72 utentes com Covid 19, que poderão chegar aos 92 já esta quinta-feira, prevendo-se ainda um aumento nas próximas semanas. A administração diz que a unidade de Riba d’Ave tem feito “um esforço sobre-humano para apoiar o Serviço Nacional de Saúde, procedendo à abertura de camas de retaguarda para doentes dos hospitais do SNS”.

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Faleceu o padre Domingos Carneiro, de Ruivães Faleceu, na passada sexta-feira, aos 81 anos, o padre Domingos Carneiro, que foi pároco de Ruivães ao longo de mais de quatro décadas. Figura bastante acarinhada nesta comunidade, a Junta da União de Freguesias de Ruivães e Novais lamentou, na sua página de Facebook, a morte do sacerdote “Ao Sr. Padre Domingos Carneiro, que ao longo de mais de 40 anos serviu esta comunidade paroquial resta-nos deixar um enorme agradecimento”, escrever a autarquia, acrescentando: “ficarão para sempre as boas memórias e recordações do nosso querido amigo”. O padre Domingos Carneiro nasceu a 8 de dezembro de 1939 em Seide S. Paio, Famalicão, e foi ordenado sacerdote a 15 de agosto de 1962. Logo nesse mês, foi nomeado vigário cooperador na paróquia de Ribeirão, funções que desempenhou funções até junho de 1967, quando passou a ser pároco em Rio Frio, Arcos de Valdevez. Antes de assumir a paróquia de Ruivães, foi ainda capelão nas Forças Armadas no Regimento de Cavalaria em Braga, e passou pelas paróquias de Semelhe e Parada de Tibães. Em 1978 regressa, então, ao arciprestado famalicense e às funções de pároco em Ruivães, onde esteve 42 anos, até dezembro de 2020. Em e 2011 passou a ser, também, pároco em Mogege onde esteve até outubro de 2019. As cerimónias fúnebres tiveram lugar no passado sábado, na Igreja Paroquial de Ruivães.


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FREGUESIAS

opiniãopública: 3 de fevereiro de 2021

Instalação de iluminação LED avança nas vilas e estradas municipais No próximo mês de março, a Câmara Municipal de Famalicão vai dar inicio à substituição das luminárias equipadas com lâmpadas convencionais por luminárias do tipo Led na via pública das vilas de Joane, Ribeirão e Riba de Ave e concluir a realização deste trabalho nas estradas municipais do concelho. A adjudicação da empreitada, que implica um investimento municipal de cerca de um milhão de euros, foi aprovada na reunião do executivo municipal da passada semana. Os trabalhos nas vilas vão ser executados pela empresa IELAC – Instalações Elétricas e Ar Condicionado, enquanto que nas estradas municipais o trabalho será efetuado pela empresa Cunha Bastos Lda. Ambas as empreitadas têm inicio previsto para março e um prazo de execução de 180 dias. Ao todo vão agora ser substituídas cerca de cinco mil lâmpadas, que se juntam às quase cinco mil já substituídas pela autarquia numa primeira fase que abrangeu todo o centro urbano da cidade, as estradas nacionais, a Via Intermunicipal (VIM) e ainda várias estradas e caminhos municipais. Com esta medida, a autarquia estima uma poupança de cerca de 40 por cento na sua fatura com a iluminação pública no concelho. Refira-se ainda que com todas as estradas nacionais, municipais e núcleos urbanos da cidade e das vilas equipadas com tecnologia Led, fica apenas a faltar os caminhos vicinais, que são os caminhos públicos de ligação entre lugares das freguesias. pub

População de Castelões cria mais de 2000 cachecóis para os sem-abrigo

A Junta de Freguesia e o Centro Social e Paroquial de Castelões promoveram a iniciativa “Um Cachecol, Um Agasalho”, desafiando os membros da população a confecionar cachecóis para posteriormente serem enviados ao Papa Francisco, que os iria distribuir aos sem-abrigo. No total foram confecionados 2029 cachecóis, um número que superou as expetativas iniciais, que eram de um cachecol por habitante. Devido às limitações impostas pela pandemia os cachecóis

não poderão viajar para Itália, mas vão ser doados, da mesma forma, a instituições locais que ajudam pessoas com este tipo de problemas económicos e sociais. Em comunicado, a Junta de Freguesia de Castelões faz um balanço muito positivo da iniciativa, afirmando que, “desta forma, conseguiremos aquecer quem mais precisa, que é esse o nosso objetivo principal”. A autarquia enaltece ainda “a solidariedade e empenho de todos os castelonenses” para

que o objetivo se concretizasse, adiantando que vai enviar um cachecol ao Papa Francisco “como símbolo deste reconhecimento à população de Castelões”. A Junta deixa ainda um especial agradecimento a todos os utentes do Centro Social e Paroquial de Castelões, que confecionaram centenas de cachecóis sendo, esta, “mais uma forma saudável de ocuparem os seus dias”. A entrega dos cachecóis às instituições da região será agendada durante esta semana.

Construção da Casa de Delães arranca este mês Deverá arrancar neste mês de fevereiro a obra de construção da Casa de Delães, um novo espaço que vai albergar a Junta de Freguesia e outros serviços e que resultará da requalificação das antigas instalações do Centro de Saúde de Delães. A obra foi adjudicada na última reunião do executivo camarário, realizada a semana passada, à empresa Construções Capela Braga, pelo preço de 421 mil euros. De acordo com o projeto, o emblemático edifício, que está localizado na área central da freguesia, será alvo de uma remodelação profunda, através de obras de adaptação e ampliação, preparando-se para acolher a sede da Junta de Freguesia, o Posto dos

Planta do edifício que vai albergar a nova sede da Junta

CTT, um auditório com 268 lugares e espaços para as associações e movimentos da freguesia. Refira-se que o edifício foi entregue ao município pela Administração Regional de Saúde do Norte, em contrapartida pela cedência do terreno

e infraestruturas necessárias para a construção da nova unidade de saúde de Delães, por parte da Câmara Municipal. A autarquia deu total cumprimento a todos os compromissos contratualmente assumidos (o novo Centro de Saúde de Delães viria a ser inaugu-

rado em 2007), mas só em agosto de 2017 viu ser formalizada a contrapartida assumida pela ARS Norte. A obra deverá, então, arrancar em breve e tem um prazo de execução e 210 dias, pelo que ficará concluída ainda este ano.


opiniãopública: 3 de fevereiro de 2021

FREGUESIAS

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Setor é um dos mais afetados pela pandemia de Covid-19

Ginásios do concelho revelam quebra de quase 80% Juliana Machado Os empresários do setor dos ginásios estão preocupados com as repercussões que a pandemia de Covid-19 está a refletir nos seus negócios. Obrigados a fechar portas novamente no passado dia 15 de janeiro, por causa do novo confinamento, o setor teve de se voltar a reinventar e pensar em novas soluções para conseguir fazer face às despesas e, ao mesmo tempo, proporcionar o melhor serviço possível aos clientes. Certo é também que devido ao decréscimo do poder de compra, muitas foram as pessoas que abdicaram dos serviços não essenciais, muitas delas optando pelos ginásios. Por outro lado, a impossibilidade de se dirigirem às instalações, de praticarem modalidades de grupo e usufruírem dos equipamentos especializados foram outras das razões apresentadas para as inúmeras desistências sentidas durante este período. O OPINIÁO PÚBLICA ouviu dois empresários do concelho de Famalicão sobre o tema, Hélder Ribeiro, proprietário do Fitness UP Famalicão e Eugénios Health & Spa Club, e Pedro Carneiro, do Rock Fitness, situado na vila de Joane, e concluiu que as soluções apresentadas aos clientes passam essencialmente pela aposta nas

Pedro Carneiro,proprietário do Rock Fitness

Hélder Ferreira, proprietário do Fitness UP e Eugénios

aulas online e pelo empréstimo de material de ginásio. “Desde o primeiro confinamento que sentimos uma quebra bastante acentuada e os dados que recolhemos mensalmente são preocupantes”, começou por dizer Pedro Carneiro, acrescentando que os dados serão mais calculáveis quando vol-

tarem a abrir portas, uma vez que, para já, “os contratos estão suspensos”. Apesar do notório esforço para prosseguir com a atividade, o empresário explica que manter todos os empregos, quer de instrutores de fitness, rececionistas, comerciais, entre muitos outros ligados ao setor, é uma tarefa quase impossível.

“Estão completamente desamparados. Cerca de 75% da mão de obra que trabalha no mundo do fitness são prestadores de serviços, a recibos verdes. Até ao momento, temos conhecimento que já fecharam mais de 300 clubes a nível nacional e totalizam-se 5 mil desempregados”, revelou Pedro Carneiro. “Já verifiquei profissionais que trabalhavam connosco a trabalharem no setor de retalho. Saem do mercado e arranjam novas soluções para fazer face às contas”, disse Pedro Carneiro, acrescentando que, no seu caso pessoal, não dispensou nenhum trabalhador, mas as horas de trabalho foram reduzidas. A falta de apoios particularmente pensados para o setor é outro dos fatores de indignação para os empresários do ramo. Por sua vez, Hélder Ribeiro afirma que “é preciso deixar de olhar para o setor com pouco impacto na economia”. “Somos vistos como um setor de entretenimento em vez de um setor promotor da saúde”, lamenta. “Temos que olhar para a saúde dos portugueses e não para a doença. O que se tem feito ao longo destes anos é apenas olhar para a doença em vez de perceber como preveni-la”, finalizou. A nível nacional, o setor dos ginásios revela quebras de quase 80%, valor esse que se estende às cadeias de fitness do concelho. pub


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opiniãopública: 3 de fevereiro de 2021

Olinda Maria Lima Francisco, no dia 31 de janeiro, com 41 anos, solteira, de Delães. Rosa Coelho Arcipreste, no dia 29 de janeiro, com 91 anos, viúva de José Marques Lopes, de Rebordões (Santo Tirso). Julita da Silva Freitas, no dia 28 de janeiro, com 96 anos, viúva de Alexandrino Ferreira Martins, de Roriz (Santo Tirso).

Lúcia de Jesus de Almeida Dias Teixeira, no dia 16 de janeiro, com 68 anos, casada com Avelino de Abreu Teixeira, de Pevidém (Guimarães).

Margarida Maria Fernandes Neto, no dia 27 de janeiro, com 52 anos, de S. Tomé de Negrelos (Santo Tirso).

Maria do Rosário da Fonseca Pinheiro Brandão Mouga, no dia 22 de janeiro, com 70 anos, casado com Fernando Manuel Lima da Silva Mouga, de Pevidém (Guimarães).

Manuel Augusto da Cruz Ribeiro, no dia 26 de janeiro, com 77 anos, casado com Ana Paula Leite Nogueira Ribeiro, de Sequeirô (Santo Tirso).

Emília de Oliveira Almeida, no dia 23 de janeiro, com 89 anos, viúva de Angelino Francisco Ferreira, de Pevidém (Guimarães).

Engrácia Martins, no dia 27 de janeiro, com 89 anos, viúva de José Martins Monteiro, de Roriz (Santo Tirso).

Armando de Sousa Almeida, no dia 23 de janeiro, com 94 anos, casado com Maria Fernanda Correia Machado Almeida, de Pevidém (Guimarães).

José António Couto Ferreira, no dia 25 de janeiro, com 52 anos, de Rebordões (Santo Tirso). Artur Silvino Ribeiro Ferreira, no dia 24 de janeiro, com 73 anos, casado com Maria Manuela Freitas Martins, de Roriz (Santo Tirso). Agência Funerária de Burgães Sede.: Burgães / Filial.: Delães Telf. 252 852 325

Amândio da Cruz Oliveira, no dia 23 de janeiro, com 82 anos, casado com Gracinda Araújo Machado, de Requião.

Falecimentos

Duarte da Silva Antunes, no dia 16 de janeiro, com 65 anos, casado com Cândida da Silva, de Brito (Guimarães).

José Fernandes, no dia 27 de janeiro, com 75 anos, casado com Maria de Lurdes da Silva Ferreira, de Sande Vila Nova (Guimarães). João Barbosa Marques, no dia 1 de fevereiro, com 86 anos, viúvo, de Gondar (Guimarães). Agência Funerária S. Jorge Pevidém– Tel.: 253 533 396

José Vida Moreira, no dia 30 de janeiro, com 83 anos, casado com Margarida Celeste da Silva Pereira, de Lousado.

José Carlos dos Santos Vilaça, no dia 21 de janeiro, com 62 anos, casado com Maria Cristina Marques da Silva, de Vale S. Cosme.

Maria José Ribeiro Nunes, no dia 31 de janeiro, com 88 anos, viúva de Carolino de Medeiros Batista, de Lousado.

Agência Funerária das Quintães Vale S. Cosme – Tel.: 252 911 290

Agência Funerária Guimarães Sousa Lousado – Tel.: 911 124 387

Lino Augusto da Silva e Sá, no dia 26 de janeiro, com 89 anos, casado com Maria Bertila de Abreu Gonçalves, de Brufe.

Maria José Gomes de Carvalho, no dia 26 de janeiro, com 78 anos, viúva de Fernando Gonçalves Sampaio, de Calendário.

Agência Funerária do Calendário Calendário – Tel.: 252 377 207

Maria do Céu Ferreira, no dia 26 de janeiro, com 96 anos, viúva de António Barbosa Lima, de Calendário.

Manuel Oliveira da Costa, no dia 31 de janeiro, com 81 anos, casado com Clara Vieira Ribeiro, de Nine. Ana Fernandes Rodrigues Ribeiro, no dia 29 de janeiro, com 59 anos, casado com Fernando Duarte Carvalho Ribeiro, de Cunha (Braga).

Teresa Maria Dias, no dia 26 de janeiro, com 91 anos, viúva de José Ribeiro Salgado, de Pedome. Carlos Emílio Dias Mendes, no dia 27 de janeiro, com 59 anos, casado com Maria de Lurdes Fernandes Rodrigues Mendes, de Vermoim.

Aníbal Martins Barbosa, no dia 28 de janeiro, com 76 anos, de Nine.

Maria Ester Bezerra Giesteira da Silva, no dia 28 de janeiro, com 84 anos, viúva de José Manuel Pinho da Silva, de Avidos.

Tereza da Silva Gomes, no dia 27 de janeiro, com 81 anos, viúva de João Martins Fernandes, de Nine.

José António Moreira Teixeira da Mota, no dia 27 de janeiro, com 76 anos, de Vila Nova de Famalicão.

António Pereira Fernandes, no dia 26 de janeiro, com 92 anos, viúvo de Ludovina de Sousa, de Oliveira S. Pedro (Braga).

João da Cruz Ferreira, no dia 28 de janeiro, com 79 anos, viúvo de Maria Celeste Moreira Ferreira, de Mouquim.

Agência Funerária Arnoso - José Daniel Pereira Arnoso Santa Eulália - Telf. 91 724 67 03

Maria Emília Pereira da Costa, no dia 28 de janeiro, 91 anos, viúva de João Pinheiro de Sousa, de Requião.

Abílio da Silva Azevedo, no dia 26 de janeiro, com 81 anos, casado com Maria da Conceição da Cruz Marques Azevedo, de Oliveira Santa Maria. Rosa da Cunha Alves, no dia 28 de janeiro, com 81 anos, solteira, de Conde (Guimarães). Maria Arminda Assunção, no dia 27 de janeiro, com 77 anos, casado com Abílio Pereira Couto, de Moreira de Cónegos (Guimarães). Miquelina Rosa Guimarães da Silva, no dia 30 de janeiro, com 79 anos, solteira, de Moreira de Cónegos (Guimarães). Laurinda de Jesus Oliveira, no dia 30 de janeiro, com 73 anos, viúva de Fortunato de Oliveira Leitão, de Ronfe (Guimarães). Antónia Ribeiro, no dia 31 de janeiro, com 95 anos, viúva de Francisco José de Castro, de Delães. Maria Rosa Gonçalves Monteiro, no dia 31 de janeiro, com 75 anos, casada com Manuel Rodrigues Francisco, de Madalena (Vila Nova de Gaia). Ermelinda Pereira Fernandes, no dia 1 de fevereiro, com 71 anos, solteira, de Oliveira Santa Maria. Agência Funerária Carneiro & Gomes Oliveira S. Mateus – Telm. 91 755 32 05

Jaime Martins Palmeira, no dia 28 de janeiro, com 84 anos, casado com Lúcia Martins Figueiras, de Areias (Santo Tirso). José Ribeiro da Silva, no dia 30 de janeiro, com 84 anos, casado com Olinda Araújo Dias Sampaio, de Ruivães. José Maria Barbosa Alves, no dia 30 de janeiro, com 84 anos, casado com Maria de Lurdes Torres Barroso, de Landim. Teresa de Barros, no dia 31 de janeiro, com 89 anos, viúva de António Rocha Pinheiro, de Landim. Gonçalo de Almeida Pinheiro, no dia 31 de janeiro, com 78 anos, casado com Maria José Borges Ferreira, de Cabeçudos. Amadeu Marcel Gonçalves Antunes, no dia 31 de janeiro, com 85 anos, casado com Maria Adelaide de Araújo Veloso, de Vila Nova de Famalicão. Luís Gonzaga Carvalho de Sousa, no dia 31 de janeiro, com 84 anos, casado com Maria Amélia de Azevedo Machado, de Avidos. Maria Alice de Pinho Oliveira, no dia 31 de janeiro, com 100 anos, viúva de Mário Oliveira Machado, do Louro. Agência Funerária da Lagoa Lagoa – Telf. 252 321 594

Luzia da Costa Machado, no dia 20 de janeiro, com 87 anos, casada com Joaquim Fernandes Fontes, de Vilarinho das Cambas.

António Magalhães da Cruz, no dia 28 de janeiro, com 71 anos, casado com Maria José Barros, de Vila Nova de Famalicão.

Maria Delfina Borges Monteiro, no dia 21 de janeiro, com 77 anos, de Fradelos.

Rev. Padre Domingos Alves Carneiro, no dia 29 de janeiro, com 81 anos, de Ruivães.

Maria Amélia de Araújo Coelho, no dia 23 de janeiro, com 88 anos, viúva de José Rodrigues de Miranda, de Brufe.

João Alves, no dia 31 de janeiro, com 83 anos, casado com Maria de Lurdes Dias Carvalho e Sá Alves, de Esmeriz.

Maria Amélia da Silva Campos, no dia 25 de janeiro, com 91 anos, viúva de Duarte Fernandes da Silva, de Cavalões.

Maria da Piedade Nobre, no dia 31 de janeiro, com 85 anos, viúva de António dos Ramos Alves, de Vila Nova de Famalicão.

Henrique Alves Azevedo, no dia 27 de janeiro, com 87 anos, viúvo de Carlinda Martins da Silva Antunes, de Fradelos.

Agência Funerária Rodrigo Silva, Lda Vila Nova de Famalicão – Tel.: 252 323 176

Agência Funerária Palhares Balazar– Tel.: 252 951 147


opiniãopública: 3 de fevereiro de 2021

Pelos quatro cantos da ca(u)sa

Paulo Ricardo Lopes

Famalicão terra de exportadores

Outra vez a pobreza

ALUGA-SE CASA EM ESMERIZ

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(A PARTIR DE 1 DE MARÇO) NO 1º ANDAR, C/ 2 QUARTOS, 1 SALA, COZINHA, ANEXOS E GARAGEM ABERTA.

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mundo e ao contrário do que muitos dizem é virando-nos para o estrangeiro que podemos crescer, esquecendo a ideia fantasiosa de que um país com apenas 10 milhões de habitantes deve procurar ser autossuficiente. No entanto, o futuro de um concelho com áreas tão vitais como o têxtil, a serem ameaçadas pela destruição económica associada à pandemia, não será certamente fácil. É tempo de ao nível local (e em articulação com concelhos vizinhos) se delinear uma estratégia de combate ao desemprego que está para chegar neste e em outros setores da economia, focando principalmente a área da formação, capacitando pessoas para regressarem a um mercado de trabalho cada vez mais dinâmico e competitivo. E com razão alguns afirmarão, mas isso não é tarefa do estado central? Certa-

mente que sim, mas quando para construir uma rede viária capaz de satisfazer as necessidades de uma das maiores exportadoras nacionais se demora tanto tempo, concluo que é melhor começarmos a pensar no que quem cá está (e conhece a realidade), pode fazer para minimizar este flagelo, sob pena de mais uma vez pouco ou nada ser feito. Cada euro investido nas TAPs desta vida é um euro desperdiçado. Seja esse dinheiro investido no reforço em infraestruturas essenciais para empresas exportadoras e em formação direcionada para as necessidades dessas empresas e a nossa economia agradecerá. Em Famalicão, saberemos certamente recusar aqueles que acham que é enfiando milhões em empresas ineficientes que resolvemos os nossos problemas.

Psicologicamente falando Marta Pamol*

Nem sempre está tudo bem Muitas são as realidades que residem nesta que é agora a nossa realidade comum: uma pandemia e um segundo confinamento. Nem todos estão a passar pelo mesmo, nem todos estão a lidar com o mesmo tipo de exigências e nem todos possuem o mesmo tipo de recursos para fazer face àquilo com que se estão a deparar. Ainda assim, existem fatores que se apresentam como cada vez mais comuns e frequentes em quase todos nós. Nota-se o cansaço, o medo, a falta de esperança e a ansiedade está mais presente e difícil de gerir. Não há palavras que possam provocar uma sensação imediata de alívio e tranquilidade, nem ações que resolvam tudo isto definitiva e rapidamente. Só nos resta acei-

Famalicão

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Famalicão exporta como ninguém na região mais competitiva de Portugal, sendo um exemplo do que a conjugação de iniciativa privada e esforço de trabalhadores é capaz. Na última década, esta posição tem sido reforçada, com uma elevada importância da Continental Mabor, mas também com setores como têxtil, metalomecânica e agroalimentar. De facto, o papel do relacionamento com o exterior para o desenvolvimento dos territórios tem sido estudado por diversos economistas, tendo-se vindo a concluir que quanto mais aberto a negociar com o exterior e recetivo a investimento estrangeiro é um território, maior é a capacidade de criar riqueza (e só assim se pode elevar o bem estar de uma população). A globalização tem sido um instrumento essencial para combater a pobreza por todo o

tar. Aceitar que está a ser difícil, que não somos fontes inesgotáveis de forças, de energia nem de emoções positivas permanentes. Agora, mais do que nunca existe a necessidade de compreendermos e tolerarmos os nossos momentos menos bons para depois retomarmos o caminho, mais fortes e mais capazes. Além disso, neste caminho de incertezas, poderá ser preciso parar para descansar e refletir, poderá ser preciso parar para pedir ajuda. Permita-se a tudo isso quando necessário. Nem sempre está tudo bem e não há mal nenhum nisso. Psicóloga Clínica e da Saúde

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DE DIA OU DE NOITE

CONTACTO: 910 973 761

SENHORA TOMA CONTA DE IDOSOS

verdade, com as ações da esmagadora maioria das autarquias portuguesas, a nível local, como o caso inequívoco da câmara de Famalicão, o drama estava como que adormecido. Não terá baixado de 2 milhões, mas na atual situação têm-se agravado muito. Falar, dizer que a miséria existe não é, em si, motivo de alívio para os pobres. Mas é, porém, no meu ponto de vista, um “despertar” consciências. Há pobres em várias dimensões e de bens de várias espécies, até de “espírito”, mas a pobreza material, de várias origens, condiciona a vida toda aos atingidos. Populações inorgânicas, instituições vocacionadas para a “causa, muitos empresários da indústria, comércio e serviços têm mostrado uma grande solidariedade e altruísmo, das mais variadas maneiras, tudo complementando, nesta fase mais aguda de pandemia, com os apoios do Estado ao nível económico direto e medidas legislativas de ordem moratória financeiras, tributárias, SS, rendas, etc. Contudo, a evolução da pandemia, que não dá tréguas, os confinamentos profiláticos que exige a pessoas individual ou coletivamente, a estabelecimentos comerciais, industriais e de serviços de maior risco, para preservar o SNS do colapso, que já há muito teria acontecido se os seus responsáveis políticos, administrativos e, sobretudo, profissionais de saúde e de apoio não se reinventassem todos os dias, laborando muitas vezes e muito tempo no limite do colapso, provocam ainda uma grande pobreza social, nos cuidados de saúde, nas condições económicas de pessoas e empresas, depauperando a economia! É por isso que não compreendo a “guerrilha partidária” em torno da pandemia e das suas causas mais nefastas. E não, nunca mais vai ficar tudo bem, como disse no início… Quanto à pobreza, Ventura – Rio e outros nos Açores – vem com propostas estapafúrdias numa das piores alturas. O primeiro “julgamento”, que parece estar a ajustar-se, vem lá para o Outono. Para ajudar a combater o empobrecimento…

SENHORA TOMA CONTA DE IDOSOS

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Opinião Liberal

Domingos Peixoto

Já descansando sobre os resultados das eleições presidenciais, feitas quase todas as análises e comentários, “estão em curso” os ajustes partidários. Nesta pandemia e crise social e económica, regressa em força de novo a pobreza! Pode ser enganador, o título. Sugere que a pobreza é um mal que vai e vem; ou melhor, que existe, resolve-se, e volta a instalar-se… O que constato agora é apenas que, de algum modo, o tema é motivo de alarme social, pelo menos de preocupação e vem a “lume” de forma muito mais pertinente! Aliás o Secretário Geral da ONU, António Guterres, há dias alertou para a calamidade mundial, vincando que está a recrudescer sem capacidade de retrocesso, mas nem precisava de o fazer, bastava ver por nós. Esse sentimento de fraqueza, de impotência, de sofrimento de uma parte da população, cada vez maior, é “palpável” em cada situação de crise. Há dias fui a uma caixa multibanco e deparei, no ecrã, com uma espécie de poesia, “inspirada” no Hino Nacional: “Heróis doar; É o nosso povo; Nação valente e igual; Vamos inverter, hoje de novo; A pobreza em Portugal”. Parece-me apenas “campanha” financeira, enganadora como outras, mas pode ser erro meu e se trate de ação de solidariedade. A pobreza é o objeto, esperemos para ver. O caderno “URBANO” do JN, de 24 de janeiro, escreve na primeira página com destaque: “Há dois milhões a tiritar de frio dentro de casa. E resume: Com a energia mais cara da Europa, a má qualidade dos edifícios nas cidades e os baixos rendimentos da população, Portugal precisa de 20 anos e 7,6 mil milhões de euros para acabar com a atual pobreza energética”! Remete o desenvolvimento para as págs. Centrais. Combater o empobrecimento é de pertinente acuidade, que não pode deixar ninguém indiferente. Os milhões de portugueses em penúria desesperam há tempo de mais. Até março passado, as medidas do governo socialista e, diga-se pela

PRAÇA PÚBLICA

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CONTACTO: 912 197 080

Barbosa: Rua Santo António, Tel. 252 302 120 Calendário: Rua da Liberdade, Tel. 252 378 400/1 Cameira: C. Mouzinho Albuquerque, Tel. 252 323 819 Central: Praça D. Maria II, Tel. 252 323 214 Nogueira: Av. Marechal H. Delgado, Tel. 252 310 607 Valongo: Rua Adriano Pinto Basto, Tel. 252 323 294 Gavião - Av. Eng. Pinheiro Braga, 72 - Telef. 252 317 301 Marinho: Edif. S. José - Estalagem - Telf. 252 921 182 Martins Ventura: R. C. Cerejeira - Lousado - Telf. 252 493 142 Estação: Largo da Estação - Nine - Telf. 252 961 118 Ribeirão: Rua Quinta Igreja 9 - Ribeirão - Telf. 252 416 482 Joane: Rua S. Bento, nº 217 - Telf. 252 996 300 Landim: Estrada Nacional 204/5, nº 693 - 252321765

Famalicão Quarta, 3

Serviço Nogueira

Quinta, 4

Valongo

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Barbosa

Sábado, 6

Cameira/Ribeirão

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Central

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Calendário

Terça, 9

Nogueira

Vale do Ave

Almeida e Sousa: Covas - Oliv. Stª Maria - Telf. 252 931 365 Bairro: Av. Silva Pereira, Telf. 252 932 678 Delães: Portela - Delães - Telf. 252 931 216 Riba de Ave: Av. Narciso Ferreira, Telf. 252 982 124

Vale do Ave

Serviço

Quarta, 3 Quinta, 4 Sexta, 5 Sábado, 6 Domingo, 7 Segunda, 8 Terça, 9

Almeida e Sousa Bairro Delães Riba de Ave Almeida e Sousa Bairro

Serviço de disponibilidade

Paula Reis: R. José Elisio Gonçalves Cerejeira, nº 629 Calendário - Tel. 252 378 057 Maceiras: Louro - Telf. 252 310 425 Marques: Largo da Igreja - Fradelos - Telf. 252 458 440 Oliveira Monteiro: Largo Igreja - Cabeçudos - Telf. 252 331 885 Pedome: Av. S. Pedro, 1139 - Pedome - Telf. 252 900 930 Pratinha: Largo do Cruzeiro - Cavalões - Telf. 252 375 423 S. Cosme: Vale S. Cosme - Telf. 252 911 123 Arnoso: Av. Joaq. Azevedo - Arnoso Sta. Maria - Telf. 252 916 612


A derrota deixa mossas na equipa porque origina ainda a saída do técnico João Pedro Sousa

Famalicão volta a perder e cai para lugares de descida 2-1 Estádio da Madeira Árbitro: Tiago Martins (AF Lisboa) Assistentes: Pedro Mota, André Campos

CD Nacional FC Famalicão Riccardo Pisciteli, Kalindi Lucas Kal (Júlio César 11′) Rui Correia Witi (João Vigário 72′) Azouni (Alhasan 85′) Francisco Ramos Nuno Borges Vincent Thill (Canacho 85′) Rochez Gorré

Luiz Júnior Patrick William (D.Figueiras 83′) Diogo Queirós Babic, Rúben Vinagre, Ugarte (Iván Jaime 83′) Gustavo Assunção (Lukovic 20′) Kraev, Heriberto (Gil Dias 69′) Anderson Ivo Rodrigues (J. Robert 83′)

Treinadores Luis Freire

Marcehsín

João Pedro Sousa

FC Famalicão

Golos: Anderson (33′); Rochez (53′) e Francisco Ramos (57′). Car tões Amarelos: Gorré (34′); Azouni (36′); Ugarte (80′); Nuno Borges (90+3′); Camacho (90+4′); R

José Carlos Fernandes Este confronto na Madeira era extremamente importante para o Famalicão e para o Nacional, duas equipas na busca de pontos para fugirem aos lugares incómodos na tabela classificativa. O jogo começou repartido, mas a pouco e pouco a formação famalicense passou a ser mais agressiva sobre a bola, conseguindo mais posse e a aproximar-se da baliza dos insulares, mas apenas com relativo perigo. As equipas tiveram contratempos nos minutos iniciais, foram obrigadas a alterações, aos 11 minutos, Lucas Kal lesionado foi rendido por Júlio César. Aos 20 minutos, foi o Famalicão

a ter que mexer devido à lesão de Gustavo Assunção que foi rendido por Lukovic, um azar do capitão famalicense que se lesionou depois de ter regressado à equipa. A necessidade de pontos, obrigava as equipas a muitas cautelas, o futebol era de qualidade mediana, apesar de grande atitude das equipas, a jogada de maior perigo surgiu aos 27 minutos: Júlio César não conseguiu o corte, a bola sobrou para Anderson, que passou por Ricardo Piscitelli, mas ficou depois sem angulo de remate permitindo o corte da defensiva da casa.

O Nacional respondeu, por Kalindi, um dos melhores da equipa, com um remate que saiu bem perto do poste da baliza famalicense. Aos 33 minutos, rápido contra-ataque Ivo Rodrigues em boa posição rematou, a bola em ressalto sobrou para Anderson que sozinho na cara de Riccardo Piscitelli, atirou para o golo. Até esta altura a vantagem ajustavase aos Famalicenses. A reação dos madeirenses surgiu bem perto do intervalo. A situação mais perigosa foi aos 45 minutos: Róchez cabeceou para uma defesa apertada de

marcador num rápido contra-ataque bem construído de trás, a bola chegou até Francisco Ramos, que à entrada da grande área, rematou colocado sem hipótese de defesa de Luiz Junior. O Famalicão tentou reagir por Ivo Rodrigues e depois por Anderson que teve boa chance para empatar, mas o remate saiu ao lado. O Famalicão revelava algum perigo nesta fase do jogo, mas o Nacional também respondia, e aos 75 minutos Rochez teve a oportunidade para fazer o terceiro golo. Era o Famalicão quem demonstrava mais inconformismos. Os locais aproveitavam sempre que podiam para queimar algum tempo e, já perto do final, destaque para duas defesas importantíssimas de Piscitelli a segurar a vantagem garantindo a vitória do Nacional. Este resultado distancia o Nacional do Famalicão na luta pela despromoção e ao mesmo tempo dita a saída de João Pedro Sousa no comando técnico dos Famalicenses.

Luiz Júnior. Nos quatro minutos dados de compensação, o Nacional esteve mais que uma vez perto de marcar, primeiro por Gorré e depois por Thill, obrigando Luiz Junior a grandes defesas, evitando o empate. O Nacional acabou bem a primeira parte e continuou com rimo forte na segunda, justificava o golo, que surgiu aos 53 minutos. Um cruzamento bem medido de Thill, para a cabeça de Rochez que saltou mais alto para repor a igualdade, veio trazer alguma justiça ao marcador. Quatro minutos depois a formação insular deu a volta ao pub


opiniãopública: 3 de fevereiro de 2021

Pêpê Rodrigues e Lucas Henrique reforçam FC Famalicão

Pêpê Rodrigues

Lucas Henrique

O FC Famalicão fechou contrato com os médios Pêpê Rodrigues e Lucas Henrique Pêpê (Pedro Rodrigues), de 23 anos, chega proveniente dos gregos do Olympiacos e comprometeu-se com o clube até ao final da presente temporada. O jogador cumpriu, maioritariamente, o percurso de formação no Sport Lisboa e Benfica e completou mais de 70 internacionalizações nas seleções jovens nacionais. Estreou-se a nível sénior na equipa secundária do Sport Lisboa e Benfica, seguindo-se cedências ao Estoril Praia e ao Vitória Sport Clube. Já no início da atual temporada assinou pelo Olympiacos, clube pelo qual teve a oportunidade de alinhar na Liga dos Campeões. Já Lucas Henrique, de 20 anos, assinou contrato por três temporadas e meia, ou seja, até 2024. O Jogador destacou-se nos escalões de formação do Figueirense (Brasil) onde foi promovido à equipa principal do emblema da cidade de Florianópolis. O jogador, que atuou na Serie B do futebol brasileiro, inicia agora a primeira experiência fora do país natal. “Jogar no futebol europeu era um sonho que tinha desde criança. A oportunidade surgiu pelo Famalicão, a quem pretendo retribuir a confiança demonstrada”, referiu Lucas Henrique.

DESPORTO

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Silas é o novo treinador do FC Famalicão O antigo técnico do Sporting substitui João Pedro Sousa no comando da equipa Jorge Silas é o novo treinador do Famalicão, sucedendo a João Pedro Sousa no cargo. O técnico, de 44 anos, assume com o clube famalicense um compromisso até 2022. Silas abraça assim o terceiro desafio como técnico principal e à atividade depois da saída do Sporting, em março de 2020, com 28 jogos disputados pelo clube de Alvalade. Ainda antes, comandou o Belenenses SAD em 61 desafios, entre 2017 e 2019, na primeira experiência como treinador principal. A acompanhar o técnico português estarão José Pedro, Rui Nunes, Pedro Alves, Ricardo Dinis e Eduardo Marques. Silas já orientou o treino desta segunda-feira do Famalicão, com vista ao jogo com o Moreirense, referente à 17.ª jornada da I Liga, um dia depois de o clube minhoto ter anunciado que rescindiu o contrato com João Pedro Sousa. Recorde-se que João Pedro Sousa acordou a rescisão com a SAD do Futebol Clube de Famalicão e deixa o clube ao qual estava ligado desde o início da temporada 2019/2020. Além do treinador, todos os elementos da equipa técnica também deixam de exercer funções no clube.

Futebol Feminino: FC Famalicão vence em Condeixa e assume liderança

Rui Costa regressa ao futebol nacional O avançado famalicense Rui Costa, que representava o Deportivo da Corunha, vai jogar no Santa Clara nas próximas duas temporadas e meia, anunciou segunda-feira o clube açoriano da I Liga de futebol. O jogador, de 24 anos, regressa a Portugal depois de duas épocas em Espanha. Na última temporada alinhou pelo Alcorcón e este ano no Deportivo da Corunha, que milita no segundo escalão série B. Rui Costa foi formado no Famalicão e Varzim e chamou à atenção na II Liga em 2016/17, nos poveiros, com 16 golos apontados, que lhe valeu uma transferência para o Portimonense. Esteve cedido ao Famalicão durante a primeira metade da temporada 2017/18, onde voltou a ser destaque, com 12 golos em 19 jogos. Em 2018/19 assinou pelo FC Porto, onde representou a equipa B antes de rumar a Espanha. Rui Costa junta-se a Ukra, outro avançado famalicense ao serviço da equipa açoriana.

O FC de Famalicão deslocou-se domingo até Condeixa-a-Nova para defrontar o Clube Condeixa em jogo a contar para a 3ª jornada da fase de apuramento de campeão da Liga BPI, e venceu por 0-3. A partida começo muito disputada no meio do terreno, mas logo aos 16 minutos o Famalicão abriu o ativo por Gabi Morais, num livre cobrado do “meio da rua”.

A partir do golo a equipa orientada João Marques aumentou a pressão, mas sem concretizar e o intervalo chegou com a vantagem mínima no marcador. O domínio confirmou-se no inicio da segunda parte que começou com um golo de Cristiana Vieira. A jogadora aproveitou um choque entre duas adversárias e ampliou a vantagem para o 0-2.

O marcador ficou fechado aos 76 minutos por Vitória Almeida, na conversão de uma grande penalidade. Com esta vitória o FC Famalicão assume à condição a liderança do campeonato (Benfica e Sporting têm menos um jogo). A formação orientada por João Marques recebe na próxima jornada da Liga BPI, a equipa do SL Benfica.

Equipa feminina deixa a Taça da Liga frente ao Benfica O FC Famalicão saiu derrotado na passada quarta-feira, 27 de janeiro, frente ao Benfica, por 0-3, na 3ª eliminatória da Taça da Liga. A equipa vermelha e branca entrou melhor na partida e logo aos dois minutos a brasileira Ana Vitória abriu o marcador. A vantagem estimulou o conjunto encarnado que manteve o domínio do jogo até meio do primeiro termo, quando a equipa da casa começou a reagir, ainda que sem lances de perigo. A exceção aconteceu já perto do intervalo com Gabi Morais a atirar ao poste, mas foi com 0-1 que se chegou ao descanso. Na segunda parte o Famalicão surgiu mais acuti-

lante e aos 56 minutos esteve perto de igualar quando Mylena Freitas falhou o desvio após cruzamento de Maurine Gonçalves. O Benfica conseguiu aguentar a pressão e contra a corrente de jogo acabou por dilatar a vantagem, aos 61 minutos, por Cloé Lacasse, num remate de fora da área. A mesma jogadora bisou aos 69 minutos, num remate rasteiro que bateu a guardiã famalicense e fez o resultado final de 0-3, favorável às detentoras do troféu. O Benfica vai aguardar pelo vencedor do encontro entre Sporting e SC Braga, agendado para 3 de março, para saber com quem vai discutir a final na defesa do título.


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DESPORTO

opiniãopública: 3 de fevereiro de 2021

Concurso público não teve concorrentes

Construção do Centro de Atletismo de Famalicão sofre novo atraso Cristina Azevedo O concurso público lançado pela Câmara Municipal para a construção do Centro de Atletismo de Famalicão ficou deserto, ou seja, sem concorrentes. Na reunião de Câmara da semana passada, o executivo decidiu abrir um novo concurso encurtando o volume de obra, o montante (que passa de 2 milhões para 1,5 milhões de euros) e o prazo de execução. Na prática, será apenas construída a pista que irá servir cerca de 23 modalidades de atletismo, deixando-se cair a construção da bancada para o público, que será remetida para uma segunda fase, já prevista, e que inclui também a construção e um edifício de apoio. “Pensamos que desta forma, conseguiremos que apareçam concorrentes, numa altura em que, o setor da Construção Civil e Obras Públicas é muito flutuante”, referiu o presidente da Câmara, Paulo Cunha, acrescentando que o pub

facto de os quadros comunitários de apoio “abrirem muito tarde, arrastando a execução das obras para o seu final”, também não ajuda. “As empresas estão neste momento ocupadas com grande concentração de obras. Isso acontece em todo o país, porque o atual quadro comunitário está a terminar. Esta obra não tem fundos comunitários, mas acaba por ser afetada”, completa o edil. Desta forma, tentou-se simplificar o projeto, por forma a atrair concorrentes, na tentativa de, pelo menos, a pista de atletismo estar pronta até ao final do ano, num equipamento que tem sofrido vários reveses. Inicialmente, a autarquia esperava que a pista de atletismo estivesse concluída até ao final do próximo verão, mas com mais este atraso – ao qual que se tinham já juntado problemas iniciais com a morfologia do terreno – Paulo Cunha aponta agora a data de conclusão da pista para o fim de 2021, isto se a obra for adjudicada no novo concurso e se o visto do Tribunal de Contas decorrer dentro dos trâmites normais. Refira-se que o Centro de Atletismo de Famalicão vai ser edificado no lugar de Talvai, em Famalicão. O novo projeto prevê a construção integral da pista de atletismo, que inclui relvado interior com áreas para lançamento de dardo, lançamento de peso, salto à vara, salto em comprimento, entre outros. A pista conta com oito corredores em piso sintético, que respeitam as exigências técnicas do Instituto Português do Desporto e Juventude e seguem as orientações standard da Associação Internacional de Federações de Atletismo, estando assim preparada para receber competições nacionais e internacionais da modalidade. pub


Famalicão

o concelho que tem o têxtil no ADN A 1 de março de 2018 surgiu a marca “Famalicão Cidade Têxtil”, que veio formalizar aquilo que o concelho já é há mais de um século – um importante centro de produção, investigação e desenvolvimento do setor têxtil –, e veio impulsionar um conceito de produção e de atividade económica que vai muito além dos muros das empresas. Na apresentação da marca registada o edil Paulo Cunha subli-

nhou que foi com uma homenagem a todos os famalicenses que deram “um enorme contributo para que chegássemos até aqui” e um apelo a todos para o “quão longe podemos chegar”. Na presença de muitos dos maiores empresários nacionais do setor têxtil e do vestuário e das associações representativas do setor, Paulo Cunha disse que “o têxtil corre nas veias da comunidade fa-

malicense há muitos anos por via da sua centralidade, dos seus recursos humanos, das suas empresas e pelas instituições que acolhe como o CITEVE, o CENTI e a Associação Têxtil de Portugal, a que se juntou mais recentemente a sede do Cluster Têxtil de Portugal”. Na verdade, os números são representativos do peso que o vestuário e têxtil representam no concelho: são quase 11 mil pessoas ao serviço de 852 empresas, que garantiram, segundo o último relatório do INE, um volume de negócios de 817 milhões de euros, dos quais 263 milhões representam Valor Acrescentado Bruto (VAB) e 502 milhões de euros para exportação. Tudo somado, são razões de sobra para Vila Nova de Famalicão se assuma, cada vez mais, como a Cidade Têxtil de Portugal, marca

alicerçada no triângulo “pessoas, empresas e cidade”. Para Paulo Cunha trata-se de “valorizar e rentabilizar esta marca de referência e acrescentar dimensão, notoriedade e reconhecimento para o território e paras as empresas famalicenses”. Valorizar as profissões associadas ao Têxtil, atrair talentos, promover a inovação, atrair investimento, aumentar a internacionalização e exportações, valorizar a cidade a partir da indústria do concelho e do seu potencial cultural e turístico, foram, desde o primeiro dia, algumas das estratégias assumidas por Vila Nova de Famalicão nesta estratégia de reconhecimento nacional e internacional como uma cidade de importância capital para o setor, tanto a nível nacional como mesmo internacional.

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ESPECIAL

opiniãopública: 3 de fevereiro de 2021

Máscaras nível 2 protegem acima dos 90%, garante o têxtil A indústria têxtil esclarece que as máscaras de nível 2 e as cirúrgicas estão no mesmo nível de eficácia de retenção de partículas, pelo que não faz sentido qualquer discriminação. Perante o cruzamento de informações contraditórias surgidas nos últimos dias, as duas associações do setor têxtil, ATP e ANIVEC, emitiram um esclarecimento conjunto onde referem que, sendo os testes laboratoriais de capacidade de filtração os mesmos para máscaras têxteis e máscaras cirúrgicas, não há qualquer dúvida sobre a eficácia das máscaras de nível 2 (filtragem superior a 90%). Já quanto às máscaras de nível 3 (filtragem acima de 70%), as associações dizem serem necessários mais testes científicos para avaliar a sua eficácia em relação às estirpes mais violentas da covid-19. As duas associações recordam que, no dia 14 de abril 2020, foi emitida uma Diretiva pela Direção-Geral de Saúde, SNS, Instituto Português da Qualidade, ASAE e Infarmed, que identifica as especificações técnicas e a categorização de máscaras por tipo de utilizador. No que respeita às máscaras têxteis, foram identificados dois níveis: máscaras destinadas à utilização por profissionais, que não sendo da saúde estão expostos ao contacto com um elevado número de indivíduos (chamado nível 2); e máscaras destinadas à promoção da proteção de grupo (utilização por indivíduos no con-

texto da sua atividade profissional, utilização por indivíduos que contactam com outros indivíduos portadores de qualquer tipo de máscara e utilização nas saídas autorizadas em contexto de confina-

mento, nomeadamente em espaços interiores com múltiplas pessoas, chamado nível 3). A diferença entre estes dois níveis reside no desempenho da filtração de par-

tículas, sendo acima de 70% para as de nível 3 e acima de 90% para nível 2. O comunicado esclarece que um dos testes que carateriza a capacidade de filtração é a norma EN 14683:2019, a mesma que é utilizada tanto para as máscaras têxteis como para as máscaras cirúrgicas Tipo I (filtragem igual ou superior a 95%), Tipo II (98%) e Tipo IIR (98% com repelência ao sangue), “o que demonstra a confiabilidade dos testes de ensaio”. As semimáscaras tipo FFP2, têm um requisito de filtragem superior ou igual a 94%, e as FFP3 acima de 98%, testado pela norma EN 149: 2001 + A1:2009. Durante o período da pandemia, “as máscaras têxteis foram utilizadas por milhões de pessoas, tendo demonstrado serem capazes de as proteger adequadamente”, notam as duas associações empresariais. Por isso, “na situação atual que existem novas estripes do SARS COV 2, com maior capacidade de contágio, será necessário fazer uma avaliação científica que clarifique se as máscaras de nível 3 (filtração de partículas igual ou superior a 70%) deixaram de ser eficazes”, conclui a nota. E se as máscaras de nível 2 (filtração de partículas acima de 90%), têm um nível de eficácia de retenção de partículas ao mesmo nível das cirúrgicas, a conclusão é que “qualquer discriminação relativa às máscaras de nível 2, não tem nenhuma razão sustentada cientificamente”. pub


opiniãopública: 3 de fevereiro de 2021

ESPECIAL

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Mário Jorge Machado, presidente da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP)

“Estimamos que durante o segundo semestre se comece a vivenciar alguma retoma da atividade” 

tas da empresa.

Em entrevista ao OPINIÃO ESPECIAL, Mário Jorge Machado, presidente da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal aponta as dificuldades que as empresas do setor vivem com a pandemia. Para o responsável um número considerável de empresas não conseguirá sobreviver a um tão longo período de crise e acabará mesmo por encerrar. Mesmo assim tem esperança que no segundo semestre a retoma da atividade seja uma realidade. Carla Alexandra Soares OPINIÃO ESPECIAL: Vivemos uma pandemia a nível mundial e Portugal, depois de um primeiro confinamento geral, volta agora à mesma situação. O que é que isto significa para o têxtil no nosso país? Mário Jorge Machado: Este confinamento geral, em Portugal, e nalguns dos países europeus principais destinos das exportações do nosso setor, tem um forte impacto negativo na indústria têxtil e vestuário, nomeadamente em termos de um acentuar na quebra da procura, com novos cancelamentos ou adiamentos de encomendas, e reflexos imediatos na tesouraria e gestão financeira das empresas. A situa-

ção torna-se mais agudizante tendo em conta que as empresas já estão numa situação difícil quase há um ano, sendo que muitas delas não conseguiram aceder às medidas de apoio definidas pelo Governo e mesmo para aquelas que conseguiram, na grande maioria dos casos, os apoios apenas aliviam parte das responsabilidades, mas não resolvem todos os problemas. Por outro lado, com a atual situação em termos de contágios e com encerra-

mento de escolas, é cada vez mais difícil fazer a gestão dos recursos humanos das empresas, com parte dos trabalhadores ou em quarentena ou em isolamento ou em assistência a filhos menores de 12 anos, atrapalhando o planeamento das atividades e, no último caso, representando um custo para as empresas sem qualquer contrapartida, uma vez que os trabalhadores nestas condições não estão a contribuir para a atividade e geração de recei-

No inicio do ano, ainda antes da decisão de novo confinamento geral, o Mário Jorge Machado veio dizer que o país não aguentava um novo lock down, que seria mortal para muitas empresas. Passada uma semana tudo mudou e esse lock down aconteceu mesmo. Neste momento já é possível aferir da quantidade de empresas que vão encerrar? Neste momento, ainda não é possível fazer uma estimativa do número de empresas que vão encerrar, mas acreditamos que um número considerável não conseguirá sobreviver a um tão longo período de crise e acabará mesmo por encerrar, umas a curto prazo, outras a médio prazo, numa luta para encontrar soluções para resolver a difícil situação financeira em que se encontram ou acabarão por se encontrar. A “morte” dos próprios clientes, sobretudo para as empresas que se tenham uma relação de maior dependência, acabará por ditar igualmente um desfecho fatal para algumas empresas portuguesas. Em todo o caso, esta situação também estará dependente das próprias medidas que o Governo ainda venha a implementar para reforçar o apoio à indústria e à economia. Por exemplo, temos vindo a reclamar junto do Governo a necessidade imperiosa de voltarmos a poder utilizar o lay off simplificado que, na primeira vaga, acabou por ser a salvação de muitas empresas e que, no nosso entender, seria igualmente a medida «««««««««« continua na página seguinte pub


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ESPECIAL

opiniãopública: 3 de fevereiro de 2021 pub

«««««««««« de apoio mais adequada para a situação atual. Não são apenas as empresas que estão fechadas por imposição administrativa ou legal as mais prejudicadas, todas as que operam nessas cadeias de valor estão igualmente afetadas.

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A semana passada, a ATP foi uma de duas associações têxteis que admitiu ser urgente ser necessário fazer uma avaliação científica para clarificar se as máscaras comunitárias continuam ou não a ser eficazes face às novas estirpes do SARS-CoV-2. Disto depende a sobrevivência de muitas empresas? Conforme temos vindo a defender, durante o período da pandemia as máscaras têxteis, devidamente certificadas, foram utilizadas por milhões de pessoas, tendo demonstrado serem capazes de as proteger adequadamente. Mesmo com a atual situação e com o aparecimento de novas estripes do SARS COV2, continuamos a achar que as máscaras têxteis, certificadas, são seguras e conferem a proteção necessária. Defendemos que seriam necessárias evidências científicas que demonstrassem o contrário para se tomarem medidas no sentido de obrigar a utilização de um outro tipo de máscara, como as cirúrgicas ou FPP2, em determinados locais. Temos em Portugal máscaras têxteis, devidamente certificadas, que asseguram níveis de retenção de partículas superiores a 90%, ou seja, equivalentes ou superiores às máscaras cirúrgicas, com ajuste adequado, clipe nasal, elevado conforto e sustentáveis. É por isso que reiteramos que as decisões devem ser tomadas com base em dados científicos e não como resposta a lobbies ou interesses específicos ou com base em opiniões. Temos em Portugal uma indústria que serviu os interesses nacionais quando foi necessário, tendo investido em novos processos, desenvolvimento de produto, inovação, formando pessoas e criando riqueza para o país. Estimamos que estejam envolvidos na produção de máscaras têxteis, cerca de 10 a 15 mil trabalhadores. Por outro lado, as medidas tomadas nalguns países europeus irão ter com certeza impacto nas nossas exportações, as quais, para os produtos em causa, estão avaliadas em cerca de 18,8 milhões de euros por mês (com base nos valores médios mensais de exportação desde abril de 2020). Que balanço é que possível fazer do desempenho da Indústria Têxtil e Vestuário no ano de 2020? Neste momento os dados que temos para 2020 apontam para uma quebra das exportações do setor que deverá rondar os -12%/-13% (ainda não temos os dados do mês de dezembro). É claro que para este resultado tivemos um contributo fantástico de todos os produtos associados à proteção no âmbito do COVID (batas, máscaras, uniformes, cogulas, entre outros) que acabaram por compensar outras perdas significativas que se verificaram noutras atividades, como por exemplo, o vestuário e, em particular, o vestuário mais formal (devido à inexistência de eventos, festas, reuniões, entre outros). A quebra na produção e no volume de negócios do setor deverá ser equivalente ao verificado nas exportações, tendo em conta que este setor é predominantemente virado para os mercados externos. Estimamos que a quebra no emprego seja ligeiramente inferior ao verificado nos restantes indicadores, tendo em conta que a maioria das medidas de apoio às empresas limitava o despedimento durante um determinado período. Há um ano dizia numa entrevista ao OPINIÃO PÚBLICA que Portugal estava na linha da frente do desenvolvimento e da inovação têxtil. A pandemia fez esta realidade retroceder? Em determinada medida, a pandemia veio mostrar aos portugueses em geral e a algumas autoridades nacionais, a capacidade de ino-

“Para além da importância que o setor tem neste Município, vemos uma autarquia que se orgulha disso mesmo e que tem desenvolvido iniciativas diversas com os diferentes players...” vação e desenvolvimento deste setor, exatamente com o desenvolvimento e produção, em tempo recorde, de um conjunto de produtos essenciais na proteção ao covid. Estamos a falar de uma situação incrível, pois foi necessário desenvolver requisitos técnicos, estudar e testar matérias primas, processos de acabamento, desenvolvimento de produtos, desenvolvimento de testes, num espaço de 4 a 6 semanas, e tendo sido na Europa os primeiros a conseguir fazê-lo. É natural que o investimento necessário para a inovação e desenvolvimento tenha sido afetado pela crise que vivemos, mas para se manterem competitivas neste negócio, as empresas não têm alternativa – é imperioso estar na linha de frente do desenvolvimento e da inovação. Só assim vamos conseguir fazer a diferenciação e manter os clientes ou conseguir novos. Por isso, logo que seja possível emergir desta crise é fundamental retomar essa rota. Famalicão assumiu-se em 2018 como Cidade capital do Têxtil. É um título que lhe assenta bem? É merecido? É um título que assenta muito bem e é merecido. Para além da importância que o setor tem neste Município, vemos uma autarquia que se orgulha disso mesmo e que tem desenvolvido iniciativas diversas com os diferentes players que também aqui se encontram, como por exemplo, a ATP, em prol desta indústria e da defesa dos seus interesses, mas também na valorização e promoção do seu potencial. É uma autarquia dinâmica que cria “pontes” e faz acontecer e com quem temos muito gosto de trabalhar. No que diz respeito a 2021, acha que será possível haver alguma retoma? Estimamos que durante o 2.º semestre se comece a vivenciar alguma retoma da atividade, no entanto, muito vai depender do sucesso das campanhas de vacinação, em particular nos países da Europa e América do Norte (principais destinos das nossas exportações), de forma a que possamos voltar o mais rapidamente possível à nossa vida, nos diferentes domínios, sem grandes constrangimentos. Em todo o caso, vários analistas já afirmaram que serão necessários dois ou três anos para voltarmos aos níveis de atividade que registámos em 2019. A era “pós covid” será inevitavelmente muito diferente a vários níveis e, inevitavelmente, o consumo jamais será igual, sendo necessário adaptar-se a essa nova realidade. As empresas que forem flexíveis e tiverem essa capacidade de adaptação serão as mais bem-sucedidas. A Indústria Têxtil e Vestuário Portuguesa já demonstrou várias vezes que é uma indústria resiliente e que tem as capacidades necessárias para se reinventar e conseguir aproveitar as oportunidades que surgem. O facto de estarmos próximos dos grandes mercados de consumo, a relação de confiança que temos com os clientes, o conhecimento e o know how que temos no desenvolvimento de produtos e serviços que respondem e superam as necessidades dos clientes, a flexibilidade e capacidade de resposta rápida, a capacidade de inovação e as boas práticas em termos de responsabilidade social e sustentabilidade, entre outros atributos, continuarão a ser determinantes na retoma e no sucesso do setor.


opiniãopública: 3 de fevereiro de 2021

ESPECIAL

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Augusto Lima, vereador da Economia, Empreendedorismo e Inovação; Turismo e Internacionalização da Câmara Municipal de Famalicão

“Estamos atentos e otimistas quando ao futuro” Carla Alexandra Soares Perante os números que vão surgindo, da perda de postos de trabalho, das empresas que poderão encerrar, dos milhões de euros que as empresas não vão faturar, a Câmara Municipal garante estar atenta, mas, não obstante, otimista. Augusto Lima, o vereador da Economia, Empreendedorismo e Inovação, lembra que se tratam de estimativas e não dados factuais o que o leva a crer que, depois deste segundo confinamento, as coisas serão diferentes. “Não podemos esquecer que o setor têxtil tem sido ajustado ao longo dos anos, em diversas crises. Eu julgo que vamos novamente readaptarmonos e já está a acontecer isso”, sublinha o vereador não querendo, por isso, enveredar por uma linha tão pessimista. Augusta Lima acredita, assim, que passada esta fase o setor vai ressurgir em força. O contacto da autarquia com as empresas famalicenses ligadas ao têxtil é “próximo e constante” e o responsável diz que o sentimento que se vive é diferente, desde logo, a postura no primeiro e segundo confinamento. “É diferente. Enquanto no anterior as empresas pararam por diversas razões, até pelo desconhecimento do vírus ou a falta de encomendas, neste confinamento não

notamos isso”. O vereador diz que agora a paragem não é tão brusca e as empresas continuam a trabalhar, apesar das limitações. Entre elas, os recursos humanos que são mais escassos, ou porque estão em isolamento profilático, ou porque foram infetadas no núcleo familiar, ou porque têm que estar em casa a acompanhar os filhos menores de 12 anos. A acrescentar a isto estão as dificuldades de mercado que está a sofrer, de forma natural, uma retração. Mas nem tudo são más notícias. Augusto Lima não deixa de sublinhar que o ano de 2020 não foi tão mau quanto era expectável. “Os equipamentos de proteção individual e as máscaras foram um fator crucial. Eu tenho conhecimento de empresas que até melhoraram os seus indicadores”, aponta o vereador que lembra ainda que aumentaram exponencialmente as compras online e que, a partir de junho, houve uma recuperação, tendo em conta que as pessoas começaram a sair à rua e, com isso, a comprar mais vestuário. “Com base em tudo isto, é verdade que os números são preocupantes e nós devemos ter essa preocupação, mas acredito muito nesta força e energia das empresas famalicenses e vamos, certamente, ultrapassar esta fase difícil”, refere o vereador da Economia, lembrando que, nos últimos tem-

pos, tudo jogava a favor do têxtil, que tinha vindo a subir ao nível do número de empresas, de trabalhadores, exportações, valor acrescentado. Se no primeiro confinamento o município teve um papel importante em ajudar as empresas a aplicar os apoios lançados pelo Governo, nesta fase essa já não é a maior preocupação. Mesmo assim, a nível local, as iniciativas multiplicam-se para ajudar o setor, “nomeadamente na derrama para as micro e médias empresas, apoios ao nível de projetos de inovação, uma linha de crédito de financiamento em parceria com a Caixa de Crédito Agrícola”. Quanto aos apoios lançados pelo Ministério da Economia, as principais queixas dos empresários famalicenses prendem-se com a décalage entre o período do anúncio da candidatura, a sua submissão e a aprovação. “Estes apoios só funcionam se chegarem em tempo útil”, diz Augusto Lima que os considera, no entanto, benéficos e ajustados à realidade que vivemos. No que diz respeito ao futuro a palavra de ordem para o responsável é resiliência. “Esta palavra é para os empresários e trabalhadores. Estou convencido que é pelo seu empreendedorismo, o seu dinamismo que as empresas continuam a laborar a fazer tudo para ultrapassar estes momentos difíceis”. pub


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ESPECIAL

opiniãopública: 3 de fevereiro de 2021

Autoridades mantêm diretivas sobre máscaras certificadas Tanto a Organização Mundial de Saúde (OMS) como o Centro Europeu para Controlo e Prevenção de Doenças (ECDC) ou a Direção Geral de Saúde (DGS) mantêm a confiança no uso de máscaras sociais, desde que devidamente certificadas. Não existem alterações no modo de transmissão e por isso não há, neste momento, necessidade de mudar as recomendações, diz a OMS. Apesar de França, Áustria e Alemanha terem determinado que em ambientes de grande concentração de pessoas passa a ser exigido o uso de máscaras cirúrgicas ou das FFP2, com um mínimo de 90% de filtragem, tanto as autoridades de saúde como os mais diversos especialistas são de opinião de que não há, por enquanto, evidências que justifiquem essas alterações. E apontam até contra-indicações. Além disso, também as máscaras em tecido podem garantir esses níveis de filtração acima dos 90%, “o que é preciso é separar as máscaras têxteis não testadas das certificadas e levar em consideração o tipo de proteção para que cada modelo está previsto”, defende o presidente da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP), Mário Jorge Machado. É devido à expansão das variantes mais contagiosas do Reino Unido e da África do Sul do vírus da Covid-19 que aqueles três países estão a adotar medidas mais restritivas, mas a OMS esclarece que segundo as evidências recolhidas não existem alterações no modo de transmissão do vírus. “Se alguma coisa mudar, nós alteraremos e atualizaremos em conformidade as nossas recomendações”, esclareceu em conferência de imprensa a responsável técnica da resposta à Covid-19 da OMS, Maria Van Kerkhove.

Afinal o que é o Citeve?

Quando se fala do têxtil, fala-se de forma incontornável do Citeve. Tratase de um Centro Tecnológico, organização privada sem fins lucrativos, sediado em Famalicão e com delegações comerciais no Brasil, Tunísia, Argentina, Paquistão, Chile e México, que disponibiliza às empresas do Sector Têxtil e do Vestuário, principalmente PME (90%), um portfólio de serviços que inclui ensaios laboratoriais, certificação de produtos, consultoria técnica e tecnológica, I&D+inovação, formação, e moda e design. Como organização de referência no panorama nacional e europeu, em matéria de promoção da inovação e

desenvolvimento da Indústria Têxtil e do Vestuário, a missão do Citeve é apoiar o desenvolvimento das capacidades técnicas e tecnológicas das indústrias têxtil e do vestuário, através do fomento e da difusão da inovação, da promoção da melhoria da qualidade e do suporte instrumental à definição de políticas industriais para o sector. Ativo desde 1989, o Citeve é participado por empresas (630), na sua maioria PME com base na região Norte de Portugal. Apresenta-se com uma relação muito estreita com as empresas e um conhecimento profundo da realidade e do desempenho do setor, desempenhando também

um papel importante na definição e implementação de políticas públicas. Para além de ser um prestador de serviços para as empresas e uma organização de apoio com um papel ativo na promoção do conhecimento e informação para o setor, o Citeve posiciona-se estrategicamente entre a academia (universidades) e as empresas. A missão do Citeve é "o apoio ao desenvolvimento das capacidades técnicas e tecnológicas das indústrias têxtil e do vestuário, através do fomento e da difusão da inovação, da promoção da melhoria da qualidade e do suporte instrumental à definição de políticas industriais para o sector". pub


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opiniãopública: 3 de fevereiro de 2021

ESPECIAL

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Museu da Indústria Têxtil: uma viagem pela história O Museu da Indústria Têxtil da Bacia do Ave foi fundado em 1987 como um projeto de investigação em arqueologia industrial, com o objetivo de estudar o processo de industrialização desta região e contribuir para a preservação do seu património industrial. O Museu desenvolve diversas atividades, tais como visitas guiadas, atividades pedagógicas, exposições, conservação e restauro de equipamentos e maquinaria de interesse arqueológico-industrial, recolha e conservação de documentação histórica, projetos de história oral, edição regular de publicações (catálogos de exposições, um boletim informativo, a revista Arqueologia Industrial, publicada desde 1987 e atualmente a única revista científica que se publica nesta área em Portugal), seminários, conferências e cursos sobre património industrial. O Museu encontra-se instalado – ainda provisoriamente – na antiga Fábrica de Fiação e Tecelagem de Lã - Lanifícia do Ou-

teiro, Lda -, fundada em 1920, na freguesia de S. Julião do Calendário. A antiga fábrica, agora adaptada a Museu, alberga uma Exposição Permanente, que ocupa uma área de cerca de 1.200 m2. O Museu dispõe também de uma Biblioteca especializada, um Centro de Documentação, e um Centro de Arquivos Empresariais, Serviço Educativo, uma Área para Exposições Temporárias, Reservas Visitáveis, e de uma Loja para venda de publicações e outros materiais relacionados com a sua atividade. O Museu da Indústria Têxtil da Bacia do Ave é uma entidade permanente da estrutura orgânica da Câmara Municipal de Famalicão que tem por missão investigar, conservar, documentar, interpretar, valorizar e divulgar todos os aspetos relacionados com o processo de industrialização da região em que se encontra inserido, com vista à salvaguarda dessa memória histórica e de forma a contribuir para um maior enriquecimento cultural da sua população.

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Números do Têxtil em Famalicão

Em Vila Nova de Famalicão o setor têxtil e do Principais mercados de exportação Espanha, Alemanha e França vestuário tem a grande força do seu desenvolvimento. Aqui está o epicentro de uma região que acolhe uma fileira industrial completa Pessoas ao Serviço um cluster único na Europa. Num raio de 60 quilómetros, esta indústria oferece ao cliente Volume de negócios todas as soluções necessárias dentro da cadeia de produção. Destacam-se grandes marcas e empresas Valor Acrescentado Bruto produtoras e infraestruturas tecnológicas e de inovação. Exemplos de sofisticação da tecnologia utilizada, de qualidade organizativa e de Empresas qualificação de recursos humanos. Não é por sorte, ou acaso que Famalicão é a Cidade Têxtil de Portugal. Pela sua identiVolume de Negócios dade industrial. Pelas suas empresas. Pelos seus empresários. Pelos seus trabalhadores. do total das exportações Pelo CITEVE e pelo CeNTI. Pelo Museu da Indústria Têxtil da Bacia do Ave. Pela Associa- do sector em Portugal ção Têxtil e do Vestuário de Portugal. Pelo Cluster Têxtil: Tecnologia e Moda. Pelo reledo total das vante contributo da indústria têxtil famalicense para a economia nacional. exportações do concelho

10.902 817 M€ 263 M€ 852 502 M€ 9,4% 24,2%


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opiniãopública: 3 de fevereiro de 2021


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