Ano 29 | Nº 1505| De 31 de março a 6 de abril de 2021| Diretor: João Fernandes | Gratuito | www.opiniaopublica.pt
pub
pub
Presidente da corporação diz que estão a decorrer negociações
Antigas instalações dos Bombeiros de Riba d’Ave com solução à vista p. 9
No passado fim de semana foi a vez de docentes e funcionários das escolas do pré-escolar e 1 º ciclo
Autárquicas
MAIS DE 9.000 FAMALICENSES JÁ VACINADOS CONTRA A COVID 19 Até ao passado domingo, 9.072 famalicenses tinham sido vacina- estes números juntam-se ainda os 735 funcionários e docentes das dos contra a Covid 19. Destes, 3.207 já têm a vacinação completa, escolas do pré-escolar e 1º ciclo do concelho, que foram inoculaenquanto 5.870 receberam só ainda a primeira dose da vacina. A dos no passado fim de semana. p. 5
D. Jorge Otiga em entrevista ao OP
“Hoje precisamos de reconhecer os caminhos da humanidade” Especial
Miguel Matos apresenta candidatura à Câmara Municipal p. 7
Freguesias Câmara vai assumir realização de obras na USF de Requião p. 10
Hóquei: RAHC desce, FAC espera por último jogo
Páscoa Feliz
Futebol feminino FC Famalicão vence na Madeira pub
02
CIDADE
opiniãopública: 31 de março de 2021
Homem detido em flagrante por violência doméstica Um homem com 41 anos foi detido pela GNR, na segundafeira da semana passada, em Famalicão, por violência doméstica. Em comunicado, a GNR explica que recebeu uma denúncia a dar conta de um episódio de violência doméstica numa residência na localidade do concelho. “Os militares da Guarda deslocaram-se rapidamente para o local e apuraram que o suspeito de 41 anos infligiu maus-tratos verbais, psicológicos e ameaças de morte à vítima, sua companheira de 39 anos, o que levou à sua detenção em flagrante”, revela a força de autoridade. O suspeito foi presente ao Tribunal de Famalicão, no dia seguinte, para aplicação das medidas de coação.
Confraria das Santas Chagas promove conferência sobre o sofrimento A Confraria das Santas Chagas de Santo Adrião - Famalicão convidou o padre Pedro Sousa para uma conversa sobre o sofrimento, com o tema “Curados por um Deus ferido”. Vai decorrer hoje, quarta-feira, às 21h30, nas redes sociais da paróquia de Santo Adrião (Facebook e Youtube) e da Confraria das Santas Chagas (Facebook). Como enfrentar serenamente esta pandemia sem que ela nos cause ainda mais dano!? Será que Deus nos pode ajudar!? Ou será que Deus tem (ou não) culpa, no meio de tudo isto!? Qual papel da Igreja nesta pandemia? Esta serão algumas das questões a abordar pelo padre Pedro Sousa, que há pouco mais de um ano, apresentou o seu livro “O sofrimento de Deus”, vencedor prémio Paulus Editora 2019.
Nova edição foi apresentada a semana passada
“Boletim Cultural é um pedaço da história de Famalicão” “É uma obra importante para assegurar que a nossa identidade se mantenha e para permitir que no futuro existam registos documentais e referências ao nosso percurso e à nossa história”. Foi desta forma que o presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha, apresentou na segunda-feira da semana passada, a nova edição do Boletim Cultural de Famalicão, uma das mais antigas publicações do género em Portugal. Com coordenação editorial de Artur Sá da Costa, o volume com os números 12 e 13 da V Série do Boletim Cultural é composto por 556 páginas e divide-se em quatro capítulos: “Da fundação do concelho. Bernardino Machado e as liberdades municipais”; “Arte e Património”; “Do Local ao Global” e “História do Presente”. A obra reúne um conjunto de trabalhos de investigação da autoria de credenciados historiadores que têm dirigido o seu olhar para a memória e identidade de Famalicão. São eles: A. Martins Vieira, António Gonçalves, António Joaquim Pinto da Silva, António José Queiroz, Arminda Ferreira, Arquivo Municipal Alberto Sampaio, Artur Sá da Costa, Felisbela Oliveira Leite, Filipa Sousa Lopes, Gonçalo Ferreira, Isabel Barca, Jerónimo de Sousa, João Afonso Machado, Jorge Fernandes Alves, José Carlos de Castro
Amorim, José Manuel Gonçalves de Aguiar, José Manuel Lages, Luís Alberto Alves, Luís Gonzaga Cardoso, Nelson Pereira, Norberto F. Cunha, Odete Paiva e Rogério Bruno Guimarães Matos. “Voltamos a contar com um conjunto de trabalhos inéditos, de uma enorme qualidade científica e de áreas de investigação muito variadas e inovadoras”, referiu Artur Sá da Costa, que aproveitou ainda para realçar “o percurso de grande vitalidade e qualidade do Boletim Cultural” que considerou ser “um hino de afirmação do poder local”
e “um bom manual para se acompanhar a evolução cultural de Vila Nova de Famalicão”. Para além dos artigos científicos, a publicação é ainda enriquecida com um olhar fotográfico patrimonial sobre as caixas do correio no concelho. A nova edição do Boletim Cultural está disponível para download em www.famalicao.pt/boletim-cultural. A publicação física pode ser consultada na Rede Pública de Bibliotecas Municipais e adquirida no Livraria Municipal, situada na Casa do Território, no Parque da Devesa.
Agrupamento de Escolas Camilo Castelo Branco
Docente Ana Mendes selecionada no projeto Europeana Foundation European Schoolnet. Este projeto consiste na integração a nível pedagógico do Património Cultural Digital e da divulgação e disseminação em geral do mesmo. Neste contexto, vários países europeus estão envolvidos no projeto e cada país tem um embaixador, que dá formação e orienta as atividades desenvolvidas. Em Portugal, foram selecionados, a nível nacional, oito professores denominados “User Group PT”, em 2020-2021. A professora Ana Mendes, do Agrupamento de Escolas Camilo Castelo Branco, faz parte deste grupo restrito de professores que contribuem com a criação de um “Learning Scenario” e sua implementação com recursos da Europeana. O projeto: “Connecting Nature Through Inclusion” tem como objeAna Mendes, docente do Agrupamento lecionada para participar no projeto Eu- tivo contribuir para a sustentabilidade de Escolas Camilo Castelo Branco foi se- ropeana Foundation, dinamizado pela do Planeta Terra, encontrando soluções
FICHA TÉCNICA
CONSELHO EDITORIAL: Alexandrino Cosme, António Cândido Oliveira, António Jorge Pinto Couto, Artur Sá da Costa, Cristina Azevedo, Feliz Manuel Pereira, João Fernandes, Manuel Afonso e Almeida Pinto. ESTATUTO EDITORIAL: disponível em www.opiniaopublica.pt
DIRETOR: João Fernandes (CIEJ TE-95) jfernandes@opiniaopublica.pt
CHEFE DE REDACÇÃO: Cristina Azevedo (CPJ 5611) cristina@opiniaopublica.pt
REDACÇÃO: informacao@opiniaopublica.pt Carla Alexandra Soares (CICR-248), Cristina Azevedo (CPJ 5611).
DESPORTO: José Clemente (CNID 297) e Paulo Couto.
GRAFISMO: Carla Alexandra Soares
OPINIÃO: Adelino Mota, Barbosa da Silva, Domingos Peixoto, Mário Teixeira, José Luís Araújo, Sílvio Sousa, Vítor Pereira.
GERÊNCIA: João Fernandes
CAPITAL SOCIAL: 175.000,00 Euros.
DETENTORES DE MAIS DE 5% DO CAPITAL
António Jorge Pinto Couto João Fernado da Silva Fernandes Voz On, Lda.
TÉCNICOS DE VENDAS: comercial@opiniaopublica.pt Maria Fernanda Costa e Sónia Alexandra
PROPRIEDADE E EDITOR: EDITAVE Multimédia, Lda. NIPC 502 575 387
conjuntas e partilhadas através da inclusão. Numa altura de confinamento, os alunos de Educação Especial, na área transversal de Educação Ambiental, estiveram na escola e puderam participar em várias aulas, a maior parte delas ao ar livre, n0 “Outdoor Education”, no espaço da horta. Com este projeto foi possível “criar empatia pela natureza através dos sentidos, criar a sua horta e recolher e colecionar sementes”, é sublinhado em nota enviada à imprensa. Todos os projetos desenvolvidos irão participar no concurso Europeana 20202021 e terão a oportunidade de serem premiados com uma viagem a Bruxelas, para o segundo workshop de professore e educadores Europeana, com voos e alojamento pagos.
SEDE, REDACÇÃO E PUBLICIDADE: Rua 8 de Dezembro, 214 Antas S. Tiago - 4760-016 VN de Famalicão
IMPRESSÃO: Celta de Artes Gráficas, S.L. Gárcia Barbón, 87 Bajo - Vigo
INTERNET - www.opiniaopublica.pt
DISTRIBUIÇÃO: Editave Multimédia, Lda.
Serviços Administrativos: Tel.: 252 308146 / 252 308147 • Fax: 252 308149
NÚMERO DE REGISTO: 115673 DEPÓSITO LEGAL: 48925/91
CONTACTOS Redacção: Tel.: 252 308145 • Fax: 252 30814
TIRAGEM DESTE NÚMERO: 20.000 exemplares, nº 1505
opiniãopública: 31 de março de 2021
CIDADE
03
Entre idosos, utentes de risco e profissionais da linha da frente
Mais de nove mil famalicenses já receberam a vacina contra a Covid 19 Cristina Azevedo Famalicão. Segundo dados a que o OPIAté ao passado domingo, 9.072 NIÃO PÚBLICA teve acesso, até famalicenses já tinham sido va- ao passado domingo, 28 de cinados contra a Covid 19. Des- março, 1.407 idosos com 80 ou tes, 3.207 já têm a vacinação mais anos já tinham a vacinação completa, enquanto 5.870 rece- completa e 4.316 tinham receberam só ainda a primeira dose bido a primeira dose. Já a vacinação de utentes com mais de da vacina. A estes números juntam-se 50 anos e com comorbilidades ainda os 735 funcionários e do- chegou a 1.353 pessoas (pricentes das escolas do pré-esco- meira toma). lar e 1º ciclo do concelho, que Inicialmente, a previsão para receberam a primeira dose da esta segunda fase da vacinação, vacina da AstraZenca no pas- destinada a idosos e pessoas sado fim de semana, sendo que, com mais de 65 anos com patoneste caso, foram abrangidos os logias de risco, apontava para profissionais que trabalham nas um universo de cerca de 9 mil escolas do concelho, indepen- pessoas a vacinar até 31 de dentemente de residirem ou não março. O OPINIÃO PÚBLICA não em Famalicão (ver notícia nesta conseguiu confirmar ao certo página). quantas pessoas ainda estão A administração da vacina por vacinar, embora fonte do contra Covid 19 a utentes com ACES tenha adiantado que “o 80 ou mais anos ou com mais de objetivo de vacinar 80% dos 50 anos com patologias de risco idosos até essa data será consearrancou no passado dia 16 de guido”. fevereiro, no centro de vacinaAlém destas pessoas, foram ção de S. Cosme., num processo ainda inoculados com a vacina conduzidos pelo Agrupamento da AstraZeneca 173 bombeiros de Centros de Saúde (ACES) de das três corporações do conce-
lho, 21 elementos da Cruz Vermelha de Ribeirão, 40 elementos da PSP, 86 elementos da GNR e 154 profissionais das chamadas forças de resiliência, como médicos dentistas e farmacêuticos.
Já a vacinação nos lares está praticamente concluída e envolveu 1.800 pessoas entre utentes e funcionários. Das 26 instituições existentes no concelho, em 24 já foi realizada a vacinação completa com as duas doses da
Professores e funcionários que desempenham funções no concelho
735 profissionais das escolas do pré-escolar e 1º ciclo vacinados no fim de semana Juliana Machado O Centro de Vacinação de Vale S. Cosme, em Famalicão, recebeu no passado fim de semana, 27 e 28 de março, um total de 735 profissionais das escolas do pré-escolar e 1º ciclo do concelho. Docentes e não docentes receberam a vacina da AstraZeneca contra a Covid 19 e sentem-se agora mais seguros para regressar aos seus locais de trabalho. Isabel Pereira, enfermeira chefe, revelou ao OPINIÃO PÚBLICA que o processo de vacinação decorreu de forma célere uma vez que se tratou de “uma população mais instruída, com mais capacidades e que consegue, por exemplo, preencher os seus próprios inquéritos”. A responsável explicou ainda que todo o processo de seleção e convocatória esteve a cargo do Ministério da Educação. Ao ACES de Famalicão chegou apenas uma lista com os dados relativos aos profissionais das escolas que iriam receber o fármaco. “O nosso compromisso consistiu em assegurar as instalações, pessoal e meios necessários para efetuar a vacinação”, acrescentou Isabel Pereira. A recetividade por parte dos profissionais das escolas foi bastante alta, tal como previsto. “É um privilégio para nós, professores, sermos vacinados nesta fase.
D0centes dizem que se sentem, agora, mais seguros
Recomendo que todos estejamos vacinados, sem receios e sem medos”, referiu Gorete Nunes, professora no colégio Talvaizinho, acrescentando que “foi referenciada pela escola e se tratou de um processo muito fácil e muito intuitivo”. Já Sílvia Ortiga, docente na EB1 de Gavião, revelou sentir algum receio ao ouvir as recentes notícias acerca da vacina da AstraZeneca, mas confirma que todos os
esclarecimentos foram prestados pelos profissionais do Centro de Vacinação, algo que a deixou bastante mais tranquila. Além dos professores e funcionários famalicenses, foram ainda vacinados alguns profissionais residentes fora do concelho de Famalicão, mas que exercem funções nas instituições de ensino do município.
vacina. Apenas duas instituições esperam pela administração da segunda dose, o que deverá acontecer na primeira semana de abril, se não ocorrerem, até lá, surtos da doença nesses lares.
10% da população do concelho de Famalicão já teve Covid 19 Mais de 10% da população do concelho de Famalicão já teve Covid 19. O cálculo foi feito, a semana passada, pelo Jornal de Negócios, com base nos dados divulgados pela Direção-Geral de Saúde (DGS) e nas estimativas mais recentes de população feitas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Segundo esses cálculos, desde o início da pandemia e até ao passado dia até 16 de março, foram registados no concelho de Famalicão um total de 14.460 casos de infeção por Covid 19, o que equivale a 10,98% da população. Ainda segundo aquele jornal, que analisou os dados de todos os concelhos do país, há 89 municípios portugueses onde pelo menos 8% da população está ou já esteve infetada com o novo coronavírus. Entretanto, os últimos dados da DGS, divulgados segunda-feira, referentes à incidência de novos casos da covid-19, nas duas últimas semanas, no concelho de Famalicão mostram uma descida de mais de 36 casos por cada 100 mil habitantes. O novo boletim da DGS, atribui agora a Famalicão uma taxa de 58 novas infeções por cada 100 mil habitantes, acompanhando assim a tendência nacional de descida do número de novos casos. É uma taxa de incidência bastante abaixo da linha do 120 casos por 100 mil habitantes definida pelo Governo para manter o desconfinamento
04
CIDADE
opiniãopública: 31 de março de 2021
Produto recebeu certificado europeu
Aluno da Camilo vence concurso nacional sobre finanças
Óculos de proteção criados pela famalicense Injex já podem ser exportados
O jovem famalicense Álvaro Vieira de Castro, estudante da Escola Secundária Camilo Castelo Branco, que recentemente foi notícia por conseguir o 1º prémio numa prova nacional de Equamate, sagrou-se novamente vencedor nacional, desta vez num concurso sobre finanças. Álvaro Vieira de Castro conseguiu o 1º prémio no “European Money Quis” e vai representar o nosso país na final europeia que terá lugar a 20 de abril. Promovendo a literacia financeira, o “European Money Quis” pretende fixar-se entre os jovens como uma forma de apreender e testar conhecimentos sobre créditos, poupança, endividamento e finanças pessoais. O concurso é destinado a jovens entre os 13 e 15 anos e é promovido em Portugal pela Associação Portuguesa de Bancos. pub
Os óculos de proteção individual, que permitem usar em simultâneo óculos de leitura, criados pela empresa famalicense Injex durante a pandemia receberam, a semana passada, o certificado europeu. Segundo o jornal ECO a empresa está pronta para começar a exportar este produto, de fabrico 100% português, nascido pub em Famalicão e impulsionado pela necessidade de proteger da pandemia da Covid-19 muitos profissionais de diversos setores de atividade. As previsões apontam para a venda de 50 mil unidades em 2021. Estes óculos de proteção,
patenteados com a marca “Looksafety” – que significa “olha com segurança” – são anti-risco, transparentes, não deformam a visão, têm hastes extensíveis e são personalizáveis. A sua comercialização e distribuição estará a cargo da 4Valve, empresa da Maia parceira da Injex desde o início do projeto. Refira-se que a Injex é uma empresa especializada na produção de componentes técnicos em plástico, pelo processo de injeção, para todo o tipo de máquinas. Neste último ano, a empresa aproveitou a pandemia para
criar um produto cada vez mais necessário em muitas empresas e nos serviços de saúde e proteção civil e cuja produção, até agora, era quase um exclusivo asiático. “Foi o nosso contributo para minimizar os efeitos nefastos e ainda imprevisíveis da pandemia junto dos hospitais, bombeiros, laboratórios, recursos humanos de lares, assim como nas empresas cujos trabalhadores precisam de uma boa proteção ocular”, explicou Pinheiro de Lacerda, administrador da empresa, aquando do lançamento da marca “Looksafety”, no passado mês de fevereiro.
Decorre até 29 de maio
Câmara abre período extraordinário de candidatura às bolsas de estudo
À semelhança do que aconteceu o ano passado, a Câmara de Famalicão abriu um período extraordinário de candidaturas às bolsas de estudo para alunos que frequentam o ensino superior. Depois do período regular já ter terminado, a autarquia decidiu, na passada quinta-feira. em reunião do executivo camarário, aprovar um pe-
ríodo excecional para aqueles agregados que tenham, entretanto, perdido rendimentos, face ao período de pandemia que vivemos. Nesse sentido, a autarquia propõe-se a investir até ao montante global e 30 mil euros na concessão e novos apoios aos estudantes famalicenses. “Sabemos que, em face da situação que atravessamos, pode haver famílias que, depois do período normal das candidaturas, tenham perdido rendimentos, por exemplo, porque ficaram desempregados, e com esta medida, abrimos uma oportunidade para que possam ser também contempladas e ajudar a que os jovens continuem os seus percursos educativos e formativos”, referiu o presidente da Câmara, Paulo Cunha. O novo período de candidaturas iniciou na passada segunda-feira e decorre até 29 de maio. Os estudantes podem apresentar candidatura eletrónica no Portal da Juventude de Famalicão, em http://www.juventudefamalicao.org/ juntando os documentos solicitados na plataforma. Recorde-se que no início deste mês a autarquia aprovou a concessão de 364 bolsas de estudo ao ensino superior, num investimento de 222 mil euros, resultantes do período regulamentar de candidaturas.
opiniãopública: 31 de março de 2021
Processos urbanísticos podem ser submetidos e acompanhados a partir de casa
Gabinete de Urbanismo tem novo balcão virtual de atendimento A Câmara Municipal de Famalicão tem um novo balcão de atendimento para o Urbanismo, uma ferramenta digital que permite a instrução de processos urbanísticos, o seu acompanhamento, o esclarecimento de dúvidas e a sua atualização sempre que necessário. Particularmente dirigido aos profissionais do setor, nomeadamente aos gabinetes de projetos e aos técnicos da área, a nova porta de acesso ao município vem, segundo a autarquia, facilitar e simplificar o acesso aos serviços municipais de uma área marcadamente técnica, sem prejuízo do rigor administrativo necessário e em benefício da uma maior transparência municipal. O acesso ao Atendimento Técnico do Urbanismo via digital faz-se a partir do Portal do Município, na área Residentes. Depois de um registo simples, o utilizador pode efetuar os seus pedidos, carregar documentos, preencher formulários e submeter processos, trocar mensagens e ver o histórico das suas ações. Esta área de atendimento virtual do Urbanismo junta-se ao atendimento geral virtual do Balcão Único que está disponível no mesmo endereço eletrónico e permite o acesso dos cidadãos a documentação, ao acompanhamento dos seus processos e ao histórico das comunicações trocadas com o município. A plataforma digital de atendimento geral do município já é utilizada regularmente por perto de mil utiliza-
dores registados. “Esta crescente evolução e desenvolvimento do atendimento digital do município representa a aposta do município na modernização dos serviços administrativos autárquicos, adaptando-os aos tempos modernos e aproveitando as novas tecnologias para simplificar a vida das pessoas e o trabalho dos próprios funcionários municipais”, refere o Presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha. E acrescenta: “A estes ganhos, já de si importantes, acresce o aumento da trans-
parência do rigor administrativo municipal”. Com a implementação da plataforma de submissão em matéria de Urbanismo, foram atualizados os modelos de requerimentos em função do tipo de operação urbanística, foram criadas listas de verificação de apoio à instrução dos pedidos, novos documentos anexos de apoio, minutas de termos de responsabilidade e declarações e procedeu-se à atualização do Manual de Apoio à submissão eletrónica.
CIDADE
05
Parquímetros reativados esta quinta-feira na cidade
A empresa PARQF, responsável pelo estacionamento tarifado em Famalicão, vai retomar o estacionamento pago nas zonas com parquímetro a partir desta quintafeira, dia 1 de abril. Esta medida surge após a o estabelecimento da primeira fase de desconfinamento e da progressiva retoma da atividade na cidade. Para além da reactivação dos parquímetros, a PARQF retomará também a fiscalização dos estacionamentos pagos de duração limitada na cidade. pub
06
CIDADE
opiniãopública: 31 de março de 2021
Jovens da AFPAD celebram a chegada da Primavera com criatividade Apesar de estarem cada um em suas casas devido restrições exigidas pela pandemia de Covid19, os jovens da APADF celebraram a chegada da Primavera. A iniciativa levada a cabo pela instituição teve como mote “Dar as Boasvindas à Primavera” através da componente lúdico pedagógica que consistiu na produção de uma árvore decorada com elementos característicos desta estação do ano. Os jovens deram asas à criatividade e, da arte que cada um tem em si, produziram gaiolas, flores, pássaros, borboletas, resultantes de diferentes materiais e adereços. Dando continuidade ao projeto “AFPAD Vai a Casa”, a instituição passou pela casa de cada um dos jovens para recolher as suas obras e conjuga-las na arte final. Esta nova peça complementará a decoração do Centro de Atividades Ocupacionais.
Associação Gerações aprovou Relatório e Contas de 2020
Encontro Internacional de Animação Sociocultural decorreu online
PASEC envolveu mais de 4.700 participantes no Anima 2021 O Anima Web 2021- Encontro Internacional de Animação Sociocultural, promovido pela associação de Famalicão PASEC, envolveu mais de 4700 participantes, 1591 só nas quase três dezenas de masterclasses online. Já os três espetáculos online que tiveram lugar nas noites de 25,26 e 27 de março tiveram mais 3200 espetadores O balanço foi feito pela PASEC em nota à imprensa, na qual afirma que a versão online de 2021 do ANIMA “ultrapassou as estimativas inicialmente esperadas”. Tendo como tema "Na Rota da Cidadania Global", a edição deste ano contou com masterclasses orientadas por especialistas internacionais e por jovens inspiradores que partilharam as suas experiências de voluntariado internacional ou projetos de cooperação transnacionais. Já os três espetáculos online foram protagonizados pelas companhias de teatro, dança e música da PASEC e contaram a história de jovens que pretendiam denunciar um mundo que se havia esquecido da sua interdependência e herança intercultural e que se havia deixado
Momento de um dos espetáculos online
entregar ao egoísmo, xenofobia, racismo e erradicação dos mais importantes ecossistemas. Entretanto, aquele que é considerado um dos maiores eventos europeus de animação sociocultural e educativa, não ficará por aqui. Fechará, já em versão online e presencial, se a situação pandémica permitir, entre os meses de abril e maio. Estão previstas as atividades de caráter
concursal e presencial que incluem o concurso “Plano de Combate 2021”, sobre ideias de projetos de promoção do bem comum que envolverá mais de 890 jovens, e encontros de cooperação e formação internacional. Rfeira-se que o Anima Web 2021 teve o apoio do Programa Erasmus + através do Projeto Geo Equity.
Este ano, o evento decorreu online devido à situação pandémica
Pandemia e ensino à distância debatidos no “Chá Europeu” da Camilo A Assembleia Geral da Associação Gerações, reunida em 29 de março, aprovou, por unanimidade, o Relatório de Atividades e a Conta de Gerência do ano de 2020. O presidente da Direção, Mário Martins, destacou a cooperação dos pais e das famílias, dos seniores, das próprias crianças e das colaboradoras da instituição, “que souberam ultrapassar os constrangimentos destes momentos difíceis, em tempo de pandemia de Covid 19”. As crianças “continuaram a brincar, a explorar formas e materiais, tendo sempre acesso a vivências e experiências únicas”, afirmou ainda o dirigente, realçando que as atividades de exterior tiveram, naturalmente, “uma grande predominância ao longo do ano passado, respeitando-se também aqui as orientações da Direção Geral de Saúde, do Ministério da Educação e da Segurança Social”. Mário Martins destacou também o Centro Comunitário da Associação Gerações que, através do Clube Sénior, desenvolveu atividades semanais regulares, como sessões para aprender a andar de bicicleta, artes com agulhas, correção postural/raquialgias, danças tradicionais, educação emocional, fotografia, ginástica, treino de equilíbrio e marcha, informática, inglês, meditação, pilates, pintura, utilização do smartphone e treino da memória, além de workshops de artes expressivas e culinária, entre outras atividades. Quanto à situação financeira da instituição, ela apresenta-se “estável e equilibrada, não havendo desvios significativos a assinalar” no Orçamento proposto e aprovado. “O cumprimento rigoroso das metas e objetivos é o segredo para este equilíbrio financeiro”, conclui o presidente da Gerações.
A Escola Secundária Camilo Castelo Branco promoveu, no passado dia 26, mais uma edição da iniciativa “Chá Europeu”, desta vez em formato online, através da plataforma Zoom. O encontro, promovido pelo Clube Europeu daquela escola, teve como tema o ensino à distância e contou com a participação do eurodeputado José Manuel Fernandes, do pediatra Nuno Lobo Antunes e do cronista Santana Castilho. Já veterano nestas sessões camilianas, José Manuel Fernandes sublinhou que a Covid-19 veio demonstrar a importância e o potencial do digital. No entanto, frisou as dificuldades no acesso à internet associadas à falta de coesão territorial, económica e social. “É essencial que a inclusão seja uma realidade rápida, pois esta auxilia a recuperação dos estados-membros”, sublinhou o eurodeputado, defendendo ainda que “há coisas que vieram para ficar, mas é imprescindível voltar para a escola dos afetos, da visualização e da sociabilidade”. Já Nuno Lobo Antunes apresentou diversas soluções a fim de ajudar pais e filhos a ultrapassar esta fase de algum modo incompreensível e inesperada: estar atentos aos sinais de ajuda e de atenção e auxiliar de perto os jovens numa fase de ausência de vivências sociais. O médico também realçou importância da internet como forma de comunicação, dizendo ser importante “não olhar para as perdas, mas sim para
o que ganhamos ao nível da aprendizagem dos mais novos”. Contudo, também sustentou que uma das mais importantes aprendizagens da escola é apreendida fora da sala de aula: nos intervalos a aprender o valor da amizade e na interação com os outros”. Acrescentou que a “escola deve deixar de ser fonte de informação e ser fonte de reflexão, ensinando os jovens a pensar.” Por seu lado, Santana Castilho afirmou que sofremos atualmente um problema agudo de saúde, tanto política como física e mental. O atual cronista no jornal Público acusou órgãos políticos e científicos “de falta de préstimo sobre dados e padrões pré-existentes no que toca a problemas de saúde pública, descendo a tomadas de decisão baseadas no pânico, que conduzem a rumos irracionais”. Quanto à educação, reforçou a importância de retirar lições com base nos anos de 2020 e 2021 que permitam uma restruturação no ensino. Na opinião, este deverá visar a formação integral e humanista de homens e mulheres, que deverão ser capazes de usar o conhecimento congruentemente. Aproveitou também para apelar aos mais jovens a investirem na saúde, no desenvolvimento neuromotor, no exercício físico e num estilo de vida saudável, privilegiando estas áreas em detrimento do tratamento de doenças.
opiniãopública: 31 de março de 2021
CIDADE
07
É militante do PSD, mas diz que não se revê na gestão de Paulo Cunha
Miguel Matos anuncia candidatura à Câmara de Famalicão Cristina Azevedo Militante do PSD, consultor de Gestão e Desenvolvimento de Negócios, Miguel Matos apresentou, na passada segunda-feira, a sua disponibilidade para avançar com uma candidatura à Câmara Municipal de Famalicão nas eleições autárquicas deste ano, afirmando que não se revê na atual gestão do presidente Paulo Cunha. Miguel Matos não esconde que é militante do partido do atual edil, que já tem o aval da direção nacional do PSD para se recandidatar, se o desejar. E, apesar de afirmar que é na qualidade de militante social-democrata que avança com a candidatura, também diz que não está à espera “do apoio formal do PSD ou de qualquer outro partido para avançar”. “Não o faço por qualquer partido, não consultei nenhum órgão local, distrital ou nacional para tomar esta decisão”, afirmou Miguel Matos, aos jornalistas, numa conferência de imprensa que decorreu online. Para Miguel Matos, “quem vota são as pessoas” e é “para elas e por elas” que avança para a corrida à liderança da Câmara Municipal, após ter construído, ao longo da sua vida, aquelas que considera ser “as condições necessárias para que
Miguel Matos diz-se preparado para liderar os destinos da autarquia
uma pessoa tenha capacidades, competên“Juntamente com uma equipa por mim cias e know-how necessário para liderar os escolhida, encabeçarei uma candidatura destinos de uma comunidade na qual se in- ao executivo. Faço-o na convicção plena de sere”. que tenho uma visão de curto, médio e
longo prazo para este concelho, que julgo ser a melhor em função daquilo que analiso”, afirma ainda o agora candidato, de 51 anos e natural de Lousado. Questionado sobre que visão é essa que tem para o concelho, Miguel Matos não quis adiantar muito mais, referindo apenas que está a “decorrer a elaboração do seu manifesto eleitoral, que será apresentado no momento da campanha eleitoral”. De qualquer forma, garante estar preparado porque diz ser “financeiramente independente” e que quer “elevar a política áquilo que ela deve ser: a arte maior”. “Uma arte nobre, ao serviço de todos”, acrescenta, ao mesmo tempo que afirma que “já chega de ter um profissional da política a liderara a Câmara Municipal”. Miguel Matos foi auditor de Perícia Contabilística e Financeira da Polícia Judiciária, entre 1997 e 1999, e sócio-fundador e presidente da direção do Ténis Clube de Famalicão, entre 2008 e 2016. É autor do livro "Seja Livre Sendo Dono de Um Negócio", publicado em Portugal em 2017, pela editora Vida Económica, e no Brasil em 2018. Está inscrito como militante na Concelhia de Famalicão do PSD. Apoiou Rui Rio nas últimas eleições internas para a liderança do partido.
Deputado famalicense conduziu os trabalhos da Comissão e Inquérito
Partidos aprovam relatório de Jorge Paulo Oliveira sobre incêndios de Pedrógão O Relatório da comissão parlamentar de inquérito aos apoios concedidos na sequência dos incêndios de 2017 na zona do Pinhal Interior, elaborado pelo deputado de Famalicão, Jorge Paulo Oliveira, foi aprovado na passada sexta-feira, sem votos contra. Os deputados das diferentes bancadas parlamentares fizeram um balanço positivo da condução e resultado dos trabalhos iniciados um ano antes, mas vá-
rias vezes suspenso por força da pandemia, com o deputado famalicense do PSD a ver, inclusivamente, perto de 80% das suas recomendações serem acolhidas. Esta comissão teve por objeto a apreciação do processo de atribuição de apoios à recuperação de habitações, de empresas e de equipamentos públicos e privados na sequência dos fogos rurais de 2017, nos concelhos de Pedrógão Grande, Castanheira
de Pera, Ansião, Alvaiázere, Figueiró dos Vinhos, Arganil, Góis, Penela, Pampilhosa da Serra, Oleiros e Sertã. Entre as principais conclusões aprovadas, 67 no total, Jorge Paulo Oliveira, nomeado deputado relator, destaca a desigualdade do processo dos apoios aos agricultores nos vários concelhos afetados. Já quanto às medidas de investimento e incentivo à dinamização da economia, o social democrata
alerta para a circunstância de, ao fim de três anos após os incêndios, apenas terem sido aprovadas candidaturas para 56% dos montantes disponíveis e destes só terem sido pagos até ao momento 26%. O Relatório aponta, igualmente, para as baixas execuções dos apoios do Estado dirigidas à reflorestação e à circunstância do risco de incêndio naqueles territórios se manter muito elevado. Já quanto aos apoios à ha-
bitação, a principal critica é dirigida há não reconstrução das segundas habitações, Recorde-se que o incêndio que deflagrou em 17 de junho de 2017 no concelho de Pedrógão Grande, e se alastrou depois a municípios vizinhos, nos distritos de Leiria, Coimbra e Castelo Branco, provocou 66 mortos e 253 feridos, sete deles com gravidade, e destruiu cerca de 500 casas, 261 das quais habitações permanentes, e 50 empresas. pub
08
FREGUESIAS
opiniãopública: 31 de março de 2021
Obra fica concluída em maio e dá cumprimento ao projeto de Siza Vieira
Centro de Estudos Camilianos vai ter uma nova entrada O Centro de Estudos Camilianos de Seide, projetado pelo arquiteto Siza Vieira, oferecerá aos seus visitantes a partir de maio uma nova entrada mais ampla e mais digna, informou a Câmara Municipal de Famalicão A nova entrada é percorrida entre jardins, mesmo diante da Casa do Nuno, a residência do filho de Camilo Castelo Branco, onde o escritor chegou a habitar numa fase final da sua vida. Representa também a conclusão do projeto de Siza Vieira que, para além da construção do Centro de Estudos, envolveu um plano global de valorização do espaço camiliano, com o arranjo urbanístico do Largo de Camilo, construção do Centro Social e Paroquial, requalificação da igreja paroquial e adaptação da Casa do Nuno a sede da Junta de Freguesia. As obras arrancaram no passado mês de fevereiro e têm um prazo de execução de 90 dias, implicando um investimento municipal superior a 31 mil euros. De acordo com a memória descritiva, a intervenção engloba a construção de caminhos pedo-
As obras iniciaram em fevereiro e têm um custo de 31 mil euros
nais em cubo granito azul, a construção de muros de vedação em alvenaria de pedra e a preparação de uma zona ajardinada. “É o culminar de uma vontade persistente da Câmara Municipal em cumprir o projeto de Siza Vieira, que contemplava para aquele espaço a entrada principal do Centro de Estudos Camilia-
Santiago Belacqua com exposição em sete igrejas de Famalicão
A artista plástico famalicense Santiago Belacqua, o primeiro português convidado a expor no Vaticano, tem patente as obras em sete igrejas do concelho. A exposição “…e o Seu reino não terá fim”, inaugurada no passado sábado, apresenta 20 quadros das coleções do artista. A mostra, promovida no âmbito do programa “Há Cultura”, através da CSIF do Vale D’Este, está patente até ao dia 8 de maio nas igrejas paroquiais de Sezures, de Ar-
noso Santa Maria, de Arnoso Santa Eulália e de Nine, bem como na Capela do Senhor dos Passos (Arnoso Santa Maria), no Mosteiro de Arnoso Santa Eulália, e na Capela de Nossa Senhora do Fastio (Arnoso Santa Eulália), Santiago Belacqua traz a esta exposição pinturas das coleções “Cristo Suspenso” e “Pietà” e ainda outros quadros que marcam o seu percurso, como “A Imaculada Conceição”, “A Última Ceia”, “Pregado na Cruz”, “Ressurreição”, entre outros.
nos”, refere a propósito o presidente da autarquia Paulo Cunha, lembrando que depois de criadas as novas instalações para a Associação Desportiva e Recreativa de Seide S. Miguel (ADERE) que era a proprietária do terreno contíguo ao Centro de Estudos Camilianos, onde está a ser construída a nova entrada, a autarquia conseguiu
as condições necessárias para concluir o projeto de Siza Vieira. “É a peça que faltava no Centro de Estudos Camilianos para se vivenciar aqui um ambiente verdadeiramente camiliano, numa homenagem ao romancista que ali viveu e escreveu grande parte da sua obra”, afirma Paulo Cunha, que elogia ainda “a dis-
ponibilidade da ADERE para deixar de lado as questões que são periféricas e colocar no centro questões que são essenciais”. Recorde-se que o Centro de Estudos Camilianos foi inaugurado em 2005 com as presenças da ministra da Cultura de então, Isabel Pires de Lima, a escritora Agustina Bessa-Luís e Siza Vieira. Desde essa altura que a entrada para o equipamento cultural era provisória porque o espaço proposto para a entrada principal estava ocupado pela ADERE. Entretanto, para além desta, estão também a decorrer em Seide as obras de renovação e restauro da Quinta e da Casa dos Caseiros, observando a traça original do edifício. A intervenção insere-se -se na candidatura “Rota Camilo: Valorização da Casa-Museu e Cemitério da Lapa”, aprovada no âmbito do programa operacional Norte 2020. Com um investimento de cerca de 320 mil euros e o prazo de execução de um ano, a obra diz respeito à remodelação, ampliação e arranjos exteriores da Casa de Camilo.
Obra fica concluída em maio e dá cumprimento ao projeto de Siza Vieira
Apesar dos atrasos, nova Junta de Vermoim ficará pronta este ano Já está no terreno a primeira fase da construção na nova sede da Junta de Freguesia de Vermoim e, apesar dos atrasos no arranque dos trabalhos, o autarca local acredita que a obra ficará concluída este ano, ainda antes do final do mandato. “A empreitada está a decorrer a todo o gás e esperamos recuperar do atraso sofrido por forma a estar pronta este ano, como estava previsto”, referiu Manuel Carvalho, em entrevista à Fama TV e ao jornal OPINIÃO PÚBLICA. O novo edifício que ficará localizado numa zona mais central da freguesia do que o atual, junto ao Centro Cívico, é composto por dois pisos. De acordo com a memória descritiva do projeto, no piso inferior é feito o acesso principal ao edifício com um espaço de foyer e de secretaria para os serviços de atendimento ao cidadão. Neste piso será ainda instalada uma biblioteca com ligação ao exterior através de um jardim de inverno. Já no piso superior funcionarão os vários gabinetes de trabalho e ainda uma sala multiusos que es-
tará ao serviço da população. Manuel Carvalho considera que a nova sede “é um orgulho para Vermoim e para os vermoinenses”, localizada “num local mais acessível aos cidadãos”. Entretanto, dentro de um mês, será concluída a instalação da rede de saneamento na freguesia, com o lançamento de uma nova fase. “Vamos ficar com uma taxa de cobertura na ordem dos 99%. É uma infraestrutura que também vai melhorar a vidas das pessoas
e é essa a nossa principal função e objetivo”, afirma o autarca, visivelmente satisfeito por a sua freguesia ter sido contemplada com esta obra por parte da Câmara Municipal. Eleito pela coligação PSD/CDS-PP e a cumprir o seu segundo mandato à frente dos destinos da Junta de Freguesia, Manuel Carvalho anunciou ainda que vai recandidatar-se a um terceiro e último mandato nas eleições autárquicas deste ano.
opiniãopública: 31 de março de 2021
FREGUESIAS
09
Maria José Gonçalves, presidente da corporação, adiantou que estão a decorrer negociações
Antigas instalações dos Bombeiros de Riba de Ave têm solução à vista Juliana Machado O antigo quartel dos Bombeiros Voluntários de Riba de Ave já tem uma solução à vista. Tal como revelou a presidente dos Bombeiros Voluntários de Riba de Ave, em entrevista à FamaTV e ao OPINIÃO PÚBLICA, neste momento estão a decorrer negociações, que a breve prazo serão tornadas públicas. Sem querer adiantar muito sobre o futuro das antigas instalações, Maria José Gonçalves admitiu que a corporação não tem estrutura para financiar qualquer tipo de obras, e sublinhou que “seria um erro crasso que o antigo quartel passasse para a mão dos privados”. “Penso que será fundamental que o edifício sirva os fins e interesses públicos. Foi esse o sonho dos fundadores e é uma obra que ficará melhor entregue à Proteção Civil”, adiantou ao OP. Relativamente à situação financeira dos Bombeiros Voluntários de Riba de Ave, Maria José Gonçalves admite que “os problemas financeiros não estão resolvidos” e que é urgente uma “visão diferente”. Apesar de considerar que muitos outros tipos de financiamento poderiam ser atribuídos às corporações, a presidente salienta que é necessário mudar a visão com que os bombeiros são encarados. “Os bombeiros não podem continuar a ser o parente pobre e não podem continuar
a querer despertar sentimentos de pena junto da população. Chega a ser indigno. Os bombeiros têm de ser reconhecidos pelo trabalho que fazem porque são essenciais e imprescindíveis”, vincou. A propósito da pandemia de Covid19, a responsável adiantou que a corporação de Riba de Ave delineou e implementou um plano de contingência pioneiro que serviu de exemplo para muitos outros quarteis a nível nacional. Além de implementação de turnos de 24
horas, a pandemia trouxe também a necessidade de realizar uma “reforma profunda e realista da realidade dos bombeiros da corporação, precisamente para ter uma noção do verdadeiro corpo ativo”, disse ainda a presidente, acrescentando que, atualmente, estão com 70 operacionais “muito jovens e com muita formação”. Maria José Gonçalves referiu ainda que esta nova realidade veio alterar toda a rotina dos bombeiros e, sobretudo, enaltecer a sua importância na estrutura da Proteção
Civil. Este mesmo plano de contingência revelou-se bastante eficaz, uma vez que a corporação não registou nenhum surto de Covid 19, revelou o comandante Luís Abreu, também em entrevista ao OP. Sobre a época de incêndios florestais que se aproxima, esta revela-se uma preocupação para a corporação. Luís Abreu, revelou que “o funcionamento da equipa afeta aos incêndios já está a ser preparado desde janeiro e estará ao serviço do concelho, do distrito e também a nível nacional”, mas a maior lacuna diz respeito ao veículo de combate aos incêndios e aos custos inerentes ao equipamento individual de cada bombeiro, que rondam os mil e quinhentos euros. “Só temos um veiculo pesado de combate aos incêndios e, quando este não está no quartel, ficamos apenas com veículos ligeiros. Temos conseguido gerir, mas a aquisição de um novo veículo é um projeto para o futuro”. No que diz respeito à proximidade do campus regional da Proteção Civil na freguesia de Bairro, o comandante afirmou que esta é uma novidade que muito entusiasmou a corporação. “É um orgulho ter um campus da Proteção Civil na minha área de atuação própria. Tenho a certeza que estamos à altura para apoiar qualquer situação”, finalizou. pub
10
FREGUESIAS
opiniãopública: 31 de março de 2021
Intervenção está estimada em 500 mil euros e será candidatada a fundos comunitários
Câmara de Famalicão vai assumir realização de obras na USF de Requião Cristina Azevedo atendimento aos utentes. No final da reunião, em declaA Câmara Municipal de Famalicão rações aos jornalistas, o presivai assinar um contrato-programa dente da Câmara, Paulo Cunha, com a Administração Regional de frisou que, apesar de a obra só Saúde (ARS) do Norte para a rea- avançar se houver garantia de filização de obras de requalifica- nanciamento comunitário, o Mução na Unidade de Saúde nicípio também terá de investir Familiar (USF) Antonina, locali- entre 15 a 20% do custo da interzada em Requião. venção, assumindo, assim, um Esta USF funciona no edifício encargo com uma área que é da da antiga Casa do Povo e neces- responsabilidade da Administrasita de uma intervenção, quer ao ção Central. nível de obras de requalificação, “A verdade é que, ou a Câquer ao nível da aquisição e equi- mara Municipal de envolve e a pamentos. Através deste con- USF é reabilitada, ou não se entrato-programa, a autarquia de volve e fica tudo na mesma”, jusFamalicão compromete-se a exe- tifica o edil que não deixa de cutar essa intervenção, estimada enviar um recado ao governo: em 500 mil euros, através da “estamos a assumir todos os enapresentação de uma candida- cargos, espero que isso resulte tura a fundos comunitários. numa melhoria dos cuidados de O acordo a celebrar com a ARS saúde primários no concelho”. Norte foi aprovado na quintafeira passada, em reunião do exePaulo Cunha reivindica obras cutivo camarário, e vai permitir em outras unidades criar melhores condições de traA este propósito, Paulo Cunha balho aos profissionais e de não deixa de criticar aquilo que
A USF Antonina funciona na antiga casa do povo de Requião
diz ser a falta de investimento do Governo nos cuidados de saúde primários, dando o exemplo de outras unidades de saúde que necessitam de intervenção urgente nos edifícios, como é o caso do centro de saúde da ci-
Pacote contempla várias áreas
Câmara aprova mais de meio milhão de euros para obras nas freguesias A Câmara Municipal de Famalicão aprovou, na semana passada, um pacote de mais de 552 mil euros de subsídios para várias juntas do concelho, destinados à realização de obras. Entre os apoios, destaca-se um subsídio no valor de 77 mil euros à Junta de Cruz para requalificação de um edifício junto à EN14 que será a nova sede do Grupo Etnográfico de S. Tiago da Cruz, que atualmente não tem instalações próprias. Na cobertura desse edifício será ainda construído um miradouro com vista para a parte nascente do concelho. Para a Junta de Freguesia de Bairro foi aprovado um apoio de 59 mil euros destinado aos arranjos exteriores da antiga escola primária. As obras de requalificação do edifício estão concluídas, sendo agora necessário intervir no logradouro. Já a autarquia de Vale S. Martinho viu contemplado um pedido de apoio para a realização da segunda fase da requalificação da sede da Junta, no valor de 61 mil euros. Por seu lado, a Junta da União de Freguesias de Carreira e Bente foi contemplada com um apoio de 40 mil euros para custear obras de requalificação no parque de Lazer do Espinhal, na Carreira.
Há também um conjunto de apoios financeiros para obras na rede viária. É o caso da Junta de Joane que vai receber 81 mil euros para a segunda fase de repavimentação da Avenida Padre Silva Rego. Também a UF de Vale S. Cosme, Telhado e Portela foi contemplada com uma verba de 17.500 euros para alargamento e construção de muros nas ruas da Pena e Alto da Pena, enquanto a Junta de Landim viu aprovada a verba de 23 mil euros para obras na Rua das Searas, e a Junta do Louro foi contemplada com 18.00 euros para repavimentação das ruas da Bonança e de Santo Ovídeo. Ainda na rede viária, para Oliveira Santa Maria foram aprovados 52 mil euros para obras na Rua da Casa Nova; a Junta de Oliveira S. Mateus foi contemplada com 51 mil euros para intervenções nas ruas das Escolas, de Pocinhos e do Rio Ave; e a autarquia de Vermoim vai receber 85 mil euros para obras na Rua do Além. Finalmente, Para a Junta de Mogege foi aprovado um apoio de 8.500 euros destinado à instalação de um parque infantil no loteamento de Monte Belo e de colocação de mesas na Urbanização de Pitelas. C.A.
dade, onde funcionam várias USF, ou da USF de Joane que necessita de novas instalações. O edil referiu ainda os casos das extensões de saúde de Fradelos ou Vale S. Cosme, que “além da melhoria das estruturas
físicas, necessitam também de reforço e estabilidade ao nível dos recursos humanos, sobretudo de médicos”. “Temos insistido junto da ARS Norte para a necessidade destes melhoramentos e já manifestamos a nossa disponibilidade para assumir as obras, aproveitando os fundos comunitários. É isso que está a acontecer na USF de Requião e esperamos que possa ser alargado a outras situações”, sublinha o autarca. De qualquer forma, Paulo Cunha vinca que “a Câmara até pode fazer as obras, mas não pode contratar médicos ou enfermeiros”, exigindo ao Governo que “reabilite e dote dos recursos humanos necessários as unidades do concelho, por forma a garantir cuidados de saúde primários de proximidade”. “É importante que o Estado português não se demita da sua responsabilidade de cuidar da saúde dos nossos concidadãos”, finaliza.
Escola construída pela HumanitAVE na Guiné Bissau está quase pronta A Associação de Emergência Humanitária - HumanitAVE, de Pedome, viajou para a Guiné Bissau de forma a inteirar-se da evolução de uma nova escola que está a ser construída com o seu apoio, em Malbuloto. Segundo os elementos destacados nesta missão, a escola já se encontra “praticamente terminada”, restando apenas a pintura da estrutura, que terá lugar nos próximos dias. Em nota publicada na sua página de Facebook, a HumanitAVE agradece a forma como foi recebida na Guiné-Bissau, sublinhando que “realmente conseguimos marcar diferença na vida desta comunidade”. Além de inteirarem-se da evolução da construção da escola, os elementos da HumanitAVE, que partiram na passada
sexta-feira para aquele país africano, vão também fazer o ponto da situação de um Centro de Nutrição que estão também a apoiar, bem como analisar a possível construção
de um poço e a continuação do projeto “Secretária Solidária”, que procura, precisamente, apetrechar as escolas que estão a ser construídas na região.
Alunos da EBI de Pedome participam em projeto de educação financeira Todas as turmas do 5º ano da EBI de Pedome estão a participar, este ano letivo, no projeto de educação financeira: “No Poupar Está o Ganho”. Os alunos têm vindo a desenvolver as atividades relativas ao projeto nas aulas de Cidadania e Desenvolvimento, uma vez que esta temática está inserida no domínio da Literacia Financeira e Educação para o Consumo. Durante a semana de 15 a 19 de março, as turmas participaram nas “Olimpíadas de Educação Financeira”, concurso que se realiza anualmente, com a pretensão de ser um momento lúdico e de aprendizagem, no qual se promove uma competição saudável, entre as muitas turmas inscritas neste projeto, a nível nacional. Segundo a escola, a prestação das turmas de 5º ano da EBI de Pedome “tem sido muito positiva, pois atingiram uma elevada pontuação”.
opiniãopública: 31 de março de 2021
Didáxis reativa Grupo de Bombos e promove a literacia digital junto dos seniores
A Didáxis de Riba d’Ave vai participar, este ano letivo, no projeto Clubes Comunitários promovido pela Associação de Psicologia da Universidade do Minho e pela Academia Gulbenkian do Conhecimento. Os alunos das turmas do 10º ano dos cursos profissionais de Geriatria e de Restaurante/Bar participarão nestes Clubes Comunitários, que, “para além de promoverem a exploração da carreira dos alunos em função dos seus interesses vocacionais, pretendem ser uma estratégia de enriquecimento pessoal, reforçando, simultaneamente, a cooperação e o contacto com a comunidade envolvente, neste caso concreto, Riba de Ave”, explica a direção da escola. Assim, o curso de Geriatria implementará o projeto “O Mundo Digital na Melhor Idade”, que pretende desenvolver junto dos seniores a literacia digital, de forma a que possam usufruir de um vasto leque de ferramentas informáticas úteis”. Já o curso de Restaurante/Bar irá desenvolver o projeto “Dar Vida à Música”, com a reativação do Grupo de Bombos da Didáxis, que em tempos anteriores contribuiu para a animação da comunidade local.
FREGUESIAS
11
Proposta entregue ao executivo da Junta de Freguesia
Núcleo do PSD propõe linha de apoio ao cidadão em Gondifelos Cavalões e Outiz A Comissão Política do Núcleo do Partido Social Democrata (PSD) de Gondifelos, Cavalões e Outiz entregou ao executivo da Junta de Freguesia uma proposta para a criação de uma Linha de Apoio ao Cidadão naquela União de Freguesias. Segundo o Núcleo social-democrata, esta Linha de Apoio ao Cidadão tem o objetivo de “criar um acompanhamento diário a todos os que necessitam de ajuda no seu diaa-dia (por exemplo: levantamento de medicamentos, recolha de compras entre outros), bem como servir de palavra amiga, quebrando o isolamento com companhia e compreensão”. Para o PSD local, estas conversas através da linha de apoio permitiriam também diagnosticar as principais dificuldades dos cidadãos em termos de bens essenciais/medicamentos de forma a acionar-se uma equipa que lhes fizesse chegar o que mais precisam. “Esta proposta surge devido à atual conjuntura e aos tempos que nos esperam. O isolamento social teve e tem um forte impacto nos cidadãos, prejudicando a sua saúde
Momento da entrega da proposta
mental e a sua qualidade de vida. Desta forma e, para ajudar a combater este isolamento, apresentámos esta proposta ao executivo da Junta”, refere Firmino Costa, presidente no Núcleo do PSD daquela união de freguesias”. “Sabemos o papel que podemos ter enquanto Núcleo que representa o PSD neste território e, tal como afirmei no momento da entrega desta proposta, trabalharemos sempre com o objetivo de criar projetos e ter uma voz
ativa, que possam ser mais-valias para a União de Freguesias”, acrescenta o dirigente. Para Manuel Novais, presidente da Junta Freguesia, “estas propostas são sempre bem-vindas” para o executivo, prometendo analisa-las com o objetivo de as implementar. “Enquanto executivo, estamos sempre abertos à população e aos movimentos que queiram contribuir com propostas para o presente e futuro da União”, sustenta o autarca. pub
12
PUBLICIDADE
opiniãopública: 31 de março de 2021
Calendário - V.N. Famalicão
Laurinda Bernardete de Sousa
(93 anos, casada com Ernesto Ferreira da Silva )
Agradecimento
Sua família vem por este meio, muito reconhecida, manifestar o seu mais sincero agradecimento a todos aqueles que se dignaram assistir ao seu funeral, bem como a todas as manifestações de carinho e consideração prestadas a este seu ente querido, cuja alma Deus chamou à sua presença.
A Família
Falecimentos Felicidade da Costa e Cunha, no dia 23 de março, com 81 anos, viúva de Celestino de Araújo Campos, de Bairro.
Maria Delfina Martins Coutinho, no dia 23 de março, com 94 anos, viúva de Manuel Monteiro, de Pedome.
Manuel Alberto Bessa dos Santos, no dia 26 de março, com 67 anos, casado com Maria Madalena Neto de Magalhães Santos, de Burgães (Santo Tirso).
Joaquina de Abreu, no dia 25 de março, com 88 anos, viúva de Manuel ferreira da Silva, de Guardizela (Guimarães).
Ermelinda da Assunção Maia Neto, no dia 28 de março, com 49 anos, divorciada, de Rebordões (Santo Tirso). Alberto da Silva Costa, no dia 28 de março, com 63 anos, casado com Maria Manuela Pereira Ferreira, de S. Tomé de Negrelos (Santo Tirso). Agência Funerária de Burgães Sede.: Burgães / Filial.: Delães Telf. 252 852 325
Abílio Marques e Oliveira, no dia 22 de março, com 53 anos, solteiro, de Airão Santa Maria (Guimarães). Leonídia Ferreira Matos, no dia 26 de março, com 94 anos, viúva de José Joaquim Pereira, de Telhado.
Amadeu Simões da Silva
Missa do 12º Aniversário
(sócio-gerente)
Sua esposa, filhos e demais família, vêm por este meio participar que a missa do 12º Aniversário do seu falecimento será celebrada na próxima terça-feira, dia 6 de Abril de 2021, pelas 19 horas, na Igreja Paroquial de Antas S. Tiago.
Desde já o seu sincero agradecimento.
A Família Antas S. Tiago, 31 de março de 2021
Domingos Araújo da Silva, no dia 28 de março, com 50 anos, casado com Maria Deolinda de Sá Mendes do Rio, de Telhado. Agência Funerária da Portela Portela (Santa Marinha) – Tel.: 252 911 495
David Machado Cardoso, no dia 28 de março, com 81 anos, viúvo de Rosa Azevedo da Silva, de Oliveira Santa Maria. Agência Funerária Carneiro & Gomes Oliveira S. Mateus – Telm. 91 755 32 05
Alfredo Correia de Faria, no dia 22 de março, com 89 anos, viúvo de Maria Pereira de Amorim Faria, da Lagoa. José Manuel Moreira de Pinho, no dia 24 de março, com 86 anos, casado com Miquelina Alves Moreira, de Antas. Silvestre de Sousa Pereira, no dia 23 de março, com 66 anos, casado com Rosa Maria Monteiro Macedo Pereira, de Calendário. José de Almeida Dias, no dia 24 de março, com 91 anos, viúvo de Felicidade de Sousa Leal, da Lama (Santo Tirso). Fernanda Rosa Morais Ribeiro, no dia 25 de março, com 68 anos, casada com Luís Fernandes Bezerral, da Carreira. Maria Alice Costa Carvalho, no dia 26 de março, com 83 anos, solteira, do Louro.
Lucinda Ferreira Barbosa, no dia 22 de março, com 102 anos, viúva de João Pinheiro de Sousa, de Calendário.
Rosa Moreira Couto, no dia 26 de março, com 88 anos, viúva de Manuel Moreira Ferreira, de Sequeirô (Santo Tirso).
Agência Funerária do Calendário Calendário – Tel.: 252 377 207
Agência Funerária da Lagoa Lagoa – Telf. 252 321 594
Laurinda Bernardete de Sousa, no dia 25 de março, com 93 anos, casada com Ernesto Ferreira da Silva, de Calendário.
Rosa Gonçalves de Figueiredo, no dia 22 de março, com 95 anos, viúva de António da Silva Santos, de Ribeirão.
Wilhelmus Joseph Karel Van Hinsberg, no dia 23 de março, com 74 anos, casado com Josephina Victoria Hendrica Ruyters, de Famalicão.
Manuel Gramilo de Campos, no dia 22 de março, com 88 anos, viúvo de Maria Amélia de Azevedo Pereira, de Ribeirão.
José Maria Antunes, no dia 23 de março, com 87 anos, casado com Esmeralda da Conceição Gonçalves Afonso, de Requião Agência Funerária Rodrigo Silva, Lda Vila Nova de Famalicão – Tel.: 252 323 176
Mário Augusto da Costa Azevedo, no dia 27 de março, com 73 anos, casado com Maria Fernanda de Sá Machado Azevedo, de Fradelos. Agência Funerária Palhares Balazar– Tel.: 252 951 147
Manuel dos Santos Cruz, no dia 22 de março, com 69 anos, viúvo de Elisabete da Conceição Moreira da Costa Santos, de Ribeirão. Lúcia Santos e Sá, no dia 23 de março, com 87 anos, viúva de Mário da Silva Costa, de Ribeirão. Armando Ribeiro da Silva, no dia 27 de março, com 83 anos, viúvo de Maria do Sameiro Ferreira Azevedo, de Lousado. José Vilas Boas de Sá, no dia 29 de março, com 69 anos, casado com Lucinda da Silva e Castro, de Vilarinho das Cambas. Funerária Ribeirense Paiva & Irmão Lda Ribeirão – Telf. 252 491 433
opiniãopública: 31 de março de 2021
FREGUESIAS
13 pub
Polos de Leitura da Biblioteca Municipal já reabriram Os Polos de Leitura da Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco, nomeadamente os Polos de Riba d’Ave, Ribeirão, Joane, Lousado e Pousada de Saramagos, já reabriram ao público, de forma limitada e condicionada, de acordo com as normas de funcionamento temporárias estipuladas para o efeito. No que diz respeito à Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco, e por motivo dos trabalhos preparativos para o arranque das já anunciadas obras de requalificação e ampliação do seu edifício, que já se encontravam a decorrer durante o período de confinamento, não será possível assegurar a entrada e a permanência de leitores no edifício e, por essa razão, apenas será possível continuar a assegurar o serviço de empréstimo domiciliário dos livros, através da reserva antecipada e na modalidade de atendimento ao postigo, assim como as atividades do serviço educativo e cultural, através do formato à distância e em ambiente online. Em nota de imprensa, a Câmara de Famalicão refere que, “neste momento, e esperando-se que seja para um futuro breve, o município encontra-se a enveredar esforços para encontrar uma solução alternativa para a assegurar a continuidade de alguns dos serviços prestados pela Biblioteca Municipal”.
Riopele investe 1,5 milhões na reabilitação do seu primeiro edifício industrial A Riopele investiu 1,5 milhões de euros na reabilitação do primeiro edifício industrial da empresa, dando lugar a um novo espaço logístico com 8 mil metros quadrados e com capacidade de armazenamento de 400 toneladas de fio e 600 mil metros de tela. Este novo pavilhão abriu em janeiro e vai permitir uma maior agilidade das operações internas da empresa. Seguindo uma política de sustentabilidade e responsabilidade ambiental, o novo edifício irá dispor de um sistema de recuperação de águas que, segundo a têxtil de Pousada de Saramagos, irá representar uma poupança de 15 mil metros cúbicos por ano. Entretanto, no início de fevereiro ficou também concluída a fase de reabilitação e modernização dos espaços de trabalho e sociais, como gabinetes, vestiários, bar, polo logístico e ainda a ampliação da copa presa apelida de “significativo, mas que do edifício administrativo. melhora as condições de trabalho todos os Um investimento que a direção da em- colaboradores”.
Joane mantém tradição da venda de rosquinhas e tremoços na Quinta-Feira Santa O Grupo Etnográfico Rusga de Joane vai levar a efeito a tradicional Venda de Rosquinhas e Tremoços, na QuintaFeira Santa, 1 de abril. Este que é um costume exclusivamente joanense, vivenciado apenas na quinta-feira anterior ao Domingo de Páscoa. Este mercado tradicional, ao postigo, acontecerá a partir das 7h30, no Largo 3 de Julho (antigo Campo da Feira), na vila de Joane e, segundo a organização “cumprirá todas as normas
e procedimentos indicados pela DGS, implícitas do atual estado pandémico. A venda de rosquinhas e tremoços remonta ao final do século XIX, em que, na Quinta-Feira Santa, as mini rosquinhas e os tremoços eram presença obrigatória nas casas dos joanenses. Nos últimos anos a Rusga de Joane tem reavivado esta tradição, colocando uma banca de venda daqueles dois produtos na Quinta-Feira Santa.
14
PRAÇA PÚBLICA
opiniãopública: 31 de março de 2021
Pelos quatro cantos da ca(u)sa Domingos Peixoto
A frase ficou registada para a posteridade. Foi uma proclamação que só teve “impacto” (mais sarcástico que de realismo), não pela “vontade” de trabalhar de quem a proferiu, mas pelo ineditismo naquela área da vida pública. Diga-se de passagem que é uma “tentação” das oposições na vida política, tão só pelo confronto e tentar colocar os executivos em maus lençóis. Mais que uma decisão para levar à prática e produzir os efeitos aprovados, pretende-se criar engulhos e boicotar a
atividade governativa. É muito raro acontecer nos meandros de um governo, pelo menos que venha a lume – ao contrário da “celebérrima” demissão irrevogável –, sob pena de demissão do membro “revolucionário” ou da queda de governo quando se trate de uma coligação. Já nos meios autárquicos a prática é mais comum, pois o paradigma da constituição dos executivos é diferente da dos governos. E temos vários exemplos no concelho: um foi em Lousado, era pre-
Deixem-me trabalhar sidente de junta uma senhora eleita pelos MIL, sendo que secretário e tesoureiro eram da oposição; foram 4 anos de conflito surdo. Um outro caso, que não chegou a vias de facto, o presidente de junta eleito proferiu: na próxima reunião da AF já não me “pisa os sapatos”; subentenda-se: “substituo-o com a conivência dos restantes membros da lista”… A frase em título foi uma fuga às respostas à comunicação social por quem, com uma simples rodagem ao carro, saiu do congresso chefe do partido, foi o Pripub
meiro Ministro que mais tempo esteve à frente do governo, foi PR dois mandatos, portanto, foi a pessoa mais responsabilidades teve na gestão do país, sobretudo governou numa fase em que também entraram carradas de dinheiro e que, estruturalmente, deixaram o Estado num atraso organizacional de que continuamos a pagar a fatura, alegadamente na cauda da Europa. Porém, certos entendidos, só se lembram e acusam o partido que mais tempo governou nos últimos 20 anos! Pois, é preciso honestidade intelectual… Vem isto a propósito da “coligação negativa oposicionista” na AR. Eu defendi, na véspera das eleições, uma vitória do PS sem maioria absoluta, para que as decisões no Parlamento fossem tomadas, à esquerda, por maioria significativa. PS, PCP e BE não chegaram a acordo. Aprovado o programa de governo havia a prova de fogo: o OE. Já passaram 2, com maioria simples e, assim, estão (?) criadas as condições para uma estabilidade governativa e social de que o país carece e não pode desperdiçar. Porém, na atual situação pandémica que já vai no segundo ano civil, o Estado Social e Educativo estão sob forte foco, provocando o caos na SS e, tendo em conta as muitas carências dos milhares de desempregados, trabalhadores, pensionistas e empresários, o governo tem vindo a “contribuir” com elevada atenção para estas áreas “esquecendo”, por vezes, os outros ramos da governação! Não sei o que é a “cláusula travão orçamental”; imagino que seja algo do tipo: “pé no travão para que a descida não dê em despiste e tragédia”. Ora, não tendo sido negados todos os apoios que o OE e a nossa economia permitem distribuir para obstar a tantas dificuldades e carências, não se entende como pode o PSD “aprovar” entrave de tantos milhões mensais às contas em vigor, tanto mais que são totalmente incompatíveis as políticas propostas por este partido com as de PCP e BE. Vejamos, por exemplo, o caso concreto dos cortes nos subsídios sociais nos Açores e cujo acordo “prevê” a sua implementação para o Continente! Espantoso para mim, ou talvez não, foi a promulgação do PR dos projetos de lei dos apoios sociais, apesar da nuance de que espera que o governo recorra aos mecanismos de fiscalização constitucional sucessiva! Estou a imaginar o que estaria neste momento a conjeturar o autor da frase supra se, como parece periodicamente querer demonstrar, ainda estivesse no exercício de funções… pub
opiniãopública: 31 de março de 2021
Opinião Liberal
PRAÇA PÚBLICA
15
Diário famalicense António Cândido Oliveira
Jorge de Sá Peliteiro
O autarca liberal O que trazem de novo as candidaturas autárquicas liberais? Em princípio pode parecer contraproducente anunciar princípios liberais numa candidatura a uma autarquia portuguesa; menos Estado, melhor Estado é um dos principais enunciados liberais e os inúmeros interesses que parasitam o Estado – desde o empresário que prospera por conta de negócios favorecidos até o funcionário colocado por empenho nepotista – são garantia de forte oposição a quem pretender mudar o rame-rame a que todos parecem habituados. Mas não é assim, as ineficiências do Estado, do poder local neste concreto, são um fardo pesado para todos e para cada empresário que ganhou indevidamente um ajuste directo há meia-dúzia que se sente injustiçado e para cada funcionário que arranjou um emprego inútil há uma dúzia de jovens que desespera e que tudo fará para repor a igualdade de oportunidades, um valor muito caro aos liberais. “Não há arte que nenhum governo aprenda tão depressa como a de sacar dinheiro do bolso dos contribuintes” aplicase na perfeição ao Executivo famalicense, com despesas com o pessoal a crescerem exponencialmente, com as rubricas de “outras despesas” do orçamento a multiplicarem-se, subsídios atribuídos sem critério e aparentemente a eito, a dívida a aumentar, sendo óbvio quem pagará: nós. Justifica-se até em Famalicão uma “Associação de defesa dos contribuintes” face à dissipação de recursos e à voracidade do poder local com toda a complacência da apática oposição. Portanto, uma candidatura liberal tem todo o potencial para conseguir uma votação expressiva em próximas eleições e representa o futuro, assentando nos seguintes dez princípios fundamentais: 1) Estrita legalidade; 2) Liberdade individual e o direito inalienável da propriedade e da iniciativa privada – um primado a apoiar e a incentivar - em clara sobreposição aos excessos, limitações e intromissões abusivas da autarquia; 3) Eficiência dos serviços prestados aos cidadãos, a diminuição da pesada máquina camarária, das redundâncias com as freguesias, limitando-se às funções essenciais do poder local e evitando a todo o custo obras de culto de poder e despesas não absolutamente necessárias; inquestionavelmente associadas ao 4) Combate sem tréguas ao nepotismo e à corrupção, incluindo às pequeninas negociatas de favor; enquanto que, por outro lado, a 5) Igualdade de oportunidades representa um valor muito relevante a fomentar; conjugada com a 6) Defesa de políticas sociais promotoras da equidade, da integração, da mobilidade social e da justiça; assim como com a 7) Liberdade de expressão e o direito à crítica aberta e construtiva, que deve ser incentivada e não reprimida; a 8) Transparência e a noção de ter de prestar contas por cada tostão gasto; e o imperativo de 9) Reduzir as contribuições, os impostos, as taxas que os famalicenses pagam ao mínimo necessário; obviamente o 10) Respeito intransigente pela maioria e pela democracia. Uma candidatura que proporciona uma tal ruptura com o status quo só pode ser uma candidatura jovem, de alguém sem vícios e compromissos, uma candidatura liberal.
ARRENDA-SE
Vacinas: má organização? Este episódio vai contado sem nomes e sem outros dados mais concretos apenas porque o que interessa é contribuir para melhorar as coisas e não pedir responsabilidades. A tarefa que vem aí é muito exigente. Do Centro de Saúde de Vila Nova de Famalicão (Alto da Vila) telefonaram para casa de uma pessoa com mais de 80 anos, residente no perímetro urbano da cidade, para ser vacinada. Responderam que já tinham recebido um telefonema do Centro de Saúde, algumas semanas antes, e quem atendeu (filha) repetiu que a pessoa em causa estava acamada há anos. Do Centro de Saúde insistiram e perguntaram se não poderia, mesmo assim, ir de automóvel e ser vacinada sem sair dele. Respondeu-lhe a filha que sim, que era complicado, mas que arranjava modo de a levar. Marcaram então o dia da vacina para dois dias depois, para o dia 25 de março de 2021 entre as 10 e as 12h. Perguntou ainda qual a
tiver uma cadeira livre, utilize-a para trazer a mãe. Foi buscar a mãe, com a dificuldade de uma pessoa acamada, quando lhe arranjaram uma cadeira e esperou, esperou. Foi vacinada às 13,00h. Esperou mais meia hora dentro do pavilhão e tudo correu bem. Saiu às 13,30h e chegou a casa e deitou a mãe. Já eram perto das 14 horas. Não se compreende. Mais de três horas no centro de vacinação para tomar uma vacina previamente agendada não é aceitável. Descoordenação e má organização é a conclusão que se pode tirar. Não havia e deveria haver um responsável livre de outras tarefas para coordenar, informar devidamente e resolver problemas. O trabalho da “task force” vê-se nestes casos. Famalicão com mais de 130.000 habitantes tem apenas um centro de vacinação. É preciso organizar tudo muito bem, pois casos como estes não são de admitir.
Chão Autárquico Vieira Pinto
E a ética republicana? A ser verdade que o Estado terá concedido à EDP mais um benefício fiscal, com a possível isenção do pagamento do imposto de selo, que terá envolvido esta empresa em atos fraudulentos, em mais uma negociata, em que aquela empresa é perita, será um ato preocupante, que deixa muito inquieto o simples cidadão, desde logo, pela falta de transparência, sobretudo quando envolve o próprio Estado. De facto, continuando a ser verdade tudo o que se vai dizendo, em uníssono, quer à esquerda, quer à direita, nos setores político-partidários do parlamento e outros, algo de muito estranho se passa nas hostes do governo, que de tempos a tempos vai deixando cair algumas nódoas que muito vão sujando o caminho da calçada desta governança. Na verdade, quando estão em causa valores e princípios, como a igualdade de tratamento entre os cidadãos, toca-se num dos elos mais sensíveis da ética republicana, na vivência democrática. E, assim, este lume brando, no rugir da fogueira, vai gerando desconfiança nos cidadãos. A informação urge e tem pub
Pavilhão, no centro do Louro. Junto à EN 204, c/ 1650m2 e c/ 5 m altura livres. Sem pilares, c/ a frente toda em cais de carga.
Telf. 252375256
melhor hora em concreto e disseram-lhe que pelas 11 horas. Assim fez e apareceu até um pouco antes, para não falhar, no centro de vacinação da Didaxis/IPCA em São Cosme do Vale. À chegada foi atendida por duas pessoas que perguntaram a identificação e ao verem o nome disseram-lhe que a vacinação estava marcada para as 16,30h desse dia. Reagiu a filha e disse que fora informada que devia estar ali de manhã. Não faz mal, disseram. Disse também que lhe informaram que a mãe ia ser vacinada dentro do automóvel. Responderam que isso já não era da sua conta e que fosse para a fila receber a senha. Estavam à frente talvez umas 50 pessoas. Pouco depois das 11h recebeu a senha e disse, de novo, que a mãe estava no automóvel para ser vacinada. Nós não vamos vacinar ao carro, responderam. “Já viu a quantidade de pessoas idosas que está aqui?” Agora tem a senha, espere a sua vez e quando
PRECISA-SE
que ser célere e eficaz para serenar todos os contribuintes, com inequívoca clareza e transparência. Convenhamos, é dos livros, dos melhores saberes da ciência política, tal como da lei constitucional, de que o fator político se deve sobrepor sempre ao setor económico. E os governos vão decidindo no sentido contrário? Na verdade, já muitas vezes vemos decisões políticas governamentais em que bem parece que o económico, governará a política, com prejuízo dos cidadãos. Ou seja, será que também este governo socialista se verga ao poder económico? O certo é que, os contribuintes vão sendo sobrecarregados com impostos constantes e, mesmo com adiantamentos, por conta. Eis a compensação desnaturada. Ou seja, enquanto, os poderosos se banqueteiam com privilégios fiscais, os pagantes de tudo isto vão sendo castigados, com permanentes obrigações fiscais. Tudo isto, assim, numa autêntica afronta à ética republicana e à própria justiça fiscal, entre os cidadãos.
Responsável de Confeção Experiência nas funções
Conhecimento Técnico de Confeção Capacidade de Liderança Enviar email para:
rhumanos.sst@gmail.com
pub
PRECISA-SE ELETRICISTA DE AUTOMÓVEIS
pub
COM EXPERIÊNCIA CONTACTO: 963 926 364
pub
16
DESPORTO
opiniãopública: 31 de março de 2021
Badminton: Sónia Gonçalves amealha pontos em torneio na Polónia A atleta do Famalicense Atlético Clube (FAC), Sónia Gonçalves, participou em Gniezno, na Polónia, no “Polish Open 2021”, torneio pontuável para o ranking mundial e de apuramento para os Jogos Olímpicos de Tóquio. Em representação de Portugal e com o apoio do Comité Olímpico de Portugal, Sónia defrontou na primeira ronda, a ucraniana Anna Mikhalkova e triunfou num apertado 2-1, com os parciais de 23/21, 12/21 e 21/19. Na segunda ronda, não teve a mesma felicidade e frente à húngara Monika Szoke, perdeu por 2-1, com os parciais de 13-21 21-15 21-15. Com este resultado no quadro principal da prova, a atleta de Famalicão consegue amealhar pontos e assim, subir no ranking mundial, objetivo previamente estabelecido. Com a retoma da competição, Sónia vai agora preparar a participação na Liga de Clubes, onde o FAC participará com muita ambição. A prova inicia-se em Lagoa, no Algarve, nos dias 17 e 18 de abril. recorde-se que a atleta participará ainda no Campeonato da Europa, na Ucrânia no final do mês de abril, juntamente coma sua irmã, Adriana Gonçalves, naquele que será o seu primeiro campeonato da Europa da elite na prova de pares senhoras.
Mariana Azevedo e Rute Costa convocadas para a Seleção As jogadoras do FC Famalicão Rute Costa (guarda-redes) e Mariana Azevedo (defesa central) foram convocadas para o jogo da Seleção Nacional frente à Rússia, num “play-off” que ditará o acesso ao Campeonato Europeu de Futebol Feminino. Esta eliminatória, que será decidida em duas mãos, terá Portugal a receber a Rússia no dia 9 de abril, num jogo disputado às 18h30, no Estádio do Restelo, seguido de uma deslocação, no dia 13 de abril, à Sapsan Arena, em Moscovo, para uma partida marcada para as 15h00 desse dia.
Ruivanense equipa instalações com desfibrilhador O Ruivanense Atlético Clube anunciou, no passado domingo, a aquisição de um Desfibrilhador Automático Externo (DAE) para as suas instalações. “Trata-se de uma medida inserida no plano “Da Resiliência à Vitória”, que o Ruivanense está a implementar e que visa “proporcionar aos seus atletas, treinadores, pais, sócios e simpatizantes o regresso sustentado à vida do clube, assim como a cativação de novos elementos, e de forma a prosseguir os objetivos enquanto clube formador certificado”, explica a coletividade, em nota à imprensa, na qual recorda outras medidas já adotadas nas áreas da psicologia dos atletas e nutrição. O clube afirma que apesar do seu
avultado custo, este equipamento será uma peça fundamental para “proteção e salvaguarda de toda a nossa comunidade desportiva”, já que o DAE é um mecanismo capaz de assegurar manobras de suporte básico de vida e desfibrilhação, nos primeiros minutos após a ocorrência de uma paragem cardiorrespiratória e até à chegada de emergência médica. Em paralelo com esta aquisição, cerca de 60% dos elementos do clube receberam formação em suporte básico de vida, entre diretores, treinadores e fisioterapeutas. Entretanto, o clube de Ruivães prevê que até setembro próximo (altura de arranque dos campeonatos) essa formação chegue à totalidade do seu staff diretivo e técnico.
Futebol feminino: Famalicão vence na Madeira O FC Famalicão deslocou-se domingo à Madeira para defrontar o SC Marítimo no jogo da 9ª jornada da fase de apuramento de campeão da Liga BPI e venceu por 1-3. A formação de Famalicão entrou mais forte e logo aos quatro minutos colocou-se em vantagem no marcador com um golo de Maurine que respondeu com eficácia a uma assistência de Vitória Almeida. A formação madeirense tentou uma resposta, mas a situação de maior perigo, um remate de Telma Encarnação, teve a melhor oposição da guardiã Rute Costa. A partida continuou dividida, mas a pender para a equipa de Famalicão e aos 41 minutos a pressão resultou numa grande penalidade cometida pela guarda-redes Bárbara Santos sobre Vitória Almeida que se isolava na entrada da área. A avançada cobrou e aumentou a vantagem para o 0-2 com que se chegou ao in-
tervalo. Na entrada para a segunda parte e apenas com um minuto de jogo decorrido, Vitória Almeida, uma vez mais, isola-se na direita do ataque e com um remate cruzado fazia o terceiro golo da formação orientada por João Marques. O jogo continuou sem grandes oportunidades de golo, mas a equipa da casa acabaria por fazer o tento de honra aos 68 minutos na conversão de uma grande penalidade por Telma Encarnação. As famalicenses tiveram ainda algumas ocasiões para dilatar a vantagem, mas o resultado não sofreu alterações e o 1-3 manteve-se até ao apito final. Com esta vitória, o FC Famalicão soma 19 pontos e ocupa o terceiro lugar da tabela classificativa. Na próxima jornada, marcada para o dia 28 de abril, a equipa famalicense recebe o Clube de Condeixa.
Hóquei: Derrota dita despromoção do RAHC O Riba d’Ave Hóquei Clube (RAHC) recebeu, sábado, no Parque das Tílias, a AD Valongo em jogo da 25ª jornada do Campeonato Nacional de Hóquei em Patins I Divisão e perdeu por 3-4, numa partida que lhe foi fatal. A formação de Valongo foi a primeira a adiantarse no marcador aos 14 minutos, por Carlos Ramos que abria as hostilidades para, no minuto seguinte, bisar e aumentar a vantagem para o 0-2 favorável aos visitantes. O RAHC respondeu com o seu primeiro golo, de livre direto, à passagem do minuto 18, por João Pedro. Ainda antes do termo da primeira parte Diogo Fernandes recolocava a vantagem de dois golos para a AD Valongo fazendo o 1-3 com que se chegou ao intervalo. Para a segunda parte o RAHC trouxe mais motivação e aos sete minutos conseguiu reduzir para 2-3 por Hugo Barata. Contudo aos 16 minutos a equipa comandada pelo espanhol Edo Bosch voltava à vantagem confortável de dois golos, depois de Rafael Bessa converter uma grande penalidade. Na resposta e segundos depois, a formação da casa conseguiu reduzir para 3-4, de novo por Hugo Barata, mas o marcador não mexeu mais e o resultado estava feito ditando a sentença da equipa de Riba d’Ave. Na última jornada, no dia 17 de abril, o RAHC desloca-se ao pavilhão do SC Tomar.
Hóquei: FAC perde em Turquel e espera por jogo decisivo O Famalicense Atlético Clube (FAC) deslocou-se sábado, a Alcobaça para defrontar o HC de Turquel, em jogo da 25ª jornada Campeonato Nacional de Hóquei em Patins I Divisão e saiu derrotado por 4-2. Numa partida em que o FAC podia de assegurado a manutenção, foi a equipa da casa a entrar melhor e a fazer o primeiro golo aos sete minutos por Vasco Luís. A pressão do Turquel manteve-se e, quatro minutos depois o avançado bisava ao aumentar a vantagem da formação da casa para 2-0. O Famalicense ainda podia ter
reduzido numa grande penalidade que Hugo Costa não conseguiu converter e a primeira parte terminou com o 2-0 favorável aos visitados. Os famalicenses entraram melhor na segunda parte, mas foi a equipa da casa a marcar primeiro, num remate de longa distância de André Pimenta, que aumentou a vantagem para 3-0. O FAC conseguiu reduzir aos nove minutos por Pedro Silva, mas a seis minutos do final do encontro o Turquel aumentava de novo a diferença por Tiago Mateus. Nos momentos finais o FAC arriscou com a troca do guarda-
redes por um jogador de campo e acabou por “minimizar os estragos” com um tento conseguido por Renato Castanheira que reduziu para o 4-2 final. Um golo que dá vantagem aos famalicenses no confronto com o adversário direto, o Hóquei de Braga. A última jornada da fase regular disputa-se no próximo dia 17 de abril, pelas 18 horas, com o FAC a receber, no Pavilhão Municipal de Famalicão, o Hóquei de braga numa partida que, com um resultado positivo, lhe assegura a manutenção na primeira divisão nacional.
Viva a Páscoa na sua forma mais pura Vivemos, por estes dias, a Semana Santa. Trata-se, no seio da igreja Católica, o expoente máximo das suas celebrações. A Semana Santa é o caminho a percorrer até à Páscoa, que está fortemente enraizada nas tradições portuguesas, especialmente nos minhotos. Sem ninguém imaginar, este ano voltamos a ter uma Páscoa especial, que tem que ser vivida de forma especial. É preciso, antes de tudo, que as famílias se organizem e não se juntem. Que se encontrem sim, mas não presencialmente. Mais uma vez é obrigatório que nos reinventemos e captemos a essência do que estes dias representam. O que realmente importa. A Páscoa tem, para a Igreja, uma capacidade transformadora da tristeza, do medo e da morte em novos horizontes, esperança e vida nova. É, mais uma vez, o desafio para todos. É obrigatório viver a Páscoa, mas de forma mais introspetiva, positiva e olhando para o nosso interior, para a nossa fé, para o que nos move e para os que amamos. É tempo de fazer uma introspeção espiritual, refletindo os aspetos a serem melhorados e os valores a ter em conta, como o amor ao próximo e o valor da vida. Nesta Páscoa lembre-se daqueles que gostaria de ter à mesa e não tem, por força desta vida nova que vivemos há mais de um ano. Mas façao sem ressentimentos, apenas com a esperança que esta fase passará e que
a ausência dessas pessoas significa, neste caso, amor. Afinal quem ama cuida, certo? O ano passado, num momento histórico, pela primeira vez na história milenar da Igreja Católica, o papa rezou sozinho diante da imensa praça vazia de São Pedro e deu a bênção ao mundo pela pandemia do novo coronavírus que o atormenta... O evento foi um ritual inédito, durante o qual deu a bênção "Urbi et Orbi" a todos os fiéis, e que perante o vazio arrepiante, foi transmitido pela televisão, internet e rádio a partir de Roma... Nesse momento o Papa Francisco disse “estamos todos no mesmo barco” e “ninguém se salva sozinho”, e que no meio desta “tempestade que desmascara a nossa vulnerabilidade” precisamos de “despertar e ativar a solidariedade e a esperança” e “renovar a nossa fé pascal”. Continuamos todos no mesmo barco e todos somos precisos para voltar à normalidade. Todos juntos, mas cada um na sua casa, é que faremos com que seja possível voltarmos, na Páscoa do próximo ano, a reunirmonos sem receios. Por agora, num ato de resiliência, temos que viver a Páscoa dentro de nós, com grande esperança nos tempos futuros. Textos: Carla Alexandra Soares e Sílvia Costa
pub
18
ESPECIAL
opiniãopública: 31 de março de 2021 pub
A importância da Semana Santa A Semana Santa é um momento sagrado para os cristãos. Nela se comemoram os mistérios da salvação a partir da recordação da última semana da vida de Jesus Cristo. A Semana Santa começa no Domingo de Ramos, passa pela Sexta-Feira Santa (dia da crucificação e morte de Jesus) e termina no Domingo de Páscoa, quando se celebra a ressurreição de Cristo. O Tríduo Pascal é o momento mais importante da Semana Santa, já que representa a salvação humana e a renovação da vida. Ele começa na Quinta-Feira Santa e termina no Domingo de Páscoa. O Tríduo estabelece a ligação entre o fim da Quaresma e a Páscoa. Durante a Semana Santa, os cristãos relembram as ações e refletem sobre as mensagens de Jesus Cristo. Também é o tempo em que os cristãos renovam sua fé
e seu compromisso de viver de acordo com os ensinamentos de Cristo. Em virtude de sua importância, a Semana Santa é marcada por muitos rituais que fazem referência a eventos importantes dos últimos momentos da vida de Jesus. A Santa Missa da Ceia do Senhor, que marca o início do Tríduo, a Encenação da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo e a Procissão do Círio Pascal são alguns desses rituais tradicionais. A Semana Santa muda de data todos os anos devido ao fato da Páscoa cristã estar relacionada com a Páscoa judaica. Eventos como a Última Ceia e a morte de Cristo aconteceram durante a Páscoa judaica, que é definida de acordo com as fases da Lua. Como as fases da Lua não acontecem nas mesmas datas em todos os anos, essas datas também variam de ano para ano.
pub
Restrições: o que pode e não pode fazer na Semana Santa Para evitar "cometer os erros do passado" - já que o alívio das restrições durante o Natal levou a um aumento dos casos de contágio nas semanas seguintes - o Presidente da República pôs tudo a pratos limpos logo em fevereiro: por "questão de prudência e segurança", a Semana Santa será um período de confinamento. "Abrir sem critério antes da Páscoa, para nela fechar logo a seguir, e voltar a abrir depois dela", seria errado, defendeu Marcelo Rebelo de Sousa. "Quem é que levaria a sério o rigor pascal?" As restrições associadas ao período da Páscoa arrancaram no dia 26 de março. Até 5 de abril está proibida a circulação entre concelhos em Portugal continental, salvo com justificação válida (para trabalhar ou ao abrigo das exceções já conhecidas). Durante estes onze dias, incluindo no fim de semana prolongado - de Sexta-feira Santa ao domingo de Páscoa, está também em vigor o dever de recolhimento domiciliário. O objetivo é evitar as reuniões familiares habituais nesta época. Mais uma vez este ano, a Páscoa não será "um momento de deslocação e de encontro, mas, pelo
contrário, mais um momento de confinamento", afirmou o Primeiro ministro António Costa. São permitidas missas com presença dos fiéis, mas os bispos apelaram aos sacerdotes que durante a Páscoa sejam evitadas as tradicionais procissões, visitas pascais e a saída simbólica de cruzes. Durante os dias úteis da próxima semana todos os estabelecimentos comerciais encerram às 21h00. Nos fins de semana e feriados, este horário é encurtado para as 13h00, com exceção para o retalho alimentar que pode estar aberto até às 19h00. Os restaurantes podem confecionar refeições durante este período, mas só para take away, com venda ao postigo ou entrega ao domicílio. Muitos portugueses têm por hábito passar a Semana Santa ou a Páscoa em Espanha, mas este ano não será possível, já que as fronteiras terrestres entre Portugal e Espanha vão manter-se fechadas para turistas até dia 5 de abril. Mantêm-se restrições nos voos comerciais de passageiros de e para os aeroportos nacionais, a partir até às 23h59 do dia 31 de março.
opiniãopública: 31 de março de 2021
ESPECIAL
19
D. Jorge Ortiga, Arcebispo Primaz de Braga
“Estamos a viver uma Semana Santa e uma Páscoa no seu estado puro” Numa entrevista de fundo ao OPINIÃO ESPECIAL, o arcebispo primaz de Braga fala sobre esta nova forma de viver a Páscoa. Natural da freguesia de Brufe, D. Jorge Ortiga, que segreda que jamais vai deixar de ter um fraquinho por Famalicão, pede às pessoas que não percam o sentido profundo do que significa esta celebração e, perante a pandemia, sublinha as ajudas que a Igreja tem dado às pessoas. Por outro lado, com 77 anos e padre há 54, diz-se ainda com vitalidade para continuar a servir Deus e as pessoas. Carla Alexandra Soares OPINIÃO ESPECIAL: Que Páscoa é que os fieis podem celebrar este ano? D. JORGE ORTIGA: Este ano, tal com o ano passado, estamos a viver uma Semana Santa em estado puro. O que significa isto? Se pensarmos um pouco no que mais interessa às pessoas são as exterioridades. Aqui em Braga são as procissões que atraem muitos turistas e muitos curiosos, os concertos, as exposições… são tantos eventos que se realizam a propósito. Mas corremos o risco, no meio de todas estas iniciativas que se fazem, e bem, de perdermos o sentido profundo do que é a Semana Santa e a Páscoa. Estamos a regressar ao essencial, que é lembrar-nos que Cristo morreu para os outros
terem vida. Na verdade, esta Semana Santa da Paixão e Morte de Cristo, que decidiu dar a vida pelos outros, tem que ser prolongada pelos Cristãos. E este é o grande desafio lançado aos cristãos e que não podemos desvirtuar. Hoje precisamos de reconhecer os caminhos da humanidade, uma humanidade ferida, para neles mergulharmos e fazer algo pelos outros. Se formos capazes de estruturar o nosso mundo de forma diferente, o mundo da justiça, igualdade, fraternidade, isto vaise multiplicando e a sociedade ficará diferente. Se todos olharmos atentamente para a sociedade, de facto, vê-se muita coisa material, muita evolução, mas há uma certa insatisfação. Acho até que vivemos tristes. No intimo, será que nos sentimos verdadeiramente realizados, felizes, com vontade de viver? Não sei. Interrogo-me muitas vezes sobre isto. Acha que esta pandemia ajudou a que as pessoas se interrogassem mais sobre essa realização, felicidade de viver? Eu acho que sim. Se não ajudou deveria ajudar. Eu costumo dizer que a pandemia nos trouxe duas grandes verdades: por um lado, a vulnerabilidade, a debilidade a fraqueza. Este vírus, por exemplo, é igual para todos, sejam ricos ou pobres. »»»»»»»»»» (continua na pág. seguinte) pub
20
ESPECIAL
opiniãopública: 31 de março de 2021 pub
pub
»»»»»»»»»» Outra certeza e verdade desta pandemia é que, desta debilidade, saímos só de mãos dadas. Não é por acaso que usamos máscara, temos cuidados, por nós e pelos outros. Eu salvo-me, salvando os outros. Eu condenome, condenando os outros.
obra. Por isso é que me envolvo a mim e lanço este desafio aos sacerdotes. Tenho que dizer, em nome da verdade, que um ou outro sacerdote não o faz, mas a grande maioria já tem esta sensibilidade. Os padres também são generosos e dão muito às suas paróquias, às causas e à diocese.
O ano passado pediu aos sacerdotes diocesanos que contribuíssem para o Fundo Partilhar com Esperança com o equivalente a um ordenado para que “esta Páscoa seja uma Páscoa de páscoas”. A intenção era ajudar as pessoas com fome, desempregados… Os sacerdotes ouviram o seu pedido? Esse fundo já existe desde 2008 e que nasceu, precisamente, num ambiente de crise. Esse fundo desenvolveu-se, foi-se alargando e hoje trata-se de um fundo social da diocese para o qual todos devem contribuir e colaborar, a começar pelos sacerdotes. O ano passado fiz esse pedido no sentido de rejuvenescermos esse fundo, num momento que tanta gente precisa. Estamos também a criar um portal de donativos para quem quiser ajudar. O que é certo é que a diocese de Braga tem respondido a imensos problemas sociais, que nos batem à porta quotidianamente. Hoje há alguma pobreza estrutural e que tem resposta mais ou menos oficial. Nós, diocese, sentimos a vida das pessoas e há muita gente que vem ter connosco por vergonha. Tenho muita consideração pela pobreza e sou muito sensível, mas se há pobreza que me impressiona é a envergonhada. Há muita gente que já viveu até com alguns sinais exteriores de riqueza e que hoje não tem receitas mínimas para poder sobreviver. E este Fundo Partilhar com Esperança serve, na sua maioria, para pagar rendas de famílias e medicamentos.
Não nos focando apenas na Páscoa, de que forma é que a Igreja está a viver esta fase tão estranha e difícil da pandemia? Falamos do cancelamento das missas, cerimónias religiosas, procissões, nomeadamente da Semana Santa… Eu gosto de desafios e a pandemia tem sido um desafio permanente. Todos gostamos de ter uma vida programada, mas neste caso temos que ir gerindo, momento após momento, e procurando responder. Penso que não temos desistido da nossa missão, não temos cancelado, não temos fechado a Igreja, a não ser fisicamente. Não chegamos ao mesmo número de pessoas, chegamos sim a um número ainda maior. Podemos não conseguir chegar às pessoas mais simples e humildes, que habitualmente também enchem as nossas igrejas, mas através dos meios digitais, que é uma Graça ao fim e ao cabo, temos penetrado em todas as casas. São imensas as pessoas que nos vão agradecendo todas as iniciativas que temos feito. Por exemplo, este ano, nas horas que as procissões da Semana Santa iriam para a rua em Braga, vamos fazer, de forma digital, uma explicação do que é a procissão e o que significa. De certa forma a procissão vai sair à rua e vai entrar na casa das pessoas. O D. Jorge jamais imaginaria ver-se, um dia, nessa posição de presidir a uma eucaristia com a igreja vazia… Não imaginam como é difícil celebrar a missa numa catedral, habitualmente cheia, e não termos ninguém que nos responda. Quase nos sentimos sozinhos. É o reconhecer que a fé é qualquer coisa que acontece dentro. É um exercício contínuo e permanente.
Isto significa que recebem muitos pedidos de ajuda? Recebemos muitos pedidos de ajuda. Crescem de dia para dia e não podemos acudir a todos. Recebemos pedidos particularmente nesta linha da pobreza envergonhada. Por isso pede-se a todos os cristãos que possam Descobriu uma parte nova de si? Um sentimento que nunca havia experimentado? contribuir, que o façam. De certa forma sim. Nesses momentos lemAssumiu uma posição que muitos querem ver brei-me muitas vezes daquela imagem do na Igreja, ao referir que a Igreja não se pode Papa Francisco, na Praça de S. Pedro, compleficar pelo “mero exigir às pessoas”… tamente sozinho. Foi naquela altura que ele Exatamente. É mesmo isso. Muitas vezes fica- lançou aquela expressão que estamos todos mos no exigir, no pedir. Temos que o fazer, no mesmo barco. A tempestade ainda está aí mas mostrando que também nós, diocese, e ou nos salvamos todos ou nos condenamos estamos comprometidos nesta causa, de todos. Para mim foi uma imagem que ficou fazer o bem aos outros. Não bastam as pala- porque me tem ajudado a refletir. É que neste »»»»»»»»» (continua na pág. seguinte) vras. Temos que passar da palavra para a
“Nasci naquela terra bonita de Brufe, o que me faz amar esta terra, mas também Famalicão de uma forma geral. Há sempre um fraquinho e se há coisa que tenho pena é de passar pouco tempo em Famalicão”.
opiniãopública: 31 de março de 2021 »»»»»»»»»» barco onde estamos todos existem diversos quartos: há a primeira classe, suites, e outros estão lá no fundo. Esta desigualdade ainda existe na sociedade e está cada vez mais marcada. Estamos todos no mesmo barco, é certo. Mas nem todos temos as mesmas condições e oportunidades. Desde sempre que a Igreja tem sido referida como exemplar na gestão da pandemia. É algo que o deixa satisfeito, naturalmente? Foram feitas muitas alterações com muito custo, mas claro que fico satisfeito. Nós fechamos as igrejas quando ninguém nos mandou fazê-lo. Fomos nós que tomamos a iniciativa, conscientes da responsabilidade que tínhamos. Eu penso que essas referências são um reconhecimento, que julgo que veio de todos, nomeadamente da sociedade portuguesa. Mas mesmo que esse reconhecimento não existisse, nós íamos continuar a tomar medidas para cumprir o nosso dever. E em relação à própria Igreja, esta pandemia também teve impactos financeiros? Não esqueçamos que a Igreja vive daquilo que as pessoas dão. A Igreja não tem dinheiro. Há pessoas que dizem que a Igreja é rica, mas não há consciência ao dizer isto. A Igreja pode ser rica porque ao longo de todos estes séculos foi adquirindo um determinado património e não há paróquia nenhuma que não tenha uma igreja e não tenha vaidade em fazer com que esteja devidamente conservada. Lembro-me também dos centros sociais, que é uma obra maravilhosa e a diocese de Braga tem quase 200. Claro que esta situação de pandemia, sem a eucaristia, sem os peditórios habituais, sem a Páscoa, sem os Compassos… é impossível não sentir essas dificuldades.
“Mas é preciso muita coragem e organizar a vida de maneira a que não existam essas concentrações, a começar pela refeição familiar”.
Tenho procurado cumprir todas determinações e fazendo com que os outros cumpram. Permanentemente, vou alertando os sacerdotes que nos espaços das igrejas tudo seja observado com o máximo rigor, de tal modo que as igrejas ou os espaços de atividades culturais não sejam motivo de qualquer contágio. Devemos cumprir escrupulosamente. Evidentemente que não me tenho furtado aos meus deveres e às minhas obrigações. Sempre que possível estou presente a celebrar as Pessoalmente, de que forma é que está a pas- eucaristias. Senti, mesmo quando os espaços sar, enfrentar este confinamento? estavam fechados, que a Igreja não se podia pub
fechar. Tinha que continuar a lançar a sua mensagem e não renunciar ao que é a nossa missão, o nosso dever de procurar dar, neste tempo de tanta solidão. Da minha parte tentei encontrar-me com as pessoas, através de telefonemas, vídeo conferências, que foram imensas, mensagens. Creio que nunca escrevi tanto como nesta altura. Tenho uma preocupação constante de encher a vida com presença. Nós, Igreja, perante esta adversidade, não podemos cruzar os braços. Há muito para fazer e temos a missão de gerar a esperança.
ESPECIAL
21
Nasceu a 5 de março de 1944, fez recentemente 77 anos. Ainda se sente com vitalidade para continuar à frente da diocese nos próximos anos? Nasci naquela terra bonita de Brufe, o que me faz amar esta terra, mas também Famalicão de uma forma geral. Há sempre um fraquinho e se há coisa que tenho pena é de passar pouco tempo em Famalicão. Quanto à minha idade, graças a Deus que vou tendo alguma saúde. O que é certo é o que o Direito Canônico determina que aos 75 anos se apresente o pedido de resignação ao Papa. Já o fiz há dois anos e neste momento estou à espera que ao Papa escolha e nomeie um outro arcebispo. Isso é o inevitável da vida. Por temperamento, por feitio e também por vocação não me sinto de braços cruzados. Se me pergunta o que é que vou fazer a seguir terei que lhe dizer com toda a sinceridade que não sei. Não gosto de mergulhar no futuro, gosto de viver responsavelmente o presente. Sei que naquela altura e naquele momento irei discernir sobre o que irei fazer, procurando ir gastando o resto das minhas energias ao serviço deste povo que eu sempre amei. Uma mensagem final para os fiéis… Na celebração da Páscoa há um misto que é preciso conciliar e equilibrar. No Minho, a Páscoa é caraterística pela junção da família num âmbito mais alargado. Beija-se a Cruz na casa da família, dos amigos e dos vizinhos. Nós precisamos disso, desse encontro e convívio. Mas é preciso muita coragem e organizar a vida de maneira a que não existam essas concentrações, a começar pela refeição familiar. Por isso, neste momento é importante darmos à Páscoa o sentido que tem. É esta certeza de que Cristo ressuscitou e este grito que Cristo Vive e Quer-te Vivo. Ele quer que vivamos, na plenitude, com um sentido de vida pautada pelos valores, com um projeto, alargando os nossos horizontes para o mundo inteiro. pub
22
ESPECIAL
opiniãopública: 31 de março de 2021
Celebrações da Semana Santa
Cruzes à porta são sinal de fé e vida em comunidade Ao contrário do que aconteceu no ano passado, em que por ocasião da Páscoa o país estava “encerrado” por causa da Pandemia, este ano, em Portugal, nesta época em que a Igreja Católica celebra a Festa da Ressurreição, são permitidas Missas e outras manifestações religiosas. Contudo, as regras são muito claras: estão proibidas procissões, o compasso e outras cerimónias que possam colocar em causa a saúde pública. O Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), em comunicado, apresentou algumas orientações para as celebrações da Semana Santa. No documento pode lerse que nesta fase “evitarse-ão procissões e outras expressões da piedade popular, como as “visitas pascais” e a “saída simbólica” de cruzes, de modo a evitar riscos para a saúde pública”. Quanto às celebra-
ções desta Semana Santa, na Missa vespertina da “Ceia do Senhor” deve ser omitida a cerimónia do lava-pés. Por outro lado, no ato da adoração da Cruz, na Sexta-feira Santa, o beijo da Cruz será limitado apenas ao presidente da celebração. No final da celebração, o Santíssimo Sacramento poderá ser levado, como se prevê no rito, para o lugar da reposição numa capela da igreja onde se possa fazer a adoração, no respeito das normas para o tempo da pandemia. De acordo com a Conferência Episcopal é necessário “prestar atenção a alguns momentos e gestos particulares, em conformidade com as exigências sanitárias”. Com os sucessivos confinamentos, os movimentos paroquiais muito se socorreram das redes sociais para manter uma certa proximidade com as suas co-
munidades, desde a partilha de reflexões até à transmissão das Eucaristias, quando estas estavam proibidas. Também para a Semana Santa se sugere privilegiar a difusão através dos meios de comunicação social de celebrações religiosas, “incentivando, assim, os fiéis impossibilitados de frequentar a Igreja, a acompanharem essas celebrações, como sinal de unidade”. Entre nós, os sinais das celebrações da Paixão e Ressurreição são visíveis às portas de muitos fiéis. Tal como aconteceu no ano passado, também este ano os fiéis são convidados a colocarem uma Cruz à porta de sua casa como sinal de fé e de vida em comunidade. Até à sexta-feira Santa as cruzes devem ser decoradas com a cor da Paixão (roxo) sendo que no Domingo de Páscoa se vestem de branco e são adornadas com flores, como final de alegria e renascimento. pub
opiniãopública: 31 de março de 2021
ESPECIAL
23
Semana Santa em Famalicão apela à introspeção Finalmente, o sábado Santo é o dia do grande silêncio. Nele a Igreja vela em oração, partilhando os sentimentos de sofrimento e de confiança em Deus. Este recolhimento conduz-nos à Vigília Pascal, onde explode a alegria da Páscoa. É então proclamada a vitória da luz sobre as trevas, da vida sobre a morte e a Igreja alegra-se no reencontro com o seu Senhor. Além destas celebrações, a Semana Santa ou Semana Maior tinha outras grandes manifestações de Fé e de esperança: as pro-
cissões do Ecce Homo na Quintafeira Santa e do Enterro do Senhor, na Sexta-feira Santa. Contudo, este ano não se vão realizar devido às contingências provocadas pela pandemia. A cidade está também com os tons e as imagens da Semana Santa. Ela estará revestida dos sinais, numa dinâmica de passagem da Cruz à Luz, da Paixão à Ressurreição. “Contemplemos, de forma especial, a Via Sacra, proposta ao longo da Avenida 25 de Abril, que traduz esse mistério de salvação”.
Programa
O ano passado os fiéis foram convidados a viver a Semana Santa e a Páscoa duma forma mais introspetiva. Este ano, apesar de se pedir contenção nas celebrações familiares para evitar a propagação da pandemia de Covid 19, há algumas atividades, nomeadamente em Famalicão, que as pessoas podem aproveitar. A Semana Santa, já se sabe, começou com a celebração do Domingo de Ramos. Ela é porta de entrada para a celebração do mistério pascal: paixão, morte e res-
surreição de Jesus. Na Semana Santa há três celebrações, às quais nenhum cristão haveria de faltar e para as quais todos estão convidados, crentes ou não crentes. É chamado o Tríduo Pascal. Amanhã, Quinta-feira Santa, à tarde, há a Celebração da Ceia do Senhor. “Nela atualizamos a Instituição da Eucaristia e o Mandamento do Amor, através do gesto do Lava Pés. Esta celebração convida-nos a dar graças a Deus pelo dom da Eucaristia, que devemos
acolher com devoção e adorar com fé”, refere a Confraria em nota enviada à imprensa. Na Sexta-feira Santa, celebrase a Paixão e Morte de Jesus na cruz. “É um dia de tristeza e de dor. A morte de um amigo custa sempre”. Contudo, ao mesmo tempo, este é também o momento propício para despertar a fé, reforçar a esperança e coragem, “para levarmos a nossa cruz, com humildade e confiança em Deus, na certeza do seu apoio e da sua vitória”.
Dia 31 - Quarta-feira Santa: Conferência online “Curados por um Deus ferido”, proferida pelo Padre Pedro Sousa, através do Facebook da paróquia, às 21h30. Dia 1 - Quinta-feira Santa: Eucaristia da Ceia do Senhor, às 21h00 (Matriz Nova) Dia 2 - Sexta-feira Santa: Oração de Laudes às 10h00 (Matriz Antiga) e Celebração da Paixão do Senhor às 15h00 (Matriz Nova) Dia 3 - Sábado Santo: Vigília Pascal às 21h00 (Matriz Nova) Dia 4 - Domingo de Páscoa: Eucaristia Pascal às 8h30, às 11h15 e às 19h15. pub
24
ESPECIAL
opiniãopública: 31 de março de 2021 pub
Semana Santa em Famalicão Fotos: António Freitas
pub
opiniãopública: 31 de março de 2021
ESPECIAL
25
É este o anúncio da Páscoa
O poder das coisas simples
Tudo passa, tudo é passagem... Nada é eterno, nada fica como começou... Até esta pandemia, que nos atormenta há um ano, passará. E já mudou tanta coisa. E já nos mudou tanto. E tanta está ainda a mudar. O mundo já não é o mesmo e não voltará a ser como era. E nisso há esperança. É assim o dinamismo da criação. A Páscoa é explosão, é luz, é vida e aviva em nós esse dinamismo, essa passagem... De facto, o termo Páscoa provém do hebraico Pessach e significa precisamente passagem. A Páscoa, porém, não é uma mera passagem do tempo ou das coisas. A Páscoa é um ponte para uma outra margem, para uma outra forma de ver e viver a vida. E fazer esta travessia, esta passagem, exige audácia e criatividade, pede o desassombro e a abertura para um mundo novo, reclama a bravura e coragem para recomeçar. E recomeçar não é voltar a fazer o mesmo e do mesmo modo, voltar ao passado. Recomeçar é ter a capacidade de fazer novas todas as coisas. A Páscoa é precisamente isso: ela traz a luz nova da vida onde predomina a escuridão, o medo, a angústia.
A Páscoa é esta passagem de tudo aquilo que nos escraviza e leva à morte (toda a espécie de mal) para nos conduzir à vida nova, à verdadeira liberdade (todo o bem). Quem se atreve a esta passagem, a esta mudança!? Só quem tem a ousadia de sonhar, de sair do seu sofá, de iniciar uma aventura... Não se trata apenas de sonhar com um mundo melhor! Isso pode ser utopia ou ideologia desprovida de chão. O mundo precisa daquilo que dá sentido, que realiza, completa e dá plenitude à vida humana. Na Páscoa Cristã nós encontramos essa ponte entre uma humanidade à procura da sua plenitude e o próprio Deus de Jesus Cristo, que é o Deus da vida que move a vida, que faz novas todas as coisas, que abre horizontes de futuro, que volta a levantar os caídos, que volta a colocar em movimento a existência, que não condena mas faz recomeçar, dando sempre novas oportunidades. Creio que este é o desafio da atualidade, quer para a sociedade quer para a Igreja. É o desafio de dar ao mundo um novo folgo, novos pulmões e no coração. E este desafio joga-se no núcleo basilar e estruturante de
qualquer sociedade: a família. É aqui, nesta escola de vida e de liberdade, que é preciso apostar para que as mudanças (tantas vezes feitas à pressa e sem perspectiva de futuro) não sejam resultado de acontecimentos extraordinários, mas que aconteçam no ordinário do dia a dia. Não podemos apenas reagir, precisamos de ser mais proactivos e jogar
por antecipação. A aposta começa nas coisas simples de cada dia e da vida: cuidar da linguagem, educar para os afetos, cultivar a responsabilidade mútua, olhar pelos vizinhos, recomeçar no infortúnio, amar a vida, dar alento no desespero, chorar com os que choram, respeitar os idosos, brincar com as crianças, ajudar os que mais pre-
cisam, formar para a esperança, participar na vida da comunidade, rezar uns com e pelos outros, cuidar da natureza, perdoar a quem ofende, ser bem educado... Destas e de outras coisas simples da vida familiar se fazem os desafios da sociedade e da Igreja. Para os crentes, a Páscoa tem a capacidade de contagiar tudo e todos, com aquela esperança criativa, que dá força, audácia e coragem para tudo transfigurar. A Páscoa não nos ilude nem é uma poção mágica que nos livra das dores de parto da vida. A Páscoa é a vitória do amor sobre a raiz do mal, que transforma o mal em bem: é a marca exclusiva do poder de Deus. Faço votos que a nossa Páscoa não seja a páscoa dos ovos ou dos coelhinhos de chocolate. Mas que a Páscoa verdadeira aconteça no seio de cada família, e que mexa com a nossa vida, a desinstala e a provoca a fazer a verdadeira passagem na mentalidade, no compromisso e na atitude. Que esta Páscoa nos encoraje a dar um empurrão a este mundo para o lado da vida nova, plena, realizada e fecunda.
Francisco Carreira Arcipreste de V.N. Famalicão pub
26
ESPECIAL
opiniãopública: 31 de março de 2021 pub
Símbolos da Páscoa
pub
A Páscoa é uma festividade importante para os cristãos, pois celebra a morte e ressurreição de Jesus Cristo, um episódio bíblico interpretado como a passagem para novos tempos e novas esperanças para a humanidade. A Páscoa para os judeus - Pessach (“passar além”, na tradução do hebraico) é comemorada pela conquista da liberdade pelos hebreus, que viviam como escravos no Egito, simbolizando o retorno à vida digna. Essa libertação coincidiu com o início da primavera, assim fundiram-se numa só festa, a renovação da natureza e o renascimento de Israel, como eram chamados os hebreus. Os rituais que precedem a Semana Santa começam 40 dias antes da Páscoa, período conhecido por "Quaresma" quando os cristãos se dedicam à penitencia do jejum, para lembrar os 40 dias passados por Jesus no deserto e também o sofrimento que ele suportou na crucificação. A Semana Santa começa com o Domingo de Ramos, que lembra a entrada de Jesus em Jerusalém, onde a estrada era enfeitada com folhas da palmeira. A Sexta Feira é o dia da celebração da morte de Jesus na Cruz. O Sábado de Aleluia é o dia da celebração da missa da meia noite, na passagem para o Domingo da Ressurreição. No domingo é celebrada a Páscoa - o Domingo de Páscoa, o dia da Ressurreição de Jesus e sua primeira aparição para seus discípulos. Durante a Semana Santa, vários símbolos fazem parte do ritual das comemorações, entre eles: Os ramos de palmeira A Semana Santa começa com o Domingo de Ramos, que lembra a entrada de Jesus em Jerusalém, ocasião em que as pessoas cobriam a estrada com folhas de palmeira, para comemorar sua chegada. Atualmente, as folhas de palmeiras são usadas na decoração das Igrejas durante as comemorações da Semana Santa, como um sinal de “boas-vindas a Cristo”. Cordeiro Este é um dos símbolos mais antigos
da Páscoa, lembrando a aliança que Deus teria feito com o povo judeu no Antigo Testamento. Naquela época, a Páscoa era celebrada com o sacrifício de um cordeiro. Para os cristãos, Jesus Cristo é o “cordeiro de Deus que tirou os pecados do mundo”. Círio Pascal O Círio Pascal é uma grande vela, decorada com as letras gregas alfa e ômega, que significam “início” e “fim”, respetivamente, e usada durante as missas da Semana Santa. Durante a Vigília Pascal é inserido na vela os cinco pontos das chagas de Cristo na cruz. É acesa no Sábado de Aleluia e sua Luz representa a Ressurreição de Cristo. Ovo de Páscoa Por representar o nascimento e a vida, presentear com ovos era um costume antigo entre os povos do Mediterrâneo. Durante as festividades para comemorar o início da primavera e a época de plantio, os ovos eram cozidos, pintados e presenteados, para representar a fertilidade e a vida. O costume passou a ser seguido durante as festividades dos cristãos, onde eram pintados com imagens de Jesus e Maria, representando simbolicamente o nascimento do Messias. Muitas culturas mantêm até hoje esse costume. No mundo moderno, o ovo fabricado com chocolate é uma tradição de presente no Domingo de Páscoa. Coelho de Páscoa O coelho de Páscoa tornou-se o símbolo da fertilidade e da vida, devido a particularidade deste animal de se reproduzir em grandes ninhadas. Está relacionado com a Páscoa por representar a esperança de vida na Ressurreição de Jesus Cristo. Vários povos da antiguidade já consideravam o coelho como símbolo da fertilidade, pois com a chegada da primavera, eram os primeiros animais a saírem de suas tocas. Com o passar dos tempos, os coelhinhos de chocolate entraram para os costumes das festividades da Semana da Páscoa.
opiniãopública: 31 de março de 2021
ESPECIAL
27
Semana Santa em Famalicão Fotos: António Freitas
pub
28
ESPECIAL
opiniãopública: 31 de março de 2021 pub
Significado da Pascoela ou Oitava
Páscoa é todos os dias Diminutivo de Páscoa, Pascoela é a designação que se dá ao Domingo a seguir à Páscoa. Também denominado como Dia da Misericórdia, o dia de Pascoela foi, outrora, um dia importante para a Igreja, mas caiu em desuso aquando da reforma do Concílio Vaticano II. A Pascoela simbolizava o prolongamento do próprio domingo de Páscoa, numa atitude festiva da Igreja e dos fiéis. Sendo a festa da Páscoa e da Ressurreição a mais importante para a Igreja, noutros tempos a semana que se seguia ao domingo da Páscoa era como que um prolongamento da festividade e por isso, também chamada de semana da Pascoela. Também aqui podemos falar da “oitava” que se refere ao oitavo dia após a festa e o prolongamento das celebrações. Estas designações, embora ainda se usem, eram mais utilizadas antigamente, celebrandose a oitava noutras liturgias importantes da Igreja, prática caída em desuso aquando da reforma do calendário religioso. Recorde-se que o baptismo dos primeiros Cristãos adultos ocorria durante a Vigília Pascal, ritual que continua a manter-se, sendo a quadra da Páscoa a preferida desde os primórdios da religião cristã para se efectuarem os baptismos dos catecúmenos. Daí, chamar-se também ao domingo de Pascoela o domingo In Albis (domingo branco), devido ao facto de os catecúmenos utilizarem (como hoje) vestimentas brancas no acto do baptismo, celebrado depois, festivamente, por toda a semana pub
Na atualidade, nomeadamente em algumas localidades portuguesas, as celebrações pascais prolongam-se pela Segunda-feira a seguir ao Domingo de Páscoa. que decorria desde o domingo de Páscoa ao domingo de Pascoela. Hoje já assim não é, mas continua a verificar-se a preferência da quadra pascal para se efectuar o baptismo, sobretudo das crianças. Na atualidade, nomeadamente em algumas localidades portuguesas, as celebrações pascais prolongam-se pela Segunda-feira a seguir ao Domingo de Páscoa. É o caso de Sousel onde, neste dia, é Feriado Municipal. Na verdade, embora o feriado religioso seja na Sexta-feira Santa, as empresas e serviços, em Portugal, encontram-se normalmente abertos neste dia para encerrarem na Segunda-feira seguinte. Não se sabe muito bem a origem deste hábito mas, acredita-se que tal fica a dever-se à necessidade de, em tempos idos, o Compasso terminar as visitas às casas na Segunda-feira, por incapacidade de o fazer apenas num único dia, ou seja, no Domingo de Páscoa. pub
opiniãopública: 31 de março de 2021
Paroquianos de Arnoso desafiados a decorar Cruz com símbolos pascais A Paróquia de Arnoso Santa Maria desafia os paroquianos a embelezar a Cruz de casa para a Páscoa. Ao longo do tempo da Páscoa o convite é para colocar uma cruz com um tecido branco, uma flor e uma vela. Porque se coloca estes símbolos? A cruz é um símbolo da vida. Ela é a árvore da Vida. Antes era sinal do mal, mas porque Cristo nela assumiu todo o mal, agora a cruz é o sinal da Salvação. É lugar redentor. Quem olha para uma cruz encontra aí o sinal maior do amor de Deus por toda a humanidade. Quem traça sobre si o sinal da cruz, reconhece que está salvo pelo Amor de Deus. Por isso, ela é sinal de vida. O tecido Branco simboliza a ressurreição de Cristo. Recorda a veste do nosso batismo. Também recorda a toalha do Altar que é a referência ao lençol em que Jesus
Cristo esteve envolvido no sepulcro, branqueado pela luz da Páscoa. As flores são expressão da natureza que se maravilha com a Páscoa de Jesus. Ou seja, também a natureza exulta de alegria pela paixão, morte e ressurreição de Cristo. A Primavera é explosão da beleza de um Deus que supera todo o inverno, frio e sem cor, para nos fazer entrar no novo céu e na nova terra. É a terra prometida, a terra definitiva que Deus oferece à humanidade. A vela é Cristo Ressuscitado que deixou o túmulo, radioso e vitorioso. Na Círio Pascal, ficam gravadas as letras alfa e ômega, significando que Deus é princípio e fim. Os algarismos do ano também ficam gravados no Círio Pascal. Nas casas cristãs, é comum o uso da vela no centro da mesa no almoço de Páscoa.
ESPECIAL
29
Páscoa em confinamento. Autoridades reforçam fiscalização nas estradas Até ao dia 5 de abril é proibida a circulação entre concelhos. O Governo antecipou em algumas horas esta medida para evitar as deslocações que os portugueses fazem habitualmente na altura da Páscoa. Por todo o país, GNR e PSP estão nas principais estradas a fiscalizar o cumprimento das regras em vigor no estado de emergência, imposto devido à pandemia de Covid 19. As autoridades garantem que a fiscalização nas estradas será implacável. Para que a proibição de circulação entre concelhos seja aplicada em todo o período da Páscoa, o Parlamento aprovou na quinta-feira o 14.º estado de emergência, que entrará em vigor às 00:00 de 1 de abril e terminará às 23:59 de 15 de abril. O atual estado de emergência (o 13.º) está em vigor desde as 00:00 de 17 de março e até às 23:59 de 31 de março.
Paróquias de Brufe e Famalicão substituem visita pascal por bênção online As paróquias de Brufe e Santo Adrião-Famalicão vão substituir a visita pascal por uma “bênção pascal às famílias” online, a decorrer no dia de Páscoa, através da plataforma Zoom. “Não é possível, este ano, realizar a Visita Pascal. Mas como Jesus ressuscitado atravessa paredes e portas e nada nem ninguém O pode confinar, faremos uma Visita Pascal diferente”, refere a Unidade Pastoral de Brufe e Santo Adrião, em comunicado. A bênção terá lugar ás 15h00 e 17h30 para as famílias de Famalicão e às 16h30 para as famílias de Brufe. pub
pub
30
ESPECIAL
opiniãopública: 31 de março de 2021 Quem tem crianças sabe o quão difícil é, por vezes, mantêlas ocupadas em atividades saudáveis e divertidas. Muito mais agora, depois de terem passado tanto tempo em casa, longe da escola e dos amigos. E porque Páscoa não é Páscoa sem uma genuína caça aos ovos, deixamos-lhe algumas dicas para organizar a atividade lá em casa. Para além de ser muito divertida, é uma atividade fácil de organizar e dá sempre para qualquer idade. Convite: Para aguçar o apetite dos mais pequenos pode criar um convite em cartão, em forma de ovo, por exemplo, onde anuncia a hora e dia da caça aos ovos de Páscoa. Entregue-o os dias antes para fazer durar a expectativa.
Uma atividade para uma Páscoa inesquecível pub
Local: Idealmente a caça aos ovos deve ocorrer no jardim ou quintal, mas também pode ser feita dentro de casa. Onde quer que seja, deve decorar o local com cenouras, coelhinhos, balões e ovos pintados. Peça ajuda aos mais pequenos neste processo. Eles vão adorar. Depois, crie um pequeno mapa com todos os locais onde irá esconder os ovos. À medida que os vai escondendo anote todos os esconderijos para que nenhum ovo fique esquecido. Claro que esta missão é secreta!
utilizar ovos de plástico decorados, que se encontram à venda em lojas de utilidades ou ovos verdadeiros cozidos e pintados com tintas adequadas. Cerca de 10 ovos por criança será o adequado para que a atividade não seja demasiado exaustiva, mas que também não saiba a pouco. Esconder os ovos: Sem que os miúdos se apercebam, esconda os ovos em locais estratégicos, que lhes permitam a experiência de uma verdadeira caça ao tesouro! Poderá criar uma pequena sinalética para os ajudar. Não distancie muito os ovos, apenas tente aumentar um pouco o grau de dificuldade e criatividade. Para os ajudar, poderá entregar um pequeno mapa com algumas pistas. Caça aos ovos: Para poderem apanhar os ovos, as crianças vão precisar de cestinhas ou sacos feitos de papel. Não se esqueça de os decorar a rigor. Também aqui, pode pedir a ajuda às crianças no dia anterior ou então surpreendê-las na hora do jogo. Crie um ponto de partida decorado a preceito.
Prémios: Todos serão vencedores e todos merecem um prémio. Poderá converter um dos ovos da Páscoa num autêntico ovo de chocolate, por exemplo o último do circuito. Como forma de recompensar o esforço de todos os Decorar os ovos: pequenos piratas, prepare um Para a caça aos ovos poderá lanche para terminar a festa. pub
opiniãopública: 31 de março de 2021
ESPECIAL
31 pub
Receitas para uma Páscoa Feliz A Páscoa está mesmo aí e, no nosso pensamento, já anda há alguns dias a ementa que queremos para o Domingo de Páscoa. Como as restrições continuam, ainda não podemos celebrar como realmente gostaríamos, mas porque a família merece o melhor, queremos partilhar consigo duas receitas que não podem faltar na mesa e, quem sabe, inspirá-lo para a celebração de uma Páscoa mais tradicional.
Cabrito no forno com batatas douradas Ingredientes: 3 Kg de cabrito 3 folhas de louro 6 dentes de alho Sal, pimenta e piripíri qb 1 colher de sopa de colorau 1 copo de vinho branco 1 fio generoso de azeite 1 Kg de batatas pequenas 2 limões Margarina para untar a carne
Preparação: 1 - Lave muito bem o cabrito, corte-o aos pedaços e deixe-o durante seis a oito horas em água e os dois limões cortados às rodelas. Isto é muito importante pois vai retirar o cheiro característico da carne. 2 - Passado este tempo, num recipiente, tempere o cabrito com o sal, a pimenta, o piripíri, o colorau, o louro e o alho esmagado. Regue com o vinho e deixe-o marinar para o dia seguinte. 3 - Coloque o cabrito numa assadeira, unte-o bem com a margarina, regue-o com a marinada e um fio generoso de azeite. 4 - Cubra a assadeira com papel de alumínio e leve ao forno a 160 ºC, a assar lentamente, cerca de duas horas. Vá verificando o assado e regando com o próprio molho. 5 - Meia hora antes, retire o papel de alumínio, aumente o calor e deixe o cabrito alourar. Batatas: 1 - Descasque e lave as batatas, corte-as aos gomos e num recipiente tempere-as com sal, pimenta e colorau, envolva e regue com um pouco de vinho branco e um fio de azeite. Leve-as a assar tapadas, com folha de alumínio, durante 20 a 25 minutos. 2 - Retire a folha de alumínio e leve a assar mais dez minutos até ficarem douradinhas.
Folar Doce de Páscoa Ingredientes: 4 ovos 200 ml leite meio gordo 1 colher de sopa sal 25 g fermento de padeiro 500 g farinha de trigo 80 g manteiga 100 g açúcar 2 colher de chá canela em pó 1 colher de chá erva-doce 2 ovos cozidos com casca
Preparação: 1 - Dissolva o fermento de padeiro em leite morno e mexa até não ter grumos. 2 - Bata 3 ovos e junte-lhes o fermento dissolvido, misturando muito bem. 3 - Misture a farinha, o açúcar, o sal e a manteiga previamente derretida, e amasse tudo até obter uma pasta homogénea 4 - Acrescente a canela e a erva-doce. Tape a massa com um pano e deixe-a repousar durante cerca de 60 minutos ou até duplicar de tamanho. 5 - Depois de levedada, coloque a massa numa bancada polvilhada com farinha, para não agarrar. Reserve uma pequena porção da massa para a decoração. Pré-aqueça o forno a 200º C. 6 - Molde o folar em forma de bola ligeiramente achatada e pressione o centro com 4 dedos, formando uma cova para colocar os ovos cozidos com casca. Com a massa que reservou, faça cordões e coloque-os no folar rodeando os ovos, pressionando suavemente para selar. 7 - Coloque o folar num tabuleiro e deixe levedar tapado durante cerca de 30 minutos, num local quente. 8 - Pincele com um ovo batido e coza durante cerca de 30 minutos.
32
PUBLICIDADE
opiniãopública: 31 de março de 2021