Opinião Pública nº 1567

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Ano 30 | Nº 1567| De 29 de junho a 5 de julho de 2022| Diretor: João Fernandes | Gratuito | www.opiniaopublica.pt

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Famalicão

Casos acompanhados de crianças e jovens em risco aumentaram em 2021 p. 6

O dia 31 de julho é a nova data para o término dos trabalhos. O PS já veio manifestar preocupação

CONCLUSÃO DAS OBRAS NA CIDADE

SOFRE NOVO ADIAMENTO

Manifestação Trabalhadores do têxtil exigem fim da ‘política do salário mínimo’ no setor p. 7

Galardões Paulo Cunha recebe medalha de Cidadão Honorário no Dia da Cidade p. 5

Aniversário BV Famalicenses querem que tutela faça pagamentos justos

É o terceiro adiamento. O prazo para a conclusão das obras de renovação do centro urbano da cidade de Famalicão vai ser prorrogado até 31 de julho. Segundo o edil Mário Passos, o empreiteiro justifica este novo atraso com a reconstrução do chamado edifício do quiosque. O vereador do PS, Eduardo Oliveira, visitou o local, ouviu queixas dos comerciantes e manifestou-se “muito preocupado”. p.3

Atletismo: Rafaela Fonseca e Nuno Fernandes vencem Milha Urbana de Famalicão

Famalicense Cidália Silva está no top nacional de padel

p. 6

Taça de Braga: Clube de Xadrez da Didáxis sagra-se decacampeão pub


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CIDADE

opiniãopública: 29 de junho de 2022

Festival internacional de circo contemporâneo realiza-se em julho

Circo do Vaudeville está de regresso a Famalicão Já é conhecida a programação da oitava edição do Festival Internacional Vaudeville Rendez-Vous, promovido pelo Teatro da Didascália. Entre os dias 18 e 23 de julho, serão 11 os espetáculos – dos quais cinco estreias nacionais, duas coproduções e sete espetáculos internacionais – que vão ter lugar no espaço público das quatro cidades que compõem o Quadrilátero Cultural: Famalicão, Barcelos, Braga e Guimarães. O programa contempla, ainda, quatro oficinas de criação dirigidas a públicos específicos de cada cidade, uma masterclasse para estudantes, profissionais ou, simplesmente, curiosos das artes performativas e também uma sessão de pitching. A edição deste ano do festival focado na programação de circo contemporâneo tem como principal objetivo refletir sobre o grande palco que acolhe as suas criações, isto é, o espaço público. Na apresentação do festival, que decorreu, a semana passada, no Mosteiro de Tibães, em Braga, o vereador da Cultura do Município famalicense, Pedro Oliveira, salientou a “forte ligação de Famalicão às artes circenses”, que recebeu a primeira edição do Vaudeville em 2014, e a presença do INAC (Instituto Nacional de Ates Circenses) no território. O autarca apontou ainda o Vaudeville e a sua dimensão intermunicipal como um bom exemplo da convergência existente entre as

O festival foi apresentado no Mosteiro de Tibães, em Braga

quatro cidades do Quadrilátero. O que pode ver em Famalicão França, Espanha ou Áustria são algumas das geografias que vão estrear, em território nacional, as suas criações. Tendo como mote a coabitação livre das ruas que compõem o Quadrilátero Cultural, o espetáculo “Kilometer 97,1”, da companhia francesa Collectif Protocole, convida o público a deambular, não só pelo espaço urbano das cidades, como, também, pelos caminhos, atalhos e

Alunos da D. Sancho I trabalham competências em Las Palmas Um grupo de 24 alunos do 1º ano dos cursos profissionais da Escola D Sancho I, acompanhado por três professores, encontra-se, desde o dia 21 de junho, em Las palmas de Gran Canária (Espanha), no âmbito o programa Erasmus+, com a finalidade de reforçar as competências transversais, linguísticas e interculturais, assim como desenvolver valores como a cidadania, a criatividade, a responsabilidade, a autonomia, a solidariedade e o respeito pela diferença. A escola enfatiza que, com este projeto, pretende-se “dar resposta às necessidades das empresas, uma vez que estas competências, bem como o conhecimento de outros países, a capacidade de interagir e trabalhar com pessoas de diferentes culturas, a adaptabilidade, a proficiência em línguas estrangeiras e as habilidades de comunicação, são cada vez mais valorizadas nos processos de recrutamento e seleção de recursos humanos”. O grupo regressa no dia 1 de julho “enriquecido com novas competências que serão certamente uma mais-valia para o seu percurso pessoal e profissional”, acrescenta a escola.

FICHA TÉCNICA

CONSELHO EDITORIAL: Alexandrino Cosme, António Cândido Oliveira, António Jorge Pinto Couto, Artur Sá da Costa, Cristina Azevedo, Feliz Manuel Pereira, João Fernandes, Manuel Afonso e Almeida Pinto.

CHEFE DE REDACÇÃO: Cristina Azevedo (CPJ 5611) cristina@opiniaopublica.pt

DIRETOR: João Fernandes (CIEJ TE-759) jfernandes@opiniaopublica.pt

DESPORTO: José Clemente (CO 1139), José Carlos Fernandes e Paulo Couto.

ESTATUTO EDITORIAL: disponível em www.opiniaopublica.pt

REDACÇÃO: informacao@opiniaopublica.pt Carla Alexandra Soares (CICR-248), Cristina Azevedo (CPJ 5611).

GRAFISMO: Carla Alexandra Soares

OPINIÃO: Adelino Mota, Barbosa da Silva, Domingos Peixoto, Mário Teixeira, José Luís Araújo, Sílvio Sousa, Vítor Pereira.

GERÊNCIA: João Fernandes

CAPITAL SOCIAL: 175.000,00 Euros.

DETENTORES DE MAIS DE 5% DO CAPITAL António Jorge Pinto Couto João Fernado da Silva Fernandes Voz On, Lda.

vielas que ligam os diferentes centros. “Kilometer 97,1” é apresentado a 23 de julho, às 19h00, no anfiteatro do Parque da Devesa. Ainda no universo francês, a Praça D. Maria II vai acolher, às 22h00, a estreia de “The Good Place”, uma criação da companhia MCDF – Marcel et ses Drôles de Femmes que traz à cena uma organização horizontal, composta por biólogos, políticos, naturistas e especialistas ao serviço da humanidade, que vão pôr todos a questionar se “a obscenidade está realmente escondida onde a es-

peramos?”. Destaque, ainda, para a estreia do espetáculo improvável e excêntrico “MDR – mort de riure”, da companhia catalã Los Galindos. Nesta comédia absurda dos palhaços, Melon, Rossinyol e Mardi vão comentar, com humor, o quotidiano do público, prometendo fazer todos rir da sua própria tragédia. O espetáculo vai estar em cena no dia 21, na Praça D. Maria II. Esta oitava edição do Vaudeville RendezVous reforça também a aposta na criação, contando com a apresentação de duas coproduções. “Do ferro à ferrugem”, uma criação de Alan Sencades com música ao vivo de Bárbara Lopes, pode ser vista a 21 de julho, às 19h00, no Parque da Juventude. Um palco circular para revelar as várias facetas da vida quotidiana dos artistas de circo é a mais recente criação da companhia Oliveira & Bachtler, Cir-k, que irá colocar “sobre as luzes da ribalta o universo peculiar e insólito destas famílias nómadas de saltimbancos”. A performance será apresentada no Parque da Devesa, em Famalicão, no dia 22 de julho, às 19h00. Também as produções nacionais “O Silêncio do Corpo”, da companhia Erva Daninha; o espetáculo “Vinil”, do coletivo Quando Sais à Rua, ou “Kinski”, do palhaço português Rui Paixão, vão “habitar”” o espaço público das cidades de Barcelos, Braga, Guimarães e Famalicão.

Julho e agosto com cinema ao ar livre O cinema ao ar livre está, este verão, de regresso a Famalicão, naquela que é a 23ª edição do “Cinema paraíso”, promovida pelo Cineclube de Joane com o apoio da Câmara Municipal. Nas edições anteriores, a itinerância do projeto permitiu ao Cinema Paraíso estacionar em mais de 30 locais, num percurso que já chegou a mais de metade das freguesias do concelho. Este Verão, o Cinema Paraíso terá seis projeções no Parque da Devesa, o seu local de eleição desde 2013, e deambulará pelas freguesias de Castelões e de Telhado, sempre com sessões às 22 horas, de entrada livre. No Parque da Devesa, em julho, serão exibidos os seguintes filmes: “Duna” de Denis Villeneuve (dia 6), “Cantar 2” (versão portuguesa) de Garth Jennings (dia 13) e “A Vida Extraordinária de Louis Wain” de Will Sharpe (dia 20). Em agosto passam “Top Gun: Maverick” de Joseph Kosinski (dia 3), “Belle” de Mamoru Hosoda (dia 10) e “Conto de Verão” de Eric Rohmer (dia 17). Nas freguesias, o cinema ao ar livre

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acontece nos domingos de julho. No dia 10, em Castelões. no parque do Centro Social e Paroquial é exibida a versão restaurada de “Ladrões de Bicicletas” de Vittorio De Sica. No dia 17 será a vez do largo da Junta de Freguesia de telhado acolher a sessão com o filme “Bem Bom” de Patrícia Sequeira. Em comunicado, o Cineclube de Joane sublinha que nesta 23ª edição, o objetivo é “continuar a levar o cinema às populações, fazê-lo com escolhas criteriosas, com propostas que cheguem ao grande público, que ambicionam surpreender o espectador, com cinema popular de várias proveniências e de géneros, incluindo a animação”.

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opiniãopública: 29 de junho de 2022

CIDADE

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Líder do PS ouviu queixas dos comerciantes

31 de julho é a nova data Eduardo Oliveira para a conclusão “muito preocupado” das obras na cidade com os sucessivos atrasos

Líder do PS visitou os locais em obra no passado sábado

Eduardo Oliveira, vereador da Câmara de Famalicão e líder da Concelhia do Partido Socialista (PS), promoveu, no passado sábado, uma visita às obras de reabilitação urbana do centro da cidade e diz ter ficado “muito preocupado” com o que viu, afirmando não acreditar na conclusão da empreitada até ao fim do mês de julho, a terceira data adiantada pela autarquia para a finalização das obras. O vereador socialista visitou os comerciantes da Praça de D. Maria II e da Praça Mouzinho de Albuquerque (antigo campo da feira) e, em comunicado, diz ter ouvido muitas críticas dos comerciantes “pela morosidade das obras, pelas soluções arquitetónicas e por falhas no planeamento das obras e no projeto, nomeadamente, por ficar a faltar uma solução de estacionamento subterrâneo, como o PS sempre defendeu”. Ao lado de Eduardo Oliveira esteve o vereador Paulo Folhadela, o líder do grupo do PS na Assembleia Municipal, Jorge Costa, assim como membros das assembleias de freguesia de Famalicão e Calendário e de Antas e Abade de Vermoim. Além de autarcas, a comitiva socialista integrou o presidente da secção do PS-Famalicão, Ricardo Dias, e membros do secretariado concelhio do partido. “O Partido Socialista lamenta que a maioria PSD-CDS, gasta por 20 anos de poder, não tenha dado ouvidos às nossas ideias. Agora quem sofre são os famalicenses. As obras ainda não estão prontas e o piso instalado, com uma pedra de má qua-

lidade paga a peso de ouro, já está todo partido e todo sujo, nomeadamente junto ao Mercado Municipal”, afirma Eduardo Oliveira. O dirigente do PS também ouviu queixas de falta de arvoredo. “O centro de Famalicão está transformado numa eira, que não pode ser frequentada pelas pessoas em dias de sol. Abateram as árvores e plantaram arbustos”, atirou, defendendo ainda que “as obras não vieram resolver os problemas da cidade, nomeadamente a questão relativa ao trânsito e à falta de estacionamento”. “Pelo contrário, depois das obras, a cidade de Famalicão vai ficar sem identidade e menos acolhedora”, vaticinou. Esta visita dos autarcas do PS teve por objetivo avaliar o ponto de situação das obras, numa altura em que o prazo de execução já foi largamente ultrapassado, assim como avaliar o impacto das obras no tecido comercial do centro da cidade. O PS lembra que as obras tiveram início em outubro de 2020. Inicialmente, o prazo de conclusão era de um ano. Porém, o prazo foi duas vezes prorrogado: primeiro por 120 dias, adiando a conclusão para 30 de abril deste ano e depois por um período de 50 dias, prazo que terminou a 19 de junho. Na última reunião do executivo municipal, os vereadores do PS levantaram a questão, tendo o presidente da Câmara aberto a porta a nova prorrogação, desta vez até 31 de julho. Mas essa prorrogação ainda precisa ser formalizada (ver notícia nesta página).

Famalicão em Transição promove ação de limpeza no Rio Pelhe A Associação Famalicão em Transição vai realizar no próximo sábado, dia 2 de julho, uma ação de limpeza no Rio Pelhe. A concentração está marcada para as 10 horas, junto ao Horto e Oficinas Municipais, sendo que a iniciativa é aberta a todos que nela queiram participar. A Associação recorda que o Pelhe é um rio inteiramente famalicense, que nasce na freguesia da Portela e desagua no Rio Ave, na freguesia de Lousado, e por isso “é ainda mais importante olharmos e cuidarmos dele”. Ao participantes aconselha-se o uso de roupa prática e de galochas caso queiram entrar no rio, devendo ainda vir munidos de luvas e e de sacos para o lixo que apanharem.

Foi novamente prorrogado o prazo para a conclusão das obras de renovação do centro urbano da cidade de Famalicão. Na passada quinta-feira, em reunião de Câmara, o presidente do executivo, Mário Passos, anunciou essa prorrogação, agora até 31 de julho, depois de questionado pelos vereadores do Partido Socialista sobre o andamento da obra. Esta é a terceira vez que o prazo para o término da obra é prolongado, desde outubro de 2021, a data inicialmente apontada para a conclusão da empreitada. Mário Passos explicou que a justificação dada pelo empreiteiro para este novo atraso prende-se com a reconstrução do chamado edifício do quiosque. “Teve que se proceder à betonagem da cobertura, o que implicou a circulação de camiões de betonagem, o que, por sua vez, fez parar um pouco os trabalhos porque foi necessário

deixar alguns corredores para os camiões passarem”. De qualquer forma, o edil garante que “a obra está a andar bem” e acredita que “em pouco mais de um mês poderá estar definitivamente concluída”. “O importante é que fique bem, e que não se repitam os erros de construção, que aconteceram, no edifício onde vai ficar o quiosque”, remata.

Recorde-se que a obra foi adjudicada por 7,6 milhões de euros, mas já registou duas atualizações, face a trabalhos não previstos, uma no valor de aproximado de 880.000 euros e outra de 396.000 euros. A empreitada, a cargo do consórcio de empresas formado pela Dacop, SA e pela ABB, SA, conta com apoio financeiro da União Europeia no montante de 3,5 milhões de euros. pub


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CIDADE

opiniãopública: 29 de junho de 2022

Medida faz parte do projeto de Regulamento de Gestão de Arvoredo

“Street dance group” da Gerações dá primeiro espetáculo

O “Street dance group”, da Associação Gerações, deu, no passado dia 21 de junho, na Praça D. Maria II, o seu primeiro espetáculo no exterior da instituição. Formado por mulheres e homens que frequentam o Clube Sénior, o grupo nasceu no decurso e no desenvolvimento das atividades de dança promovidas pela Associação no âmbito do seu projeto de envelhecimento ativo e saudável. O “Street dance group” aborda vários géneros mu-

sicais, do folclore tradicional à música popular, passando por canções e músicas que todos cantarolam e que todos querem dançar. Este “grupo de danças de rua” tem uma atividade regular na Gerações, mas vai começar a sair para o exterior, para diferentes espaços da cidade de Famalicão, trazendo-lhes mais colorido e mais animação. Segundo a instituição, o primeiro espetáculo teve resultados muito animadores. “Não tendo sido publicitado nem anun-

Câmara Municipal vai criar um inventário do arvoredo urbano

ciado, atraiu a curiosidade de todos aqueles que passavam na Praça D. Maria II que não resistiram a cantarolar algumas canções e a ensaiar uns passos de dança”, conta, em nota à imprensa. Paralelamente, os seniores da Gerações, no contexto das atividades desenvolvidas em 2002, realizaram uma exposição que está patente nos espaços do Clube Sénior e que retrata os momentos mais marcantes das atividades em que participaram. pub

A Câmara de Famalicão vai elaborar um inventário municipal do arvoredo, com a listagem e planta das árvores classificadas de interesse público e de interesse municipal existentes no espaço público do concelho. A medida consta no projeto de Regulamento Municipal de Gestão de Arvoredo, aprovado na passada quinta-feira, na reunião do executivo camarário. O documento resulta de uma lei nacional, que obriga os municípios a criar este regulamento até agosto deste ano, com o objetivo de definir as regras de gestão manutenção e preservação do arvoredo municipal. Sobre as principais medidas e diretrizes explanadas no documento, o vereador do Ambiente, Hélder Pereira destaca, desde logo, a realização de um inventário do arvoredo municipal,” fixando aquilo que são árvores classificadas de interesse municipal e que, naturalmente, terão uma proteção maior”. Depois, o Regulamento Municipal de gestão de Arvoredo define “regras muito criteriosas para a hipótese de abate de árvores, assim como as técnicas para as podas as árvores e o momento em que elas podem ser feitas”, explica ainda o vereador.

Para além disto, também está prevista a parte da fiscalização e a parte coerciva das contraordenações, no caso de o regulamento não vir a ser cumprido. No fundo, segundo Hélder Pereira, o projeto de regulamento “plasma aquilo que já vem sendo feito pelo Município de Famalicão”, com exceção da parte da fiscalização e da aplicação das sanções “que estão agora vertidas numa norma específica”. O diploma aplica-se a todos os espaços verdes públicos do concelho, nomeadamente, aos parques, jardins, praças e logradouros, ruas, alamedas, cemitérios, entre outros. Os vereadores do Partido Socialista manifestaram-se satisfeitos com a apresentação do documento, salientando que o mesmo “é uma mais-valia para o Município”, esperando que ajude “a uma ação mais criteriosa no abate e podas das árvores”. A proposta de regulamento segue agora para consulta pública, por um período de 30 dias após publicação em Diário da República. O regulamento estará disponível para consulta no portal do município, em www.famalicao.pt. C.A.

Ministro da Administração Interna inaugura novo Campus da Proteção Civil É inaugurado, esta sextafeira, 1 de julho, o novo campus da Proteção Civil de Famalicão, localizado na freguesia de Bairro. O momento contará com as presenças do ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro; da secretária de Estado da Administração Interna, Isabel Oneto; do presidente da Câmara de Famalicão, Mário Passos, e do presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), brigadeiro-general Duarte da Costa.

O novo Campus da Proteção Civil de Famalicão contempla um Centro Municipal de Proteção Civil, um Heliporto Municipal e uma Base de Apoio Logístico. Para além da inauguração e visita às instalações, a cerimónia ficará ainda marcada pela assinatura de um protocolo de cooperação para a cedência a título gratuito à ANEPC do direito à utilização da Base de Apoio Logístico e do Heliporto, bem como a operacionalização destas estruturas aos Bombeiros

Voluntários de Riba d’Ave. Recorde-se que o novo Campus da Proteção Civil está localizado na Avenida Camilo Castelo Branco, em Bairro, e resulta de um acordo de arrendamento celebrado entre o Município de Famalicão e a proprietária do recinto, Parque de Diversões António Sampaio. A nível de infraestruturas, o Centro da Proteção Civil tem capacidade para assegurar alojamento a cerca de 1o0 operacionais, para reforço de meios.


opiniãopública: 29 de junho de 2022

Município distingue personalidades e instituições no Dia da Cidade

Paulo Cunha vai receber a medalha de Cidadão Honorário de Famalicão O ex-presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha, será cidadão honorário do município a partir de 9 de julho, dia em que se celebra o 37º aniversário da elevação da vila de Famalicão à categoria de cidade. Nesse dia, será prestada homenagem pública a personalidades e a instituições que se destacaram nas mais diversas áreas de ação na comunidade, desde a benemerência, à cultura, do desporto à economia e ao mérito autárquico, segundo proposta levada à última reunião de Câmara pelo presidente Mário Passos. A atribuição dos galardões municipais será realizada em sessão solene pública comemorativa do Dia da Cidade, a realizar no dia 9 de julho, pelas 18h00, nos Paços do Concelho. Para além de Paulo Cunha, que foi presidente da autarquia entre 2013 e 2021, o Município vai homenagear com a medalha de mérito cultural os chefes Álvaro Costa e Lígia Santos; os jornalistas Rui Lima, Cristina Azevedo e Sandra Gonçalves; os profes-

Ex-presidente da Câmara recebe, este ano, o galardão mais alto do Município

sores Lopes Cordeiro e Martins Vieira (a título póstumo) e o presidente do Núcleo de Ribeirão da Liga dos Combatentes. A medalha de mérito económico será atribuída aos empresários Albino Mesquita Ribeiro, António Martins Couto, Carlos Alberto Fernandes da Silva, Carlos Moreira da Silva, Francisco Oliveira, Manuel Leitão de Oliveira e

Silva e Maria Leonor Seara Barroso Oliveira. Já a medalha de mérito autárquico será atribuída aos ex-vereadores Célia Menezes, José Santos, Pedro Sena, Leonel Rocha, Nuno Sá e Vítor pereira e ainda aos ex-presidentes de junta Susana Pereira (Riba d’Ave) e Manuel Carvalho Vermoim), O mérito desportivo vai este ano para Carlos Alberto

Perliteiro, do Liberdade Futebol Clube, e para Rui Grenha (a titulo póstumo), do Grucamo. Em termos de instituições, a autarquia vai distinguir na dimensão cultural os agrupamentos de escuteiros de Gavião, S. Cosme, Oliveira Santa Maria e Cruz, e a Koklus – Associação juvenil de Fradelos. Com o mérito económico as empresas Fogos de Artifício Varziela, Lavandaria Tamico e Manuel de Sousa Lopes, S.A. No desporto, a Escola de Karatté Shotokan de Delães. Destaque ainda par o Centro Social de Educação Sol Nascente que vai receber a medalha de mérito municipal de benemerência. “Valorizar os bons exemplos comunitários é uma obrigação do município, pelo ato de justiça associado, mas é também uma forma de promover a exemplaridade, dando sinais à comunidade para o quanto esta depende da ação individual e coletiva para a sua força”, refere, a propósito, o presidente da Câmara Municipal. Mário Passos.

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Esplanadas isentas de taxas até ao final do ano A Câmara Municipal vai continuar a isentar, até ao final do ano, os proprietários de cafés, bares e e restaurantes com esplanadas do pagamento das taxas pela ocupação do espaço público. A medida foi aprovada na reunião do executivo camarário da semana passada e visa apoiar a retoma neste setor. Recorde-se que, no início de 2021, a autarquia decidiu implementar esta medida face às restrições que foram impostas pela emergência sanitária provocada pela pandemia de Covid 19. Agora, o país já não se encontra nessa situação e essas restrições à atividade do setor da restauração foram levantadas, mas o Município famalicense decidiu prolongar a isenção do pagamento das taxas até ao final deste ano. “Não podemos esquecer que este foi um dos setores mais afetados e quisemos ajudar, por esta via, a retoma nesses estabelecimentos comerciais, para que possam compensar aquilo que lhe foi subtraído durante a pandemia”, justificou o presidente da Câmara, Mário Passos, aos jornalistas, no final da reunião. O edil adiantou ainda que, no somatório dos dois anos (20221 e 2022), a autarquia deverá perder, com esta medida, cerca de 60 mil euros de receita. “É uma subtração ao nosso orçamento municipal, mas que vai beneficiar em muito o setor do comércio que é muito importante para os territórios”, argumentou. pub


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CIDADE

opiniãopública: 29 de junho de 2022

A corporação comemorou o 95º aniversário

BV Famalicenses querem que tutela faça pagamentos justos Os Bombeiros Voluntários (BV) Famalicenses continuam a bater-se por uma “compensação justa” pelos serviços prestados ao Estado e às autarquias. A reivindicação, que já não é nova, foi lembrada na sessão solene dos 95 anos da corporação, que decorreu no passado domingo. “A tutela continua a enveredar pelos mesmos erros de passados 12 anos, atualizar um pouco as verbas dos valores do quilómetro, mas não as referenciando a qualquer outra taxa ou valor e isto é mau”, referiu António Meireles, presidente da direção dos Famalicenses. “Não é assim que se financiam as associações humanitárias cada vez mais profissionalizadas, que assim não têm forma de gerir o que quer que seja”, referiu o mesmo responsável lembrando que “o aumento dos combustíveis, assim como dos salários e dos bens de consumo, veio, em muito, condicionar o funcionamento das associações humanitárias de bombeiros”. Mesmo reconhecendo que “se os bombeiros Famalicenses, de Famalicão e possivelmente de Riba d’Ave não sentirão demasiado esse problema, atendendo

Mário Passos presidiu às comemorações

a que têm uma dimensão que dá para aguentar um pouco, há centenas de corporações no país que estão a braços com graves problemas financeiros”. António Meireles insurge-se, uma vez mais, contra a subsidiodependência das associações humanitárias “o que temos a fazer é ser ressarcidos pelos serviços que prestamos porque essa é parte justa de toda a engrenagem e se assim fosse,

pelos serviços que prestamos ao Estado e as autarquias nós não teríamos dificuldades financeiras”. Na mesma bitola alinha Maria José Gonçalves. A representante da Liga dos Bombeiros Portugueses e também presidente dos BV de Riba d’Ave, assume que “neste momento (a Liga) está a percorrer um caminho muito complexo, muito difícil e que está a ser tra-

çado há vários anos, mas que não temos conseguido muitos frutos, ou pelo menos os que gostaríamos. Estamos convencidos que, com muita persistência e vontade e com a união de todos os bombeiros de Portugal, vamos conseguir atingir os objetivos de um maior e melhor financiamento das associações humanitárias e conseguirmos um comando nacional, para que se evitem algu-

Jorge Paulo Oliveira reuniu com a CPCJ de Famalicão

Casos acompanhados de crianças e jovens em risco aumentaram em 2021

Em 2021, pelo terceiro ano consecutivo, o número de processos acompanhados pela Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Famalicão aumentou comparativamente com o ano de 2020. No ano passado o volume processual chegou aos 845 casos, mais 103 que em 2020, mas o ano terminou com menor número de processos pendentes, que passou dos 493 de 2019, para 360 no final de dezembro do ano passado. Os dados estatísticos foram divulgados pela presidente da CPCJ de Famalicão ao deputado famalicense Jorge Paulo Oliveira. Andreia Oliveira indicou que a violên-

cia doméstica como principal situação de perigo sinalizada, seguindo-se, à semelhança do ano de 2020, o absentismo escolar, onde as questões mentais, muitas delas associadas à pandemia, se fizeram sentir com maior enfase. As principais fontes sinalizadoras foram a autoridade policial (GNR e PSP) os estabelecimentos de ensino e anónimos. Ainda de acordo com Adriana Oliveira, 75 processos acabaram por ser remetidos para o Ministério Público, mas a esmagadora maioria das medidas de promoção e proteção adotadas circunscrevem-se a medidas de apoio junto dos pais ou junto de outros familiares. Em 2020, alguns dos casos motivaram a opção pelo acolhimento residencial. Os dados estatísticos, segundo Jorge Paulo Oliveira, “revelam, desde logo, que a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Famalicão continua a ser um porto de abrigo para as crianças em situação de perigo neste concelho, intervindo atempadamente e de uma forma positiva na maioria dos casos sinalizados, mas, simultaneamente, uma realidade preocupante que exige de cada um de nós, o dever de não ficarmos indiferente às situações que nos rodeiam, de sermos ativos na promoção e proteção dos direitos das crianças”. Refira-se que a CPCJ é uma instituição oficial não judiciária, com autonomia funcional, que visa promover os direitos da criança e do jovem e prevenir ou pôr termo a situações suscetíveis de afetar a sua segurança, saúde, formação, educação ou desenvolvimento integral, e que funciona com o apoio logístico, financeiro e administrativo da Câmara Municipal.

mas tragédias e algumas responsabilidades que não devem ser assacadas aos bombeiros voluntários”, sublinhou. A cerimónia, que contou com a presença de representantes de diversas entidades, relacionadas aos bombeiros a autoridades civis e policiais, foi presidida por Mário Passos. O presidente da Câmara de Famalicão lembrou o apoio regular e o apoio às Equipas de Intervenção Permanente (EIP), com o reforço, este ano, de uma segunda EIP para as três corporações, para além dos apoios pontuais. O edil avançou que a Câmara vai “desenvolver um estudo para percebermos se as nossas corporações estão bem apetrechadas para socorrem bem as populações, esse estudo está a começar a ser desenvolvido”. Nesta comemoração dos 95 anos dos BV Famalicenses foi ainda entregue diverso material de proteção individual para as várias situações de intervenção, assim como atribuídas condecorações a operacionais que se têm destacado dentro da corporação. A data ficou ainda marcada por um Desfile Operacional, que decorreu na tarde de domingo pelas ruas da cidade.

AML alerta para necessidade de intervir no edifício das Lameiras

No passado dia 21 de junho, a Associação de Moradores das Lameiras (AML), representada pelo seu presidente, Jorge Faria e por Manuel Luís Oliveira, secretário da direção, reuniram com presidente da Câmara de Famalicão, Mário Passos. Este encontro permitiu aos dirigentes da AML apresentar os seus projetos futuros, como é o caso da construção dos apartamentos T0 no edifício das Lameiras de modo a promover a autossustentabilidade financeira da instituição e, ao mesmo tempo, responder a uma necessidade do concelho que é a falta de alojamento. Nesta mesma reunião Jorge Faria apresentou, também, a. Mário Passos, as preocupações da associação para com o Edifício das Lameiras, que é gerido pela mesma, no âmbito do acordo de gestão com o município, salientando que é “premente algumas intervenções estruturais que só pelo acordo de gestão se tornam impossível concretizar dado o seu o custo elevado”. O dirigente lembrou que se trata de um edifício que está próximo de assinalar 40 anos e, como tal, apresenta o desgaste natural da sua utilização.


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Fesete realizou manifestação em Famalicão

Trabalhadores do Têxtil exigem fim da “política do salário mínimo” no setor Cristina Azevedo Cristina Lourenço trabalha no setor têxtil há 38 anos; Susana Martins é costureira há 12. Duas gerações diferentes com o mesmo problema: a estagnação no salário mínimo. “É injusto para quem, como eu, trabalha há muitos anos numa empresa”, desabafa Cristina Lourenço, que confessa que 705 euros dão apenas para sobreviver, “sobretudo nos dias de hoje com tudo a ficar cada vez mais caro”. Susana Martins também sente o peso do “custo de vida cada vez mais elevado”. Mas o que mais a indigna é que “por mais anos que tenhamos de trabalho, seja um ano, seja 20 ou 30, o ordenado é sempre o mesmo: o mínimo”. Estas duas operárias têxteis integraram a concentração que, esta terça-feira, reuniu em Famalicão dirigentes sindicais e trabalhadores do setor Têxtil e do Vestuário para reivindicar melhores condições de trabalho e aumentos salariais. A ação foi convocada pela Fesete (Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores Têxteis, Lani-

A concentração realizou-se em frente aos Paços do Concelho

fícios, Vestuário, Calçado e Peles de Portugal) e contou com a presença da secretária geral da CGTP, Isabel Camarinha, que reforçou que os trabalhadores desta indústria “querem sair desta coisa dos 705 euros”.

“Neste setor não há negociação da contratação coletiva, a associação patronal não dialoga, não revê o Contrato Coletivo de Trabalho, usando a norma que o Governo insiste em manter no Código do Trabalho, que é a da

caducidade das convenções coletivas. É esta situação que queremos mudar”, afirmou a dirigente sindical. Para Isabel Camarinha, a tão propagada modernização do setor Têxtil e Vestuário não che-

gou aos trabalhadores. “A tecnologia de ponta vê-se na maquinaria, mas para os trabalhadores são condições quase do século XIX”, atira. E acrescenta: “O patronato faz tábua rasa de tudo o que são conhecimentos, funções, competências e qualificações adquiridas pelos trabalhadores, e continua a apostar numa mão-de-obra barata, sem dignidade para a vida dos trabalhadores e das suas famílias”. Em concreto, os sindicatos têxteis reivindicam o respeito pelos direitos laborais, o fim da caducidade da contratação coletiva e a justa valorização dos salários que dizem estar congelados há pelo menos 11 anos neste setor. Reclamam um aumento salarial de 90 euros; aumento do subsídio de refeição para 4,5 euros e o fim da precariedade. A concentração na manhã de terça-feira teve lugar em frente aos Paços do Concelho. Depois os trabalhadores e delegados sindicais rumaram até à sede Associação Têxtil de Portugal (ATP), localizada no Citeve, em Famalicão. pub


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FREGUESIAS

opiniãopública: 29 de junho de 2022

Fradelos, Lagoa e Riba d’Ave vencem “Escolas Floridas”

Roberto Lopes tomou posse na passada quinta-feira

Novo diretor do AE de Gondifelos aposta na continuidade

A Escola Básica (EB) Valdossos de Fradelos, a EB da Lagoa e o Centro Social de Riba d'Ave conquistaram os três primeiros lugares do concurso “Eco Escolas Floridas”. A iniciativa, promovida pelo Gabinete de Sensibilização Ambiental da Câmara de Famalicão, visa a promoção da biodiversidade e dos espaços verdes, através da criação, embelezamento e construção de pequenos jardins, e envolveu 14 escolas do concelho. Os prémios foram entregues na passada quinta-feira, dia 23, pelo vereador do Ambiente, Hélder Pereira.

Calendário celebra festas em honra de Santa Catarina A freguesia de Calendário celebra, este fim de semana, as festas em honra de Santa Catarina com um programa composto por celebrações religiosas e atividades de animação. Assim, no sábado, dia 2 de julho, destaca-se a celebração da eucaristia pelos amigos da liberdade, às 15h30. Segue-se uma caminhada e uma prova de trial e, à noite, sobem ao placo os cantores Maria do Sameiro e Rui Vaz. Pela meia noite há sessão de fogo de artifício. No domingo, dia 3, pelas 10h00 tem lugar a procissão em honra de Santa Catarina, acompanhada pela fanfarra do Agrupamento de Escuteiros de Calendário, que sairá da igreja paroquial até à capela, onde será celebrada a missa solene. Pelas 15 horas, regressa animação com ranchos folclóricos, terminando as festas com um sorteio. pub

Frutaria do Bruno celebra 10 anos de qualidade

A Frutaria do Bruno comemorou no passado mês de maio o seu décimo aniversário. Trata-se de uma empresa familiar que nasceu em 2012 e descende de uma empresa de distribuição de fruta, que abriu em 1980, gerida por Joaquim Magalhães, pai do atual empresário. No sentido de dar seguimento ao negócio, a geração seguinte, representada pelo filho Bruno Magalhães, abriu, em 2012, a primeira frutaria, na freguesia de Vermoim, abrindo mais tarde mais três frutarias em Ronfe, Guimarães e Joane, respetivamente. Em suma, a Frutaria do Bruno, pela sua vasta experiência, apresenta, todos os dias, legumes e frutas frescas, aliando a alta qualidade aos preços acessíveis. Para além da grande variedade, estes dez últimos anos são marcados pela frescura e relação de confiança com os clientes que escolhem este espaço para as compras diárias dos frescos.

Carla Alexandra Soares Lopes, que considera o agrupamento de Gondifelos “bastante rico O Agrupamento de Escolas de Gon- para o número de alunos que tem”. O responsável considera agora difelos já tem um novo diretor. Trata-se de Roberto Luciano Lopes, prioritário acompanhar “alguns que tomou posse na última quinta- novos tempos”, desde o plano tecnológico, ou medidas de inclusão feira, dia 23 de junho. A cerimónia decorreu na Escola para alunos com dificuldades espeBásica Integrada (EBI) de Gondife- cíficas. “Esse é o principal desafio los e contou com a presença de para mim e para todos os diretotoda a comunidade escolar e com a res”. Quanto ao espaço físico, espevereadora da Juventude na Câmara Municipal de Famalicão, Luísa Aze- cificamente da EBI de Gondifelos, o diretor do agrupamento reconhece vedo. Roberto Luciano Lopes foi con- que são necessárias algumas interduzido em maio, em reunião do venções, nomeadamente no que Conselho Geral do Agrupamento. O diz respeito a caixilharias e isolamandato é para o período 2022- mento. Quanto à organização, Roberto Luciano Lopes diz que é uma 2026. O agrupamento conta com 462 escola “com bastantes recursos alunos, distribuídos pela escola para a dimensão que tem”. sede (EBI Gondifelos, a EB1 de Ca- “Quanto aos professores, seria de valões e a EB1 de Outiz e os jardins esperar que houvesse estabilidade de infância de Gondifelos e Outiz. este ano, mas há algumas alteraO novo diretor encara este cargo ções na mobilidade por doença…” O responsável adiantou ainda como “um projeto ambicioso”, mas não tem dúvidas quer dar continui- que vai, agora, conhecer de perto os dade ao “excelente trabalho” da outros estabelecimentos de ensino anterior direção, liderada por Jones e perceber quais as suas necessidades. “Sei que o agrupamento tem Maciel. “Claro que também é impor- um pré-escolar aqui, em Gondifetante desafiar a comunidade edu- los, muito bem apetrechado. Já escativa para novas dinâmicas. Não tive na escola de Cavalões e deu que não haja dinamismo que che- para perceber, que para uma escola gue para a dimensão do agrupa- centenária, está muito bem equimento”, referiu ao OPINIÃO pada. Falta-me conhecer o jardim PÚBLICA (OP) Roberto Luciano de infância e Escola Básica de

Outiz”. Jones Maciel, que deixou o cargo, foi diretor do Agrupamento de Gondifelos durante 13 anos. No balanço que fez ao OP, diz-se orgulhoso do trabalho feito, que os resultados de excelência apresentados comprovam. “Eu acho que o balanço é altamente positivo. Chegamos a um agrupamento que estava desanimado. Conseguimos reanimar a alma da comunidade e alcançar resultados de excelência”, frisa o ex-diretor, referindo-se ao aspeto académico, mas também social e à relação com a comunidade. Sem querer esquecer a equipa e a comunidade educativa que o acompanhou nesta caminhada, Jones Maciel destaca ainda “o espírito de união em torno de um objetivo comum”. “A construção de um projeto educativo que congregue os esforços quer dos professores, quer dos pais, quer do pessoal não docente em torno dos alunos, foi o que aconteceu aqui”. Desta forma, sublinha o responsável, criou-se no AE de Gondifelos um espirito de grande proximidade, que permitiu concretizar os resultados. “É disto que me orgulho mais”, afirma Jones Maciel, que vai continuar como docente em Gondifelos, mas, para o futuro, não descarta outros objetivos para a sua carreira.

Docentes de Pedome visitam escola em Bilbau Durante dois dias, três docentes do Agrupamento de Escolas de Pedome visitaram a escola Madre de Dios Ikastetxea, em Bilbau, Espanha. Segundo o Agrupamento, foi uma oportunidade de conhecer o projeto educativo da instituição e o caminho de inovação pedagógica que ali tem sido percorrido. Foram ainda definidos os objetivos de uma nova visita, mais prolongada, a realizar em setembro próximo, e ficaram pontes para futuras colaborações e parcerias no âmbito do programa Erasmus+.


opiniãopública: 29 de junho 2022

“No Poupar está o Ganho” premiou escola de Joane

Turma da Benjamim Salgado vence concurso nacional de educação financeira O concurso final nacional do projeto de educação financeira “No Poupar está o ganho” premiou a turma do 8.º A da Escola Secundária Padre Benjamim Salgado, de Joane, que conquistou o 1º lugar do 3.º ciclo. A final da 12.ª edição do “No Poupar Está o Ganho” foi aberto aos quase 14 mil alunos que integram o projeto e que, em turma, puderam apresentar trabalhos com temáticas ligadas à literacia financeira, como a poupança, os seguros ou a economia circular. O júri do Concurso selecionou a turma da escola de Joane para o pódio nacional da competição, pela qualidade e originalidade do trabalho apresentado. “Segura-te” foi o projeto que valeu ao 8.º A da Escola Secundária Padre Benjamim Salgado o 1.º lugar entre todas as turmas do 3.º ciclo que integraram o concurso. O trabalho consistiu na criação de um jogo de tabuleiro com perguntas e dinâmicas associadas aos seguros – uma das temáticas abordadas no projeto “No Poupar Está o Ganho”. Os vencedores foram anuncia-

FREGUESIAS

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Zé Amaro anima Festas de S. Pedro em Riba d’Ave Arrancam esta quarta-feira, 29 de junho, as Festas de S. Pedro na vila de Riba d’Ave, que se prolongam até ao fim de semana, tendo o cantor Zé Amaro como cabeça de cartaz. Esta quarta-feira é celebrada, pelas 19 horas, a missa solene em honra de S. Pedro, prosseguindo o programa na noite sexta-feira, 1 de julho, com as marchas populares e a atuação de Los Bandidos. No sábado, pelas 10h00, tem lugar o 5º Encontro de Clássicos e pelas 14h40, atam os Bombos da Didáxis. Á noite há arraial animado por Liliana Oliveira& Coração Minhoto e por Zé Amaro. No final é lançada uma sessão de fogo de artifício. No domingo, destaque para as cerimónias religiosas, com missa solene, pelas 11h15, e procissão em honra de S. Pedro, pelas 17h00, a que se seguirá um concerto pela Banda de Música de Riba d’Ave. A partir das 21 horas atuam ranchos folclóricos, terminando as festas com fogo de artifício.

Festas do Santíssimo Sacramento em Brufe dos numa emissão online, depois de todos os trabalhos terem sido avaliados por um júri constituído por elementos da Fundação Dr. António Cupertino de Miranda (que implementa o concurso), do Banco de Portugal, da DireçãoGeral dos Estabelecimentos Escolares do Norte, da Faculdade de Economia da Universidade do Porto e da Associação Portuguesa de Seguradores. O concurso final assinala, para

o “No Poupar Está o Ganho”, o término do ano letivo, durante o qual este projeto foi implementado, na escola jaoanense, através de uma parceria com a Comunidade Intermunicipal do Ave. Os conteúdos e atividades propostos pelo projeto levaram os alunos a adquirir conhecimentos e competências na área da literacia financeira, contribuindo para a sua formação enquanto futuros consumidores mais informados e responsáveis.

A freguesia de Brufe está a celebra as festas em honra do Santíssimo Sacramente. O programa arrancou ontem e prolonga-se até ao próximo domingo, dia 3 de julho. Ao longo desta semana há muita animação e também cerimónias religiosas, destacando-se, esta quarta-feira, dia 29 de junho, pelas 21h15, a projeção do filme “Até ao Último Homem”. Na sexta-feira, dia 1 de julho, a partir das 10 horas, há arraial paroquial com festival gastronómico e a animação musical das concertinas. e do grupo Quatro Claves, terminando a noite com fogo de artifício. No sábado, 2 de julho, à noite, há arraial com porco do espeto animado pelas atuações de Tó Fernando e Hélder Batista, fechando com mais uma sessão de fogo de artifício. No domingo, destacam-se as cerimónias religiosas, com missa solene, pelas 10h30, e a procissão eucarística, às 17h30, acompanha pela fanfarra dos Bombeiros Voluntários de Famalicão. pub


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opiniãopública: 29 de junho de 2022

Rosa Pereira de Campos, no dia 22 de junho, com 94 anos, de Gondar (Guimarães). João Pereira, no dia 22 de junho, com 88 anos, casado, de Pevidém (Guimarães). Serafim Francisco de Oliveira, no dia 24 de junho, com 87 anos, viúvo de Maria Amélia Barbosa Cardoso, de Brito (Guimarães). Engrácia da Silva Ribeiro, no dia 26 de junho, com 58 anos, casada com João Mário Oliveira, de Ponte S. João (Guimarães). Agência Funerária S. Jorge Pevidém– Tel.: 253 533 396

José da Silva Mendes, no dia 24 de junho, com 82 anos, casado com Maria da Glória Salgado de Abreu, de Cabeçudos. Agência Funerária do Calendário Calendário – Tel.: 252 377 207

Joaquim Gomes de Carvalho, no dia 24 de junho, com 90 anos, casado com Arminda Pereira Lopes, de Gondifelos. Agência Funerária Palhares Balazar– Tel.: 252 951 147

Ana Maria da Silva Marques, no dia 24 de junho, com 51 anos, casada com Manuel Fernando Rodrigues Dias, de S. Tiago da Cruz. Agência Funerária das Quintães - Vale S. Cosme – Tel.: 252 911 290

Falecimentos Joaquina de Oliveira Pereira, no dia 3 de junho, com 83 anos, viúva de Armindo Pereira da Costa, de Oliveira S. Mateus. Constantino Ferreira da Silva, no dia 3 de junho, com 77 anos, casado com Balbina Machado da Costa, de Vilarinho (Santo Tirso). Maria de Lurdes Lopes da Costa, no dia 4 de junho, com 85 anos, viúva de Valdemar da Silva, de Riba D’Ave. Joaquim Pacheco de Freitas, no dia 4 de junho, com 88 anos, viúvo de Elísia Salgado Monteiro, de Vilarinho (Santo Tirso). Narcisa Dias Pereira Vaz, no dia 6 de junho, com 69 anos, casada com António da Silva Marques Vaz, de Serzedelo (Guimarães). Zacarias Valdemar da Silva Moreira, no dia 6 de junho, com 61 anos, casado com Maria Paula Leite Salgado, de Penso Santo Estevão (Braga). Maria Arminda Ferreira Guimarães, no dia 7 de junho, com 85 anos, casada com Adelino Machado de Andrade, de Moreira de Cónegos (Guimarães). Rosa Maria da Silva Lopes, no dia 9 de junho, com 51 anos, solteira, de Oliveira Santa Maria. Dionísio da Silva Freitas, no dia 9 de junho, com 56 anos, casado com Maria Madalena Abreu da Cunha, de Mogege. José Fernandes Gonçalves, no dia 11 de junho, com 80 anos, casado com Rosa da Costa Machado, de Castelões. António Lopes Mendes, no dia 12 de junho, com 73 anos, casado com Maria de Lurdes Magalhães Leite, de Vilarinho (Santo Tirso). José Alberto Coelho de Sousa, no dia 12 de junho, com 51 anos, casado com Ludovina Aurora Martins Lobo de Sousa, de Vilarinho (Santo Tirso). Carlos Alberto Fernandes Rebelo, no dia 14 de junho, com 90 anos, viúvo de Maria Otília da Costa Lopes, de Oliveira S. Mateus. Maria da Piedade Mendes de Oliveira, no dia 11 de junho, com 74 anos, solteira, de Serzedelo (Guimarães).

Maria de Oliveira Coelho, no dia 24 de junho, com 83 anos, casada com António Castro Rodrigues, de Oliveira Santa Maria. Manuel Fernandes, no dia 23 de junho, com 89 anos, casado com Maria Alice Dinis do Rego, de Guardizela (Guimarães). Maria Madalena Matos Nogueira, no dia 26 de junho, com 72 anos, casada com Albino Pereira Valença, de Delães. António da Silva Pereira, no dia 27 de junho, com 80 anos, casado com Maria da Glória Ferreira Mendes, de Serzedelo (Guimarães). Agência Funerária Carneiro & Gomes Oliveira S. Mateus – Telm. 91 755 32 05

Gracinda Gomes de Araújo, no dia 24 de junho, com 86 anos, viúva de Augusto Rodrigues da Cruz, de Arentim (Braga). Maria Alice Faria Pinto, no dia 24 de junho, com 98 anos, viúva de Luís Amadeu de Oliveira Pinto, de Arnoso Santa Maria. Agência Funerária Arnoso - José Daniel Pereira Arnoso Santa Eulália - Telf. 91 724 67 03

Joaquim Gonçalves, no dia 26 de junho, com 90 anos, casado com Margarida Moreira Machado, de Bairro. Manuel Batista, no dia 23 de junho, com 88 anos, viúvo de Maria José Costa Magalhães, de Delães. Agência Funerária de Burgães Sede.: Burgães / Filial.: Delães Telf. 252 852 325

Maria Helena Alves de Sousa, no dia 21 de junho, com 88 anos, viúva de Alfredo Sousa Barbosa, de Requião. Octávio José de Castro Moreira, no dia 23 de junho, com 74 anos, casado com Maria de Fátima Valente de Magalhães, de Póvoa de Varzim. Agência Funerária da Lagoa Lagoa – Telf. 252 321 594

Maria de Lurdes Salgado de Faria, no dia 15 de junho, com 80 anos, viúva Arnaldo Ferreira da Costa, de Guardizela (Guimarães).

Domingos Manuel Fernandes Carvalho Costa, no dia 20 de junho, com 64 anos, casado com Margaret da Costa Casal Ribeiro, de S. Martinho de Bougado (Trofa).

Manuel Adão Martins Pereira, no dia 17 de junho, com 67 anos, casado com Inácia Manuela Pereira Carneiro, de Serzedelo (Guimarães).

Aires Augusto Campos Vieira, no dia 24 de junho, com 80 anos, casado com Elisa Moreira de Azevedo Vieira, de Santiago de Bougado (Trofa).

Artur Agostinho Alves de Oliveira Melo, no dia 15 de junho, com 45 anos, casado com Isabel Teixeira Melo Oliveira, de Regilde (Felgueiras). João Augusto de Abreu Faria, no dia 20 de junho, com 78 anos, viúvo de Arminda de Jesus Lopes Carneiro, de Serzedelo (Guimarães). Domingos Gonçalves Pereira, no dia 20 de junho, com 74 anos, casado com Rosa da Conceição Salgado, de Delães. Vítor José Oliveira Pereira, no dia 17 de junho, com 40 anos, de Riba D’Ave.

Agência Funerária Trofense, Lda (S. Martinho de Bougado) Trofa – Tel.: 252 412 727

Lúcia Dias Moreira, no dia 20 de junho, com 93 anos, viúvo de Anselmo Torcato da Silva, de Ribeirão. Heitor Reis da Costa, no dia 20 de junho, com 62 anos, solteiro, de Ribeirão. Ernesto da Silva Pereira, no dia 26 de junho, com 85 anos, viúvo de Maria da Conceição Faia da Silva, de Santiago de Bougado (Trofa). Funerária Ribeirense Paiva & Irmão Lda Ribeirão – Telf. 252 491 433


Rafaela Fonseca e Nuno Fernandes vencem Milha Urbana de Famalicão Rafaela Fonseca, do Sport Clube Salgueiros, e Nuno Fernandes, do Clube Atlético de Seia, foram os grandes vencedores da 22º Milha Urbana de Famalicão, que se realizou, no passado sábado, na Avenida de França. A prova contou com a participação de cerca de 400 atletas, dos escalões de Minis a Veteranos, de vários pontos do país, federados e não federados. A Escola de Atletismo Rosa Oliveira (EARO) foi a vencedora da geral coletiva. Na corrida principal, Nuno Fernandes, em seniores masculinos, foi o primeiro a cortar a meta, numa prova que já conhecia de participações em anos anteriores, mas que ganhou pela primeira vez. “Foi difícil, tinha adversários bas-

tante duros e com boa preparação, mas consegui sair na frente numa boa altura, ainda a meio da prova, e foi aí que ganhei vantagem suficiente para ganhar”, referiu o atleta do CA Seia. Em seniores femininos, Rafaela Fonseca participou pela primeira vez na prova famalicense e venceu. “Gostei muito de participar, não fazia uma milha há muitos anos, mas senti-me bem e foi bom para testar a velocidade”, contou a atleta do Salgueiros, que elogiou ainda o percurso e o apoio do público. A Milha foi organizada pelo Liberdade Futebol Clube, que faz um balanço positivo deste regresso, após dois anos de interregno por causa da pandemia. Jorge

Guerreio, presidente da coletividade, considerou que foi uma “prova muito dignificadora para Famalicão e para o Liberdade”, adiantando que o clube já está a pensar na edição do próximo ano, possivelmente com um novo formato. “É algo que estamos a ponderar e a estudar, provavelmente com outro percurso”, acrescentou. Quanto ao número de participantes, apesar de não ter chegado aos valores de outros anos, até superou as expetativas da organização. “Nesta 22º edição, e ainda devido à pandemia, notou-se a ausência das escolas, que traziam sempre muitos miúdos, algo que esperamos recuperar em 2023”, conclui Jorge Gerreiro. C.A. pub


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DESPORTO

opiniãopública: 29 de junho de 2022

Atletismo: ACV vence os 15km da Serra Amarela No passado domingo, a Associação Cultural de Vermoim (ACV) esteve em grande destaque nos 15 kms da quarta edição da Serra Amarela SkyMarathon, com mais um pódio para o veterano Manuel Costa, que deixou toda a concorrência para trás, obtendo um magnífico primeiro lugar, sendo já um atleta consagrado nas provas de trail que disputa. A organização resulta de uma parceria entre a Carlos Sá Nature Events e o Município de Ponte da Barca, onde se desenrolou a maior parte do percurso, por trilhos inóspitos, com passagens por castelos e rios, entre aldeias preservadas que fazem parte do maciço montanhoso do Parque Nacional Peneda-Gerês. Para além de Manuel Costa, participaram no evento os atletas Joaquim Ferreira, Filipe Ribeiro, Fátima Azevedo e Tiago Campos. Importa ainda destacar o quarto lugar no setor feminino alcançado pela atleta Fátima Azevedo, que já nos vem habituando aos lugares de honra nas provas de trail em que participa.

Rali de Famalicão na estrada nos dias 23 e 24 de julho O Rali de Famalicão vai para a estrada dias 23 e 24 de Julho de 2022. Esta é uma prova pontuável para o Campeonato Start Norte de Ralis, Troféu Kumho e Troféu de Ralis Team Baia. No que respeita ao percurso do rali, o primeiro dia conta com uma dupla passagem na PEC (Prova Especial de Classificação) de Arnoso Santa Eulália, Nine, Jesufrei e Lemenhe e uma tripla passagem em Calendário, Vilarinho das Cambas e Fradelos. O dia 23 de julho termina com a novidade da Super Especial com dupla passagem em Esmeriz, seguindo-se o Pódio Start no átrio do Município. O início do segundo dia traz mais uma novidade: a dupla passagem na PEC de Vale de São Martinho, Santiago da Cruz, Vale de São Cosme e Sezures e de seguida, a PEC de Outiz, Vilarinho das Cambas e Ribeirão, também com dupla passagem, terminado com o pódio extra no átrio do Município. O Rali de Famalicão é já uma referência no panorama desportivo, com classificativas que atraem não só um elevado número de equipas participantes, como também, muito público.

Pedome sagra-se campeão dos campeonatos AFSA Realizou-se, no passado fim de semana, a 24ª jornada da Primeira Divisão dos campeonatos da Associação Futebol Salão Amador de Famalicão (AFSA). Os resultados foram os seguintes: Acura 7-4 Landim; S. Martinho – 1-3 Mal; Barrimaiu 1-1 Aderm; Cajada 2-3 Novais; Castelões 0-0 Grac; Outerirense 3-3 Pedome e Esmeriz 2-0 Jasp. Assim sendo, a duas jornadas do final do campeonato, o Pedome sagra-se campeão da Primeira Divisão. Os jogos da próxima jornada incluem: Barrimau – Landim; Aderm – Esmeriz; e Pedome – Cajada.

Clube Desportivo de Lousado inaugurou requalificação do parque de jogos

Rui Fonte assina por duas temporadas Rui Fonte é o mais recente reforço do Futebol Clube de Famalicão. O avançado, de 32 anos, assinou um contrato válido para as próximas duas temporadas. Rui Fonte é um jogador com vasta experiência no patamar mais elevado do futebol português, no qual soma mais de 100 jogos ao serviço de GD Estoril Praia, SC Braga, Belenenses e Vitória FC. Do currículo do avançado destacam-se a conquista de duas Taças de Portugal e duas Taças da Liga, a participação em jogos das competições europeias e ainda as passagens pelo futebol inglês, espanhol e francês. “Estou muito feliz por ter assinado pelo Futebol Clube de Famalicão. O projeto do clube e a ambição demonstrada pela administração convenceram-me e agora pretendo retribuir essa confiança com muito trabalho”, referiu. “Espero ajudar com golos e transmitir aos meus colegas a experiência que adquiri em vários clubes e países”, garantiu, mostrando-se expectante por poder contar com o fervoroso apoio dos adeptos.

O Clube Desportivo de Lousado celebrou, este sábado, o seu 46º aniversário, num dia de festa que ficou marcado pela conclusão da requalificação do seu complexo desportivo. O presidente da Câmara de Famalicão, Mário Passos, associou-se ás celebrações e felicitou a coletividade de Lousado pela sua história e pela marca que tem deixado junto da comunidade famalicense, em especial junto dos lousadenses e das camadas mais jovens da freguesia. Mário Passos salientou o empenho demonstrado pela direção do clube na melhoria das condições do seu parque de jogos. “O Clube Desportivo de Lousado cresceu e isso está à vista de todos. Parabéns à sua direção, atletas e associados que ao longo de

todos estes anos têm sabido definir o que é prioritário e importante para o desenvolvimento e sucesso do clube”, afirmou. Depois da instalação de uma bancada coberta e da colocação de relvado sintético, que em 2014 envolveram um investimento de 250 mil euros por parte da autarquia, mais recentemente a Câmara Municipal apoiou a colocação da iluminação LED no campo de futebol 5 e 11, num investimento municipal de 30 mil euros, e a requalificação dos balneários, no valor de 7 mil euros. “São investimentos que me deixam muito satisfeito porque na sua grande maioria representam, sobretudo, o crescimento dos nossos clubes”, acrescentou Mário Passos.

Basquetebol: FAC no Torneio Nacional 5 D'Ouro A equipa de basquetebol Sub-12 do Famalicense Atlético Clube (FAC) esteve presente, no passado fim-desemana, dias 25 e 26 de junho, na 2ª edição do Torneio Nacional de Clubes 5 D’Ouro. Um torneio que contou com a presença de grandes clubes nacionais, o que resultou numa excelente experiência de crescimento para a equipa. Entre 32 equipas em competição, a equipa do FAC alcançou um honroso 14º lugar, numa grande prestação, que espelhou uma evolução notória.


opiniãopública: 29 de junho de 2022

Cidália Silva no top nacional de padel

DESPORTO

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Clube de Xadrez A2D sagra-se decacampeão Decorreu no passado fim-de-semana a vigésima segunda edição da Taça de Braga de Xadrez 2021/2022, depois de um hiato competitivo presencial na época desportiva 2020/2021. Esta edição contou com a participação de oito equipas e, assim sendo, no dia 25 de junho, disputaram-se os quartos de final e a meia-final com início às 10h00 e 15h00, respetivamente. O árbitro da prova foi João Martinho e a direção da mesma esteve a cargo do recém-eleito Presidente da AXDB, Valter Figueiredo. A grande Final decorreu no

dia seguinte e este evento constituiu mais um marco histórico na vida do jovem clube famalicense, Clube de Xadrez Associação Académica da Didáxis, que revalidou o título conquistado pela décima vez consecutiva e, desta forma, alcançou o decacampeonato na prova coletiva mais marcante a nível distrital. Tendo por adversário o clube bracarense AX Cidade Curiosa A, a equipa famalicense mostrou a sua superioridade, após três horas de jogo, com duas vitórias, um empate e uma derrota nos quatro tabuleiros em disputa. O resultado final fixou-se em 2,5-1,5 e esta vitória repre-

senta mais um feito notável nos dezoito anos de história deste clube famalicense que mantém a supremacia xadrezística no distrito de Braga desde a época 2011/2012. Os atletas Carlos Novais, Bruno Ribeiro, Emanuel Fernandes, Rui Pedro Gomes e João Pedro Afonso fizeram parte da equipa A do CX A2D nas 3 eliminatórias que foram disputadas. A equipa B foi representada por Marco Pereira, Artur Lemos, João Viana, Vítor Carvalho e José João Pinto e classificou-se em 4.º lugar após perder pela margem mínima, 1,5-2,5, com a equipa A do CXE João de Meira.

A famalicense Cidália Silva em parceria com Renata Silva (Leça da Palmeira), sagrou-se Campeã Nacional de padel. A dupla conquistou o título na categoria F3 (nível de ranking) vencendo na final Ana Coelho/Ana Luísa Morais por 6-3, 2-6 e 62. O Campeonato Nacional de Absolutos, organizado pela Federação Portuguesa de Padel, decorreu no fim de semana, na Quinta de Monserrate, em Matosinhos e contou com a presença de 860 atletas, 586 masculinos e 274 femininos. Para além de outros triunfos pessoais, este é o primeiro ao nível nacional conquistado pela atleta famalicense. pub


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opiniãopública: 29 de junho de 2022

Badminton: Sub-17 e Sub-19 do FAC disputam a 3ª Jornada Nacional

Prematura saída de estrada condiciona Sousa e Silva em Fafe

Realizou-se este fim de semana, nos dias 25 e 26 de junho, no CAR das Caldas da Rainha, a 3ª Jornada Nacional dos escalões Sub-17 e Sub-19 Não Seniores. A atleta Sub-19 do FAC, Beatriz Campos, destacou-se ao alcançar a final da prova de Singular Senhora no quadro secundário, subindo ao segundo lugar do pódio. Ainda nos Sub-19, na vertente de Par Senhora, a dupla composta pela Inês Silva e pela Beatriz Campos ascendeu às semifinais, passando em primeiro lugar na fase de grupos. O Rali Montelongo decorreu em Fafe, nos dias 25 e 26 de junho e contou com a participação da dupla famalicense composta por João Pedro Sousa e Tiago Silva, que entrou forte no rali, tendo em vista o alcance de um resultado que lhes permitisse manter a luta pelas posições cimeiras do Campeonato Start Norte de Ralis. Todavia, uma ligeira saída de estrada na segunda classificativa condicionou a prestação dos famalicenses que, ainda assim, concluíram a prova. "Entrámos cautelosos no primeiro troço para tentar perceber onde nos podíamos encaixar na classificação geral e entendemos que tínhamos ritmo para acompanhar os mais rápidos. E foi com essa ideia que entramos para o segundo troço, mas não evitamos uma ligeira saída de estrada numa zona bastante suja, perdendo largos minutos. Apesar disso, não desistimos e depois de muito esforço lá conseguimos colocar o carro de novo na estrada. Infelizmente a saída de estrada provocou danos e fez com que tivéssemos um carro muito desalinhado e difícil de guiar.", explica João Pedro Sousa. O piloto de Nine, navegado por Tiago Silva, limitou-se, então, a "levar o carro até ao final sem cometer excessos, pois sabíamos que os pneus da frente iam sofrer bastante devido ao desalinhamento da direção." O sucedido traz complicações para as contas do campeonato. A dupla de Vila Nova de Famalicão irá agora repensar o projeto e tentar recuperar o carro o mais rápido possível, para estar à partida da próxima prova. Sousa termina deixando "um enorme pedido de desculpas aos nossos patrocinadores, equipa e seguidores por este nosso erro."

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Kempo: FAC conquista nove medalhas no Campeonato Nacional O Campeonato Nacional de Kempo decorreu no fim de semana, nos dias 25 e 26 de junho, nas Caldas da Rainha. Contou com a participação de 551 atletas, num total de 50 equipas. O Famalicense Atlético Clube (FAC) fez-se representar por oito atletas, orientados pelos treinadores Cidália Silva e Armando Alves. A equipa arrecadou nove medalhas – cinco medalhas de ouro, uma de prata e três de bronze. Do leque dos campeões nacionais fazem parte Afonso Gomes, em Rumble e SemiKempo; Diogo Mendes em Rumble e Semi-Kempo; e Rodrigo Teixeira (Samurai) em Rumble Kempo. Ana Felgueiras, por suav vez, sagrou-se vice-campeã em Light Kempo e subiu ao terceiro lugar do pódio em Semi-Kempo. Também Nuno Alves alcançou o terceiro lugar Semi-Kempo. Por fim, Ricardo Fernandes trouxe a medalha de bronze, em Light Kempo. Apesar de não terem subido ao pódio, Santiago Sá e Paulo Abrantes representaram o FAC com um desempenho irrepreensível.

Basquetebol: Paulo Freitas e João Silva continuam como treinadores

Necessita, para entrada imediata, do seguinte pessoal: VN Famalicão

Por outro lado, no escalão Sub-17, Leonor Silva e Beatriz Araújo atingiram as meias-finais da prova de Par Senhora. Contudo, não foi possível vencer a dupla adversária, o que impediu chegar mais longe na competição. Importa ainda mencionar que, na prova de Par Homem, participaram os atletas João e Jorge Carvalho. Na agenda do badminton, aproxima-se a 14ª edição do Open Queima das Fitas, em Coimbra, e o FAC marcará mais uma vez presença com a equipa sénior.

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Paulo Freitas continuará a ocupar o lugar de treinador da equipa de Sub14 de basquetebol. Para além disso, João Silva mantemse como seu adjunto. A equipa técnica tem desenvolvido, ao longo dos últimos dois anos, um excelente trabalho que se pretende que continue a contribuir para a evolução dos atletas do FAC.


opiniãopública: 29 de junho de 2022

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PRAÇA PÚBLICA opiniãopública: 29 de junho de 2022

Diário famalicense

Pelos quatro cantos da ca(u)sa

António Cândido Oliveira

Domingos Peixoto

Família Mabor VI A “família Mabor” continua a ter muitas razões para celebrar, apesar de cada vez serem menos os seus membros com origem na empresa inicial; na verdade, a cada ano mais uns quantos nos vão deixando… Desta vez venho aqui dar nota da minha satisfação – e da de vários colegas, por dois factos relevantes: - O primeiro é a notícia de que a fábrica de pneus de Lousado foi mais uma vez a melhor do mundo do grupo! - O segundo tem a ver com a visita às instalações que a administração, presidida pelo eng.º Pedro Carreira, proporcionou aos seus antigos e atuais trabalhadores e respetivos familiares, ainda para mais no dia 10 de Junho. Que melhor evento haveria para celebrar o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades! Passaram pela fábrica muitas centenas, arrisco mesmo mais de um milhar de pessoas. Do primeiro evento pode-se confirmar que os trabalhadores portugueses são do melhor que há, a todos os níveis e, claro, que a alegada falta de produtividade da nossa economia não radica na nossa mão de obra. Mas sabemos que há países mais competitivos, na Europa, nomeadamente por baixos salários, o que superamos em qualidade. Ligado a este aspeto, e no caso concreto do Grupo Continental, bem pode Portugal celebrar no Dia 10 de Junho as suas Comunidades, já que por onde andam os trabalhadores portugueses – e da fábrica de Lousado, deixam ficar boas referências. Falando da visita à Continental Mabor, mesmo não sendo a primeira vez, não deixa de nos surpreender a dimensão que atingiu e continua a crescer. Para melhor aferir a “surpresa” socorro-me do artigo de Sílvia Camarinha, no JN, 14-072014, que a certo passo, falando das transformações de capital, tecnológicas e industriais, escreve: “E aí tudo mudou. «Foi a nossa tábua de salvação», lembra Pedro Carreira, presidente da Continental Lousado. «Antes fazíamos todo o tipo de pneus: trator,

mota, scooter, pneus diagonais. A Continental chega e foca a nossa produção em radial ligeiro»”. Quando em 8 de setembro de 1973 entrei pela segunda vez na fábrica da Mabor, agora como funcionário – a primeira vez havia sido uns dias antes para entrevista com o senhor Carvalho Neto, então chefe de seção de pessoal, passei a poder tomar conhecimento como se “confecionava um pneu e os seus ingredientes”. A fábrica nova ainda não tinha 10 anos, mas havia algumas áreas que pareciam “velhas” dados os produtos, processos e a tecnologia de produção. Apesar de já haver alguns tapetes rolantes, em mesas e aéreos, o trabalho de transporte era muito manual. Voltando à visita, começou pelo pneu agro, na verdade pneus para uso em máquinas agrícolas, industriais e movimentações de cargas pesadas, como a indústria mineira (fora de estrada) e construção civil em geral, de grandes dimensões e muito pesados: 20” a 50” - 2,5mø e 1500kg. Como dizia acima, para quem já conhecia o processo produtivo, para além da tecnologia usada, o que surpreende é a substituição da força braçal pelos robots e, de algum modo, o retorno ao fabrico destes produtos. Lembro-me de as administrações anteriores a esta transformação terem uma predileção pela venda de produtos pesados, como diziam, era importante a “tonelagem”. Passamos depois por várias seções do processo de fabrico por entre um emaranhado de equipamento industrial que “sufoca” de tão denso ser no espaço fabril. À saída um cuidadoso serviço de snacks e bebidas - já disponíveis à entrada, que em muito contribuíram para um convívio muito agradável entre várias gerações de trabalhadores e seus familiares. Para os mais antigos é estimulante poder encontrar velhos amigos, sobretudo neste período de pandemia em que ainda não é possível voltar aos almoços de Natal. Na pessoa do sr. eng.º Pedro Carreira agradeço a toda a administração mais esta oportunidade. Os meus parabéns.

PRECISA-SE

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Empresa do sector alimentar de ultra congelados, em V. N. de Famalicão, RECRUTA

Op. Fabril para o 1º e 2º turno Preferência por residentes no concelho de Famalicão

Inscrição por telefone: 252 331 750

A Assembleia Municipal de 24 de junho de 2022 UM – Passeava junto dos Paços do Concelho e vi a Assembleia Municipal (AM) iluminada. Reparei que era 6ª feira e provavelmente estava a decorrer uma sessão ordinária, pois estamos no mês de junho, embora não tivesse tido conhecimento dela através dos jornais locais, como seria natural. Vim rapidamente para casa, abri o computador e procurei a página oficial (sítio) do nosso município. Apareceu-me com grande destaque o anúncio da “Feira Medieval Viking” que vai decorrer em breve. Fechei o anúncio para ver a primeira página e nada. Reparei, no entanto, que lá no cimo em letras pequeninas corriam informações diversas e no meio delas, sem destaque, a informação da realização de uma sessão ordinária da assembleia municipal. Carreguei ali e fui encontrar mais informação sobre a sessão da assembleia municipal que decorria nesse dia e a indicação de que estava a ser transmitida em direto, podendo segui-la desde que carregasse “AQUI”. DOIS – Assim fiz e a sessão estava já a decorrer. Deparei-me com a sala de sessões apinhada (é uma sala bonita, boa para sede da AM, mas imprópria para sessões plenárias, dado o seu tamanho) com o presidente da mesa, Nuno Melo a dirigir a sessão com o estilo e a experiência que lhe vem de mais de vinte anos de exercício do cargo; com o presidente da câmara Mário Passos, parco em palavras, manifestamente a adaptar-se a um ambiente parlamentar que não é o seu estilo; com o vereador

Eduardo Oliveira, líder do maior partido da oposição, numa postura grave e pelo menos aparentemente serena; e depois, mas, agora de costas, os membros da assembleia (deputados municipais e presidentes de junta de freguesia, nos termos do regimento). Mais atrás estaria o público, mas a câmara não deixava ver, pois é fixa e está colocada no fundo da sala. TRÊS - Acompanhei boa parte dos trabalhos (até cerca da uma hora da manhã) e retive como assuntos que despertaram mais atenção a discussão sobre as obras no centro da cidade que mereceram a apresentação, antes da ordem de trabalhos, de um voto de protesto do PS e voltaram a ser debatidas mais tarde (ponto de “ informações” do presidente); também a contratação ilegal pela câmara, segundo o PS, de uma técnica superior que fazia parte da assembleia e está ligada ao PSD (renunciou, entretanto) e, finalmente, um conjunto de desafetações do domínio público de parcelas de diversos loteamentos em várias freguesias do concelho. Assuntos seguramente com interesse. QUATRO - Os meios de comunicação social e nomeadamente a imprensa farão o devido relato do que se passou e a mim resta-me dar apenas conta de alguns aspetos que retive especialmente. O estilo tribunício (“a malhar”) das intervenções de Jorge Paulo Oliveira e de Jorge Costa, líderes dos grupos municipais do PSD e do PS, respetivamente e também de Armindo Gomes, líder do CDS. As in-

tervenções mais serenas, mas devidamente fundamentadas de Luís Miranda (PS) e de Tânia Silva (CDU), esta que não conhecia, uma agradável surpresa pela simplicidade e clareza no uso da palavra. Outras intervenções ocorreram a merecer também a atenção, mas o meu tempo escasseia e não posso rever na net o que vi e ouvi (foram quatro horas de reunião). Os leitores poderão tirar também as suas conclusões se consultarem a página da AM, pois o vídeo da sessão está disponível. CINCO – Participei na AM de 2001 a 2005, como membro da oposição, e sobre essa participação escrevi um livro, sob a forma de diário intitulado “As Assembleias Municipais Precisam de Reforma”, que está certamente à disposição na Biblioteca da AM (desejo que esta esteja bem guarnecida, pois há bibliografia que não pode ser ignorada) . Na contracapa escrevi: “É falsa a ideia de que a Assembleia Municipal se esgota nas reuniões ordinárias ou extraordinárias, que vai tendo. A Assembleia Municipal é constituída por membros que devem estar constantemente atentos à vida municipal em todos os seus aspetos (…)”. Assim espero que suceda com os membros atuais. Ocorreram, desde 2001, progressos na organização e funcionamento do órgão maior do nosso sistema de governo dos municípios e isso só é de aplaudir, sem esquecer, no entanto, que ainda há muito caminho a percorrer para termos uma democracia local mais robusta.

Chão Autárquico Vieira Pinto

Das Valentinas às Jéssicas Somam-se os crimes horrendos praticados sob as nossas crianças, pelos adultos. Pior que isso, acontece quando esses hediondos crimes são praticados pelos criminosos da própria família, em que está envolvida a própria mãe, pai, padrasto/madrasta, ou mesmo irmãos da criança/vítima. O caso da Jéssica, atinge foros do inimaginável. Com efeito, a criança foi levada pela mãe a casa dos raptores, de quem era devedora de uma quantia em dinheiro. Então, ali chegadas, e tendo a menina entrado na casa dos mesmos raptores, estes impediram a própria mãe de entrar em casa deles, enquanto não lhes fosse pago a referida dívida. Consumou-se o rapto! Então, veja-se o espanto: a Jéssica serviu, efetivamente, de penhor de uma dívida. Ou seja, os adultos não cumprem as suas obrigações, logo pagam as crianças, com o seu corpo, até à morte! De facto, com tudo, o que assim, o dia a dia nos vai trazendo, com estes aconteceres vai-se consubstanciado, o mais baixo nível de valores do ser humano que campeiam a nossa civilização em sociedade, com a promiscuidade do crime, agora,

também no seio da própria família. Na verdade, assim as crianças passam a ser o preço, por falta de valores humanos, que falham aos adultos. Estaremos, a nosso ver, numa sociedade onde efetivamente se constata a falta dos valores primeiros, como seja, a própria vida. De facto, estes crimes, conjugados com os crimes de violência doméstica, colocamo-nos perante o facto de que o núcleo familiar, muitas vezes, é ele próprio, escola do crime, em vez do ensinamento aos filhos, dos valores de ordem familiar, com base no princípio da ética, que assenta no conjunto de valores e princípios da convivência sócio infantil. Com efeito, deveria ser isto, assim, a ensinar, em primeiro lugar, pelos adultos do seio familiar, ao que se deverão seguir as instituições respetivas, quando necessárias, e são muitas vezes indispensáveis. Convenhamos, cada criança é uma ilha, compete-nos trazê-la para o continente da nossa solidariedade. De facto, o sorriso de uma criança é uma esperança chamada: Futuro. P.S. Como aqui já temos dito, as crianças são sempre credoras do nosso sorriso.


Joane, uma vila desenvolvida que mantém traços rurais

No próximo domingo, dia 3 de julho, Joane festeja o 36º aniversário de elevação a vila. Já sem restrições, no passado causadas pela pandemia de Covid 19, as festas deste ano decorrem em pleno, durante três dias (1, 2 e 3 de julho) no Parque da Ribeira e inclui diversas atividades, nomeadamente música, comédia, jogos tradicionais, teatro, gastronomia e desporto. A Mostra Associativa também está incluída nas celebrações dos 36 anos da vila de Joane. Para domingo, dia de aniversário, está marcada a sessão solene, pelas 10h00, e o corte e distribuição do bolo, que vai decorrer no Largo 3 de Julho. A vila de Joane tem referência muito antigas, que provam a riqueza histórica e a importância desta vila, situada no extremo Este do concelho e que faz fronteira com o concelho vizinho de Guimarães. A vila de Joane está, de momento, muito desenvolvida do ponto de vista económico e social e, por esse motivo, pode ser considerada de grande importância para o concelho de Famalicão. É, aliás, um grande foco de desenvolvimento e um importante ponto de passagem. Mas vamos à história. As referências à atual vila de Joane são antigas, nomeadamente ao ano de 1065. De proveniência la-

tina, o topónimo Joannem está associado e, historicamente relacionado, a um primitivo possuidor da vila do mesmo nome, existindo ainda a casa-sede e o local (aldeia de Joane), o qual se considera ter sido um dos mais respeitáveis proprietários do período românico. Joane indicará, por isso, uma antiga unidade agrária dimensionada pelos romanos, atribuindo-se a estes a organização da primitiva agricultura da Península Ibérica. Atualmente, das atividades económicas desenvolvidas, a indústria é, sem dúvida, a dominante seguindo-se o setor dos serviços que se tem implantado e desenvolvido na vila. Assim, Joane, assume-se como um polo de desenvolvimento em plena expansão. Por esse motivo, pode ser considerado como um dos centros mais desenvolvidos do concelho de Famalicão. Foi precisamente no dia 3 de julho de 1986 que Joane foi elevado à categoria de vila. Com um território na ordem dos 7,25 km² e com cerca de 8 mil habitantes, Joane, que dista 11 quilómetros da cidade de Famalicão, prima pelas boas acessibilidades e representa um importante ponto de passagem de tráfego rodoviário nomeadamente através da via Inter-Municipal que liga a vila a Vizela em poucos minutos.

Ribeirão, a vila que é o mais importante polo industrial do concelho Quase a celebrar 36 anos, o que acontece no próximo domingo, dia 3 de julho, finalmente a vila de Ribeirão vive, por estes dias, festa rija para celebrar mais um aniversário. Na verdade, depois de dois anos de restrições por causa da pandemia de Covid 19, as iniciativas duplicam-se durante vários dias, desde a música, teatro, desporto, exposições e circo. No domingo a sede da Junta de Freguesia recebe a sessão solene, pelas 15h00 e, mais tarde, pelas 17h15, são cantados os parabéns à vila, nas piscinas de Ribeirão. Falar de indústria e empresas com dimensão nacional e internacional é falar de Ribeirão. A poucos dias do 36º aniversário de elevação a vila, é importante recordar as linhas que fazem a história de Ribeirão e as alterações que sofreu até aos dias de hoje. No que diz respeito à história, Ribeirão aparece pela primeira vez documentada em 1097, com o nome de “Sancti Mammetis de Ribolo Arian”. O rio Veirão, que atravessa a vila, nasce nas Pedras Negras em Vilarinho das Cambas e desagua no Ave e esta divisão territorial perdura na memória dos tempos

através das expressões “Aquém Rio” e “Além Rio”. Tal como Fradelos e Vilarinho das Cambas, Ribeirão manteve no passado importantes laços de ruralidade, mas foi na sua ligação às indústrias de Lousado e Trofa que se desenvolveu de forma acentuada com uma população que aliava à pequena agricultura de minifúndio com trabalho nas empresas. Falar da história recente de Ribeirão é relembrar o progresso que a partir das décadas de 60 e 70 se deu nesta freguesia que de uma terra de agricultores e pequenos industriais de têxteis, confeções e metalurgia se foi transformando num importante polo industrial, que emprega milhares de pessoas. Foi este dinamismo que impulsionou o crescimento demográfico e económico que permitiu a criação de condições para a sua elevação à categoria de vila a 3 de julho de 1986. Atualmente, a vila de Ribeirão, localizada no extremo sul do concelho, conta com 10,91 km² de área e cerca de 10 mil habitantes e posiciona-se como uma terra de grande importância no concelho de Famalicão pelo seu constante desenvolvimento a nível habitacional, empresarial e escolar.

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ESPECIAL

opiniãopública: 29 de junho de 2022

António Oliveira, presidente da Junta de Freguesia de Joane

“Estão previstas diversas obras importantes nos próximos tempos” Joane está a dias de celebrar 36 anos de elevação a vila e, em entrevista ao OPINIÃO PÚBLICA, o seu autarca fala dos diversos projetos previstos para os próximos tempos. António Oliveira reconhece que a pandemia travou algumas obras, mas é seu desejo que a curto prazo estejam em força no terreno.

em algumas coisas, está madura e precisa, como sempre, de novos inputs e lançamentos, de novas obras e de novas ideias. No fundo, precisa de avançar e de evoluir, porque a nossa vivência é pouca comparada com a de uma terra, temos no máximo 100 anos, enquanto as vilas têm milhares de anos. Estas vão perdurar depois dos nossos tempos, porCarla Alexandra Soares* tanto é sempre necessária alguma inovação.

Quais as necessidades mais urgentes da vila de Joane neste momento? Temos muita coisa que precisamos de fazer, sempre. Eu diria logo que a rede viária continua a ser, apesar de tudo e passados todos estes anos, essencial ir reformulando, porque quer queiramos, quer não, ela vai-se desgastando, vai-se deteriorando e precisamos sempre de a renovar. Claro que também temos projetos mais ambiciosos, dos quais já há muitos anos falamos. Agora estamos num projeto que há uns anos era conversado, que era o Parque da Ribeira. E claro que nos falta uma coisa: a Unidade de Saúde Familiar, para a qual já há muitos anos que lutamos e já falamos disso noutras vezes. Mas agora está em bom porto. Numa recente pergunta do sr. deputado Jorge Paulo Oliveira à sra. Ministra da Saúde, esta respondeu que em 2024 o projeto estaria concretizado. Eu Enquanto autarca, como caracteriza a vila de espero que sim. Esperamos ver concretizada Joane, com a idade adulta de 36 anos? essa obra da Unidade »»»»»»»»»» (c0ntinua) Como adulta que é, criou muita sustentação

OPINIÃO PÚBLICA. Depois de dois anos sem grandes celebrações, como é que vai ser festejado o 36º aniversário da elevação da vila de Joane? ANTÓNIO OLIVEIRA: Um regresso em força à normalidade, com a nossa feira do associativismo, com a mostra de sabores e saberes, com as festas da vila, com o Parque da Ribeira cheio e repleto de gente, com espetáculos, com música, com desporto e com todo o tipo de animação. Começamos na sexta-feira, 1 de julho, com o espetáculo do humorista Alexandre Santos e DJ’s; no sábado, com o concerto dos Pedra d’Água e dos Siga a Farra e com o trail, da parte da tarde; e no domingo, com o teatro, com a sessão solene e com espetáculos, à tarde.

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opiniãopública: 29 de junho de 2022 «««««««««« de Saúde Familiar em Joane, além doutros projetos.

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avaliar o projeto, para tirar medidas, para ver o que precisávamos, quais as necessidades da freguesia e o que é que era preciso adaptar. Está em fase de projeto, neste momento. Em breve será apresentado, para depois ser lançada a obra.

Há um ano falava, a propósito do aniversário da vila, precisamente da necessidade urgente dessa construção. Passados dozes meses, diz-me que é um processo que ainda está em andamento. O facto de depender do Governo Central, é sinónimo de atraso… Atrasa, mas está aqui uma envolvência também, porque já temos terreno. O município, como já disse noutras ocasiões, oferece o projeto, conforme o layout necessário por parte do Ministério da Saúde, e também ajuda na comparticipação da obra. Faltam só pequenos passos para a obra estar no terreno. Os técnicos da ARS Norte já estiveram cá. Espero que em 2024 já tenhamos a obra concretizada. Este ano, devido às contingências do orçamento de Estado, que todos nós conhecemos, creio que não será possível começar as obras. E quanto à concretização do projeto do alargamento do Parque da Ribeira para os terrenos da antiga estamparia Rafael? É um processo que já está a decorrer, porque já estão as construções em marcha e estes terrenos serão em grande parte cedidos para o alargamento do Parque da Ribeira. Continuamos a lutar pelos terrenos depois do rio, depois do ribeiro, para conseguir construir algo para o parque, alargálo ainda mais e ter mais capacidade.

ESPECIAL

Quando é que espera lançar a obra? No próximo ano.

vens e outros desportos radicais, que pretendemos projetar para aquele lado, depois do rio.

O que é que é preciso fazer para que o Parque aconteça daquele lado, já que se trata de campos agrícolas? É preciso que as pessoas tenham abertura para vender. E depois de concretizado, O que é que implica este alargamento? Mais zonas verdes, alguns parques temáti- como já conseguimos desbloquear outros cos e lúdicos, alguns corredores de circula- setores, este (campo de milho, depois do ção, corredores de manutenção, uma rio) não será impossível. queda de água, uma série de estruturas. Gostávamos de fazer um campo multiusos, Estando estes projetos concretizados, do de ter uma pista de skate para os mais jo- alargamento do Parque, acha que a zona

O ano passado, numa entrevista ao OP, falava também da reformulação da rede viária, que ainda era uma necessidade em alguns locais da vila… Estou a falar de uma, sobretudo, que neste momento já tenho orçamento e que vai ser levada à reunião de Câmara Municipal, que é a da Avenida da Restauração, uma obra urgente. Nessa, de facto, foram dados passos largos no sentido de entendimento entre os dois municípios, porque é uma avenida inter-municipal, para que seja concretizada em breve. Depois temos outras obras, outras de cariz municipal, que estamos dispostos a fazer um contrato interadministrativo para recuperar algumas vias, como a rua do Souto, a rua de Telhado, que foi convertida há uns anos. Claro que o tempo degrada, o que faz necessitar de novas obras. E depois temos outras pequeverde de Joane já será satisfatória? nas vias, pela freguesia no seu todo, que Nunca será satisfatória, porque a vila está precisam sempre de manutenção. a evoluir, está a crescer muito e terão de nascer outras zonas verdes descentraliza- É uma obra inacabada, a rede viária? das, como já temos, mais pequenas, é ver- Sim. Aliás, toda a vila é uma obra inacadade, mas terão que nascer. E criaremos bada. Sempre. outras centralidades, ou quem vier criará outras centralidades. Ao nível da Educação, como se posicionam as escolas da freguesia? Como está o proOutro anseio seu é a criação de um espaço cesso das obras na Escola Padre Benjamim multiusos na vila, que será conseguido Salgado? através da recuperação do antigo salão pa- Há cerca de quinze dias, esteve cá o sr. Preroquial de Joane… sidente da Câmara, o sr. Vereador da EduJá depois do início do mandato estiveram cação e o sr. Diretor do Agrupamento e cá os técnicos da Câmara Municipal para »»»»»»»»»» (continua) pub


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ESPECIAL

opiniãopública: 29 de junho de 2022

«««««««««« estivemos a discutir isso. O sr. Presidente da Câmara está à procura de sugestões junto dos próprios alunos em relação ao que necessitam para a escola. Portanto, é uma obra que está a ser analisada e que vai avançar também, em breve, segundo dizem. É mais uma excelente obra para Joane. Esta foi uma das únicas escolas, apesar da quantidade de pessoas que aqui tem, que não teve nenhuma intervenção por parte do Parque Escolar. Há algumas situações que precisa, por exemplo, do ponto de vista energético, do ponto de vista da organização dos espaços – é preciso unir alguns espaços e separar outros, criar uma nova dinâmica. Neste momento, em Joane, está a decorrer alguma intervenção? Foi colocado, recentemente, o novo pavimento no palco do Parque da Ribeira, que estava em madeira. Foi muito recente, disseram-nos que a madeira servia, mas a verdade é que foi-se degradando em pouco tempo. Optamos agora por uma pavimentação em pedra, que é uma coisa que será eterna, cremos nós. Estaremos em breve com obras no cemitério, estamos a começá-las. A intenção é criar novos jazigos de cemitério. Não é alargamento do cemitério, é a construção de novos jazigos, porque é algo que precisamos também, constantemente. Quanto ao alargamento vamos precisar no futuro. Não será certamente para o meu mandato, que é o último, mas já estou a preparar isso para quem vier, seja quem for, não fique “descalço” e consiga alargar o cemitério para outro sítio, ou no mesmo sítio. Agora, o ano, do ponto de vista de obras, está um pouco parado. Esta é que é a mais pura das verdades. Não podemos esquecer que ainda em fevereiro estávamos em pandemia. Não podemos esquecer que tivemos um rombo nas nossas contas, no ano passado,

com a feira, que nos limita um bocadinho. Estivemos e estamos a trabalhar ainda a nível de verbas com duodécimos do Estado, o que limita a nossa gestão, mas em breve tudo entrará nos eixos e voltaremos às obras em força e em Joane estão previstas diversas obras nos próximos tempos. A falta de habitação, uma preocupação para vários autarcas, acontece aqui em Joane? Acontece muito. Não diria diariamente, mas quase, somos abordados por pessoas que querem vir para cá, mas não podem. Acima de tudo, não podem por causa dos preços que são praticados, impossíveis para algumas famílias de suportar. Eu oiço falar de preços que eu pergunto-me, de facto, como é possível as pessoas suportarem tamanhas rendas em Joane e noutras freguesias. A verdade é que apesar da quantidade de construções que têm sido feitas, não é suficiente. Não é possível acompanhar e é um grande problema. Tudo o que aparece para se vender, vende-se. Se for para arrendar, arrenda-se imediatamente. Não é possível acompanhar a procura, sobretudo a procura que não tem rendimentos que consigam acompanhar os preços. Estamos muito perto do aniversário da vila, alguma mensagem que gostasse de deixar aos joanenses? Nós temos um slogan que diz “Joane convida, Joane tem muita vida”. Nós esperamos que no próximo fim de semana, 1, 2 e 3 de julho, Joane ainda tenha mais vida e volte à vida antes de pandemia, com os necessários cuidados, porque a pandemia continua a andar aí. Mas espero que as pessoas venham em massa, que desfrutem, com o máximo cuidado. E que voltem a sentir aquilo que sempre sentiram: um enorme orgulho em serem joanenses, mesmo que não sejam de Joane. * com Inês Durães pub


opiniãopública: 29 de junho de 2022

ESPECIAL

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Leonel Rocha, presidente da Junta de Freguesia de Ribeirão

“Queremos que a nossa vila continue a ser atrativa pelas condições que oferece” Ribeirão faz, no próximo domingo, 36 anos de elevação a vila. A esse propósito, o autarca local, numa entrevista ao OPINIÃO PÚBLICA, fala do presente, das dificuldades, mas, sobretudo, dos projetos para um futuro próximo. Leonel Rocha pede também a envolvência de todos os ribeirenses para uma vila melhor. Carla Alexandra Soares OPINIÃO PÚBLICA: Como é que este ano se vai celebrar o 36º aniversário da vila de Ribeirão? LEONEL ROCHA: O entusiasmo, quer de quem organiza, quer de quem está à espera das festas, é muito grande. Por isso serão umas festas para nos libertarmos um bocadinho de todas as dificuldades destes últimos dois anos de pandemia. Serão festas que irão abordar diversas temáticas para, de alguma forma, incluir toda a gente. E são festas que vão envolver a comunidade, com a participação das associações, das gentes de Ribeirão e onde queremos ter algo diferente, que possa galvanizar os ribeirenses.

Ao longo desta semana temos diversas atividades, desde culturais, desportivas, circo, teatro… A partir desta quinta-feira, dia 30 de junho, entraremos em modo festa pura e dura, com a mostra associativa, gastronomia, música e o mais importante, com a envolvência de toda a comunidade. No fim de semana seguinte prolongaremos as festas com o festival de folclore, o concerto dos Folc D’Ave e um concerto de órgão. Estamos a falar de 36 anos de vila. O dr. Leonel Rocha é presidente da Junta há cerca de 9 meses, mas é um homem da terra e conhece bem a realidade. Considera que esta idade fica bem a Ribeirão? O facto de ser vila há 36 anos é vantajoso. O conceito de vila e até o sentido de pertença à vila foi amadurecendo. Trata-se de uma localidade grande, não só geograficamente, mas também em população. Tem muitas exigências, tem muitas carências e ao fim de 36 anos se estamos realmente muito bem e se somos uma terra atrativa, porque muita gente quer vir morar para cá, precisamen»»»»»»»»»» (continua) pub


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ESPECIAL

opiniãopública: 29 de junho de 2022 pub

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«««««««««« -ente pela qualidade de vida que Ribeirão oferece, também não é menos verdade que ainda tem muitas carências. Portanto, aos 36 anos, como acontece na vida de qualquer adulto, ainda há muita coisa para se fazer. Quais as necessidades mais urgentes da vila de Ribeirão neste momento? Temos muitas obras urgentes e necessárias. Desde logo, a parte viária que é muito importante e que é de grande benefício para a população. Ribeirão tem muitas ruas e, por isso, tem necessidade de as requalificar. Depois, temos também esta parte do lazer, porque temos que proporcionar qualidade de vida às pessoas. O Parque Rio Veirão, sendo muito aprazível, é muito pequeno e queremos ver a sua ampliação. Para isso, estamos a ver a possibilidade de negociarmos terrenos aqui à volta, para ampliá-lo. Ao mesmo tempo, queremos fazer um passadiço junto ao rio Veirão, que passa no centro da vila, e ao fazê-lo já estamos a ampliar o parque sem grande terreno. O facto de as pessoas passearem no meio dos campos já por si é agradável. Queremos, depois, fazer a ligação deste parque até ao rio Ave por um caminho que queremos recuperar, chamado de Caminho Real ou Caminho Antigo. A par disto tudo, queremos requalificar a Junta de Freguesia, que já tem cerca de 40 anos e que hoje não responde às necessidades dos nossos tempos. Para a requalificar temos também que pensar num espaço que sirva de armazém da Junta, para guardar as máquinas e para podermos usar o espaço que fica atrás da Junta. Queremos também avançar com piscinas exteriores, fazer com que a biblioteca tenha outro dinamismo. Aliás, uma das nossas apostas são as vertentes culturais e educativas. E esta aposta acontece por uma razão muito simples: o desenvolvimento da nossa vila faz-se com pessoas, o que faz com que tenhamos que apostar na capacitação dos ribeirenses, numa abertura de horizontes para que se envolvem no desen-

volvimento do Ribeirão. Se isto não acontecer, vão estar sempre numa posição cómoda de estarem alheados, à espera que alguém faça. Há uma clara aposta sua, por um lado nos espaços verdes e na sua valorização e também na cultura. São duas áreas que se podem interligar… Interligam-se completamente. Aliás, o Parque Rio Veirão tem um auditório ao ar livre e, nestas festas, vamos ter neste espaço duas ações para mostrar as suas potencialidades. Efetivamente, o parque não serve só para vir passear, serve também para usufruirmos dele para várias coisas, entre as quais as atividades culturais. O que queremos é que cada um usufrua deste espaço à sua maneira, mas o alargamento do Parque possibilitará trazer outras atividades e queremos potenciar isso. Na passagem deste aniversário é incontornável referir essa questão do trânsito na Estrada Nacional 14, que se arrasta há anos. Na verdade, tanto a questão do trânsito como a nova ponte sobre o Rio Ave continuam por resolver. É um assunto que ultrapassa a Junta de Freguesia, mas é uma preocupação do autarca? É uma preocupação e diria até que é um dos grandes pontos para lutar. Para mim o constrangimento da mobilidade de Ribeirão é algo que tenho que lutar e tenho que fazer ver aos nossos autarcas do município que não é uma questão de Ribeirão. É muito mais do que uma questão de Ribeirão. Concretamente, as acessibilidades às zonas industriais é uma questão estratégica de Vila Nova de Famalicão e até do país. Porque estamos a falar de uma zona industrial muito grande, que tem um conjunto de atividades económicas muito importantes para exportação e que precisa de diariamente de utilizar as vias públicas, as estradas, ter bons acessos à autoestrada… Se não olharmos para isto, não estamos a ter visão estratégica. Eu queria que o nosso presidente de Câmara, tenho alertado para »»»»»»»»»» (continua)


opiniãopública: 29 de junho de 2022 «««««««««« isso e vou continuar a alertar, tivesse isto em conta. Se não fizermos nada vamos estrangular e fazer com que empresas não venham para cá e que outras queiram sair de cá. Portanto, temos que lutar por isto. Estamos, por outro lado, a falar dos milhares de empregos que existem em Ribeirão e que também podem estar em causa… Claro. A indústria de Ribeirão, da qual nos orgulhamos muito, não é apenas uma questão económica dos empresários. É uma questão social de toda a freguesia, porque é aqui que muita gente de Ribeirão se emprega e é também aqui que muita gente de fora vem ganhar o seu sustento. Por causa disso, muitos procuram Ribeirão para viver e isto para nós também é muito importante porque queremos que nossa vila continue a ser atrativa pelas condições que oferece, mas também pelo emprego que tem. Mas quando falo de estratégia, efetivamente não falo para Ribeirão, falo muito mais do que isto, porque se Famalicão é um concelho exportador e se tem a riqueza industrial que tem, também tem que olhar para ela de forma estratégica. Ribeirão é, efetivamente, uma vila muito procurada para viver. Tendo em conta que muitas freguesias, vilas e cidades têm falta de habitação e a que existe é muito cara, pergunto-lhe se a vila tem condições, tem oferta, para acolher mais pessoas? Ribeirão tem, de facto, esse problema. Aqui tudo o que se constrói é vendido, mas a nossa vila tem muito potencial para construção, portanto ainda temos muitos terrenos, muito bem localizados, o que significa que a vila ainda pode continuar a crescer e estou convencido que vai crescer e atrair cada vez mais pessoas. Estamos muito bem localizados. Ribeirão está muito próxima de muitas cidades, do mar, do aeroporto e das autoestradas. E, ao mesmo tempo, tem boas condições para que as pessoas usufruam, como a escola desde a primeira

infância, até ao 9º ano, piscinas, bibliotecas… um conjunto de infraestruturas que agrada a todos. Além disso tem emprego aqui próximo, outro fator que leva muita gente a procurar a vila para se instalar. É mais um assunto que ultrapassa a Junta, mas pode existir sempre uma sensibilização… Claro. A Junta de Freguesia, aparentemente, não pode fazer muito porque não é da nossa competência. Mas acho que pode fazer muito, na medida em que pode motivar, incentivar a que as coisas aconteçam e é isso que procuro fazer. Estamos muito perto do aniversário da vila, alguma mensagem que gostasse de deixar aos ribeirenses? Acima de tudo o que quero dizer aos ribeirenses é que não se esqueçam que Ribeirão é de todos, precisa de todos. Na medida em que se todos nos envolvermos e todos nos

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coresponsabilizarmos por Ribeirão, esta vila será grande. Será grande não só em território, será grande não só em população, mas será grande, essencialmente, no desenvolvimento. Aquilo que eu peço a todos é que nos envolvamos, que tenhamos este sentido de comunidade, que percebamos que podemos fazer todos muito por Ribeirão, a começar pela nossa ação diária, na forma como cuidamos da nossa vila, alertando para os problemas que estão a acontecer. Ou seja, na forma de sermos cidadãos, na cidadania ativa que todos devemos ter. E depois, contamos com as ideias de todos para crescer. Nós temos projetos, temos ideias, temos, claramente, objetivos. Mas isto não impede, nem invalida que possamos ouvir toda a população e, com isso, os nossos objetivos possam ser melhorados ou até, se surgir uma melhor sugestão, não tenho qualquer problema nisso, pelo contrário. Estou aqui a governar para os ribeirenses. pub


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opiniãopública: 29 de junho de 2022


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