Moradores do Aro aprovam condomínio
Contas aprovadas pela maioria O relatório e contas do exercício da Câmara de 2006 foram aprovados pela Assembleia Municipal, na sexta-feira, apenas com os votos favoráveis da maioria PSD/PP. A oposição votou contra com inúmeras críticas à gestão camarária. Armindo Costa defendeu-se, dizendo que fez mais em seis anos, do que outros em 19. p. 6
Mais de uma centena de pessoas participou na assembleia geral de condóminos do Edifício Aro, dando luz verde à constituição de um condomínio legal. Os promotores ficaram satisfeitos e acreditam que uma nova etapa se inicia para moradores e comerciantes que, ao longo de 20 anos, enfrentam com uma série de problemas. p. 8
ANO 15 • Nº 782 • Gratuito 2 A 8 DE MAIO DE 2007 DIRECTOR: JOÃO FERNANDES DIRECTOR ADJUNTO: FELIZ PEREIRA
Armindo promete dar a conhecer projecto mas não adianta ainda a localização
opiniãoespecial:
CIDADE DESPORTIVA APRESENTADA ATÉ AO VERÃO No próximo domingo é Dia da Mãe. Dedicamos o nosso Especial à Mulher. Os melhores conselhos de beleza para elas e as melhores sugestões de prendas para oferecer.
A Câmara Municipal de Famalicão deve apresentar o projecto da nova cidade desportiva até ao Verão. Esta é a convicção de Armindo Costa manifestada, a semana passada, no final na reunião do executivo, aos jornalistas. O presidente diz que o projecto está pronto mas não adianta, para já, a localização,
dando apenas a entender que poderá ficar em Calendário, junto à variante nascente. Quanto ao projecto, Armindo classifica-o de “ambicioso”, adiantando que contempla um estádio, campos de treinos, uma pista de atletismo e “grandes espaços para estacionamento”. p. 5
Inserido no 50º aniversário da escola
Polidesportivo de Requião é para avançar
Espectáculo da D. Sancho enche Casa das Artes
O presidente da Junta de Requião acredita que o polidesportivo da freguesia ficará pronto este ano. Augusto Pereira espera que a obra seja cabimentada numa próxima revisão orçamental. Depois partirá para novos projectos como alargamento do cemitério e o arranjo do adro da igreja. p. 14
p.9
Mickael Carreira e André Sardet nas Antoninas
Leophoto
As Antoninas 2007 vão realizarse de 7 a 13 de Junho e têm um orçamento de 200 mil euros, menos 40 mil do que no ano passado. Mickael Carreira e André Sardet são as atracções musicais. Já o cortejo histórico vai abordar o tema “As mulheres na história mundial”. p. 7
Economia e Certame decorre este fim-de-semana medieval Feira património anima Industrial Famalicão Nesta edição damos a conhecer mais três maravilhas, desta vez ligadas ao património industrial, e três magníficos que fizeram sucesso na áera económica. Isto numa altura em que a votação para os Sete Mais já está a decorrer. pp. 12 e 13
A época medieval e quinhentista é, mais uma vez, revivida em Famalicão. De sexta a domingo, a cidade vai recuar no tempo, numa iniciativa organizada pela escola profissional Cior, com o apoio da Câmara, e que promete muita animação e algumas novidades. O evento é já considerado “um marco cultural”. p. 7
opiniãosport: FC Famalicão vence na Lixa e mantém o sonho da permanência Hóquei em patins: FAC continua firme na liderança Riba d’Ave mais longe da subida
02 opinião pública: 2 de Maio de 2007
Agenda
espaço aberto
Objectiva Pública
Hoje, 03 9h45 VII Jornadas de Engenharia da Universidade Lusíada, subordinadas ao tema “Nanotecnologias: estratégias e incentivos, integração de nanotecnologia em aplicações industriais”.
Carlos Alberto
15h00 Universidade Sénior de Famalicão inaugura exposição, na CasaMuseu Soledade Malvar, com trabalhos produzidos pelos alunos, no âmbito da disciplina de desenho e Pintura.
Domingo, 06 15h00 26º Festival de Folclore do Rancho Regional de Fradelos, junto à Igreja Paroquial, com a participação de cinco grupos.
Segunda, 07 21h00 Assembleia do núcleo de Joane do PSD, na sede do partido. Ordem de trabalhos: informações e situação política local.
Nu ma a lt ur a e m que o F C F a ma l ic ã o lu ta b ra va m e n te p a r a s e ma n te r n a 2 ª d i vi s ã o , s u r ge m t a mb é m n o tí c i a s d a p os s í ve l e x ti n -
çã o no f i na l d a te mpo r a da . Po r i ss o, um g r upo de a de pt os f a ma l i cen ses r eso l ve u c o lo c a r, n a p a s s a d a s e m a n a , u m a t a r ja n o
Est ádi o Mu ni ci pal, r ei t er and o o apo i o ao cl ube e a cr en ça de qu e o f i m nunc a a c on te cer á. Fi ca a men sag em .
Questão Pública Concorda com a nova lei anti-tabaco que é discutida, hoje, no Parlamento? Custódio Oliveira dirigente associativo Parece-me bem a imposição por Lei de mais algumas restrições ao direito de fumar. Trata-se de proteger a saúde dos que não fumam. De facto, a nova Lei, aumenta as dificuldades para aqueles que têm o hábito de fumar, nomeadamente com a proibição de o fazerem em diversos locais públicos. Nos países onde leis deste género já estão há muito em vigor os resultados são considerados positivos para a saúde pública. Não sou fumador. Mas condeno os fundamentalismos da moda contra o tabagismo. Fumar é um direito limitado por Lei e uma opção consciente e livre de pessoas adultas que importa respeitar.
Maria Augusta Santos professora Concordo, na generalidade, com a nova lei. O tabagismo é considerado pela Organização Mundial de Saúde a principal causa de “morte evitável” em todo o mundo e o tabagismo passivo a 3ª causa. Mais ainda, a OMS alertou para o facto de, segundo os dados disponíveis, os casos de morte prematura por consumo de tabaco serem mais elevados nas populações com menores rendimentos e com menores níveis de escolaridade. Assim, o tabagismo deve ser considerado, também no nosso país, um problema de saúde pública, sendo urgentes acções de informação e educação da população em geral, e dos jovens, em particular, de forma a ser possível a implementação de medidas de prevenção, controlo e tratamento do tabagismo. À semelhança de muitos países, nomeadamente europeus, Portugal deve adoptar medidas de restrição ao tabagismo, associadas à implementação de políticas de educação para a saúde.
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opinião pública: 2 de Maio de 2007 03
04 opinião pública: 2 de Maio de 2007
cidade
Sessão solene comemorativa do 33º aniversário da revolução
Salgado recorda crise interna do PS no 25 de Abril A sessão solene da Assembleia Municipal de Famalicão para assinalar o 33º aniversário da revolução do 25 de Abril ficou marcada pelo discurso do deputado Fernando Salgado, que foi eleito pelo Partido Socialista (PS) mas que agora é independente, depois de ter sido expulso do partido na sequência da polémica em torno das eleições internas para a Concelhia, realizadas o ano passado. Salgado começou por lamentar o facto de a sua primeira intervenção nesta cerimónia ser feita como independente, devido a “atitudes anti-democráticas e ditatoriais dos dirigentes concelhios e distritais” do PS, e aproveitou para enviar uma série de recados para o interior do partido, que “continua a ser gerido para satisfação dos instintos, apetites e vaidades pessoais”. O deputado, que foi o primeiro a intervir nesta cerimónia realizada no salão nobre dos Paços do Concelho, instou a uma reflexão sobre o estado da democracia, a partir da sua
Magda Ferrreira
Magda Ferreira
Fernando Salgado está confiante na mudança no seio do PS
versão da realidade interna do PS. Lembrou, por isso, que no seu partido houve quem se
candidatasse “travestido de independente”, contra “a decisão legítima” dos órgãos do
Jovens descobrem trilho do Caminho de Santiago No passado dia 21 de Abril, 40 jovens de Famalicão (Urbanização Moinhos de Vento, Bairro da Cal e Complexo Habitacional de Lousado) percorre-
A travessia em ponte de cordas foi uma das actividades
ram um trilho no Caminho Português de Santiago, desde a Igreja de Telhado até à nascente do rio Pelhe. Através de uma acção conjunta da Associação Vento Norte e do programa Profit, este caminho é uma vez mais dinamizado com actividades que visam criar uma consciência ambiental e de respeito pelo património natural e cultural de Famalicão. Foram realizadas actividades de descoberta activa do percurso e, já na nascente do rio Pelhe, foram dinamizadas actividades como uma travessia em ponte de cordas, pintura acrobática, construção de puzzles, sopas de letras e outros jogos com o tema da separação correcta de resíduos. De uma forma interactiva e divertida, estes jovens tiveram a oportunidade de conhecer este trilho famalicense, para assim preservarem com mais empenho o património que é de todos.
partido, aludindo à criação do Também o líder do PSD de Movimento Agostinho Fernan- Famalicão, Paulo Cunha, deides, e que agora são eles xou um apelo, embora noutro quem “dita as leis e conduz os sentido: o de se “dar mais destinos internos” do PS. E atenção aos pormenores, às voltou a recordar que os resul- minorias, aos desfavorecidos, tados das últimas eleições pa- àqueles para quem a vida é sira a Concelhia foram fabrica- nónimo de amargura, aos mais dos. velhos, aos mais jovens”. Porém, Salgado diz que Por seu lado, o líder do PS “aqueles que não se revêem famalicense, Nuno Sá, enderena actual liderança provisória çou uma série de recados à Câdo PS concelhio são a maio- mara Municipal, pedindo ria”, pelo que tem “esperança “transparência democrática no na mudança”. exercício dos mandatos”, disDe resto, a sessão contou cussão dos assuntos do municom a intervenção de repre- cípio “com abertura e lealdasentantes de todos os partidos de” e respeito pelos órgãos e políticos. Sílvio Sousa, da pelos eleitos. “Não iludamos CDU, evocou aquilo que de os cidadãos com propaganda e bom trouxe a revolução dos festas”, declarou. cravos, como a liberdade de A cerimónia terminou com pensamento, de opinião, de as intervenções dos presidenexpressão e de reunião que o tes da Câmara e da Assembleia povo aproveitou, “organizan- Municipal (AM). O primeiro, Ardo-se, associando-se e contri- mindo Costa, fez um balanço buindo para novas formas de “globalmente positivo” destes ver o ensino, a cultura intelectual e física, e, Presidente da Assembleia ao mesmo temMunicipal sublinhou, po, alterando criativamente o nesta cerimónia, a importância obsoleto e modo poder autárquico. nopolizado aparelho de produção e distribuição da riqueza”. 33 anos desde a revolução dos No seguimento, o bloquista cravos, garantindo que a CâLuís Serguilha incentivou os mara “tem procurado cumprir presentes a não deixarem que diariamente a mensagem do “uma das grandes conquistas '25 de Abril'” e que, apesar do de Abril, a autonomia do poder tempo ser de crise, “Famalicão local, se torne num jogo de in- tem razões para continuar a teresses bilaterais, circunscri- ser uma terra orgulhosa do seu tos pela completa inexistência papel em Portugal”. de escrúpulos”. A fechar, Nuno Melo, o preJá o jovem João Nascimen- sidente da AM, sublinhou a imto, do CDS/PP, apelou a que se portância do exercício do poreflicta nos ideais que fizeram der autárquico, que deve ser Abril, por forma a que aos jo- encarado “como um privilégio” vens não seja deixada a tarefa e quem o exerce deve procurar de “fazer a gestão da desgra- ser sempre “o melhor dos ça”. “Não estamos dispostos a exemplos”, sendo, entre oudeixar correr as coisas tal co- tras coisas, “escrupuloso nas mo tem acontecido”, afirmou, despesas; não tolerando o acrescentando que é “urgente desperdício; repudiando a inrenovar a esperança dos portu- terferência de todos interesses gueses, nomeadamente no ilegítimos nas opções polítiexercício de funções públi- cas; combatendo e denunciancas”. do os prevaricadores”.
cidade
Equipamento pode ficar em Calendário
Empresa de Produtos Alimentares de Vila Nova de Famalicão
Projecto da cidade desportiva apresentado até ao Verão Magda Ferreira A Câmara Municipal deve apresentar o projecto da nova cidade desportiva até ao Verão. Assim o espera, pelo menos, o presidente da autarquia que ainda não adianta onde vai ficar o equipamento. A semana passada, no final da reunião de Câmara, Armindo Costa foi questionado pelos jornalistas sobre o ponto de situação deste projecto da maioria e adiantou que o projecto já está pronto, contando poder apresentá-lo antes das férias de Verão. "É um projecto ambicioso", descreveu o edil, contando que contempla "o estádio de Famalicão", um campo de treinos para futebol de 11 e dois para futebol de 5, uma pista de atletismo e "grandes espaços para estacionamento".
A Câmara já tem em vista os terrenos necessários para a implantação do equipamento, tendo o negócio já mais ou menos definido com o proprietário da parcela maior. "Não vou comprar terrenos para fazer uma cidade desportiva sem ver primeiro se o preço dos terrenos e as contrapartidas são compatíveis com as disponibilidades financeiras do município", adverte. Em segredo continua a localização que a edilidade pretende para a cidade desportiva. Apesar das várias tentativas dos jornalistas, Armindo Costa deu sempre respostas evasivas, do tipo "os famalicenses podem ir a pé para a nova cidade desportiva" ou "do actual estádio lá, em linha recta, não é um quilómetro". "É muito mais terreno que o do Iroma [a pri-
meira hipótese], um lugar com outra visibilidade, acessos fantásticos", confidenciou o autarca, adiantando ainda "tem vista para a variante nascente e para a auto-estrada", o que leva a crer a cidade desportiva pode ir para Calendário. É um projecto que custará "muitos milhões de euros" para concretizar, mas que não ficará concluído este mandato. A intenção de Armindo Costa é definir tudo este ano, para avançar para a fase do financiamento da obra. O presidente da Câmara disse também que ainda não está nada definido para o espaço onde está actualmente o Estádio Municipal. Uma das hipóteses que está em cima da mesa é permitir a construção em duas frentes e no centro implantar um pavilhão multiusos, abrindo es-
paço para "uma zona nobre da cidade". "É um assunto que os arquitectos terão que estudar e eu depois terei que decidir de acordo com aquilo que eles me apresentarem", afirmou, assegurando que "nada será feito nas costas dos famalicenses". Refira-se que este assunto foi focado durante a sessão pelo vereador Mário Martins. Aproveitando o facto de o Estádio Municipal acolher quatro grandes eventos das Antoninas deste ano [Ver notícia na página 7], o socialista sublinhou a importância de manter o Estádio Municipal naquele local. "Isto vai de encontro à tese por nós defendida de que a cidade desportiva está bem onde está, feitas as necessárias obras", defendeu.
Oficina dá a conhecer projectos ao vereador da Educação
Leonel Rocha visitou as instalações da escola
A Oficina, Escola Profissional do Instituto Nun’Alvres, recebeu, no dia 13 de Abril, a visita do vereador da Educação, Cultura e Desporto da Câmara de Famalicão, Leonel Rocha, que discutiu e partilhou com membros da direcção alguns dos projectos que esta escola promove desde 1989. Durante o encontro foram também visitadas as instalações e in-
fra-estruturas técnicas que a Oficina disponibiliza aos seus alunos, em particular os Estúdios de Multimédia e Audiovisual, Laboratórios de Informática e de Fotografia. Em nota à imprensa, a escola diz que, ao longo do diálogo com o vereador, o padre Cristiano Oliveira, director pedagógico da Oficina, "sublinhou o empenho per-
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manente de toda a equipa docente da escola para o sucesso da formação". Teve também oportunidade para "contextualizar a importância da oferta formativa de Cursos Profissionais e de Educação Formação para o próximo ano lectivo e seguintes". A Leonel Rocha foi ainda possível, através do contacto que estabeleceu com os alunos, observar alguns dos trabalhos produzidos ao longo do ano e visionar algumas das realizações desenvolvidas na área do vídeo e áudio. No final da visita, o vereador demonstrou "abertura para o desenvolvimento de novos projectos em comum para o concelho de Famalicão e para a região", valorizando "as boas condições sociais e acesso aos bons recursos de aprendizagem que esta escola profissional proporciona a todos os seus alunos".
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VOTO DE PESAR No passado dia 14 do corrente mês de Abril, faleceu FERNANDO DA SILVA SOARES, por todos conhecido como "O COMANDANTE SOARES". Na sua vida salienta-se o homem integro como cidadão. Foi proprietário da GARAGEM SOARES, mas foi sobretudo às causas humanitárias, nomeadamente às ASSOCIAÇÕES DE BOMBEIROS que ele se dedicou. O COMANDANTE SOARES iniciou a sua carreira como bombeiro na ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE FAMALICÃO em 1929. Fez parte dos elementos de comando desde 1936, e exerceu as funções de comandante de 1951 a 1991. Apesar de ser comandante de uma associação de bombeiros, nunca guardou só para si o seu saber, pois foram grandes os seus préstimos junto de outras associações. O COMANDANTE SOARES não era invejoso, era solidário. No seu pensamento estavam sempre em primeiro lugar os BOMBEIROS, independentemente de serem os do seu Quartel ou de Outros. E foi assim que o COMANDANTE SOARES granjeou na sua vida a admiração de todos os Bombeiros, como atestam as numerosas condecorações e medalhas que recebeu em vida (medalha de Ferimentos Graves, medalha de Ouro de Serviços Distintos, medalha de Ouro da Câmara Municipal de V. N. Famalicão, Crachá de Ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses, medalha de Ouro da Federação de Bombeiros do Distrito de Braga). E foi por este seu amor à causa dos Bombeiros, sem olhar para o Quartel, ajudando sempre quem a ele recorria, que foi também distinguido com a honra de COMANDANTE HONORÁRIO das Associações Humanitárias dos Bombeiros Voluntários de Viatodos e Barcelos. A comunidade famalicense e os Bombeiros Portugueses sentiram profundamente a sua morte. A testemunhá-lo ficou a presença maciça de uns e outros na sua despedida de entre os vivos E esta Assembleia, como órgão máximo do Município, não pode deixar de expressar também o seu profundo PESAR pela morte de um HOMEM com H GRANDE, cuja memória enobrece o cidadão, os Famalicenses, os Bombeiros e a sua Família. ASSIM, o Grupo Parlamentar do Partido Socialista propõe: 1. Que esta Assembleia aprove um VOTO DO MAIS PROFUNDO PESAR pelo falecimento deste ilustre famalicense. 2. Que dele se dê conhecimento à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Famalicão e à sua Família 3. Que deste voto de pesar seja ainda dado conhecimento público através da publicação e informação na imprensa local. Vila Nova de Famalicão, 20 de Abril de 2007. Pel’O Grupo Parlamentar do Partido Socialista.
Câmara vai expropriar edifício para Casa da Juventude A Câmara vai declarar de utilidade pública o edifício no número 55 da Rua Adriano Pinto Basto. Uma forma de resolver o diferendo com o inquilino e poder, assim, dar seguimento ao projecto de aí instalar a Casa da Juventude. A autarquia já adquiriu o edifício por cerca de 300 mil euros, mas um dos inquilinos que ali tem
um estabelecimento comercial exige uma indemnização de 880 mil euros para sair, apesar de um perito da lista oficial do Ministério da Justiça ter estabelecido essa indemnização nos 153 mil euros, valor que foi proposto pela Câmara. Em causa está a sociedade Alves & Barbosa, vendedora dos ca-
fés Flor do Minho, que pediu aquele valor em contra-proposta à apresentada pela autarquia. Diz a sociedade, entre outras coisas, que aquela deliberação "não respeita os princípios da necessidade e da proporcionalidade" e que o relatório de avaliação foi elaborado "em termos genéricos, sem que antes o sr. perito tenha toma-
do conhecimento da real e actual situação da arrendatária". Acrescenta ainda que a decisão da Câmara será impugnada judicialmente. A Câmara considera a quantia pedida pelo inquilino "exagerada, correspondendo a mais do quíntuplo do valor oferecido e resultante de avaliação pericial, não sendo
por isso de aceitar", defende o vereador dos Assuntos Jurídicos, Durval Tiago Ferreira, na proposta levada à reunião camarária da última quinta-feira. A proposta foi aprovada por unanimidade e dita que a Câmara vai declarar o edifício como de utilidade pública para depois avançar para a expropriação.
06 opinião pública: 2 de Maio de 2007
cidade
Assembleia Municipal aprova relatório e Contas de 2006
Oposição votou contra em bloco Marta Isabel Marques Na passada sexta feira, os deputados da Assembleia Municipal aprovam o Relatório e as Contas da Câmara de 2006, com os votos contra de toda a oposição. Numa discussão fraca em argumentos, os deputados da oposição teceram as habituais críticas ao documento. CDU, BE, PS votaram contra alegando que o exercício de 2006 ficou muito aquém das expectativas. Santos Oliveira, do PS, apelidou mesmo este Relatório e Contas como sendo apenas “letra morta”. E, mais uma vez, chamou a atenção para as escassas verbas aplicadas em algumas freguesias do concelho. A propósito desta intervenção, pediu para usar da palavra, Jorge Silva, presidente da Junta de Esmeriz, que interveio para salientar que sobre esta matéria só os presidentes de Junta estão esclarecidos. “Os deputados que aqui falam sobre a realidade das freguesias, não têm conhecimento de facto. Nós, presidentes de Junta, falamos uns com os outros, e não podemos dizer que nada se tem feito. A minha freguesia, quando assumi a presidência, não tinha saneamento e o abastecimento de água também era nulo, agora tenho a freguesia coberta em 70% de saneamento e cobertura de água nos 100%”, disse o autarca. E acrescentou:
vez, vemos projectos arrastados de plano plurianual para plano plurianual”, afirmou. Depois, Adelino Mota referiu-se ao recente caso Jorge Carvalho: “as intrigas minaram este executivo, vivemos uma realidade preocupante”. O PS, na voz do deputado Paulo Folhadela, optou por fazer a comparação das promessas feitas pelo executivo e o não cumprimento das mesmas. “A Câmara prometeu uma reforma da estrutura orgânica da administração municipal, prometeu um sistema de gestão e certificação da prestação de serviços, prometeu novas instalações do departamento do urbanismo, e nada disto se cumpriu.” Na área da Educação Paulo Folhadela deu também alguns exemplos: “a carta educativa do município foi aprovada mas a partir desse dia nada mais se soube a cerca do assunto”, questionando ainda “para quando o funcionamento das instalações provisórias da casa da juventude”.
Nuno Sá em defesa do PS contra declarações de Manuel Nascimento
“Isso não quer dizer que esteja satisfeito. É evidente que eu e todos os meus colegas queremos sempre mais e melhor para as nos-
sas freguesias, mas nós é que sabemos o que necessitamos”. De regresso à discussão dos partidos, Adelino
Mota, do Bloco de Esquerda, justificou o seu voto contra pelo facto de não ver cumpridas promessas do executivo. “Mais uma
JSD de Famalicão com dois militantes nos órgãos nacionais
Hugo Mesquita dirige Gabinete das Comunidades A Juventude Social Democrata (JSD) de Famalicão tem dois elementos nos novos órgãos nacionais, eleitos no congresso nacional que decorreu nos dias 21 e 22 de Abril. São eles: Hugo Mesquita, líder da secção famalicense, e Vítor Pereira, que foi eleito para o Conselho Nacional. Considerado como um dos mais acesos e disputados de sempre, o congresso elegeu Pedro Rodrigues, de Guimarães, para presidente da JSD Nacional, com 60% dos votos, um candidato que, de resto, foi apoiado pela secção de Famalicão. Hugo Mesquita, que ocupava o cargo de vogal na Comissão Política Nacional, foi convidado, por Pedro Rodrigues, a dirigir o Gabinete das Comunidades, uma estrutura criada pela nova liderança. Em nota à imprensa, o dirigente de Famalicão considera a criação deste gabinete "como um importante passo na aproximação às comunidades emigrantes portuguesas espalhadas pelo mundo, especialmente num momento em que se assiste a um novo surto de emigração jovem, em consequência da falta de oportunidades e da estagnação económica do país". Por sua vez, Vítor Pereira encara a sua eleição como "mais uma responsabilidade dentro da JSD", assumindo-se como "um fiscalizador do cumprimento das políticas sociais-democratas para a ju-
Hugo Mesquita nos órgãos nacionais da JSD
ventude portuguesa". Refira-se que Pedro Rodrigues, de 27 anos, apesar de ser militante de Guimarães não teve o apoio da sua própria secção, nem da totalidade do distrito. À semelhança do anterior congresso, realizado em 2005, as secções de Fafe, Barcelos, Braga e Guimarães posicionaram-se ao contrário do restante distrito, tendo apoiado candidaturas diferentes, que saíram derrotadas.
Armindo responde A resposta da Câmara não se fez esperar. Armindo Costa comparou o que o actual executivo já fez em seis anos e o que o anterior executou em 19. “Se os senhores quiserem comparar, eu não tenho problemas em comparar”, afirmou. Depois, em resposta
ao deputado socialista, Armindo lembrou: “No momento em que disponibilizámos terreno para o novo hospital e no momento em que foi feito o auto de consignação do novo tribunal, eu disse que abandonava o projecto do terreno do antigo colégio Camilo Castelo Branco. Disse ainda que iríamos aproveitar, em 2007, o espaço ocupado até então pelo tribunal para aí instalar o Urbanismo, a Cultura e a Educação, e se possível os serviços sociais”. De destacar, à margem da temática desta sessão, uma série de discussões em volta da desunião dos partidos. As recentes declarações do deputado, agora independente, Fernando Salgado na sessão solene do 25 de Abril foram o mote para uma bateria de acusações entre partidos, que teve como principais protagonistas Nuno Sá, do PS, e Manuel Nascimento, do PP. A troca de acusações levou mesmo a uma dura intervenção do presidente da Assembleia Municipal, Nuno Melo, que ameaçou os dois deputados de lhes tirar a palavra caso insistissem na discussão. Uma nova sessão da AM ficou agenda para a próxima sexta feira, dia 4 de Maio para debater a proposta de referendo apresentada pelo PS, a propósito do destino do actual estádio municipal.
Serviço “Vamos à praia” já arrancou Teve início esta terça-feira, dia 1 de Maio, o serviço “Vamos à praia”, da ARRIVA, empresa de transporte público. Os interessados já podem adquirir o horário da carreira que este ano a empresa crê que vai facilitar a sua consulta. É que optou-se por um esquema de calendário com cores que se associam aos dias de operação dos horários. Assim, a ARRIVA terá um serviço garantido por mais autocarros, sendo alguns efectuados com au-
tocarros de semi-turismo articulados. “A praia da Póvoa de Varzim nunca esteve tão perto como agora com este serviço directo via auto-estrada”, aponta a empresa. Em Agosto será retomado o serviço “rápido” Póvoa-Guimarães. Este serviço, divulgado em hotéis, pensões, supermercados, bares, cafés da praia, bem como nos postos de turismo, pretende incentivar a visita de Guimarães no meio turístico da Póvoa de Varzim.
BV Famalicão não festejam aniversário A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Famalicão completa, no próximo dia 9, 117 anos de vida. Porém, este ano não haverá as habituais comemorações, dado que a corporação se encontra de luto pelo falecimento do comandante do Quadro de Honra, Fernando Soares. Em nota à imprensa, a corporação pede a compreensão de todos os que costumam participar nas celebrações, acrescentando que desta forma “se presta mais uma sentida e devida homenagem” a Fernando Soares.
cidade
opinião pública: 2 de Maio de 2007 07
Certame anima cidade até domingo, na Praça D. Maria II
Feira Medieval começa sexta-feira Famalicão acolhe, no próximo fim-de-semana, mais uma edição da Feira Medieval e Quinhentista, realizada no âmbito da prova de aptidão profissional do curso de Animação Sócio Cultural da Escola Profissional CIOR. Coorganizado pela Câmara Municipal, o evento vai decorrer de sexta-feira a domingo, na Praça D. Maria II. "É já um marco cultural do concelho", referiu o vereador da Cultural, Leonel Rocha, segunda-feira, na conferência de imprensa de apresentação do programa, acrescentando que é também "uma referência de nível nacional, no âmbito da caracterização histórica do período medieval, pelo aproveitamento do empe-
Leonel Rocha, ao centro, diz que a Feira "é um marco cultural do concelho"
nho e rigor que a escola aplica no âmbito do estudo da época". A iniciativa "casa" a educação e a cultura e, segundo o vereador, "quanto mais apostarmos na educação
mais a questão cultural é um imperativo que beneficia a formação obtida, no âmbito da educação". Por isso, sublinha Leonel Rocha, a Câmara tem procurado ser "um parceiro das escolas na
acção educativa e no desenvolvimento dos projectos educativos" e é assim que surge a colaboração neste projecto da CIOR. Este ano a Feira Medieval regista algumas alterações, nomeadamente na sessão oficial de abertura, que desta feita acontece na noite do primeiro dia, sextafeira, pela 21 horas. Este primeiro dia continua destinado a escolas e instituições convidadas, com jogos para crianças. Em termos de números, serão introduzidas algumas inovações nas "Justas Medievais", agendadas para sábado à noite, que desta vez irão incluir combates de esgrima entre cavaleiros e peões.
Mickael Carreira e André Sardet são atracções musicais
Antoninas de 7 a 13 de Junho As Antoninas 2007 vão realizar- dia 10, também à noite, e su- cal. Vai decorrer também no Esse de 7 a 13 de Junho e têm um bordinado ao tema "As mulhe- tádio Municipal, logo após o orçamento de 200 mil euros, res na história mundial". Quer concerto de André Sardet. menos 40 mil do que no ano as marchas, quer o cortejo vão Apesar da semana de festa, passado. O programa provisó- percorrer as ruas da cidade e a Câmara conseguiu baixar o rio das festas da cidade foi terminar, à semelhança do ano orçamento em 40 mil euros em aprovado, por unanimidade, passado, no Estádio Municipal. relação ao ano passado, mas quinta-feira, na reunião do exeO programa contempla tam- Armindo Costa garante que cutivo camarário. "não haverá menos Os festejos nas festas". A Câmara conseguiu baixar o orçamento brilho arrancam a uma Na reunião camaráem 40 mil euros em relação quinta-feira, dia ria, além do progra7, feriado nacioma, foi aprovada a ao ano passado, mas Armindo nal, e prolonatribuição de um garante o mesmo brilho. gam-se até ao fesubsídio de 200 mil riado municipal euros à comissão de Santo António. Na música bém vários eventos desporti- organizadora das Antoninas, estão para já confirmados os vos como o Torneio de Tiro aos sendo que a previsão de custos nomes de Mickael Carreira, pa- Pratos (dia 7), a Milha Urbana aponta para os 269 mil. O corra a noite do dia 9, e de André (dia 9) ou a Corrida de Galgos tejo histórico leva a maior faSardet, que realizará o concer- (dia 10). Novidade é a realiza- tia, 65 mil euros, logo seguido to de encerramento, na noite ção de uma corrida concelhia das marchas, que vão custar 55 do dia 13, no Estádio Munici- de carros de rolamentos, orga- mil. pal. nizada pela escola profissional A oposição também subliO programa contempla tam- Forave, agendada para as nhou a contenção no orçamenbém, naturalmente, os núme- 15h30 do dia 9, no Lago Dis- to, lembrando que têm dito ros habituais: as marchas in- count, em Ribeirão. sempre que "é possível fazer fantis, no dia 8; as marchas anJá a sessão de fogo de arti- festas interessantes e gastar toninas, na noite do dia 12, e o fício que vai encerrar as Anto- menos dinheiro". cortejo histórico, que será no ninas deste ano, muda de loM . F.
O programa "é reforçado nas tardes e noites de sábado e domingo, períodos do dia que os famalicenses preferem para se passearem pelas ruas da cidade", sublinhou Luís Bessa, professor responsável pela coordenação do evento. Mas o ponto alto do certame mantém-se na noite de sábado onde, depois das "Justas", se realizam o banquete e as danças medievais. Assim, de sexta-feira a domingo, Famalicão vai viajar até à Idade Média com as artes circenses, cortejos lutas de varapaus, autos-defé, jogos medievais, combates de esgrima, justas, teatro, demonstrações de armas, banquetes e bailes quinhentistas, a maior parte
assumidas pelos alunos da escola profissional. Ao todo estão envolvidos cerca de 350 elementos, entre alunos e professores da CIOR e comerciantes. O certame está orçado em 74 mil euros, 27 mil dos quais patrocinados pela autarquia. O programa desta feira medieval integra também a Feira Grande ou Feira das Trocas, que se costuma assinalar a 8 de maio. Está será, assim, "única programação cultural dessa feira, que é assim antecipada, dado que a riqueza cultural deste fimde-semana é tão grande que não faz sentido realizar na quarta-feira seguinte novas acções culturais", explicou Leonel Rocha.
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cidade
Sensibilizar a comunidade escolar foi a palavra de ordem
Dia da Terra comemorado no Externato de Ruílhe O Departamento de Ciências Sociais e Humanas do Externato Infante D. Henrique assinalou, entre 18 e 20 de Abril, o Dia da Terra (oficialmente comemorado a 22), sob a coordenação do grupo disciplinar de Geografia. Foram três dias de actividades intensas e interessantes que pretenderam sensibilizar a comunidade escolar para os fenómenos e problemáticas que põem em causa o futuro do Planeta. A primeira actividade das comemorações do Dia da Terra realizou-se na quarta-feira, dia 18 de Abril. Tratou-se justamente de um colóquio subordinado ao tema "As alterações climáticas, os média e a sociedade", orientado por Anabela Carvalho, da Universidade do Minho. Neste colóquio participaram as turmas do 10º e 11º anos do curso de Ciências Sociais e Humanas. Os assuntos tratados foram as alterações climáticas como o maior problema ambiental dos nossos tempos, considerando que é um problema global com múltiplas causas e consequências de grande complexidade
Alunos tiveram oportunidade de construir um mural com mensagens
política e técnica. Foi referida a importância dos média enquanto espaço privilegiado para a "construção social" do ambiente. Estes devem, segundo Anabela Carvalho, explicar as alterações climáticas de forma simples e não simplista, sendo necessário encontrar formas de mobilizar permanentemente as pessoas. O colóquio terminou com a ideia de que é urgente uma cidadania activa para que o problema não se torne irreversível. Ainda neste dia os alunos tiveram oportunidade de construir um mural com mensagens dedicadas ao Dia da Terra e
pintar t-shirt´s com um logotipo relacionado com a temática. Além disso, foi aberta à comunidade escolar uma exposição subordinada ao tema "As Regiões Polares: Investigação, Ambiente e Sustentabilidade" onde é realçada a problemática da relação entre a Antártida e o aquecimento global e as consequências que daí advêm para o Planeta Terra. Finalmente, no dia 20, foram distribuídos autocolantes e um desdobrável aos alunos dos diferentes ciclos como forma de sensibilização e informação para os problemas ambientais que afectam a Terra.
Assembleia de sábado bastante participada
Moradores do Aro dão luz verde ao condomínio Já estão eleitas três comissões instaladoras para criar um condomínio legal no Edifício Aro. A eleição ocorreu no passado sábado, durante uma assembleia geral de condóminos, que contou com a presença de mais de uma centena de pessoas, o que superou “todas as expectativas”, dos promotores. As três comissões instaladoras, eleitas por unanimidade, vão agora encabeçar todo o processo de constituição formal do condomínio, que na prática dará origem a três condomínios, um por cada prédio. “Estas comissões são autónomas e distintas, embora nesta primeira fase irão trabalhar de forma coor-
denada. Depois, ganharão autonomia, até porque os interesses de cada propriedade horizontal podem divergir”, explica um dos promotores do encontro, Joaquim Vilarinho. Este condómino sublinha, entretanto, que se tratam de “comissões abertas”, ou seja, “todas as pessoas que queiram participar podem fazê-lo e serão bem-vindas”. “Podem dar as suas opiniões e sugestões ou mesmo tirar dúvidas junto de nós”, especifica. É a primeira vez, em quase 20 anos de existência, que o Edifício Aro se prepara para ter um condomínio legalmente constituído, o que faz aumentar a esperança de
Joaquim Vilarinho na resolução, num futuro próximo, dos principais problemas com que o edifício se debate há anos, entre os quais o da cave, que continua votada ao abandono e a ser local frequentado por pessoas estranhas ao prédio. “Neste momento, temos todas as condições para andar para a frente”, afirma um dos promotores do processo, anunciando que nos próximos meses será promovido um convívio para todos os condóminos e moradores, por forma a que “litígios que houve no passado se comecem a ultrapassar, com o objectivo de, todos juntos, resolvermos os problemas”.
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cidade
Espectáculo de variedades na Casa das Artes
Casa cheia para assistir a evento da D. Sancho I No passado fim-de-semana a Casa das Artes de Famalicão recebeu um espectáculo digno das grandes produções teatrais. Inserido nas comemorações dos 50 anos da Escola Secundária D. Sancho I, este evento constituído por 34 números entre teatro, poesia, passando por vários estilos de dança, canto, piano, ginástica, filmes, jograis, entre outros, contou com mais de 150 participantes. A iniciativa tratou-se do projecto anual dos professores Maria João Lopes, Maria Luísa Andrade e Joaquim Sampaio que estiveram na coordenação deste espectáculo. Alunos, professores, ex-alunos e funcionários deram o seu contributo para esta festa de luz e cor num grande auditório que foi pequeno para a acolher todos aqueles que quiseram ver este trabalho.
Evento juntou 150 participantes
A abertura do evento constou de uma sequência animada com uma projecção alusiva ao desabrochar da vida para o conhecimento e num mini-palco lateral foi cantada poesia por
um actual professor. A acompanhá-lo no palco central apareceu um laboratório de experiências químicas, fumos e uma coreografia. O passado não foi esqueci-
do neste espectáculo e a revivê-lo estiveram os jograis (antigos alunos da fundação da Escola), sendo passado um filme dos anos 60 e declamada poesia escrita por uma ex-aluna. Todos os momentos foram agraciados pelo público com enorme ovações. Os números musicais “Avé Maria”, “The Prayer” e “Killing me Softly”, as três peças de teatro, cada uma com o seu estilo, do drama à comédia, com encenação clássica e moderna. Tratou-se de um espectáculo com muito ritmo, cor e fascínio e com uma dinâmica estonteante que resultou de um jogo de aproveitamento do palco central e dos dois mini-palcos laterais. Que no final levou os presentes a aplaudir de pé este grande esforço de professores e alunos de uma escola com uma história cinquentenária.
Várias escolas do país reúnem-se em Famalicão para comunicar Matemática
Intercâmbio de Matemática foi um sucesso A Universidade Lusíada de Famalicão e a Câmara Municipal reuniram, no passado dia 26 de Abril, mais de 500 alunos do 10º, 11º e 12º anos de escolaridade com o objectivo de promover a comunicação Matemática e o convívio e o estimulo pelo Ensino Universitário. Neste intercâmbio, à volta da disciplina de Matemática Aplicada às Ciências Sociais, estiveram presentes alunos de escolas dos distritos de Braga (Barcelos, Vila Verde, Joane, Famalicão, Celorico de Basto, Amares), Porto (Senhora da Hora, Santo Tirso, Leça da Palmeira), de Viana do Castelo (Valença) e de Setúbal (Corroios). Para o professor Eduardo Cunha, “a importância desta iniciativa verifica-se ao nível das aprendizagens significativas e do patentear da importância da literacia matemática”. Este professor salientou “o facto de existirem 11 comunicações matemáticas apresentadas por alunos, para alunos”, acrescentando que “são um claro sinal de que a Matemática é uma disciplina com potencial comunicativo”. Os alunos presentes neste intercâmbio, tradicionalmente, têm imensas dificuldades à disciplina de Matemática, e durante o eveto tiveram a oportunidade de assistir às 11 comunicações apresentadas pelos vários grupos de alunos, que versaram temas desde a Teoria da Partilha, Estudos Estatísticos e Modelos Matemáticos. Os exemplos práticos e relacionados à vida real foram a chave comum a todas as comunicações, tendo os alunos apre-
O auditório da universidade foi pequeno para acolher todos os alunos
sentado métodos justos e livres de inveja para a partilha de heranças e bens, demonstrado que a estatística pode ser uma forma de intervenção dos alunos nas decisões, nas escolas e na sociedade. Demonstraram ainda que se pode usar os conhecimentos matemáticos para tomar as melhores decisões financeiras, como a opção de melhor tarifário de telemóvel.
DIA DA MÃE 6 DE MAIO A ACIF solicita aos seus associados o favor de passarem nas suas instalações pois temos para oferecer decorações de montra e postais alusivos ao Dia da Mãe.
Curso de Enologia A ACIF irá realizar no próximo mês de Abril um Curso de Enologia destinado aos profissionais da hotelaria e restauração. A referida acção terá a duração de 8 horas, sendo um curso essencialmente prático. Os participantes terão provas de vinhos em todas as sessões, documentação de apoio e diploma de participação. Para mais informações por favor contacte os nossos serviços através dos seguintes telefones: 252315095/252315409 Fax:252315478 e.mail: formacao@acif.pt
Curso de primeiros socorros A ACIF irá realizar um curso de Primeiros Socorros em horário pós – laboral com a duração de 20H com os seguintes conteúdos: • A pessoa responsável pelos primeiros socorros na empresa • Vantagens de ter um responsável na empresa pelos primeiros socorros • Princípios Gerais do Responsável pelos primeiros socorros • Prevenir / Alertar / Socorrer • Exames Comuns a todas as situações de Acidentes de Trabalho • Exame da Vítima • Definição e actuação perante Acidentes de Trabalho/Situações de Emergência Associadas • Intoxicações / Fracturas / Hemorragias / Amputações / Feridas / Queimaduras / Epilepsia / Choque / Diabetes • Dor Torácica de Origem Cardíaca • Acidente Vascular Cerebral • Técnicas a aplicar perante um acidente de Trabalho • Chave de Rautek • Posição Lateral de Segurança • Manobra de Heimlich e pancadas Interescapulares • Imobilização da Cervical e Equipamento de Transporte • Rolamento / Levantamentos
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cidade
Falecimentos Camilo Gomes da Rocha, no dia 23 de Abril, com 75 anos, casado com Maria Manuela Moreira Azevedo, da freguesia de Calendário.
António da Silva Pinheiro, no dia 28 de Abril, com 80 anos, casado com Maria do Carmo Mendes Ferreira, da freguesia de Bairro.
Manuel Silva Fernandes, no dia 24 de Abril, com 63 anos, divorciado de Laurinda Cabral da Silva, da freguesia de Vilarinho das Cambas.
Agência Funerária de Burgães Sede.: Burgães / Filial.: Delães Telf. 252 852 325
Agência Funerária Calendário Calendário - Telf. 252 377 207
Maria Ramos Flores, no dia 30 de Abril, com 82 anos, viúva de Joaquim Gonçalves dos Santos, da freguesia de Fradelos.
Maria da Silva Ribeiro, no dia 11 de Abril, com 80 anos, viúva de Manuel Dias Moreira, da freguesia de Ribeirão.
Agência Funerária Palhares Balazar – Tel.: 252 951 147
Maria Helena Ferreira da Costa, no dia 13 de Abril, com 61 anos, casada com Joaquim Gomes da Silva, da freguesia de Ribeirão.
Gabriel de Meira, no dia 25 de Abril, com 89 anos, viúvo de Maria da Conceição Silva, da freguesia de Bente.
Laura Domingues da Costa, no dia 18 de Abril, com 86 anos, viúva de António da Cruz Reis, da freguesia de Ribeirão.
Leopoldina de Jesus Faria, no dia 26 de Abril, com 88 anos, viúva de João Fernando Gomes, da freguesia de Landim.
Zulmira Silva Costa, no dia 20 de Abril, com 69 anos, casada com Armando da Silva Cruz, da freguesia de Ribeirão.
Camilo da Silva Granjo, no dia 28 de Abril, com 76 anos, casado com Alzira Costa e Silva, da freguesia de Calendário.
Almerinda Rosa Maia, no dia 22 de Maio, com 92 anos, viúva de Mário Celestino Moreira Andião, da freguesia de Ribeirão. Funerária Ribeirense Paiva & Irmão Lda Ribeirão – Telf. 252 491 433
Maria da Conceição Pereira da Silva, no dia 30 de Abril, com 63 anos, casada com Euclides Costa e Silva, da freguesia de Antas (S. Tiago). Agência Funerária da Lagoa Lagoa – Telf. 252 321 594
Joaquim Rodrigues Marques, no dia 24 de Abril, com 83 anos, viúvo de Ascenção da Rocha Oliveira, da freguesia de Gavião. Maria do Céu Moreira, no dia 27 de Abril, com 88 anos, viúva de Manuel Pereira Soares, da freguesia de V.N. De Famalicão. Maria Helena de Azevedo Araújo, no dia 26 de Abril, com 74 anos, casada com Gustavo de Lima Barros, da freguesia de V.N. De Famalicão. António Dias dos Santos, no dia 25 de Abril, com 63 anos, divorciado de Lucinda Ferreira da Silva, da freguesia Outiz. Agência Funerária Rodrigo Silva, Lda Vila Nova de Famalicão – Tel.: 252 323 176
Irmã Maria Cândida Maia da Costa, no dia 29 de Abril, com 93 anos, solteira, da freguesia de Santo Tirso. José Manuel Rego Lima, no dia 28 de Abril, com 79 anos, casado com Clarinda Reis da Silva, da freguesia de S. Martinho de Bougado (Trofa). Manuel Augusto Soares Rocha, no dia 20 de Abril, com 66 anos, divorciado de Arminda Maia Serra Barbosa Rocha, da freguesia de S. Martinho de Bougado (Trofa). Agência Funerária Trofense, Lda (S. Martinho de Bougado) Trofa – Tel.: 252 412 727
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cidade
mais de Famalicão maravilhas
Industrial
A Boa Reguladora
A fábrica dos relógios
A Fábrica Nacional de Relógios Reguladora constitui um dos mais importantes exemplares do património industrial do município. Fundada no Porto em 14 de Abril de 1892, situada na rua Faria Guimarães, 25, sob a firma São Paulo & Carvalho, a Boa Reguladora, como então se designou, conseguiu grande aceitação dos seus produtos nos mercados nacionais incluindo os das colónias e estrangeiros. Foram sócios iniciais da empresa João José de São Paulo, José Gomes da Costa Carvalho e Lino Gomes da Costa Carvalho. Foi após o anúncio de uma alteração das pautas aduaneiras no sentido de dificultar a entrada de relojoaria estrangeira, que estes industriais se animaram em
criar a empresa, adquirindo ainda em 1891, em VN de Famalicão, os equipamentos necessários à produção dos mecanismos dos relógios, tendo sido neste campo verdadeiramente inovadores. Em 1894 aparecem no mercado os primeiros relógios saídos das suas oficinas manuais. Em 1895 Joao de São Paulo abandona a sociedade, mudando a firma para Carvalho, Irmão &Cª, firma esta responsável pela transferência da empresa para Famalicão, onde, em fins de 1896, iniciou definitivamente, e em maior escala, a sua laboração. Em 1899, o jornal “O Século” publica na 1ª página o artigo sobre Vila Nova, no dia 2 de Julho. Vasco de Carvalho realça, em adulto, no texto, a referência à fundação da primeira fábrica de
relógios do país “A Boa Reguladora”. Adquiriu este recorte à Livraria Camões de Júlio Guimarães, em Lisboa, pelo valor de 7$50. A Boa Reguladora foi fábrica de relógios mas também de serração, que tendo adaptado a sua máquina de vapor à produção eléctrica, obteve a concessão para a iluminação da Vila, em 1910. Em 1924 alargou definitivamente as suas instalações, com a construção, junto ao primitivo edifício, de um outro em cimento armado, o qual já então evidenciava uma arquitectura mais cuidada, e que hoje constitui, na opinião de Lopes Cordeiro (in catálogo da exposição “Património Industrial do vale do Ave, 1992), o mais significativo elemento do património industrial da Cidade.
Sampaio, Ferreira & Cª.
A primeira têxtil moderna Fundada em 1896 pelo tecelão Narciso Ferreira, a Sampaio, Ferreira & Cª, inicialmente designada Fábrica de Fiação, Tecidos e Tinturaria de Riba d'Ave, foi a primeira fábrica têxtil moderna do concelho de Famalicão e iniciou a sua actividade com 200 teares e uma estrutura vertical que incluía fiação, tecelagem e tinturaria. Narciso Ferreira implanta a fábrica junto do rio e os primeiros equipamentos urbanos (bairros operários; hospital; escola primária e posto da guarda) no ponto mais alto do lugar e perto do núcleo da primitiva aldeia. Todo este conjunto, fábrica; equipamentos e bairros, é estruturado pela EN 310 que liga Caniços à Póvoa do Lanhoso.
Falar de indústria em Riba d'Ave implica também prestar um pouco de atenção sobre a pequena fábrica de lã do Barão da Tro-
visqueira, porque ela parece representar o primeiro aproveitamento hidráulico conhecido para o concelho, assentando a estrutu-
ra motora do maquinismo numa turbina. Aurélio Fernando é o autor mais documentado sobre a fábrica do Barão da Trovisqueira, tendo encontrado o registo da propriedade adquirida em 1873 pelo Barão, a Azenha da Igreja, a montante da Ponte de Riba d'Ave. Era composta por uma casa térrea, coberta de telha, com duas rodas, com horta e mato devidamente murados. Mas, em 1881, segundo anotação complementar do registo notarial, já tinha casa torre e térrea, com uma fábrica de lanifícios, cujas máquinas são movidas pelas águas do rio Ave, por meio de uma turbina. Segundo Aurélio Fernando, esta fábrica seria depois vendida,
transformada em tecelagem de algodão e transferida mais tarde para Oliveira S. Mateus, tendo as ruínas do estabelecimento inicial e terrenos sido adquiridos, em 1913, por Narciso Ferreira, permitindo ampliar o espaço da grande fábrica Sampaio & Ferreira, situada um pouco acima. A Sampaio, Ferreira & Cª, foi na verdade, a primeira grande unidade industrial do concelho de VN de Famalicão (em 1910 já tinha 846 trabalhadores), projectada como "completa", isto é, dotada de sentido verticalizante (fiação, tecelagem, tinturaria), e pode dizer-se que inicia o pólo industrial de Riba d'Ave, sob o ponto de vista da organização moderna.
A Eléctrica, Lda.
A metalomecânica que potenciou o município No gaveto da rua Adriano Pinto Basto com a avenida 25 de Abril, encontra-se o edifício de A Eléctrica, Lda., empresa fundada em 1925, cuja actividade se centrava na produção metalomecânica, produzindo, entre outras, máquinas para a indústria têxtil. Está assim intimamente ligada com a principal actividade económica do município, tendo representado um importante papel para o seu desenvolvimento. A firma fundadora (Dias Costa & Cª), criada em 1916, dedicou-se a este ramo de actividade apenas durante nove anos. Depois, em 1925, é fundada a Eléctrica, Lda. Para além da metalomecânica, a sua actividade abarcou a recolha e
aluguer de automóveis e a representação de algumas marcas (Oliva, Citroën). Foi ainda concessionária do fornecimento de energia eléctrica e, em 1936, assina um contrato com a CP para o transporte de correio e passageiros para a estação. A estação de serviço Íris pertence igualmente à Eléctrica. Este imóvel apresenta uma arquitectura bastante cuidada, tendo sido construído para um salão de exposição de automóveis, e só depois adaptado para o efeito. O edifício é constituído por duas partes; uma primeira, com dois pisos, tem duas frentes, uma voltada para a Rua Adriano Pinto Basto e outra para a Avenida 25 de Abril. Apresenta em cada
uma, duas grandes janelas e uma varanda terminando em semi-circulo, onde se lê o nome da empresa. A segunda parte desenvolve-se paralelamente à Avenida 25 de Abril, através de um módulo de um único piso. O importante papel que A Eléctrica, Lda. desempenhou no município é inegável, abarcando ramos de actividade diversos, impondo-se no mercado e mantendo-se em funcionamento consecutivamente durante 66 anos. Ao longo destes anos, a fachada do imóvel manteve-se praticamente inalterada, o que permite hoje reconhecer A Eléctrica, como um dos melhores representantes do património industrial do nosso município.
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cidade
mais de Famalicão magníficos
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Economia
Artur Cupertino de Miranda
Um banqueiro empreendedor
Artur Cupertino de Miranda nasceu no Louro, em 15 de Setembro de 1892. A sua vida repartiu-se por múltiplas actividades, mas é no campo financeiro que o seu espírito empreendedor mais se eleva. Fundou o BPA e o Banco Comercial de Angola, e deixou o seu nome ligado ao turismo (Vilamoura), à indústria vidreira e a projectos agrícolas, como a "Solouro". Artur Cupertino de Miranda era o mais novo de quatro irmãos. Frequentou a escola primária em Linhares, prosseguiu os estudos no Liceu Rodrigues de Freitas, no Porto, e, mais tarde, no Instituto Industrial e Comercial, da mesma cidade, onde concluiu o curso superior de comércio. Após uma breve passagem pela vida militar, casou com Elzira Celeste Maia, tendo fixado residência no Porto. Logo após a
implantação da República, envolveu-se na actividade política da época, aderindo ao Partido Socialista Português. Porém, acabaria por se desligar da actividade partidária, devido às suas responsabilidade profissionais. O contacto com a Banca surgiu quando tinha 20 anos e ingressou na Casa Bancária Fernandes Guimarães, no Porto, passando depois para o Banco Popular Português (BPP). Em 1919 funda, juntamente com o irmão e o BPP, a Casa Bancária Cupertino Miranda. Em pouco tempo adquire as quotas dos seus sócios, gerindo o banco com o maior rigor, num período bastante conturbado. Durante a década de 20, dedicou-se também a outros negócios, entre eles uma sociedade de mercearias cuja principal ac-
tividade era o comércio do bacalhau e a pesca. Em 1932 inaugura a primeira agência da sua Casa Bancária em Famalicão e, quatro anos depois, funda a Covina, empresa que introduziu o fabrico de vidro mecânico no país. E é durante a década de 30 que reúne o prestígio e o capital necessários para, em 1942, transformar a sua Casa Bancária no Banco Português do Atlântico (BPA). A partir de 1950 consolida-se a estratégia de desenvolvimento do BPA e Cupertino estabelece-se em Lisboa. Já nos anos 60, tendo adquirido uma quinta no Algarve, funda a Lusotur, que veio a construir o famoso empreendimento de Vilamoura. Depois do 25 de Abril e da morte da esposa, em 1978, viveu discretamente em Lisboa, onde veio a falecer em 1988.
Carvalhos da Boa Reguladora
Os Iberistas A Boa Reguladora, a primeira fábrica de relógios de mesa e parede, da Península Ibérica nasce em 1892, sob o impulso de João José de S. Paulo, relojoeiro estabelecido no Porto, e José Carvalho, serralheiro, na casa do Carvalho, em Mouquim, Famalicão. João de S. Paulo, alimentava o sonho de montar uma fábrica de relógios em Portugal, e quando a amizade lhe coloca no caminho José de Carvalho, encontra o habilidoso mecânico, famalicense, dono de uma pequena oficina, na casa dos pais, em Mouquim, com forja, onde trabalha o ferro para alfaias agrícolas. É o espírito inventivo, deste "industrial, artista", que abre as portas ao sonho do amigo. A primeira latada em ferro, de norte de Portugal montou-a na quinta dos pais. A sociedade que fundam, "S. Paulo & Carvalho", tinha por finalidade não só o comércio de relógios, mas especialmente o fabrico deles. O primeiro modelo de
relógio, que colocam no mercado chama-se "Batalha", relógio de mesa, batendo horas e meias horas, e contendo desde logo na chave a inscrição "Boa Reguladora". Em 1901 a "Boa Reguladora" muda-se para Famalicão, entrando para sócio, Lino de Carvalho, o irmão mais novo de José Carvalho, já então relojoeiro na rua Sto António, na então "Vila" de Famalicão. E optaram por implantá-la junto ao Caminho-de-ferro, em Louredo, Calendário, tirando partido do único meio de transporte, ao tempo existente, para as matérias primas e produtos acabados. O espírito de empreendorismo e a permanente busca de soluções inovadoras levam-nos a construir uma empresa integrada, onde existem todos os componentes de fabrico de relógios. É assim, que nasce uma carpintaria para o fabrico das caixas dos relógios, e, pouco depois a produção de "gás-pobre", um combustí-
José de Carvalho
Narciso Ferreira
O homem do têxtil Narciso Ferreira nasceu em Pedome, a 7 de Julho de 1862, no seio de uma família de pequenos agricultores. A perda do pai, quando ainda era jovem, e as consequentes dificuldades económicas, levaram a que começasse a trabalhar muito cedo. Aos 19 anos iniciou a sua actividade industrial, instalando na sua casa dois teares, ao mesmo tempo que distribuía teias urdidas pelos domicílios rurais, cujo produto final comercializava nas feiras da região e do Porto. Em 1882 casa com Eva Rosa Oliveira e vai viver para Riba d’Ave onde, em 1890, ergue um pequeno aproveitamento hidráulico do rio Ave, no lugar de Pena Cabrão, que proporcionava energia a uma pequena fábrica que ali instalou, com 18 teares mecânicos.
Constituiu, em 1894, uma sociedade com negociantes e capitalistas do Porto, intitulada Sampaio, Ferreira & C.ª, que se instalou na fábrica que já possuía. Esta foi reapetrechada com 200 teares e integrando novas secções de fiação e acabamentos. A "fábrica mãe", como passou a ser designada, vai desempenhar um papel importante na criação do império têxtil de Narciso Ferreira, funcionando até como uma espécie de escola de formação para outras fábricas. Em 1905 instala na freguesia de Bairro a Têxtil Eléctrica, Lda e, quatro anos mais tarde, a Oliveira, Ferreira & Cª Lda. Narciso Ferreira actuou também no sector agrícola, criando a Empresa Florestal de Minde, em Lordelo, plantando centenas de
milhares de eucaliptos. Desempenhou ainda um papel importante no desenvolvimento do sector eléctrico nacional, juntamente com o seu filho Delfim Ferreira, colaborando na formação e desenvolvimento da Companhia Hidroeléctrica do Varosa. Ainda com o seu filho, cria a Hidroeléctrica do Ermal, no rio Ave, e instala em Caniços uma central termoeléctrica. Os enormes lucros gerados pela actividade industrial permitiram-lhe desenvolver uma actividade de carácter filantropo em Riba d’Ave, dotando-a de vários equipamentos, como hospital, cinco bairros operários, escola primária, teatro e quartel da GNR. Narciso Ferreira faleceu em Março de 1933. Em 1945, os filhos criaram uma fundação com o seu nome.
vel para accionar as máquinas e, mais tarde, (a partir de 1909), para fornecer energia eléctrica à então Vila. A história da Boa Reguladora, é um século de sucessos, guiada sempre pelo espírito criativo e visionário dos fundadores (José e Lino de Carvalho), sedimentada na capacidade de inovação, na abertura à invenção e criação de novos produtos e novas tecnologias. E sobretudo, não temendo o mercado aberto e a internacionalização, já então ferozmente disputada por alemães, franceses e suíços. Outras gerações se sucedem aos fundadores. Mas aqui também o seu exemplo se repercute. A evolução e a adaptação aos novos tempos vão determinar a sua acção, transformando a Boa Reguladora, de primeira indústria portuguesa de mecânica de precisão, na indústria de material eléctrico e electrónico, que foi até ao final do século vinte.
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Primária de Gavião amiga do ambiente
freguesias
Autarca de Requião confiante na concretização da obra
Polidesportivo ficará pronto este ano Cristina Azevedo
As novas mesas e bancos de recreio
Numa iniciativa inédita no concelho, a associação de pais da Escola Básica de Gavião adquiriu mesas e bancos de recreio feitos com material amigo do ambiente. O objectivo da associação é sensibilizar a comunidade escolar para a preservação do meio ambiente "já que o material, embora pareça de madeira, não é", destacou a coordenadora da escola, Maria de Fátima. Mas outras iniciativas de sensibilização têm vindo a ser e serão desenvolvidas. Neste momento, está a decorrer um concurso de contos, subordinado ao tema "Era uma vez o amigo do ambiente". "As crianças são o veículo que temos de
maior impacto junto da comunidade e algumas até fazem educação ambiental junto das suas famílias", aponta Maria de Fátima. O vereador da Educação, Leonel Rocha, foi convidado pela escola a conhecer a sua iniciativa e demonstrou o desejo de ver este conceito ser seguido por outras associações de pais do concelho. "Esta associação tem demonstrado que sabe estar na escola. Ou seja, preocupa-se em complementar a acção da Câmara e da escola, sentindo tratar-se de uma responsabilidade dos pais, que, muitas vezes, se limitam a cobrar esquecendo-se que podem fazer alguma coisa pela escola", argumentou.
Semana da Europa na Didáxis de S. Cosme A Didáxis de S. Cosme do Vale é palco, de 7 a 11 de Maio, da Semana da Europa, uma actividade organizada pelo Clube Europeu daquela escola, destinada a assinalar o Dia da Europa, celebrado a 9 de Maio. É precisamente neste dia que terão lugar os pontos altos da semana, com a realização de uma palestra sobre a posição de Portugal no seio da União Europeia. A turma 9º-1 irá ainda apresentar uma peça de teatro, intitulada “Integração da Turquia na União Europeia: prós e contras”.
500 pessoas no rastreio da JS em Joane
Cerca de 500 pessoas, de todas as idades, participaram, no passado domingo, num rastreio na área da saúde, promovido pela Juventude Socialista (JS) de Joane que, em comunicado, afirma que o número de participantes “superou as expectativas”. Sob o lema “Porque estar atento é importante”, a iniciativa decorreu no Largo 3
de Julho e, segundo da JS “marcou uma nova forma de fazer política não só em Joane, mas em todo o concelho”, sublinhando que ao rastreio “afluíram pessoas de diversas freguesias do concelho e mesmo de fora do concelho”. Face à boa adesão da população, a jota promete realizar outra acção do género dentro de um ano.
"Com ou sem Câmara Municipal, o polidesportivo de Requião é para ficar pronto este ano". A convicção é do presidente da Junta, Augusto Pereira, que, em entrevista ao programa "Gentes da Terra" da Rádio Digital, manifestou-se optimista quanto ao andamento deste projecto, que considera "essencial" para a localidade, "que neste momento não tem nenhum espaço desportivo". O estudo está pronto e além do recinto desportivo, engloba estruturas de apoio como balneários e zona de estacionamento. Falta, agora, avançar com o projecto e arrancar com a obra. No orçamento da Câmara para este ano não está contemplada verba para o polidesportivo, porém, Augusto Pereira espera que a mesma venha a ser cabimentada numa próxima revisão orçamental. "É por isso que me vou bater, aliás, dentro de dias terei uma reunião com o vereador das Obras Municipais, precisamente para abordarmos a questão do avanço do projecto", acrescenta. Quanto ao plano de actividades para este ano, a Junta de Requião tem que fazer face às dificuldades causadas por "um ano de contenção orçamental". A prioridade continua a ser a rede viária, mas Augusto Pereira vai avisando que não fará pavimentações sem colocar as redes de água e saneamento. "Podemos fazer menos, mas o que
Junta quer avançar com estudo para o adro da Igreja
fizermos fica feito de vez", justifica. O problema situa-se, sobretudo, ao nível do saneamento, já que a rede de água tem uma taxa de cobertura na ordem dos 98%. A Junta não tem qualquer protocolo com a Câmara para a rede de águas residuais, daí que a aposta da Junta é "ir colocando essa infra-estrutura básica, aos poucos, privilegiando as novas urbanizações". É o caso das urbanizações de Rebuços e Ninães, que já têm rede de saneamento, sendo que nesta última a Câmara forneceu grande parte do material e a Junta assumiu o encargo da mão-de-obra. C e m i t é r i o e A d r o d a I gre j a A saturação do cemitério paroquial é outra situação que preocupa a autarquia. A ampliação terá que se fazer "mais dia,
menos dia", pelo que Augusto Pereira já pediu a colaboração da Câmara no sentido de estudar o melhor local, esperando que o processo de aquisição do terreno possa ser iniciado em 2008. Outro projecto é o arranjo urbanístico do adro da freguesia, "que é grande, oferece potencialidades, mas que não está aproveitado". Em tempos houve já um estudo para esse espaço, que, porém, nunca foi apresentado nem discutido publicamente. Agora, a Junta quer partir do ponto zero, ou seja, pedir à Câmara Municipal que realize novo estudo, que será colocado à apreciação da população. "Só depois de ultrapassada esta fase é podemos pensar em passálo a projecto e arrancar com a obra", afirma Augusto Pereira.
Alameda do Mosteiro de Landim acolhe sexta edição
Festival dos doces no final do mês A freguesia de Landim vai acolher, no final do mês de Maio, a sexta edição do Festival Nacional de Doçaria Conventual e Tradicional. Organizada pela Câmara Municipal, a iniciativa vai realizar-se nos dias 25, 26 e 27 de Maio, na Alameda do Mosteiro, surgindo como “um evento de referência na temática do turismo cultural”. O certame costumava ocorrer mais no início de Maio, mas depois de o ano passado ter sofrido com alguma chuva, este ano a Câmara decidiu levar o evento mais para final do mês, uma vez que o mau tempo prejudica as vendas dos doceiros e esse é um dos principais factores do sucesso do Festival. “Por isso, este ano optamos por uma data mais próxima de Junho e do calor”, explicou o vereador do Turismo, Ricardo Mendes, no final da reunião do executi-
vo camarário de quinta-feira passada. Na sessão, os vereadores aprovaram por unanimidade o programa e o orçamento da iniciativa, que se propõe continuar a atrair “milhares de visitantes vindos de todo o país e da Galiza. Durante o festival estarão expostas, como habitualmente, iguarias da doçaria conventual e tradicional de todo o país, sendo que Ricardo Mendes diz que “a adesão dos doceiros tem sido superior à do ano passado”. Do programa fazem também parte diversas actividades de animação paralela, com destaque para a música, com um concerto de Mafalda Sachetti, no sábado à noite, dia 26. “Iremos apostar num registo relativamente diferente, não só o fado, não só o popular, mas neste caso uma artista recente no
panorama nacional no entanto com alguma qualidade, na perspectiva deste executivo”, justifica o vereador. Referência também para a missa, no domingo, pelas 11 horas, acompanhada dos Cantos Gregorianos de Penafiel. “Iremos procurar dinamizar a feira durante os dias, não só as noites, chamando algumas associações a fazerem algumas actividades que permitam essa dinamização”, acrescentou ainda o responsável. O evento vai custar 38.850 euros, o que representa uma descida de 25% em relação ao custo da edição do ano passado. “Com alguma imaginação e alguma capacidade de negociação, faremos um evento com a mesma qualidade”, garantiu o vereador. M. F .
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freguesias
Obras já realizadas custaram 10 mil euros
Confraria embeleza Santuário da Senhora do Carmo
Dados
Magda Ferreira Os novos responsáveis pela Confraria de Nossa Senhora do Carmo estão a levar a efeito um conjunto de intervenções que visam valorizar esteticamente o Santuário de Lemenhe. Os mordomos tomaram posse em Setembro do ano passado e têm procurado levar a efeito várias acções de melhoramento do espaço. “Queremos pôr isto o mais bonito possível para atrair as pessoas e acabar com a cripta, principalmente a parte de fora”, aponta o juiz da Confraria, José Manuel Oliveira, que conta com o auxílio de Agostinho Araújo, o secretário, e do tesoureiro António Rodrigues. As intervenções têm sido feitas, essencialmente, no parque que circunda o Santuário de Nossa Senhora do Carmo. Além de fazer dois novos muros em pedra, foram limpos todos os muros já existentes por forma a dar-lhes um aspecto rústico uniforme. Os jardins também foram arranjados e as árvores reordenadas, com a substituição de umas e a plantação de novas, nomeadamente oliveiras, plátanos e tílias. Foi também limpo um espaço situado ao lado da cripta, que era “um autêntico matagal” e que vai agora ser transformado em jardim. Para estes trabalhos de limpeza e ajardinamento, a Confraria tem contado com a “importante” ajuda da Câmara Municipal, através do departamento de Ambiente. Os mordomos já colocaram também paralelo nas duas entradas para a cripta; colocaram varões em inox nas escadas principais do Santuário; criaram um nicho para colocar a imagem de Nossa Senhora do Carmo (oferecida por um benfeitor da freguesia) junto ao fontanário; e restauraram totalmente o espaço da quermesse, onde aos fins-de-semana de Verão funciona uma tômbola. Em execução está a reabilitação do cruzeiro. Foi lavado e vai ser revestido de novo,
Nine: Sob o signo dos caminhos-de-ferro
Área: 3,96 km2 População: 2.732 habitantes (2001) Densidade: 690,7 hab./Km2 Padroeiro: Santa Maria/Nossa Senhora da Expectação Fonte: Cens0s 2001
Depois de limpo, este espaço vai ser ajardinado
além de que todo o espaço envolvente será igualmente arranjado, com plantação de árvores e relva. Ao todo, estes trabalhos que a Confraria de Nossa Senhora do Carmo já realizou desde Setembro representam um investimento na ordem dos 10 mil euros. “Temos tentado fazer o nosso melhor, o tempo também ainda não é demais. Temos vários projectos à nossa frente e temos vontade de os fazer, mas nem sempre é fácil e viemos para cá numa altura com bastantes dificuldades económicas, mas vamos tentar fazer o nosso melhor”, aponta José Manuel Oliveira. Continuar a cripta Os projectos não se ficam, portanto, por aqui. Estão a programar fazer ainda mais um muro para segurar o parque de estacionamento e colocar aí paralelo. Está também nos seus objectivos colocar janelas na sala do Santuário, oferecidas por um benfeitor
Rio Este: silêncio que se vai jantar ao som do fado O restaurante e snack bar Rio Este, em Gondifelos, é bem conhecido pela qualidade do seu serviço e pela saborosa gastronomia, acompanhada sempre de bons vinhos da região. No próximo sábado, para além de saborear as especialidades da casa, como o Bife à Rio Este, a Posta à Mirandesa, o Bacalhau à Rio Este ou o Polvo à Lagareiro, entre outras, pode fazê-lo a ouvir fado, numa grande noite de fado que o espaço vai promover. Para isso, deve reservar a sua mesa pelo 252952995 e desfrutar assim do bom ambiente desta casa famalicense, que faz parte do roteiro gastronómico do nosso concelho.
local, e ainda implantar uma cruz em inox na torre da capela, que vai também ser uma oferta. Aliás, o juiz da Confraria sublinha que “a população tem estado aberta a colaborar”. “As ajudas que temos tido é a caixa das esmolas, pessoas da freguesia e de fora que nos têm dada boas contribuições. Conjuntamente com os meus colegas temos batido a algumas portas e temos sido muito bem recebidos”, conta. Agora os trabalhos vão parar um pouco para que a Confraria – que conta com cerca de três mil irmãos – comece a preparar a festa em honra de Nossa Senhora do Carmo, agendada para 22 de Julho. Depois disso, as preocupações vão virar-se para a cripta do Santuário, que ainda não está concluída. O seu exterior ainda está em cimento e querem forrá-la toda a pedra para condizer com o recinto. Mas as decisões finais só serão tomadas depois de terem a ajuda de um arquitecto, que lhes dirá “por onde pegar”.
Árvore doente tombou na EN 206 em Joane
Uma árvore tombou, ao final da tarde da passada quintafeira, dia 26 de Abril, na Estrada Nacional 206, em Joane. Ao que parece o cedro estaria doente e por isso caiu para a estrada, junto ao entroncamento que dá acesso ao campo do GD de Joane. Felizmente não se registaram danos, nem pessoais nem materiais, uma vez que ninguém passada na via naquela altura. Todavia, por causa deste incidente a Nacio-
nal 206 esteve cortada ao trânsito cerca de uma hora, o tempo necessário para a realização dos trabalhos de remoção da árvore da via. De resto, como o cedro caiu sobre fios de electricidade, pelo que houve necessidade de recorrer também aos serviços da EDP. Além da Protecção Civil de Famalicão, estiveram envolvidos nesta situação os Bombeiros Voluntários Famalicenses e a GNR de Joane.
A freguesia de Nine está localizada no extremo nordeste do concelho de V. N. Famalicão, ocupando os seus limites com o de Barcelos. Dista cerca de sete quilómetros de Famalicão. Para além disso, a freguesia comporta os lugares de Aldeia Nova, Azenhas da Borralheira, Bacelo, Bairro Alto, Caparrosa, Casal de Eira, Chãs, Coura, Estação, Estrada, Farinhas, Fonte Cova, Igreja, Landeiro, Quintas, Santo António r Vilar de Este. As origens relegam-se para a antiga freguesia de Santa Maria (Expectação) de Nine que era reitoria da apresentação da mitra e comenda da Ordem de Cristo, no termo de Barcelos. Em 1983, a freguesia ninense aparece na comarca e no concelho de Barcelos para, em 1852, contar já na comarca e no concelho de V. N. Famalicão. Nine fica fortemente marcada na sua história pelos caminhos-de-ferro, sobretudo pelo monumento que é a Estação Ferroviária de Nine. Localizada no quilómetro 39 da Linha do Minho, esta estação ferroviária é o ponto de origem do Ramal de Braga que, ao cabo de 15 quilómetros de percurso paralelos ao rio Este, leva o comboio a Braga desde 1875. É obrigatório falarse da Estação de Caminhos-de-Ferro de Nine, construída na época da expansão da linha-férrea do Norte. O primeiro troço assegurou a ligação entre Porto e Braga e só em 1884 se completou o assentamento dos carris para a circulação dos comboios nesta área nortenha. A estação foi restaurada, mais tarde, em 1920. A freguesia tem alguma riqueza histórica e cultural, destacando-se a Ponte de Coura, a Capela de Santo António ou a Residência Paroquial, para além, então, da incontornável Estação Ferroviária. Esta estação está mesmo nomeada para uma das sete maravilhas do concelho famalicense, numa iniciativa levada a cabo pela Rádio Digital, Jornal Opinião Pública e Famalicão TV. Todas as marcas da freguesia de Nine aparecem representadas no brasão. A locomotiva é talvez o atributo mais emblemático desta freguesia pela ligação que tem ao ferroviário. A florde-lis representa a padroeira da freguesia, Santa Maria, enquanto as parras simbolizam a agricultura. Inserida no denominado Vale Agrícola do Rio Este, a freguesia de Nine era caracterizada, em tempos antigos, por uma comunidade de agricultores, com várias "Grandes Casas Agrícolas", que congregava rendeiros e um elevado número de serviçais, dedicando-se as gentes da terra à criação de gado e ao cultivo de milho e vinha. Essa característica perdeu-se um pouco nos tempos que correm. Por fim, as três tiras ondadas de azul e prata no brasão representam o rio Este que banha esta freguesia do concelho de Famalicão.
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freguesias
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IX Feira do Livro do Externato Delfim Ferreira
José Pinto da Costa professor honorário do Externato Delfim Ferreira Jorge Humberto Bastos O médico legista José Eduardo Pinto da Costa recebeu, na passada quinta-feira, o título de professor honorário do Externato Delfim Ferreira. O colégio ribadavense já convidou várias vezes o médico e professor para falar aos seus alunos e decidiu agora atribuir-lhe aquela distinção. O título foi-lhe entregue, no âmbito da IX Feira do Livro que o Externato promoveu na semana passada. O médico, que foi àquele estabelecimento de ensino para falar aos alunos sobre a problemática da toxicodependência, ficou bastante satisfeito e honrado com a distinção, como referiu ao OP: " Nunca esperei. Durante vários anos tenho vindo a esta escola abordar múltiplas questões que despertam curiosidade na juventude. Fiquei surpreendido, é uma hon-
Pinto da Costa é sempre uma presença apreciada e acarinhada pelos alunos do Externato
ra muito grande por ver que têm apreciado o trabalho que faço em prol deste estabelecimento". Concretamente à conferência sob o signo "Toxicodependências", Pinto da Costa considera que este tema é da
Escola Bento Jesus Caraça alarga oferta formativa
berdade. A decisão tem que ser tomada pelos próprios, reagindo aos estímulos do mundo em que estão inseridos, com tentações múltiplas, não só ao nível da toxicodependência, mas também para alguns desvios com-
No passado domingo, a Associação Projecto Amarcultura, de Calendário, levou o teatro e a música às crianças e adolescentes do Centro Social Padre David, em Ruílhe. A peça de comédia, intitulada "Trocas e Baldrocas", pôs toda a pequenada a rir. As canções, pela voz de Joana Lopes acompanhada à guitarra por Rui Sengo, foram outra das surpresas. O jovem público colaborou e cantou em conjunto as melodias, algumas delas que tão bem conhecem de programas de televisão. Não faltaram os palhaços "Bicas & Becas" com balões e guloseimas para todos. A iniciativa está inserida num programa que a Amarcultura tem vindo a promover junto de instituições que acolhem crianças e jovens em risco. Iniciado em 2004, este projecto pretende aliar a cultura à solidariedade social, com o objectivo de proporcionar momentos de apoio e diversão a quem mais precisa, tentando também incentivar o gosto pelas diferentes expressões artísticas. Durante a acção, foram ainda oferecidos brinquedos e livros didácticos.
Casa do Povo de Lousado apresenta projecto do ginásio
Mais turmas e novo curso A Escola Profissional Bento Jesus Caraça vai alargar a sua oferta formativa, em Famalicão, no próximo ano lectivo, com a criação de um novo curso e de mais turmas. Ao nível de cursos profissionais, esta escola, localizada na antiga EBI de Pedome, propõe um novo curso, o de Análise Laboratorial, e vai manter o de Informática de Gestão. Já no que diz respeito aos cursos de educação e formação de jovens, a escola vai abrir duas novas turmas, mantendo os cursos de Operador de Informática e de Operador de Armazém. As candidaturas ainda não foram aprovadas pela Direcção Regional de Educação do Norte (DREN), mas Cidália Simões, directora da Bento de Jesus Caraça, está confiante num parecer favorável, já que "foi feito um trabalho prévio de coordenação da oferta formativa que envolveu a Câmara Municipal de Famalicão, o próprio IEFP e o Centro da Área Educativa de Braga. De resto, uma das características da escola é
"maior importância", para abordar perante a juventude: "É necessário que a juventude tenha a noção exacta de toda a fenomenologia da toxicodependência para poder escolher em liberdade, porque sem informação não há li-
portamentais". Por isso, o clínico ficou satisfeito por conviver com os alunos e terlhes falado sobre uma temática que "lhes pode ser útil não só neste momento, como para o resto da vida, uma vez que eventuais pequenos desvios nesta ocasião estão bem a tempo de serem corrigidos", frisou. Para além desta conferência a nona edição da Feira do Livro do Externato Delfim Ferreira de Riba d'Ave, contou, entre outros, com a presença de Vítor Baía, guarda-redes do Futebol Clube do Porto. O guardião apresentou o seu livro "Contos Redondos" também na passada quinta-feira. Além da venda de livros, dos cinco dias da feira, destaque ainda para exposições, concertos, palestras, filmes, gastronomia outras actividades que envolveram os alunos do Externato.
Amarcultura leva teatro a crianças desfavorecidas
proporcionar formação que dê resposta às necessidades do meio. "Grande parte dos jovens que formamos é para integrar no mercado de trabalho, como tal, têm que dar resposta às necessidades, que são diagnosticadas através de contactos directos com as instituições, de trabalhos de investigação que vão sendo feitos e também através da colocação dos jovens em estágio", explica Cidália Simões, sublinhando este último aspecto, já que "a formação em contexto de trabalho permite que as instituições nos dêem feed-back sobre a qualidade e o ajuste da nossa formação às necessidades que eles sentem". As inscrições para o próximo ano lectivo já estão abertas e podem ser feitas na escola, que entretanto avançou também com alguns melhoramentos, concretamente aquisição de material para as aulas de educação física e para o laboratório de físico-química. C.A .
A Casa do Povo de Lousado encerrou, na passada sexta-feira, as comemorações do seu 70ª aniversário com uma sessão solene onde foi apresentado o projecto de um ginásio que esta colectividade quer criar e cuja candidatura se encontra na Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Norte (CCDRN) para financiamento. O projecto é da autoria do arquitecto Luís Cabrita, a quem coube a apresentação. Ana Paula Costa, presente na cerimónia em representação do Governo Civil de Braga, ao usar da palavra, "fez questão de sublinhar que o governador civil, Fernan-
Ana Paula Costa prometeu apoio do governador civil
do Moniz, empenhar-se-á no sentido da aprovação desta candidatura", diz a Casa do Povo, em nota à imprensa. De resto, a sessão sole-
ne contou com a presença de várias outras personalidades, como Carla Cerejeira, viúva de Adelino Leitão, que foi o mentor e primeiro presidente da instituição,
fundada a 27 de Abril de 1973. Participou também cerca de uma centena de lousadenses, entre os quais o actual sócio nº 1, António Vieira da Silva, para além de representantes de entidades como Junta de Freguesia, INATEL e Continental Mabor. Depois da recepção aos convidados, que contou com a participação dos escuteiros da freguesia, foram entregues medalhas comemorativas aos convidados e descerrada uma placa alusiva à efeméride e de homenagem ao fundador. Foi também inaugurada uma exposição intitulada "Futuro com História".
PND em Avidos para denunciar desvio do rio Pelhe O Partido Nova Democracia esteve, na passada quinta-feira, dia 27 de Abril, em Avidos para denunciar o desvio feito do rio Pelhe, junto à empresa Fibrosom. O PND afirma que este desvio veio complicar a vida a um proprietário que se vê encurralado, por um lado, pelo rio e, por outro, pela auto-estrada. Paulo Pinheiro, coordenador da secção de Famalicão do PND, chama ainda a atenção para o alagamento do terreno do lado contrário, pelo facto de a água não ter escoamento suficiente. Apesar da obra ser legal, o PND questiona-se se os proprietários foram ouvidos e por isso já solicitaram uma audiência ao presidente da Câmara.
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praça pública Carta ao director
Pelos quatro cantos da ca(u)sa Domingos Peixoto
Agostinho Fernandes: Um caso da justiça
25 de Abril e Contas 1- Habituado a celebrar o 25 de Abril do lado dos festejos populares, o que fiz durante largos anos na noite da véspera, na sala de visitas do Porto, tenho vindo, de há alguns anos a esta parte, a assistir às cerimónias municipais de Famalicão. Este ano assim aconteceu, mas ocupando um lugar de representação partidária. Iniciada a sessão, pouco acomodado ao lugar, eis que o Presidente dá a palavra a um independente – confesso que jamais me tinha passado pela cabeça ouvir falar alguém nessa qualidade. Às primeiras palavras logo se percebeu que aquilo não era para honrar Abril e, subindo de tom, de forma agressiva e completamente desadequada da cerimónia e do local, Fernando Salgado acusou tudo e todos ao nível do PS – fazendo-me recordar Acácio Barreiros, sem qualquer ofensa para este, nos seus tempos de deputado da UDP, completamente isolado no Parlamento Português – o que mais parecia um libelo acusatório a quem, segundo as suas palavras, o acolheu no
"seu seio durante muitos anos"! Percebe-se cada vez mais e melhor os motivos que norteiam tal personalidade, os interesses que serve e persegue, não restando quaisquer dúvidas do seu posicionamento recente. Foi muito difícil ouvir todo aquele arrazoado sem poder reagir. Enfim, uma mancha e uma ofensa aos bravos revolucionários de Abril. Em contraste, quase todas as demais intervenções lograram celebrar tão importante data, merecendo-me especial referência: A do jovem que falou em nome do BE, a quem peço desculpa de não recordar o nome; A do jovem Nascimento do PP; E a do jovem Filipe Costa do PSD. Pela forma como intervieram diria que viveram os dias da revolução, só que a sua idade não deixa margem para dúvidas, pelo que têm mais mérito as suas intervenções. Foram autênticos revolucionários… Apreciei a de Ana Maria, Presidente da Junta de Famalicão, e a de Maria Augusta, Vereadora, não só por serem as únicas mulheres, mas, tam-
REAL ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE VILA NOVA DE FAMALICÃO
COMUNICADO A Real Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de completa, no próximo dia 06 de Maio de 2007, 117 anos de vida. Porque a Associação se encontra de luto, pelo falecimento do Comandante do Quadro de Honra, Fernando da Silva Soares, a Direcção e o Comando decidiram não realizar, este ano, as habituais comemorações do aniversário. Esperamos que todos aqueles que normalmente participam nas comemorações do aniversário desta Associação, nomeadamente os nossos sócios, amigos e todos aqueles que contribuem, das mais variadas formas, para o engrandecimento deste Corpo de Bombeiros, compreendam, este que, sem dúvida, é um motivo forte, para a decisão tomada.
O Comando Victor Azevedo (Comandante)
FICHA TÉCNICA
CHEFE DE REDACÇÃO ADJUNTO:
CONSELHO EDITORIAL:
EDITOR DE TURNO:
Alexandrino Cosme, António Cândido Oliveira, António Jorge Pinto Couto, Artur Sá da Costa, Cristina Azevedo, Feliz Manuel Pereira, Joaquim Loureiro, João Fernandes
DIRECTOR: João Fernandes (CIEJ TE-95) jfernandes@opiniaopublica.pt DIRECTOR-ADJUNTO: Feliz Manuel Pereira (CIEJ TE-81) felizmp@opiniaopublica.pt
CHEFE DE REDACÇÃO: Cristina Azevedo (CPJ 5611) cristina@opiniaopublica.pt
Celso Campos (CPJ 4668) ccampos@opiniaopublica.pt Magda Ferreira (CPJ 4625) magda@opiniaopublica.pt
2- A julgar pelas Contas de 2006, aprovadas no passado dia 27, que consubstanciam um desinvestimento enorme por parte do Município, pode-se falar que o 25 de Abril só agora chegou a Famalicão?
A Rádio DIGITAL FM vai transmitir o programa
GENTES
DA TERRA
na freguesia de Castelões Domingo, dia 6
de Maio,
a par tir das 9H00 DESPORTO: Abílio Moreira (CNID 1844), Aristides Ferreira (CNID 1194), Bruno Marques (CPJ 8022), Jorge Humberto, José Carlos Fernandes (CNID 685), José Clemente (CNID 297), José Marques (CNID 731), Pedro Sá (CNID 1905) e Pedro Silva (CICR-220).
EDITOR DESPORTO: Bruno Marques (CPJ 8022)
FOTOGRAFIA:
REDACÇÃO:
Andrade Lobo (CNID 1194) e Carlos Alberto Silva (CNID 1042).
informacao@opiniaopublica.pt Arcindo Guimarães (CICR-56), Carla Alexandra Soares (CICR-248), Celso Campos (CPJ 4668), Cristina Azevedo (CPJ 5611), Magda Ferreira (CPJ 4625), Marta Marques (CICR320), Raquel Barbosa (CPJ 6924) e Sofia Abreu Silva (CPJ 10952).
Sentença do Tribunal de V. N. de Famalicão condenou Agostinho Fernandes, por factos e actos praticados no exercício do seu mandato de Presidente da Câmara Municipal. Não li os fundamentos da decisão nem pretendo pôr em causa a sua conformidade legal. São outras as instâncias próprias para o efeito. Sei apenas que o Réu não foi condenado por se ter apropriado de bens ou dinheiros públicos, por ter dolosamente prejudicado o Estado ou terceiros de boa fé, por praticar actos de gestão danosa, ou por estar envolvido em qualquer caso de corrupção, activa ou passiva. Agostinho Fernandes foi penalizado por ter personificado a preterição de uma formalidade legal: ter autorizado a realização de uma despesa relativa à aquisição de obras de arte para o município, quando a competência para o efeito cabe ao órgão Câmara Municipal e não ao seu Presidente. Quem, como eu, esteve vários anos ligado à gestão municipal, sabe que situações como esta são susceptíveis de acontecerem em ambiente de ritmo acelerado de gestão, propício ao erro de interpretação das leis e regulamentos, ou à falha que pode ter origem em condições físicas ou psicológicas, próprias da condição humana. Eu próprio testemunhei, relativamente a outros assuntos, o envio dos respectivos processos para agendamento nas reuniões da Câmara, quando a competência formal para a decisão competia, inversamente, não a este órgão, mas ao seu Presidente. Eu próprio, no exercício dos meus mandatos autárquicos, não tenho a certeza de estar isento da prática de erros semelhantes. Ou seja, Agostinho Fernandes cometeu uma falha administrativa ou processual. No exercício das suas funções enquanto Presiden-
te da Câmara Municipal, não praticou nenhum acto, ética ou moralmente condenável. Como homem dedicado à causa pública soube lidar bem com as pessoas e com as suas legítimas causas, procurando ser bom e justo. Teve falhas, como qualquer mortal, sabendo nós que o seu ponto mais frágil era o modo de lidar com a burocracia administrativa. Mas será compreensível que a sua meritória obra de tantos anos devotados ao interesse geral, aos cidadãos de Famalicão, que soube tratar com dignidade e respeito, ajudando preferencialmente os mais desprotegidos, exemplo bem patente na vertente social e cultural dos seus mandatos, seja manchada de forma tão aviltante?! Será possível que os Famalicenses, conhecedores do carácter e dos valores que balizaram a obra de Agostinho Fernandes, não se sintam indelevelmente tocados por uma decisão que pretende ser justa mas que, na prática, se revela ostensivamente injusta, desproporcionada e desincentivadora de boas práticas sociais e cívicas? É do conhecimento público que contra ele travei, em determinada conjuntura, acesa e dolorosa disputa baseada em diferentes ponderações de ordem política. Nunca estiveram em causa questões relacionadas com a idoneidade moral, honra ou honestidade. Por isso, ao Homem, sério e honesto, ao Famalicense ilustre, dos melhores que a nossa terra sempre teve, ao Agostinho Fernandes, com quem me orgulho de ter trabalhado durante mais de 20 anos em prol da nossa terra, eu endereço um forte abraço de solidariedade, neste momento que não poderá ser de resignação. Fernando Moniz
Postal.net
Desta forma, a Real Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Famalicão, no seu todo, presta mais uma sentida e devida homenagem àquele que foi, sem dúvida, uma referencia inapagável da História desta Associação, não só pelos seus 70 anos de serviço, mas também por todo o saber que sempre colocou à disposição de todos. A Direcção João Coelho (Presidente da Direcção)
bém, porque não deixam os seus créditos por mãos alheias. Bem hajam! Quer Nuno Sá quer Paulo Cunha, enquanto líderes partidários, foram pragmáticos e centraram a sua atenção na realidade concelhia à luz das perspectivas criadas pela Revolução. Já o Presidente da Câmara disse, o que vem repetindo várias vezes, que o que a sua gestão tem vindo a fazer em Famalicão é que é o verdadeiro 25 de Abril. É caso para dizer: Quão pobre teria sido… Por seu lado o Presidente da Assembleia fez uma simbiose de Abril, Maioria Silenciosa e Novembro – ter-se-á esquecido de Março? - que mais pareceu querer recordar "golpismos" que só vieram criar dificuldades nos avanços democráticos.
GRAFISMO: Carla Alexandra Soares, Elisete Santos, Pedro Silva. INFORMÁTICA: Filipe Fragoso
António Cândido Oliveira
U m e lo g i o : o m o d o c om o e s t á a s e r f e it a a r e c u p e r a ç ã o d os e d i f í c i o s p r ó x i m os d a " Ca s a d a M ú s i c a " , n a R u a D i r e i t a . U m a c r í t ic a : a f a l t a d e c u m p r i me n t o d a le i n o q u e r e s peita à obra relativa à antiga Caixa Geral de Depósitos, no ce n tr o d o ce n t r o da ci da de . U m v ot o , c o m p o u c a e s p e r a n ç a : q u e s e f a ç a u m p l a n o u r b a n í s t i c o d e q u a l id a d e p a r a a c i d a d e , q u a n t o a n te s ; a té lá , to d o s o s r e c e i o s , s o b r e s s a l t os e s u s p e i t a s s ã o n a tu ra i s .
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cultura
Joaquim Carvalho, director do Greculeme, em entrevista
“Temos uma dimensão muito pequenina para usar e abusar da Casa das Artes” Em entrevista conjunta à Rádio Digital, através do programa “Opinião de Bancada”, e ao OPINIÃO PÚBLICA, Joaquim Carvalho, director do Greculeme, fala dos projectos deste grupo de teatro amador, que conta já com 13 anos de existência. Juca, como é conhecido, está à frente do grupo desde a sua fundação e a conversa revelou que, com muito trabalho, o Greculeme continua a crescer e a destacar-se no meio associativo e cultural. O P IN I Ã O P Ú BL I C A : Co m o n a s c e u o Gr e c u l e m e ? Juca: Alguém, sabendo do gosto que eu tinha pelo teatro, fez o convite. Foi então necessário reunir alguns jovens e deitar mão a um trabalho quase experimental que até hoje tem tido um sucesso razoável.
pótese de o transformar em audiovisual e fez-se, foi óptimo.
ideal, até porque é um espaço da freguesia e há outras actividades e outros grupos que usam o mesmo salão. As condições são muito precárias, mas é aquilo que temos.
P o r q u ê em L e me n h e? Começou em Lemenhe porque havia lá alguém com vontade de fazer alguma coisa. É um gosto próprio, é um hobby que eu acho que tem sempre cabimento desde que haja pessoas, às vezes, para nos aturar, outras vezes dispostas a dar continuidade a ideias e projectos. O grupo não é só constituído por elementos de Lemenhe. Temos vários participantes, nomeadamente jovens, de outras freguesias e até de fora do concelho.
Já pensa r a m rei vi ndica r u m e s p a ç o p r ó p r io ? Que poderes temos nós para fazer exigências dessas? Tenho feito uma luta constante, há uma boa meia dúzia de anos, e estou convencido que um dia haveremos de ter um espaço nosso, com as mínimas condições, com uma sala de espectáculos. Mas não seria só para nós, seria para o público em geral, outras associações até.
H á c on d i ç õ e s p a r a f a ze r t e a tr o em L e me n h e? Utilizamos o salão paroquial, mas não é o lugar
F a m a l ic ã o t e m u m a g r a n d e c a s a de es p e ctá cu l o s , a C a sa da s Ar t es… A Casa das Artes tem-nos
recebido de braços abertos, mas tem um estatuto nacional e está ocupada constantemente. Não podemos dispor ali de um espaço permanente, até porque temos uma dimensão muito pequenina para usar e abusar da Casa das Artes. Q u a n ta s p eça s j á l ev a r a m à cen a ? Já encenámos entre 12 a 15 peças, da comédia ao drama. Também já entrámos no audiovisual, nomeadamente com participações no Famafest e, em duas delas, merecemos Menções Honrosas. O q u e t e m o a u d i o vi s u a l a ve r c o m o te a tr o ? É uma maneira de representar, um actor de teatro também faz cinema e viceversa. Houve quem criasse o trabalho, pôs-se a hi-
Q u e a c ti v id a d e s t e m p la n e a d a s p a r a e s t e a n o? Neste momento, estamos a preparar uma comédia, “A Ala dos Burros”, com uma encenação um bocadinho diferente daquilo que vi fazer e até daquilo que já fizemos, porque é a segunda vez que voltamos a este trabalho. Também temos previsto a participação no Festival de Teatro Amador Camiliano, com uma outra comédia, “Malhar em Ferro Frio”. Estamos em franco trabalho para o Cortejo Histórico, que integra as Festas Antoninas, e onde participamos desde há sete anos a esta parte. Nesta edição, vamos fazer o quadro “Maria Mãe de Jesus”, que envolve 36 pessoas. Outra das actividades é uma peça infantil para apresentar no final do ano. É um trabalho arrojado e que tem de ser muito cuidado, já que envolve 20 a 22 personagens, sendo que mais de metade são crianças. Já tive uma experiência, o ano passado, com um trabalho onde participaram crianças e fiquei bastante satisfeito. F a ma l i cã o é u m co n c el h o c o m p ú b li co p a r a o t ea tr o? Graças a Deus, nunca tive menos de 80 a 10 pessoas a assistir a um espectáculo do Greculeme e sintome, por isso, com algum regozijo. Já vi profissionais com três espectadores.
opinião pública: 2 de Maio de 2007 19
Música de Frank Zappa na Casa das Artes O grande auditório da Casa das Artes recebe, este sábado, dia 5, os “Zappa Low Budget Research Kitchen”, um projecto musical dedicado exclusivamente à música de Frank Zappa, cuja obra, para além de invulgarmente extensa e extraordinariamente multifacetada, possui ainda várias outras características que a tornam única no panorama musical da segunda metade do séc. XX. Formado com base num octeto instrumental, os Low Budget Research Kitchen apresentam a sua versão do universo musical Zappiano, num concerto que promete ser único e que está marcado para as 22 horas. A entrada custa oito euros.
EB 2,3 Júlio Brandão promove sarau cultural A Escola Básica 2,3 Júlio Brandão vai realizar um sarau cultural, amanhã, dia 3, na Casa das Artes, pelas 21 horas. Dado que existe um número significativo de alunos com vocação para as artes, este espectáculo destina-se a “partilhar com toda a comuni-
dade escolar uma pequena amostra destes talentos”, diz a escola. O programa consta de danças tradicionais, ballet moderno, poesia e música. A receita reverterá a favor da escola e será aplicada na melhoria de infra-estruturas.
Rock electrónico no Café Concerto
Rock electrónico é a proposta da Casa das Artes para a noite da próxima sexta-feira, dia 4. Pelas 22 horas pode ouvir, no café Concerto, os Loto, uma banda de Alcobaça. Em 2004 lança o seu primeiro disco “The Club”. Durante 2004 e 2005 os Loto passam de banda de Alcobaça para uma promessa da nova música nacional e tocam mais de 60 concertos. Entre Outubro de 2005 e Julho de 2006 a banda grava as 13 faixas que compõem o novíssimo “Beat Riot”. A entrada custa cinco euros.
20 opinião pública: 2 de Maio de 2007
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