Helena Silva conta, em livro, a história com o seu filho, o ‘menino azul’
"Não quero que outras mães passem por um terço do que passei" p.13
ANO 15 • Nº 784 • Gratuito 16 A 22 DE MAIO DE 2007 DIRECTOR: JOÃO FERNANDES DIRECTOR ADJUNTO: FELIZ PEREIRA
opiniãoespecial:
A Alimentação é cada vez mais um tema que preocupa as sociedades modernas. Nesta edição apresentamos algumas sugestões para comer bem e viver melhor.
Saneamento no Este arranca este mês O início da construção da ETAR de Penices, marca o arranque do saneamento no Vale do Este. A obra está atrasada, mas a Câmara estima que até 2009 poderá haver já freguesias contempladas. p. 14
Doces de novo em Landim p.17
Escola Sede nº 2 insiste nas obras A Associação de Pais da Escola Sede nº2 volta a exigir o cumprimento das promessas da Câmara para obras no estabelecimento. Ontem, o vereador da Educação anunciou a adjudicação do polidesportivo.p. 4
Concelhia do PS quer extinguir a secção do partido na vila
SOCIALISTAS DE RIBEIRÃO INDIGNADOS A secção de Ribeirão do Partido Socialista pode ser extinta. A denúncia foi feita pelos responsáveis pela secção, segundafeira, em conferência de imprensa. Dizem eles que foi a Comissão Política Concelhia que aprovou a extinção, na sequência de uma proposta apresentada pelo presidente da Assembleia Ge-
Famalicão pode acolher fábrica de componentes auto
ral daquela secção, Nuno Sá, que é também líder da Concelhia. Os militantes ribeirenses dizem-se magoados com esta decisão, que vêem como uma retaliação por se terem demarcado da liderança de Nuno Sá. Para a Federação e órgãos nacionais já seguiu um abaixo-assinado contra a extinção.p. 16
Câmara aprovou medida para a exploração em Joane e Portela
Perdido o projecto da Bracalândia a favor de Penafiel, Armindo Costa anunciou, a semana passada, que Famalicão pode vir a acolher uma fábrica de componentes auto. Em causa poderá estar a criação de 350 empregos. p. 3
Custódio faz lista mas não decidiu se a integra A Associação Teatro Construção anuncia a data das próximas eleições para 1 de Dezembro. Custódio Oliveira vai elaborar uma lista, mas não diz se a vai integrar. O anúncio da data cinco meses antes é um desafio aos críticos. p. 16
p.14
Fusão das pedreiras para reduzir impacto
Política e Eleição aconteceu a semana passada Património Nuno Melo Religioso vice-presidente do Parlamento Bernardino Machado, Lino Lima e Nuno Simões são os magníficos nomeados na área da Política. Nas maravilhas apresentamos os candidatos no património religioso: mosteiro de Landim, igreja de Arnoso Sta Eulália e cruzeiro de Arnoso Sta Maria. pp. 10 e 11
O famalicense Nuno Melo foi eleito vice-presidente da Assembleia da República, em representação do CDS/PP. Depois de ter liderado a bancada parlamentar do partido, Melo dá mais um passo na sua carreira política, que encara como “um novo ciclo”. p. 4
opiniãosport: FC Famalicão: José Martins sai e vão realizar-se eleições antecipadas Equipa sénior do AVC extinta, mas clube aposta forte nas camadas jovens
02 opinião pública: 16 de Maio de 2007
Agenda
espaço aberto
Objectiva Pública
Sexta, 18 Todo o dia Fundação Cupertino de Miranda assinala Dia Internacional dos Museus com exposição, oficinas de expressão plástica e descontos na livraria. 10h00 Marcha pela Saúde do agrupamento de escolas EB 2,3 Júlio Brandão, pelas principais ruas da cidade. 21h30 Conferência "Delfim Santos em Diálogo com… Bernardino Machado", por Norberto Cunha, no Museu Bernardino Machado.
Sábado, 19 15h30 Festa de encerramento do CPM do arciprestado de Famalicão, no salão paroquial de Vale S. Martinho.
Este é mais um bom exemplo de fazer as coisas ‘à boa maneira portuguesa’. De há uma semana a esta parte que todos os dias aumenta o monte de paralelos na rua da Corredoura, em Novais, ocupando quase metade da faixa de rodagem. Dá para perceber que o paralelo terá origem nas obras que estão a ser feitas na Estrada Municipal 573, mas não haveria melhor local para depositar os cubos? Além disso a sinalização (!) é também digna de registo, constituída por umas meras fitas de cor vermelha e branca que com vento um pouco mais forte desaparecem.
Domingo, 20
Questão Pública
9h30 Festa da família missionária, no seminário dos Missionários Combonianos de Antas.
A fusão das pedreiras na zona de Joane pode melhorar o ambiente na zona? Custódio Oliveira
Segunda, 21 15h00 Palestra na Escola Secundária D. Sancho I sobre "Radiações ionizantes, medicina nuclear e outras aplicações", por Maria Alegria Feio, da Universidade do Porto.
A fusão das pedreiras, só por si, não trará qualquer melhoria ambiental. Existem duas formas alternativas para consegui-lo. A primeira, colocando equipamentos protectores do ambiente decorrentes da vontade livre das empresas. A segunda através de uma fiscalização apertada por parte dos poderes públicos, exigindo e impondo equipamentos que protejam o ambiente. Não me parece que de livre vontade as empresas façam os investimentos necessários, senão já os teriam feito. Por isso, só teremos mudanças se existir uma opinião pública que o exija e se os diversos poderes públicos cumprirem o seu dever.
FICHA TÉCNICA
CHEFE DE REDACÇÃO ADJUNTO:
CONSELHO EDITORIAL:
EDITOR DE TURNO:
Alexandrino Cosme, António Cândido Oliveira, António Jorge Pinto Couto, Artur Sá da Costa, Cristina Azevedo, Feliz Manuel Pereira, Joaquim Loureiro, João Fernandes
DIRECTOR: João Fernandes (CIEJ TE-95) jfernandes@opiniaopublica.pt DIRECTOR-ADJUNTO: Feliz Manuel Pereira (CIEJ TE-81) felizmp@opiniaopublica.pt
CHEFE DE REDACÇÃO: Cristina Azevedo (CPJ 5611) cristina@opiniaopublica.pt
Ana Maria Oliveira
dirigente associativo
Celso Campos (CPJ 4668) ccampos@opiniaopublica.pt Magda Ferreira (CPJ 4625) magda@opiniaopublica.pt
Uma eventual fusão das pedreiras parece-me uma boa solução, na medida em que permitiria uma maior fiscalização desta actividade por parte das entidades competentes. Não é demais recordar que estas pedreiras da zona de Joane, entre outras, não cumprem os planos de recuperação dos locais de onde extraem os inertes. Tal facto descamba num total desrespeito pelo meio ambiente.
DESPORTO: Abílio Moreira (CNID 1844), Aristides Ferreira (CNID 1194), Bruno Marques (CPJ 8022), Jorge Humberto, José Carlos Fernandes (CNID 685), José Clemente (CNID 297), José Marques (CNID 731), Pedro Sá (CNID 1905) e Pedro Silva (CICR-220).
EDITOR DESPORTO: Bruno Marques (CPJ 8022) brunomarques@opiniaopublica.pt
REDACÇÃO: informacao@opiniaopublica.pt Arcindo Guimarães (CICR-56), Carla Alexandra Soares (CICR-248), Celso Campos (CPJ 4668), Cristina Azevedo (CPJ 5611), Magda Ferreira (CPJ 4625), Marta Marques (CICR320), Raquel Barbosa (CPJ 6924) e Sofia Abreu Silva (CPJ 10952).
Maria Augusta Santos autarca
FOTOGRAFIA: Andrade Lobo (CNID 1194) e Carlos Alberto Silva (CNID 1042).
GRAFISMO: Carla Alexandra Soares, Elisete Santos, Pedro Silva. INFORMÁTICA: Filipe Fragoso
professora A fusão destas pedreiras deverá resultar numa maior eficácia da sua gestão, nomeadamente nas medidas referentes à exploração, desmonte e recuperação paisagística das áreas de intervenção, e facilitará o total cumprimento da lei, nomeadamente a elaboração do "Plano de Pedreira" que integra o "Plano Ambiental de Recuperação Paisagística", a implementar em situações de abandono, conclusão ou avanço da frente de exploração da pedreira. Assim, a paisagem local deve ser defendida e preservada por todos, desde o primeiro acto de licenciamento, pelo que é necessário integrar, de forma eficaz, as políticas ambientais nesta actividade económica, dado os impactes negativos, a maior parte dos quais, circunscritos ao local de exploração. O desenvolvimento sustentável que preconizamos, implica um reequilíbrio entre o crescimento económico e a valorização dos recursos naturais, sendo a sua preservação fundamental no processo de revitalização dos territórios, pelo que se impõe uma adequada intervenção política.
OPINIÃO: António Cândido Oliveira, Avelino
TÉCNICOS DE VENDAS:
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Leite, Carlos Sousa, Domingos Peixoto, Gouveia Ferreira, J. Silva Lopes, João Casimiro, Joaquim Loureiro, Luís Paulo Rodrigues, Miguel Moreira Silva, Paulo Cunha e Vieira Pinto.
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opinião pública: 16 de Maio de 2007 03
cidade
Decisão deve ser tomada até final do mês
Cinquentenário do D. Sancho I
Multinacional do sector automóvel pode vir para Famalicão Magda Ferreira Famalicão pode ser o município escolhido para a implantação de uma multinacional do sector automóvel. A novidade foi avançada pelo presidente da Câmara, aos jornalistas, no final da reunião do executivo da semana passada. Armindo Costa não adianta, para já, qual é a empresa, avançando apenas que opera na área da tecnologia de ponta para componentes automóveis e criará 350 postos de trabalho. A decisão dos administradores deve ser tomada até final do mês de Maio. Depois de Famalicão ter perdido o investimento da Bracalândia [Ver notícia nesta página], o edil avançou com a possibili-
dade do município receber esta multinacional, que foi adquirida recentemente por outra empresa, tendo mudado de nome. A firma já está instalada em Portugal, mas está interessada em construir instalações de raiz para se expandir. Através da Agência Portuguesa de Investimento mostrou interesse em implantar-se em Famalicão, estando actualmente a estudar quatro terrenos, que a Câmara já informou terem todos capacidade construtiva. Depois da perda da Efacec, que mostrou interesse em vir para Famalicão caso ganhasse um concurso internacional, o que acabou por não acontecer, Armindo Costa está confiante que esta empresa se venha a instalar no município. "Famalicão precisa de indústrias de ponta e de criar
Retrospectiva cinematográfica
postos de trabalho", sublinha o edil, que, porém, se recusou a avançar grandes pormenores sobre o negócio, nomeadamente em que freguesas ficam os terrenos que estão a ser analisados. Se a multinacional escolher Famalicão para se instalar, o edil anunciou que a autarquia não quererá contrapartidas. Primeiro, porque em causa está a criação de 350 postos de trabalho, e depois porque não teme que possa fugir dentro de alguns anos, como tem acontecido noutro concelhos. Isto porque, justifica Armindo Costa, os administradores estão interessados em adquirir terreno e construir instalações de raiz e, por outro lado, porque se trada de uma empresa que, não sendo europeia, trabalha para o mercado europeu.
Parque de diversões não escolheu Famalicão
Armindo diz que mercado afastou Bracalândia "Famalicão é um concelho extremamente valorizado e isso, quanto a mim, impediu que a Bracalândia viesse para cá". Foi assim que o presidente da Câmara de Famalicão justificou a perda daquele investimento, que desejou para o concelho. Instalado há 17 anos à entrada da cidade de Braga, aquele parque de diversões tem que deixar os terrenos que ocupa, propriedade da Câmara bracarense, até final deste ano, porque é intenção da autarquia aí instalar o futuro Instituto Ibérico de Investigação e Nanotecnologias. Em Outubro de 2005, o presidente da Câmara famalicense confirmava a existência de contactos entre a edilidade e a Lusoparques, proprietária da Bracalândia, e dizia mesmo considerar que Famali-
cão era "o município com melhores características para a instalação deste equipamento". Contudo, no início deste mês soube-se que a empresa que gere o parque escolheu o município de Penafiel e o protocolo já foi assinado a semana passada. Perante este anúncio, a oposição questionou o presidente da Câmara na última reunião do executivo, realizada na quarta-feira passada, sobre as razões que impediram a vinda daquele investimento para Famalicão. Armindo adiantou que a empresa chegou a ver alguns terrenos, onde a autarquia informou ser possível construir, mas acabou por não escolher nenhum, possivelmente porque o preço não lhes agradou. "O mercado funciona assim", justificou o edil.
No final, questionado pelos jornalistas, o autarca lamentou que o investimento não se tenha concretizado no concelho, embora afirme que "há outros projectos que gostaria mais que viessem para cá", referindo-se, nomeadamente à instalação de "uma indústria com tecnologia de ponta" [Ver notícia nesta página]. Até porque, apontou ainda Armindo Costa, apesar da receita que iria criar para a Câmara, a Bracalândia implicaria um aumento das despesas com a limpeza e também do trânsito, além de considerar que não traria grandes benefícios para o comércio local. A oposição, por seu lado, acusa o edil de tentar colocar sobre este assunto "um manto diáfano" composto por "argumentos com pouca consistência". "Se o
projecto era estratégico para Famalicão devia bater-se até ao fim por ele. Penso que perdeu, mais uma vez, uma mais valia para Famalicão, à semelhança do que já aconteceu com a Efacec, em Seide S. Miguel", recordou o vereador Mário Martins, dizendo ainda que os socialistas estão "expectantes" em relação às "novas surpresas" que o presidente da Câmara anunciou agora. A nova Bracalândia (a designação deverá permanecer, capitalizando a força que a marca já possui) a construir em Penafiel vai ocupar 12 hectares e implica um investimento de 4 milhões de euros. A empresa prevê que a abertura aconteça em meados de 2008, criando 135 postos de trabalho. M. F.
PS congratula-se pela nomeação de dois militantes O Partido Socialista de Famalicão congratula-se, em nota enviada esta semana à imprensa, pela nomeação, pelo ministro da Saúde, de dois dos seus militantes para os órgãos do Centro Hospitalar do Médio Ave, que abrange os hospitais de Famalicão e Santo Tirso. Em reunião da Comissão Política Concelhia, a 7 de Maio, foi mesmo aprovado, por unanimidade, dois votos de congratução, um pela nomeação de Artur Lopes para presidente do Conselho Consultivo daquela unidade, e outro pela nomeação de António Barbosa para membro do Conselho de Administração. Para o PS, estas nomeações representam "uma prova de confiança nas capacidades e competências" destes dois famalicenses.
O grande auditório da Casa das Artes encheu na noite da passada quinta-feira, 9 de Maio, para a projecção do filme a "Escola Secundária D. Sancho I – 50 anos ao serviço da educação", trabalho desenvolvido pelo Clube de Cinema D. Sancho I e pelo aluno Ricardo Martins, do Curso Profissional de Multimédia da OFICINA – Escola Profissional do INA. Esta iniciativa decorreu no âmbito das comemorações do cinquentenário daquela instituição famalicense. O filme apresentado é uma retrospectiva da escola, desde a sua criação até à actualidade, focando os seus momentos mais marcantes. Durante a cerimónia foram projectados ainda, o pequeno filme (Amar Portugal), que retrata os acontecimentos e
Yura num dos seus momentos de fado
individualidades que mais contribuíram para a projecção de Portugal no mundo entre 1957 e 2007 e um spot educativo alusivo à toxicodependência, trabalho apresentado pelo Clube no Meeting In-
ternacional de Florença em 2006. A noite contou ainda com as excelentes interpretações musicais de Yura Silva (na foto), Bruno Campos e das Vozes e Tocares da Casa do Professor de V. N. Famalicão.
ACIF PROMOVE CURSO DE TÉCNICO SUPERIOR DEHIGIENE E SEGURANÇA DO TRABALHO Curso Homologado pelo ISHST OBJECTIVOS Desenvolver, coordenar e controlar as actividades de prevenção e de protecção contra riscos profissionais DESTINATÁRIOS Activos empregados com habilitações ao nível de licenciatura e bacharelato CERTIFICAÇÃO O certificado de formação profissional deste curso permitirá aos formandos solicitar junto do ISHST o Certificado de Aptidão Profissional (CAP) de Técnico Superior de Segurança e Higiene no Trabalho SELECÇÃO Será efectuada uma selecção de candidatos com base em análise curricular e entrevista DURAÇÃO 560 horas (440h de formação em sala e 120h de prática em contexto de trabalho) HORÁRIO Semana: 19:00h às 23:00h / Sábados 09:00h às 13:00h DATA PREVISÍVEL DE INÍCIO 18 de Junho de 2007 Associados ACIF Não Associados
VALOR DO INVESTIMENTO 1 520,00 € 1 600,00 € FACILIDADES DE PAGAMENTO Até 6 prestações mensais LOCAL DE REALIZAÇÃO Instalações ACIF
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04 opinião pública: 16 de Maio de 2007
cidade
Deputado famalicense diz que é o início de um novo ciclo
Arranque do polidesportivo para Junho entretanto anunciado
Nuno Melo Sede nº2 reitera vice-presidente da p e d i d o de obras Assembleia da República Raquel Barbosa
O famalicense Nuno Melo, deputado do CDS/PP no Parlamento pelo círculo eleitoral de Braga, foi eleito, a semana passada, para o cargo de vice-presidente daquele órgão de soberania. É agora um dos quatro vice-presidentes da Assembleia da República. Nuno Melo é, desde 1999, deputado do CDS, partido de quem foi, até final do ano passado, líder parlamentar. Entretanto, com a eleição do Telmo Correia para a presidência do Grupo Parlamentar, ficou vaga uma das quatro vice-presidências do Parlamento, dado que o deputado não pode acumular as duas funções. Nuno Melo concorreu e foi eleito com votos de 163 deputados, num total de 204 votantes. Contactado pelo OP, o parlamentar diz que se trata de um "lugar de grande importância", manifestando o seu regozijo pelo "significado tão expressivo" da votação, sinal de "reconhecimento de colegas deputados de todos os partidos". O deputado famalicense diz ainda que esta eleição representa um novo ciclo na sua carreira política, "um virar de página" que lhe agrada, tendo em conta que o cargo que ocupou até aqui "já não seria tão estimulante". Nuno Melo considera que o cargo de presidente do Grupo Parlamentar vai perder a visibilidade que ganhou quando ele o ocupava, pelo
Arquivo
Magda Ferreira±
Nuno Melo foi eleito por 163 deputados
facto do agora presidente do partido, Paulo Portas, ser também deputado, ao contrário do que acontecia no passado com Ribeiro e Castro, que "estava fora do Parlamento". "Na altura, os debates com o Primeiro-ministro eram feitos por mim, os debates mais importantes eram travados por mim. Agora, serão manifestamente pelo dr. Paulo Portas, que é o presidente do partido", afirma Melo, para quem as novas responsabilidades representam também, na sua carreira, "mais um passo no sentido ascendente do plano institucional". Além de Nuno Melo, exercem as funções de vice-presidente da Assembleia da República Manuel Alegre, pelo PS; Guilherme Silva, pelo PSD; e António Filipe, pelo
Bandeirantes realiza exposição de arte plástica A Associação Cultural e Recreativa os Bandeirantes leva a efeito a 2ª edição da Exposição de Arte Plástica. O certame estará patente ao público, na sede da associação a partir de 23 de Maio das 15h30 às 19h30. Os trabalhos expostos, de várias modalidades de expressão plástica, são da autoria dos alunos que frequentam as duas turmas em funcionamento na associação. Entretanto, a Bandeirantes levou a efeito, no passado dia 25 de Abril, um Festival de Poesia, durante o qual forma interpretados, sobre a forma de jogral, poemas de autores portugueses. Os protagonistas foram, sobretudo, os participantes das Tertulias de Língua Portuguesa que têm lugar na sede às quartas e quintas-feiras. Já no âmbito das aulas de culinária, será realizado um festival de gastronomia, no próximo domingo, dia 20 nas instalações da associação. Estas actividades são abertas a todos os interessados.
PCP. PND critica Entretanto, o Partido Nova Democracia de Braga já veio criticar esta eleição, dizendo que "é incompreensível que seja eleito para um cargo de tamanha importância um deputado que pouco ou nada faz para defender o distrito pelo qual foi eleito". Em nota à imprensa, o PND diz que se trata de "uma escolha que só desprestigia o Parlamento português", acrescentando, com ironia, que este "deve ser o prémio para o deputado que parece sempre mais preocupado com os eventos sociais do que com os reais problemas do distrito de Braga". *Com Cristina Azevedo
Desiludido com o comportamento da Câmara de Famalicão. É como se sente o pai de uma aluna da Escola Sede nº2, em Famalicão, ao constatar a "mentira" da autarquia quanto à promessa de construção de um polidesportivo e um jardim-de-infância. Jorge Santos, elemento da Associação de Pais (AP), decidiu agora tornar pública a sua posição quase meio ano depois da edilidade ter garantido obras para breve nesta escola do centro da cidade que padece do problema de sobrelotação. É frequentada por mais de 300 crianças, distribuídas por oito salas, uma das quais funciona como refeitório. Jorge Santos sustenta a sua posição com uma carta assinada pelo vereador da Educação, Leonel Rocha, datada de 18 de Dezembro de 2006, onde este promete obras na escola no curto prazo. Isto é, a construção de um polidesportivo "no decurso do mês de Janeiro" de 2007 e um novo jardim-de-infância "durante este ano lectivo", sendo que este visava libertar o espaço onde funciona essa valência para refeitório escolar. O presidente da AP, Sérgio Carneiro, contactado pelo OPINIÃO PÚBLICA (OP), diz que Jorge Santos tomou uma posição isolada, mas, apesar disso, a AP revê-se inteiramente na mesma. "O pai tem toda a razão no que diz no email que enviou, concordo plenamente, e, se calhar, até peca por ser demasiado brando", argumenta. A AP reuniu-se no final da sema-
na passada e decidiu que iria tomar uma nova posição pública de força, ainda no decorrer desta semana, para reclamar soluções, sobretudo da edilidade, que resolvam o problema da escola. Sérgio Carneiro diz que, apesar de todos os esforços da AP e das promessas que obteve, "o processo continua na mesma ou, se calhar, até deu passos para trás". Entretanto, Leonel Rocha, ouvido pelo OP, esclarece que foi necessário adiar o arranque do polidesportivo porque se verificou que o terreno se apresentava "pantanoso", devido às fortes chuvas, o que iria obrigar a fazer "alicerces por estacas". Mas agora o vereador diz que a construção do polidesportivo vai mesmo avançar. A obra foi adjudicada ontem, e terá início a 25 de Junho, após a conclusão do ano lectivo. Numa segunda fase, aquando da conclusão do próximo Plano de Actividades e Orçamento, arrancará a restante obra da zona desportiva, concretamente balneários e sala de apoio. Só numa terceira fase é que será construída uma escola nova, tal como prevê a Carta Educativa elaborada pela Câmara que ainda aguarda homologação. É, aliás, por esta razão que o jardim-de-infância "não será construído", pelo menos por agora. "É uma situação difícil de projectar porque estamos pendentes da homologação e qualquer solução que se pense para a escola tem de ser pensada desta forma", aponta o vereador.
Reconhecimento do empenho dos que tornaram exposição possível
Êxito da pedra formosa dá voto de louvor do PS Os vereadores do PS na Câmara de Famalicão apresentaram, na última reunião do executivo, "um voto de louvor e reconhecimento a todos aqueles que contribuíram" para a concretização da exposição "Pedra Formosa – Arqueologia experimental de Famalicão", que está patente no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, até final deste ano. A mostra, organizada em conjunto pela Câmara de Famalicão e pelo Museu Nacional de Arqueologia, foi inaugurada no final do mês de Março e já recebeu a visita de milhares de turistas. Dá a conhecer uma réplica exacta da Pedra Formosa e do
complexo de banhos do Castro das Eiras, em Pousada de Saramagos. De acordo com a proposta apresentada na reunião de quarta-feira, a exposição "tem constituído um grande êxito, que se tem estendido ao estrangeiro, nomeadamente à vizinha Espanha, com reflexos positivos no prestígio e na divulgação dos valores culturais do município de Famalicão". Um sucesso que, lembram os socialistas, só é possível porque, "em primeiro lugar houve vontade política" para concretizar esta iniciativa, aludindo à decisão tomada em reunião de câmara por unanimidade de avançar com a exposi-
ção. Por outro lado, recordam também o "envolvimento de vários técnicos e trabalhadores das Câmara Municipal" que colaboraram na realização da mostra. "Esta Câmara faz muita asneira, mas de vez em quando consegue que algumas iniciativas tenham sucesso e visibilidade. Pode ser um excelente ponto de partida, oxalá esta Câmara o saiba aproveitar, para valorizar como deve ser valorizada esta nossa componente cultural", acrescentou, no final da sessão, o vereador Mário Martins. Todo o executivo votou favoravelmente a proposta. Porém, o presidente da Câmara enten-
de que a autarquia não se deve auto-elogiar. "É interessante, é justo, mas nem tudo o que é justo se deve fazer. A Câmara faz aquilo que entende que é bom, fizemos isto desinteressadamente, foi um desafio", declarou Armindo Costa, acrescentando que um comentário verbal durante a reunião teria o mesmo efeito. E apesar de não o ter feito durante a reunião, "para não incendiar" a discussão, nas declarações finais aos jornalistas o edil foi mais forte nas críticas à atitude do PS: "Se eu tivesse recebido um convite para ir a Lisboa à abertura da exposição e não tivesse ido,
não propunha este louvor, é uma questão de lógica". Como resposta a esta crítica, que classificaram de "deselegante", os socialistas lembraram que não são vereadores a tempo inteiro e que por vezes os seus afazeres profissionais não lhes permite participar em todas as iniciativas. Entretanto, Armindo apontou que a réplica da Pedra Formosa pode vir a ser instalada, após a exposição, no Parque da Cidade, embora inicialmente se apontasse o futuro Museu da Arqueologia, que vai nascer em Delães. M . F.
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opinião pública: 16 de Maio de 2007 05
06 opinião pública: 16 de Maio de 2007
cidade
Câmara aprovou compra de uma parcela de terreno
Mais um passo para o alargamento da Avenida do Brasil A Câmara Municipal continua a trabalhar para tornar possível o alargamento da Avenida do Brasil (na Estrada Nacional 206), uma das principais entradas e saídas da cidade. A intenção da autarquia é dar uma maior dimensão aquela via, entre as rotundas Bernardino Machado e dos Moutados, que dá acesso à variante nascente. O alargamento da via é, no entender da Câmara, uma das soluções para fazer face ao congestionamento do trânsito que ali se verifica, nomeadamente nas horas de ponta. A semana passada foi dado mais um passo tendo em vista este alargamento, com a aprovação, na reunião de Câmara, da aquisição de uma parcela de terreno correspondente ao logradouro do antigo restaurante "Sem Nome". Trata-se de uma parcela de 136,6 metros quadrados, que o município vai adquirir por 13.660 euros, além de assumir os encargos de construção de um muro de vedação. Uma oportunidade que a edilidade decidiu aproveitar, depois dos proprietários terem apresentado um pedido de licenciamento de um muro no limite do terreno. Mesmo assim, ainda permanecem alguns problemas para resolver até ser pos-
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sível o alargamento da avenida. Do lado direito, no sentido Famalicão/Guimarães, constitui um obstáculo o edifício do restaurante junto ao Centro Comunitário das Lameiras, a bomba de gasolina e os Moveis Asil. Já no sentido contrário, serão realizadas dentro em breve algumas alterações inseridas em obras que o hipermercado Jumbo vai concretizar. Depois há duas habitações, que antecedem a rua que dá acesso, entre outros, à Casa das Artes e ao Bairro de S. Vicente, em Gavião, e no que respeita a uma delas as negociações não estão a ser fáceis, segundo adiantou o presidente da Câmara no final da reunião. "Mas tenho esperança que, de um momento para o outro, possamos resolver o assunto e a partir daí avançamos com o alargamento dessa avenida, que será nessa altura a verdadeira Avenida do Brasil", afirmou Armindo Costa. O edil não quis avançar com prazos para a execução desse alargamento global, até porque "é uma obra que custa muito dinheiro". Armindo também não tem pressa, porque defende que "a cidade tem que se desenvolver de uma maneira sustentada, devagar, se necessário, mas bem". M.F.
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A procissão em honra de Nossa Senhora de Fátima voltou, este ano, a juntar milhares de pessoas em Famalicão. No sábado à noite, dia 12 de Maio, foram muitos aqueles que quiseram demonstrar a sua fé a Nossa Senhora participando na procissão. Apesar da chuva que teimou em cair, os fiéis completaram todo percurso, que começou e terminou na Igreja Matriz Velha, depois de percorrer várias artérias do centro da cidade. Pontos altos foram as passagens pelo quartel dos BV Famalicenses, pelo Hospital S. João de Deus e pela Rua Direita, locais onde muita gente se concentrou para ver passar a procissão. No quartel dos bombeiros, o Monsenhor Joaquim Fernandes proferiu uma reflexão sobre a sociedade actual. No local foi também representada a aparição de Nossa Senhora aos pastorinhos, com imagens de carne e osso. Já no hospital, com os doentes nas varandas, a mensagem enviada à Virgem foi de prece pelas crianças desaparecidas.
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cidade
Temem que a obra, inscrita em PIDDAC, não se concretize
Antigos alunos da Camilo exigem pavilhão A Associação de Antigos Alunos do Liceu e da Secundária Camilo Castelo Branco está com receio de que o pavilhão gimnodesportivo não se construa naquela escola, apesar de a obra estar inscrita no Plano de Investimento de Despesa de Desenvolvimento da Administração Central (PIDDAC) para este ano. Segunda-feira, em conferência de imprensa, a associação informou que a partir de agora vai liderar o processo de reivindicação do pavilhão, já que "o tempo vai passando e não há qualquer informação ou indicação dos responsáveis governamentais sobre o arranque da obra", diz Joaquim Vilarinho, presidente da instituição. Notícias recentes dando conta de que o PIDDAC para o distrito e concelho poderá não ser
Cristina Azevedo
Cristina Azevedo
Joaquim Vilarinho pediu audiências a várias entidades
cumprido, deixou a direcção da associação ainda mais apreensiva. "Quando toda a gente se questiona e não ouvimos nenhum representante do Governo
vir a público garantir que vai ser cumprido, isso começa-nos a preocupar, afirma Vilarinho, considerando que "quando os partidos da oposição, como o
Universidade Sénior de Famalicão segue Camilo por Trás-os-Montes Os alunos da Universidade Sénior de Famalicão percorreram, na passada quintafeira, o roteiro camiliano por terras de Trás-os-Montes. O passeio contou com a presença de cerca de 70 alunos, acompanhados por José Manuel Oliveira, director do Centro de Estudos Camilianos, que foi o 'guia' desta viagem, que preparou ao pormenor e pelo presidente da Câmara Municipal Armindo Costa que fez questão de estar presente. O roteiro incluiu paragens em Vila Real, Vilarinho de Samardã e Ribeira de Pena, locais por onde passou Camilo Castelo Branco e que lhe serviram de inspiração para algumas das suas obras.
Alunos da Universidade Sénior em Ribeira de Pena
Os alunos tiveram ainda a oportunidade de assistir a uma aula sobre Camilo ao ar livre, onde foram lidos excertos de obras do escritor relacionadas com os locais visitados.
Durante a visita, a comitiva foi ainda recebida nas câmaras municipais de Vila Real e Ribeira de Pena pelos respectivos presidentes. No final, todos os alunos mostraram sa-
tisfação por mais uma iniciativa da Universidade que, como habitualmente, aliou o saber ao convívio, não faltando a música trazida pelo grupo de cantares da instituição.
PSD, questionam algo publicamente, o normal seria que o partido da situação, neste caso o PS, viesse desmentir". Numa altura em que a nota da disciplina de Educação Física conta para a média final do ensino secundário e, consequentemente, de acesso ao ensino superior, Joaquim Vilarinho afirma que "esta reivindicação é ainda mais premente". Recorda que, apesar de os alunos da Camilo puderem usar o Pavilhão Municipal, este "não é suficiente", pelo que "esta situação afecta objectivamente os estudantes desta escola em relação aos outros". Nesse sentido, a associação de antigos alunos enviou já esta semana um pedido de audiência à Direcção Regional de Educação do Norte (DREN), aos deputados do PS, PSD, CDU e PP eleitos pelo distrito, e aos
presidentes da Câmara e Assembleia Municipal de Famalicão. O objectivo é saber em que ponto se encontra o processo de construção do pavilhão e sensibilizar estas entidades para a sua necessidade. Para 25 de Junho ficou já marcado novo encontro com a imprensa, com o objectivo de informar dos resultados destas diligências. Entretanto, no próximo sábado realiza-se o já habitual convívio de antigos alunos, altura que será aproveitada para "fazer chegar a toda a comunidade famalicense, com o apoio de muito antigos alunos que hoje ocupam lugares em importantes centros de decisão, a mensagem de que o pavilhão continua por construir, retomando a ideia que ‘Escola sem pavilhão envergonha Famalicão’".
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cidade
Externato Infante D. Henrique promoveu o IV Fórum Necessidades Educativas Especiais
Comunicação em Formação em debate Comunicação em Formação foi o tema do quarto fórum sobre Necessidades Educativas Especiais promovido, a semana passada, pelo Externato Infante D. Henrique. Com cerca de três centenas de pessoas a assistir (a maioria docentes, auxiliares e pais), Vítor Cruz, licenciado em Educação Especial e Reabilitação, mestre em Educação Especial e doutorado na especialidade de Educação Especial e Reabilitação, dissertou sobre o tema, salientando a importância da comunicação no desenvolvimento e na aprendizagem das crianças portadoras de necessidades educativas especiais. O docente na Faculdade de Motricidade Humana, da Universidade Técnica de Lisboa, apontou como aspecto central desta questão a linguagem.
Vítor Cruz foi o conferencista
Vítor Cruz apontou ainda as etapas do desenvolvimento cognitivo e sensorial, considerando sempre as suas relações com a linguagem. Salientou
que as principais dificuldades da aprendizagem estão na leitura e na escrita. Neste fórum usaram ainda da palavra José da Silva Ferreira,
director pedagógico do externato, Maria de Fátima Pinto, presidente do Conselho Executivo do Agrupamento de Escolas Horizontes do Este, bem como os representantes das autarquias de Braga, Barcelos e Famalicão. O assunto da extinção deste agrupamento não ficou à margem do encontro, tendo sido unanimemente criticado. Até mesmo o deputado socialista eleito por Braga, Ricardo Gonçalves, referiu não estar de acordo com esta medida do Ministério da Educação, salientando ser necessário caminhar para experiências pedagógicas que dêem resultados, com a autonomia das escolas. Afirmou mesmo que "esta atitude do Governo, em termos específicos, aqui não se justifica. E era preciso excepcionar este caso".
Águas do Ave entre as maiores PME's A Águas do Ave acaba de entrar para o ranking das maiores Pequenas e Médias Empresas (PME's) de Portugal. Embora ocupe a posição 1.243 na listagem das maiores 1.500 PME's, a empresa concessionária do sistema multimunicipal de água e saneamento à região diz que "é o primeiro grande patamar" que ocupa, "neste ranking que distingue as empresas que funcionam como motores da economia portuguesa".
"A entrada para o ranking reporta-se ao exercício de 2005, coincidente com uma base de investimento e um volume de actividade reduzido relativamente a 2006" - aponta ainda a empresa –, ano em que "a generalidade dos sectores viu o seu volume baixar em relação ao ano anterior", ao passo a Águas do Ave "aumentou substancialmente a actividade, devendo manter o mesmo nível de crescimento em 2007". É que, tal como adianta,
"continua a caminhar a passos largos, seguros e firmes em prol do desenvolvimento socio-económico, a requalificação ambiental e a qualidade de vida das populações da região". Em poucos anos, a Águas do Ave duplicou a taxa de cobertura das redes de abastecimento de água e saneamento básico. O ano de 2006 ficou marcado pelo acordo de alargamento do contrato de concessão de oito para 20 municípios.
Utente crítica falhas administrativas no Hospital S. João de Deus
Após a cirurgia, recebe cartas para preparar a operação José Pinho é um utente indignado com o funcionamento administrativo do Hospital S. João de Deus. Ele foi operado em Março de 2005 a um braço e, apesar de a unidade hospitalar ter já a indicação da realização da cirurgia, foi convocado para uma consulta préoperatória em ortopedia. O utente recebeu a carta no início de Fevereiro, para ir a uma consulta no dia 9 desse mês. Como tinha informado o hospital que já tinha realizado a cirurgia, ignorou a consulta, no entanto, ficou admirado quando, na passada quintafeira, recebeu um telefonema do S. João de Deus para comparecer a uma nova consulta pré-operatória. Desta vez, José Pinho compareceu no hospital, tendo confrontado o médico que o atendeu, por um lado, com o facto de ter sido operado já há dois anos e, por outro, por ter comunicado atempadamente ao hospital a realização da cirurgia. O médico consultou o processo e confirmou a regularização da sua situação. O problema foi administrativo, tendo o utente recebido um pedido de desculpas. Exigiu ainda ser ressarcido do dinheiro pago pela consulta, o que aconteceu. José Pinho não quer criar grande polémica em torno do seu caso, apenas quis tornar
pública a falha do hospital. "Uma pessoa anda a perder tempo", disse ao OP, realçando ainda que na sua vez "podia estar outro doente a ser consultado". O utente aponta ainda que "em termos administrativos, o hospital podia funcionar melhor". De referir, que este utente já tinha sido vítima de uma situação no hospital S. João de Deus que não o agradou, ao solicitar a intervenção cirúrgica de que foi alvo com carácter de urgência, tendo em conta a sua profissão de fotógrafo. Não obteve resposta durante mais de um ano e conseguiu a operação no Hospital de Santo António. Contactado pelo OP, José Dias, presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Médio Ave (que integra a unidade famalicense), promete averiguar o caso e reconhece que este tipo de falhas "é desagradável". "É algo que não podia acontecer, porque está-se a ocupar o médico e a impedir que outro utente tenha uma consulta", evidencia. A expectativa é que estas situações "sejam menos frequentes, mas numa estrutura tão complexa como um hospital, por vezes as falhas acontecem", aponta José Dias. C.C .
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cidade
mais de Famalicão maravilhas
Religioso
Igreja, Mosteiro e Cerca de Landim
Nasceu românica mas sofreu vários restauros O Mosteiro de Santa Maria de Landim, também chamado de Santa Maria dos Anjos, ou simplesmente de Nandim, ergue-se a escassos quilómetros de V.N. de Famalicão, numa região "onde se inscreviam, no século XII, os limites da Terra de Vermoim". As suas origens remontam aos alvores da Baixa Idade Média. À data da sua fundação, nos inícios do séc. XII, o Mosteiro era românico e dele ainda permanecem alguns vestígios, como são exemplo os capitéis e as arcadas cegas na capela da igreja e alguns capitéis geminados com motivos da época. Porém, do ponto de vista arquitectónico, "o rosto que o mosteiro actual nos apresenta resulta, essencialmente, da profunda reconstrução a que foi sujeito no sécu-
lo XVI, ao gosto de uma arquitectura de sabor maneirista, cuja influência marcou entre nós inúmeras construções sacras", escrevem Emília Nóvoa e António Martins no livro "Mosteiro de Santa Maria de landim – Raízes e Memória" No Mosteiro, totalmente remodelado, salientam-se as construções do novo claustro com colunas dóricas "à romana" e do sobreclaustro aberto entre colunelos, que seria fechado, possivelmente já como domínio privado, em finais de setecentos. Os interiores conheceram sucessivas remodelações de decoração ao longo dos séc. XVII e XVIII, com abundante utilização de azulejaria e alguns notáveis trabalhos de talha bar-
roca que se podem ver no retábulo da Capela e no arco de transição da nave ou no admirável tecto da Sala do Capítulo, perto do portal de entrada do Mosteiro novo. É ainda do séc. XVIII o órgão que embeleza a igreja, cuja
construção invulgar justificaria restauro urgente. A sul do conjunto monástico temos o Parque e a Cerca que se estende por consideráveis terras agricultadas, no prolongamento de uma magnífica mata de carvalhos.
Igreja de Santa Eulália do Mosteiro de Arnoso
A mais antiga do concelho
A Igreja do Mosteiro de Arnoso Santa Eulália está classificada como monumento nacional. Desde sempre apelidada de Mosteiro, a designação pode não ser a mais correcta. O historiador famalicense Martins Vieira afirma que se trata de uma igreja, dado que foi utilizada para o exercício do culto, sendo a mais antiga do concelho. Caracterizado pelo estilo românico, raro neste concelho, o edifício data do século
XII e mantém a identidade primitiva apesar de um restauro de raiz, realizado nos anos 40 do século XX, pela Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais. Talhas, molduragens, retábulos, pinturas e até a própria pedra atestam a época de construção do monumento. Destaque merecem também os dados genuínos de uma frontaria rica em cantaria, em trabalho de escultu-
ra, com páginas de catecismo inscritas na própria pedra. Segundo o culto popular, nesta Igreja existem ainda algumas cruzes com sentido apotropaico para afugentar o diabo. À semelhança do estilo românico, o Mosteiro de Arnoso não tem complementos, sendo um edifício vazio e que até pode ser considerado frio, já que o reboco só começou a ser utilizado no século XVII. Não tem coro alto, nem sacristia e possui poucas imagens de santos, pois a escultura só apareceu dois séculos depois. Já teve uma torre e campanários, que eram adjacentes ao edifício, mas acabaram por ser retirados aquando do restauro, realizado no século
passado. Embora cada vez menos perceptíveis, as pinturas que existem no monumento não são da época românica, mas sim frescos com citações bíblicas: Visitação; Descida do Espírito Santo sobre Nossa Senhora e os Apóstolos; encontro de Nossa Senhora com Santa Isabel; e por fim a coroação de Nossa Senhora, embora este fresco já não seja visível. Por cima destes está um outro com a representação do Espírito Santo e do símbolo da paz, a pomba. Estes frescos deterioramse com o tempo, sobretudo devido à humidade, que é muita, dada a proximidade do rio, e o seu restauro é um objectivo.
Cruzeiro do lugar da Quinta, Arnoso Santa Maria
Marco Quinhentista
O Cruzeiro do lugar da Quinta, na freguesia de Arnoso Santa Maria, foi mandado construir por Duarte Monis em 1564. Encontrase isolado, num campo de cultivo, frente a uma encruzilhada de caminhos.
Este cruzeiro de caminho Quinhentista, tem uma base terminada em tronco de pirâmide, gravada com inscrição alusiva à construção, fuste cilíndrico – com quatro cavados no topo, capitel quadrangular, com três imagens em edículas e na face frontal uma Pietá – e cruz com Cristo crucificado. O soco é constituído por dois degraus quadrangulares sobre o qual assenta a base com a parte inferior em forma de prisma quadrangular e a superior em forma de tronco de pirâmide gravada na aresta central com a inscrição "dvarte/miz/me man/dov fazer 1564" e uma pequena cruz latina gravada na aresta do lado esquerdo.
Encaixado no pedestal está um fuste cilíndrico separado do capitel por um anelete e que possui no remate quatro cavados. O capitel em forma de prisma quadrangular, com as arestas facetadas, tem, em três das faces, pequenas edículas preenchidas por figuras em relevo. Na face frontal apresenta uma Pietá, no lado oposto a figura de um peregrino, com ex-voto, na direita uma figura com a inscrição "ioanes" e na esquerda a representação de São Tiago com a cabeça enquadrada por uma vieira e na parte inferior a inscrição "S. Tiago". Sobre o capitel assenta uma cruz latina simples com Cristo crucificado e no remate superior uma cartela.
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cidade
mais de Famalicão magníficos
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Política
Bernardino Machado (1851-1944)
O Estadista "Que prodigioso salto o meu: da casinha da torre, em Joane até ao Palácio de Belém!". Nesta frase, Bernardino Machado, incrédulo, sintetiza a dimensão do seu percurso político, não deixando de evidenciar as raízes familiares a VN de Famalicão. Ao longo da sua vida, mesmo no exílio, Bernardino Machado lembrará sempre a sua terra e os seus amigos famalicenses. Não é fácil traçar o seu perfil, até porque estamos perante uma personalidade multifacetada, com a particularidade de pela sua longevidade, ter atravessado dois regimes (monarquia e república) e sofrido as agruras de cinco ditaduras e dois exílios. Em 1983, quando Bernardino Machado foi alvo de uma Homenagem Nacional, e o seu busto foi colocado no centro da cidade
da sua terra, a Comissão Organizadora fundamentou, desta forma os seus objectivos: "É a Bernardino Machado – educador, pedagogo, professor universitário, parlamentar, ministro, embaixador, duas vezes chefe de Governo e outros tantas Presidente Eleito da República, incansável batalhador pela causa da Democracia – que VN de Famalicão, sua terra natal, presta homenagem". Ele foi tudo isto. Mas, se bem ajuizado, fica muito por dizer e, porventura, o mais importante e decisivo. Bernardino Machado ocupou todos estes cargos e em todos deixou obra duradoura e inovadora. Mas não se limitou ao exercício burocrático das funções. Pelo contrário, fez da cátedra de professor, um laboratório de experimentação e de inovação. Criou a cadeira de Antropolo-
gia, hoje instituto e museu da Universidade de Coimbra. E na acção política apoiou-se na ciência. Um dos sectores onde aplicou as suas investigações e estudos foi o do ensino, introduzindo inovadoras reformas, nomeadamente, na democratização e no acesso à escola, e no ensino profissional, que estendeu às mulheres. Hoje, os especialistas, como Rogério Fernandes, constatam a "modernidade do seu pensamento e o carácter contemporâneo dos temas". No seu extenso e plurifacetado perfil é forçoso acrescentar-lhe ainda a coragem e a coerência e uma crença inabalável no ideal liberdade. Doutro modo torna-se impossível compreender a luta que travou durante uma vida inteira, mesmo já ancião, contra todas as tiranias e ditaduras.
Lino Lima (1917-1999)
O líder dos "Democratas de Braga" Lino Lima foi um conceituado advogado, profissão que exerceu entre 1941 e 1975, até que o escritório, situado na então "vila" de Famalicão, foi destruído pelas labaredas ateadas no "Verão Quente" de 1975, que varreram o Norte de Portugal. Em todo o caso, a grande causa da vida de Lino Lima foi a luta pela instauração da Liberdade e Democracia e, consequentemente, o derrube da ditadura do Estado Novo. Foi uma opção que tomou cedo, ainda estudante na Universidade em Coimbra. Aí forjou o seu pensamento e ideário (o marxismo), que o levou ao PCP, iniciando-se
no combate político nas lutas estudantis, chegando a ser membro da direcção de Associação Académica. Com o final da 2ª Grande Guerra, já em Famalicão, e com Salazar acossado e a ser obrigado a realizar eleições, junta-se ao MUD (Movimento de Unidade Democrática), ao lado de Armando Bacelar, Daniel Rodrigues, e muitos outros. Abre-se então um ciclo de combates políticos contra a ditadura, que só termina com a revolução do 25 de Abril de 1974. Em todos esses momentos, quer nas candidaturas Presidenciais de Norton de Matos, Ruy Luís Gomes, Humberto Delgado, ou
nas eleições legislativas, onde a ditadura tentava mascarar-se, Lino Lima esteve sempre presente. Em 1959 redigiu o afamado documento, "Aos Portugueses", subscrito por centena e meia de democratas, onde Salazar era desafiado a demitir-se. Escreveu, só ou acompanhado, muitos outros, onde sobressai uma arguta capacidade analítica politica. Nas eleições de 1969 integrou as listas da CDE pelo Distrito de Braga. Este não foi um combate político solitário. Acompanhamno um grupo de figuras da oposição do distrito de Braga, que ficou conhecido pelos "Democratas de Braga", e onde se im-
põe como líder natural. Nenhum deles escapou à prisão, mas ninguém desistiu. Com este capital político, era inevitável que a "Revolução de Abril" o projectasse para altas funções. Foi deputado na Assembleia da República entre 1976 e 1985 e membro do Conselho Superior de Magistratura. Recebeu de Jorge Sampaio, Presidente da República, a Grã-Cruz da Ordem do Infante. Deixou as memórias destas lutas no livro "Romanceiro do Povo Miúdo", chegando a reunir em livro, prefaciado por Álvaro Cunhal, boa parte dos seus discursos parlamentares.
Nuno Simões (1894-1975)
O Luso-brasileirista Nuno Simões teve uma carreira política, ao serviço da 1ª República, precoce e fulgurante. Aluno brilhante de direito na Universidade de Coimbra, com 19 anos já era doutor. Inicia o percurso político com 21 anos, assumindo o cargo de governador civil em Vila Real, mas rapidamente entra no Parlamento. As suas intervenções, sobre temas escaldantes, sempre bem fundamentadas, projectam o jovem deputado. Mas, os seus interesses e actividades alargam-se para fora da política. É colocado como Secretário do Supremo Tribunal Administrativo. Entra no mundo do jornalismo, assumindo a gerência da revista "Atlântida", e funda o diário "A Pátria". Até ao fim dos seus dias vai manter o gosto e o interesse pelo jornalismo e pela escrita, centrada em temas económicos. Os livros que escreveu reflectem estas preocupações. O apogeu da carreira politica alcança-a em 1921 quando entra para ministro do Governo da República para a pasta do Comércio e Comunicações. Volta ao Governo mais duas vezes. Mas Salazar expulsa-o do cargo de Secretário do Supremo Tribunal Admi-
nistrativo, e a sua vida sofre uma profunda mudança. Abre consultório de advocacia em Lisboa, e aprofunda o seu interesse pelas relações luso-brasileiras. O seu escritório transforma-se num verdadeiro consulado do Brasil. Em 1968 o Governo brasileiro atribui-lhe o mais alto galardão: a Ordem do Cruzeiro do Sul. A Câmara Municipal de Famalicão atribuiu-lhe nesse ano, a medalha de mérito de benemerência, mas só no centenário do nascimento em 1994 recebeu, a título póstumo, sendo Mário Soares Presidente da República, a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique. Na mesma altura o município coloca o seu busto no centro da cidade. Nuno Simões, jamais abnegou do seu ideário republicano e democrático. Como escreveu o seu amigo Jorge Amado, logo que soube da sua morte: "homem público de perfeita condição anti-fascista, consequente democrata cuja fé na liberdade jamais cedeu". Doou a sua biblioteca ao município de
Famalicão e deixou verbas aos Município, de Famalicão, Guimarães e Vila Real, para a construção de escolas de educação infantil.
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Falecimentos
BERNARDINO DA SILVA SIMÕES LIMA (90 anos) Missa de 7º dia Seus filhos, e demais família vêm por este meio agradecer a todos aqueles que se dignaram a participar no seu funeral, mais informa que as missas de 7º Dia pelo seu eterno descanso, serão celebradas Quinta-Feira dia 17 de Maio pelas 08:00 horaS na Capela Santo António Antas, outra pelas 21:30 na Igreja Matriz (Nova) V. N. de Famalicão, deste mesmo dia. Desde já seu profundo reconhecimento a quantos se dignarem assistir a este piedoso acto. Antas, 16 de Maio de 2007 Desde já, antecipadamente agradece A Família Agência Funerária Rodrigo Silva, Lda - Tel.: 252 323 176
José da Silva Freitas, no dia 2 de Maio, com 80 anos, casado com Maria de Jesus Dias, da freguesia de Nine. Agência Funerária Armando Cunha Pereira Arnoso Santa Eulália - Telf. 252 961 428
Camilo Castelo Branco Vilaça, no dia 10 de Maio, com 86 anos, casado com Isaura Ferreira dos Santos Castelo Branco Vilaça, da freguesia de Avidos. João da Silva, no dia 12 de Maio, com 95 anos, viúvo de Branca dos Remédios, da freguesia de Avidos.
Ma r ia E rmeli nda Ca rv al ho Gi l, no dia 8 de Maio, com 62 anos, casada com Américo da Silva Gonçalves, da freguesia de Cabeçudos. Ma ri a Gonça lv es do Couto, no dia 11 de Maio, com 84 anos, viúva de António José Dias Costa, da freguesia de Ri beir ão. Ma r ia A n t ón i a d e A zev ed o M orei ra , no dia 14 de Maio, com 77 anos, casada com Abílio Azevedo Oliveira, da freguesia de Fra delos. Funerária Ribeirense Paiva & Irmão Lda Ribeirão – Telf. 252 491 433
Odete da Glór ia D ia s Mo nt eiro , no dia 13 de Maio, com 72 anos, casada com Miguel da Silva, da freguesia de Ri ba d' Av e. Agência Funerária de Riba D’ Ave Riba D’Ave – Tel.: 252 982 032
Antó ni o Alv es da Costa , no dia 9 de Maio, com 81 anos, casado com Maria Jandina de Sá Ferreira, da freguesia de S. M ar tinho de B ouga d o (T ro f a) .
Maria Joaquina de Carvalho, no dia 15 de Maio, com 81anos, viúva de Joaquim de Faria, da freguesia de Ruivães. Agência Funerária da Lagoa Lagoa – Telf. 252 321 594
Américo Silva Araújo, no dia 10 de Maio, com 75 anos, casado com Alcina da Silva Oliveira, da freguesia de Oliveira S. Mateus. Agência Funerária Carneiro & Gomes Oliveira S. Mateus – Telm. 91 755 32 05
António José Correia Simões, no dia 8 de Maio, com 90 anos, viúvo de Maria Moreira Rodrigues de Carvalho, da freguesia de Gavião . Maria José Barbosa Sousa e Costa, no dia 10 de Maio, com 54 anos, divorciada de Manuel Mouta Faria, da Senhora da Hora (Matosinhos). Maria Amélia de Araújo, no dia 11 de Maio, com 77 anos, viúva de Joaquim da Silva Dias, da freguesia de Brufe. Bernardino da Silva Simões Lima, no dia 11 de Maio, com 90 anos, viúvo de Leonilda de Sousa Lopes Lima, da freguesia de Antas S. Tiago.
Agência Funerária Trofense, Lda (S. Martinho de Bougado) Trofa – Tel.: 252 412 727
Joaquim Fernandes de Faria, no dia 13 de Maio, com 83 anos, viúvo de Maria Cândida Sá Oliveira, da freguesia de Lemenhe
Ma ri a Cor reia da Costa , no dia 4 de Maio, com 79 anos, viúva, da freguesia de Gondi felo s.
Joaquina de Santos Brandão, no dia 14 de Maio, com 84 anos, solteira, da freguesia de Brufe.
De olinda Torr es Costa Ar a új o, no dia 8 de Maio, com 87 anos, viúva de Joaquim de Azevedo Costa, da freguesia de Fra delo s.
Luciano Pereira Cardoso, no dia 14 de Maio, com 67 anos, casado com Maria Amélia da Silva Araújo, da freguesia de Cruz.
Da v id de Ara újo Mo rei ra , no dia 12 de Maio, com 89 anos, viúvo de Rosa Cruz da Silva, da freguesia de G o n di fe l o s .
António Magalhães Moreira, no dia 15 de Maio, com 58 anos, casado com Maria José Mesquita da Silva Braga Moreira, da freguesia de Vila Nova de Famalicão.
Agência Funerária Palhares Balazar – Tel.: 252 951 147
Agência Funerária Rodrigo Silva, Lda Vila Nova de Famalicão – Tel.: 252 323 176
A Rádio DIGITAL FM vai transmitir o programa
GENTES
DA TERRA
da freguesia de Delães
(Festa da Senhora das Candeias) Domingo, dia 20
de Maio,
a par tir das 9H00
opinião pública: 16 de Maio de 2007 13
cidade
Helena Silva, a mãe do 'menino azul', em entrevista
Celso Campos
"Cheguei até aqui com a ajuda do povo"
Celso Campos Helena Silva é uma mulher açoriana que se radicou há alguns anos em Famalicão. O seu filho é já uma celebridade, é o conhecido “Menino Azul”. O Emanuel padece de duas doenças graves – a síndrome de Alagille e a Tetralogia de Fallot – que lhe afectam o fígado e o coração que lhe dão um tom azulado à pele. Depois das pinturas, Helena Silva lança agora o livro “O meu menino azul – querer é poder” sobre o seu filho e sobre a sua história. O título do livro – “Querer é poder” significa que apesar de lhe terem dito que era impossível salvar o seu filho, conseguiu dar a volta por cima? A frase “Querer é poder” quer dizer que quando temos a vontade de querer algo, não desistimos e avançamos. Mesmo que os médicos digam que temos um determinado tempo de vida, eles não são Deus. Temos de fazer de tudo e não desistir. É o que faço, embora não seja fácil. Deram quatro horas de vida ao Emanuel à nascença e ele já vai fazer 11 anos. Esta é a prova de que vale a pena lutar. Porque decidiu escrever este livro? Senti-me na obrigação de me confessar ao povo e de dar algumas garantias sobre a verdade do meu caso. Se cheguei até aqui foi com a ajuda do povo. As pessoas vão contribuindo, mas querem saber onde chega a sua contribuição. O resultado é este. Ao mesmo tempo quero dar a entender como saber lidar com um caso destes. Quando fala na necessidade de mostrar às pessoas o resultado da sua solidariedade, tem a ver com o facto de haver quem duvide da sua honestidade. É por isso que no livro apresenta documentos que comprovam a sua situação? Sim. Quando tomamos determi-
nadas atitudes estamos sujeitos a muitas coisas. A primeira é transformarmo-nos em figuras públicas, contra a nossa vontade, para poder salvar uma criança. Seria algo desnecessário se os responsáveis do Governo actuassem, mas eles estão-se marimbando. Houve pessoas que duvidaram da veracidade do problema do Emanuel e se eu falava a verdade perante a comunicação social. Mostro documentos e cartas para as pessoas terem a noção de que falo verdade. Sei que em certas ocasiões fui dura e até malcriada, mas no livro digo porque o fui. Porquê? A partir do momento que as pessoas assinam documentos, são responsáveis por isso. Quero dar a entender ao povo que se uma situação destas me aconteceu, imagino quantas mães haverá por aí a ter também problemas. O que quero é que outras mães não passem por um terço do que passei. Quando aparece um caso com a gravidade do Emanuel é duro para duas pessoas – pai e mãe – mas no meu caso é apenas para a mãe. Ele foi abandonado pelo pai, depois de 18 anos de casamento, os irmãos e toda a gente e viemos para um sítio onde não conhecemos ninguém. Troquei os Açores por Famalicão. Recordo a minha terra natal porque ainda lá tenho a minha mãe. Quando Deus se lembrar dela, esqueço os Açores, onde fui discriminada, e digo que a minha terra é Famalicão, que me deu vida. Amo esta terra. Há tempos enveredou por uma luta no sentido do Estado comparticipar a 100% os medicamentos e os tratamentos do Emanuel e de todas as crianças com problemas semelhantes. Como é que isso está? O Emanuel poderia ter os tratamentos pagos a 100%, na sequência de uma ordem, dada por boca, ao Hospital de S. João. Mas
as pessoas que conhecem esta minha luta sabem que sempre pedi uma lei para todos e não para o Emanuel. A partir do momento em que o actual ministro da Saúde dá ordem ao Hospital de S. João para dar o tratamento ao Emanuel é a mesma coisa que tentar comprar o meu silêncio, mas como não estou à venda, recusei essa oferta. Se recusou esse benefício, paga parte dos tratamentos? Pago. Mas desistiu da luta por essa lei? Não desisto. As pessoas sabem que sou teimosa. Nem que seja a última coisa que faça na vida, essa lei vai ser feita. O Emanuel está quase com 11 anos. Como é a vida do seu filho, neste momento? É a mesma. Os hematomas do Emanuel estão a desaparecer porque decidi oferecer o meu filho aos médicos para ser uma espécie de cobaia para estudarem. A responsabilidade é minha e tudo é feito na tentativa de salvar o Emanuel. Neste momento, ele está a tomar medicação em doses para adulto e os hematomas começaram a diminuir. A cirurgia nos Estados Unidos custou 2,5 milhões de dólares e foi paga pelo Governo de lá e isso foi possível porque dei todos os documentos e exames relativos ao Emanuel à universidade onde esteve. Houve gente que se indignou por eu ter tomado esta atitude, mas se não o fizesse não o salvava. Se vier a nascer outra criança semelhante ao Emanuel já há estudos que podem ajudá-la. Mas como passa ele os dias? Continua a ser em casa, mas agora já tem uma professora. Ela vem a casa duas vezes por semana, mas o Emanuel está a passar novamente por uma fase em que se sente muito cansado e com tensões muito altas, o que complica a aprendizagem.
14 opinião pública: 16 de Maio de 2007
freguesias
Câmara quer ordenar exploração e reduzir impacto na paisagem
Bairro, desenvolvimento social e cultural
Pedreiras de Portela e Joane fundidas Magda Ferreira
Dados População: 3803 Homens: 1846 Mulheres: 1957 Famílias: 1230 Edifícios: 1033 Superfície: 370 ha Padroeiro: S. Pedro Festas e Romarias: S. Pedro e Nossa Senhora do Rosário Fonte: Cens0s 2001
A freguesia de Bairro, situada a sul do concelho, distando da cidade cerca de 12 quilómetros e banhada pelos rios Ave e Vizela, teve diversos nomes ao longo da sua História; só a partir da 1ª República passou a chamar-se Bairro. Até meados do século XX, Caniços era o centro da freguesia. Aí estavam sediados alguns serviços essenciais para a população. Ao longo dos tempos, São Pedro de Bairro registou um crescimento populacional devido à industrialização e estruturas sociais, como é o caso do Centro Social, e conseguiu um património cultural inestimável, fruto das diferentes contribuições de quatro freguesias outrora independentes que foram aliadas no século XIX e originaram a actual S. Pedro de Bairro. É o caso da Igreja de Sanfins, que chegou a estar dependente do Mosteiro de Landim, hoje dedicada a Santo Estevão; a Igreja de S. Pedro, actual Igreja Velha, que sofreu diversas remodelações no decorrer dos anos, e a própria Igreja Matriz. No entanto, a principal característica da freguesia é o apreço pelo artesanato e manifestações culturais de distintas índoles. A Fundação Castro Alves, um Centro de Arte e Cultura Popular, criado em 1971, nasceu com o objectivo de promover a educação e cultura das crianças e jovens de Bairro, através de diferentes actividades: música, declamação e cerâmica. O Museu de Cerâmica Artística é um bom exemplo do que pode ser a cultura popular nas pequenas povoações.
As várias pedreiras existentes nas freguesias da Portela e de Joane vão fundir-se. A criação do processo de fusão foi aprovada, por unanimidade, na reunião de Câmara de quarta-feira passada e mereceu até os aplausos da oposição. Atenta à existência de diversas explorações "devidamente licenciadas" no território concelhio, a maioria reconhece que "no desenvolvimento local desta actividade extractiva, a realidade tem demonstrado insustentabilidade do ponto de vista ambiental e paisagístico". "Isto porque, a extracção da massa mineral existente tem-se desenvolvido através de várias empresas que, de uma forma mais ou menos desordenada, exploram os granitos existentes em frentes não uniformes e muitas vezes com um défice de capacidade técnica e de segurança", pode-se ler na pro-
posta apresentada pelo vice-presidente da Câmara Municipal, José Santos, na impossibilidade do presidente defender esta fusão por ser familiar do proprietário de uma das pedreiras. Assim, para ordenar o desenvolvimento desta actividade e, ao mesmo tempo, reduzir o impacto por ela causado na paisagem e no ambiente, a maioria propôs a criação de um processo de fusão das pedreiras existentes nas freguesias de Portela e Joane, propriedade da empresa Secil Britas, de modo a garantir que elas sejam cingidas a um único licenciamento, que deixará de caber à Câmara e passará a ser atribuído pelo Ministério da Economia (ME). Desta forma, a exploração será da responsabilidade do ME, o que, na prática, significa que ficará sujeita a leis mais apertadas que obrigam, nomeadamente, à realização de estudos de impacte am-
biental e à prestação de uma caução que será usada para a reposição futura da paisagem caso a empresa não cumpra essa determinação quando abandonar a extracção. "Criar-se-á uma maior segurança no controlo da sua expansão e uma melhor fiscalização ambiental e paisagística, que os licenciamentos individuais existentes não conseguem fazer respeitar", defende o vice-presidente. Para além disso, na proposta é ainda sublinhado que este processo de fusão das pedreiras e a sua reposição futura da paisagem "poderá, além de controlar esta actividade, criar projectos que poderão ser uma mais valia para o município, dinamizando a economia local de uma forma mais sustentável". As competências e responsabilidades passam, desta forma, para o ministério, mas José Santos garante que a Câmara continuará
a pugnar para que a lei seja cumprida, entendendo que "quanto mais não seja, a autarquia tem responsabilidades morais e já que as pedreiras estão no nosso concelho". De resto, esta proposta mereceu o aplauso do PS, que entende que "permite o ordenamento do território, respeitando os interesses dos particulares mas defendendo simultaneamente o interesse público". O vereador Rubim Santos a exploração da pedreira no concelho é uma actividade "já com algum peso no município" e que apesar de já existir há alguns anos, não foram "os suficientes para ter sido devidamente acautelada no Plano Director Municipal, mas suficientemente antiga para ser respeitada, enquadrada e defendido o meio ambiente". É isso que esta proposta procura, pelo que "merece, sem dúvida, a aprovação do PS".
Obra está bastante atrasada
Saneamento na bacia do Este pode avançar este mês A construção da ETAR (Estação de Tratamento de Águas Residuais) de Penices, em Gondifelos, deve arrancar ainda neste mês de Maio. A indicação foi dada à Câmara de Famalicão pela Águas do Ave, a empresa responsável pela obra. A empreitada já devia ter começado no ano passado, mas um problema com o terreno atrasou os trabalhos. O proprietário não mostrou disponibilidade para vender a parcela e foi necessário recorrer para a expropriação, que foi publicada recentemente em Diário da República. Ultrapassada esta questão, a Águas do Ave informou a Câmara de que a construção da ETAR de Penices arrancará ainda este mês, altura em que deverá começar também a edificação dos interceptores do Este e do Guisande. Esta informação foi transmitida pelo vereador do Ambiente, na última reunião do executivo camarário, depois de ter sido questionado pelo vereador Jorge Carvalho. Mas José Santos
não quis adiantar uma data para a conclusão da rede de saneamento no Vale do Este, depois dos sucessivos atrasos que a empreitada já sofreu. “Penso que até final do mandato teremos alguma rede no vale do rio Este, porque eles [Águas do Ave] também têm prazos em termos de fundos comunitários que terão que cumprir, mas não gostaria de arriscar uma data”, afirmou. O atraso da construção da rede em alta tem também adiado o saneamento em baixa. Isto porque só depois de concluída a construção da ETAR de Penices e dos interceptores nos ribeiros de Jesufrei e de Tarrio, e de confirmado o seu regular funcionamento, é que a Câmara quer avançar com a rede em baixa, ou seja, aquela que liga as habitações dos munícipes à estação de tratamento. Desta forma, a autarquia quer evitar o que aconteceu, por exemplo, com o interceptor de Ferreiros que já está pronto desde Setembro ou Outubro do ano passado mas que só agora vai começar a funcionar
porque a Águas do Ave encontrou alguns defeitos na obra. “Acreditamos que iria estar pronto cedo, mas não está e temos redes penduradas, com as implicações que isso tem no terreno, ou seja, os munícipes pensam que já têm a rede em funcionamento e há alguns que até ligam um bocado de forma ilegal”, aponta José Santos. A questão foi, então, levantada pelo vereador Jorge Carvalho, que reside naquela área do concelho e se diz “preocupado” com a demora no arranque do saneamento na bacia do Este. O vereador diz que todas as freguesias daquela área do concelho “têm neste momento graves problemas de escoamento dos efluentes”. Jorge Carvalho sublinhou ainda que mais importante do que saber quem é o culpado dos atrasos na execução desta obra, “é as pessoas unirem esforços para que a obra seja exequível a muito curto prazo”. M.F.
Forave abriu as portas às escolas da região Durante três dias a escola profissional Forave, em Lousado, abriu as portas aos alunos das EB 2,3, envolvendo toda a comunidade escolar em dinâmicas de carácter extra-curricular, intercaladas com as actividades lectivas. O programa, que decorreu entre 2 e 3 de Maio, constou de uma exposição permanente de trabalhos na área da gestão e de marketing, com maquetas de empresas e linhas completas de produção, alguns produtos inéditos e respectivo spot publicitário. Houve também a dinamização do Jogo da Glória, que contou com a participação de várias equipas, e um encontro de futebol entre a Forave e a EB 2,3 de Ribeirão. Os alunos tiveram ainda a oportunidade de assistir a palestras de temas variados, como “Sexualidade”, “Novas Oportunidades, uma oportunidade” e “Higiene Alimentar”. O último dia da Escola Aberta foi dedicado ao desporto com o “Torneio Desportivo 24h Forave”. Para inaugurar a actividade, a escola convidou o jovem desportista famalicense Dany Silva, que foi o segundo classificado no campeonato nacional de Boccia. Dany Silva falou aos alunos da sua recente carreira como desportista revelando a sua aposta nos próximos Jogos Paraolímpicos de Pequim. No torneio participaram várias equipas da escola, incluindo uma de professores, os escuteiros e o Grupo de Jovens de Lousado.
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freguesias
Restante tem de aguardar pela rede em alta no rio Este
FUTEBOL CLUBE DE FAMALICÃO ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA
Saneamento vai cobrir 75% de Brufe
CONVOCATÓRIA De acordo com o disposto no artº 39 Alíneas (a) dos Estatutos, CONVOCO UMA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA deste Clube, que terá lugar no Salão Nobre dos Bombeiros Voluntários Famalicenses, pelas 21.30 horas do dia 25 de Maio de 2007, com a seguinte:
ORDEM DE TRABALHOS Ponto: 1 -Eleição dos Corpos Sociais para as épocas de 2007/2008 e 2008/2009. Ponto: 2 - Meia hora para discutir assuntos de Interesse do Clube.
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES: Se à hora marcada (21.30 horas) não estiver presente o número de sócios exigido pelos Estatutos, a Assembleia Geral funcionará TRINTA MINUTOS DEPOIS, Artº 42 parágrafo único com o número de sócios presentes. Informo os associados que só poderão participar nos trabalhos desta Assembleia, desde que tenham as quotas em dia. V. N. Famalicão, 11 de Maio de 2007 O Presidente da Assembleia António José dos Santos Oliveira (Dr.)
ASGON - ASSOCIAÇÃO SOCIAL DE GONDIFELOS CONVOCATÓRIA Consignação da obra foi feita na sede da Junta de Freguesia
A freguesia de Brufe vai ficar com 75% do seu território coberto por saneamento, na sequência da assinatura do auto de consignação de uma empreitada no valor de 340 mil euros. O acto decorreu na sede da Junta de Freguesia de Brufe, na passada sexta-feira, e prevê que a obra demore 240 dias. O salão nobre encheu para presenciar a cerimónia, notando-se a presença de muitos presidentes de Junta. Brufe só não fica com uma cobertura de 100%, em termos de saneamento, porque parte da freguesia drena para o rio Este e aí é preciso esperar pelas obras que serão promovidas pela empresa Águas do Ave e que inclui a construção de uma nova Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR), em Peniçes (Gondifelos) e pela construção da rede em alta ao longo do
curso de água. O presidente da Câmara lembrou este aspecto, rotulando esta empreitada como "uma obra muito importante para Brufe" e lamentando não poder lançar a cobertura total da freguesia ao nível do saneamento. "Parte de Brufe drena para a cidade e o problema será resolvido, estamos a cumprir o que prometemos, mas a parte que drena para o rio Este, não temos como resolver", vincou Armindo Costa. Mostrou-se, no entanto, convicto que dentro de dois anos poderá lançar o que resta: "Logo que a rede em alta esteja pronta dou a garantia de avançar com a parte restante do saneamento na freguesia". O autarca local, Jorge Fernandes, congratulou-se com o arranque da obra lembrando que "era uma aspiração muito velha da freguesia", mostrando-se tam-
bém esperançado na conclusão da rede, nos próximos dois anos. A intervenção vai implicar a colocação de 6.670 metros de tubo e a realização de 287 ramais, pelo que Armindo Costa avisou os brufenses que terão de aguentar "oito meses de pó, valas e coisas à porta que não gostam, mas o sacrifício é preciso, para depois ter o benefício". À chegada a Brufe, Armindo foi recebido por alguns alunos da escola de Lagarinhos, que convidaram o edil a passar pelo estabelecimento de ensino. Ele foi lá e pôde constatar os melhoramentos feitos recentemente na escola, através da Junta de Freguesia e da Associação de Pais [Ver notícia ...], acabando por dar os parabéns àquela comunidade educativa. C.C.
Milho D’Oiro promoveu maratona desportiva
A tarde também foi de dança para os participantes
A chuva molhou mas não arrefeceu o entusiasmo dos participantes na 1ª maratona desportiva promovida, este fim-de-semana, pela associação Milho D’Oiro, de Gavião. Para além de um excelente teste à condição física dos participantes, "Gavião em Forma" traduziu-se numa grande jornada de convívio entre os associados da Milho D’Oiro, da população de Gavião e de freguesias vizinhas, sendo disso exemplo o passeio de BTT, que contou com dezenas
de participantes que quiseram juntar-se à D’Oiro Bike nesta jornada de convívio entre ciclistas. Dezenas foram também os participantes no passeio pedestre, que percorreram "caminhos de Gavião", para alguns desconhecidos e que se revelaram uma agradável surpresa. A tarde sem chuva quase até ao final coloriu o Polidesportivo das Ribeiras com sol e muito movimento. Primeiro foram os ritmos latinos, com a divertida professora Ana Rosa a pôr toda a gente a mostrar os dotes de dançarinos, depois foram as "senhoras" da ginástica, sob a orientação da irrequieta professora Susana. A chuva voltou a aparecer um pouco antes da hora prevista para o final, quando a dança já enchia de novo de alegria o recinto, mas o tempo foi bem aproveitado para um lanche, com que terminou em convívio a 1ª maratona desportiva de Gavião.
De acordo com o previsto na alínea c) do artigo 29º dos estatutos da ASGON - ASSOCIAÇÃO SOCIAL DE GONDIFELOS, convoco o senhor(a) associado(a) para uma reunião ordinária da Assembleia Geral, a realizar no próximo dia 18 de Maio de 2007, pelas 20 horas, na sua sede, sita no lugar da igreja nº 28, na Freguesia de Gondifelos (edifício da sede da junta), com a seguinte ordem de trabalhos: Ponto um - Apresentação do relatório de contas do Ano 2006 Ponto dois - Deliberar sobre a Associação De acordo com o previsto no número 1 do artigo 31º dos estatutos, se à hora marcada não estiverem presentes mais de metade dos Associados com direito a voto, a reunião terá início uma hora mais tarde com qualquer número de Associados. Gondifelos, 04 de Maio de 2007 O Presidente da Mesa da Assembeia-geral Manuel Martins Carvalho
Cooperativa Agrícola e dos Produtores de Leite de Vila Nova de Famalicão, C.R.L. CONVOCATÓRIA Nos termos dos Estatutos da FAGRICOOP – Cooperativa Agrícola e dos Produtores de Leite de Vila Nova de Famalicão, C.R.L., N.I.P.C. 501 133 330, convoco a Assembleia Geral, para reunir, em sessão ordinária, no dia 30 de Maio de 2007, pelas 09 horas e 30 minutos, na sede da Cooperativa, sita na Rua Senhor da Agonia, nº 372, desta cidade, com a seguinte
ORDEM DE TRABALHOS 1º - Leitura da Acta da última reunião da Assembleia Geral. 2º - Leitura, discussão e votação do Relatório de Gestão e das Contas do exercício de 2006 e do respectivo Parecer do Conselho Fiscal. 3º - Outros assuntos de interesse. Vila Nova de Famalicão, 14 de Maio de 2006 O Presidente da Mesa da Assembleia Geral António Germano Fernandes de Sá e Abreu Engº Notas: - Nos termos dos Estatutos, se à hora marcada na convocatória não estiver presente mais de metade dos Cooperadores, a Assembleia Geral reunirá, uma hora depois, com qualquer número de presenças. - Nos termos da alínea c/ do artigo 14.º dos Estatutos, os cooperadores podem solicitar informações sobre a escrita e as contas da Cooperativa no periodo de quinze dias que antecede a Assembleia Geral. - O Relatório de Gestão e as Contas do Exercício de 2006 e o respectivo Parecer do Conselho Fiscal estarão disponíveis, para os Cooperadores que os solicitarem, a partir das 17 horas do dia 25 de Maio de 2007. - Os Cooperadores deverão ter o capital social actualizado nos termos da Lei.
SÓ PARA COOPERADORES
16 opinião pública: 16 de Maio de 2007
freguesias
ATC vai a votos a 1 de Dezembro
Por proposta de Nuno Sá, o líder da Concelhia socialista
Custódio garante lista mas não recandidatura
PS pode extinguir secção de Ribeirão
Celso Campos
Magda Ferreira
Custódio informou que o centro cultural está a ser remodelado
Celso Campos A Associação Teatro Construção (ATC) terá eleições no dia 1 de Dezembro. O anúncio foi feito ontem pela direcção da colectividade joanense, em conferência de imprensa. Custódio Oliveira, o presidente da ATC, justifica este anúncio, cinco meses antes, tendo em conta que “nas últimas eleições alguns sócios alegaram que não tiveram tempo de preparar as eleições”. Desta forma, a direcção diz dar condições “para todos aqueles que achem que podem gerir melhor a associação se organizem e concorram”. Custódio Oliveira foi enigmático quanto a uma eventual recandidatura, sustentando que, “no dia de hoje, se tivesse que dizer ‘sim’ ou ‘não’, diria ‘não’, alegando razões de “ordem pessoal”. O ‘não’ de Custódio não é, no entanto, “definitivo”, como fez questão de frisar. Certo é que apresentará uma lista baseada nos actuais corpos directivos, reiterando não saber se a vai integrar. O actual
presidente vinca que a decisão de concorrer “não depende de uma eventual competição”, entendendo que uma associação do cariz da ATC não se pode reger “pela lógica da luta política”. 30 horas seguidas de actividades No encontro com os jornalistas foi apresentado o programa comemorativo dos 30 anos da legalização da associação. Isso aconteceu no dia 18 de Maio de 1977 e a comemoração decorrerá entre sexta e sábado, durante 30 horas, de forma ininterrupta, com 30 actividades. Começam às 9h30 de sexta e terminam às 15 horas de sábado, com teatro, música, jogos, cinema, desporto, entre outras. O evento marca também a reabertura do centro cultural que está a ser remodelado, na sequência de uma inundação que sofreu numa das intempéries do último Inverno. A ATC anunciou também que o período de matrículas para o próximo ano lectivo será acompanhado por uma
campanha de comunicação e marketing, com o slogan “É bom crescer aqui”. Entende Custódio Oliveira que se trata de uma “aposta na qualidade”. “Se publicamente dizemos isto, é um compromisso que assumimos todos – direcção e colaboradores – perante a comunidade e os pais”, vincou o presidente. Entretanto, decorrente da experiência feita em 2006, a instituição estará aberta durante todo o mês de Agosto, na sequência de um inquérito aos pais, em que estes vincaram essa necessidade. Nesse mês ainda e pela terceira vez, a ATC lança o programa de férias divertidas e em movimento, dirigido aos jovens. Do encontro com os jornalistas referência ainda para o anúncio de que em Julho, a associação receberá a certificação de qualidade da Casa de Giestais e que a partir de sexta-feira haverá uma missa, todas as semanas, às 10h30, destinada aos idosos que não podem ir à igreja, mas também está aberta à comunidade.
Pastelaria e Pão Quente Palmeira em Calendário
A Secção de Ribeirão do Partido Socialista (PS) pode ser extinta. Segundo denunciaram os seus responsáveis, a Comissão Política Concelhia do partido já aprovou uma proposta que defende a extinção da estrutura ribeirense. A decisão final cabe agora à Federação Distrital. “Somos militantes empenhados e nada fazia crer que o trabalho político que esta Secção de Residência estava a desenvolver fosse interrompido de forma tão abrupta”, disse o secretário coordenador do núcleo socialista, Fernando Costa, segunda-feira, em conferência de imprensa onde deu conta da decisão. Acompanhado por mais dois dirigentes de Ribeirão e pelo líder da Juventude Socialista da vila, contou que a Concelhia aprovou, oito dias antes, a extinção daquela estrutura do partido, na sequência de uma proposta apresentada pelo presidente da Mesa da Assembleia Geral da secção, Nuno Sá, que é também líder da Concelhia. A deliberação foi entretanto enviada para a Federação de Braga do PS, que é quem tem a competência para extinguir secções do partido. O Secretariado da Federação reuniu na última segunda-feira à noite, mas até ao fecho desta edição, no dia seguinte, não foi possível saber se este assunto foi discutido. Os socialistas ribeirenses entendem que esta decisão “sacrifica os interesses político-partidários, em favor de meros interesses pessoais” e representa um acto de “retaliação e perseguição política” pelo facto do líder da Secção não ser “seguidista” da actual liderança da Concelhia. Concretizando, Fernando Costa lembra que se demitiu de todos os cargos para os quais tinha sido eleito nos órgãos concelhios do PS em discordância com a estratégia seguida por Nuno Sá. Depois, recorda o apoio ao movimento “Sim
pela liberdade”, no referendo ao aborto, que era liderado, no distrito, por Maria José Gonçalves, ligada a uma das facções existentes dentro do PS. A gota de água, em seu entender, foi a mobilização dos jovens socialistas de Ribeirão em volta do candidato vencedor das recentes eleições para a liderança da JS concelhia. Os militantes prometem não ficar parados e já elaboraram um abaixo-assinado contra a extinção, que pretendiam enviar ainda na segunda-feira à Federação de Braga e aos órgãos nacionais. Ao início da tarde, eram já 60 as assinaturas recolhidas. Além disso, Fernando Costa colocou o seu lugar à disposição do partido. Os socialistas dizem-se magoados com esta decisão, mais ainda por ter sido tomada nas suas costas e por alguém, Nuno Sá, que esteve envolvido no processo de criação da secção, há cerca de dois anos atrás. Acusam-no agora de ter abandonado a estrutura e de nunca ter convocado nenhuma reunião, apesar de ser competência do presidente da Mesa da Assembleia Geral. Era a ele que cabia também a marcação de eleições para a Secção em Janeiro, o que segundo Fernando Costa ainda não foi feito. O coordenador tentou avançar com o acto eleitoral, como diz estar previsto nos estatutos, mas foi impedido com o argumento de que era ilegal. Por isso, classificam de “blasfémia” e “insulto” que um dos argumentos apresentado por Nuno Sá, para propor a extinção, tenha sido a ausência de trabalho político. E contrapõem com um aumento de 71 para 300 militantes e com o apoio à constituição do núcleo da JS na vila, que é hoje “o maior do concelho, com mais de 170 militantes”. O OPINIÃO PÚBLICA procurou chegar à fala com o líder da Concelhia do PS, Nuno Sá, mas apesar das várias tentativas não foi possível obter uma reacção sua.
Há um novo espaço de alimentação em Famalicão, mais propriamente em Calendário. Trata-se da Pastelaria e Pão Quente Palmeira, na Avenida D. Afonso Henriques. Depois de um primeiro espaço em Viatodos, na Rua Santa Maria, que já conta com 4 anos de experiência, a aposta é agora em Famalicão. Saiba que na Pastelaria e Pão Quente Palmeira pode encontrar pizzas, sopas, pastelaria variada e claro, pão quente, além de um serviço de snack-bar e diárias económicas. Um espaço agradável aberto de segunda a sábado, das 7 às 21 horas e aos domingos e feriados, das 8 às 20 horas. Fernando Costa acredita no bom senso da Federação de Braga
opinião pública: 16 de Maio de 2007
freguesias
Iniciativa decorre entre 25 e 27 de Maio
Doces regressam a Landim
Vai ser gasto um milhão de euros nesta medida contra incêndios
Campanha de limpeza da floresta arranca no concelho Raquel Barbosa
Festival conta com doceiros de todo o país
Está já definida a presença de perto de meia centena de doceiros em mais uma edição do Festival Nacional de Doçaria Conventual e Tradicional, que vai decorrer entre 25 e 27 de Maio, como é hábito, na alameda do Mosteiro de Landim, nesta freguesia famalicense. Diversos licores, ovosmoles de Aveiro, queijadas de Sintra, pastéis de feijão de Torres Vedras, palha de Abrantes, toucinho do céu e barrigas de freira são apenas algumas das iguarias que poderão ser apreciadas no certame, através de uma viagem pelos sabores da tradição doceira portuguesa. "No fim-de-semana mais doce do ano, a gula é uma tentação irresistível", afirma, em nota à imprensa da autarquia, o presidente da Câmara, Armindo Costa. Na apresentação do
certame, Ricardo Mendes, vereador do Turismo no município famalicense, referiu que "após o enorme sucesso das edições passadas, tem que se continuar a aposta neste evento sendo já uma referência a nível nacional". Ricardo Mendes explicou que o certame "continua a ser uma das apostas do executivo ao nível do Turismo, continuando a divulgação do património histórico do concelho". O festival contempla um concurso de doces, orientado pela Confraria dos Gastrónomos do Minho, tendo como júri consagrados especialistas nacionais da área gastronómica. Leite Gomes, representante da Confraria de Gastrónomos do Minho e membro do júri também presente na apresentação do festival, realça "a importância deste evento e das receitas
que gera". Além da doçaria propriamente dita, o festival terá, como é habito, paralelamente, um programa de animação. O destaque vai para a actuação de Mafalda Sachetti, uma jovem cantora, filha do também cantor Paulo de Carvalho e neta da escritora Rosa Lobato Faria. Ela irá apresentar o seu álbum de estreia, intitulado "Imprevisível". Um disco que passeia pelo tango, jazz, blues e que inclui onze temas inéditos. Do alinhamento fazem parte dois temas de Ana Zanatti ("Imprevisível" e "Eterno Desafio") e um do seu pai, Paulo de Carvalho, intitulado "Cretcheu". A animação é, de resto, uma presença constante no recinto do festival, com várias apresentações de teatro de rua, artes circenses e muita música. P.R.S.
Produção cinematográfica em debate no INA A Oficina, escola profissional do INA, realiza, na próxima quinta-feira, uma sessão aberta com o realizador Artur Serra Araújo, do auditório do colégio, nas Caldas da Saúde, entre as 14 e as 16 horas. O tema é a "Produção Cinematográfica", em concreto o testemunho deste realizar no filme "Suicídio Encomendado", distinguido com o Prémio especial do Júri, no Fantasporto 2007.
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Eliminar eventuais focos de incêndio. É o objectivo central da campanha de limpeza florestal que a Câmara de Famalicão lançou esta segunda-feira, depois de ver aprovado o seu Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios. Esta operação de limpeza dos terrenos florestais representa um investimento do Governo superior a um milhão de euros e será desenvolvida nas 49 freguesias do concelho, implicando a limpeza total de 1700 hectares. O que a autarquia famalicense vai fazer como medida preventiva contra incêndios é limpar os terrenos florestais ao longo de uma faixa de 100 metros confinantes com zonas habitadas e parques industriais, tendo como principal objectivo defender as pessoas e bens dos incêndios florestais. "A lei exige que cada um limpe o que é seu, mas a verdade é que é preciso sensibilizar as pessoas. A Câmara vai limpar o que não deveria limpar, mas depois vai dizer aos proprietários que têm de manter a floresta limpa", apontou o edil, Armindo Costa, no lançamento da campanha, em Calendário. O problema do concelho de Famalicão em matéria de incêndios não está na área ardida, mas no número de ocorrên-
cias. Por isso, o objectivo da edilidade é "diminuir o número de pequenos incêndios, que muitas vezes são uma ameaça para as habitações, uma vez que Famalicão tem aglomerados populacionais muito dispersos ao longo dos 208 quilómetros quadrados do concelho". Esta campanha vai estar no terreno durante dois anos e a Câmara de Famalicão solicita a compreensão e colaboração de todos os proprietários de terrenos no sentido de facilitarem o trabalho dos técnicos da autarquia na limpeza das áreas afectadas. Para qualquer esclarecimento relativo à localização dos terrenos onde serão efectuadas as limpezas, os interessados deverão dirigir-se ao Gabinete Técnico Florestal da autarquia, sito na Avenida 25 de Abril, na
cidade, ou à respectiva Junta de Freguesia. A acção contou ainda com as presenças do vereador da protecção civil, Durval Tiago Ferreira, e dos comandantes das três corporações de bombeiros voluntários do concelho, para além de outros representantes da Comissão Municipal de Defesa Florestal Contra Incêndios e do Gabinete Municipal de Protecção Civil. A autarquia aproveitou o lançamento da campanha para entregar 15 aparelhos de telecomunicações às corporações do concelho. O novo equipamento, que implicou um investimento municipal de quatro mil euros, vem melhorar a capacidade de comunicação entre os bombeiros, agilizando os serviços prestados à comunidade, principalmente em situações de emergência.
Apresentação da campanha florestal
18 opinião pública: 16 de Maio de 2007
praça pública
Carta ao director Chão Autárquico
Feira Grande, a de Maio Afinal não houve a festa que toda a gente dizia iria haver: - o gado, foi passando e passado em recinto estritamente fechado ou, evidentemente aberto, não fora propagar-se doenças, obviamente, inconclusivas, (na melhor das terminologias). No meu tempo - já lá vão mais de quarenta anos -, as "arvelinas" ou, ainda eram absolutamente imberbes ou, ainda não tinham despontado àquilo que são hoje -vindos sabe lá Deus donde -, iniciávamos nós, neste já fim de Primavera, o culto do Verão. Nesse tempo, ainda os bombeiros não davam nas vistas; as sirenes não acordavam, desrespeitosamente, as pessoas pelas madrugadas dentro e - t’arrenego Satanás -, não havia padres (?) travestidos de bombeiros sempre à espera de mais uma divisãozinha… Afinal, as "cruzes" já tinham passado e, o Carnaval também… Afinal, o que queriam quando os centros de interesse passaram da cultura para a política, e se perdeu completamente a vergonha… Nesse tempo, o encontro, após longas horas de charla terminava de baixo das tílias de Antas, pão com manteiga - da primeira fornada do "Varela" -, e vinho; quando, afinal, a juventude era jovem e não havia, ainda, interesses mesquinhos pelo meio e, toda a gente respirava, gostava de musica, cantava e, sabia que o amanhã duraria mais dois, três anos e, seria já futuro. Afinal era, sem dúvida, o tempo de espera que duraria dois, três anos era já futuro… Afinal, hoje não houve festa, não houve, como outrora, circo - esse veio depois -, quando a festa já tinha acabado sem ter começado, e não houve corridas de cavalos,carrinhos de choque e carrosseis, não houve nada e, afinal houve, conforme anunciaram, mais uma Feira Grande... Em Vila Nova de Famalicão, em Maio de 2007 Custódio B.C. Silva (Martinho de Andrade) pré publicação do livro "Algumas das Palavras"
Vieira Pinto
A Pide e a Mocidade Portuguesa No último número do Chão Autárquico versamos a da disciplina, no culto dos deveres morais, civicos e criação da Pide. Hoje dedicaremos este espaço a militares, daquelas crianças adolescentes e jovens. uma outra organização política, onde Salazar e MarA Mocidade Portuguesa, que tinha a sua bandeicello Caetano se ancoravam para bem difundir a sua ra e o seu hino, encontrava-se essencialmente orgaideologia de carácter fascisante, a Mocidade Portu- nizada nos centros urbanos, tendo pouca expressão guesa. nos meios rurais. Ela tinha, além de outras, a função Com efeito, esta organização pretendia abranger de participar em manifestaçãoes de apoio ao poder, todas as pessoas, entre os 7 e os 25 anos de idade, sempre que ele saía do palácio, para qualquer interda seguinte forma: designavenção pública, um pouco ao vam-se "lusitos" as pessoas jeito do que hoje por aí se que tivessem entre os 7 e os com outras vestes de riA Mocidade Portuguesa era um faz, 10 anos de idade; designagor apressado. importante sector, onde a PIDE vam-se "Infantes" quem tiDe referir que a Mocidade vesse entre os 11 e os 14 Portuguesa era um importania recrutar os seus agentes anos; designavam-se "Vante sector, onde a Pide ia ree quadros guardistas" quem tivesse encrutar os seus agentes e quatre os 15 e os 17 anos, por fim dros. No próximo número designavam-se cadetes, continuaremos a abordar as quem tivesse entre os 17 e os 25 anos de idade. organizações de teor fascizante, âncoras ideológiNo cimo desta hierarquia, eram nomeados pelo cas e paramilitares do Estado Novo. governo os comissários nacionais. Estes eram as figuras de topo que procediam às orientações estratégicas da acção, de mais esta organização do Estado P.S. - A solidariedade pública, manifestada neste Novo.O primeira comissário nomeado, então, foi semanário, do militante do Partido Socialista FerFrancisco José Nobre Guedes e o segundo foi preci- nando Moniz, ao militante Agostinho Fernandes samente Marcello Caetano. marca a diferença daqueles que neste partido pugEsta âncora do Estado Novo tinha, entre outros, nam pelos princípios, pelos valores e pelas convicos seguintes objectivos, nos termos do decreto-lei- ções. Estes, afinal, deverão ser os cânones da vivênde Maio de 1936, que criou aquela força política: es- cia democrática. A dimensão da política ficou a gatimular a capacidade física, a formação de carácter e nhar, pois há gestos em política que são boa aprendevoção à pátria, no senimento da ordem, no gosto dizagem, boa pedagogia.
D’Esguelha Gouveia Ferreira
Caputal! Lorpa: Mas que mania?! Até parece que andaste no seminário. Deixa-me lá escrever caputal em vez de capital. Ao fim e ao cabo, tanto me faz o nominativo como o genitivo. Aliás, até parece mais adequado sacar-lhe a origem do nominativo, atendendo à rebaldaria que grassa do Cais Sodré até S.Bento. Xico-esperto: Ó pá , tu estás tolo! Lorpa: Tanto faz. Quanto mais tolo melhor! É a maneira de não se dar por ela. Se for para levar a sé-
rio o que vai nos meandros das cliques partidárias, que distribuem as benesses pelo país fora, há mais de 30 anos, teremos que formar, urgentemente, o PPP. Xico-esperto: O PPP?! Lorpa: Sim, pá. O Partido dos Partidários Provincianos. E, se quiseres, ainda podes lá meter mais alguns pês, como naquela de Braga, terra de não sei quantos. Enfia-lhe com mais dois, de Parolos Pagantes, ou até mesmo três ou quatro, de Parvalheiras Pirosas, Pedintes e Papa-hóstias.
Xico-esperto: Mas que maluqueira! Lorpa: Olha, pior que a da "caputal" não é de certeza, onde proliferam arguidos, sem rei nem roque, pelas vielas do poder, à custa do orçamento. Xico-esperto: Que é que queres?! A democracia é assim! Lorpa: Está-se a ver, está-se a ver… Xico-esperto: Já é tarde. Deixame ir para Lisboa arranjar lugar na lista. Lorpa: Estrelinha que te guie…
praça pública/cultura Pelos quatro cantos da ca(u)sa Domingos Peixoto
A cidade de Famalicão ocupa uma área central de cerca de 4 km2. Pequenina cidade de província, sede de um grande e empreendedor concelho. Desde há 50 anos que tem uma zona escolar no seu centro, iniciada mais de uma década antes do 25 de Abril, com a construção da Escola Industrial e Comercial. Próximo ficava o "velho" Campo dos Bargos… Quem da fundação daquela escola e da minha geração se não lembra das tardes de sábado em que naquele, no âmbito da Mocidade Portuguesa – pese embora os fins desta – orientados pelo saudoso senhor Moreira, se praticava atletismo na pista de cinza, se fazia marcha, jogava futebol, etc? Já em plena democracia haveria de ser alargada a zona escolar com a Primária n.º 2, a Preparatória Júlio Brandão e a Secundária Camilo, sempre em direcção ao campo de futebol. Adjacentes a este, mas para o lado das escolas, foi construído o Pavilhão Municipal, as Piscinas e seus relvados e os recintos de ténis. Mais recentemente foi construído o campo de treinos. O que eram campos agríco-
Cidade Desportiva
las completamente encharcados no Inverno, veio a tornar-se numa zona de excelência; temos, assim, uma cidade desportiva à medida da cidade de Famalicão, com uma forte concentração de população alvo, numa simbiose de zona comercial, habitação, desporto, educação, lazer, aparcamento automóvel e várias saídas da cidade e outras actividades em geral. Convém aqui lembrar que no estádio se realizaram o grande comício do CDS com Galvão de Melo, os Congressos das Testemunhas de Jeová, vários concertos e festivais de pára-quedismo… Não muito longe, mas mais recentes, estão a Cior, a Escola Superior de Saúde, o Citeve, o Centro de Formação da Indústria Têxtil e a Universidade! Não tenho conhecimento para afirmar que as zonas desportivas e escolares, foram criadas respectivamente, em torno do Campo dos Bargos e da Técnica com o objectivo final de se complementarem mas, de acordo com a sua implantação tudo leva a crer que assim tenha sido. Se o não foi aconteceu uma feliz coincidência… Poder-se-á argumentar que as instalações estão degrada-
Das ideias & dos factos
das, não têm todas as condições para a prática oficial das várias modalidades, etc. Se assim é, elenquemos as carências e as anomalias, procedamos às alterações e reparações adequadas e, em vez de proporcionarmos o enriquecimento desmedido de uns quantos à custa da urbanização daqueles terrenos apoiemos, como muito bem lembra Gouveia Ferreira, os clubes e as suas actividades amadoras, que tão carenciados estão, estes e estas verdadeiros formadores de Homens. Se não têm medo do veredicto popular, se o assunto é tão importante, porque se recusaram deixar os famalicenses pronunciarem-se, aproveitando, até, a oportunidade para esclarecer e fazer vincar, através desse voto popular, as suas opções? Ou me engano muito ou, como igualmente sugere o articulista de "D’ Esguelha", para além de mais umas placas perpetuadoras, esta maioria pretende "erradicar" da Cidade tudo o que seja "obra" dos seus antecessores pós 25 de Abril, mesmo que da sua linhagem política. A posição popular sobre o destino dos terrenos do Estádio ainda não está hipotecada...
Dar a cara
J. Silva Lopes
O facto de nas últimas colaborações não aparecer a minha cara, nada significa. Vou apresentar este simples facto por várias considerações, vi num jornal de Braga que em vez da cara do colaborador, esta foi substituída por éfigie completamente negra onde nem o bispo escapou. Antes de mais, ao assinar um texto, já se assume a responsabilidade do mesmo, isto é dá-se a cara. Mais do que as caras, com o desenrolar das colaborações, os leitores vão descobrindo as nossas capacidades e os nossos ideais, e também as nossas limitações. Convém frisar, claramente, as naturais limitações dos jornalistas pois ninguém está preparado para tudo. Cada vez mais as especializações, fazem parte do nosso viver de cada dia. Ser especialista não é apenas na medicina ou cirurgia. Não se pode exigir aos jornalistas, sobretudo no campo das ideias, que estejam preparados para escrever ou falar de tudo. Quando se fala de maus jornalistas, a razão dos seus
possíveis fracassos está aqui. Cuidado com os "superficiais". É urgente a preparação cultural remota e próxima. As inexactidões começam aqui. Cuidado ainda, com os tendenciosos, altivos ou sensacionalistas. Também não fará mal a ninguém se estiver precavido em relação aos possíveis servidores ou calculistas. Tudo isto se pode verificar em todos os campos, mas especialmente em matérias religiosas. Já em algumas redacções, quem esteja mais preparado nestas matérias. O grande proveito são sempre os leitores que ficarão esclarecidos. Por todas as razões expostas "dar a cara", tem um sentido mais simbólico que real. Os leitores olham para a cara e calculam a idade. Assim fazem melhor a sua avaliação do que irão ler. Faz muito bem a todos dar a cara, isto é, assumir plenamente a sua responsabilidade. Dar a cara pela religião, partido politico, clube desportivo família e amigos assim avaliará melhor o coeficiente de inteligencia (QI) espiritual e social.
opinião pública: 16 de Maio de 2007 19
Famalicão assinala, sexta-feira, Dia Internacional dos Museus
Casa de Camilo aberta até à meia-noite A Casa-Museu de Camilo assinala, na próxima sexta-feira, o Dia Internacional dos Museus com um conjunto de iniciativas culturais. Na noite de 18 para 19, a Casa-Museu de Camilo associa-se também às comemorações de "La Nuit des Musées" (A Noite dos Museus), sob proposta do Conselho da Europa. Neste âmbito, a estrutura museológica de Seide terá as portas abertas até à meia-noite, com entrada livre, promovendo um concerto de música clássica com o Grupo "Colegia Ensemble". Durante o dia, desafia todos os visitantes que passarem pelo Museu a participar em ateliers de Origami, isto é, aprender a arte japonesa de dobrar o papel. Esta iniciativa insere-se no âmbito da exposição "Hans Christian Andersen", patente no Centro de Estudos Camilianos, em frente à casa-museu. Assim, os participantes irão aprender a criar, a partir de um pedaço de papel quadrado, diversas figuras dos contos do escritor dinamarquês, como "o Soldadinho de Chumbo", "o Patinho Feio" ou "A Pequena Sereia". Já o Museu dos Caminhos-de-Ferro de Lousado associa-se às comemorações através de diversas actividades promovidas pelo Departamento de Educação e Cultura da Câmara Municipal. Neste âmbito, 44 crianças da Escola Básica do 1.º Ciclo de Lousado irão participar numa viagem pelo Museu, tendo como protagonistas um conjunto de personagens ligadas ao universo ferroviário, como o revisor, fogueiro, maquinista, chefe-de-estação, entre outras, que irão recriar o ambiente típico dos comboios do início do século XX. Por sua vez, a Casa-Museu Soledade Malvar, localizada na cidade, irá comemorar o Dia Internacional dos Museus com a inauguração de uma exposição de pintura de Fernanda Aguiar.
TEINA exibe "Clarão nas estrelas"
Conto de fadas encenado na Casa das Artes O Teatro Experimental do Instituto Nuno Álvres (TEINA) leva a cena na Casa das Artes a peça "Clarão nas Estrelas", do brasileiro Vladimir Capella, numa co-produção com a casa de espectáculos famalicense. As exibições acontecem no próximo dia 25 de Maio, às 21h30, e no dia seguinte, às 15 horas. Vladimir Capella é um conhecido dramaturgo brasileiro, nomeadamente através de teatro para crianças e adolescentes, sendo os seus espectáculos conhecidos pelos temas corajosos e inovadores e pelo sensível tratamento cénico e artesanal com que são concebidos. Adaptado por João Regueiras e apresentado sobre a forma de teatro musicado, "Clarão nas Estrelas" é um típico conto de fadas que mostra como uma jovem humilde usa a sua fé, coragem e paixão para libertar um príncipe de um terrível encantamento. Sábios de várias partes do mundo tentavam em vão um diagnóstico do mal que padecia o herdeiro real. Mas sua sorte muda quando Maria, uma órfã empregada do castelo, se apaixona por ele. Dona de rara beleza e bondade, ela consegue superar a ira da rainha e os castigos impostos por esta. Com fé e amor inabaláveis, ela consegue libertar o príncipe do encantamento. "Clarão nas Estrelas" não é, no entanto, apenas uma história cor-de-rosa, o autor entremeou a acção dramática com momentos de angústia vividos pelo príncipe e pitadas de humor. Estas últimas para ironizar o saber clássico dos sábios incapazes de desvendar um mal, que é descoberto pela intuição de uma menina.
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cultura
Livro de Joaquim Lima revela faceta de cientista
"Princípios da Antropologia em Bernardino Machado" lançado hoje "Princípios de Antropologia em Bernardino Machado" é o título de um livro que Joaquim Lima lança hoje, dia 16, no Museu Bernardino Machado de Famalicão, pelas 18 horas. A obra é apresentada por Guilherme d’Oliveira Martins e reúne importantes inéditos que nos desvendam alguns segredos de Bernardino Machado cientista e os primeiros passos do ensino da Antropologia em Portugal, onde é marcante a influência da antropologia física da escola francesa. O contributo filosófico e antropológico de Bernardino Machado, mais do que uma ruptura epistemológica, é a afirmação de um novo espírito científico, símbolo da transformação mental e social que percorreu Portugal nos finais do século XIX. Os "Princípios de Antropologia de Bernardino Machado", agora tornados públicos nesta edição, são uma obra imprescindível para
conhecermos os caminhos do autor enquanto cientista, alicerçados durante os trinta anos da sua carreira académica na Universidade de Coimbra (1877-1907), mas também para desvendarmos os pri-
mórdios do desenvolvimento científico em Portugal. Joaquim Lima nasceu em 1951 na freguesia de Joane. É licenciado em Filosofia pela Universidade do Porto, tendo concluído a Pós-graduação e o Mestrado sobre "Filosofia em Portugal e Cultura Portuguesa" na Universidade do Minho. Professor na Escola Bernardino Machado, está intimamente associado à Agência de Desenvolvimento Regional do Vale do Ave (Adrave), onde tem concretizado actividades e projectos, sobretudo nas áreas do desenvolvimento socioeconómico e qualificação dos seus recursos humanos da região. Fundador e primeiro director do Jornal Vila Nova, jornalista no Gazeta da Semana e correspondente do Diário de Notícias, tem alargado a sua participação cívica a diversas iniciativas e associações culturais e de solidariedade social.
Não esquece o desejo de ter uma sede
Com ilustrações de Ivo Manuel Machado
Crónicas do pediatra Gonçalves Oliveira em livro O médico Gonçalves Oliveira, director do serviço de pediatra do Hospital de Famalicão apresenta, no próximo sábado, um livro que junta as crónicas que habitualmente escreve no jornal Diário do Minho. Será na Ordem dos Médicos do Porto, pelas 18 horas. "Ponto e Contraponto – Retalhos na nossa sociedade", assim se intitula a publicação que conta ainda com ilustrações inéditas de Ivo Manuel Machado. As crónicas abordam temas actuais da sociedade portuguesa e o livro conta com o prefácio do sociólogo Paquete de Oliveira – actual provedor do Telespectador da RTP – que destaca "o interesse e o valor desta obra". "Dar a esse papel um registo mais permanente e transcurso no tempo que passa é um mérito", refere Paquete de Oli-
veira sobre a importância de dar à estampa em forma de livro as opiniões publicadas no "Diário do Minho", explicando que "as folhas dos jornais, tal como as palavras ditas, depressa voam" e "dissipam-se". Paquete de Oliveira considera que "a escrita de Gonçalves Oliveira reflecte a fina sensibilidade de um médico que tem na sua frente esse inexpugnável mundo de sentimentos, candura, inocência: as crianças", mas não só, dissertando de forma transversal os problemas que marcam a actualidade do país e do mundo. Sobre as ilustrações de Ivo Manuel Machado, Paquete de Oliveira apelida-o de "arguto e perspicaz no traço dos seus desenhos", onde "deixa uma marca de humor, mas acrescenta por certo valor de reflexão".
Submarine em colectânea nacional
Banda de Riba d'Ave convidada para actuar em Espanha A Banda de Música de Riba d' Ave recebeu um convite para actuar em Espanha, mas propriamente, em Castellon (Valência), em Setembro, no âmbito de um Festival Internacional de Música. A direcção da banda, presidida por Artur Duarte, está a analisar a proposta, entendendo-a como "muito prestigiante", embora também seja sinónimo de "responsabilidade". Neste momento o problema são os custos da deslocação, uma vez que a estadia
é assegurada pela banda espanhola organizadora do festival. Nesse sentido, a banda ribadavense já dirigiu pedidos de apoio para a Câmara de Famalicão e Junta de Freguesia de Riba d' Ave. Entretanto, a banda – que conta com 200 anos de existência – equaciona a realização de um concerto musical de homenagem aos amigos da Banda, sobretudo para os que, ao longo dos anos, "têm contribuído para que a banda
continue a levar o nome de Riba d' Ave mais alto e mais além". Também aqui, a colectividade está a tentar obter apoios para financiar a iniciativa. Em nota à imprensa, a direcção não esquece o sonho de ter uma sede e uma local de ensaios fixa e permanente, chamando ainda a atenção para a necessidade, a médio prazo, de renovação do fardamento e da compra de alguns instrumentos. A mais breve pra-
zo, a banda tem, este fim-de-semana duas actuações no concelho. A primeira, no Sábado, pelas 21h30, em Ruivães, no Centro Social e Paroquial, no âmbito do protocolo celebrado com a Escola de Música de Ruivães. Serão executadas obras de Música Contemporânea, Clássica, Ligeira e Popular. No Domingo, dia 20, actuará nas festas de Nossa Senhora das Candeias em Delães, romaria onde a banda já não participava há longos anos.
A canção "About you and me" dos famalicenses Submarine foi o tema escolhido para o alinhamento da colectânea "Novo Rock Português", editada pela editora Chiado Records, na semana passada. Em formato duplo, esta colectânea pretende mostrar as bandas portuguesas que mais se destacaram durante o ano de 2006. Participam ainda no disco: X-Wife, Balla, Ovo, Wraygunn, Fat Freddy, Viciouse Five e The Poppers, entre outros, num total de trinta e oito bandas.
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economia
Novo empreendimento em S. Simão de Novais em fase de construção
Encosta Formosa: viver bem Sofia Abreu Silva Longe do bulício da cidade, mas a poucos minutos do centro de Famalicão e a poucos quilómetros do acesso à auto-estrada, já nasceu, em S. Simão de Novais, o empreendimento Encosta Formosa. Trata-se de um conjunto de 24 moradias e um lote de 16 apartamentos, a que se juntará uma pequena zona comercial que irá oferecer àquela zona alguns serviços importantes do dia-a-dia. A construção está a cargo da empresa Gomes & Castro, Lda, bem conhecida naquela zona, nomeadamente na freguesia de Delães, onde já construiu 80 apartamentos - "Jardins da Portela" - e também 24 moradias - "Aldeamento das Figueiras" - ambos com sucesso total de vendas. Novais é agora a nova aposta da empresa que escolheu um local calmo com uma exposição solar muito interessante. "O nosso objectivo é construir com pouca densidade e oferecer qualidade de vida. Por isso teremos uma zona residencial com uma generosa luz solar e uma área verde a que todos terão acesso e da qual podem usufruir", falou Pedro Pinto, da Gomes e Castro, ao OPINIÃO PÚBLICA. De uma forma geral podemos descrever o empreendimento com casas funcionais e amplas, pensadas por clientes, arquitectos e engenheiros. A arquitectura é simples, com rasgos de modernidade ou contemporaneidade na medida certa. "Não podemos deixar de lado o aspecto funcional da casa. Não usamos os materiais tradicionais, mas antes mais actualizados, sem romper com um conceito do que deve ser verdadeiramente uma casa", sublinha. Às casas não falta nada: ar condicionado, aquecimento central a gás natural, estores eléctricos, alumínio com rotura térmica preenchido com vidro atérmico, guarda-roupas, aspiração central, boa luz natural, cozinha mobilada, um anexo para arrumos e um jardim. Destaque ainda para a nobreza dos materiais, desde os interruptores até às madeiras utilizadas nos mais diferentes pontos da casa. Espreitar por dentro E porque hoje é impossível
B.I. Encosta Formosa L ocal iz ação: S. Simão de Novais Moradias: 24 Apartam ent os: 16 L o j a s: 8 A c e ss i b i l i d ad e s : poucos minutos de Famalicão e da A7. In fra - e str ut ur a s co mpl e ment are s: escolas, complexo de piscinas (em construção). Construção e ve ndas: Gomes e Castro Lda.
separar a vida familiar do nosso trabalho, as moradias "Encosta Formosa" têm logo à entrada um escritório e uma casa-de-banho que permite estar em casa a trabalhar e até receber clientes sem ocupar, nem passar pelas restantes divisões da casa. Segue-se depois uma sala ampla e comunicante que oferece acolhimento e permite a ousadia de várias decorações. A cozinha, mesmo ao lado, está já mobilada. Aqui são os clientes que escolhem os tons que mais lhes agradam. Da cozinha tem o acesso directo para a zona exterior com um anexo e uma área verde. Em cima, o primeiro andar é reservado ao sossego. Estamos a falar dos quartos. Todos possu-
em bons espaços e bons armários. O quarto-suite, além de ter mais espaço, tem um "quarto de vestir" com lavatório, além da casa de banho com base de duche. De uma forma geral, os "materiais escolhidos obedecem a linhas simples, de fácil manutenção, de alta qualidade e por isso não se estragam com facilidade", explica Pedro Pinto. Por último, o espaço dedicado à garagem é, sem exageros, grande para guardar tudo o que se precisa. Comprar em construção Para já estão prontas e habitadas quatro moradias porque é intenção da empresa que os clientes comprem a sua casa em construção. Uma solução mais
prática e benéfica para ambas as partes. "É a personalização de uma habitação. O cliente escolhe as cores e os padrões que mais lhe agradam. Se estamos a fazer uma casa para alguém é mais fácil fazê-la à medida dessas pessoas. Se fizermos uma casa indiscriminadamente, os interessados podem não gostar de um ou outro pormenor. É muito importante que o cliente decida em fase de construção", refere. "Não pretendemos impor as nossas ideias, mas nesta fase podemos também ajudar o cliente a ter uma noção do resultado final da casa. Como estamos a falar de casas com equipamento médio-alto é difícil alguém nos pedir mais alguma coisa", acres-
centa. Pedro Pinto esclarece que a Gomes e Castro trabalha directamente com as pessoas interessadas. "Tal como nos outros empreendimentos que construímos, é tudo resolvido por nós, sem intermediários. Queremos que as pessoas nos conheçam e que qualquer problema seja tratado connosco, antes, durante e na pós-venda". "E porque temos esta filosofia, temos clientes que primeiro nos compraram um apartamento e depois uma moradia. Temos de facto uma pósvenda e as pessoas têm de ter a noção que quem constrói barato, não oferece qualidade, nem poderá dar a assistência devida quando surge um problema", refere Pedro Pinto.
28 opinião pública: 16 de Maio de 2007
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