Coindu aluga instalações da Filobranca
Inaugurada nova sede da Junta de Nine Nine já tem uma nova sede de Junta. O edifício custou 132 mil euros e foi inaugurado no sábado, perante a presença de dezenas de ninenses. Possui um espaço para as novas tecnologias com acesso gratuito à Internet. p. 14
Parte das instalações da têxtil Filobranca foram alugadas pela empresa de Joane Coindu. Os trabalhadores temem que isso seja o princípio do fim da têxtil, apesar da Coindu estar interessada em absorver mão-de-obra da Filobranca. p. 15
ANO 15 • Nº 790 • Gratuito 27de JUNHO A 3 DE JULHO DE 2007 DIRECTOR: JOÃO FERNANDES DIRECTOR ADJUNTO: FELIZ PEREIRA
opiniãoespecial:
Ainda há esperança para o Têxtil. É este o sentimento expresso pelos responsáveis do sector ao OP. pp. 21 a 24
Meireles candidato à direcção dos BV Famalicenses António Meireles encabeça a única lista candidata à nova direcção dos Bombeiros Voluntários Famalicenses. O candidato promete renovação e tem o apoio de Amândio Carvalho, que se recandidata ao cargo de presidente da Assembleia Geral. p. 13
Jovem é suspeito da morte de outra idosa
HOMICIDA DE S. COSME APANHA 17 ANOS O jovem que há um ano matou Joaquim Castro, de 75 anos, em S. Cosme do Vale, foi condenado pelo Tribunal de Famalicão a 17 anos de cadeia. Vai cumprir pena por homicídio qualificado, profanação de cadáver, furto e posse ilegal de arma. Muitos vizinhos
e familiares assistiram à leitura da sentença, durante a qual o juiz sublinhou a personalidade desviante do arguido “que revelou desprezo pela vida humana e pela pessoa morta”. Os advogados da família consideraram a pena “equilibrada”. p. 4
Anúncio feito na inauguração das obras do Mosteiro
Órgão de Landim restaurado em breve
p. 18
Jovem de 14 anos cria coelheira industrial Um projecto muito particular prepara-se para nascer em Antas. Foi idealizado por um rapaz de 14 anos e é uma coelheira industrial, que, além dos coelhos, tem música e tapetes rolantes. p. 3
Crianças escrevem conto “Uma História Partida” é o título de um livro que resulta de um projecto inovador no concelho. A Câmara lançou o desafio e cinco escolas aceitaram-no: escrever um conto conjunto, em que cada turma foi responsável por um capítulo. p. 22
A defesa das Maravilhas
Na luta pelo pavilhão, antigos alunos da secundária lançam desafio
opiniãosport:
Regime de excepção para Educação Física na Camilo
p. 12
FC Famalicão apresenta dois reforços e oito renovações Hóquei em patins: FAC em terceiro
02 opinião pública: 27 de Junho de 2007
espaço aberto
Objectiva Pública A velocidade excessiva, todos sabemos, é apontada como uma das principais causas da sinistralidade rodoviária e, consequentemente, das mortes que lhe estão associadas. É, por isso, estranho que em pleno centro da vila de Riba d'Ave exista um sinal que permite circular a mais de 50 quilómetros. Na avenida que passa em frente à Junta de Freguesia, no sentido de quem segue em direcção à rotunda que dá acesso à Didáxis de Riba d'Ave, há um sinal que limita a circulação a... 70 quilómetros horários. Isto numa via onde o tráfego é intenso, dada a localização do pavilhão do Riba d'Ave Hóquei Clube e até da Escola Primária da Avenida.
Agenda Quarta-feira, 27 21h30 Apresentação do projecto “Cidade Desportiva”, no Centro de Estudos Camilianos, em Seide.
Questão Pública Acha que o sistema de vídeo-vigilância nas escolas, anunciado pela ministra da Educação para o próximo ano lectivo, será factor de maior segurança nos estabelecimentos de ensino? Custódio Oliveira
Ana Maria Oliveira
dirigente associativo
Sexta-feira, 29
Maria Augusta Santos autarca
professora
21h00 Sessão da Assembleia Municipal de Famalicão, no auditório da Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco.
Sábado, 30 15h00 Sessão solene da Semana das Misericórdias, no lar S. João de Deus, em Gavião 16h00 19º convívio Velhas Guardas e Amigos do Louro, com missa no Santo Monte e jantar nas instalações da Louroaves. 21h00 Festival Internacional de Folclore do Grupo Infantil e Juvenil S. Tiago de Gavião, no adro da Igreja Paroquial.
Quem pretende resolver os problemas deve descobrir, analisar e combater as causas que os geram. Decisivo é conhecer e analisar os motivos sócioeconómicos e culturais que originam a insegurança nas escolas e, à partida, encontrar estratégias, acções e meios para eliminar esses motivos ou causas. Este seria o caminho para garantir a segurança nas escolas. A insegurança tem uma componente psicológica relevante. É uma espécie de medo individual e colectivo. A vídeovigilância combate a insegurança psicológica. Dá conforto e garantia. Mas obviamente não resolverá os reais problemas de insegurança.
FICHA TÉCNICA
CHEFE DE REDACÇÃO ADJUNTO:
CONSELHO EDITORIAL:
EDITOR DE TURNO:
Alexandrino Cosme, António Cândido Oliveira, António Jorge Pinto Couto, Artur Sá da Costa, Cristina Azevedo, Feliz Manuel Pereira, Joaquim Loureiro, João Fernandes
DIRECTOR: João Fernandes (CIEJ TE-95) jfernandes@opiniaopublica.pt DIRECTOR-ADJUNTO: Feliz Manuel Pereira (CIEJ TE-81) felizmp@opiniaopublica.pt
CHEFE DE REDACÇÃO: Cristina Azevedo (CPJ 5611) cristina@opiniaopublica.pt
Celso Campos (CPJ 4668) ccampos@opiniaopublica.pt Magda Ferreira (CPJ 4625) magda@opiniaopublica.pt
Estou de acordo com a montagem do sistema nas escolas, vai permitir o registo de situações desagradáveis que, como sabemos, acontecem recorrentemente. Não deixa de ser interessante também, observar que a ministra que diz não haver um problema de insegurança real nas escolas, as dota de um equipamento de vigilância. Há problemas nas nossas escolas e há integridades que são postas em causa diariamente. Entendo que o professor deve ser uma referência para o aluno em todos os campos. O professor detém uma autoridade dentro do estabelecimento de ensino que deve ser preservada. É importante para o nosso futuro colectivo favorecer os valores da responsabilidade pessoal e social.
DESPORTO: Abílio Moreira (CNID 1844), Aristides Ferreira (CNID 1194), Bruno Marques (CPJ 8022), Jorge Humberto, José Carlos Fernandes (CNID 685), José Clemente (CNID 297), José Marques (CNID 731), Pedro Sá (CNID 1905) e Pedro Silva (CICR-220).
EDITOR DESPORTO: Bruno Marques (CPJ 8022) brunomarques@opiniaopublica.pt
REDACÇÃO: informacao@opiniaopublica.pt Arcindo Guimarães (CICR-56), Carla Alexandra Soares (CICR-248), Celso Campos (CPJ 4668), Cristina Azevedo (CPJ 5611), Magda Ferreira (CPJ 4625), Marta Marques (CICR320), Raquel Barbosa (CPJ 6924) e Sofia Abreu Silva (CPJ 10952).
FOTOGRAFIA: Andrade Lobo (CNID 1194) e Carlos Alberto Silva (CNID 1042).
GRAFISMO: Carla Alexandra Soares, Elisete Santos, Pedro Silva. INFORMÁTICA: Filipe Fragoso
A indisciplina e violência nas escolas têm, na generalidade, aumentado e constituem problemas que têm de ser combatidos através do reforço da autoridade da escola, dos professores e do pessoal não docente. Esse reforço concretiza-se com diversos mecanismos que garantam os meios de defesa e prevenção adequados, nomeadamente o sistema de vídeo-vigilância, anunciado pelo Ministério da Educação. A consolidação do “Programa Escola Segura”, a constituição de parcerias entre entidades ligadas a esta problemática, a informação e formação constante da família, são algumas das estratégias para a prevenção e combate destes problemas. Compete a todos colaborar para que a escola seja um espaço seguro, pois só assim será capaz de cumprir o seu grande objectivo – formar e educar para a cidadania.
OPINIÃO: António Cândido Oliveira, Avelino
TÉCNICOS DE VENDAS:
Serviços Administrativos:
Leite, Carlos Sousa, Domingos Peixoto, Gouveia Ferreira, J. Silva Lopes, João Casimiro, Joaquim Loureiro, Luís Paulo Rodrigues, Miguel Moreira Silva, Paulo Cunha e Vieira Pinto.
comercial@opiniaopublica.pt Agostinha Bairrinho, Maria Fernanda Costa e Sónia Alexandra
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TIRAGEM DESTE NÚMERO:
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espaço aberto
opinião pública: 27 de Junho de 2007 03
Jovem famalicense avança com projecto inédito
Coelhos ao som da música Bruno Marques Quando se pensa que já se viu tudo, há sempre alguém que nos surpreende. É o caso de Rui Miguel, 14 anos, que idealizou e ergueu uma coelheira industrial muito particular. Na Quinta das Cortinhas, em S. Cláudio, na freguesia de Antas, irá ser inaugurado, no próximo sábado, um local que os coelhos vão estranhar por ter música e tapetes rolantes. A história começa por acaso, da mesma forma que começam quase todas as histórias de sucesso. O gosto pelos coelhos, e com a falta de espaço a ser um problema, Rui Miguel teve a ideia de construir uma coelheira, acrescentando-lhe alguns pormenores que fazem toda a diferença. Voltando ainda mais atrás no tempo, tudo “começou por uma brincadeira”, como conta Rui. Na altura com 11 anos aproveitou uma jaula da mãe e uma coelha oferecida para iniciar aquilo que agora é uma grande criação. Hoje, a nova coelheira poderá acolher 150 coelhos. “Ele tem muito gosto nos coelhos e a avó disse-me para lhe perguntar se ele queria que o ajudasse a construir uma coelheira”, acrescenta Joaquim Campos, funcionário da Quinta que tem ajudado na construção do espaço. Da vontade até à concretização, foi apenas um pequeno passo, embora o que estava pensado tenha sido alterado. “Quando comecei a montar não era para levar tapetes rolantes, eram para ser apenas uns raspadores, mas depois chegou-se à conclusão que dava mais mão-de-obra e era capaz de ficar mais caro”, completa Campos. A forma de funcionamento desta coelheira é muito simples e reduz ao mínimo o número de pessoas necessárias para os trabalhos de manutenção. Para além da música, o sistema de tapetes rolantes, que funciona de dois em dois minutos, coloca fora da coelheira todos os dejectos dos coelhos. Por isso, os trabalhos são reduzidos praticamente à alimentação dos animais. E ainda há o aproveitamento de estrume para as estufas. A vida no campo é outra das
paixões de Rui Miguel. “Gosto mais de estar aqui na Quinta e com os animais do que na cidade. Só vivi um ano na cidade, quando nasci, e depois habitueime a viver aqui e acho que se vive bem”, afirma convicto. Já a paixão dos coelhos explica-se pelo facto de “serem animais muito calmos e engraçados”, podendo “pegar-se neles e cuidálos à vontade”. Quanto ao futuro, que chega devagar, Rui Miguel sabe que quer seguir algo relacionado com a Medicina. Embora uma área ligada aos animais, como por exemplo a Veterinária, não esteja posta de parte até porque o interesse por esses assuntos é cada vez maior. “O Rui gosta muito da natureza e dos animais” Os tempos livres deste jovem famalicense são passados sempre em contacto com a natureza e os animais. “É um miúdo que se
interessa muito por tudo e como vive nesta Quinta, praticamente desde que nasceu, tem gosto por estas questões”, confessa a mãe Helena Moreira. O espaço que será ocupado pelos coelhos pertencia anteriormente aos vitelos, sendo antigamente feita a sua criação. “Já não tinha espaço para crescer mais e agora com este novo projecto vai ter boas condições”, acrescentando que a iniciativa contou com o seu incentivo, uma vez que “nestas idades é importante e saudável ter este tipo de ocupações”. “A ideia era tão bonita, criativa e positiva que acho que não podia deixar de o apoiar”, destaca Helena. Os estudos são a parte que a mãe não quer ver descurada, sem que no momento actual tenha problemas desse género, uma vez que “o Rui é um bom aluno a ainda se esforçou mais na escola desde que iniciou este projecto”.
Música promete acalmar os coelhos da Quinta das Cortinhas
Aspecto geral da Coelheira idealizada por Rui Miguel
Música ambiente relaxa os coelhos Existem estudos que indicam que os animais ficam mais relaxados quando ouvem música. “O uso de música ambiente faz relaxar os animais. Quando não há estímulos e nos períodos de silêncio os coelhos podem dar um pulo, ir contra as grades e magoarem-se”, aponta João Correia, veterinário que regularmente visita a Quinta das Cortinhas. Na coelheira será instituído “um som suave” de forma a “tudo ficar calmo e sossegado”. Poderá ser apenas música ou então será sintonizada uma estação de rádio, faltando “saber qual será a melhor situação”. Certo é que durante o dia os coelhos terão as orelhas bem atentas e à noite poderão descansar em silêncio. “Normalmente o sistema de som usa-se em vacarias ou suiniculturas e neste caso vamos juntar o útil ao agradável e fazer uma experiência. Não tenho conhecimento de qualquer coelheira em Portugal que faça isso e vamos ver o resultado”, esclarece. À partida os resultados serão satisfatórios. As trovoadas são um dos inimigos dos coelhos que quando estão mais irrequietos podem ter problemas graves. João Correia aponta o facto das coelhas “poderem abortar” como uma dessas consequências, algo que será minimizado com a implementação de um sistema de som. O veterinário é responsável pelo controlo higiénico e sanitário das instalações, bem como pela promoção da sanidade dos coelhos, em termos de vacinação, desparasitação e rações. O trabalho promete estar simplificado devido às condições disponibilizadas pela coelheira.
Rui Miguel com a mãe Helena Moreira
Joaquim Campos ajudou na construção da coelheira
04 opinião pública: 27 de Junho de 2007
cidade
No julgamento pela morte de um idoso há um ano
Jovem homicida de S. Cosme condenado a 17 anos Magda Ferreira O Tribunal Judicial de Famalicão condenou a 17 anos de cadeia o jovem que, há quase um ano, assassinou a tiro um idoso em Vale S. Cosme. Joaquim Pedro Silva, de 19 anos, foi acusado de quatro crimes: homicídio qualificado (16 anos), profanação de cadáver (1 ano), furto qualificado na forma tentada (10 meses) e posse ilegal de arma (10 meses). No cúmulo jurídico, a pena é de 17 anos. A leitura da sentença aconteceu na manhã de quarta-feira da semana passada, estando a sala de audiências do Tribunal completamente cheia, sobretudo com familiares e vizinhos, quer da vítima quer do agressor, que viviam na mesma zona daquela freguesia do concelho. O Ministério Público tinha pedido a aplicação do regime jurídico jovem neste caso, dado que o arguido não tem antecedentes criminais, mas o Tribunal assim não entendeu por, explicou o juiz José Manuel Flores antes de anunciar a sentença, estarem em causa “factos muito graves” e um crime de homicídio, que é o mais grave do sistema judicial português. Considerou o Tribunal que face à personalidade demonstrada pelo indivíduo não é possível antever que o regime solicitado seria benéfico à sua
Foram muitas as pessoas que assistiram à leitura da sentença
reinserção. De resto, ao longo da sessão o magistrado sublinhou por várias vezes a conduta e personalidade “desviante” do acusado, considerando que o jovem revelou “desprezo pela vida humana e pela pessoa morta”. José Manuel Flores recordou que o jovem matou a vítima – Joaquim Castro, de 75 anos – pelas costas, sem
Alcoolismo e violência presentes
lhe dar qualquer hipótese de reacção, quando esta estava “descansadamente” no seu local habitual de trabalho, no lugar de Barreiras, freguesia de S. Cosme. Depois, arrastou o corpo pelo chão durante 33 metros e atirouo para uma vala com a intenção de ocultar o cadáver. O juiz defendeu ainda que o jovem Joaquim Pedro demons-
trou “frieza” ao deslocar-se até à Póvoa de Varzim para ver um rali depois de cometer o crime foi, voltando, dois dias mais tarde, “sem qualquer pejo”, às redondezas para assaltar a casa da vítima. O facto do arguido ter confessado os crimes em tribunal funcionou como atenuante, mas não foi suficiente, dado que “a
prova era bastante”, sobretudo no que respeita ao crime de homicídio. Não foi, porém, provado o homicídio doloso, solicitado pelos advogados da família da vítima, dado que Joaquim Castro morreu imediatamente, sem aparente sofrimento. Além da pena de prisão, o arguido foi ainda condenado ao pagamento de uma indemnização cível de 50 mil euros, e ainda a pagar 15 mil euros à viúva por danos morais, cinco mil euros a cada um dos filhos da vítima e 2.500 euros aos netos. No final da sessão, o juiz José Manuel Flores sugeriu ao condenado que aproveite o tempo que vai passar na cadeia “para se consciencializar de que existem coisas básicas na sociedade em que vivemos e uma delas é o direito à vida”. “Se calhar, isto é pouco para aquilo que o senhor fez, mas é o mínimo”, conclui. Os advogados da família, Carlos Ferreira e Elisabete Maia, disseram aos jornalistas que consideravam a pena aplicada pelo Tribunal de Famalicão como equilibrada. O jovem que foi agora condenado a 17 anos de cadeia é ainda suspeito de ser o autor da morte de uma idosa, também na freguesia de S. Cosme, um crime ocorrido cerca de três semanas antes daquele que foi julgado a semana passada.
Famalicenses ganham prémio de arquitectura
A vida do arguido Não parece ter sido fácil a vida de Joaquim Pedro Silva, que a semana passada foi condenado por ter matado, a 6 de Julho do ano passado, o septuagenário Joaquim Castro, ambos residentes em Vale S. Cosme. É isso que indicia o enquadramento social que é feito do jovem e que consta do acórdão da sentença que o condenou a 17 anos de prisão. Filho único, viu o seu desenvolvimento pessoal e social ser “fortemente perturbado pelo alcoolismo e pela violência exercida pelo progenitor”, de forma a que “o clima relacional continua a ser de temor apesar da existência de laços afectivos mãe-filho”. Deixou a escola cedo, mas foi demonstrando dificuldade em manter uma actividade profissional. Trabalhou numa serralharia, mas foi despedido quando terminou o contrato de um ano. Depois foi realizando alguns biscates, até que um primo o chamou para o ajudar numa quinta e vacaria. Entretanto, foi expulso de casa e passou a viver com esse familiar, “porém o
controlo efectuado levou-o a deixar aquele trabalho”. Ainda trabalhou para a Junta de Freguesia de S. Cosme, mas “progressivamente, o desinteresse nas actividades profissionais promove a situação de inactividade laboral e a condição de sem-abrigo, agravadas por um estilo de vida transgressivo”, onde surgiram as primeiras experiências com drogas. À data do crime pelo qual foi condenado, Joaquim Pedro “vivia há cerca de seis meses na condição de sem-abrigo, pernoitando nos terreiros da casa do agregado”. “A mãe, com quem mantinha um relacionamento afectivo, fornecialhe, às escondidas do pai, algum apoio alimentar”, aponta o relatório. O documento relata ainda que na cadeia – onde está desde que foi detido, quatro dias depois do crime – o jovem “tem procurado adoptar uma conduta concordante com o disciplinado institucional”, ocupando desde Dezembro tarefas laborais na cozinha. Mantém contactos com os progenitores e com uma tia.
O projecto apresentado pelos arquitectos famalicenses
Uma equipa de três jovens arquitectos famalicenses recebeu o segundo prémio no "Concurso Público de Ideias para a requalificação do Estaleiro do Ouro e Zona Envolvente, no Porto", que decorreu no âmbito da Trienal de Arquitectura de Lisboa 2007. A equipa de Famalicão foi constituída pelos arquitectos projectistas Bruno Leitão, Marco António B. B. e Nuno Quintas, enquanto a modelação 3D esteve a cargo de Álvaro Vasconcelos e a fotografia de Sílvio Pinto. Na atribuição deste prémio o júri destacou o "rigor conceptual" e a "sensibilidade na articulação do desenho com as pré-existências", tendo a equipa sido convidada pelo comissariado da trienal a participar num fórum e a expor o projecto
desenvolvido. A cerimónia de entrega dos prémios teve lugar no passado dia 20, Cordoaria Nacional, em Lisboa, tendo o concurso sido promovido pela Administração dos Portos do Douro e Leixões (APDL) e organizado pela Secção Regional do Norte da Ordem dos Arquitectos. Do universo de 71 propostas a concurso, 10 foram distinguidas pelo júri, tendo sido atribuídos 3 Prémios e 7 Menções Honrosas. As 10 propostas seleccionadas pelo júri integram o núcleo expositivo da APDL, na exposição "Áreas Metropolitanas – SÉCULO XXI", patente até ao dia 31 de Julho, no Pólo II da Trienal de Arquitectura de Lisboa – Cordoaria Nacional.
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opinião pública: 27 de Junho de 2007 05
06 opinião pública: 27 de Junho de 2007
cidade
Armindo reuniu com novo presidente do instituto superior politécnico
Câmara e IPCA interessados em relançar cursos em Famalicão A Câmara Municipal e o Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA) retomaram protocolo de 2005. Armindo Costa reuniu, terça-feira da semana passada, com o novo presidente IPCA, João Carvalho, e ambos acordaram dar sequência a um protocolo já assinado entre as duas instituições com vista à instalação em Famalicão de um pólo daquela escola pública de ensino superior politécnico. Segundo nota à imprensa da autarquia famalicense, no final da reunião, João Carvalho revelou que o IPCA poderá abrir em Famalicão cursos de especialização tecnológica, para alunos com o 12º ano de escolaridade, assim como pósgraduações em áreas que não colidam com a oferta existente, nomeadamente na Universidade Lusíada e na Escola Superior de Saúde do Vale do Ave. “É um projecto muito interessante”, diz Armindo Costa, sublinhando sobretudo os cursos de especialização para os alunos do 12º ano, que pretendem prepará-los para a entra-
António Freitas
Cristina Azevedo
Armindo Costa reuniu com o novo presidente do IPCA
da no ensino superior. “É uma experiência que vamos fazer. Sabemos que estas coisas não podem acontecer de um dia para o outro, nem por decreto, mas estou convencido de que
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o IPCA vem mesmo para Famalicão”, disse o edil, a semana passada à imprensa, à margem da cerimónia de apresentação do livro “Histórias Partidas”, no Centro de Estudos Camilia-
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nos [Ver notícia na página 27], não adiantando, porém, datas quanto ao avanço efectivo dos cursos. Recorde-se que o protocolo assinado em 2005 previa a cri-
ação de dois cursos de pósgraduação em Informática para a Saúde e Redes e Segurança Informática. Porém, já existia oferta a este nível em Famalicão, pelo que os cursos não registaram inscrições suficientes para avançarem. Mesmo assim, recentemente a Câmara teve que disponibilizar uma verba para pagar a publicidade com a divulgação dos referidos cursos, que nunca chegaram a ser ministrados, o que valeu um coro de protestos por parte da oposição. Agora, quer-se evitar que a situação se repita, pelo que, a semana passada, ficou agendada mais uma reunião de trabalho, em que, para além dos presidentes da Câmara e do IPCA, deverá estar presente a reitora da Lusíada de Famalicão, justamente para avaliar futuras fórmulas de cooperação entre as duas escolas. Armindo Costa afirma estar “de alma e coração com os projectos do IPCA”. Por seu lado, João Carvalho manifestou confiança na expansão da escola superior politécnica, considerando que “a presença em Famalicão é importante para o crescimento do instituto”.
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cidade
Lojas famalicenses na Net A Associação Comercial e Industrial de Famalicão (ACIF), parceira no programa Mega Rede, vai criar mais de 70 lojas do concelho na Internet. A ideia é revitalizar o Comércio Tradicional, pela venda de novos produtos e serviços, através da Net. Todos os pontos de venda com a marca Mega Rede, passam a dispor de um ecrã, onde será difundida a corporate tv e um terminal multifunções que permite o acesso à Internet no ponto de venda. Neste terminal os consumidores podem efectuar todo o tipo de compras, que podem ir desde o aluguer de um carro até à compra de bilhetes para espectáculos. Para além disso, é possível ainda o pagamento de serviços (telefone, eletricidade, impostos) e interagir com organismos públicos (pedidos de certidões ou alterações de morada). O projecto Mega Rede vai possibilitar aos utentes sem acesso à net ou fora dos centros urbanos, o acesso a um conjunto de serviços, de forma a encurtar distâncias. Para os clientes e consumidores, a grande vantagem reside no acesso ao terminal é a assistência personalizada, em locais de passagem ou de permanência habitual. Até à data cerca de 20 comerciantes famalicenses já apresentaram a candidatura ao programa Mega Rede.
Móvel Asil recebe etiqueta de qualidade O secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, Fernando Serrasqueiro, vai entregar à Móvel Asil, loja de comércio de mobiliário do concelho de Famalicão, a “Etiqueta de Qualidade”. A entrega está agenda para o próximo sábado, dia 30 de Junho, no Casino Estoril, no âmbito da VII Gala Prémio Mobis. A Móvel Asil é a primeira loja do concelho de Famalicão a ser distinguida no âmbito do projecto Loja de Qualidade, dinamizado pela APCM – Associação Portuguesa de Comércio Mobiliário. Durante a gala vão ainda receber a “Etiqueta de Qualidade” cerca de 50 lojas, provenientes de várias regiões do país. Refira-se que só recebem esta etiqueta as lojas de comércio de mobiliário que cumprem um conjunto de requisitos, definidos previamente, entre os quais se encontra a situação regularizada junto das Finanças e dos fornecedores e a aposta no atendimento e na assistência pós-venda. A etiqueta tem a validade de um ano, após o qual poderá ser renovada ou retirada em função da análise que for feita ao abrigo dos critérios de avaliação.
opinião pública: 27 de Junho de 2007 07
08 opinião pública: 27 de Junho de 2007
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cidade
Mudanças nas redes transeuropeias
opinião pública: 27 de Junho de 2007 09
Alunos da Universidade Sénior
Ferrovia e auto-estradas marítimas Passeio até Fátima benéficas para Vale do Ave
António Babo foi o orador desta conferência
nas trocas entre a região Norte e a Europa. António Babo apontou que o transporte de mercadorias é feito, essencialmente por via rodoviária ou marítima, mas isso vai mudar. "Tudo se encaminha para assistirmos a uma transferência modal acelerada no espaço
europeu", referiu. Na ferrovia, a mudança acontecerá, essencialmente, com a ligação de velocidade alta (220km/h) entre Braga e Vigo, agendada para 2013. Ligação esta que se completará com a construção, dois anos depois, da rede de alta velocidade (350 km/h),
entre Porto e Lisboa. O futuro das redes transeuropeias passará igualmente pelas chamadas auto-estradas marítimas. "Duas soluções a prazo muito interessantes" para Portugal dada a sua posição periférica face à Europa, considera António Babo. Quanto ao Vale do Ave, que é um dos grandes utilizadores destas redes – dado o perfil importador e exportador da grande maioria das empresas da região, dos sectores têxtil e do vestuário –, beneficiará destas mudanças, que, segundo o professor universitário, serão mesmo "decisivas para a manutenção do perfil da região, principalmente num mercado globalizado". Presente nesta conferência esteve também o vice-presidente da Câmara de Famalicão. José Santos sublinhou a importância das redes transeuropeias para o desenvolvimento harmonioso do território europeu.
para os alunos aprofundarem as relações de amizade e companheirismo existente na instituição". Durante o passeio foi apresentado o site da da Universidade Sénior, disponível no endereço: www.usf.pt.vu. A partir de agora, e à distância de um clique, os alunos podem aceder a toda a informação relativa a horários, disciplinas, inscrições, entre outras. A propósito deste novo espaço, Fernanda Costa considera que "esta é uma nova janela que abrimos para o mundo, dando a conhecer o nosso trabalho e facilitando o contacto e o diálogo geracional, intergeracional e interinstitucional". Entretanto, para o próximo ano lectivo foram introduzidas novas disciplinas, são elas Psicologia e História de Arte. As inscrições estão abertas até ao próximo dia 25 de Julho, na sede da Universidade Senior.
António Freitas
As redes transeuropeias são "decisivas" para a manutenção do perfil económico do Vale do Ave, "principalmente num mercado globalizado". Isso mesmo sublinhou António Babo, docente da Universidade do Porto, quinta-feira da semana passada, à margem da conferência sobre o futuro das redes transeuropeias, que decorreu em Famalicão. O evento inseriu-se num ciclo de conferências sobre o futuro da Europa na Região do Vale do Ave, que tem vindo a percorrer os municípios da Associação de Municípios do Vale do Ave, a entidade organizadora, em parceria com a Associação das Colectividades Têxteis Europeias. Em Famalicão, esteve em debate a mobilidade europeia, numa conferência que levou pouca gente ao Centro de Estudos Camilianos, em Seide S. Miguel. O orador focou a sua intervenção, sobretudo,
Magda Ferreira
Magda Ferreira
Perto de uma centena de alunos da Universidade Sénior de Famalicão realizou, no passado dia 21, mais um passeio convívio até ao Santuário de Fátima. A actividade ficou marcada pela homenagem a diversas personalidades ligadas à instituição, entre as quais o presidente da Câmara, Armindo Costa. Presente na eucaristia esteve também o Arcebispo Primaz de Braga, D. Jorge Ortiga. Depois da passagem pelo Santuário, seguiu-se um almoço convívio, que reuniu alunos, professores e pessoal administrativo da instituição. Seguiu-se a entrega de certificados de frequência e uma medalha da Universidade aos alunos que frequentaram o ano lectivo 2005/2006. Para a presidente da instituição, Fernanda Costa, o "passeio convívio resultou num dia diferente e fantástico para todos, uma oportunidade muito bem aproveitada
Alunos assistiram à eucaristia na Capelinha das Aparições
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10 opinião pública: 27 de Junho de 2007
cidade
mais de Famalicão maravilhas
D e po i s d o s f a m a l ic e n se s e l e g e r e m a s 7 Ma r a v i lh a s , o O P co n vi d ou u m c o nj u nt o d e p e rs o na l i d ad e s pa ra faz e r a s u a ' d e f e s a' . A s s i m , a pó s c on he c e r a h i s t ór i a d o n o ss o p at r i m ón i o, e s co l hi d o n o âm b i t o d o c o nc urs o " 7 Ma i s " , ap re s e nt am os - l he a go ra os a rgu m e nt o s m ai s s e nt i m e nt a i s a f a v or d e ca d a um a d a s s e te m ar a v i l ha s f i n al i s t as .
Uma surpresa
Além do papel que uma ponte possui de ligação e união entre terras e populações, a Ponte Ferroviária de Lousado, pela maneira como foi construída com recurso ao ferro, ajudou, e de que maneira, a aumentar a beleza estética da paisagem de Lousado. Olhar atentamente para o local desta ponte ferroviária obriga-nos a espreitar o belo e sinuoso rio Ave, com longos “braços” definidos pelos campos agrícolas fér-
teis em legumes e árvores de frutos. Ter uma ponte como finalista do grupo do ferroviário mais que uma surpresa é, claramente, o menos conhecido e estudado de todos, é simbolicamente muito importante e positivo, permite sentir esta vitória como um agradecimento a todos os que trabalharam para a colocar de pé, e é uma actual reflexão sobre o papel que esta ponte desactivada deve ter hoje e no futuro.
A mata dos contos de fadas
Uma mata rica e frondosa, feita de árvores seculares, árvores altas e sábias, cheias de histórias de gentes e animais que, ali, ao longo de muitas gerações, procuraram a sua beleza, a sua sombra fresca nas tardes de Verão, a calma que ela transmite. Esta pode bem ser a mata dos contos de fadas, assusta-
dora de noite, imponente e brilhante de dia. Entrar na Cerca do Mosteiro de Landim, é entrar na História e ser parte integrante de outras Histórias. Cláudia Sampaio da Nóvoa, Proprietária
A espreitar lá do alto Ainda Famalicão era uma menina pequena, espartilhada entre a Rua Direita, o Campo da Mota (hoje Praça 9 de Abril) e a Rua de Santo António, e já o Vinhal, de longa data, espreitava lá do alto, a poente, encostado a Brufe. Assim, pelo menos, desde os finais do século XVI. A ver crescer a Vila Nova, o futuro municipio. Então, nesses recuadíssimos anos, sabe-se que foi seu dono um tal Baltazar Cício Cogominho. Um apelido vindo, sem dúvida, do longínquo Alentejo, uma lenda talvez, onde não faltaram uma fortuna ridente, o azar a bater-lhe à porta, a ruína, enfim. E o Vinhal vendido em hasta pública, para mitigar as dores dos credores. Foi comprador o cavaleiro-fidalgo (e cavaleiro da Ordem de Cristo) Manuel Álvares da Costa. Neste ponto, as bases
documentais não deixam já espaço para a confabulação. A sua filha e herdeira, D. Angela da Costa, casou com Francisco do Couto de Azevedo, Fidalgo da Casa Real, uma vida de combate na India. E o seu neto e sucessor no Vinhal, Manuel do Couto de Azevedo, seria mais um a notabilizar-se na Restauração da independência nacional, em 1640. A centuria de Setecentos marcou as grandes
obras arquitectónicas da casa. A ampla escadaria de dois lanços, a sequência de janelas avarandadas que embelezam a sua fachada, o jardim cá em baixo, amaneirado, à francesa. Sobreviria a Guerra Civil, a convenção de ÉvoraMonte, o reinado de D. Maria II. E as aspirações, que Famalicão já não calava, de se libertar, de ascender a concelho. A Raínha viria um dia à nossa
terra, confirmando a concretização desse desejo dos famalicences. O primeiro presidente da edilidade, o Dr. António Ribeiro de Queiroz Moreira casara com a Senhora do Vinhal, D. Tomazia Clara de Azevedo e Barros de Faria. E esta tradição de serviço ao municipio manter-se-ia nos seus descendentes, designadamente em José de Azevedo e Meneses Cardoso Barreto. A casa, hoje monumento de interesse público, pertence, ainda agora aos seus bisnetos. A cidade cresceu, veio até aos campos outrora da sua quinta. Decerto não poderia ser de outra maneira. O importante é que essa proximidade sirva para melhor atentar no mais emblemático monumento de Famalicão. João Afonso Machado, Filho do Visconde de Pindela (proprietário)
A sala de visitas do século XIX O palacete que José Francisco da Cruz Trovisqueira (mais tarde Barão de Trovisqueira) mandou construir na Rua Formosa após o seu regresso do Brasil, serviu, repetidamente, de “sala de visitas” da vila durante o século XIX, dada a carência de outras instalações capazes de acolher hóspedes ilustres. Em 1857, El-Rei D. Pedro V é recebido no palacete e, em 1863, Suas Majestades El-Rei D. Luís e a Rainha D. Maria Pia são hospedados, com requinte, no imóvel. As visitas régias influenciarem o arranjo interior, sabendo-se que alguns móveis e adornos foram especialmente feitos para tão distintos hóspedes. Nos preparativos para a real hospedagem foi certamente coadjuvado por sua mulher, Dona Maria da Ascenção de Mora Varona de Araújo e por seu sogro Joaquim da Costa Araújo – outro conhecido famalicense – a quem, como diz o escritor D. João de Castro (1), foi grato esse fortuito contacto com o monarca, pois es-
te, apesar da sua juventude (tinha, então, 21 anos), simbolizava realmente, pela sua sinceridade, aquele mesmo “sistema representativo”, como o que mais promove a felicidade da nação e garante a propriedade e liberdade individual, como diz Joaquim da Costa Araújo no final das suas memórias.(2)
Contrariamente a muitos que no Brasil procuraram riqueza, José Francisco regressou cedo (tinha apenas 27 anos) à terra que o viu nascer. E aí começou uma carreira política que o levou como Deputado às Cortes e à Presidência da Câmara Municipal de Famalicão. A construção de uma casa condigna em Famalicão foi, com certeza, sonho que alimentou durante os anos em terras brasileiras. Sonho, aliás, compartilhado por seus irmãos e cunhado que, na freguesia de Gavião, vieram a ocupar postos na administração local. Depois de várias vicissitudes, o Palacete foi condignamente recuperado pela C.M.F., e abriga hoje o museu Bernardino Machado. J. de Castro e Mello Trovisqueira, Bisneto do Barão da Trovisqueira (1) Castro, D. João de – “Um «Bravo do Mindelo»” in O Primeiro de Janeiro de 8.1.1946 (2) Araújo. Joaquim da Costa - “Biographia de Joaquim da Costa Araújo”, ms. 1840
opinião pública: 27 de Junho de 2007
cidade
Admirada por quem a visita Conheci-te em 1994. Entretanto, sei que tens muitos mais anos. Muitas gerações tu acolheste, milhares de peregrinos por ti passaram e milhares de cristãos na tua pia baptismal nasceram para o Povo de Deus. Não és um monumento grandioso, mas uma “pequena Igreja românica que hoje subsiste num pequeno ambiente de plácido bucolismo, mui cerca de um regato (Guisande) a meio da húmida e apertada rechã”. Será, por certo, aquilo que resta da possível casa conventual de S. Salvador de Arnoso, ali construída na Idade Média. Será esta Igreja, provavelmente, a continuação dum outro templo datado do século VII, destruída pelos mouros no tempo da invasão da Península Ibérica por eles efectuada. Tentando dar-lhe a traça artística o mais possível original, o IPPAR mandou-te restaurar pelos anos 40, limpando-te dos ornamentos barrocos que enchiam os recantos e o altar-mor, para pesar e desagrado de muitos e muitos habitantes desta freguesia, afirmando mesmo que “roubaram-nos a riqueza do nosso Mosteiro”. Aqui estás, agora, simples, de paredes nuas, de granito trabalhado e bem visível, de estruturas românicas, frisos e pinturas que os tempos foram corroendo e vão apagando, à vista desarmada do IPPAR. Após muitos anos esquecido e como que abandonado, fui-te encontrar como um lugar propício para que estas gentes ali se reencontrassem com a História, com a arte e com a liturgia. Assim tem aconteci-
do. Já tens sido palco de celebrações litúrgicas, de encontros musicais, de declamações poéticas, de exposições de arte e de manifestações populares de fé na devoção que o povo teima em manter a Santo Amaro. Continuamos a admirar a tua riqueza decorativa e os elementos arquitectónicos românicos que integras. Gostaríamos de admirar os lindos quadros de vida de Nossa Senhora e da descida do Espírito Santo sobre os Apóstolos, não só pela sua recordação histórica do século XV, mas também por se saber que seriam os únicos na Península Ibérica. Se recordar é viver, ao entrarmos dentro de ti é um pedaço da nossa história que recordamos e vivemos. Vivemo-la naquela capelamor de dois tramos e coberta por uma abóbada cilíndrica; na decoração interior com destaque para os arcos cegos, para a originalidade do arco toral. Vivemo-la ainda em ambos os lados das fachadas interiores assentes em “capitéis ornamentados com motivos antropomórficos, zoomórficos, volu-
tas e folhagens”. Sem dúvida que uma das tuas riquezas arquitectónicas e históricas está nas portas e pela forma rica com que são ornamentadas. Na da porta sul lemos a inscrição de 1156, data que nos pode orientar para o tempo da sua edificação. A porta principal é uma espécie de tímpano vazado em cruz, com três arquivoltas de arco redondo. Joaquim Ribeiro classifica o portal de “notável”, tanto do ponto de vista de construção com em termos ornamentais. Para além da riqueza de certos detalhes, alguns já realçados, o que sobressai de imediato é a harmonia e a austeridade da construção e do sossego interior que provoca em quem o visita. Não admira, pois, que a Igreja deste Mosteiro de Arnoso seja admirada por quem o visita e esteja para ser considerada como uma das maravilhas da história arquitectónica deste concelho, de Portugal e do mundo. Padre Salvador Cabral, Pároco de Arnoso Santa Eulália
A mais de Famalicão A escolha da Estação Arqueológica de Perrelos como uma das 7 maravilhas de Vila Nova de Famalicão foi uma enorme surpresa, tendo em conta que competia com outros sítios de grande monumentalidade do concelho. Como responsável pelos trabalhos de investigação que aí estão a ser realizados fiquei bastante agradada,
pois a votação denota que todo o trabalho de divulgação da estação está a chegar à comunidade e, apesar de ainda não existir uma grande área escavada, esta reconhece o valor daquilo que à primeira vista parece ser um amontoado de pedras toscas. Trata-se de um incentivo para que os trabalhos continuem e lhe confiram a digni-
dade devida. Porque é que deve ser escolhida como a mais de Famalicão? Porque os vestígios até agora recolhidos nos indicam que se trata de um importante sítio arqueológico onde viveram os nossos antepassados desde a Idade do Ferro, por volta do séc. VIII a.C., à Idade Média, pelo menos até ao séc. XIII da nossa Era. Como tal, para além dos vestígios que já foram recolhidos e que são testemunhos relevantes da forma de vida, dos usos e costumes da população dessa época, guarda nas suas entranhas inúmeros documentos extremamente relevantes para a história e identidade de Famalicão. Felizbela Oliveira, coordenadora do Gabinete de Arquelogia da Câmara de Famalicão
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A Boa Reguladora «(…) Se concedermos importância às empresas com mais e imediata visibilidade, é com alguma surpresa que na importante Exposição Industrial Portuguesa, realizada no Palácio de Cristal, no Porto, em 1897, a única empresa representante de VN de Famalicão nada tinha a ver com os algodões. Tratava-se da firma Carvalho, Irmão e Cª, detentora da fábrica de relógios “A Boa Reguladora”, que ali apresentava uma colecção de relógios de mesa e de parede, além de diverso material em diversas fases de fabrico. Era uma empresa única na península que se tornou quase um emblema de Famalicão em todo o mercado nacional pelas características de organização em torno de
‘trabalhos de precisão’ e do tipo de produtos, de longa duração e para exposição nos ambientes mais dignos da casa – o relógio de mesa ou de parede. Nesta medida exige também alguma aten-
ção, até porque desempenha um papel empregador e de inovação tecnológica importante no meio local.»
In “História de Vila N ov a d e F a ma l ic ã o ” Q u a s i E d iç õ e s
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mais de Famalicão
magníficos
Camilo Castelo Branco
7mais 11
Bernardino Machado
7mais 15
Rosa Oliveira
7mais 12
Álvaro Marques
7mais 16
Cupertino Miranda
7mais 13
Castro Alves
7mais 17
Alberto Sampaio
7mais 14
7
mais de Famalicão
Estação Arq. de Perrelos Ponte Ferroviária em Lousado
7mais 21 7mais 22
Fábrica Nacional de Relógios "Boa Reguladora" (Calendário)
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Mata do Mosteiro de Landim
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maravilhas Igreja de Santa Eulália do Mosteiro de Arnoso
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Casa Senhorial do Vinhal
7mais 26
Palacete Barão da Trovisqueira
7mais 27
12 opinião pública: 27 de Junho de 2007
A Associação Famalicense de Prevenção e Apoio à Deficiência (AFPAD) entregou na Lipor 1.480 quilos de tampas na LIPOR, no âmbito na campanha “Operação tampinhas”, promovida pelo hipermercado Jumbo de Famalicão. Na acção, a AFPAD contou com a colaboração de utentes, pais e familiares, bem como de outras instituições, como Café Ponto Final, escola do 1º ciclo Sede nº1, Centro de Saúde, Escola Profissional Cior, Citeve, escuteiros de Vermoim, Escola Secundária Camilo Castelo Branco, Lucipi, Externato Particular do Barreiro, APPACDM e confeitaria Moderna. No dia 21 de Fevereiro foram entregues 540 quilos de tampas, enquanto no dia 14 de Junho a entrega foi de 940 quilos. Para isso, a AFPAD contou com a colaboração da empresa Habitrofa, que disponibilizou um camião e um motorista para fazer o transporte até à LIPOR. Agora, a associação espera receber da LIPOR uma cadeira de rodas para um menino de 11 anos, que frequenta a instituição, e uma cama articulada para o Lar Residencial.
SEF identifica estrangeiras ilegais em bar O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) identificou, no passado sábado, num bar de Famalicão, 19 mulheres estrangeiras suspeitas de trabalharem ilegalmente em Portugal, sete das quais foram notificadas para abandonar o País. No interior do bar “Carreira” encontravam-se 40 clientes, servidos por quatro funcionários, tendo sido identificadas 32 mulheres, 13 portuguesas e 19 estrangeiras, oriundas de países como o Brasil, a Colômbia e a Lituânia. Os proprietários do estabelecimento encontravamse ausentes, tendo-lhes, no entanto, sido abertos processos de contra-ordenação por terem cidadãs estrangeiras a trabalhar ilegalmente. Na ocasião, o SEF apreendeu vários documentos, que indiciam a prática frequente de angariação de mão-de-obra ilegal.
Antigos Alunos desafiam direcção da escola e associação de pais
Nota de Educação Física da Camilo não deve contar para média Magda Ferreira A Associação de Antigos Alunos do Liceu Nacional/ Secundária Camilo Castelo Branco desafiou, esta semana, a direcção da escola e a associação de pais a solicitar ao Ministério da Educação que a nota de Educação Física dos alunos daquele Secundária deixe de contar para efeitos de média de acesso à universidade. Em causa a ausência de um pavilhão gimnodesportivo, que consideram colocar os estudantes da Camilo em desvantagem face aos alunos de outras escolas. "Manter em funcionamento uma escola nestas condições não é aceitável", apontou o presidente da associação, Joaquim Vilarinho, segunda-feira, em conferência de imprensa. Por isso, aconselharam ainda os alunos, caso o ministério não responda afirmativamente àquela solicitação, "a procederem judicialmente contra o Ministério da Educação, com pedido de aplicação de uma providência cautelar, pelo facto de não estarem em igualdade de oportunidades, conforme direito consignado na Constituição da República". Presente no encontro, o presidente do conselho executivo, Jones Maciel, anunciou que vai levar o assunto à próxima reunião dos órgãos da escola, que deverá acontecer dentro de 15 dias, "porque não pode ser o conselho executivo a tomar autonomamente essa decisão". Mas desde já vai dizendo que esta é "uma forma de pressionar o Ministério
Magda Ferreira
AFPAD entrega na LIPOR 1.480 quilos de tampas
cidade
Joaquim Vilarinho, ao centro, não vai desistir de lutar pelo Pavilhão
da Educação a reflectir sobre a situação em que são leccionadas as aulas de Educação Física" na Camilo. Uma opinião partilhada pela presidente da Associação de Pais, Emília Costa, que adiantou estarem a planear a promoção de um abaixo-assinado junto dos pais e encarregados de educação, aproveitando a época de realização das matrículas que se aproxima. "Estes organismos funcionam em função dos números e se tivermos muitas assinaturas penso que terá outro peso", afirma. Várias diligências Este desafio surge depois da Associação de Antigos Alunos
da Camilo ter estabelecido vários contactos e reuniões que não deram nenhuma garantia de que a construção do pavilhão da escola vai arrancar, apesar de a obra estar incluída no PIDDAC (Plano de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central) para 2007/08. Em reunião com o director adjunto da Direcção Regional de Educação do Norte (DREN), no início deste mês, a associação famalicense ficou a saber que, dado o atraso das verbas comunitárias, o financiamento que estava previsto para o pavilhão da Camilo foi desviado para a ampliação de duas escolas secundárias, nomeadamente a de
Joane, consideradas pelo ministério situações mais prementes. "O director adjunto disse que este ano será difícil começar a construção, que para o ano não se comprometia e que, em última instância, em 2015, será possível aquando do plano de reorganização do secundário", contou Joaquim Vilarinho. "Conseguimos pôr muita gente a questionar muita gente neste último mês", salienta o presidente da instituição, mas dados os resultados, Vilarinho considera que a situação "está muito delicada". "Mais do que nunca, se o concelho, a cidade, a escola quer um pavilhão gimnodesportivo tem de lutar por ele", aconselha.
opinião pública: 27 de Junho de 2007 13
cidade
Lista única vai a votos na próxima sexta-feira
António Meireles candidata-se à direcção dos BV Famalicenses António Meireles é o nome que encabeça a única lista candidata à direcção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários (BV) Famalicenses para o próximo triénio 2007/2010. O acto eleitoral para os órgãos gerentes está agendado para a próxima sexta-feira, dia 29, no quartel da corporação. Arquitecto de profissão e actual presidente da Associação Tudo Pela Vida, António Meireles “propõe-se fazer acompanhar na direcção por uma equipa jovem, que pretende dignificar a corporação, muito particularmente a sua vertente humanitária, nomeadamente através do rejuvenescimento dos métodos directivos e de gestão”, pode ler-se em nota enviada à imprensa pela candidatura. António Jorge Couto e João Paulo Araújo são os nomes avançados para vice-presidente e tesoureiro, respectivamente. O projecto passa pela “optimização dos recursos humanos e das instalações da Associação e pela captação de recursos financeiros, através do aumento de número de sócios e da diversificação de serviços prestados à população nas áreas da saúde, do desporto e da prevenção/educação”. Uma maior interacção com a população e o estabelecimento de um maior número de parcerias com as instituições públicas e privadas do município, do distrito e do país, são outros dos desafios que da lista proponente. Para a Assembleia Geral, a lista candidata é encabeçada por Amândio Carvalho, actual presidente daquele órgão e antigo presidente da direcção. Seguemse os nomes de Joaquim Correia Araújo e Paulo Dias Costa. Também para o Conselho Fiscal surge o nome do actual presidente do órgão, Rui Manuel Matos Maia, seguindo-se João Manuel Leitão e Paulo Manuel Perestelo Fernandes. Também em nota à imprensa, Amândio
Jantar convívio em Ribeirão junta mais de 300 militantes
Apresentação dos novos dirigentes concelhios da JS
Nuno Vieira, o líder da JS, falou aos militantes
Legenda para fotografia
Carvalho justifica a sua adesão a este projecto, em primeiro lugar porque a lista candidata “vai no caminho de uma grande renovação de pessoas, sobretudo no aparecimento de juventude com qualidade”, e, em segundo lugar, por acreditar “na capacidade de trabalho, inteligência e devoção à causa pública” de António Meireles. Recorde-se que o acto eleitoral da próxima sexta-feira surge na sequência da dificuldade manifestada pelo actual presidente da direcção, Carlos Vieira de Castro, em continuar a liderar os destinos dos Bombeiros Famalicenses, por motivos de saúde. Nesse sentido, Amândio Carvalho deixa uma palavra ao presidente cessante, por “quanto os famalicenses lhe devem pela sua generosidade e pelo seu trabalho ao longo de várias dezenas de anos em todos os lugares que foi ocupando ao longo dos tempos”, acrescentando que o BV Famalicenses “ainda esperam muito dele”.
Mais de 300 militantes da Juventude Socialista (JS) de Famalicão juntaram-se, sábado, num jantar convívio, em Ribeirão, aproveitado para a apresentação dos novos dirigentes eleitos da JS , anunciou a estrutura em nota à imprensa. Marcaram presença o secretário-geral da JS Nacional, Pedro Nuno, e o secretário coordenador distrital, Hugo Pires. Na altura dos discursos, o líder da JS de Famalicão, Nuno Vieira, falou de alguns pro-
jectos que a estrutura quer levar avante, como criar, “já em Setembro, o Gabinete de Formação Autárquica, no sentido de incentivarmos e prepararmos jovens para integrarem os diversos órgãos autárquicos”. “Vamos, ainda, constituir o Gabinete - Os jovens e a Saúde, que será dirigido por jovens militantes, profissionais de saúde, e que estará ao dispor de todos os jovens no sentido de os esclarecer sobre eventuais dúvidas e problemas relaci-
onados com esta temática fundamental para o bem estar de cada um”. A nova liderança está também a preparar a realização, em Outubro, de um “Fórum das Profissões”, que contará com a colaboração de diversos profissionais dos diferentes ramos de actividades e profissões, “no sentido de orientar os jovens na escolha dos respectivos cursos e áreas de estudo, essenciais para a profissão que irão abraçar no futuro”.
MUNICÍPIO DE VILA NOVA DE FAMALICÃO ASSEMBLEIA MUNICIPAL
CONVOCATÓRIA JOÃO NUNO LACERDA TEIXEIRA DE MELO, Presidente da Assembleia Municipal de Vila Nova de Famalicão Convoca todos os seus membros a reunirem em sessão ordinária, no próximo dia 29 de Junho de 2007 (Sexta-Feira), pelas 21 horas, no Auditório da Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco, com a seguinte: ORDEM DE TRABALHOS
Acção de formação sobre rosas
Famalicão recebeu no passado dia 21, a acção de formação "Produção de rosas para flor de corte". A inciativa, organizada pela Associação de Floricultores de Portugal (AFP), contou com 75 participantes, a sua maioria floricultores e técnicos do Norte, Beira Litoral e
Ribatejo. A acção decorreu entre a Póvoa de Lanhoso e Famalicão, locais onde os participantes puderam visitar várias explorações e contactar com diferentes técnicas e sistemas de cultivo. Do concelho destacaram-se as visitas à "Mil e Uma Flores" e "Agro Pólen".
1. Informações do Senhor Presidente da Câmara Municipal sobre a actividade da mesma. (Grelha D) 2. Discussão e votação da lista de candidatos a Juízes Sociais, aprovada pela Câmara Municipal. (Grelha E) 3. Discussão e votação da proposta da Câmara Municipal, de pedido de autorização desafectação do domínio público da parcela de Terreno com a área de 1200m, sito no lugar de Berredo, Freguesia de Mogege, conforme consta da descrição 00332/040696 na Conservatória do Registo Predial de V. N. Famalicão, e no qual se encontra edificado um edifício de rés-dochão e andar, melhor identificada no ponto 1 das conclusões da proposta, bem como autorizar a doação da referida parcela à Freguesia de Mogege, nas condições previstas no ponto três das mesmas. (Grelha D) Vila Nova de Famalicão, 20 de Junho de 2007. O PRIMEIRO SECRETÁRIO DA MESA DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL José Luís Cerejeira Leitão da Silva, Dr.
14 opinião pública: 27 de Junho de 2007
freguesias
Câmara investiu 132 mil euros na construção do imóvel
Debate no 25º aniversário da associação da Didáxis de Riba d'Ave
Albino Almeida, à direita, à conversa com a directora da Didáxis e o vereador da Educação
As Federações Concelhias de Associações de Pais têm um papel cada vez mais importante. Isso mesmo defendeu o ex-presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (CNAP), Albino Almeida, à margem de um colóquio realizado, sexta-feira, na Didáxis de Riba d'Ave. O evento foi organizado pela Associação de Pais e Encarregados de Educação daquela escola, que está a comemorar 25 anos de existência e serviu, precisamente, para assinalar essa data. Albino Almeida, o orador convidado, já foi presidente da CNAP e preside actualmente à Federação Concelhia das Associações de Pais de Gaia, um universo de 15 mil alunos e 110 associações. Conhece, por isso, a realidade nacional e a concelhia destas estruturas, daí que defenda: "vão ter um papel muito importante no trabalho diário nas escolas". O responsável sublinha que cada federação concelhia vive uma realidade específica, directamente relacionada com as assimetrias do país. "Umas associações, como por exemplo aqui em Famalicão, mobilizam-se para o aumento da rede pública no 1º ciclo,
ao passo que no Douro mobilizam-se para que não fechem escolas nas aldeias", exemplifica, aconselhando os dirigentes a manterem uma vigilância permanente em relação aos governos e às direcções regionais de Educação, "porque muitas vezes o discurso vai para um lado e a prática vai para outro". De resto, Albino Almeida aponta que as associações de pais devem exercer o seu papel, fundamentalmente, nos conselhos pedagógicos e nas assembleias das escolas, "os órgãos que, no fundo, traçam as grandes linhas do projecto educativo". Com a realização deste colóquio, a Associação de Pais e Encarregados de Educação da Didáxis de Riba d'Ave pretendeu celebrar a passagem do seu 25º aniversário, porque "25 anos não se fazem todos os dias". "Temos a plena consciência de que estamos a fazer um bom trabalho, pelo que enquadramos esta iniciativa de 25 anos mais para lembrar às pessoas que estamos vivos, presentes e ao serviço dos pais", referiu Rosendo Cruz, que preside à instituição há 12 anos. M.F.
Sol Nascente de Ribeirão ensina a cuidar do ambiente
Na passada semana, no Centro Social de Educação Sol Nascente, em Ribeirão, realizou-se uma exposição sob a temática do ambiente. Os trabalhos desta mostra foram realizados pelas crianças daquela instituição ribeirense, dos mais pequenos aos meninos do ATL. Na verdade, o ambiente foi o tema escolhido pelo Centro Social de Educação Sol Nascente, para trabalhar ao longo destes últimos dois anos lectivos. O principal objectivo foi fomentar hábitos de reciclagem e reutilização de materiais e, ao mesmo tempo, sensibilizar toda a comunidade para a importância desta temática. Algumas escolas de Famalicão e Santo Tirso, bem como, toda a comunidade daquela instituição foram convidadas para ver o trabalho realizado ao longo destes dois anos.
António Freitas
O salão nobre da nova sede da Junta de Freguesia de Nine foi pequeno para acolher os vários ninenses que participaram cerimónia de inauguração do equipamento autárquico, que decorreu no último sábado. Um edifício "moderno e funcional", que, de acordo com as palavras proferidas pelo presidente da Junta, Domingos Ribeiro, "corresponde às exigências da freguesia". O presidente da Câmara, Armindo Costa, que inaugurou a nova sede da Junta, destacou também o carácter "sóbrio e funcional" do imóvel, que representou um investimento municipal de 132 mil euros. "É um exemplo de um bom investimento público", frisou edil. Para Armindo Costa, o investimento da autarquia na construção da sede da Junta insere-se num pacote de outros investimentos que, "em apenas seis anos, transformaram por completo a freguesia de Nine". O edil aproveitou também para elogiar a acção Domingos Ribeiro, incentivando-o a continuar "a trabalhar com amor à fregue-
O novo edifício foi inaugurado por Armindo Costa
sia", acabando por destacar o papel dos autarcas de todas as freguesias, cujo trabalho considera essencial para o desenvolvimento sustentado do concelho. "Nas 49 freguesias do concelho não há um presidente de Junta que deixe a Câmara em paz. São 49 excelentes presidentes de Junta, independentemente da cor política de cada um", disse. A Junta de Freguesia – que até aqui ocupava instalações cedidas pela Casa do Povo de Nine – muda-se agora para um novo edifício, igualmente
no centro da freguesia, junto à Escola do 1º Ciclo de Caparosa n.º 2, no lugar da Estrada. Está equipada com uma sala destinada às novas tecnologias, podendo os cidadãos de Nine ter acesso gratuito à Internet. "Iniciámos agora um novo ciclo, com melhores condições de trabalho. É uma obra de que todos nos podemos orgulhar", declarou o autarca local Domingos Ribeiro, pedindo aos presentes uma salva de palmas para Armindo Costa. "Porque Nine não esquece quem nos ajuda", explicou.
735 mil euros para saneamento em Pousada e Vermoim
"Investimento sem hesitações" Marta Isabel Marques O auto de consignação da primeira fase de construção da rede de saneamento nas freguesias de Pousada de Saramagos e Vermoim foi assinado na passada sexta feira. A empreitada foi adjudicada à empresa Armindo Fernandes Gomes, Lda, pelo valor 735 mil euros, e tem um prazo de execução de 550 dias. Esta obra, que começará em breve, prevê a instalação de mais de 17 quilómetros de tubos, abrangendo 1.062 ramais domiciliários. Presente na cerimónia esteve o presidente da Câmara Municipal. Armindo Costa falou que, apesar da actual situação financeira do país, nomeadamente dos municípios, "este é o tipo de investimento que tem que ser feito sem hesitações". "O abastecimento de água e o saneamento são prioridades para nós", garantiu o edil. Em jeito de crítica, Armindo Costa refe-
Marta Isabel Marques
Magda Ferreira
Nova sede da Junta de Nine O papel das associações disponibiliza Internet gratuita de pais
O momento de assinatura do auto de consignação com a empresa responsável pela obra
riu-se também a uma entrevista que deu à radio Clube do Minho e às intervenções que decorrem durante o programa, nomeadamente o vereador socialista Mário Martins, que em directo referiu que o grande problema do actual executivo é o atraso nas obras de saneamento. Apesar do pouco tempo para a resposta, Armindo Costa contou ter salientado que "o anterior executivo esteve 19 anos na Câmara", período durante o qual beneficiou do dinheiro de três qua-
dros comunitários de apoio. "Nós apanhamos o terceiro quadro comunitário em 2006. Agora estamos a aquecer as máquinas para entrar o QREN, que já não dá dinheiro para água nem saneamento. Isto quer dizer que o grande responsável pelo atraso destas infraestruturas não é este executivo que está aqui hà seis anos, no passado é que não se fez nada", acusou. Com esta obra agora lançada, a cobertura de saneamento em Vermoim e Pousada chega aos
85%. No final da cerimónia, o vereador do Ambiente e das Obras Municipais, José Santos destacou o trabalho já feito por algumas empresas que construíram nas freguesias e já deixaram os ramais para saneamento pronto. Entre os presidentes das juntas de freguesia abrangidas, a satisfação era notória. Xavier Forte, autarca de Vermoim, disse, contudo, que "o ideal era a freguesia ficar 100% coberta com saneamento", embora reconheça que não há verbas suficientes para já.
opinião pública: 27 de Junho de 2007 15
freguesias
Empresa de Joane interessada em absorver parte dos trabalhadores da têxtil
Marco Sousa eleito no núcleo de Oliveira Santa Maria
Coindu aluga instalações da Filobranca A Coindu alugou parte das instalações da Filobranca e está disposta a absorver trabalhadores desta têxtil de Mogege. A notícia foi avançada ao OP pelos trabalhadores da Filobranca, depois de numa reunião que tiveram, a semana passada, com as administrações das duas empresas. A notícia surpreendeu os operários, que temem que este seja o primeiro passo para o fim definitivo da Filobranca, receando ainda pela manutenção dos seus postos de trabalho, já que a Coindu não terá adiantado o número de trabalhadores que pretende absorver. A Coindu, empresa produtora de estofos de automóveis, com sede em Joane, terá dito apenas, nessa reunião, que pretendia admitir uma parte dos operários da têxtil, com quem, de resto, começou já a marcar entrevistas. “Segundo nos disseram, na reunião, quem for para a Coindu, asseguram todas as regalias e os anos de casa. Quanto ao trabalho na Filobranca, nada nos foi garantido”, disse ao OP, António Lima, porta-voz dos trabalhadores, adiantando que a notícia do aluguer “caiu como uma bomba” entre os
Secretário-geral da JSD nacional presente na tomada de posse
funcionários, apesar destes saberem que “a empresa está mal, que se está a acabar com os turnos e que há pouco que fazer”. Na quinta-feira da semana passada, os trabalhadores reuniram com representantes do Sindicato Têxtil, mas as dúvidas não foram dissipadas e a preocupação mantém-se, sobretudo porque duvidam que a Coindu absorva os cerca de 240 operários da Filobranca. “Aquilo que temos a certeza é que já há instalações alugadas e que já vêm máquinas a caminho, da Alemanha, para essas instalações”, afirma António Lima, adiantando que “pelo menos numa fase inicial, virá pessoal da Coindu para dar formação aos operários, pois o trabalho na Filobranca é completamente diferente daquele que se faz na Coindu”. O OPINIÃO PÚBLICA tentou, ao longo desta semana, o contacto com as administrações das duas empresas. A da Coindu disse que não se pronuncia, para já, sobre o assunto. Quanto à Filobranca, não foi possível obter um comentário. C.A.
Churrascão Sousa abriu em Avidos Abriu, recentemente, em Avidos, na EN 204 FamalicãoSanto Tirso, uma nova casa de sabores. É o Churrascão Sousa que aposta no rodízio e no churrasco tradicional, entre outros pratos. No Churrascão Sousa pode encontrar diferentes espaços: um snack-bar, aberto a partir das 7 horas, uma parte intermédia para serviço de refeições económicas e um mais amplo para serviços à lista e realização de eventos. Há ainda uma esplanada ao ar livre (na foto) para os clientes desfrutarem. De resto, a confecção das refeições pode ser observada, uma vez que a cozinha está à vista dos clientes. Os funcionários deste restaurante têm todos muita experiência de cozinha e estão devidamente habilitados na área da restauração. Para assinalar a abertura deste restaurante, no passado dia 11, véspera de inauguração oficial, teve lugar um jantar que contou com diversas individualidades que provaram as diferentes iguarias que aquele restaurante tem para oferecer. Recorde-se que a gerência do Churrascão Sousa é a mesma da Marisqueira Portuguesa, localizada em S. Tiago de Antas. Fernando Sousa é o gerente. O Churrascão Sousa encerra às segundas-feiras.
Vilarinho das Cambas: Em busca do progresso
P op ulaçã o: 1319 F amíli as: 337 Edifí cio s: 352
João Montenegro e Marco Sousa na tomada de posse deste último
A Comissão Política do núcleo da JSD de Oliveira Santa Maria foi a votos no passado dia 16 de Junho. Ao acto eleitoral apresentou-se uma única lista, liderada por Marco Sousa, 26 anos, profissional de saúde, professor assistente da Universidade do Minho e militante activo da JSD desde 2001, quer ao nível da freguesia, quer ao nível do concelho. A tomada de posse deste núcleo da JSD, que é um dos maiores do concelho, com cerca de 100 militantes, contou com a presença do secretário-geral da JSD nacional, João Montenegro, bem como dos presidentes do PSD e da JSD de Famalicão, Paulo Cunha e Hugo Mesquita, respectivamente. De acordo com nota à imprensa da JSD, Montenegro aproveitou para transmitir tanto ao presidente cessante, Nelson Pereira, como ao recém-eleito dirigente do núcleo as felicitações da Comissão Politica Nacional pela capacidade deste núcleo em formar “bons quadros
políticos”. A presença de militantes da freguesia nos órgãos concelhios e distritais do partido no Conselho Nacional da JSD e nos órgãos autárquicos eleitos, bem como a sua permanente intervenção politica e cívica, mereceu o reparo do dirigente nacional que apelou à continuidade deste “exemplar empenho a favor do desenvolvimento da freguesia e da juventude famalicense”. Paulo Cunha não deixou também de referir a sua satisfação pela actividade e dinâmica deste núcleo no interesse pelo desenvolvimento da freguesia. Por sua vez, Hugo Mesquita disse que, tal como Nelson Pereira, o novo presidente “tem todas as qualidades e condições para manter o elevado nível de intervenção e formação política deste núcleo”. Este responsável revelou ainda que estão a ser agendados, “de forma normal e tranquila”, actos eleitorais nos núcleos de Joane, Ribeirão e Cruz.
Rastreio para ajudar bebé com Leucemia No Centro de saúde de Delães tem lugar, no próximo domingo, dia 1, um rastreio de doação de medula óssea, com vista a ajudar o Afonso Dinis Leite, um bebé de cinco meses, que sofre de Leucemia e que necessita, com urgência, de uma transplante de medula. O rastreio, para inscrição de possíveis dadores, tem lugar entre as 9 e as 17 horas. Todos podem participar, para isso basta tirar uma pequena amostra de sangue.
Festa da Senhora dos Bons Caminhos Arrancam na próxima sexta-feira, em Vale S. Cosme, as festas em honra da Senhora dos Bons caminhos, com um espectáculo de cantares ao desafio, pelas 21 horas. O programa prossegue no sábado com o grupo Musical Opção, segui-
do de uma sessão de fogo de artifício. No domingo, pelas 11 horas, têm lugar a missa e procissão. À tarde actua o Rancho Folclórico da Associação Cultural de Gondifelos, fechando a festas com a tradicional subida ao "Pau do Bacalhau".
Santa Catarina em Calendário O Monte do Facho, em Calendário volta a ser palco das festas de Santa Catarina. No sábado à noite, a animação estará a cargo dos Irmãos Sanches e da cantora Marta Miranda. No domingo, a procissão sai da igreja às 10 horas, em direcção à capela, onde será celebrada a missa. A tarde será preenchida com um festival de ranchos folclóricos.
A cerca de cinco quilómetros da sede do concelho, Vilarinho das Cambas, a terceira maior freguesia em área do concelho de Famalicão, fica situada entre os rios Este e Ave, na zona sudoeste do concelho. A toponímia local confirma a antiguidade do seu povoamento. O nome Pedra de Anta é alusivo a uma edificação de tipo dolménico que em tempos ali terá existido. O mesmo sentido arqueológico pode ser tirado do lugar de Pena, fortificação alicerçada na rocha. A respeito do topónimo, Vilarinho das Cambas, o Abade de Miragaia referiu que: “É muito antiga esta paróquia, como provam a sua igreja matriz e as suas ricas decorações, e melhor ainda as sepulturas e ossadas que têm aparecido no Campo da Junqueira, pertencente à grande Quinta do Outeiro”. A igreja deve ter sido, na sua origem, “igreja própria”, ou seja, pertença de fidalgos. Deste templo dizia o Abade de Miragaia: “A igreja matriz é notável pela sua antiguidade, e pelas suas riquíssimas decorações de obra de talha dourada e pinturas a óleo no tecto da capela-mor, representando a Transfiguração e outros mistérios do Salvador, Orago desta freguesia, e no tecto do corpo da igreja quinze painéis restaurados em 1773 e que também representam vários mistérios de Cristo”. Em termos económicos, foi muito importante em meados do século XIX, a indústria da engorda de bois para Inglaterra. Actualmente a população de Vilarinho depende de Famalicão para a maioria dos serviços que necessita com excepção para o pequeno comércio e oficinas de apoio e reparação mecânica. No entanto, vários são os bens de consumo relativos à satisfação das necessidades básicas da população, disponíveis nos estabelecimentos comerciais da freguesia. Relativamente ao sector primário, convém referir que 70 por cento do total de área cultivada é constituída por pequenas terras destinadas ao autoconsumo e 30 por cento por médias propriedades com rentabilidade, predominando a produção de leite, a produção de vinho e a criação de gado. Nos últimos anos tem-se verificado um aumento populacional significativo, devido, em parte, ao investimento e desenvolvimento industrial (94 indústrias localizadas na zona industrial da freguesia)sobretudo na área das confecções, da metalurgia e no sector grossista, e as iniciativas de alguns jovens agricultores em diversas actividades agrícolas. A freguesia apenas dispõe de ensino pré-escolar público e o ensino básico do 1º ciclo, pelo que os potenciais candidatos a outros níveis de ensino têm de se deslocar a Ribeirão ou à sede do concelho. As instalações da escola primária e pré-primária, no lugar da Igreja, não oferecem as necessárias condições de trabalho, nomeadamente no que concerne ao estado físico e geográfico, já que se encontra em cima de um cruzamento, com muito movimento e sem qualquer espaço para recreio, constitui a principal prioridade da gestão autárquica. No âmbito da saúde e da segurança social, não existem infra-estruturas nesta freguesia, razão pela qual a população residente tem de se deslocar a Vila Nova de Famalicão.
16 opinião pública: 27 de Junho de 2007
freguesias
Eugénios recebeu 3º Encontro Musical Sénior
Gavião assinalou 935 anos de história
Tarde animada para 300 idosos
Centro Social Paroquial de Avidos organizou actividade
Bruno Marques O salão nobre do Eugénios recebeu, na tarde da passada quinta-feira, o 3º Encontro Musical Sénior, que reuniu cerca de 300 idosos de 12 centro sociais do concelho de Famalicão. A organização pertenceu ao Centro Social Paroquial de Avidos e proporcionou uma tarde diferente aos utentes das várias instituições, que prepararam também algumas actuações musicais para o acontecimento. No seguimento da vontade de muitos participantes em repetirem o momento de convívio e festa institucional, e depois do sucesso da última iniciativa, o Centro Social Paroquial de Avidos voltou a organizar uma Sénior Party. O evento destinava-se apenas aos utentes das valências da terceira idade e teve como principal objectivo a criação de laços de amizade e convívio. Os idosos cantaram e dançaram ao som de algumas músicas muito populares, sendo que 9 dos 12 centros sociais representados prepararam coreografias. Depois da música, seguiu-se um lanche que fechou esta terceira edição da Sénior Party. A música serviu de pretexto para reunir muitos idosos famalicenses e esse era, precisamente, o objectivo da organização. No fim do terceiro encontro é já tempo de pensar no próximo. "Queremos repetir a experiência já no próximo ano porque so-
mos incentivados por todo este carinho e vontade demonstrada por eles", começa por referir Filipa Ferreira, da organização. "Para eles esta festa representa o convívio, a animação e acima de tudo é um encontro de pessoas da mesma geração que muitas vezes se conhecem e nem sabem que estão tão perto umas das outras", acrescenta. Este tipo de iniciativa começou em 2005 na discoteca Pedra do Couto, tendo no último ano sido realizada precisamente no Eugénios. "Como correu tão bem quisemos repetir a experiência e esta realização é fruto de um caminho trilhado ao longo dos últimos três anos", concluiu. Um dos utentes presentes foi José Azevedo, que em representação do Centro Social de Ribeirão participou activamente na festa. "Achei bonito, gostei e espero que não seja a última", salientou, dizendo esperar que "façam outra em breve porque todos os idosos gostam de um pouco de divertimento para esquecerem tudo o que se passa no lares onde há pessoas muito doentes". A festa serviu para lembrar que a pessoa idosa é um membro activo na realidade sócio cultural dos nossos dias, independentemente de algumas limitações física e psíquicas que por vezes possam ter. Se dúvidas existissem, todas ficaram dissipadas na tarde da passada quinta-feira.
Tribunal trará novos desafios A importância que o novo tribunal terá para o desenvolvimento futuro de Gavião marcou a sessão solene comemorativa do Dia da Freguesia. Ao longo de uma semana a localidade assinalou a data da sua fundação, 20 de Junho de 1072, com um conjunto de iniciativas que culminaram no domingo com a realização da sessão solene. O novo Palácio da Justiça, construído em Gavião, face à EN 14, encontra-se em fase de acabamentos e será em breve inaugurado. O governador civil, Fernando Moniz, esteve presente na cerimónia e destacou na sua intervenção os desafios que o equipamento trará para a freguesia de Gavião, num momento em que o representante do Governo no distrito diz ser necessário transferir para o nível local, incluindo as freguesias, competências que hoje estão adstritas ao poder central. “Gavião posiciona-se de forma paradigmática nesta filosofia de descentralização. É uma freguesia urbana, embora com alguns contextos um pouco mais distantes da urbe, e tem conseguido captar equipamentos que vão mudar significativamente a sua vida para melhor”, argumentou. Fernando Moniz afirma que o novo tribunal será um “elemento polarizador”, na medida em que dará origem a um conjunto de “outros desenvolvimentos”, e trará novos desafios nomeadamente ao nível do reforço da malha urbana de Famalicão. Por isso, neste momento de definição do Plano Director Municipal, o governador civil considera que o
Sessão solene encerrou comemorações
planeamento e a gestão urbanística futuros deverão ter o contributo da freguesia. “É indispensável que a freguesia tenha uma participação activa para que as coisas se façam de forma acompanhada”, apontou, acrescentando: “Não fará sentido que o município tome medidas, deslocalize equipamentos, sem que as juntas tenham uma participação forte”. António Ribeiro aponta necessidades O autarca local, António Ribeiro, referiu-se igualmente à importância do novo tribunal enaltecendo que é com orgulho que os gavienses sentem esta obra também como sua, mas não esqueceu as principais necessidades da freguesia. O presidente da Junta lembrou a Fernando Moniz a necessidade de se minorar os danos provocados pelas obras da variante nascente à cidade, bem como a iluminação que ainda está em falta. Apontou ainda como necessidades a
conclusão das obras para abastecimento de água e saneamento, a elaboração de um estudo para o terreno municipal que envolve a Escola D. Maria II e a celebração de protocolos com a Câmara para apoio à construção de instalações próprias para algumas associações. José Santos, vice-presidente da Câmara, destacou, por seu lado, o facto de o Dia da Freguesia de Gavião ser uma iniciativa pioneira no concelho e, assim, “um bom exemplo para outras” localidades. “As existências devem ser celebradas. O Dia da Freguesia é um acontecimento importante para a coesão social desta comunidade enquanto oportunidade de exaltação dos valores locais de promoção do movimento associativo e de afirmação da identidade de Gavião”, declarou. Na cerimónia foram ainda entregues lembranças comemorativas do Dia da Freguesia às instituições, associações e empresas locais.
Centro Social demonstrou que o desporto é mesmo para todos
Marcha pela Igualdade em Bairro Paulo Couto O Centro Social e Cultural de S. Pedro de Bairro promoveu, no passado dia 20, a 5ª edição da "Marcha pela Igualdade". A iniciativa é dedicada às pessoas com deficiência, mas desta vez foi alargada a toda a comunidade. "A população com deficiência é muito importante para nós, como qualquer outra população, mas aqui achamos que têm de ser enaltecidos determinados direitos. Consideramos que, assim, mostramos que fazemos jus a esta vontade de promover a igualdade de oportunidades", referiu Ana
Monteiro, directora-geral do centro. A marcha contou, mais uma vez, com a participação de atletas de renome nacional, como Manuela Machado, Aurora Cunha e Rosa Oliveira. "É sempre um prazer e uma honra participar nestas iniciativas. Acima de tudo acho que para estes jovens a nossa presença é um motivo de orgulho e satisfação e é uma honra dizer-lhes que praticar desporto é importante. Pelo menos uma vez no ano, têm uma manhã diferente", disse Aurora Cunha ao OP. Já a atleta famalicense Rosa Oliveira, que participa desde a primeira edição, la-
Iniciativa contou com atletas conhecidos
menta que "esta iniciativa apenas se faça em Bairro". Deveria haver muitas assim e faço todo o gosto em participar", acrescenta.
Promovida no âmbito do Ano Europeu pela Igualdade Para Todos, o Centro Social de Bairro encontrou, com esta acção, uma forma de
despertar as consciências. Joaquim Vale, presidente da instituição, considera "de importância fundamental fazer sentir a toda a comunidade que somos todos iguais". "É uma forma de mostrar à comunidade que, na verdade, os jovens com deficiência têm que ter um tratamento de igualdade como qualquer cidadão", completa. O convívio proporcionado por esta iniciativa, assim como a promoção da actividade física, eram motivos suficientes para que a autarquia se associasse à iniciativa, mas, como frisou o vereador da Juventude e Desporto na Câmara de Famalicão, Jorge Paulo Oliveira, "é um
factor de sensibilização da sociedade civil para a absoluta necessidade da criação de condições para que a prática desportiva e a actividade física seja uma realidade para todos". Entendendo que, neste aspecto, "há um longo caminho a percorrer", o responsável frisa que "é com o trabalho das instituições que no dia-a-dia lidam com esta problemática que algum dia poderemos alcançar esse objectivo". E deixou o alerta: "num concelho com mais de 150 colectividades desportivas, nenhuma consagra espaço para que as pessoas portadoras de deficiências possam praticar desporto".
opinião pública: 27 de Junho de 2007 17
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ANTÓNIO DA COSTA SEARA (Impermeáveis Seara)
Missa de 30º Dia A família vem por este meio comunicar às pessoas de suas relações e amizade, que a missa do 30º dia será celebrada Sábado, dia 30 de Junho pelas 19 Horas na Igreja Paroquial de Vale S. Martinho. Igualmente aqui deixam o seu agradecimento a todos aqueles que participarem neste piedoso acto, pelo seu eterno descanso.
Vale S. Martinho 27 de Junho de 2007 Desde já, antecipadamente agradece A Família
Falecimentos Daniel Ferreira da Cruz, no dia 20 de Junho, com 87 anos, casado com Conçeicão Lopes Ribeiro, da freguesia de Arnoso Stª Maria.
Olinda Reis de Azevedo, no dia 19 de Junho, com 73 anos, viúva de António da Costa Carneiro, da freguesia de Ribeirão.
Agência Funerária Armando Cunha Pereira Arnoso Santa Eulália - Telf. 252 961 428
José da Silva Oliveira, no dia 20 de Junho, com 80 anos, casado com Emília Marques de Azevedo, da freguesia de Calendário.
Egas Altinho Sousa Marques Monteiro, no dia 11 de Junho, com 54 anos, casado com Maria José Teixeira da Silva, da freguesia de Sequeirô ( Stº Tirso).
Lino Pinheiro Torres, no dia 22 de Junho, com 81 anos, casado com Zulmira Moreira da Costa, da freguesia de Santiago de Bougado (Trofa).
José da Silva Ferreira, no dia 11 de Junho, com 69 anos, casado com Irene Carneiro de Araújo, da freguesia de Delães. Alceu Mendes da Fonseca, no dia 19 de Junho, com 75 anos, viúvo de Maria Rosa da Silva Oliveira, da freguesia de Delães. Maria Cecília da Silva Oliveira, no dia 12 de Junho, com 74 anos, viúva de António Meireles da Silva Guimarães, da freguesia de Burgães ( Stº Tirso). Alzira Ferreira, no dia 22 de Junho, com 87 anos, viúva de António da Silva Martins, da freguesia de Monte Cordova (Stº Tirso). António de Sousa Carvalho, no dia 24 de Junho, com 82 anos, casado com Maria Rosa, da freguesia de Rebordões (Stº Tirso). Agência Funerária de Burgães Sede.: Burgães / Filial.: Delães Telf. 252 852 325
Fel i ci dade Go nça lv es, n o dia 21 de Junho, com 85 anos, viúva de Luís Machado, da freguesia de Ri ba D' A ve. Agência Funerária de Riba D’ Ave Riba D’Ave – Tel.: 252 982 032
Mar i a Ce le ste Al ve s Oli v ei ra, no dia 22 de Junho, com 76 anos, viúva de Luís Maria da Silva Nascimento, da freguesia de S. S i mã o de Nov a i s. Agência Funerária Rodrigo Silva, Lda Vila Nova de Famalicão – Tel.: 252 323 176
Alcino Correia dos Santos, no dia 25 de Junho, com 75 anos, solteiro, da freguesia de Lousado. Funerária Ribeirense Paiva & Irmão Lda Ribeirão – Telf. 252 491 433
Arminda de Oliveira e Silva, no dia 20 de Junho, com 90 anos, solteira, da freguesia de Vale S. Martinho. Agência Funerária da Lagoa Lagoa – Telf. 252 321 594
Maria da Glória Carvalho Pereira, no dia 21 de Junho, com 54 anos, viúva de Joaquim Abreu, da freguesia de Oliveira Stª Maria. Agência Funerária São Jorge Pevidém – Tel.: 253 533 396
Carlos Manuel Alexandre Almeida, no dia 19 de Junho, com 55 anos, casado com Maria Arminda Costa Rodrigues, da freguesia de Gondife los. Manuel Gonçalves Correira, no dia 20 de Junho, com 46 anos, solteiro, da freguesia de Gondifelos. Maria Martins Oliveira, no dia 21 de Junho, com 95 anos, viúvo de Augusto Rodrigues Martins, da freguesia do Louro. Jorge Ricardo Oliveira Azevedo, no dia 22 de Junho, com 17 anos, solteiro, da freguesia de Fradelos. Agência Funerária Palhares Balazar – Tel.: 252 951 147
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freguesias
Inauguradas obras de restauro do Mosteiro de Landim
Órgão da Igreja restaurado em breve Bruno Marques
O investimento foi de 602 mil euros
Ainda assim, essa situação pode ser resolvida “numa parceria com o privado”. “Não é uma obra muito cara mas não tivemos financiamento para o órgão. Temos de constituir uma nova parceria e se não conseguirmos teremos de ganhar um fôlego para depois investirmos”, esclareceu. Quanto a Carlos Ferreira, presidente da Junta de Landim, disse acreditar que o restauro possa ser feito “em breve”. “Acredito porque estamos sempre uni-
Em Arnoso Santa Eulália
Câmara obrigada a destruir pavimentação de um caminho
Jorge Humberto
de Maio, um caminho de servidão, no lugar do Mosteiro, que vai agora ter um pequeno troço em terra batida. Segundo os moradores, a pavimentação foi feita em 1999, a pedido dos mesmos, mas o proprietário de um terreno por onde o caminho de servidão passa não terá gostado da intervenção e entrou com um processo judicial. O tribunal de Famalicão deu-lhe razão, os moradores ainda recorreram para o Tribunal da Relação, no Porto, mas também este deu razão ao queixoso. Segunda-feira cumpriu-se a ordem judicial perante os protestos dos moradores que fazem uso do referido caminho. "No Inverno isto vai ser uma miséria. Não é justo. Nós lutamos para que a lama e os O caminho que agora tem um troço em terra batida buracos acabassem e agora vaÉ uma situação caricata. A Câmara mos voltar ao mesmo. Temos asMunicipal foi obrigada pelo tribu- falto de um lado, asfalto do outro nal a destruir parte de um cami- e no meio temos terra", disse ao nho que pavimentou há uns anos OP Maria do Rosário. O presidente da Junta de Arnoso atrás, porque o proprietário do Santa Eulália diz que a situação terreno, por onde passa esse troço, opôs-se à pavimentação. também não lhe agrada, mas reconSegunda-feira as máquinas foram hece que "pouco mais há a fazer, para o terreno para destruir o as- que não seja cumprir a decisão dos falto e repor a via tal e qual como tribunais". Compreende a revolta estava antes do alargamento e da dos moradores, mas lembra que pavimentação. Isto perante o ol- "Portugal é um estado de Direito e, har revoltado dos restantes como tal, a lei é para se cumprir, mesmo quando nos parece injusta". moradores. A situação acontece na Rua 13 C. A .
dos com pessoas que nos dão credibilidade e interessadas com a freguesia. Não se pode fazer tudo e creio que fizemos o mais importante nesta altura e dentro de algum tempo iremos também abraçar esse projecto”. Nos discursos que fizeram parte da cerimónia, o presidente da autarquia famalicense revelou a sua satisfação com o acontecimento, destacando a importância da preservação do património. D. Jorge Ortiga optou por frisar que “inves-
Centro Social e Paroquial é próximo projecto Na sua intervenção, Armindo Costa referiu-se também ao próximo projecto para a freguesia de Landim: o Centro Social e Paroquial de Landim, um projecto que já está em marcha e que “a Câmara Municipal está a apoiar activamente”. O edil referiu que a autarquia ajudou a comprar o terreno, contribuindo com 50 mil euros. “Estamos a ajudar em outra frente, procurando influenciar o Governo no apoio financeiro a uma obra que é importante para a coesão social de Landim”, disse Armindo Costa, mostrando o empenho da Câmara no próximo projecto para a freguesia. Esta foi uma obra que dividiu a população de Landim, mas o presidente da Junta, Carlos Ferreira, fez questão de destacar que “as grandes obras resultam das grandes uniões”. “Com o Centro Social houve alguma confusão, mas entendi que tínhamos de dar tempo ao tempo e no momento certo agir. Foi isso que a Junta, a Fábrica da Igreja e a Câmara fizeram, unindo-se e avançando com o projecto”, disse, concluindo que “os landinenses têm de perceber que é precisa união nos pequenos e grandes projectos”.
Associação define educação como prioridade
Colégio ATC a partir de Setembro A Associação Teatro Construção (ATC), de Joane, avança com uma série de mudanças já no início do próximo ano lectivo, anunciadas na passada segundafeira, em conferência de imprensa. A principal alteração verifica-se no ATL Juvenil ou Casa de Telhado, que passa a designar-se de “Colégio ATC”. Um espaço dedicado ao conhecimento e que para o presidente da associação, Custódio Oliveira, funciona como um “complemento entre a escola e a família”. “A nossa prioridade é a educação desde a creche até ao ATL”, recordou. Do conjunto de mudanças levadas a cabo pela associação destacam-se ainda as actividades extracurriculares do 1º ciclo, que passam a ter lugar na ATC, com o acompanhamento de professores oficiais. Assim, o aluno não tem que se deslocar até á escola para este fim. Trata-se, na opinião de Custódio Oliveira, de uma “medida positiva e um motivo de tranquilidade para os pais”. No Colégio ATC o aluno pode encontrar uma oferta variada de actividades, que vai desde as línguas estrangeiras até às aulas de culinária.
Arquivo
As obras de preservação e valorização da Igreja do Mosteiro de Landim, bem como do adro envolvente, foram inauguradas, no passado sábado, pelo presidente da Câmara Municipal de Famalicão, Armindo Costa. A concretização deste projecto foi possível graças à parceria entre algumas entidades, ficando a faltar o órgão da Igreja que, segundo o presidente da autarquia, poderá será também restaurado em breve. Presentes na cerimónia estiveram ainda o presidente da Junta de Landim; o pároco Armindo Paulo; D. Jorge Ortiga, arcebispo primaz de Braga; e ainda Augusto Costa, representante da Direcção Geral de Edifícios Nacionais (DGEMN) do Norte. A obra de valorização do Mosteiro de Landim assentou numa parceria que envolveu a Câmara de Famalicão, a DGEMN, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte e a Fábrica da Igreja da paróquia de Landim. Ao todo, o investimento foi de 602 mil euros, com comparticipação de 70 mil euros por parte dos organismos acima citados e sendo a restante verba, 392 euros, garantida por fundo comunitários. A faltar ficou o restauro do órgão da Igreja que o pároco da freguesia apelidou de “alma da Igreja”. Algo que não sucedeu devido “à falta de financiamento”, tal como explicou Armindo Costa.
tir no património com qualidade é assumir uma responsabilidade histórica”, elogiando todos os organismos que permitiram “dar vida a um espaço que, apesar de ter muitos anos, não envelheceu”.
ATC quer apostar mais na educação
Para responder às novas necessidades, a ATC pretende melhorar as condições das instalações, iniciando um conjunto de obras de requalificação das salas, dos equipamentos e do mobiliário. Os trabalhos visam, por exemplo, a construção de um novo campo de futebol cinco para a prática desportiva, de acordo com todas as regras de segurança da União Europeia. Também faz parte do rol de mudanças a aquisição de um mini-autocarro, com capacidade de 30 lugares, de forma a assegurar o tran-
sporte dos alunos do colégio. O horário de funcionamento sofre também alterações. O novo ATL da ATC passa a encerrar às 20 horas. Entretanto, a ATC avança com a primeira fase do programa de ajuda alimentar a famílias carenciadas. Este ano, a distribuição de alimentos duplicou o seu número. Mais de 15 mil alimentos serão distribuídos por 76 famílias pobres. Para além da vila de Joane, o programa estende-se ainda por mais oito freguesias do concelho. Cátia Castro
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Maré Alta
Pelos quatro cantos da ca(u)sa
Paulo Costa
Domingos Peixoto
A vida dos outros Este pequeno texto que vos deixo, escrito às primeiras horas de uma terça-feira, 26 de Junho, inicia-se na quintafeira anterior, no decurso da exibição de um filme alemão, "Das Leben der Anderen", no seu título original, e traduzido na sua exibição, mais ou menos discreta, em Portugal com o título desta crónica. E num primeiro aparte, coisa habitual e com a já manifestada pertença, as quintas-feiras, neste, de novo, sombrio panorama concelhio, ganham alguma luz com as sessões programadas pelo Cineclube de Joane; e um conselho: não percam esta possibilidade de, todas as quintas, ver bom cinema na única sala ao pé de casa (caso seja um/a citadino/a). A dado ponto, estamos com o protagonista, agente da Stasi – simplificando, uma espécie de Pide da antiga República Democrática Alemã – na sede da organização, Berlim Leste, corria o ano de 1984 (por estranho que possa parecer ainda existiam duas Alemanhas há menos de 20 anos), na cantina, entre uma frugal refeição, e numa mesa ao pé, um jovem agente contava uma anedota que ridicularizava o chefe de Estado, Erich Honecker (foi-o entre 76 e 89, aí assistindo incrédulo à queda do muro), se bem que desaconselhado pelos comensais, que lhe apontavam a proximidade de superiores hierárquicos. Na altura nada aconteceu ao jovem agente, era, afinal, uma privada e inconsequente anedota – o sol ‘fugiu’ para ocidente. Na hora, veio-me logo à lembrança um ainda fresco exemplo de como o anedotário nacional pia mais fino. A fazer lembrar ciciosos e salazarentos tem-
ALUGO T2
Heróis A presença portuguesa nas ex-colónias de África, o Portugal Ultramarino, que haveria de dar origem à luta pela independência dos respectivos povos, só terminou com o 25 de Abril, apesar da declaração de independência anteriormente proclamada, pelo menos, pelos "representantes" do povo da Guiné. Muitos militares acabaram por morrer num território que lhes era adverso, em consequência duma guerra injusta, imposta contra os "terroristas" de então, (sem nenhuma similitude com o terrorismo actual) irmãos africanos de agora, para cumprimento, impingiam-lhes, da defesa da unidade nacional e da mãe pátria. Em consequência haverá poucas freguesias que não tenham sentido
pos de humores controlados. Sim, o caso Charrua (em tempos de aviões e tgv’s) e da sua exemplaridade das pacóvias gentes que grassam nas nossas administrações. Sim, porque isto se passa ao nível da administração central, mesmo que em direcções regionais de um pequeno país; imaginemos, e não será necessário um grande esforço, sobre o que se passará nas autarquias locais, com as bajulices, as pequenas intrigas, os pecadilhos, as ‘chantagenszinhas’, os instintos persecutórios que povoam os gabinetes dos eleitos locais e seus acólitos (veja-se, por exemplo, Rui Rio e a saga ‘rivoliana’). E deixo-vos uma bela prosa, que ainda a há na imprensa nacional – e este meu humilde texto que vos impinjo, não tem a presunção de se atrelar ao último Retrato da Semana de António Barreto no Público: "Há, diria, uma tristeza fundamental nessa capacidade de resignação com o destino que é talvez um excesso de saber. O saber que o mal existe e as tragédias acontecem. Que já aconteceram antes de nós e vão acontecer depois. O saber que não somos assim tão especiais, apesar de não termos mais nada senão o nosso eu, e tudo acabar quando isso acaba – mas haver, ainda assim, alguma coisa que continua. O saber que a nossa própria tragédia não muda nada de essencial – a não ser para nós, que sendo nada, somos tudo o que temos.", Fernanda Câncio, leiam na íntegra em Notícias Magazine, 24/06/2007.
a dor da perda de um filho em combate, tendo muitos por lá ficado sepultados, estando muitos mais nos cemitérios das localidades por onde foram incorporados. Rara é, igualmente, a terra que, com as exigências da distribuição de correspondência, não tenham atribuído a uma rua a memória dos "Heróis do Ultramar" ou dos "Combatentes" como é o caso do Louro, ou mesmo o nome do falecido, como é o caso de Brufe. Memórias colectivas encontram-se por muitos lados, por exemplo em Lisboa onde, para além do monumento, se encontram lavrados os nomes de todos os falecidos no Ultramar. Já tive ocasião de lá conferir os 4 do Louro, 1 de Brufe que tinha muita ligação ao Louro e 1 de Famali-
Gouveia Ferreira
No país das eternas blagues é perigoso fazer blogues. Há sempre um primeiro-ministro à espreita de quem tentar roer-lhe os calcanhares da licenciatura. A tentativa de amedrontar a populaça, através das várias “DRENES” socialistas, foi tiro que se escapuliu pela culatra, sobrando chamuscadelas de pólvora, com fartura, para o exfalso engenheiro, José Sócrates. A atestar a dificuldade do chefe do governo em manobrar com uma baixa graduação de q. i., surge-nos a inacreditável
p a u l o li to r a l @ g ma i l .c o m
BAIRRO FC CONVOCATÓRIA - Assembleia Geral
914 172 182
Convocam-se os associados do Bairro Futebol Clube, nos termos do artigo 25º do Regulamento Interno, para a Assembleia-Geral a realizar no dia 29 de Junho de 2007, pelas 21h00, na sede social do clube com a seguinte Ordem de trabalhos: 1 - Apresentação, discussão e votação do relatório e contas do clube de 2005/2007 2 - Eleição dos novos corpos sociais para o Biénio 2007/2009 3 - Outros assuntos de interesse para a colectividade. Nota: Esta assembleia realizar-se-á na hora marcada desde que haja quórum ou 30 minutos após com qualquer número de sócios.
AVISO CENTRO DA CIDADE ED. SANTO ANTONIO PARQUE
155M2, COZINHA E SALA MOBILADA, TERRAÇO E VARANDA, 1 LUGAR DE GARAGEM 252 317 637 - 916 196 361 - 917 248 933
privativa teriam, pasmese, de "comprar" o respectivo talhão! A guerra roubou-lhes os filhos, pai, marido e irmãos queridos e a actual Junta de Freguesia do Louro quer "extorquir-lhes" algumas centenas de euros, nestes tempos tão difíceis por que todos passamos! Desta forma "chantagista", passados mais de 30 anos, o Louro volta a ter os seus heróis, cujos ficarão na história como autores de pequeninas obras, que nunca alguém verá, ou delas jamais se recordará, à custa da manutenção da memória dos seus Heróis militares. Em claro contraste e a este propósito, a Junta de Freguesia "derrubada" com o 25 de Abril só merece rasgados elogios.
D’Esguelha
PARA FÉRIAS ALBUFEIRA - ALGARVE
VENDE-SE T2
cão que na altura foi, e ainda hoje é, muito falado. Outra memória colectiva encontra-se na "rotunda", em Famalicão, numa praça mesmo em frente da Escola Técnica, levada a efeito pelo então Presidente da Câmara e professor Padre Benjamim Salgado. As memórias nos cemitérios são personalizadas em sepulturas à "ordem" das famílias que, no caso do Louro, durante muitos anos, não foram objecto de qualquer "cobiça" das respectivas juntas. Acontece, porém, que, talvez na ânsia de realizar dinheiro fácil, a Junta de Freguesia do Louro exigiu às famílias dos Heróis sepultados no Louro que, se quisessem continuar a celebrar a memória dos seus entes queridos em campa
António Nogueira Oliveira, Presidente da Mesa da Assembleia-Geral do Bairro Futebol Clube, informa os associados que estão abertas as candidaturas para a eleição dos novos órgãos sociais para o biénio 2007/2009, de acordo com, Regulamento Interno: Artigoº 18 1 - Os membros dos corpos gerentes são eleitos em lista completa que deverá ser aprersentada ao Presidente da Mesa da Assembleia-Geral até quarenta e oito horas antes da data da Assembleia-Geral Eleitoral. 2 - Os membros propostas deverão fazer declaração de aceitação, não podendo figurar em mais que uma lista.
O Presidente da Assembleia Geral António Nogueira Oliveira
Depois queixem-se! queixa-crime dirigida contra o autor do blogue, que preencheu o correio electrónico de milhares de correspondentes, ao longo dos últimos dois anos, dando informações verdadeiras sobre a falsidade da engenharia de ostentação. O ex-falso engenheiro, apesar de saber, há mais de dois anos, qual o teor do blogue e a profusão de comunicações que circulavam na net sobre a validade da sua graduação académica, nada fez, na mira de tudo acabar por cair no esquecimento. Eis senão quando, a cabeça que decide, em última instância, o destino das pobres almas lusitanas, a conselho de um qualquer q.i., ainda inferior ao seu, resolveu dar aquela célebre entrevista televisiva, que constituiu um inatacável certificado de autenticação das suspeitas noticiadas pelo professor António Caldeira, no visitadíssimo blogue, Do Portugal Profundo. Foi sopro que avivou o re-
moído lume, logo a seguir espaventado com a missionária intervenção disciplinar da chefe da DREN, que garantiu o futuro da própria carreira numa qualquer nova secretaria de Estado, resultante da vindoura reforma administrativa. Como se tal não bastasse, para avaliar a baixa densidade do q.i. Do ex-falso engenheiro, temos a pendência do processo que resolveu mover contra António Caldeira, dando-lhe a oportunidade de poder fazer a prova judicial dos factos, cuja perpetuação tanto queria evitar até ao dealbar das próximas eleições legislativas. Mas, nesta fuga para a frente, o ex-falso arranjou forma de António Caldeira conduzir o barco processual, fazendo coincidir o festim da abordagem com o próximo sufrágio, onde o tema dos autos, dada a prevista desaparição da maior parte dos segredos na justiça, será a labiríntica licenciatura do queixoso. Quanto mais se mexe nela, pior!
opinião pública: 27 de Junho de 2007 27
cultura
“Uma história Partida” é o título do livro agora editado pela Câmara
Bruna Lombardi dá autógrafos em Famalicão
Armindo Costa aconselhou os alunos a ler e a escrever
Cristina Azevedo Uma história infantil escrita por alunos de diferentes escolas do 1º ciclo de Famalicão. Uma turma iniciou a história e as outras deramlhe continuidade. Cada uma escreveu um capítulo. Foi esta a resposta que cinco turmas, de outras tantas escolas, deram ao desafio lançado pela Câmara Municipal e que resultou na edição de um livro, apresentado a semana passada. O livro intitula-se “Uma História Partida” e resulta de uma experiência pioneira no concelho, que o presidente da Câmara classificou de “projecto literário muito original”, no seu discurso de apresentação da obra, que aconteceu no Centro de Estudos Camilianos, com a presença das crianças e professoras participantes. Entre os pequenos escritores a expectativa era grande, sobretudo entre aqueles que iniciaram o conto e que não sabiam como terminava. Que desfecho teve a personagem principal, um menino chamado José? Que percurso? Eram as
perguntas que colocavam, tendo em conta que era a primeira vez que iam ver o livro e poder conhecer toda a história. Foi precisamente a turma do 4º ano da Escola Sede nº 2, da cidade, que teve o privilégio de iniciar o conto. Ao OP, uma das alunas, confessou que “até não foi difícil”. “Cada um ia ao quadro e escrevia uma frase, todos ajudávamos e professora também ajudou muito”, relatou a Sandra. Além do texto, cada turma contribuiu também com um desenho para ilustrar cada um dos capítulos, enquanto a capa do livro foi ilustrada por alunos da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM). Dirigindo-se aos pequenos autores, Armindo Costa manifestou o desejo de que este projecto contribua para aumentar neles o interesse pela leitura e pela escrita. “Com estes projectos inovadores estamos a investir na Cultura como todas as autarquias deveriam investir”, apontou o edil, sublinhando que “não são projectos de facha-
da; são projectos concretos para pessoas concretas, neste caso, para crianças concretas, que são os homens e mulheres de amanhã”. Depois, em declarações aos jornalistas, o autarca assegurou que o projecto é para continuar no próximo ano lectivo, esperando que mais escolas participem. “Este ano foram cinco, para o ano gostaria que pudéssemos ter pelo menos sete”, confessou, considerando que “nestas coisas, o que custa é começar”. Uma ideia partilhada pela professora Isabel Castro, para quem “no início o desafio parecia complicado, mas depois tudo correu bem”. A docente da Escola Sede nº 2 também considera que estas iniciativas são importantes para estimular os mais novos para a leitura, algo que, de resto, diz ter verificado nos seus alunos. “Estão muito motivados, aliás, a nossa escola tem uma biblioteca onde semanalmente fazem requisição de livros.” Agora, têm mais um pretexto para exercitar esse hábito: ler o livro que ajudaram a escrever.
António Freitas
Alunos de cinco escolas escrevem conto
A actriz, modelo e escritora brasileira Bruna Lombardi vai estar no próximo sábado, dia 30, pelas 15h30, na Biblioteca Municipal de famalicão, para uma conversa com os fãs e uma sessão de autógrafos. Filha do cineasta Ugo Lombardi e casada com o actor e realizador Carlos Alberto Riccelli, Bruna Lombardi, actualmente com 55 anos, sempre se destacou em diversas actividades do meio artístico e cultural, não só pelo seu talento e inteligência, mas também pela sua beleza física. Bruna Lombardi já publicou diversos livros, entre romances, poesia e livros infantis. Da sua obra literária destaque para “No Ritmo dessa Festa” (1976); “O Perigo do Dragão” (1984); “Diário do Grande Sertão” (1986); “Filmes Proibidos” (1990) e “Meu Ódio será tua herança” (2004). No cinema, já participou em filmes como “A noite dos duros” (1978); “O cangaceiro trapalhão” (1983); “Stress, Orgasms, and Salvation” (2005). Além disso já trabalhou em inúmeros programas de televisão e teatro, entre os quais os premiados “Grande Sertão Veredas”, de Guimarães Rosa e “Memorias de um Gigolô” de Marcos Rey. Actualmente divide seu tempo entre São Paulo, Rio de Janeiro e Los Angeles, nos Estado Unidos, onde vive.
Menezes apresenta o “Nome da Rosa”
O presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, Luís Filipe Menezes, é o próximo convidado do ciclo “Um Livro, Um Filme”, a acontecer na próxima sexta-feira, dia 29. O autarca vai apresentar o filme “O Nome da Rosa”, de Jean-Jacques Annaud. A obra cinematográfica é baseada no romance homónimo de Umberto Eco, um livro que continua a ser um êxito em todo o mundo. A história do filme começa quando estranhas mortes surgem num mosteiro beneditino localizado na Itália durante a baixa idade média. O mosteiro guarda uma imensa biblioteca, onde poucos monges têm acesso às publicações sacras e profanas. A chegada de um monge franciscano (Sean Conery), incumbido de investigar os casos, irá mostrar o verdadeiro motivo dos crimes. Após a projecção, Luís Filipe Menezes irá comentar os principais pontos de interesse da obra, explicando os motivos da sua escolha pessoal. A sessão tem início às 21h30, no Centro de Estudos Camilianos, em Seide S. Miguel. A entrada é livre.
28 opinião pública: 27 de Junho de 2007
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